24.10.2022 Views

Jornal das Oficinas 202

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Logo ohne Slogan.pdf 1 19/12/19<br />

jornal<strong>das</strong>oficinas.com | JORNAL INDEPENDENTE DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO DE VEÍCULOS LIGEIROS E PESADOS | DIRETOR | João Vieira<br />

<strong>202</strong><br />

C<br />

novembro <strong>202</strong>2<br />

PERIODICIDADE | MENSAL<br />

ANO XVI | 3 EUROS CM<br />

PUB<br />

NORMA EURO 7<br />

FIM DO MOTOR<br />

A COMBUSTÃO!<br />

Pág. 06<br />

Otimizar desempenho<br />

Pág. 44 \\ As empresas precisam<br />

de pessoal que trabalhe eficazmente<br />

e isto significa que esse pessoal tem<br />

de ser gerido. Como pode o ‘gestor<br />

da empresa’ ser também um gestor<br />

de pessoas eficaz?<br />

Análise aftermarket<br />

Pág. 20 \\ Enquanto membro da direção<br />

da FIGIEFA, Joaquim Candeias tem sido<br />

uma voz proeminente na defesa do IAM.<br />

Numa apresentação clara e concisa,<br />

falou sobre os temas quentes do setor<br />

Maria Elo<br />

Pág. 28 \\ Professora de Negócios<br />

e Gestão da Universidade SDU,<br />

na Dinamarca, é membro fundador<br />

da Talents4AA, uma Associação que<br />

tem como objetivo atrair e reter<br />

talentos para o aftermarket<br />

MANN+HUMMEL<br />

Pág. 46 \\ Com as suas soluções,<br />

a MANN+HUMMEL separa o útil<br />

do prejudicial e desenvolve assim<br />

tecnologias chave para abrir o caminho<br />

para um planeta mais limpo<br />

PUB<br />

PUB<br />

PUB<br />

PUB<br />

M<br />

Y<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K


NADA SE COMPARA<br />

AO ORIGINAL.<br />

SUBSTITUIÇÃO OE PARA VIATURAS DE FABRICANTES<br />

PREMIUM ALEMÃES<br />

Visite o nosso<br />

portal <strong>das</strong> oficinas<br />

workshop.bilstein.com<br />

BILSTEIN B3.<br />

A REFERÊNCIA DA MOLA HELICOIDAL.<br />

A nossa gama de molas de substituição de<br />

equipamento original BILSTEIN B3 oferece a<br />

qualidade irrepreensível do equipamento<br />

original dos principais fabricantes alemães<br />

de automóveis.<br />

BILSTEIN B4 MÓDULO DE SUSPENSÃO PNEUMÁTICA.<br />

SOLUÇÃO DE ALTA TECNOLOGIA.<br />

Em conjunto com a Mercedes-Benz, temos desenvolvido<br />

o revolucionário módulo de suspensão pneumática<br />

BILSTEIN B4 para uma condução de máximo conforto.<br />

Combina amortecimento, suspensão e ajuste de nível num<br />

só único componente – para sistemas ativos e passivos.<br />

BILSTEIN B6.<br />

O UPGRADE OE.<br />

O amortecedor amarelo a gás BILSTEIN B6 oferece<br />

performance adicional para todos os que não<br />

pretendam qualquer compromisso em termos de<br />

desempenho e conforto, mesmo nas situações<br />

de maior stress adicional para os componentes.<br />

BILSTEIN B4.<br />

O PIONEIRO DE AMORTECEDORES A GÁS.<br />

Há mais de 60 anos, o amortecedor BILSTEIN B4<br />

monotubo a gás tem encantado os clientes com o<br />

seu excelente conforto. Hoje é disponível para quase<br />

todos modelos de viaturas mesmo na variante de<br />

tubo duplo.<br />

bilstein.com


Editorial<br />

<strong>202</strong><br />

Novembro <strong>202</strong>2<br />

CONECTIVIDADE<br />

Folha de serviço ......................................................... 04<br />

DESTAQUE<br />

Norma Euro 7 ............................................................... 06<br />

COMPETIÇÃO<br />

Melhor mecatrónico .................................................. 14<br />

CAMPANHA<br />

Reuse Aftermarket .................................................... 16<br />

MERCADO<br />

Desafios & Oportunidades ................................... 20<br />

ENTREVISTAS<br />

Hernán Marqués ........................................................ 24<br />

Maria Elo ........................................................................ 28<br />

NOTÍCIAS<br />

Empresas ....................................................................... 32<br />

Produto ........................................................................... 52<br />

GESTÃO<br />

Otimizar desempenho ............................................. 44<br />

Ambiente trabalho .................................................... 58<br />

EMPRESAS<br />

MANN+HUMMEL ....................................................... 46<br />

Convenção Pador ...................................................... 48<br />

PRODUTO<br />

Novidades Cautex ..................................................... 50<br />

TÉCNICA & SERVIÇO<br />

Vernizes de acabamento ....................................... 58<br />

Ao longo dos últimos anos, os automóveis modernos tornaram-se centros de dados sobre<br />

ro<strong>das</strong>. Comparar as linhas de código dos modernos automóveis conectados com as<br />

dos aviões e computadores dá-nos uma ideia dos desafios que se colocam para tornar<br />

estes veículos seguros.<br />

Os automóveis nos dias de hoje possuem um poder computacional de cerca de 20 computadores,<br />

incorporando mais de 100 milhões de linhas de códigos e gerando até 25<br />

gigabytes de dados por hora. Até 2030, muitos observadores preveem que os mesmos tenham aproximadamente<br />

300 milhões de linhas de código de software. Para colocar isto em perspetiva, um avião<br />

de passageiros tem cerca de 15 milhões de linhas de código, um moderno avião de combate cerca de 25<br />

milhões e um sistema operativo de um computador de comercialização em massa perto de 40 milhões.<br />

Antigamente, os fabricantes de automóveis apenas se preocupavam com o veículo - o seu design, os seus<br />

periféricos e sensores, a unidade de controlo e o interface de utilizador. Com a crescente necessidade<br />

pela conectividade, os fabricantes necessitam de se focar mais no consumidor e assumir muitas mais<br />

funções para operar de forma eficaz e vencer os concorrentes ao fornecer aos seus clientes uma fantástica<br />

experiência de utilizador. Eles necessitam de gerir o fluxo de dados do veículo para as plataformas e para<br />

as aplicações e necessitam de sistemas de comunicação fiáveis para transmitir os dados em segurança.<br />

Também necessitam <strong>das</strong> infraestruturas certas, incluindo plataformas basea<strong>das</strong> em cloud, para apoiar os<br />

seus novos serviços e aplicações.<br />

O carro conectado permite agora otimizar o seu próprio funcionamento e manutenção, assim como a<br />

conveniência e conforto dos passageiros, utilizando sensores a bordo e conectividade de dados. Os automóveis<br />

estão a ser mais do que apenas transportar pessoas e bens do ponto A ao ponto B, estão a tornar-<br />

-se um centro de e-commerce para serviços que estão ligados ao automóvel tais como serviços de infotainment<br />

e serviços de seguros baseados na utilização para monitorizar o comportamento do condutor.<br />

A perceção do proprietário sobre uma boa experiência de condução vai agora além do motor do veículo,<br />

incluindo a personalização do mesmo através dos serviços conetados.<br />

Já lá vão os dias em que a indústria automóvel consistia principalmente de fabricantes de automóveis,<br />

fornecedores e concessionários. Com o aumento de automóveis conetados e serviços de mobilidade, o<br />

ecossistema expandiu-se para incluir fornecedores de tecnologia, prestadores de serviços, prestadores de<br />

infraestruturas e muito mais. Na era da digitalização, o mundo tornou-se mais conetado, aproximando as<br />

pessoas. A indústria automóvel está a sofrer a mesma transformação. Os fabricantes de automóveis estão<br />

a formular parcerias estratégicas com prestadores de serviços e tecnologia com o objetivo de tornar o automóvel<br />

um sistema conectado, tal como a nossa casa ou local de trabalho onde podemos ser produtivos<br />

ou desfrutar de um tempo de lazer.<br />

Para a indústria automóvel, a conetividade pode fornecer novas oportunidades de rendimentos. Implementá-la<br />

de forma eficaz será uma tarefa desafiante e complicada, sendo necessário um nível profundo de<br />

compreensão <strong>das</strong> necessidades dos clientes e uma vontade em trabalhar com novas abordagens e novos<br />

parceiros. Para o aftermarket, este novo conceito de mobilidade vai trazer muitas mudanças, sendo necessário<br />

as empresas adaptarem-se com rapidez aos novos modelos de negócio que vão surgir.<br />

JOÃO VIEIRA | Diretor<br />

DIRETOR JOÃO VIEIRA joao.vieira@apcomunicacao.com // DIRETOR COMERCIAL MÁRIO CARMO mario.carmo@apcomunicacao.com // GESTOR DE CLIENTES PAULO FRANCO paulo.franco@apcomunicacao.com<br />

// JORNALISTA JOANA MENDES joana.mendes@apcomunicacao.com // WEBMASTER ANTÓNIO VALENTE // ARTE HÉLIO FALCÃO // SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com<br />

// PERIODICIDADE Mensal // ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com // SEDE DA REDAÇÃO Bela Vista Office Estrada de Paço de Arcos, 66 2735 - 336 Cacém // TEL. +351 219 288 052 // GPS 38º45’51.12”N<br />

- 9º18’22.61”W // © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS<br />

// IMPRESSÃO LISGRÁFICA - IMPRESSÃO E ARTES GRÁFICAS, S.A. Estrada Consiglieri Pedroso, 90 2730 - 053 Barcarena Tel. 214 345 400 // N.º DE REGISTO NA ERC 124.782 // DEPÓSITO LEGAL n.º: 201.608/03<br />

TIRAGEM 10.000 exemplares<br />

www.apcomunicacao.com<br />

Parceiro em Espanha<br />

EDIÇÃO AP COMUNICAÇÃO // PROPRIEDADE JOÃO VIEIRA // EMAIL geral@apcomunicacao.com<br />

Consulte o Estatuto Editorial no site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 3


FOLHA<br />

DE SERVIÇO<br />

IPSIS<br />

VERBIS<br />

JOAQUIM CANDEIAS<br />

MEMBRO DIREÇÃO FIGIEFA<br />

O MVBER É UM REGULAMENTO<br />

QUE DEFENDE O AFTERMARKET HÁ<br />

VINTE ANOS, MAS INFELIZMENTE<br />

É DO DESCONHECIMENTO<br />

DA MAIOR PARTE DAS PESSOAS.<br />

A FALTA DE CONHECIMENTO<br />

DE CLIENTES E A DESINFORMAÇÃO<br />

AOS CONSUMIDORES, VINDA DOS<br />

FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS,<br />

É NOTÓRIA<br />

MARIA ELO<br />

PROFESSORA UNIVERSIDADE SDU<br />

DINAMARCA<br />

JO LANÇA CAMPANHA E-MOBILITY<br />

E-Mobility é a chave para o transporte rodoviário<br />

sustentável, cidades mais habitáveis e o<br />

combate bem sucedido às alterações climáticas.<br />

Graças aos avanços na eletromobilidade, o transporte<br />

totalmente sustentável é agora um objetivo realista<br />

– sem ter de comprometer a forma como vivemos,<br />

nos deslocamos e trabalhamos. Este é o mote para<br />

a Campanha “E-Mobility”, que o <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

lança em <strong>202</strong>3. Iremos dinamizar esta campanha<br />

através de artigos e multimédia, não só mensalmente<br />

no <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> em formato impresso e digital,<br />

SEMÁFORO<br />

mas também com a produção de diversos conteúdos,<br />

a serem publicados no site www.jornal<strong>das</strong>oficinas.<br />

com, newsletters e no site oficial www.emobility.pt<br />

A partilha desta informação nas redes sociais trará<br />

à Campanha E-Mobility um grande alcance nacional<br />

e internacional. Patrocinar a Campanha E-Mobility<br />

significa estar a acompanhar as tendências da<br />

eletrificação do transporte rodoviário, que deverá<br />

aumentar nos próximos anos, devido à progressiva<br />

redução do custo <strong>das</strong> baterias e à vontade de toda a<br />

sociedade nesse sentido.<br />

SE OUTROS SETORES E INDÚSTRIAS<br />

CONSEGUEM OFERECER SALÁRIOS<br />

MAIS ELEVADOS, MELHORES<br />

CONDIÇÕES E CARREIRAS,<br />

O AFTERMARKET PRECISA DE<br />

REPENSAR A RAZÃO PELA QUAL<br />

AS SUAS OPORTUNIDADES NÃO<br />

SÃO PERCEBIDAS OU APRECIADAS<br />

HERNÁN MARQUÉS<br />

DIRETOR GERAL SAMPA IBÉRICA<br />

O NOSSO PRINCIPAL OBJETIVO<br />

É TORNAR A SAMPA O PRINCIPAL<br />

FABRICANTE MUNDIAL DE PEÇAS<br />

PARA VEÍCULOS PESADOS.<br />

O INVESTIMENTO E A EXPANSÃO<br />

DA PRODUÇÃO FARÃO DA SAMPA<br />

UM FABRICANTE AUTO-SUFICIENTE<br />

DE PRODUTOS ESTRATÉGICOS,<br />

OFERECENDO OS PRODUTOS<br />

QUE PRODUZIMOS DIRETAMENTE<br />

AOS NOSSOS DISTRIBUIDORES<br />

Barómetro de Pintura da MAPFRE<br />

Várias associações do setor denunciam as<br />

graves deficiências que, tanto nas suas<br />

avaliações como na sua execução prática,<br />

apresenta o barómetro de Pintura da<br />

seguradora Mapfre. De acordo com um<br />

estudo elaborado pelo departamento técnico<br />

da ASETRA realizado em 140 operações reais<br />

pratica<strong>das</strong> em todos os tipos de automóveis<br />

de diferentes tamanhos e fabricantes, as<br />

diferenças máximas na mão-de-obra no<br />

que diz respeito ao barómetro Cesvimap<br />

atingem -59%, enquanto em materiais de<br />

pintura estas diferenças atingem -46,5%.<br />

Para as associações, é evidente que estes<br />

dados explicam a preocupação <strong>das</strong> oficinas<br />

de reparação sobre o impacto que estas<br />

reduções terão na sua demonstração de<br />

rendimentos e na rentabilidade dos seus<br />

negócios.<br />

OE <strong>202</strong>3 - Pouco arrojo fiscal<br />

O Orçamento do Estado para <strong>202</strong>3 mostra<br />

pouca determinação no que toca à redução<br />

estrutural da carga fiscal sobre as empresas<br />

e sobre os recursos humanos, sobretudo<br />

os mais qualificados, fatores essenciais<br />

para a melhoria da produtividade e da<br />

competitividade e da retenção e atração<br />

de talento. A redução da fiscalidade sobre<br />

o trabalho é a melhor forma de elevar o<br />

rendimento líquido disponível <strong>das</strong> famílias<br />

e apoiar a procura interna, face à relevância<br />

do consumo privado na evolução do PIB,<br />

tendo em conta o peso dominante desta<br />

componente. Positivas são as medi<strong>das</strong> de<br />

incentivos ao investimento, à capitalização<br />

<strong>das</strong> empresas e ganhos de escala, à<br />

redução dos custos da energia e de outros<br />

custos de contexto, bem como à melhoria<br />

do rendimento disponível <strong>das</strong> famílias.<br />

Stellantis mais sustentável<br />

A Stellantis criou uma Unidade de Negócio<br />

dedicada à sustentabilidade que tem como<br />

objetivo conseguir mais de 2 mil milhões<br />

de euros em receitas até 2030 e conduzir o<br />

plano de descarbonização da empresa de<br />

atingir as zero emissões líqui<strong>das</strong> de carbono<br />

até 2038. Esta aposta integra o plano<br />

estratégico Dare Forward 2030, baseado na<br />

estratégia dos 4R – Reconstruir, Reparar,<br />

Reutilizar e Reciclar. Os principais objetivos<br />

da Unidade de Negócios de Economia<br />

Circular são prolongar a vida dos veículos e<br />

dos componentes, assegurando que duram<br />

o maior tempo possível, e devolver materiais<br />

e veículos em fim de vida ao circuito<br />

de produção para criar novos veículos e<br />

produtos. O plano requer um aumento de<br />

volumes e expansão para novos países,<br />

assegurando uma inovação constante.<br />

4 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


20 anos de MEYLE HD.<br />

Por uma questão de princípio.<br />

#HD20YRS<br />

* Pode encontrar as nossas condições de garantia em www.meyle.com/guarantee-certificate<br />

Adoramos a tecnologia e a sustentabilidade. Foi por isso que, há 20 anos, criámos a MEYLE HD lançando peças de<br />

substituição tecnicamente otimiza<strong>das</strong>, mais fiáveis e duradouras do que as peças originais e oferecendo 4 anos de<br />

garantia*. Mesmo hoje, os nossos engenheiros continuam a definir novos padrões no desenvolvimento dos produtos<br />

MEYLE HD. Esta é a primeira gama certificada de produtos climaticamente neutros na área de chassis e direção.<br />

Está no nosso sangue. Por uma questão de princípio.<br />

Mais informações em www.meyle.com/HD20<br />

OFFICIAL<br />

DISTRIBUTION<br />

PARTNER<br />

LEIRIA<br />

Rua <strong>das</strong> Fontainhas, nr. 77 | Andrinos – Ap 776 | 2416-905 Leiria |<br />

