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Edição de 27 de setembro de 2021

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e 18% per<strong>de</strong>ram 30% ou mais. Para o futuro,<br />

as perspectivas são positivas. As que<br />

preveem estabilida<strong>de</strong> são 26% e as que consi<strong>de</strong>ram<br />

o cenário negativo, 5%, algumas<br />

inclusive não <strong>de</strong>scartam interrupção das<br />

ativida<strong>de</strong>s, enquanto 5% não têm uma previsão.<br />

“A pesquisa mostrou que os maiores<br />

impactos da pan<strong>de</strong>mia já foram superados<br />

e as perspectivas <strong>de</strong> futuro são muito melhores<br />

do que no mesmo período <strong>de</strong> 2020”,<br />

diz Queiroz.<br />

Nos <strong>de</strong>safios que as agências precisam<br />

equacionar está o <strong>de</strong>sequilíbrio entre <strong>de</strong>manda<br />

e remuneração. Apenas 15% das<br />

agências entrevistadas avaliam que a carteira<br />

tem um equilíbrio <strong>de</strong> 70% ou mais entre<br />

<strong>de</strong>manda e remuneração. Em contrapartida,<br />

55% consi<strong>de</strong>ram que há sobrecarga <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mandas sobre a equipe e apenas 7% têm<br />

algum tipo <strong>de</strong> folga operacional.<br />

A pesquisa VanPro também analisou a<br />

gestão das agências, os sistemas utilizados<br />

por elas e o <strong>de</strong>sempenho das li<strong>de</strong>ranças. Os<br />

dados levantados até o mês <strong>de</strong> julho apontam<br />

que ainda é preciso avançar em termos<br />

<strong>de</strong> gestão, e obter maior <strong>de</strong>dicação ao tema<br />

da parte das li<strong>de</strong>ranças e maior engajamento<br />

das equipes. Quase a meta<strong>de</strong> das agências<br />

(47%) vê o nível <strong>de</strong> engajamento <strong>de</strong><br />

suas equipes com a gestão em níveis mo<strong>de</strong>rados,<br />

comparativamente a 43% que consi<strong>de</strong>ram<br />

o engajamento alto ou muito alto.<br />

Por outro lado, as li<strong>de</strong>ranças têm <strong>de</strong>dicado<br />

apenas 18% <strong>de</strong> seu tempo às ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> gestão, comparativamente a 38% do<br />

tempo gasto com ativida<strong>de</strong>s operacionais;<br />

28%, ao relacionamento com o cliente, e<br />

16% em ativida<strong>de</strong>s burocráticas.<br />

“A pesquisa mostra que boa parte das<br />

empresas ainda po<strong>de</strong> ‘subir a régua’ do investimento<br />

em mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão que permitam<br />

às pessoas darem o seu melhor e ter<br />

um engajamento genuíno. As próprias li<strong>de</strong>ranças<br />

das agências <strong>de</strong>vem se engajar mais,<br />

pois hoje <strong>de</strong>dicam apenas 18% do seu tempo,<br />

em média, com a gestão”, afirma Queiroz,<br />

acrescentando: “Em contrapartida, os<br />

níveis <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s burocráticas parecem<br />

excessivos para um mercado que exige tanta<br />

velocida<strong>de</strong> e altos níveis <strong>de</strong> carga operacional.<br />

Por isso, é preciso engajar as equipes<br />

com práticas e sistemas <strong>de</strong> gestão, principalmente<br />

quando os times têm autonomia<br />

mo<strong>de</strong>rada”.<br />

Em relação às práticas <strong>de</strong> gestão, prevalecem<br />

aquelas consolidadas e tradicionais,<br />

como o planejamento estratégico (65%)<br />

e orçamentário (59%) e acompanhamento<br />

<strong>de</strong> indicadores/KPI (28%), seguidas por<br />

aquelas que tratam da gestão <strong>de</strong> recursos<br />

humanos, como feedback gerencial (48%),<br />

avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho (46%), programa<br />

<strong>de</strong> remuneração variável (30%) e pesquisa<br />

<strong>de</strong> clima (25%).<br />

Iniciativas estruturadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

vêm em terceiro lugar (22%), com<br />

planos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento individual, no<br />

