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Revista Newslab Edição 165

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ANÁLISES CLÍNICAS<br />

Dentre os genes mais afetados estão<br />

o NPM1, CEBPA, FLT3 e MLL.<br />

Manifestações clínicas da LMA<br />

As alterações clínicas apresentadas<br />

pelos pacientes são provenientes da<br />

proliferação exacerbada de células<br />

leucêmicas na medula óssea e infiltração<br />

de outros tecidos e órgãos.<br />

Por causa da anemia, o paciente<br />

tem manifestações como fadiga, palidez<br />

e fraqueza.<br />

Por causa da alteração nos leucócitos,<br />

infecções são frequentes nesses pacientes.<br />

Febre também é comum.<br />

Por causa da plaquetopenia, hemorragias,<br />

petéquias e epistaxe são<br />

observadas em cerca de metade dos<br />

pacientes.<br />

Alguns tecidos/órgãos que podem ser<br />

infiltrados pelas células leucêmicas são:<br />

fígado, baço, linfonodos, pele, gengiva<br />

e sistema nervoso central.<br />

Alterações laboratoriais na LMA<br />

Anemia, geralmente normocítica e<br />

normocrômica.<br />

Quantidade de leucócitos em grau<br />

variável. Cerca de 5% dos pacientes<br />

apresentam hiperleucocitose, com<br />

leucócitos > 100.000/µL.<br />

A Plaquetopenia geralmente está<br />

presente. Mais da metade dos pacientes<br />

tem plaquetas < 50.000/µL<br />

no momento do diagnóstico.<br />

Bastão de Auer pode estar presente<br />

em cerca de 15% dos blastos. Uma<br />

exceção é a LMA-M3 (promielocítica),<br />

em que há grande quantidade<br />

de bastões de Auer.<br />

Prolongamento do TAP, TTPa, TT, hipofibrinogenemia<br />

e aumento de D-dímero<br />

(principalmente na LMA-M3).<br />

Aumento de ácido úrico sérico pode<br />

ser encontrado nos pacientes devido<br />

a alta produção e destruição das células<br />

leucêmicas. DHL (ou LDH) pode<br />

estar aumentada.<br />

Diagnóstico da LMA<br />

Segundo a classificação da OMS,<br />

devem ser encontrados no mínimo<br />

20% de blastos em amostras de sangue<br />

periférico e/ou medula óssea.<br />

A imunofenotipagem é essencial na<br />

caracterização dos subtipos de LMA.<br />

Alguns marcadores de superfície<br />

positivos são: CD11b, CD13, CD15,<br />

CD33, CD117, HLA-DR, CD34, CD41,<br />

CD42, CD61.<br />

Para o diagnóstico conclusivo, é necessário<br />

incluir a análise citogenética<br />

e molecular, pois auxiliam no prognóstico<br />

e terapêutica da doença.<br />

Na presença de determinadas mutações,<br />

o diagnóstico pode ser feito<br />

independentemente da quantidade<br />

de blastos.<br />

São os seguintes rearranjos gênicos:<br />

PML-RARA<br />

RUNX1-RUNX1T1<br />

CBFB-MYH11<br />

Referências<br />

ZAGO, M. A., et al. Tratado de Hematologia. Atheneu Rio, 2014.<br />

Williams Hematology, 9ª edição.<br />

Autor:<br />

Brunno Câmara<br />

Biomédico, CRBM-GO 5596, habilitado em patologia clínica e hematologia. Docente do Ensino Superior. Especialista em Hematologia e Hemoterapia<br />

pelo programa de Residência Multiprofissional do Hospital das Clínicas - UFG (HC-UFG). Mestre em Biologia da Relação Parasito-Hospedeiro (área<br />

de concentração: virologia). Criador e administrador do blog Biomedicina Padrão. Criador e integrante do podcast Biomedcast.<br />

Contato: @biomedicinapadrao<br />

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<strong>Revista</strong> NewsLab | Maio 2021

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