T 244 830 070 | F 244 813 047<br />

CASTELO BRANCO<br />

Zona Industrial – Rua T, Lote 49 | 6001-997 Castelo Branco |<br />

T 272 349 580 | F 272 349 589<br />

Email geral@autodelta.pt<br />

www.autodelta.pt


Destaque<br />

EURO 7: SENTENÇA DE MORTE<br />

PARA OS MOTORES TÉRMICOS?<br />

TUDO EM<br />

ABERTO!<br />

RUMO À NEUTRALIDADE CARBÓNICA,<br />

A NORMA EURO 7 DEVERÁ SER A ÚLTIMA<br />

ANTES DA MUDANÇA DEFINITIVA PARA<br />

O AUTOMÓVEL ELÉTRICO. ESTÁ PREVISTO<br />

QUE ENTRE EM VIGOR EM <strong>202</strong>5, CONTUDO,<br />

ATÉ AGORA AINDA NÃO HÁ UMA DEFINIÇÃO<br />

CLARA DE QUAIS SERÃO AS EXIGÊNCIAS<br />

PARA OS FABRICANTES E O TEMPO COMEÇA<br />

A ESCASSEAR PARA QUE SE CUMPRA ESSA<br />

DATA. TUDO PERMANECE EM ABERTO<br />

Essenciais na nossa vida, os veículos tal como hoje os conhecemos<br />

são uma preocupante fonte de poluição para o ambiente.<br />

Por isso, há muito que vem a ser traçado um plano no sentido<br />

da descarbonização dos mesmos na Europa. A próxima grande meta<br />

é o Euro 7, norma que deveria ser implementada já em <strong>202</strong>5, mas<br />

os sucessivos atrasos na definição efetiva do regulamento estão a pôr<br />

em causa o cumprimento do mesmo, o que poderá ter graves consequências<br />

no que ao número de veículos poluentes a circular nas<br />

estra<strong>das</strong> diz respeito. Além disso, os custos tecnológicos para fabricantes<br />

e utilizadores poderão ser de tal modo elevados que se teme<br />

que cheguem a inviabilizar a existência dos carros a combustão,<br />

mesmo se apoiados por uma componente eletrificada, os híbridos.<br />

Afinal, o que vai mudar? O que precisam os fabricantes de garantir<br />

com a norma Euro 7? Será mesmo aplicada em <strong>202</strong>5? Tentaremos<br />

responder a estas e outras questões ao longo deste artigo.<br />

Poluição automóvel<br />

O grande problema dos carros com motores a combustão é o facto<br />

de emitirem gases com efeitos de estufa, entre os quais o dióxido de<br />

carbono, o monóxido de carbono, dióxido de enxofre e outros poluentes<br />

que prejudicam a qualidade do ar que respiramos e que contribuem<br />

não só para o aquecimento global, como podem ser nocivos<br />

para a saúde, podendo resultar em diversas doenças. No entanto,<br />

a poluição automóvel começa muito antes de ligarmos a ignição.<br />

A produção de veículos consome muita energia, desde os minerais<br />

usados na criação do metal para o corpo e motor, produtos químicos<br />

para desenvolver plásticos, tintas, borrachas e vidros.<br />

Por ano, a poluição do ar causa cerca de 400 mil mortes prematuras<br />

nas cidades europeias, assim como inúmeras doenças graves como<br />

problemas cardíacos, pulmonares e até cancro. Resulta em vários<br />

problemas para o meio ambiente, como as chuvas áci<strong>das</strong> (que originam<br />

a acidificação da água, responsável, por exemplo, pela morte da<br />

6 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


EMBORA ESTEJA CIENTIFICAMENTE<br />

PROVADO QUE MUITAS DAS PARTÍCULAS<br />

PREJUDICIAIS RESULTAM DA TRAVAGEM<br />

E DO DESGASTE DOS PNEUS, OS<br />

LEGISLADORES APONTAM PARA<br />

GRANDES RESTRIÇÕES ÀS PARTÍCULAS<br />

QUE SAEM PELO ESCAPE


EURO 7<br />

A TECNOLOGIA NECESSÁRIA PARA REDUZIR as EMISSÕES POLUENTES<br />

DOS VEÍCULOS SERÁ DEMASIADO CARA PARA todos E PODE MESMO<br />

«matar» OS MOTORES A COMBUSTÃO, HÍBRIDOS INCLUÍDOS<br />

vida marítima); a diminuição da camada<br />

de ozono (que protege o planeta<br />

de emissão de raios ultravioletas, que<br />

aumenta o risco de desenvolver cancro<br />

de pele ou o efeito estufa, responsável<br />

pelo aumento da temperatura<br />

média do planeta), entre outros.<br />

Normas de emissões poluentes<br />

A tomada de consciência do impacto<br />

da poluição do meio ambiente por<br />

parte dos veículos levou a que há muito<br />

fossem cria<strong>das</strong> leis específicas para<br />

regulamentar estas emissões. Em<br />

1988 nascia o Euro 0 e, desde então,<br />

as normas têm vindo a tornar-se cada<br />

vez mais severas, com vista à almejada<br />

neutralidade carbónica, de forma a<br />

proteger a saúde pública. Desde 2014<br />

que estamos na norma Euro 6 e as<br />

emissões são cada vez mais limita<strong>das</strong>.<br />

Isto é conseguido graças ao grande<br />

investimento realizado pela indústria<br />

automotiva em novas tecnologias,<br />

nomeadamente catalisadores, filtros<br />

de partículas, SCR, e também, paralelamente,<br />

restrições de tráfego nas<br />

cidades de acordo com a propulsão<br />

de cada veículo. Depois de várias versões<br />

da norma, a Comissão Europeia<br />

decidiu, integrado na iniciativa do<br />

Pacto Verde Europeu (em dezembro<br />

de 2019), assumir o compromisso da<br />

União Europeia de acelerar a transição<br />

para uma mobilidade sustentável.<br />

Norma Euro 7<br />

É aqui que surge a necessidade de dar<br />

o salto para a norma Euro 7. Esta incluirá<br />

a medição da emissão de gases<br />

poluentes (NOx, partículas) – que<br />

atualmente já se faz na Euro 6 – através<br />

de ensaios em laboratórios e em<br />

estrada, assim como outros gases<br />

FIG. 1 - Evolução <strong>das</strong> normas de emissão da UE para automóveis<br />

de passageiros movidos a gasóleo (mg/km)<br />

FiG. 2 - A impressionante redução de emissões operada nos últimos anos<br />

CO NOx PM HC+NOx<br />

NOx (g/kWh)<br />

Normas Europeias de Emissão para veículos pesados<br />

Euro I<br />

mg/Km<br />

3000<br />

2500<br />

9<br />

7<br />

Euro II<br />

2000<br />

5<br />

Euro III<br />

1500<br />

1000<br />

3,5<br />

Euro IV<br />

500<br />

0<br />

Euro 1<br />

(1992)<br />

Euro 2<br />

(1996)<br />

Euro 3<br />

(2000)<br />

Euro 4<br />

(2005)<br />

Euro 5<br />

(2009)<br />

Euro 6<br />

(2014)<br />

2<br />

0,5<br />

Euro VI<br />

Euro V<br />

0,02 0,1 0,15 0,4<br />

0,01<br />

PM (g/kWh)<br />

8 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


novos (Nmog, NH3, N2O, CH4…),<br />

desta feita, medidos em tempo real<br />

de forma remota através da tomada<br />

OBD. O controlo <strong>das</strong> emissões será<br />

feito ao longo de toda a vida útil do<br />

veículo, fixada em 15 anos e 240 mil<br />

quilómetros, para garantir que os limites<br />

são cumpridos em todos os momentos.<br />

A ideia é introduzir marcos<br />

ainda mais restritivos do que os da<br />

norma Euro 6 e refletir a contribuição<br />

<strong>das</strong> tecnologias de combustíveis alternativos,<br />

para reduzir as emissões em<br />

toda a indústria automóvel.<br />

balhar ombro a ombro com fabricantes,<br />

instituições científicas, organizações<br />

e partes interessa<strong>das</strong>, para a<br />

definição <strong>das</strong> normas. As regras aplicam-se<br />

a todos os carros vendidos na<br />

União Europeia e no Reino Unido,<br />

mesmo após o Brexit, o que significa<br />

que qualquer fabricante que queira<br />

vender um carro nestes países deve<br />

cumprir as normas de emissões. Pela<br />

primeira vez, a norma regulará em<br />

simultâneo as emissões dos ligeiros<br />

de passageiros, dos comerciais ligeiros,<br />

dos autocarros e dos camiões.<br />

PROPOSTAS PARA A NORMA EURO 7<br />

pesar de ainda não existir uma proposta final, já se desenham várias ideias para a<br />

A próxima norma:<br />

• Que as emissões de óxido de azoto passariam a ser de 30 mg/km para todos os veículos, a<br />

gasolina ou a gasóleo, por oposição aos atuais 60 mg/km (gasolina) e 80 mg/km (gasóleo);<br />

• Que os novos lançamentos de veículos deveriam ter o limite de 10 mg/km;<br />

• Também as emissões de monóxido de carbono (CO) poderiam baixar para 100-300mg, face aos<br />

500-1000 mg da norma atual;<br />

• Os carros novos teriam uma vida útil de pelo menos 15 anos ou 240 mil km de uso;<br />

• Por último, espera-se um foco global na poluição, incluindo alguns poluentes que ainda não se<br />

regulam, como as partículas ultrafinas (PN10), amoníaco (NH3) e óxidos nitrosos (N2O).<br />

UM SISTEMA DE TRATAMENTO DE GASES DE ESCAPE MAIS EFICAZ,<br />

COMBINADO COM UMA MAIOR NECESSIDADE DE SUPORTE DE UMA SOLUÇÃO<br />

HÍBRIDA, IRÁ TORNAR OS VEÍCULOS SUBSTANCIALMENTE MAIS ONEROSOS<br />

Como até ao momento n≠ão foi<br />

apresentada a proposta final de regulamentação,<br />

mantém-se a expetativa<br />

sobre o que será estabelecido, sendo<br />

que a Comissão Europeia está a tra-<br />

Um dossiê polémico<br />

Onde nasce, então, a polémica em<br />

torno da norma Euro 7? O dossiê<br />

final esteve para ser apresentado<br />

em junho de <strong>202</strong>1, depois em abril<br />

e julho de <strong>202</strong>2, mas o facto é que<br />

ainda não há qualquer certeza sobre<br />

o tema, além de que irá ser muito difícil<br />

que entre em vigor em <strong>202</strong>5, podendo<br />

a implementação ser adiada<br />

até <strong>202</strong>7. Isto tem levantado grande<br />

celeuma junto dos ambientalistas,<br />

que alertam para o facto de, ao longo<br />

desse tempo, continuarem a ser fabricados<br />

carros poluentes. Tendo em<br />

PUB<br />

FORMAÇÃO<br />

AUTOMÓVEL<br />

Investir em Formação é investir no Futuro<br />

Comece já hoje a investir em si!<br />

VEÍCULOS<br />

ELÉTRICOS E HÍBRIDOS<br />

AR CONDICIONADO<br />

AUTOMÓVEL<br />

DIAGNÓSTICO E<br />

MANUTENÇÃO AUTOMÓVEL<br />

Conheça a restante oferta formativa na área de Mecatrónica Automóvel em atec.pt


EURO 7<br />

A COMISSÃO EUROPEIA PREPARA A NOVA NORMA DE EMISSÕES<br />

EURO 7, QUE CONDUZIRÁ OS TRANSPORTES RODOVIÁRIOS RUMO<br />

À NEUTRALIDADE CARBÓNICA. CONSTRUTORES ACUSAM DE PRETENDER<br />

MATAR MOTORES DE COMBUSTÃO<br />

conta que na Europa se produz cerca<br />

de 1 milhão de carros por mês, um<br />

atraso na implementação da norma<br />

Euro 7 poderá significar mais 12 milhões<br />

de veículos com motor térmico<br />

a circular nas estra<strong>das</strong>. Se fizermos o<br />

exercício com um atraso de dez anos<br />

(de <strong>202</strong>5 para 2035), serão cerca de<br />

100 milhões de carros com motor a<br />

combustão a mais a serem fabricados<br />

antes mesmo de os motores elétricos<br />

se tornarem obrigatórios. Por<br />

outro lado, também os fabricantes<br />

de veículos estão notoriamente preocupados<br />

com este atraso, uma vez<br />

que precisam de estabelecer os seus<br />

FIG. 3 - Emissões acumula<strong>das</strong> de NOx entre <strong>202</strong>7-2050 ao abrigo <strong>das</strong> políticas atualmente adota<strong>das</strong> e reduções<br />

no âmbito de cenários divididos por HDV e LDV<br />

Emissões acumula<strong>das</strong> de NOx de <strong>202</strong>7 a 2050<br />

(milhões de tonela<strong>das</strong>)<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Camiões e<br />

Autocarros<br />

Carros e Vans<br />

Políticas Adota<strong>das</strong><br />

4,2 milhões de<br />

tonela<strong>das</strong> de<br />

NOx evita<strong>das</strong><br />

devido a Euro<br />

7/VII<br />

Euro 7/VII<br />

5 milhões de<br />

tonela<strong>das</strong> de<br />

NOx evita<strong>das</strong><br />

devido ao Euro<br />

7 + Alta adesão<br />

de ZEV<br />

Euro 7/VII + Alta<br />

adesão ao ZEV<br />

próprios programas de produção de<br />

carros elétricos e é daqui que se levantam<br />

as vozes mais discordantes,<br />

pois esta normativa irá implicar alterações<br />

fundamentais nas tecnologias<br />

de propulsão: A ideia principal é que<br />

os motores de combustão interna<br />

sejam eliminados gradualmente, levando<br />

a uma mudança na cadeia de<br />

abastecimento e nos processos de<br />

produção nas fábricas.<br />

Para estabelecer limites de emissões<br />

mais restritos, mas, ao mesmo<br />

tempo, não prejudicar a indústria,<br />

a Comissão Europeia pediu um estudo<br />

prévio como base informativa<br />

para futuras avaliações. Quando se<br />

começaram a desenhar as primeiras<br />

propostas para a norma Euro 7, em<br />

outubro de <strong>202</strong>0, a Associação Alemã<br />

da Indústria Automotiva (VDA)<br />

alertou que esta poderia significar<br />

o desaparecimento dos motores de<br />

combustão interna a partir de <strong>202</strong>5,<br />

temendo a perda de competitividade,<br />

devido ao elevado custo tecnológico<br />

e económico para cumprir os baixos<br />

limites de emissões. Mais tarde, face<br />

a uma versão revista da norma, por<br />

parte do Grupo de Assessoria para<br />

as Normas de Emissões de Veículos<br />

(AGVES), a VDA acabou por suavizar<br />

a sua postura. Já a indústria<br />

francesa, através da associação que<br />

representa os construtores locais,<br />

a CCFA, foi mais comedida nas críticas,<br />

esperando ainda que surjam<br />

modificações às propostas iniciais,<br />

pois considera que exigir uma redução<br />

de 60 a 90% <strong>das</strong> emissões “não<br />

é realista”.<br />

Desde então, a indústria automóvel<br />

tem feito notar que algumas <strong>das</strong><br />

imposições poderão ser impossíveis<br />

10 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


de cumprir e pressionou a União<br />

Europeia para ceder nos requisitos,<br />

considerando-os, à partida, inviáveis<br />

para serem cumpridos em apenas<br />

três anos. Frans Timmersmans, o<br />

responsável na Comissão Europeia<br />

pelas políticas climáticas garantiu<br />

que a decisão final não será tomada<br />

sem dialogar com os construtores de<br />

automóveis, ainda que tenha apontado<br />

que a “indústria automóvel começa<br />

sempre por dizer que é impossível,<br />

mas depois cumpre os objetivos determinados”.<br />

«CLOVE» – Exigências<br />

contesta<strong>das</strong><br />

A Comissão Europeia reuniu alguns<br />

especialistas por toda a Europa, num<br />

consórcio de engenheiros independentes<br />

apelidado de CLOVE (Commission’s<br />

Consortium for Ultra Low<br />

Vehicle Emissions - Consórcio Para<br />

Emissões Ultra Baixas de Veículos)<br />

para fazerem a avaliação técnica do<br />

que deveria mudar. Estes propuseram<br />

que os motores de combustão<br />

interna passem a ser equipados com<br />

um super-catalisador de vários estágios.<br />

Só para ter uma ideia, para um<br />

veículo a gasolina, seria necessário<br />

um catalisador aquecido eletricamente,<br />

dois catalisadores convencionais<br />

de três vias com um litro de<br />

capacidade, um filtro de partículas<br />

capaz de reter até dois litros e,<br />

por fim, um catalisador de amónio<br />

(NH3). Uma verdadeira central de<br />

tratamento de gases de escape que,<br />

segundo o CLOVE, faria com que<br />

os motores a combustão estivessem<br />

muito próximos de conseguir ter um<br />

impacto inexistente em termos de<br />

poluição.<br />

Isto levou a que a Associação Europeia<br />

de Construtores de Automóveis<br />

(ACEA, em inglês) subisse o tom<br />

da contestação, não só pelos custos<br />

– impossíveis de acrescentar às<br />

margens dos carros mais acessíveis<br />

– como também pela dificuldade que<br />

seria instalar um dispositivo com<br />

esta complexidade e encaixá-lo nas<br />

atuais arquiteturas dos veículos. Os<br />

valores de emissões permitidos seriam<br />

tão baixos, que a ACEA diz mesmo<br />

que para os sistemas portáteis de<br />

medição acoplados aos veículos de<br />

teste em condições reais de utilização<br />

(Real Driving Emissions) seria<br />

muito complicado medi-los com precisão.<br />

O CLOVE quer ainda que as<br />

emissões sejam testa<strong>das</strong> em to<strong>das</strong> as<br />

situações, mesmo as mais extremas,<br />

como o funcionamento do motor a<br />

frio, puxar um reboque, estar em para-arranca<br />

na cidade, fazer subi<strong>das</strong><br />

íngremes com carga ou acelerar a<br />

fundo. Exemplos que a ACEA considera<br />

que não são representativos da<br />

utilização geral a que os automóveis<br />

são sujeitos e que, atualmente, são<br />

descartados pelo padrão atual de homologação<br />

de consumos e emissões<br />

em vigor, o WLTP. É assumido que<br />

este método peca por defeito, sendo<br />

menos exigente do que a utilização<br />

média que um condutor dá habitualmente<br />

ao seu carro. A ACEA termina<br />

dizendo que aumentar a exigência<br />

do controlo de partículas emiti<strong>das</strong><br />

pelo escape não faz sentido quando a<br />

maioria <strong>das</strong> partículas liberta<strong>das</strong> por<br />

um automóvel tem origem nos pneus<br />

e nos travões e não no motor.<br />

Também a Bosch considera precipitada<br />

a implementação da norma<br />

Euro 7 e defende uma transição mais<br />

gradual entre os diferentes motores.<br />

Em entrevista ao <strong>Jornal</strong> Económico,<br />

Carlos Ribas, representante da<br />

Bosch em Portugal, salienta que a<br />

empresa concorda com a necessidade<br />

de legislar para “acabar com a<br />

poluição dos motores automóveis,<br />

movidos a combustíveis fósseis”, mas<br />

admite que fazê-lo “a partir de <strong>202</strong>5<br />

pode ser um bocadinho apertado”,<br />

pelo que pede mais cinco anos do<br />

que o previsto para que as mudanças<br />

possam acontecer de forma mais<br />

“saudável”. Trava-se, portanto, neste<br />

momento, uma luta de gigantes com<br />

posições extrema<strong>das</strong>, entre a indústria,<br />

que precisa de vender veículos,<br />

e os governos, impelidos a baixar as<br />

emissões poluentes nos seus países<br />

Euro 7 vai aumentar<br />

preço dos automóveis<br />

Vamos agora à questão que deve estar<br />

a colocar: esta alteração terá impacto<br />

na sua vida? Se for um utilizador<br />

de automóveis, sem dúvida que<br />

sim. Com os custos tecnológicos de<br />

produção dos veículos a aumentar<br />

consideravelmente para fazer face a<br />

estes requisitos do Euro 7, naturalmente<br />

os fabricantes terão de reverter<br />

as despesas para os consumidores,<br />

por isso, é expetável que o preço<br />

dos automóveis suba a breve trecho.<br />

EMISSÕES DE EXAUSTÃO E NÃO-EXAUSTÃO<br />

s emissões de partículas do transporte rodoviário estão dividi<strong>das</strong> em duas fontes<br />

