edição de 3 de outubro de 2022
- No tags were found...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
digital<br />
Confiança do consumidor impacta<br />
positivamente a Black Friday <strong>2022</strong><br />
Pesquisa do Google encomendada ao Instituto Ipsos aponta que o<br />
brasileiro está otimista com a data promocional do varejo <strong>de</strong>ste ano<br />
pedro yves<br />
Marcada para começar oficialmente<br />
no dia 25 <strong>de</strong> novembro,<br />
a Black Friday <strong>de</strong>ste<br />
ano <strong>de</strong>verá ter um <strong>de</strong>sempenho<br />
positivo para o comércio. Pesquisa<br />
encomendada pelo Google<br />
junto ao Instituto Ipsos mostra<br />
que, entre os mil entrevistados<br />
para o levantamento, 71% <strong>de</strong>clararam<br />
que preten<strong>de</strong>m comprar<br />
na data promocional, um número<br />
que representa um crescimento<br />
<strong>de</strong> 29% em relação ao ano<br />
<strong>de</strong> 2021. Uma das razões para<br />
este otimismo é o aumento da<br />
confiança da classe C, que tem<br />
uma intenção <strong>de</strong> compra que<br />
aumentou em 32%, comparado<br />
com o último ano. Isso se <strong>de</strong>ve<br />
à melhora do cenário econômico<br />
no segundo semestre (a pesquisa<br />
foi realizada em agosto). Nas<br />
classes A e B, esse aumento foi<br />
<strong>de</strong> 23%. “A Black Friday <strong>de</strong>ste<br />
ano recebe um consumidor que,<br />
apesar <strong>de</strong> estar em uma situação<br />
econômica <strong>de</strong>safiadora, não<br />
está esvaziado <strong>de</strong> <strong>de</strong>sejos. O aumento<br />
da intenção <strong>de</strong> compra é<br />
reflexo do aumento da confiança<br />
do consumidor, que acredita<br />
que sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> compra<br />
vai melhorar até o fim do ano”,<br />
disse Gleidys Salvanha, diretora<br />
<strong>de</strong> negócios para o segmento <strong>de</strong><br />
Varejo do Google Brasil.<br />
A fala da diretora é sustentada<br />
pelo dado da pesquisa que<br />
apontou que 88% dos consumidores<br />
acreditam que a sua capacida<strong>de</strong><br />
financeira <strong>de</strong> compras<br />
ficará igual ou <strong>de</strong>ve melhorar<br />
até o fim do ano, enquanto apenas<br />
11% acredita que a situação<br />
<strong>de</strong>va piorar.<br />
A pesquisa foi apresentada<br />
durante o evento Black Friday<br />
Connections Store, na semana<br />
passada, em São Paulo. Entre<br />
os dados apresentados, o levantamento<br />
mostrou também<br />
que, em média, cada consumidor<br />
preten<strong>de</strong> adquirir produtos<br />
<strong>de</strong> 5 categorias neste ano.<br />
No ano passado, a média foi <strong>de</strong><br />
4,2 categorias por pessoa. Por<br />
Gleidys: “O aumento da intenção <strong>de</strong> compra é reflexo da confiança do consumidor na sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comprar melhor”<br />
categoria, 47% dos entrevistados<br />
apontaram a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
comprar roupas e acessórios na<br />
data, seguido <strong>de</strong> livros e itens<br />
<strong>de</strong> papelaria (43%), calçados<br />
(38%), celulares (36%) e eletroportáteis<br />
(33%).<br />
Qualida<strong>de</strong><br />
Além <strong>de</strong> preços, os brasileiros<br />
estão mais atentos à qualida<strong>de</strong>.<br />
De acordo com uma pesquisa<br />
realizada pela Offerwise<br />
a pedido do Google em maio,<br />
45% dos consumidores enten<strong>de</strong>m<br />
que, passadas as restrições<br />
da pan<strong>de</strong>mia da Covid-19, eles<br />
agora po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>cidir <strong>de</strong> forma<br />
mais consciente quais produtos,<br />
marcas e serviços comprar.<br />
Além disso, a pesquisa mostrou<br />
que 8 em cada 10 pessoas estariam<br />
dispostas a trocar <strong>de</strong> marca<br />
caso entendam que ela não<br />
está conectada à sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
ou suas necessida<strong>de</strong>s.<br />
Entre abril e junho <strong>de</strong> 2020,<br />
as buscas associadas a “barato”<br />
eram 53% maiores que o volume<br />
<strong>de</strong> buscas associadas a “melhor”,<br />
mas em <strong>2022</strong>, as buscas por “melhor”<br />
já superam as buscas por<br />
“barato” em 27%. Essa mudança<br />
mostra que o consumidor valorizou<br />
o preço baixo como pré-requisito<br />
para aten<strong>de</strong>r suas necessida<strong>de</strong>s<br />
mais imediatas durante a<br />
pan<strong>de</strong>mia, mas agora volta a dar<br />
mais peso ao quesito qualida<strong>de</strong>.<br />
“Itens com ticket médio mais<br />
alto, como TVs, celulares ou<br />
itens <strong>de</strong> informática, ou menos<br />
essenciais, como moda esportiva,<br />
<strong>de</strong>vem estar na lista dos<br />
consumidores <strong>de</strong> classes A e B.<br />
Neste ano, a Black Friday para a<br />
classe C <strong>de</strong>ve incluir mais produtos<br />
nas categorias <strong>de</strong> alimentos<br />
e eletroportáteis”, afirmou<br />
Fernanda Bromfman, lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
Commerce para médias empresas<br />
do Google Brasil.<br />
A pesquisa também revelou<br />
que o brasileiro consolidou<br />
seus hábitos <strong>de</strong> compra adquiridos<br />
ao longo dos últimos anos e<br />
Divulgação<br />
cada vez mais compra por meio<br />
<strong>de</strong> diferentes canais, sejam <strong>de</strong><br />
e-commerce ou lojas físicas.<br />
No total, 72% dos entrevistados<br />
na pesquisa afirmaram que<br />
compraram tanto em canais online<br />
quanto offline nos últimos<br />
seis meses, em um crescimento<br />
<strong>de</strong> 10 pontos percentuais em<br />
relação ao ano passado. Para a<br />
Black Friday <strong>de</strong> <strong>2022</strong>, 57% dos<br />
entrevistados afirmaram que<br />
preten<strong>de</strong>m fazer suas compras<br />
por meio <strong>de</strong> sites, 51% por aplicativos<br />
e 45% em lojas físicas.<br />
A empresária Luiza Helena<br />
Trajano, presente no evento do<br />
Google, disse que esses números<br />
mostram a relevância das lojas<br />
físicas que se adaptaram ao<br />
digital. “Muita gente apostava<br />
que as lojas físicas iriam acabar<br />
por causa do varejo online, mas<br />
elas souberam se adaptar e, em<br />
muitos casos, viraram hub <strong>de</strong><br />
compra digital, on<strong>de</strong> o consumidor<br />
compra na internet, mas<br />
retira o produto na loja física”.<br />
36 3 <strong>de</strong> <strong>outubro</strong> <strong>de</strong> <strong>2022</strong> - jornal propmark