mesmo patamar <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

gerencial e <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança (22%),<br />

seguidos por programas <strong>de</strong> mentoria interna<br />

(17%). Práticas ligadas ao relacionamento<br />

com clientes vêm em quarto lugar, com<br />

pesquisas <strong>de</strong> satisfação e NPS (20%) e uso<br />

<strong>de</strong> CRM (14%). Práticas mais ousadas, como<br />

gestão ágil (18%), OKRs (14%) e avaliações<br />

360º (13%), aparecem em penúltimo lugar<br />

no levantamento, sendo que as práticas relacionadas<br />

à inovação, como <strong>de</strong>sign sprint<br />

(8%), colegiados <strong>de</strong> inovação (7%) e hackathons<br />

(6%), vêm em último lugar.<br />

estresse<br />

O estudo levantou ainda que os níveis <strong>de</strong><br />

tensão e estresse nas equipes das agências<br />

são consi<strong>de</strong>rados mo<strong>de</strong>rados pela maioria<br />

das li<strong>de</strong>ranças entrevistadas (48%), e são<br />

vistos como muito altos por 23% <strong>de</strong>las. Ou<br />

seja, 71% das equipes são impactadas, em<br />

maior ou menor grau, pelo problema, na visão<br />

das li<strong>de</strong>ranças das agências, em comparação<br />

a apenas 29% das que consi<strong>de</strong>ram o<br />

nível <strong>de</strong> tensão e estresse no trabalho baixo<br />

ou muito baixo.<br />

A questão do alto nível <strong>de</strong> tensão e estresse<br />

nas agências <strong>de</strong> propaganda foi recentemente<br />

apontada em iniciativa conjunta<br />

da Fenapro, Abap (Associação Brasileira<br />

das Agências <strong>de</strong> Propaganda) e Abradi (Associação<br />

Brasileira <strong>de</strong> Agentes Digitais), e a<br />

pesquisa buscou levantar a visão das li<strong>de</strong>ranças<br />

e medir a dimensão do problema.<br />

As equipes com maior nível <strong>de</strong> tensão<br />

atuam no grupo <strong>de</strong> empresas com receita<br />

acima <strong>de</strong> R$ 10 milhões, sendo apontado<br />

como muito alto por 47% <strong>de</strong>las; como médio,<br />

por 43%; e como baixo por 10% das<br />

agências. Apesar disso, o clima no ambiente<br />

<strong>de</strong> trabalho apontou resultados bastante<br />

positivos: 70% das li<strong>de</strong>ranças das agências<br />

entrevistadas o avaliam como bom ou muito<br />

bom; <strong>27</strong>%, como mediano; e apenas 3%<br />

como ruim ou muito ruim.<br />

O nível <strong>de</strong> motivação também é visto<br />

como expressivo: 41% das li<strong>de</strong>ranças das<br />

agências o consi<strong>de</strong>ram alto ou muito alto;<br />

50,5%, como médio; e 8,5%, como baixo<br />

ou muito baixo. Esses dados se correlacionam<br />

com os níveis <strong>de</strong> estresse - entre os<br />

entrevistados que reportam estresse alto<br />

ou muito alto, apenas 21% avaliam a motivação<br />

das equipes como alta ou muito alta.<br />

Já entre as empresas que reportaram estresse<br />

baixo ou muito baixo, 64% avaliaram<br />

a motivação das equipes como alta ou muito<br />

alta.<br />

Já o turnover no primeiro semestre foi inferior<br />

a 5% do quadro <strong>de</strong> colaboradores em<br />

41% das agências; em 32% <strong>de</strong>las, se situou<br />

entre 5% e 15%; e, em <strong>27</strong>% das agências, foi<br />

superior a 15% no primeiro semestre.<br />

jornal propmark - <strong>27</strong> <strong>de</strong> <strong>setembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2021</strong> 39

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