A principais: Emissões de Exaustão e Não-Exaustão. As emissões de Exaustão são<br />

produzi<strong>das</strong> por combustão dentro do motor. Um motor a gasolina produz muito menos massa<br />

de partículas do que um motor diesel. No entanto, todos os motores diesel modernos estão<br />

equipados com filtros de partículas altamente eficientes para que quase to<strong>das</strong> as partículas<br />

sejam removi<strong>das</strong>. Os modernos motores a gasolina são também equipados com tecnologia de<br />

filtro de partículas para cumprir os limites atuais do número de partículas As emissões<br />

Não-Exaustão são produzi<strong>das</strong> por abrasão mecânica e estão presentes independentemente do<br />

grupo motopropulsor do veículo. As principais fontes destas emissões são a abrasão entre a<br />

estrada e os pneus e entre as superfícies de travagem. Se os veículos elétricos produzem<br />

quantidades diferentes de emissões sem escape, em comparação com veículos convencionais<br />

ainda está a ser estudado. As emissões de partículas dos sistemas de escape dos veículos<br />

diminuíram drasticamente ao longo dos últimos 15 anos entre 2005 e <strong>202</strong>0, e espera-se que<br />

esta tendência continue. Apesar do aumento do número de carros a circular nas estra<strong>das</strong>, a<br />

elevada eficiência de sistemas de controlo de partículas nos automóveis modernos continua a<br />

resultar numa redução nestas emissões até 2030 e para além desta data. Até <strong>202</strong>5, cerca de<br />

75% de to<strong>das</strong> as emissões de partículas de transporte rodoviário são provenientes de fontes não<br />

exaustoras e este valor aumenta para 87% em 2030 e 91% em 2035.<br />

Kt/a<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

2005<br />

Exaustão<br />

Não-Exaustão<br />

2010 2015 <strong>202</strong>0 <strong>202</strong>5 2030 2035<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 11


EURO 7<br />

A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL ACUSA A COMISSÃO DE PRETENDER<br />

TORNAR OS MOTORES DE COMBUSTÃO INVIÁVEIS COM A PROPOSTA<br />

ATUAL, E CHAMA A ATENÇÃO PARA O FACTO DA MORTE PREMATURA<br />

DOS MOTORES DE COMBUSTÃO TORNAR MAIS DIFÍCIL A ADAPTAÇÃO<br />

À MOBILIDADE ELÉTRICA<br />

O CEO da Renault, Luca de Meo, foi<br />

perentório ao afirmar que as propostas<br />

que estão a ser equaciona<strong>das</strong> são<br />

demasiado exigentes e que inviabilizarão<br />

– sobretudo – os carros mais<br />

pequenos. A seu ver, o preço a pagar<br />

por um filtro de partículas capaz de<br />

limpar convenientemente um motor<br />

de combustão é demasiado elevado<br />

para um cliente de veículos de modelos<br />

pequenos, onde a única opção<br />

que resta será a eletrificação total.<br />

Tomas Schäfer, diretor executivo da<br />

marca Volkswagen, vai mais longe,<br />

vaticinando que o Euro 7 representará<br />

um custo adicional por veículo<br />

entre os 3.000 e os 5.000 €, o que<br />

dificilmente compensará em carros<br />

pequenos, e concorda com Luca de<br />

Meo, ao acreditar que os automóveis<br />

elétricos serão a solução, pois estes<br />

já significam uma redução de custos<br />

de utilização na ordem dos 25% por<br />

comparação com um automóvel com<br />

motor a gasóleo ou gasolina.<br />

A Nissan já fez saber que não irá continuar<br />

a produzir motores térmicos<br />

na Europa, porque quando a norma<br />

Euro 7 entrar em vigor, os clientes pagarão<br />

mais por um automóvel a combustão<br />

do que por um elétrico. Esta<br />

parece ser a solução mais óbvia para<br />

os fabricantes: deixar de produzir no<br />

velho continente e deslocalizar as suas<br />

fábricas para outros pontos do planeta<br />

onde as regras contra as emissões<br />

poluentes não sejam tão aperta<strong>das</strong>.<br />

Um receio que o ministro alemão<br />

dos transportes, Andreas Scheuer já<br />

verbalizou, afirmando que “não podemos<br />

perder a indústria automóvel na<br />

Europa, porque senão irá para outro<br />

0<br />

lugar”. No fundo, o Euro 7 pretende<br />

obrigar os consumidores a fazerem<br />

a transição para os carros elétricos o<br />

mais depressa possível, com os fabricantes<br />

a «apontar agulhas» para o fabrico<br />

de veículos elétricos ou híbridos,<br />

mas isso implica que, no outro polo,<br />

os governos dos estados-membros da<br />

EU instalem à «velocidade da luz»<br />

uma rede de carregadores ultrarrápidos.<br />

E isso ainda não está a acontecer.<br />

No fundo, para levar a norma adiante<br />

na forma que pretende, a Comissão<br />

Europeia teria de subsidiar os cons-<br />

QUADRO I - GRÁFICO QUE ILUSTRA A DIMINUIÇÃO DAS EMISSÕES DE PARTÍCULAS<br />

NO SETOR DOS TRANSPORTES AO LONGO DOS ANOS. SÃO MUITO<br />

INFERIORES ÀS DO SETOR RESIDENCIAL<br />

Kt/a<br />

500<br />

450<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

Agricultura / Silvicultura<br />

Transformação de energia<br />

Indústria manufactura<br />

Residencial /Terciário<br />

Tratamento centralizado resíduos<br />

Transportes<br />

UTCATF<br />

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2019e<br />

12 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


ESPECIALISTAS EM<br />

SISTEMAS DE ESCAPES,<br />

CATALISADORES E<br />

FILTROS DE PARTÍCULAS<br />

MAIS CONVERSORES CataLÍTICOS E<br />

MONITORIZAÇÃO CONSTANTE DAS EMISSÕES<br />

implementação da norma Euro 7 em <strong>202</strong>5, não se concentra apenas nas<br />

A emissões de CO, mas tembém nas emissões de gases nocivos, tais como NOx<br />

(óxidos de azoto, que não são exclusivos dos diesel), monóxido de carbono (CO) e<br />

hidrocarbonetos não queimados, bem como partículas finas. Os fabricantes de<br />

automóveis terão de cumprir esta norma a fim de homologar os seus novos automóveis<br />

com motores de combustão. A norma Euro 7 mais restritiva visa reduzir os poluentes em<br />

60-90% e limitar ou eliminar poluentes que anteriormente eram tolerados, tais como o<br />

amoníaco (de filtros catalíticos SCR em diesel com AdBlue), metano e óxido nitroso. Todos<br />

os automóveis novos terão de ser equipados com um sistema de diagnóstico integrado<br />

que analisará as emissões a todo o momento e assegurará o cumprimento dos limites de<br />

emissões durante pelo menos 200.000 km. O objetivo é impedir que um fabricante possa<br />

enganar e disfarçar as emissões reais, como aconteceu no passado com os modelos<br />

Volkswagen). Os veículos a gasolina terão de ser equipados, para além do sistema de<br />

monitorização, com uma gama de novos equipamentos que incluem um conversor<br />

catalítico elétrico que aquece o motor assim que este arranca (os conversores catalíticos<br />

funcionam muito além dos 400°C, ou seja, após cerca de 15 km), dois conversores<br />

catalíticos de três vias, um filtro de partículas e um sistema SCR para redução catalítica<br />

seletiva da passagem do amoníaco, que é mais potente do que os atuais.<br />

Consulte o nosso<br />

catálogo Tecdoc<br />

Veja todos os produtos que<br />

temos disponíveis!<br />

Cleaning<br />

Procedure for<br />

Diesel-Particle<br />

Filters<br />

Regular<br />

Surveillance<br />

www.tuv.com<br />

ID 0000045901<br />

trutores ou pagar os custos sociais<br />

que o encerramento de fábricas<br />

acarretaria. Custos, sem dúvida,<br />

inferiores ao efeito da poluição na<br />

saúde pública.<br />

E entretanto?<br />

Perante o impasse que se vive,<br />

a União Europeia decidiu tirar<br />

nova carta da manga. Se até agora<br />

pensávamos que do Euro 6d<br />

passaríamos diretamente para o<br />

Euro 7, a verdade é que surgiu um<br />

regulamento intermédio, o Euro<br />

6e, que entra em vigor já a partir<br />

do primeiro dia de <strong>202</strong>3. Este<br />

será muito mais restrito com os<br />

motores a gasolina e a gasóleo, especialmente<br />

nos arranques a frio,<br />

pelo que os fabricantes terão de<br />

procurar uma forma de conseguir<br />

que os catalisadores SCR aqueçam<br />

mais depressa. Se não for adiada<br />

pela quarta vez, a proposta final<br />

da norma Euro 7 deverá ser apresentada<br />

a 12 de outubro de <strong>202</strong>2<br />

e a data prevista de implementação<br />

arrasta-se de novo, agora para<br />

<strong>202</strong>7. Em <strong>202</strong>0, apenas 3,7% dos<br />

carros novos vendidos na Europa<br />

eram 100% elétricos. No entanto,<br />

as metas da Comissão Europeia<br />

são claras: a partir de 2035 já não<br />

se deverão fabricar mais veículos<br />

com motor de combustão interna<br />

e a partir de 2050 estes serão<br />

proibidos de circular na Europa.<br />

Seremos capazes de cumprir? l<br />

PUB<br />

Descubra a nossa solução de<br />

Limpeza de Filtros de<br />

Partículas<br />

A única solução certificada com<br />

TÜVRheinland®!<br />

Para mais informações,<br />

contacte-nos!<br />

www.interescape.com<br />

info@interescape.com<br />

+351 252 248 810


COMPETIÇÃO MELHOR MECATRÓNICO <strong>202</strong>2/23<br />

ACEITE O DESAFIO!<br />

ESTE MÊS PUBLICAMOS O SEGUNDO QUESTIONÁRIO RELATIVO À FASE DE APURAMENTO DOS FINALISTAS<br />

DA 5º COMPETIÇÃO MELHOR MECATRÓNICO. CONCORRA RESPONDENDO AO QUESTIONÁRIO ONLINE<br />

E HABILITE-SE A SER UM DOS OITO CONCORRENTES SELECIONADOS PARA A GRANDE FINAL<br />

O<br />

Concurso Melhor Mecatrónico tem como<br />

principais objetivos promover, anualmente,<br />

a profissão de Mecânico Automóvel na<br />

área da mecatrónica e, ao mesmo tempo, desafiar<br />

os profissionais no ativo a colocarem à prova os<br />

seus conhecimentos e competências nesta área.<br />

Entendemos que esta profissão é cada vez mais<br />

importante na atividade da reparação automóvel.<br />

As oficinas têm de integrar nos seus quadros<br />

mecatrónicos bem formados e competentes, para<br />

poderem responder às exigências atuais e futuras<br />

dos automóveis.<br />

O Concurso terá como ponto alto a realização da<br />

Grande Final Melhor Mecatrónico <strong>202</strong>2/23, nos<br />

dias 14, 15 e 16 de abril de <strong>202</strong>3, no salão expo-<br />

MECÂNICA. Irão ser três dias intensos, onde os<br />

concorrentes terão de fazer valer os seus conhecimentos<br />

e experiência para superar as diversas provas<br />

da Competição.<br />

O Júri será uma vez mais presidido por Carlos<br />

Isidro, coordenador da área de Mecatrónica Automóvel<br />

da ATEC, que conta com a colaboração de<br />

oito experientes formadores que irão acompanhar<br />

individualmente os concorrentes nos seus postos<br />

de trabalho. Tudo, mas mesmo tudo, será avaliado.<br />

Desde o conhecimento técnico, até ao manuseamento<br />

<strong>das</strong> ferramentas, passando por hábitos de<br />

limpeza. A avaliação será feita com base na resolução<br />

dos vários exercícios e no tempo despendido.<br />

Quem conseguir resolver mais avarias e tiver despendido<br />

menos tempo no diagnóstico e reparação<br />

dos veículos, será o vencedor.<br />

Funcionamento da competição<br />

Em traços gerais, na prova prática os concorrentes<br />

terão de efetuar o diagnóstico a um veículo, detetar<br />

as anomalias e corrigi-las. As anomalias serão<br />

introduzi<strong>das</strong> previamente nos veículos utilizados<br />

na prova e serão sempre as mesmas para todos os<br />

veículos. A final da competição contempla três módulos,<br />

de duas horas cada. O Módulo A será constituído<br />

pelo Diagnóstico de Motor, o Módulo B pela<br />

Reparação de Motor e o Módulo D pelo Diagnóstico<br />

do Sistema Elétrico. Todos os materiais, ferramentas<br />

e equipamentos serão fornecidos pela organização.<br />

Os concorrentes apenas terão de trazer<br />

os seus EPI’s (roupa de trabalho, botas, óculos). E,<br />

claro, conhecimento, concentração e afinco para<br />

dar o melhor. Até porque, além do título de Melhor<br />

Mecatrónico <strong>202</strong>2/23, o vencedor levará para<br />

casa um valioso prémio e todos os participantes<br />

receberão troféus e vário merchandising dos patrocinadores.<br />

Todos os concorrentes levarão para<br />

casa Diplomas de Participação e os três primeiros<br />

vencedores Certificados que comprovam o seu excelente<br />

desempenho durante a competição.<br />

Subir a FASquia<br />

Este ano, queremos melhorar ainda mais o Concurso,<br />

que é já um evento incontornável do aftermarket<br />

em Portugal. Para além da publicação dos<br />

questionários, que vão servir para selecionar os<br />

finalistas, iremos organizar um programa de eventos<br />

para a Final do Concurso, onde o grande protagonista<br />

será a profissão de mecatrónico automóvel<br />

e to<strong>das</strong> as atividades que giram à sua volta. Vai ser<br />

um acontecimento com muitos motivos de interesse<br />

e que deve ser visitado por todos os que se interessam<br />

pela reparação automóvel e gestão oficinal.<br />

O setor está a atravessar uma fase de mudança, quer<br />

no que diz respeito aos veículos que visitam as oficinas,<br />

muito mais evoluídos tecnologicamente, quer<br />

no que se refere ao modelo de negócio <strong>das</strong> próprias<br />

oficinas. E o mecatrónico é uma peça fundamental<br />

nas oficinas que querem evoluir num mercado em<br />

mudança, onde já não chega ser bom, agora é necessário<br />

ser excecional, em competência técnica e<br />

nas relações com clientes e colegas. A competência,<br />

disciplina e organização, ajudam a melhores níveis<br />

de rentabilidade e esse é o caminho.<br />

Para concorrer basta visitar o site<br />

www.melhormecatronico.pt<br />

A COMPETIÇÃO MELHOR MECATRÓNICO TEM COMO PRINCIPAL OBJETIVO<br />

PROMOVER A PROFISSÃO DE MECÂNICO AUTOMÓVEL NA ÁREA DA MECATRÓNICA<br />

E, AO MESMO TEMPO, DESAFIAR OS PROFISSIONAIS NO ATIVO A COLOCAREM<br />

À PROVA OS SEUS CONHECIMENTOS E COMPETÊNCIAS NESTA ÁREA<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro Outubro I 22 15


PATROCINADORES >


SUSTENTABILIDADE NA AGENDA DAS EMPRESAS<br />

UM NOVO SENTIDO<br />

DE PROPÓSITO<br />

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA, PERDA DE BIODIVERSIDADE, VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS, QUASE NÃO<br />

PASSA UM DIA SEM QUE ALGUM ASPETO DA SUSTENTABILIDADE CHEGUE ÀS NOTÍCIAS. A SOCIEDADE<br />

ESTÁ NUMA ENCRUZILHADA. O CAMINHO QUE DECIDIR TOMAR TERÁ IMPACTO NÃO SÓ NAS VIDAS DA<br />

GERAÇÃO ATUAL, MAS TAMBÉM NAS DAS GERAÇÕES VINDOURAS<br />

Nos últimos anos, a sustentabilidade<br />

tem encontrado um lugar firme na<br />

agenda <strong>das</strong> empresas. Algumas abraçaram<br />

um caminho que vai para além<br />

do cumprimento dos objetivos a curto<br />

prazo <strong>das</strong> partes interessa<strong>das</strong>. Muitos outros<br />

