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2] Brest, cidade que confina com a Polónia, foi por onde
comecei o meu périplo depois de 4h30 num daqueles comboios
herdados da era soviética. Brest é uma cidade aberta, arejada,
cosmopolita e de bem com a vida. Limpa de nuvens (aquela sorte
que procuro sempre em viagem), foi imensamente refrescante
para os olhos e um verdadeiro colírio para a minha alma.
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3] Encostada ao rio Bug era ver a população local de patins em
linha, de trotinetes eléctricas, a celebrar em grande o dia 9 de
Maio (que também me calhou em sorte), que assinala a vitória
das tropas russas sobre as nazis.
4] Povo todo na rua de bandeirinhas agitadas ao vento. Palavras de
ordem inscritas em cartazes. Fotografias de amigos ou familiares
que pereceram nos campos de batalha. Crianças de gelados nas
mãos. Casais de mãos dadas. Cerimónias militares que se impõem
em datas não menos militares.
6] E tem também um digníssimo Museu dos Caminhos de Ferro, que
reúne um impressionante espólio de carruagens e locomotivas da
era soviética. Extremamente bem cuidado, interessante para quem
engraça com comboios (e quem não engraça?), é um dos momentos
mais divertidos de uma passagem por Brest.
5] Brest tem um dos parques mais engraçados que podem ser
visitados e usufruídos por paragens bielorrussas. O Parque da
Cidade, assim tão simples no nome e singelo na sua arquitectura
paisagística.
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7] Outro momento não menos divertido, e curioso, é alongarmo-nos
em passo lento pela rua mais icónica da cidade: a Sovetskaya. Estátuas
humanas, coros vocais, instrumentistas a darem música a quem
passa. Ou seja, toda a desmistificação de um país supostamente cinzento
e carrancudo. Que em Brest não o é de todo!
saber novembro 2021
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