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ACERVO, MEMÓRIA E
FUTURO
André Venzon
Criado por decreto estadual em 04 de março de 1992 e inaugurado em 18 de
março do mesmo ano, o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do
Sul – MACRS, investindo na preservação e na difusão da produção
contemporânea regional, nacional e estrangeira, busca, nestes tempos de
planejamento de um futuro possível, direcionar seu olhar para a memória da
instituição e destacar a vida de tantos artistas que se empenharam em construir
o legado de um museu que, em 29 anos de atuação ininterrupta, estará, agora,
sendo registrada e valorizada em seu catálogo geral.
Assim, por intermédio dessa ação relevante para o desenvolvimento do
MACRS, pretendemos consolidar o estudo sobre a problemática da produção
contemporânea e fomentar a pesquisa com ênfase em publicações, contribuindo
para a qualificação d e p rofissionais da ár ea e ga rantindo qu e o co nhecimento
produzido seja parte fundamental da história dos espaços democráticos, uma
vez que acreditamos e difundimos um sistema de ações museológicas no qual a
documentação cumpre sempre uma função social. O Museu de Arte Contemporânea
do Rio Grande do Sul há muito deixou de focar suas ações apenas na preservação
dos objetos. Ele é o lócus no qual os indivíduos podem reconstruir seu processo
identitário e, conjuntamente, o produto dos questionamentos e das atividades
humanas. Esse gerenciamento do acervo permitirá, a partir de uma metodologia
clara e uma propagação constante, ampliar e democratizar o saber ali gerado.
O MACRS, responsável por algumas das mais importantes exposições realizadas em
Porto Alegre, conquistou a função primordial de assegurar o seu mais profundo
compromisso democrático. Ele deve, considerando a inevitável transformação
do tempo, manter-se atualizado em relação às tendências mais recentes da arte,
abrigar diversificadas criações, atender aos princípios museológicos de catalogação,
pesquisa, divulgação e estar sistematicamente produzindo o estudo qualificado
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