continuam com “tudo como sempre”. No entanto,<br />

existem boas razões para as empresas embarcarem<br />

numa viagem de sustentabilidade. A crescente<br />

preocupação do público resultou num endurecimento<br />

da regulamentação em muitas regiões em<br />

áreas como as emissões de CO 2 e a reciclagem em<br />

circuito fechado. Mas a pressão não para aí, pois<br />

há muito que a sustentabilidade atingiu os mercados<br />

financeiros, com os investidores a imporem às<br />

empresas assumirem compromissos ambiciosos.<br />

Existe oportunidade na sustentabilidade<br />

Para surpresa de alguns observadores, a Geração Z<br />

(pessoas nasci<strong>das</strong> no final dos anos 90 e nos anos<br />

2000) está a revelar-se uma geração de ativistas,<br />

espalhando rapidamente a sua mensagem através<br />

dos meios de comunicação social e redes sociais. À<br />

medida que entram na força de trabalho, as suas<br />

vozes têm um peso cada vez maior quando se trata<br />

de comportamento empresarial. Estão a forçar os<br />

seus empregadores a desenvolver um novo sentido<br />

de propósito. E como grupo de clientes, estão<br />

a gastar o seu dinheiro escolhendo produtos e serviços<br />

sustentáveis em vez de equivalentes menos<br />

sustentáveis. Dececionados com os mecanismos<br />

políticos tradicionais, canalizam o seu ativismo<br />

através dos meios de comunicação social e organizações<br />

não governamentais. Os peritos preveem<br />

que o número de pessoas que apoiam as ONG em<br />

todo o mundo irá crescer de 1,4 mil milhões em<br />

2014 para 2,5 mil milhões em 2030. Com o crescente<br />

apoio, e o crescente financiamento como resultado,<br />

as ONG vão exigir uma participação cada<br />

vez maior na tomada de decisões.<br />

A Geração Z está agora a entrar na força de trabalho.<br />

Consequentemente, as empresas têm de reforçar<br />

o seu compromisso com a sustentabilidade,<br />

tanto a nível interno como externo e tornar este<br />

compromisso credível. A Geração Z espera que os<br />

seus empregadores tenham uma missão social, um<br />

sentido de propósito e que se envolvam ativamente<br />

com o mundo exterior. Esperam um local de trabalho<br />

diversificado em termos de género, etnia e<br />

antecedentes educacionais.<br />

No passado, a humanidade esteve frequentemente<br />

em encruzilha<strong>das</strong> como estas. A história mostra<br />

que somos capazes de mudar o nosso comportamento.<br />

Mas será que a revolução da sustentabilidade<br />

virá suficientemente depressa? Neste artigo<br />

baseado num estudo da Roland Berger, apresentamos<br />

quatro cenários, imagens de como o mundo<br />

poderá ser em 2050. Juntos, formam um panorama<br />

da série de diferentes futuros possíveis no que<br />

diz respeito à sustentabilidade. Analisamos os diferentes<br />

cenários utilizando o quadro ESG (Environment,<br />

Social, Corporate Governance), que analisa<br />

as três dimensões centrais da sustentabilidade:<br />

ambientais, sociais e de governação empresarial.<br />

As implicações para as empresas diferem para<br />

cada um dos cenários e afetam uma grande variedade<br />

de áreas, da concorrência à diferenciação, da<br />

inovação ao recrutamento.<br />

O que estão as empresas a fazer?<br />

Na análise realizada, dividimos as oportunidades<br />

por dimensão e horizonte temporal do ESG. As<br />

empresas podem tomar uma grande variedade<br />

de medi<strong>das</strong>, tais como conseguir neutralidade de<br />

CO 2, assegurar total transparência dos processos<br />

produtivos e pôr em prática sistemas robustos de<br />

denúncia de irregularidades. Qualquer estratégia<br />

empresarial será bem vinda. A sustentabilidade é<br />

uma questão que veio para ficar e as empresas que<br />

não a abordarem nas suas estratégias poderão correr<br />

riscos substanciais: o risco de prejudicar a sua<br />

reputação, problemas nas suas cadeias de abastecimento,<br />

riscos para o ambiente e assim por diante.<br />

Pelo contrário, as empresas que optam por enfrentar<br />

frontalmente a questão da sustentabilidade podem<br />

descobrir que, ao fazê-lo, podem pagar grandes<br />

recompensas.<br />

Colocar a sustentabilidade<br />

no centro <strong>das</strong> atenções<br />

Não pode haver dúvi<strong>das</strong> de que a sustentabilidade é<br />

uma <strong>das</strong> questões mais prementes que o mundo enfrenta<br />

atualmente. É uma questão que afeta todos<br />

os aspetos da vida, desde as nossas decisões quotidianas<br />

até ao destino <strong>das</strong> gerações futuras, desde o<br />

mundo da política até ao setor privado. A sustentabilidade<br />

está a moldar a forma como o mundo está<br />

a mudar - e continuará a fazê-lo no futuro. Para<br />

compreender plenamente o que entendemos por<br />

sustentabilidade, vale a pena analisar a forma como<br />

o conceito se desenvolveu ao longo do tempo. Já na<br />

década de 1970, os cientistas alertaram para os efeitos<br />

ambientais do aquecimento global. A publicação<br />

do relatório The Limits to Growth em 1972, assinalou<br />

um marco significativo. Hoje, a sustentabilidade<br />

também encontrou um lugar firme na agenda da estratégia<br />

empresarial. Não menos importante desde<br />

o escândalo Enron em 2001, as empresas começa-<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 17


ALGUMAS EMPRESAS JÁ ABANDONARAM A MENTALIDADE DE LUCRO A todos<br />

OS CUSTOS QUE IMPULSIONAM OS SEUS NEGÓCIOS E ENCONTRARAM UM NOVO<br />

SENTIDO DE PROPÓSITO PARA AS SUAS ATIVIDADES<br />

ram a implementar, ou pelo menos, a<br />

aspirar ao cumprimento e às normas<br />

éticas. Antes de passarmos à questão<br />

de como a sustentabilidade pode<br />

moldar as próximas três déca<strong>das</strong>, vale<br />

a pena perguntar porque é que isto<br />

aconteceu. O que é que leva as empresas<br />

a fazer da sustentabilidade uma<br />

parte essencial da sua estratégia?<br />

A sociedade está a mudar<br />

Cada vez mais, é o público em geral<br />

que está a liderar o debate sobre sustentabilidade.<br />

Quer se trate de imagens<br />

de ursos polares afetados pela<br />

diminuição <strong>das</strong> calotas de gelo, ou<br />

de ilhas de resíduos plásticos quatro<br />

vezes maiores do que a Alemanha,<br />

os problemas ambientais tornaram-<br />

-se uma grande preocupação para<br />

o público. Com a ajuda dos meios<br />

de comunicação social, estas preocupações<br />

espalharam-se pela sociedade,<br />

atingindo mais pessoas e a<br />

uma velocidade mais rápida do que<br />

alguma vez foi possível no passado.<br />

Movimentos como #MeToo e #BlackLivesMatter<br />

demonstram a intensidade<br />

do sentimento na sociedade<br />

de hoje sobre a má conduta.<br />

A regulamentação desempenha um<br />

papel fundamental na criação do<br />

quadro necessário para a sustentabilidade.<br />

A luta para introduzir legislação<br />

relevante tem sido longa e dura,<br />

mas estamos agora a assistir a um<br />

endurecimento <strong>das</strong> regras em muitas<br />

regiões diferentes. As diferenças geográficas<br />

são inevitáveis, é claro. Na<br />

Europa, por exemplo, é provável que<br />

as leis se concentrem nos ciclos de<br />

vida dos produtos, nas emissões de<br />

CO 2, na economia circular e na percentagem<br />

de mulheres em posições<br />

de liderança a avançar. As crescentes<br />

preocupações sobre questões de<br />

sustentabilidade estão também a ter<br />

impacto nos mercados financeiros.<br />

Os investidores esperam mais <strong>das</strong><br />

empresas no que diz respeito ao seu<br />

desempenho em termos de sustentabilidade<br />

e muitas empresas estão<br />

a responder com fortes compromissos.<br />

A recente carta da BlackRock<br />

aos CEO sobre a crise climática e o<br />

anúncio do seu desinvestimento em<br />

empresas com riscos de sustentabilidade<br />

é uma prova clara desta mudança.<br />

Está também a mudar a mente<br />

<strong>das</strong> empresas que anteriormente<br />

consideravam a sustentabilidade<br />

demasiado cara. A procura também<br />

está a crescer para uma abordagem<br />

comparável e normalizada dos relatórios<br />

de sustentabilidade.<br />

As empresas de to<strong>das</strong> as indústrias<br />

aumentaram as suas aspirações em<br />

relação à sustentabilidade e começaram<br />

a anunciar objetivos mensuráveis.<br />

Os compromissos para ter um<br />

impacto de CO 2 negativo ou neutro e<br />

os objetivos para a quota de materiais<br />

reciclados utilizados já não são incomuns.<br />

As empresas têm boas razões<br />

para elevar a fasquia: Os clientes encaram<br />

cada vez mais a sustentabilidade<br />

como um critério fundamental<br />

de compra. Em termos simples, estão<br />

dispostos a pagar o verdadeiro custo<br />

dos produtos e serviços. E como<br />

se isso não fosse suficiente, as ONG<br />

também responsabilizam as empresas<br />

pelas suas limitações ambientais<br />

- por exemplo, quando ativistas<br />

da Greenpeace escalaram o Shard<br />

de Londres para protestar contra os<br />

planos de perfuração de petróleo e<br />

gás da Shell no Ártico em 2013.<br />

18 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


PATROCINADORES ><br />

O que é o ESG?<br />

QUADRO DE SUSTENTABILIDADE QUE UTILIZA FATORES AMBIENTAIS, SOCIAIS E DE GOVERNAÇÃO EMPRESARIAL<br />

G<br />

Estrutura<br />

e supervisão<br />

Recursos naturais<br />

e bem-estar animal<br />

E<br />

GOVERNAÇÃO<br />

EMPRESARIAL<br />

(CORPORATE<br />

GOVERNANCE)<br />

Política de<br />

compensação<br />

Eficiência<br />

energética<br />

MEIO AMBIENTE<br />

(ENVIRONMENT)<br />

Governação da cadeia<br />

de abastecimento<br />

Emissões<br />

Conformidade<br />

e ética empresarial<br />

Poluição/resíduos<br />

Transparência<br />

Oportunidades de<br />

inovação/ambiente<br />

Responsabilidade<br />

pelo produto<br />

Sociedade<br />

e comunidade<br />

Diversidade<br />

e oportunidades<br />

Direitos Humanos<br />

Bem-estar<br />

dos funcionários<br />

S<br />

O QUADRO ESG<br />

A crescente pressão da sociedade, reguladores e investidores levou<br />

a uma forte procura de um quadro padronizado para medir<br />

a responsabilidade empresarial. Existem dezenas destes quadros<br />

de sustentabilidade em todo o mundo, tais como os Objetivos de<br />

Desenvolvimento Sustentável <strong>das</strong> Nações Uni<strong>das</strong> (ODS), o Pacto<br />

Global da ONU e as normas ISO para a proteção ambiental. Estes<br />

quadros abrangem muitos aspetos da sustentabilidade. Mas também<br />

têm algumas desvantagens, tais como serem difíceis de medir<br />

e, em alguns casos, difíceis de traduzir em indicadores-chave<br />

SOCIAL<br />

(SOCIAL)<br />

de desempenho (KPI) para as empresas.<br />

Um quadro que não sofre com estas questões é o ESG, que representa<br />

as três dimensões centrais da sustentabilidade: questões<br />

ambientais, sociais e de governação empresarial. O quadro ESG<br />

representa um compromisso entre os SDG, que são mais temáticos,<br />

e as normas ISO. É colocada ao nível certo para permitir às<br />

empresas desenvolver estratégias, estabelecer prioridades e gerir<br />

a implementação. O quadro ESG tem uma série de vantagens<br />

em relação a outras abordagens: É holístico, os seus três pilares<br />

Fonte: Roland Berger<br />

abrangem todos os aspetos da sustentabilidade empresarial; é<br />

mensurável, uma vez que os critérios ESG podem ser quantificados<br />

e utilizados para a definição de objetivos internos e orientação;<br />

é personalizável para diferentes indústrias e empresas<br />

individuais; e já atingiu massa crítica em certos sectores. Assim,<br />

é geralmente aceite pelo mundo do investimento e é o quadro<br />

preferido de instituições como a WFE (Federação Mundial de Bolsas<br />

de Valores) e a EFFAS (Federação Europeia <strong>das</strong> Associações de<br />

Analistas Financeiros).<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 19


Mercado<br />

JOAQUIM CANDEIAS ANALISA AFTERMARKET<br />

GRANDES DESAFIOS...<br />

... ENORMES OPORTUNIDADES!<br />

ENQUANTO MEMBRO DA DIREÇÃO DA FIGIEFA, JOAQUIM CANDEIAS TEM SIDO UMA VOZ PROEMINENTE NA<br />

DEFESA DO IAM. NUMA APRESENTAÇÃO CLARA E CONCISA, O PRESIDENTE DA DPAI/ACAP FALOU SOBRE OS<br />

TEMAS QUENTES ATUALMENTE EM DEBATE A NÍVEL EUROPEU<br />

Atuando como interlocutor político do pós­<br />

‐venda Independente, em Bruxelas, a FI­<br />

GIEFA (Associação Independente dos Distribuidores<br />

Aftermarket Automóvel) representa os<br />

interesses de mais de 30.000 empresas e os seus<br />

principais objetivos passam pela manutenção da<br />

concorrência no pós ­venda e pela promoção da liberdade<br />

de escolha do consumidor.<br />

Joaquim Candeias explica o trabalho que tem vindo<br />

a ser feito no sentido de assegurar e fortalecer<br />

o aftermarket independente. São, essencialmente,<br />

cinco pontos que devem ser acautelados para que<br />

todos os players, quer OEM como IAM, possam ter<br />

um acesso indiferenciado ao negócio, sem restrições<br />

ou bloqueios. Está em causa o acesso remoto<br />

aos dados e recursos do veículo; a certificação e<br />

homologação de peças; o Regulamento MVBER; a<br />

cibersegurança e, por fim, mas não menos importante,<br />

a sustentabilidade.<br />

Acesso remoto<br />

AOS dados/recursos do veículo<br />

Por um lado, é importante que o condutor possa<br />

interagir com o software através da máquina,<br />

com recurso a aplicações, “uma arquitetura com<br />

base «sandbox», onde o utilizador tem bastante<br />

controlo, autonomia e poder de decisão”, explicou<br />

Joaquim Candeias. Por outro lado, o setor do aftermarket<br />

precisa de ter acesso aos dados e recursos<br />

do veículo, «ler» o que ele precisa e se for preciso<br />

intervencionar. É fulcral que este acesso seja feito<br />

sem intervenção de terceiros e sem que os fa­<br />

bricantes de automóveis detenham o monopólio<br />

da informação que está no veículo. “É algo que<br />

nós alertamos fortemente na FIGIEFA, junto do<br />

Parlamento Europeu, defendendo o nosso setor:<br />

Os objetivos são termos um melhor serviço para<br />

o consumidor e proprietários de veículos na Europa,<br />

através de uma opção de mercado único digital<br />

para o serviço de setor automóvel, onde exista uma<br />

plataforma a que toda a gente possa ter um acesso<br />

indiferenciado”, disse o responsável, que não baixa<br />

os braços no sentido de garantir as aptidões e direitos<br />

iguais para todos os prestadores de serviços,<br />

mesmo que isso envolva “muita legislação e um lobby<br />

extremamente forte”.<br />

“Com a transformação digital na mobilidade, a<br />

inovação dos modelos de negócio e serviços, iniciativas<br />

de segurança rodoviária e ambientais, e uma<br />

concorrência adequada e justa, existirão muitos<br />

benefícios para o consumidor final”, assinala Joaquim<br />

Candeias.<br />

Certificação/homolOGAção de peçAS<br />

Com os fabricantes de automóveis a procurar<br />

cada vez mais centralizar o negócio perto de si e<br />

controlá ­lo, nasce a necessidade de certificação/<br />

homologação <strong>das</strong> peças que sejam monta<strong>das</strong> nos<br />

veículos. Estas peças devem ter um código QR<br />

que o veículo consiga ler e que reconheça de modo<br />

digital que foram monta<strong>das</strong>. Segundo Joaquim<br />

Candeias, é preciso que esta certificação exista não<br />

só por parte dos fabricantes de automóveis, como<br />

dos fabricantes de aftermarket que, “na grande<br />

maioria são de primeiro equipamento também”.<br />

Ou seja, o construtor de automóveis deve homologar<br />

as peças fabrica<strong>das</strong> por terceiros, para que<br />

os fabricantes externos à marca possam também<br />

construir e comercializar as suas peças. Tecnicamente,<br />

a peça tem de ser específica e deve fazer ­se<br />

acompanhar de informação que torne a sua aplicação<br />

fácil. Por outro lado, também o fabricante<br />

de ferramentas de diagnóstico terá de se sujeitar<br />

à certificação / homologação, para que se possa<br />

ter a certeza de que se faz o diagnóstico correto.<br />

Assim, a distribuição de peças passará a ser mais<br />

profissionalizada e muito mais técnica, havendo,<br />

inclusivamente, a ideia de ter uma certificação na<br />

cadeia de distribuição, para que esta seja adequada.<br />

Por fim, o próprio reparador terá que ter uma<br />

certificação própria, para que possa intervencionar<br />

corretamente o veículo.<br />

MVBER (Motor Vehicle Block Exemption<br />

Regulation)<br />

Existe desde 2002, foi renovado em 2010 com extensão<br />

até <strong>202</strong>3 e há de ter uma extensão por mais<br />

cinco anos, de acordo com o Parlamento Europeu.<br />

Em traços gerais, o MVBER significa que qualquer<br />

veículo pode ser intervencionado desde o km zero<br />

sem perder a garantia, “uma legislação que nos defende<br />

há vinte anos, mas que infelizmente é do desconhecimento<br />

da maior parte <strong>das</strong> pessoas. A falta<br />

de conhecimento de clientes e a desinformação aos<br />

consumidores, vinda dos fabricantes de automóveis,<br />

é notória”, lamenta o presidente da Divisão do<br />

O FAAS DEVE TER A AMBIÇÃO DE ACOMPANHAR O SETOR AUTOMÓVEL<br />

INDEPENDENTE NA SUA TRANSIÇÃO ATRAVÉS DA UNIÃO CONJUNTA<br />

DE TODOS OS PLAYERS, A FIM DE SE ALCANÇAR UM MERCADO PÓS-VENDA<br />

INDEPENDENTE SUSTENTÁVEL<br />

20 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


MERCADO<br />

Quadro I // Sequência na cadeia de distribuição com o impacto da certificação/homologação <strong>das</strong> peças<br />

FABRICO PEÇA<br />

INDEPENDENTE<br />

HOMOLOGAÇÃO /<br />

CERTIFICAÇÃO<br />

INFORMAÇÃO<br />

TÉCNICA<br />

FABRICO<br />

DIAGNÓSTICO<br />

Peças independentes fabrica<strong>das</strong><br />

de acordo como o regulamento<br />

ISO/SAE 21434<br />

Homologação / certificação<br />

da peça pelos fabricantes<br />

do veículo, antes de serem<br />

comercializa<strong>das</strong> e instala<strong>das</strong><br />

Informações técnicas de instalação<br />

e configuração obrigatórias<br />

para instalação <strong>das</strong> peças<br />

independentes<br />

Ferramenta de Diagnóstico<br />

fabrica<strong>das</strong> de acordo com o<br />

regulamento ISO/SAE 21434<br />

HOMOLOGAÇÃO/<br />

CERTIFICAÇÃO<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

DE PEÇAS<br />

DIAGNÓSTICO<br />

DE VEÍCULOS<br />

OPERAÇÃO<br />

DE REPARAÇÃO<br />

Ferramenta de Diagnóstico<br />

obrigada a autenticação pelos<br />

fabricantes dos veículos<br />

Distribuição <strong>das</strong> Peças com<br />

to<strong>das</strong> as informações técnicas<br />

de reparação, garantindo<br />

integridade na entrega<br />

Inicio do Diagnóstico<br />

ao veículo, identificando<br />

o problema, com utilização<br />

de ferramentas certifica<strong>das</strong><br />

e com acesso ao veículo<br />

Lojas de reparação Certifica<strong>das</strong><br />

utilizando peças autentica<strong>das</strong><br />

eletronicamente para serem<br />

ativa<strong>das</strong> e integra<strong>das</strong> no sistema<br />

do veículo<br />

Fabricantes de peças Editores de informações técnicas Fabricantes de ferramentas diagnóstico Distribuidores de peças Lojas de reparação<br />

