s294[online]
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Há sempre muito
que decidir e fazer,
porque a Câmara é
uma autarquia muito
próxima do cidadão
Que marca gostaria de deixar quando um
dia deixar de ser Presidente da autarquia
de Ponta do Sol?
- Sobretudo, obra pública de qualidade. Sou
defensora de que, quando se faz uma obra,
tem de perdurar no tempo e tem de marcar
uma época. Gosto de obras do estilo do cais
da Ponta do Sol. Feito no século XIX, continua
no local praticamente como quando
foi construído. Além de funcional, continua
a ser admirado como monumento. Não é
uma obra efémera, como algumas marinas
ou estradas solúveis em água na época das
chuvas. Gostaria também de deixar uma Câmara
organizada, rápida, funcional e verdadeiramente
ao serviço da população.
Como é o seu dia de trabalho e como o
concilia com outras vertentes da sua
vida, nomeadamente a familiar?
- O trabalho de presidente não é propriamente
rotineiro, embora consiga estabelecer
alguma organização. É necessário tempo
para planear e preparar diversos projetos e
despachar os assuntos necessários, o que
normalmente reservo para as manhãs. À
tarde costumo fazer as saídas de campo,
com visita a locais ou obras que estejam em
curso. Ao fim do dia, aproveito para reunir
com os restantes membros da equipa para
ver a agenda e fazemos o ponto da situação.
Ao fim de semana normalmente existem
eventos em que é necessário representar o
município, pelo que algumas horas são dedicadas
a isso. Com uma agenda deste tipo,
ajuda ter um companheiro que também tem
participação política ativa. Não temos muito
tempo livre, pelo que aproveitamos muito
bem o tempo em que estamos juntos e em
casa dividimos as tarefas.
A Célia Pessegueiro presidente da Câmara
é diferente da Célia cidadã/política/
mãe de família?
- A Célia Pessegueiro é sempre a mesma
pessoa, mas claro que nas diferentes áreas
de atuação tem meios e recursos diferentes,
o que condiciona as suas escolhas. A Célia
Pessegueiro cidadã tende a ser mais utópica
que a Célia Pessegueiro presidente, que
tem forçosamente de ser mais pragmática.
Gosto de pensar que essas facetas formam
a pessoa que sou.
O que gosta de fazer quando não está a
trabalhar?
- Em período de férias, adoro viajar, ler os
meus livros e descansar num ritmo bem lento.
Fazer as coisas sem pressa e aproveitar
todos os momentos, saborear o meu café e
ter almoços lentos, aproveitar os passeios,
dar uns mergulhos e falar com gente diferente,
com outras culturas. Em alturas de
trabalho, gosto de aproveitar a minha casa,
sobretudo o sofá, ver as séries preferidas,
ler o meu livro. Esporadicamente dar uns
passeios nesta ilha linda e aproveitar a natureza.
Se a sua vida fosse uma banda sonora de
um filme, seria...? O livro da sua vida é...?
- A banda sonora de um filme de animação,
«Spirit: Espírito Selvagem» (na tradução portuguesa),
com música de Hans Zimmer, o
meu compositor preferido, e letra de Bryan
Adams. Livro, «Um Amor Feliz», de David
Mourão-Ferreira, por ter sido uma abertura
de horizontes antes de tempo.
A fechar esta entrevista, iremos ver a Célia
Pessegueiro num cargo político num
futuro próximo? A liderar o seu partido
político a nível regional, por exemplo?
- Não me imponho limites na minha intervenção
pública. Hoje sirvo as minhas gentes
a governar o Município da Ponta do Sol, mas
amanhã poderei servi-las num governo regional
ou mesmo nacional. Não sei o que o
futuro me reserva, mas é certo que estarei
sempre disponível para as oportunidades
que a vida me oferecer. s
Não sei o que o futuro
me reserva, mas é
certo que estarei
sempre disponível
para as oportunidades
que a vida me
oferecer
saber novembro 2021
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