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Revista Analytica Edição 112

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Artigo 2<br />

Introdução:<br />

A poluição por metais é um dos maiores<br />

problemas ambientais dos dias atuais,<br />

a maioria destes metais são os conhecidos<br />

metais pesados, como Cádmio (Cd), Mercúrio<br />

(Hg) e Cromo (Cr) os quais apresentam um<br />

alto potencial de risco para a saúde humana<br />

e animal, a exposição prolongada à pequena<br />

quantidade destes metais podem provocar<br />

problemas como o câncer, problemas renais,<br />

no sistema reprodutivos e no sistema nervoso<br />

[1,2]. Os metais pesados constituem um grupo<br />

de aproximadamente 40 elementos, são<br />

considerados metais pesados quando em sua<br />

forma elementar tem uma densidade similar<br />

ou maior que 5 g/cm3 [3]. Cromo é um dos<br />

mais importantes metais pesados que existem,<br />

isso se deve a diversas aplicações de seus<br />

compostos na indústria moderna resultando<br />

na descarga de grandes quantidades de resíduos<br />

deste elemento no meio ambiente. As<br />

principais fontes de contaminação com íons<br />

de cromo são efluentes da indústria de galvanização<br />

e curtumes [4,5].<br />

O uso de sobras de alimentos como biomassa<br />

para a remoção de metais foi desenvolvido<br />

por vários pesquisadores, como o uso de<br />

cascas de arroz [6]; cascas de banana e maçãs<br />

[7]; biomassa de turfa [8]; resíduo de serragem<br />

[9]; cascas de coco e fibras prensadas<br />

[10] e até mesmo casca de maracujá para<br />

remoção de níquel e chumbo [11]. Neste sentido,<br />

foi usada a casca de maracujá amarelo<br />

para remoção de cromo hexavalente.<br />

do ácido galacturônico (produto da oxidação<br />

Passiflora edulis, comumente conhecido de polissacarídeos) com os metais catiônicos<br />

[17]. Considerando isso, busca-se então<br />

como maracujazeiro amarelo, é cultivado em<br />

grande escala no Brasil sendo o maior produtor<br />

e exportador dessa fruta, isso faz com maracujá amarelo para a remoção de cromo<br />

avaliar a capacidade de adsorção da casca de<br />

que ele tenha uma grande importância econômica<br />

e agronômica, sendo usada de forma alternativa para descontaminação de águas<br />

hexavalente, buscando desenvolver uma nova<br />

in natura ou industrializada como suco concentrado<br />

gerando como resíduo cascas e semico<br />

e ambiental a partir do uso de resíduo<br />

com baixo custo, aliando o benefício econômentes<br />

[12,13]. A casca do maracujá amarelo sólido agroindustrial.<br />

é basicamente composta por carboidratos,<br />

proteínas, niacina (vitamina B3), ferro, cálcio, Objetivo<br />

fósforo e rico em pectina [14,15], na Tabela Analisar a eficácia da casca do maracujá<br />

1é possível observar os resultados da composição<br />

centesimal da casca de maracujá obtisorvente<br />

de íons metálicos de cromo presen-<br />

amarelo (Passiflora edulis) como material addos<br />

em três diferentes trabalhos. A pectina é tes em meio aquoso, bem como estimar sua<br />

um complexo de polissacarídeos, derivado da relação com o pH da solução.<br />

parte interna da casca do maracujá. Essa pectina<br />

tem a capacidade de se ligar com metais Metodologia<br />

pesados como Pb, Cu, Co, Ni, Zn, Cd bem como O maracujá foi adquirido por meio de doações<br />

de agricultores e produtores de suco<br />

com alguns outros metais (Ba, Zn, Sr, Mn, Mg)<br />

[16]. Isso pode ser explicado pela formação de de Presidente Prudente-SP. As cascas foram<br />

pectatos, que são compostos formados devido preparadas de acordo com a Figura 1, onde<br />

a ligação dos íons capturados com a estrutura foram lavadas com água destilada para remover<br />

materiais estranhos, as cascas foram então<br />

da pectina pelos grupos hidroxila da matriz<br />

de polissacarídeo e/ou grupos carboxílicos cortadas manualmente em pequenos pedaços<br />

Tabela 1 - Constituição da casca de maracujá.<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021

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