IAM: Independent Aftermarket; UNECE:United Nations Economic Commission for Europe; ISO: International Organization for Standardization; SAE: Society of<br />

Automotive Engineers; RMI: Repair and Maintenance Information; FIGIEFA: European Federation of the Automotive Aftermarket Distributors; VM: Vehicle<br />

Manufacturer; CSMS: Cyber Security Management System<br />

Pós ‐venda Automóvel Independente<br />

da ACAP. Apesar disso, as dificuldades<br />

no acesso à informação para a reparação<br />

são contínuas, têm elevados<br />

custos e consideráveis atrasos, porque<br />

ainda que o fabricante seja obrigado<br />

a conceder a informação, não<br />

é explícita a janela temporal de que<br />

dispõe para a fornecer, o que muitas<br />

vezes torna a intervenção impossível<br />

de realizar em tempo útil.<br />

Joaquim Candeias advoga também a<br />

uniformidade nos conteúdos fornecidos<br />

na Informação à Manutenção<br />

e Reparação, que devem ser “homogéneos<br />

e iguais para todos. Isto tem<br />

de ser devidamente legislado a fim de<br />

defender o próprio consumidor final,<br />

porque o que está em causa é ter direito<br />

de escolher entre ir a um concessionário<br />

de marca ou a um operador<br />

independente”. A manutenção e<br />

modernização deste regulamento é<br />

necessária, a seu ver, para que exista<br />

a garantia de que “podemos intervencionar<br />

os veículos, ter acesso à<br />

informação de um modo fácil e justo<br />

e que não haja áreas de negócio que<br />

tenham mais facilidades do que outras”.<br />

A FIGIEFA já solicitou à Comissão<br />

Europeia que introduza esclarecimentos<br />

sobre o acesso a informações<br />

técnicas clássicas e abusos de garantia,<br />

assim como o pediu o princípio<br />

da não discriminação, porque há<br />

algumas lacunas na lei “onde é importante<br />

ser específico para garantir<br />

que temos o acesso a informações<br />

técnicas e a certos dados do veículo”<br />

e requereu também esclarecimentos<br />

relativos à proteção jurídica dos operadores<br />

independentes, que devem<br />

ser devidamente salvaguardados e<br />

defendidos. De acordo com Joaquim<br />

Candeias, foi também solicitado que<br />

se assegure o acesso efetivo a todos os<br />

«inputs» que sejam necessários para<br />

os operadores independentes poderem,<br />

de facto, intervencionar os veículos.<br />

É intenção da Federação Europeia<br />

da Distribuição do Aftermarket<br />

conseguir maior coordenação com a<br />

AFCAR (Aliança para a Liberdade<br />

de Reparação automóvel na UE);<br />

analisar e reagir à proposta inicial da<br />

DG ‐GROW (Direção Geral de Mercado<br />

Interno, Indústria, Empreendedorismo<br />

e PME’s, do Parlamento<br />

Europeu, antes de ser submetida a<br />

votação na comissão e ainda intensificar<br />

a atividade jurídica, a fim de<br />

conseguir atingir os objetivos.<br />

Cibersegurança : Aftermarket<br />

responsável e seguro<br />

A cibersegurança é uma área vital<br />

para garantir um aftermarket res‐<br />

É FULCRAL QUE O ACESSO AOS DADOS E RECURSOS DO VEÍCULO<br />

SEJA FEITO SEM INTERVENÇÃO DE TERCEIROS E SEM QUE<br />

OS FABRICANTES DE AUTOMÓVEIS DETENHAM O MONOPÓLIO<br />

DA INFORMAÇÃO QUE ESTÁ NO VEÍCULO<br />

22 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


www.liqui-moly.com<br />

@liquimoly<br />

@liquimolyiberia<br />

ENTRE OS OBJETIVOS DA<br />

SUSTENTABILIDADE NO<br />

AFTERMARKET ESTÃO Voltar À<br />

POLÍTICA DA REMANUFACTURA<br />

E REPARAÇÃO DAS PEÇAS,<br />

ASSIM COMO A RECICLAGEM<br />

OBRIGatÓRIA total DAS PEÇAS<br />

E A REDUÇÃO DAS EMBALAGENS<br />

ponsável e seguro na cadeia de<br />

mobilidade. Uma vez que a tendência<br />

não é de estabilização,<br />

haverá cada vez mais questões<br />

relaciona<strong>das</strong> com esta área, que<br />

necessita de um desenvolvimento<br />

seguro onde a instalação e a ativação<br />

de peças seja possível via<br />

ferramentas e diagnósticos multimarca.<br />

Além do já falado acesso<br />

à informação, é preciso que<br />

o aftermarket seja reconhecido<br />

“como parte legítima e autorizada,<br />

como intervenção ou intervenientes<br />

seguros na reparação<br />

e no ecossistema da mobilidade.<br />

Queremos ser agentes ou operadores<br />

com toda a dignidade, respeitados<br />

no futuro dentro desta<br />

área da segurança, porque o fabricante<br />

só procura defender os<br />

seus interesses próprios”, afirma<br />

Joaquim Candeias.<br />

Neste sentido, a FIGIEFA está a<br />

trabalhar para que a cibersegurança<br />

e a instalação segura de peças<br />

sejam incluí<strong>das</strong> no plano de<br />

trabalho de <strong>202</strong>2 da DG ‐GROW,<br />

uma posição conjunta com outras<br />

associações como a AFCAR (reparadores),<br />

a CLEPA (fabricantes<br />

de peças) ou a ETRMA (pneus).<br />

A ideia é dar seguimento a este<br />

grupo de trabalho, fazendo nova<br />

reunião com estes «players», que<br />

inclua também os produtores<br />

independentes de peças e ainda<br />

continuar a investigação sobre os<br />

problemas de codificação de peças<br />

e mais evidências necessárias<br />

com a Comissão Europeia.<br />

Sustentabilidade no<br />

Aftermarket<br />

Foi criado o FAAS (Forum on<br />

Automotive Aftermarket Sustainaibility),<br />

com a presença de<br />

diversas federações, além <strong>das</strong><br />

promotoras FIGIEFA e CLEPA,<br />

como a americana AUTOCARE,<br />

a FIA, a ETRMA, a AIRC, ou a<br />

APRA que pretendem defender<br />

adequadamente a sustentabilidade<br />

dentro do setor automóvel<br />

independente.<br />

Este Fórum quer acompanhar o<br />

setor automóvel e independente<br />

na sua transição, através da união<br />

conjunta de todos os players,<br />

para se alcançar um mercado de<br />

pós ‐venda independente sustentável<br />

e garantir a continuidade<br />

do negócio.<br />

É vital impulsionar a mudança<br />

da cadeia de distribuição do pós‐<br />

‐venda independente pela alta<br />

qualidade de sinergias, criar<br />

soluções para questões globais,<br />

como mudanças climáticas, a<br />

transição de energias, para baixar<br />

o CO 2 e eliminar cada vez mais<br />

resíduos e enfrentar a falta de<br />

conhecimento do próprio setor e<br />

fornecer as ferramentas necessárias<br />

para que as empresas possam<br />

evoluir nesta área.<br />

Entre os objetivos, estão voltar à<br />

política da remanufactura e reparação<br />

<strong>das</strong> peças, assim como a<br />

reciclagem obrigatória total <strong>das</strong><br />

peças e a redução <strong>das</strong> embalagens<br />

por parte dos fabricantes.<br />

Quer ‐se também a redução <strong>das</strong><br />

emissões de CO 2 pela otimização<br />

e digitalização da cadeia de distribuição,<br />

algo que já acontece,<br />

por exemplo na Áustria, onde<br />

há limites às entregas diárias, e<br />

pretende ‐se que haja um método<br />

de cálculo padronizado de pegada<br />

de carbono dos produtos e<br />

respetiva análise do ciclo de vida.<br />

Além disso, claro, é preciso procurar<br />

tecnologias e combustíveis<br />

alternativos em que a produção<br />

de CO 2 baixe consideravelmente,<br />

para que a sustentabilidade mais<br />

do que um objetivo, seja uma<br />

forma de vida no setor do aftermarket.<br />

l<br />

PUB<br />

Gosta de beber<br />

um bom vinho<br />

num copo sujo?<br />

O óleo novo<br />

também prefere<br />

um motor limpo.<br />

A limpeza interna LIQUI MOLY é fundamental<br />

para qualquer motor. Limpa o seu interior<br />

e remove depósitos, sujidade e borras de<br />

óleo. Só assim o óleo de motor novo pode<br />

desenvolver todo o seu potencial.<br />

Vantagens: o motor limpo funciona com<br />

mais eficácia após a mudança de óleo,<br />

de forma mais silenciosa e com menor<br />

consumo e emissões poluentes.<br />

LAVE SEMPRE O MOTOR ANTES<br />

DE CADA MUDANÇA DE ÓLEO!


Entrevista


HERNÁN MARQUÉS, DIRETOR GERAL SAMPA IBÉRICA<br />

O MERCADO PORTUGUÊS<br />

RECEBEU-NOS MUITO BEM<br />

PRESENTE NO MERCADO IBÉRICO DESDE <strong>202</strong>1, A SAMPA IBÉRICA COMEÇOU A OPERAR EM PORTUGAL EM<br />

JANEIRO DE <strong>202</strong>2. À FRENTE DAS SUAS ATIVIDADES ESTÁ HERNÁN MARQUÉS, DIRETOR GERAL DA SAMPA<br />

IBÉRICA, QUE NESTA ENTREVISTA FALOU SOBRE A ESTRATÉGIA DA SAMPA PARA O MERCADO PORTUGUÊS,<br />

ONDE AMBICIONA ACRESCENTAR VALOR<br />

A<br />

Sampa tem as suas origens no ano de 1950,<br />

na produção de peças para veículos. Com a<br />

experiência adquirida no mercado de peças<br />

para veículos pesados, expandiu as suas atividades<br />

para o setor da distribuição, com uma forte<br />

implementação no pós-venda e também como<br />

fornecedor de primeiro equipamento, para diferentes<br />

marcas de veículos pesados. A sua sede está<br />

situada na província independente de Samsun,<br />

às margens do Mar Negro, na Turquia. A origem<br />

do seu nome Sampa, advém da justaposição <strong>das</strong><br />

palavras Samsun e Parts. Com uma dinâmica de<br />

ven<strong>das</strong> e diversidade de produtos, a empresa tem<br />

vindo a registar um crescimento robusto nos diversos<br />

mercados onde se encontra presente. No<br />

mercado ibérico, a Sampa estabeleceu a sua base<br />

administrativa e operacional em Madrid, num<br />

amplo e moderno armazém logístico localizado<br />

no Polígono Empresarial de San Fernando de Henares,<br />

próximo da M50, onde dispõe de uma área<br />

coberta com mais de 5.000 m2.<br />

A Sampa foi à Automechanika Frankfurt dizer que<br />

quer ser um líder mundial a nível de peças para<br />

veículos pesados. Que estratégia está<br />

a ser implementada para atingir este objetivo?<br />

A Sampa começou a desenvolver um plano estratégico<br />

global que integra uma forte expansão com<br />

uma presença mundial com as suas próprias unidades<br />

de negócio (filiais), um grande investimento<br />

para expandir a sua capacidade de produção e desenvolvimento<br />

de produtos tanto para o mercado<br />

de reposição como em projetos de equipamento<br />

original, onde já tem uma longa história e presença.<br />

Atualmente, a Sampa emprega mais de 2.500<br />

pessoas, dispõe de uma área de produção acima<br />

dos 150 mil m2 e conta com uma gama superior<br />

aos 52 mil produtos, com diferentes aplicações e<br />

referências, ajusta<strong>das</strong> ao vasto parque circulante<br />

de viaturas comerciais, camiões e autocarros. Exporta<br />

para mais de 90 países e possui escritórios<br />

e armazéns próprios em 15 países. Com uma visão<br />

global e moderna do mercado de peças de reposição<br />

e também enquanto fornecedor de peças para<br />

primeiro equipamento, a Sampa é uma marca que<br />

fabrica 70% dos produtos que comercializa.<br />

A Sampa também esteve presente nos Prémios<br />

Automechanika Innovation, que reconheceram um<br />

dos seus novos produtos, o “Auto-Lock Adjuster<br />

for smart 5th Wheel”. Qual é a importância deste<br />

prémio para a empresa?<br />

É um reconhecimento e um prémio pelo contínuo<br />

desenvolvimento e procura de melhorias que a empresa<br />

está empenhada em implementar. A mensagem<br />

é clara, Sampa não é apenas um fabricante<br />

de peças, mas também uma empresa inovadora.<br />

De referir que a Sampa recebeu da marca Ford<br />

uma distinção Q1 como fornecedor de referência.<br />

Qual é o balanço da participação da Sampa<br />

nesta edição da Automechanika?<br />

Foi uma experiência bem-sucedida e positiva,<br />

compartilhada pelos nossos clientes e família<br />

Sampa de todo o mundo. Ficamos muito satisfeitos<br />

por ter tido esta oportunidade de trocar ideias<br />

e inovações com todos os nossos clientes e potenciais<br />

clientes, apresentando produtos de ponta, expandindo<br />

oportunidades de networking e gerando<br />

novos contatos comerciais. Com o stand decorado<br />

com a sua campanha “Expectmore” a Sampa mostrava<br />

com isso, não só, a sua enorme capacidade<br />

produtiva e de desenvolvimento, como abordava<br />

frontalmente os fortes investimentos que pretende<br />

fazer ao nível da produção (duplicar o número de<br />

fábricas) e a abertura de filiais e representações em<br />

diversas partes do globo.<br />

Como define a vossa campanha “Expectmore”<br />

e quais são os seus objetivos?<br />

“Expectmore” é uma campanha de comunicação<br />

que o departamento de marketing concebeu, para<br />

integrar no mesmo canal de comunicação tudo o<br />

que a Sampa representa como empresa produtora,<br />

O FABRICO E ABASTECIMENTO EFICIENTE DE 52.000 PEÇAS DE QUALIDADE<br />

SOB 24 CATEGORIAS, TORNAM A SAMPA A TERCEIRA MAIOR MARCA<br />

DE PEÇAS SOBRESSALENTES DO MUNDO PARA VEÍCULOS PESADOS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 25


HERNÁN MARQUÉS<br />

O DESENVOLVIMENTO E TESTE DE PEÇAS NA FÁBRICA COM INSTALAÇÕES<br />

INTEGRADAS DE I&D COM MAIS DE DUZENTOS ENGENHEIROS, PERMITE<br />

O CONTROLO TOTAL EM TODAS AS FASES DO PROCESSO DE FABRICO<br />

inovadora para além da sua imagem<br />

de marca e dos serviços que prestamos<br />

à distribuição global.<br />

Anunciou fortes investimentos ao<br />

nível da produção, com o aumento<br />

da capacidade <strong>das</strong> fábricas e a<br />

abertura de filiais e representações<br />

em várias partes do mundo.<br />

Quais são os objetivos que pretende<br />

atingir com estes investimentos?<br />

O primeiro objetivo é tornar a Sampa<br />

o principal fabricante especialista<br />

mundial de peças para veículos pesados.<br />

O investimento e a expansão<br />

da produção farão da Sampa um<br />

fabricante auto-suficiente de produtos<br />

estratégicos, e através <strong>das</strong> nossas<br />

filiais, conseguimos expandir a nossa<br />

presença oferecendo os produtos que<br />

produzimos diretamente aos nossos<br />

distribuidores.<br />

Quando foi criada a Sampa Ibérica e<br />

como está constituída a nível<br />

de recursos humanos?<br />

A Sampa Iberia nasceu no final de<br />

<strong>202</strong>0 como um projeto e em meados<br />

de <strong>202</strong>1 começámos a operar em Espanha.<br />

Oficialmente em Janeiro de<br />

<strong>202</strong>2, começámos a comercializar a<br />

nossa marca em Portugal com envios<br />

de 24/48 horas. O mercado ibérico<br />

abriu-nos as portas com grande aceitação<br />

dos nossos produtos e dispomos<br />

de uma rede bem estabelecida<br />

de especialistas no sector dos veículos<br />

pesados dentro do mercado de reposição.<br />

Contamos com uma equipa<br />

de 16 pessoas, formada para prestar<br />

o melhor serviço e atendimento aos<br />

clientes e parceiros.<br />

Como funciona o centro logístico<br />

em San Fernando de Henares?<br />

A escolha deste centro em San Fernando<br />

de Henares, assenta em critérios<br />

técnicos-operacionais, visto que<br />

está instalada num moderno polígono<br />

industrial, com facilidade de acessos.<br />

Em termos de atuação, a Sampa Ibérica<br />

quer crescer de forma sustentada,<br />

dando passos seguros, e sem pressa em<br />

fazer grandes números. A qualidade<br />

dos seus produtos, o vasto portfólio, os<br />

bons serviços e uma forte dinâmica de<br />

ven<strong>das</strong>, são os pilares do crescimento<br />

a nível ibérico. Compreendemos as<br />

necessidades do mercado e assumimos<br />

o papel de importador direto do<br />

nosso produto, disponibilizando-o<br />

ao distribuidor sem intermediários e<br />

oferecendo toda a nossa gama, para<br />

que seja o cliente a decidir quais os<br />

produtos que quer vender. Temos um<br />

armazém com mais de 5.000 m2, que<br />

estamos gradualmente a encher e até à<br />

data já temos mais de 12.500 referências<br />

diferentes e um stock permanente<br />

de cerca de 3 milhões de euros, um<br />

valor que irá aumentar nos próximos<br />

meses.<br />

Qual é o tempo de resposta às<br />

encomen<strong>das</strong> recebi<strong>das</strong> de Portugal?<br />

Os clientes gerem as compras de<br />

duas formas: compras programa<strong>das</strong><br />

e de stock e compras de emergência.<br />

Para o material disponível, as nossas<br />

entregas são praticamente imediatas,<br />

mas aqui dependerá da urgência<br />

do cliente. Podemos fazer entregas<br />

em 24 e 48 horas e isso dependerá<br />

sempre do nível de serviço <strong>das</strong> empresas<br />

de transporte. Continuamos a<br />

procurar melhorar este serviço com<br />

estas empresas.<br />

SAMPA IBÉRICA<br />

Diretor geral Hernán Marqués<br />

Morada Margarita Nelken, 16<br />

Polígono Industrial El Triángulo<br />

San Fernando de Henares 28830<br />

Madrid<br />

Telefone 00 34 910 884 556<br />

Email hernan.marques@sampa.com<br />

Site www.sampa.com<br />

Quantos distribuidores tem<br />

atualmente em Portugal e que apoio<br />

lhes é dado em termos de formação<br />

técnica, marketing, campanhas<br />

e incentivos?<br />

Temos atualmente uma rede de dez<br />

especialistas em veículos pesados<br />

em Portugal, com compras regulares<br />

e mais alguns que fazem operações<br />

específicas de reexportação de<br />

produtos de Portugal. Em relação à<br />

formação, marketing, etc., estamos a<br />

reforçar os nossos laços para iniciar<br />

campanhas onde podemos integrar<br />

tudo isto através do nosso programa<br />

Sampa Town onde levamos os nossos<br />

distribuidores e os seus clientes a<br />

receber formação 360º sobre o que é<br />

Sampa, desde o desenvolvimento do<br />

produto a partir dos nossos laboratórios,<br />

para conhecer os processos e<br />

técnicas de fabrico, até à logística de<br />

entrega, de modo a terem uma<br />

compreensão do potencial e desenvolvimento<br />

futuro que a empresa<br />

está a planear para os próximos anos.<br />

Como funciona o seu serviço<br />

HelpDesk e que tipo de assistência<br />

técnica oferece aos seus clientes?<br />

A partir da nossa sede, a Sampa oferece<br />

um sistema de apoio permanente<br />

a todos os clientes. A nível da filial<br />

ibérica, já criámos o nosso departamento<br />

de pós-venda onde tentamos<br />

dar uma resposta rápida e eficiente a<br />

26 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A SAMPA IBÉRICA É A TERCEIRA FILIAL DA EMPRESA NO MERCADO<br />

EUROPEU, TENDO SIDO ESTABELECIDA LOGO APÓS AS FILIAIS<br />

DA INGLATERRA (MANCHESTER) E FRANÇA (LYON)<br />

qualquer exigência técnica que possa<br />

surgir da aplicação e desempenho<br />

dos nossos produtos.<br />

Qual é a oferta atual da Sampa?<br />

Quantas gamas de produtos tem e<br />

qual é o número total de referências?<br />

Hoje oferecemos ao mercado duas<br />

gamas de produtos, os derivados do<br />

nosso próprio fabrico e produção<br />

(suspensão, direção, amortecimento,<br />

transmissão, produtos de borracha<br />

e metal, etc...) e os produtos que comercializamos<br />

para expandir e cobrir<br />

to<strong>das</strong> as famílias de que os veículos<br />

pesados necessitam. Temos uma<br />

gama superior a 40 mil produtos,<br />

com diferentes aplicações e referências,<br />

ajusta<strong>das</strong> ao vasto parque circulante<br />

de viaturas comerciais, camiões<br />

e autocarros. 100% dos produtos que<br />

são fabricados pela Sampa foram desenvolvidos<br />

desde o nosso centro de<br />

I&D até ao último processo de fabrico<br />

e controlo de qualidade.<br />

Têm peças para veículos mais antigos<br />

e qual é a faixa etária que a Sampa<br />

cobre para veículos pesados?<br />

Nos últimos anos, a Sampa tem atualizado<br />

o seu stock de peças para veículos<br />

mais antigos. Temos um stock de material<br />

de acordo com a procura por país<br />

e frota de veículos. Os produtos que já<br />

não estão disponíveis em alguns mercados<br />

são deslocalizados para países<br />

onde ainda têm potencial de ven<strong>das</strong>.<br />

Temos componentes para veículos<br />

com mais de 30 anos de idade.<br />

Quais são as mais valias e vantagens<br />

para a oficina quando trabalha com<br />

produtos Sampa?<br />

Os produtos da marca Sampa que<br />

uma oficina pode adquirir através<br />

dos distribuidores do Aftermarket<br />

vêm <strong>das</strong> mesmas fábricas de onde<br />

provêm os produtos que montam e<br />

são fabricados para o equipamento<br />

original, que é a nossa melhor carta<br />

de apresentação.<br />

Como está a ser o desempenho<br />

da Sampa em Portugal?<br />

O mercado português recebeu-nos<br />

muito bem, embora a marca já tivesse<br />

uma presença através de um importador<br />

exclusivo no passado. Num<br />

curto espaço de tempo conseguimos<br />

expandir a nossa presença e já temos<br />

uma quota de mercado significativa,<br />

estando continuamente a reforçar a<br />

nossa oferta de produtos. Somos o<br />

exemplo de que a renovação neste<br />

setor ainda é possível ocorrer, dentro<br />

de um mercado onde muitos operadores<br />

acreditavam que tal já não voltaria<br />

a acontecer. l<br />

O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO VIVEM<br />

HISTORICAMENTE JUNTOS NESTE SECTOR<br />

O mercado de pós-venda de veículos pesados está a tornar-se cada vez mais<br />

desafiante tecnologicamente. Como é que o mercado enfrenta este desafio?<br />

O mercado tem estado sempre em contínua adaptação à evolução tecnológica do sector, e o<br />

mercado de reposição europeu e especialmente o Ibérico tem sido um exemplo quando se trata<br />

da interpretação e adaptação do negócio às necessidades que o próprio mercado tem exigido.<br />

Quais são as principais tecnologias que colocam mais problemas às oficinas de pesados?<br />

Bem, as oficinas precisam de ser preparados em termos de ferramentas para se conectarem<br />

às marcas, de modo a conseguirem gerir os diagnósticos e reparações. As redes de oficinas<br />

estão a oferecer apoio para aqueles que querem continuar a evoluir e a adaptar-se ao mercado.<br />

O desafio para o setor, e especialmente para a oficina, é que eles possam acompanhar o fluxo<br />

de informação que os últimos veículos pesados transmitem quando estão a ser reparados.<br />

O acesso à informação é vital.<br />

É importante ter um helpdesk para apoiar as oficinas.<br />

O apoio deve ser tão abrangente quanto possível, desde a oferta de um serviço de estrada,<br />

assistência técnica e o fornecimento de quaisquer peças que o veículo necessite para ser<br />

reparado.<br />

Que tendências podem ser observa<strong>das</strong> na atual distribuição de peças de veículos<br />

pesados na Península Ibérica?<br />

Existe uma hegemonia em termos de distribuição e comercialização de produtos, que por vezes<br />

depende <strong>das</strong> estações do ano, <strong>das</strong> campanhas de reparação programa<strong>das</strong> ou de incidentes<br />

específicos que um veículo possa ter, pelo que temos ciclos que se vão cumprindo ao longo<br />

do ano. Estamos num mercado maduro e muito profissional, onde o distribuidor e a oficina<br />

conhecem o potencial e a oferta do produto Aftermarket.<br />

Quais são as principais diferenças entre a distribuição de peças aftermarket<br />

para camiões em Portugal e Espanha?<br />

Portugal tem sido historicamente um país onde tem sido possível desenvolver mais<br />

rapidamente uma marca ou um novo produto. Tem sido sempre um país mais aberto, enquanto<br />

a Espanha é mais conservadora.<br />

Os portugueses têm uma dinâmica de compras mais programada e os espanhóis gerem mais<br />

no dia-a-dia em termos de abastecimento, mas isto também se deve à situação geográfica,<br />

uma vez que a maioria dos centros logísticos <strong>das</strong> marcas estão localizados em Espanha.<br />

Que papel devem desempenhar os distribuidores de peças como parceiros <strong>das</strong> oficinas?<br />

A disponibilidade do produto é essencial, nunca sabemos quando o nosso cliente nos vai pedir<br />

um material específico, mas todos os dias o distribuidor deve interpretar as necessidades<br />

da oficina de uma forma ágil e eficaz, ter recursos suficientes e dar uma resposta imediata.<br />

Hoje competimos com serviço e eficiência.<br />

Quais são as principais mudanças que a distribuição de peças de pesados irá enfrentar<br />

nos próximos anos?<br />

As mudanças na propulsão dos veículos pesados é a grande incerteza, e isto trará mudanças<br />

às quais todos nós (marcas, distribuidores e oficinas) teremos de nos adaptar. O desafio<br />

mais importante é que quem conseguir adaptar o seu negócio o mais rapidamente possível,<br />

poderá expandir a sua presença no sector. A formação e o acesso a fontes de informação serão<br />

essenciais para continuar.<br />

Como vê a evolução do mercado pós-venda de veículos pesados em Portugal?<br />

Enquanto houver indústria, marketing e transporte, enquanto houver investimento, tanto<br />

privado como público, o mercado de veículos pesados estará presente, pelo que o seu<br />

crescimento também estará vinculado e ligado a nós, pois a certa altura os veículos modernos<br />

tornar-se-ão um potencial negócio para o aftermarket. O passado, o presente e o futuro vivem<br />

historicamente juntos neste sector.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 27


Entrevista<br />

MARIA ELO, PROFESSORA UNIVERSIDADE SDU DINAMARCA<br />

O AFTERMARKET<br />

É UM SECTOR<br />

MULTIFACETADO<br />

E FASCINANTE<br />

MARIA ELO, PROFESSORA DE NEGÓCIOS<br />

E GESTÃO DA UNIVERSIDADE SDU, NA<br />

DINAMARCA, É MEMBRO FUNDADOR DA<br />

TALENTS4AA, UMA ASSOCIAÇÃO SEM FINS<br />

LUCRATIVOS, QUE TEM COMO OBJETIVO<br />

ATRAIR E RETER TALENTOS PARA UM DOS<br />

SETORES MAIS ATRATIVOS: O AFTERMARKET.<br />

NESTA ENTREVISTA, EXPLICA O QUE ESTÁ<br />

A SER FEITO PARA SOLUCIONAR A GRANDE<br />

ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA<br />

PARA O SETOR


Após dois anos de trabalho preliminar e intercâmbios<br />

com múltiplos atores, incluindo<br />

grupos internacionais, fabricantes de peças,<br />

associações e outros, surgiu a Talents4AA, oficialmente<br />

criada em março deste ano. O objetivo que<br />

levou à sua constituição é muito claro: atrair e reter<br />

talentos de to<strong>das</strong> as idades e origens, em to<strong>das</strong><br />

as profissões, para o aftermarket. Inegavelmente, o<br />

Aftermarket é um sector multifacetado e fascinante<br />

que oferece uma enorme escolha e gama de oportunidades<br />

de carreira a todos os níveis, desde a oficina<br />

à gestão de topo. No entanto, todos os operadores<br />

– desde fabricantes de peças, distribuidores, retalhistas<br />

e oficinas – enfrentam o mesmo desafio de<br />

grande escassez de mão de obra qualificada e muita<br />

dificuldade em atrair e reter talentos.<br />

Maria Elo tem a experiência de ensinar estudantes<br />

de negócios e gestão na Universidade SDU, do Sul<br />

da Dinamarca e também na Alemanha. A perspetiva<br />

do sector da educação foi claramente relevante<br />

desde o primeiro dia do projeto, uma vez que é necessário<br />

conhecimento para as pessoas evoluírem.<br />

Atualmente coordena as atividades de investigação<br />

do projeto relativamente ao desempenho dos estudantes<br />

e jovens talentos que ainda se encontram<br />

na fase de formação. Tem sido um membro ativo<br />

na divulgação da Associação através de workshops,<br />

eventos, seminários, palestras, exercícios em salas<br />

de aula e conferências, para que os estudantes e<br />

outros interessados tomem consciência do setor,<br />

da sua importância para a sustentabilidade e para<br />

a sociedade e possam ligar ‐se a ele.<br />

A Talents4AA fez a sua primeira apresentação<br />

pública na Automechanika Frankfurt deste ano.<br />

Que balanço faz da participação neste salão<br />

aftermarket?<br />

A Automechanika Frankfurt <strong>202</strong>2 foi um grande<br />

evento e estamos muito gratos pelo apoio e colaboração<br />

que tivemos da organização e dos visitantes.<br />

Foi um excelente local para sensibilizar as pessoas<br />

para o problema da falta de talentos no aftermarket<br />

e levar os mais jovens a ver o que o setor tem realmente<br />

para oferecer. Podemos demonstrar a relevância<br />

que o aftermarket tem para a mobilidade <strong>das</strong><br />

sociedades, graças à sua capacidade de inovação,<br />

conhecimento e competências, algo que tende a ser<br />

ignorado. Ficamos também muito satisfeitos com a<br />

adesão de novos membros e por ver o interesse crescente<br />

dos principais players a este projeto.<br />

O Aftermarket é um sector multifacetado e<br />

fascinante que oferece uma enorme escolha e<br />

gama de oportunidades de carreira a todos os<br />

níveis, desde a oficina à gestão de topo. Então,<br />

porque é que ainda há falta de profissionais<br />

qualificados para trabalhar no sector?<br />

Há uma escassez geral de profissionais qualificados<br />

em muitos setores em vários países, não se trata<br />

apenas de uma questão sectorial. Há muitas razões<br />

para estas lacunas que estão também relaciona<strong>das</strong><br />

com o contexto. Uma razão simples é que a demografia<br />

está a mudar e temos menos talento a entrar<br />

no mercado de educação e de trabalho no total, nos<br />

países ocidentais. Reconhecemos também a crescente<br />

necessidade de mais pessoas com aptidões<br />

e competências específicas, como mecânicos e informáticos.<br />

Aqui, existem também questões regionais<br />

e periféricas. Por exemplo, na Europa, temos<br />

áreas que estão a diminuir em termos de pessoas<br />

e empresas. É difícil encontrar novos talentos se<br />

um local não for atrativo, por isso temos de olhar<br />

para outros setores e ver o que estão a fazer para<br />

captar novos talentos. Se outros setores e indústrias<br />

forem considerados como oferecendo salários<br />

mais elevados, melhores condições e carreiras, o<br />

Aftermarket precisa de repensar a razão pela qual<br />

as suas oportunidades não são percebi<strong>das</strong> ou aprecia<strong>das</strong>.<br />

É uma questão de marketing, desde o nível<br />

do setor em geral até às empresas.<br />

Estudos confirmam que o mercado pós ‐venda é na<br />

sua maioria desconhecido dos potenciais jovens<br />

e, além disso, não é considerado suficientemente<br />

atrativo. O que deve então ser feito para atrair mais<br />

jovens para esta área profissional?<br />

Nos nossos estudos também encontrámos este<br />

problema de inconsciência e perceções erra<strong>das</strong>. O<br />

Aftermarket não aparece realmente em materiais<br />

didáticos ou manuais escolares, pelo que existe uma<br />

falta de informação e compreensão do que é este<br />

sector. Estudantes e jovens precisam de ser expostos<br />

a esta informação desde cedo para desenvolverem a<br />

sua própria perceção com base em dados e não em<br />

ideias ultrapassa<strong>das</strong>. Estamos a ensinar inovação,<br />

serviço, marketing e negócios internacionais, entre<br />

outros, e poderíamos começar a incluir o mundo<br />

real do trabalho muito mais cedo na formação dos<br />

jovens para manter as nossas sociedades a funcionar.<br />

O Aftermarket já está a tomar medi<strong>das</strong>, com<br />

as empresas a irem diretamente às escolas para dar<br />

a conhecer o setor. Tentamos ligar tópicos como a<br />

sustentabilidade, economia circular ou refabricação<br />

à educação para permitir um diálogo e intercâmbio<br />

que promova a compreensão <strong>das</strong> possibilidades e<br />

dos desafios reais. Em suma, todos precisamos de<br />

fazer mais para partilhar informação e mostrar as<br />

oportunidades. Por exemplo, levamos à Automechanika<br />

dois estudantes de mestrado em engenharia<br />

da SDU para participarem como jovens embaixadores<br />

de talentos. Através deste envolvimento<br />

podemos demonstrar todo o potencial deste setor,<br />

para mulheres ou minorias que raramente são especificamente<br />

aborda<strong>das</strong> como potencial de talento. É<br />

tempo de esclarecer sobre os objetivos de Desenvolvimento<br />

Sustentável <strong>das</strong> Nações Uni<strong>das</strong> e o impacto<br />

positivo que o mercado pós ‐venda pode ter através<br />

<strong>das</strong> suas várias atividades e soluções, uma vez que<br />

muitos jovens estão profundamente preocupados<br />

com o futuro e são movidos por um desejo de fazer<br />

a diferença.<br />

Que impacto real está a ter a falta de<br />

trabalhadores qualificados nas empresas de pós‐<br />

‐venda (distribuidores, retalhistas e oficinas)?<br />

Esta é uma questão difícil de generalizar, uma vez<br />

que existem diferentes tipos de atividades dentro<br />

do aftermarket. No caso <strong>das</strong> oficinas, cada vez<br />

mais necessita<strong>das</strong> de mão de obra qualificada, estão<br />

muito dependentes do facto <strong>das</strong> pessoas possuírem<br />

as competências e certificações que a profissão exige<br />

na atualidade. Os mecânicos ainda não são um<br />

grupo de profissionais, como os enfermeiros, que<br />

são oferecidos por diversas agências intermediárias<br />

do estrangeiro. Assim, este problema necessita de<br />

uma solução local de uma forma mais holística e<br />

pró ‐ativa. Os retalhistas e distribuidores que tipicamente<br />

empregam pessoas com formações profissionais<br />

mais diversifica<strong>das</strong> são menos afetados devido<br />

a soluções alternativas, como a possibilidade do teletrabalho.<br />

Mas mais uma vez, isto depende do tipo<br />

de necessidade que é preciso preencher. Empresas<br />

em boas localizações, próximas de universidades e<br />

instituições de ensino, podem ter melhor acesso aos<br />

talentos necessários do que outras em cidades mais<br />

pequenas ou áreas periféricas. Contudo, a concorrência<br />

pode ser dura e, para atrair e reter talentos,<br />

significa custos mais elevados.<br />

Que ações e projetos estão a ser empreendidos<br />

pela Talents4AAA e os seus membros para atrair<br />

mais talentos para as empresas do aftermarket?<br />

Temos diferentes níveis. Como iniciativa pretendemos<br />

promover a consciência do sector e <strong>das</strong> suas<br />

oportunidades e ligar as partes. Como já foi dito,<br />

realizamos diversos eventos e trabalhamos sobre<br />

os conceitos errados, em diferentes contextos.<br />

Uma forma de o fazer é deixar os nossos jovens<br />

embaixadores estudantis explorar e comunicar<br />

as suas experiências diretamente nos meios de<br />

comunicação social e nas universidades. Foi isto<br />

que fizemos na Automechnika <strong>202</strong>2. As empresas<br />

A TALENTS4AA REALIZA VÁRIAS ATIVIDADES E TRABALHA<br />

EM ESTREITA COLABORAÇÃO COM MEMBROS DA COMUNIDADE<br />

DO AFTERMARKET PARA ESTABELECER, ENTRE OUTROS, A SUA PRESENÇA<br />

NA IMPRENSA E NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 29


MARIA ELO<br />

de sucessores e de novas empresas. O<br />

empreendedorismo é também muito<br />

necessário para manter as estruturas<br />

a funcionar.<br />

necedores beneficiam certamente de<br />

competências transversais. No relacionamento<br />

com o cliente, estas são<br />

competências altamente relevantes.<br />

membros têm naturalmente ações e<br />

projetos a nível organizacional. As<br />

associações e universidades são parceiros<br />

importantes para compreender<br />

os mercados e as necessidades<br />

em termos de dados e investigação.<br />

Todo este conhecimento adquirido<br />

contribui para o desenvolvimento<br />

futuro da iniciativa, tornando ‐a uma<br />

espécie de centro de conhecimento.<br />

No contexto académico, publicamos<br />

também a investigação relacionada<br />

com este tema que, mais uma vez,<br />

flui para os estudantes e departamentos<br />

de RH. Só através da SDU<br />

acedemos a audiências em três países<br />

e nas redes sociais com as nossas<br />

sessões Talents4AA. Mas também<br />

há numerosos projetos dos outros<br />

membros.<br />

Qual é a importância <strong>das</strong> novas<br />

tecnologias, nomeadamente a<br />

Internet e as redes sociais para a<br />

Talents4AA?<br />

As novas tecnologias são essenciais<br />

para qualquer iniciativa deste tipo.<br />

Em primeiro lugar, nós membros,<br />

vimos de diferentes países, reunimo‐<br />

‐nos regularmente e trabalhamos em<br />

equipas virtuais. Isto é possibilitado<br />

pela tecnologia, tornando ‐a eficiente<br />

e barata. Em segundo lugar, uma<br />

grande parte <strong>das</strong> atividades tem lugar<br />

num ambiente digital. Nos países<br />

nórdicos, realizamos workshops em<br />

Zoom e atualmente estamos a preparar<br />

uma plataforma que permite ligar<br />

a oferta e a procura de talentos digitalmente,<br />

de uma forma contínua.<br />

Quais são as áreas do mercado<br />

pós ‐venda onde há mais falta de<br />

mão ‐de ‐obra qualificada?<br />

É difícil de generalizar uma vez que<br />

não existem estatísticas oficiais recolhi<strong>das</strong><br />

que apoiem quaisquer números<br />

exatos. Estamos a trabalhar<br />

na recolha destas estimativas. Atualmente<br />

existe uma escassez de mecânicos<br />

em vários países, mas também<br />

são necessárias competências noutras<br />

profissões. O envelhecimento da<br />

força de trabalho é uma preocupação<br />

que evolui em muitos grupos de profissionais.<br />

Dependendo do contexto,<br />

pode tornar ‐se um problema rapidamente.<br />

Por exemplo, na Dinamarca,<br />

existe falta de mecânicos. Há escassez<br />

de engenheiros – e de mulheres<br />

engenheiros em particular – mas o<br />

mesmo problema é encontrado na<br />

educação, uma vez que o número total<br />

de jovens está a diminuir. Nesse<br />

sentido, uma falta genérica de mão‐<br />

‐de ‐obra qualificada é uma questão<br />

para a qual nos temos de preparar.<br />

Estamos também preocupados com<br />

as zonas rurais e periféricas e com a<br />

fuga de talentos destes meios. Outra<br />

realidade que tende a ser esquecida<br />

é a falta de pessoas empreendedoras,<br />

Os trabalhadores valorizam cada<br />

vez mais as oportunidades de<br />

aprendizagem e requalificação.<br />

Considera que este é um requisito<br />

fundamental para que as empresas<br />

retenham talentos?<br />

A formação e a requalificação são aspetos<br />

vitais nos programas de RH e<br />

de gestão. Como o sector da educação<br />

tem as suas próprias limitações<br />

de recursos enquanto os mercados<br />

e tecnologias se desenvolvem continuamente,<br />

as empresas precisam de<br />

intervir e oferecer formação atrativa,<br />

programas de retenção de talentos,<br />

e “futuro de carreira” para os seus<br />

empregados. A maioria <strong>das</strong> empresas<br />

têm uma longa tradição neste<br />

domínio e continuam a desenvolver<br />

ações de formação para aumentar as<br />

competências e capacidades dos seus<br />

empregados. Poderíamos também<br />

repensar a forma como os funcionários<br />

que vão para a reforma estão envolvidos<br />

neste processo. Em muitos<br />

países existem programas especiais<br />

para estes funcionários.<br />

Quais são então as principais<br />

competências que um trabalhador<br />

qualificado na reparação automóvel<br />

deve ter?<br />

Existem competências básicas e mais<br />

especializa<strong>das</strong>. As aptidões e competências<br />

especializa<strong>das</strong> são tipicamente<br />

estabeleci<strong>das</strong> pelas instituições<br />

para uma determinada tarefa. Um<br />

exemplo poderia ser o certificado<br />

para trabalhar com alta tensão. Geralmente,<br />

as diferentes competências<br />

técnicas e digitais estão a ganhar<br />

uma atenção crescente à medida<br />

que muitos aspetos do trabalho se<br />

tornam menos mecânicos e mais<br />

digitais ao longo do tempo, mesmo<br />

nos armazéns e oficinas. Mas não<br />

devemos esquecer as competências<br />

transversais. As pessoas que trabalham<br />

com clientes, parceiros e for‐<br />

Equipas bem treina<strong>das</strong> e motiva<strong>das</strong>,<br />

alinha<strong>das</strong> com os objetivos da<br />

empresa, são elementos cruciais<br />

para o sucesso. Como manter então<br />

uma equipa motivada?<br />

A motivação pode ser alimentada de<br />

múltiplas formas, tipicamente falamos<br />

de motivação intrínseca e extrínseca.<br />

A motivação intrínseca pode<br />

ser fomentada pela finalidade, por<br />

exemplo, de pertencer àqueles que<br />

moldam a mobilidade futura e contribuem<br />

para um desenvolvimento<br />

setorial melhor e mais sustentável. O<br />

trabalho é muito importante e precisa<br />

de ser comunicado e apreciado. A motivação<br />

extrínseca relaciona ‐se com<br />

dinâmicas de motivação que podem<br />

ser influencia<strong>das</strong>, por exemplo, pelo<br />

salário, benefícios marginais, prémios<br />

e outras questões motivacionais deste<br />

tipo. Por exemplo, a equidade e a<br />

avaliação do desempenho, a ausência<br />

de diferenças salariais, pacotes atrativos<br />

e perspetivas futuras são aspetos<br />

importantes para atingir um objetivo.<br />

Os jovens profissionais são<br />

diferentes ou, pelo menos, distintos<br />

da geração anterior. Como se define<br />

o perfil desta nova geração de<br />

profissionais?<br />

Há muita discussão sobre as diferenças<br />

geracionais. Eu evitaria tentar definir<br />

um perfil para a nova geração. As<br />

pessoas são hoje muito diversas, não<br />

são grupos homogéneos. Os representantes<br />

da “geração” que entram na<br />

força de trabalho são naturalmente<br />

diferentes em comparação com os que<br />

vão para a reforma, mas muitos deles<br />

estão preocupados com os seus salários<br />

e não são móveis, mas instalam‐<br />

‐se num só lugar. Está a haver mais<br />

procura de colaboradores para estruturas<br />

menos rígi<strong>das</strong> e mais flexíveis.<br />

Contudo, um aspeto importante é o<br />

dos valores, práticas e comportamentos<br />

da empresa. Eles precisam de cor‐<br />

O AFTERMARKET COMO SETOR EMPREGADOR, OFERECE GRANDES<br />

OPORTUNIDADES AOS JOVENS TALENTOS PARA SE ENVOLVEREM<br />

NUM MUNDO DESAFIANTE, COM EXCELENTES BENEFÍCIOS TANTO<br />

PARA OS PROFISSIONAIS COMO PARA A SOCIEDADE EM GERAL<br />

30 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


esponder ao candidato. Em geral, há<br />

menos “fechar os olhos” para questões<br />

como a lavagem verde, desigualdade<br />

de género ou discriminação, e mais<br />

críticas sobre todos os aspetos, questionando<br />

mesmo porque é que algo<br />

é feito em primeiro lugar. Estes elementos<br />

podem ser frutuosos para refrescar<br />

as abordagens organizacionais<br />

e fazê ‐las avançar.<br />

É necessário definir e criar as<br />

condições de trabalho que levarão<br />

estes novos profissionais a optar por<br />

permanecer no seu país de origem.<br />

O que deve ser feito para criar as<br />

melhores condições de trabalho?<br />

Há pessoas que gostam de trabalhar<br />

em diferentes lugares com carreira<br />

internacional e outras que não têm<br />

plan≠os de ir a lado nenhum. Não<br />

são apenas as empresas que formam<br />

um mercado de trabalho atrativo,<br />

mas também as instituições, a sociedade<br />

civil e o sector privado como um<br />

todo, até mesmo o clima e a educação<br />

desempenham um papel importante.<br />

Uma empresa pode fazer avançar a<br />

sua própria organização na direção<br />

certa, por exemplo, no que diz respeito<br />

à regulamentação do local de<br />

trabalho, tributação, educação, etc.<br />

A segurança no local de trabalho é<br />

uma grande questão nas economias<br />

em desenvolvimento que necessita<br />

de atenção. Nas economias desenvolvi<strong>das</strong>,<br />

são equaciona<strong>das</strong> outras<br />

condições, como tempo de trabalho<br />

flexível, trabalho à distância, apoio à<br />

guarda de crianças e outras que parecem<br />

pequenas questões, mas que podem<br />

na realidade ser grandes questões.<br />

E a concorrência não dorme, as<br />

pessoas qualifica<strong>das</strong> são arrasta<strong>das</strong><br />

para outras empresas e mesmo para<br />

o estrangeiro se as suas necessidades<br />

não forem satisfeitas.<br />

Considera que a adoção de modelos<br />

de vínculos contratuais menos<br />

rígidos é uma boa estratégia ?<br />

Os contratos são essenciais e a natureza<br />

do trabalho está a mudar rapidamente.<br />

Flexibilidade e autonomia são<br />

aspetos altamente importantes a considerar,<br />

uma vez que o estilo de vida<br />

global nos países ocidentais mudou.<br />

O grau de flexibilidade e de trabalho<br />

online depende naturalmente da tarefa.<br />

Independentemente da tarefa,<br />

as condições de trabalho que podem<br />

contribuir para o bem estar dos trabalhadores,<br />

de uma forma mutuamente<br />

benéfica e menos rígida, são<br />

muito importantes. Por exemplo, os<br />

empregados com filhos pequenos enfrentam<br />

inúmeros desafios diários e,<br />

muitas vezes, horários rígidos de acolhimento<br />

de crianças e sistemas escolares.<br />

Os pais modernos não desejam<br />

comprometer os seus papéis como as<br />

gerações anteriores fizeram. Poderão<br />

os empregadores criar formas de lidar<br />

em paralelo com a vida profissional e<br />

familiar, modificando o sistema em<br />

que o trabalho é realizado? Diferentes<br />

formatos contratuais são discutidos,<br />

mas também criticados. Num<br />

setor tão competitivo, é necessário ter<br />

muito cuidado para encontrar os melhores<br />

resultados. O desenvolvimento<br />

de soluções que promovam bons resultados<br />

e autonomia é também uma<br />

forma de reduzir a burocracia desnecessária.<br />

Quais são os maiores desafios na<br />

contratação de profissionais para<br />

empresas de reparação automóvel?<br />

Há desafios na identificação do talento<br />

em falta, atraindo ‐o e retendo ‐o.<br />

Uma questão a considerar é o ponto<br />

de vista sobre como impulsionar o<br />

crescimento <strong>das</strong> organizações, será<br />

que as empresas estão realmente a envolver<br />

e a potenciar o talento dos seus<br />

empregados? Será que os empregados<br />

sentem isto? As empresas de reparação<br />

automóvel competem com muitas<br />

outras empresas pelo talento. Temos<br />

de perguntar: a imagem do empregador<br />

é atrativa? Hoje em dia existem<br />

também múltiplos instrumentos<br />

para partilhar experiências entre os<br />

empregados e potenciais candidatos.<br />

Isto sugere que uma empresa patronal<br />

deve gerir ativamente a sua repu‐<br />

TALENTS4AA<br />

Responsável Área educATiva:<br />

Maria Elo<br />

Morada 4 Square du Trocadéro,<br />

75116 Paris – França<br />

E ‐mail contact@talents4aa.com<br />

Site www.talents4AA.com<br />

Linkedin www.linkedin.com/<br />

company/talents4aa/<br />

tação e tomar conta <strong>das</strong> pessoas que<br />

já estão contrata<strong>das</strong>. As suas experiências<br />

são altamente valiosas para<br />

atrair novos empregados. As opções<br />

devem também ser vistas através da<br />

diversidade, inclusão, igualdade, por<br />

outras palavras, será que os processos<br />

de contratação visam realmente todos<br />

aqueles talentos orientados para<br />

o crescimento que existem por aí ou<br />

será que se cingem ao objetivo “mais<br />

do mesmo”?<br />

Concorda que as organizações<br />

devem concentrar ‐se na formação<br />

como um requisito fundamental para<br />

construir talento onde ele é escasso?<br />

Na nossa investigação vemos que a<br />

oferta educativa do setor público – em<br />

geral – não está realmente concebida<br />

para cobrir to<strong>das</strong> as necessidades de<br />

talento. A educação financiada pelo<br />

Estado precisa de se concentrar, também<br />

devido a limitações de recursos e<br />

distribuição geográfica. Além disso, a<br />

velocidade da inovação e da mudança<br />

tecnológica nos negócios é elevada.<br />

Assim, o setor privado é praticamente<br />

obrigado a formar os seus colaboradores.<br />

Além disso, a empresa inovadora<br />

tem uma vantagem na formação,<br />

pois possui o ambiente ideal e todo o<br />

conhecimento relacionado com a atividade,<br />

que as instituições públicas de<br />

ensino não têm necessariamente. Na<br />

minha opinião, deveríamos aumentar<br />

a colaboração universidade-indústria<br />

para diminuir estas lacunas, a fim de<br />

produzir talento para as necessidades<br />

do mercado. Outra opção é uma parceria<br />

público ‐privada, com recursos<br />

partilhados, mas para isso precisamos<br />

de melhores diálogos e mais colaboração<br />

em todo o sistema. Na Universidade<br />

SDU na Dinamarca, introduzimos,<br />

por exemplo, a Bosch na sala de<br />

aula dos estudantes de mestrado em<br />

engenharia para ligar a teoria à prática<br />

e aos conhecimentos setoriais.<br />

MEMBROS<br />

DA TALENTS4AA<br />

Fabricantes de peças: BorgWarner,<br />

Bosch, Nissens, Schaeffler, TMD<br />

Friction, ZF, Bilstein group,<br />

Continental, Dinex, Gedore, Misfat,<br />

NRF, NTN, SKF e Valeo<br />

Grupos internacionais: Global One<br />

Automotive, Nexus Automotive, Temot<br />

International. ATR e AD International<br />

Entidades profissionais: FIGIEFA, SBF,<br />

Mobilion, SDU e Automechanika<br />

Em Portugal, os mecânicos<br />

automóvel continuam a ser mal<br />

pagos. Acha que os baixos salários<br />

podem desencorajar os jovens a<br />

escolherem esta profissão?<br />

Os salários baixos continuam a ser<br />

uma questão importante. Sob a atual<br />

situação de inflação, esta é uma questão<br />

ainda maior. Descobrimos num<br />

estudo que em Portugal os enfermeiros<br />

emigram para outros países exatamente<br />

devido a questões salariais.<br />

Porque é que os mecânicos automóveis<br />

devem agir de forma diferente se<br />

encontram melhores oportunidades<br />

noutros locais? O problema do salário<br />

não é apenas um problema económico,<br />

está também ligado a questões<br />

sociais. A mecânica automóvel é<br />

valorizada e os profissionais são respeitados<br />

pela sociedade? A profissão<br />

é apreciada pela família e amigos?<br />

Que papel devem desempenhar<br />

os centros de formação, escolas<br />

e universidades para desenvolver<br />

ainda mais as profissões<br />

relaciona<strong>das</strong> com Aftermarket?<br />

Um papel muito importante! Nós<br />

na educação produzimos múltiplas<br />

categorias de profissionais e desenvolvemos<br />

continuamente programas<br />

e cursos atualizados. A principal diferença<br />

é que o nosso sistema fornece<br />

uma qualificação que se aplica ao<br />

desenvolvimento da carreira, como<br />

um mestrado em engenharia ou negócios.<br />

Em suma, nós, na educação,<br />

produzimos a maior reserva de talentos<br />

para a indústria. No entanto, na<br />

minha opinião, há mais espaço para<br />

a colaboração, uma vez que o setor<br />

não tem muitos percursos educativos<br />

específicos. A indústria e as associações<br />

são aqui um ator vital para unir<br />

forças com a educação para moldar<br />

opções futuras para os jovens talentos,<br />

mas também para as pessoas que<br />

necessitam de requalificação ou de<br />

aperfeiçoamento. Em alguns outros<br />

setores, existem programas de reorientação-educação<br />

que recolocam<br />

mais pessoas em áreas necessárias<br />

a partir de profissões adequa<strong>das</strong><br />

de uma forma muito eficiente para<br />

preencher lacunas. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 31


NOTÍCIAS // DINÂMICA DO SETOR ESCREVE ‐SE DE A A Z<br />

Empresas<br />

A<br />

FILTRON tem 40 anos e está a celebrar o<br />

seu 40º aniversário com um sorteio de um<br />

carro clássico, um Mercedes SL 500 ‘82. A<br />

marca de filtros da MANN+HUMMEL convida os<br />

amantes de carros clássicos a participar neste sorteio,<br />

através do website www.40.filtron.eu/es/start-es/,<br />

no qual 400 dos coletes e t-shirts da marca<br />

também serão sorteados para celebrar o seu 40º<br />

aniversário. Após 40 anos, a FILTRON destaca vários<br />

marcos na sua história no mercado da filtração<br />

desde que nasceu numa pequena oficina em Gostyń<br />

e, quatro déca<strong>das</strong> depois, é uma marca de filtros automóveis<br />

reconhecida em toda a Europa, com milhares<br />

de empregados e mais de 2.700 tipos de filtros<br />

na sua carteira. Tudo começou com a ideia de<br />

regenerar o combustível usado e os filtros de óleo<br />

para máquinas agrícolas. A procura de filtros era tão<br />

elevada que Piotr Giermaziak, o “pai” da FILTRON,<br />

teve de contratar novos empregados e expandir as<br />

instalações apenas um ano após o início do negócio.<br />

Nessa altura, tudo era feito manualmente, desde<br />

o pregueamento do papel tissue até à extrusão dos<br />

FILTRON CELEBRA 40º ANIVERSÁRIO<br />

VASTA EXPERIÊNCIA DE FILTRAÇÃO<br />

fundos dos filtros metálicos, o que exigia um grande<br />

esforço por parte dos empregados. A empresa<br />

salienta que, no final dos anos 80, um único trabalhador<br />

era capaz de produzir cerca de 30 filtros<br />

de painel durante um turno, enquanto que hoje,<br />

graças a investimentos em tecnologia e inovação,<br />

um único trabalhador pode produzir até 360 por<br />

hora. Nos anos 90, as ven<strong>das</strong> anuais de filtros da<br />

FILTRON ascenderam a 275.000 unidades, o que<br />

exigiu a expansão do armazém e da área de ven<strong>das</strong>.<br />

Isto permitiu à empresa expandir a sua presença<br />

no mercado, orientada por uma estratégia de diferenciação<br />

em relação à concorrência. Nesses anos,<br />

também implementou um sistema de qualidade<br />

em conformidade com a ISO, abriu um laboratório<br />

de testes de filtros e patenteou o seu primeiro desenho<br />

de filtro original. A partir daí, ao longo dos<br />

anos, a FILTRON consolidou a sua posição, distinguindo-se<br />

com uma vasta experiência de filtração.<br />

A fábrica de produção em Gostyń é actualmente<br />

um dos poucos locais no mundo onde quase todos<br />

os tipos de filtros de automóveis de passageiros podem<br />

ser concebidos e fabricados a partir do zero. A<br />

fábrica também implementa muitas inovações na<br />

indústria da filtração, tais como a tecnologia de filtro<br />

de ar de cabine anti-alergia PROTECT+.<br />

Atualmente, um dos aspetos chave do desenvolvimento<br />

da FILTRON é a automatização dos seus<br />

processos de fabrico. Atualmente, graças aos investimentos<br />

em I&D e controlo de qualidade, a FIL-<br />

TRON garante a qualidade <strong>das</strong> matérias-primas no<br />

laboratório, que utiliza atualmente 60 métodos de<br />

ensaio diferentes. Como resultado, “todos os produtos<br />

FILTRON são fiáveis e satisfazem os mais<br />

elevados padrões de segurança”, diz a empresa. Um<br />

dos últimos marcos para a FILTRON foi juntar-se<br />

ao Grupo MANN+HUMMEL, o líder mundial em<br />

tecnologia de filtração automóvel, em 2016. Isto<br />

permitiu ao departamento de design responsável<br />

pela marca FILTRON colaborar com especialistas<br />

de todo o mundo no desenvolvimento da tecnologia<br />

de filtração. A partir de 2019, FILTRON passou<br />

a ser comercializado em Espanha e Portugal pela<br />

MANN+HUMMEL Ibérica.<br />

32 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


REDE VALORCAR POSSUI 370 CENTROS DE RBA<br />

No decorrer de <strong>202</strong>2, foram admitidos na Rede Valorcar mais 57 centros de abate de Veículos<br />

em Fim de Vida (VFV) e de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA), e mais 21<br />

centros de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores (RBA). A Rede Valorcar passou<br />

assim a ser constituída por 370 centros de recolha de Resíduos de Baterias e Acumuladores<br />

(RBA), que se encontram espalhados por todos os distritos do continente (351) e pelas regiões<br />

autónomas dos Açores (12) e da Madeira (7). Destes 370 centros, 318 são também centros de<br />

abate de Veículos em Fim de Vida (VFV). Durante o primeiro semestre de <strong>202</strong>2, os centros da<br />

Rede Valorcar abateram 60.093 Veículos em Fim de Vida, valor que representa um aumento de<br />

6,1% face ao período homólogo de <strong>202</strong>1.<br />

APRESENTA CALENDÁRIO DE FORMAÇÕES <strong>202</strong>2<br />

MONDEGOPEÇAS | A Mondegopeças apresentou o seu mais recente calendário de formações<br />

para o segundo semestre do presente ano. As próximas formações serão “Osciloscópio”<br />

a 5 de novembro e “Redes multiplexa<strong>das</strong>” a 25 e 26 de novembro (exclusiva ProfissionalPlus<br />

e NexusAuto). A empresa Mondegopeças, retomou as formações para os seus clientes com<br />

uma formação de motores de injeção direta a gasolina. Estas formações, coordena<strong>das</strong> pela<br />

SERVICENEXT e destina<strong>das</strong> em exclusivo para os clientes pertencentes à rede ProfissionalPlus<br />

e NexusAuto, contam com equipamentos de diagnóstico Autel e com um veículo com injeção<br />

direta a gasolina, preparado para formações para profissionais da área. A Mondegopeças tem<br />

o plano de formação definido para o 2º semestre e já se encontra a preparar o próximo ano<br />

<strong>202</strong>3 com formações atuais e de acordo com o parque automóvel existente em Portugal.<br />

PUB<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 33


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

No passado dia 1 de outubro, a Sotinar Leiria,<br />

realizou um Open Day nas suas instalações<br />

na Zona Industrial da Zicofa, que teve objetivo<br />

apresentar as novidades ao mercado e fortalecer<br />

SOTINAR REALIZA<br />

PRIMEIRO OPEN DAY<br />

as parcerias com os seus clientes. Destinado sobretudo<br />

aos profissionais do acabamento de superfícies, a<br />

empresa apresentou as suas mais recentes novidades<br />

não só para a repintura automóvel, como para o ramo<br />

da indústria. Mas as novidades não ficaram por aqui,<br />

houve tempo para demonstrações técnicas, para algumas<br />

promoções especiais e ainda para muita diversão,<br />

num ambiente descontraído e animado.<br />

PUB<br />

TITANIUM.<br />

A EXPERIÊNCIA DA FIAMM<br />

AO SERVIÇO DO SEU AUTOMÓVEL.<br />

A FIAMM é a escolha de qualidade para o equipamento original<br />

dos fabricantes de automóveis mais importantes do mundo:<br />

a partir dessa experiência nasce um produto 100% italiano,<br />

que garante a máxima fiabilidade, mesmo no mercado de<br />

Aftermarket. As baterias da linha TITANIUM garantem alta potência<br />

para as necessidades de energia dos carros mais modernos, não<br />

precisam de manutenção e permitem uma fácil verificação do<br />

nível de carga graças ao sistema Check Control (Olho Mágico).<br />

www.polibaterias.com<br />

geral@polibaterias.com<br />

34 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

www.fiamm.com


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

SITE DISPONÍVEL EM PORTUGUÊS<br />

AD PARTS | A AD Parts lançou um novo website com uma versão integral em língua portuguesa, com o objetivo de fornecer aos<br />

seus clientes uma experiência cada vez mais completa e intuitiva. Com uma nova estrutura, a nova Web Page AD Parts, oferece uma<br />

experiência de navegação melhorada, sendo agora mais completa e intuitiva, de acordo com as melhores práticas de web design. A<br />

nova Web Page AD Parts, contém informação sobre a história do Grupo AD, a sua rede de distribuição, os seus fatores diferenciadores,<br />

os serviços oferecidos pelo grupo e ainda informação completa acerca dos produtos AD, com possibilidade de realizar download de<br />

catálogos digitais, tudo com o selo de qualidade AD.<br />

O NOVO SERVIÇO DE FILTROS<br />

PARTÍCULAS DA INTERESCAPE<br />

IESERVICE: | A Interescape lançou a ieservice, uma marca<br />

que presta serviços de limpeza de filtros de partículas a particulares<br />

e empresas, com o propósito de não danificar o filtro original.<br />

Através da marca ieservice, a Interescape presta serviços de<br />

limpeza de filtros de partículas para empresas e particulares. No<br />

entanto, diferente dos demais serviços disponíveis no mercado, a<br />

ieservice desenvolveu internamente um procedimento tecnológico<br />

que não danifica o filtro original e permite uma limpeza mais a<br />

fundo. Assim, para além de proteger o filtro, a limpeza ieservice,<br />

restaura o seu desempenho a 98% da sua capacidade original,<br />

sendo a solução mais responsável a nível económico e ambiental.<br />

A ieservice destaque-se no mercado não só pela qualidade dos<br />

seus serviços, mas também porque se desafiou a desenvolver<br />

processos para limpar filtros que os demais concorrentes consideram<br />

irreparáveis. Um desses casos são os filtros danificados por<br />

óleo. A tecnologia desenvolvida pela ieservice permite recuperar<br />

o filtro original mesmo que este tenha sido inutilizado devido à<br />

contaminação por óleo.<br />

MFORCE INAUGURA<br />

NOVA OFICINA EM AVEIRO<br />

A<br />

MForce abriu uma nova oficina em Aveiro, no Shopping Glicínias. Esta nova oficina é a 86ª<br />

do grupo MForce em Portugal e a primeira na cidade de Aveiro. A localização num shopping<br />

permite oferecer um serviço com horário alargado, 7 dias por semana para conveniência da<br />

população de Aveiro. Com uma área de aproximadamente 250 m2 e uma equipa de 5 colaboradores<br />

está disponível para assegurar o melhor serviço de manutenção aos seus cleintes. A MForce é a maior<br />

Rede Nacional de oficinas próprias, suportada em mais de 80 oficinas que cobrem todo o território<br />

português e tem mais de 500 colaboradores. As <strong>Oficinas</strong> MForce estão fortemente equipa<strong>das</strong> para<br />

auxiliar qualquer tipo de veículo, incluindo os elétricos e híbridos, com uma receção mais inteligente<br />

para um apoio personalizado e novos serviços adequados aos tempos em que estamos a viver – higienização<br />

e e-services.<br />

ABRE O PRIMEIRO<br />

HIPERMERCADO DE PEÇAS<br />

SOBRESSALENTES EM ESPANHA<br />

A empresa chilena Implementos entra no mercado europeu<br />

através de Espanha para expandir o seu negócio de hipermercados<br />

para o sector de veículos pesados. Fá-lo depois de comprar o<br />

distribuidor de Madrid Recambios y Servicios V-Truck, com sede<br />

em Fuenlabrada e parceiro da URVI. Um modelo invulgar na<br />

Península Ibérica, mas que reproduz o conceito de negócio que<br />

a empresa gere com sucesso há 26 anos no país sul-americano,<br />

onde tem 40 lojas. É um conceito de hipermercado, sem uma<br />

oficina associada, onde o transportador pode comprar os produtos<br />

e acessórios de que necessita para o seu camião. Este projeto<br />

baseia-se principalmente na loja física, mas também nas ven<strong>das</strong><br />

por telefone e online. O cliente pode colocar uma encomenda no<br />

website e ir buscá-la diretamente à loja. A Implementos V-Truck,<br />

espera aumentar a sua presença em Espanha em tempo recorde,<br />

uma vez que a empresa chilena pretende abrir até seis lojas<br />

localiza<strong>das</strong> nas principais artérias de comunicação da Península<br />

Ibérica nos próximos 18 meses.<br />

36 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


DIESEL TECHNIC LANÇA<br />

NOVO VÍDEO<br />

PARTS<br />

SPECIALISTS<br />

No novo vídeo dos Parts Specialists,<br />

do Grupo Diesel Technic, tudo gira<br />

em torno do sistema de ar comprimido<br />

dos camiões. A dupla oficinal não só<br />

aborda o básico e as possíveis causas de<br />

falhas, mas também dá dicas práticas sobre<br />

como preveni-las. Por meio do suporte<br />

técnico – o HelpDesk – os Parts Specialists<br />

recebem com frequência solicitações e<br />

sugestões de novos vídeos de oficina, além<br />

de dúvi<strong>das</strong> sobre os produtos e serviços do<br />

Grupo Diesel Technic. Este também é o<br />

caso do sistema de ar comprimido do camião,<br />

que os Parts Specialists se focam neste<br />

episódio. Além desse tópico empolgante,<br />

os espetadores também podem esperar um<br />

novo rosto, pois o profissional da oficina<br />

Niklas, foi substituído pelo seu colega Lars,<br />

neste vídeo. Em conjunto com o Kevin, vai<br />

explicando passo a passo o sistema de ar<br />

comprimido do camião. Uma peça muitas<br />

vezes ignorada quando se procura a origem<br />

da falha é o filtro de ar. Para ver o vídeo basta<br />

aceder ao YouTube da marca.<br />

PUB<br />

VICAUTO<br />

PEÇAS PARA VIATURAS PESADAS, LDA.<br />

anos<br />

Mantemos o seu negócio em movimento!<br />

FORNECEDOR GLOBAL DE MARCAS DE 1º EQUIPAMENTO<br />

Suspensão<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 37<br />

Air Springs


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

REÚNE ASSOCIADOS EM SESSÃO FORMAÇÃO<br />

AEACA | No final de setembro, a AEACA - Associação Ibérica de Agentes Aftermarket,<br />

reuniu um grande número dos seus associados para participar numa sessão<br />

de formação de nove horas dividida em duas partes. Mais uma vez, a AEACA confiou<br />

os trabalhos a Pedro de Gea Cánovas, um mentor profissional, que trabalha há mais de<br />

12 anos em gestão e liderança. Nesta ocasião, a formação escolhida pelos parceiros foi<br />

um workshop sobre Planeamento, Produtividade e NNTT ao serviço da organização e<br />

planeamento do agente comercial. “Conseguimos colocar muitas <strong>das</strong> nossas atividades<br />

diárias num contexto real, analisá-las utilizando o Teste de Produtividade Pessoal, uma<br />

ferramenta que forneceu algumas <strong>das</strong> melhores ferramentas para nos ajudar a planear<br />

as nossas atividades e corrigir erros comuns na gestão do tempo, os fatores que afetam<br />

o nosso tempo e o nosso trabalho e mesmo uma valorização económica dos mesmos”,<br />

referiu Javier Romero, responsável pela comunicação.<br />

IX CONGRESSO SOB O LEMA<br />

“O FUTURO É HOJE”<br />

DP | Centrado no lema “O Futuro é hoje”, nos próximos dias 11 a 13<br />

Novembro decorrerá o IX Congresso de <strong>Oficinas</strong> e <strong>Oficinas</strong> DP Dipart. Este<br />

evento, será o primeiro congresso ibérico que reunirá a rede de Espanha<br />

e Portugal. Será no Palacio de los Congresos de Málaga, que vai ter lugar<br />

este congresso ibérico que reunirá mais de 325 pessoas, incluindo oficinas<br />

que compõem a rede, parceiros, fornecedores e imprensa. “Serão<br />

alguns dias de convivência que a Dipart anseia depois de não ter podido<br />

comemorar o congresso em <strong>202</strong>0 por causa da pandemia”, revelou o<br />

departamento de comunicação da Dipart. A partir de sexta-feira, 11 de<br />

novembro, vão começar a chegar os participantes do congresso, e até<br />

domingo, dia 13, a agenda estará repleta de atividades, apresentações e<br />

debates sobre a atualidade do setor e <strong>das</strong> oficinas. A DP Service, irá aproveitar<br />

este congresso para apresentar to<strong>das</strong> as suas inovações, sempre<br />

tendo em conta o objetivo de possuírem profissionais bem treinados<br />

dentro da rede de <strong>Oficinas</strong> e Escritórios DP.<br />

REDE TOP TRUCK CHEGA A SETÚBAL E VISEU<br />

Seguindo o seu plano de expansão nacional, a rede TOP TRUCK passou a contar com dois novos pontos de assistência, um em<br />

Setúbal e outro em Viseu, de forma a reforçar a aposta no estabelecimento de uma oferta consistente e dispersa no território nacional.<br />

Com a abertura destas duas novas oficinas, a TOP TRUCK reforça o investimento na expansão da rede, mantendo também a<br />

aposta numa relação mais próxima e dedicada às necessidades dos seus clientes. Em Setúbal, a rede TOP TRUCK conta agora com<br />

um novo ponto de assistência: a oficina Auto 2019, especializada tanto na vertente de mecânica, quanto de colisão. Ao aderir à<br />

rede, a oficina reforça-se assim com um apoio completo e exclusivo, de forma a dar melhor e mais rápida resposta aos veículos e<br />

a integrar uma rede de parceiros a nível nacional e europeu. Já em Viseu, mais precisamente em Senhorim, a rede TOP TRUCK foi<br />

reforçada com a experiente oficina Sintergouv, que também abrange as especializações de mecânica e colisão. A oficina conta<br />

desde já com todos os principais benefícios da rede: Formação, Apoio Técnico, Assistência Europeia 24H, entre outros.<br />

rodape_PBS <strong>202</strong>2.pdf 3 17/10/<strong>202</strong>2 20:57<br />

PUB<br />

38 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


AUTOZITÂNIA E BRAGALIS REALIZAM<br />

TEAM BUILDING EM TOMAR<br />

A<br />

Autozitânia/Bragalis realizou a sua 10ª<br />

edição Team Building com os colaboradores<br />

de ambas as empresas. O evento, teve<br />

lugar na região de Tomar, no fim de semana de 24<br />

e 25 de setembro. O evento criado para os seus colaboradores,<br />

decorreu no Sábado em Tomar, com<br />

momentos de lazer no Hotel dos Templários, e no<br />

Domingo com provas de Kayak Paper e atividades<br />

em equipa junto ao Castelo de Almourol. O<br />

espírito de equipa, competitividade e entreajuda<br />

foram evidentes em atividades como a prova de<br />

Kayak, resolução de enigmas e provas de tiro com<br />

arco e flecha. Durante este evento, existiram ainda<br />

vários momentos de descontração, entre os quais<br />

um cocktail e jantar de convívio, bem como um<br />

memorável espetáculo de comédia e ilusionismo<br />

protagonizado por Rafael Titonnely, que fez as<br />

delícias dos presentes. O Team Building <strong>202</strong>2 visou<br />

promover o conhecimento e comunicação entre<br />

Colaboradores da Autozitânia e Bragalis, bem<br />

como cimentar a identidade de grupo, espírito de<br />

equipa, cooperação, confiança e comunicação, valores<br />

muito presentes nos colaboradores de ambas<br />

as empresas.<br />

PUB<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 39


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

LANÇA CONJUNTO DE VÍDEOS<br />

“DO IT YOURSELF”<br />

B-PARTS | Sob o mote “A mecânica automóvel pode ser para todos”,<br />

a B-Parts lançou uma série de vídeos “do it yourself” (“faça você mesmo”)<br />

com reparações e substituições de peças automóvel. Nos vídeos, a B-Parts<br />

apresenta os principais passos para remover e instalar uma determinada<br />

peça num automóvel. O conteúdo, que já conta com aproximadamente<br />

duas mil visualizações, está disponível em cinco idiomas: português,<br />

inglês, francês, alemão e espanhol. Para além de peças de carroçaria,<br />

como o pára-choques traseiro, a B-Parts demonstra ainda como substituir<br />

componentes de iluminação, eletrónicos e de interior do automóvel,<br />

nomeadamente, por exemplo, a forra da porta, o farolim ou o auto-rádio.<br />

Paralelamente, complementou os tutoriais em vídeo com artigos de<br />

blogue explicativos. Nos artigos, o público pode consultar os passos para<br />

a remoção e instalação da peça, bem como conhecer mais informações<br />

sobre o componente automóvel e possíveis causas de avaria.<br />

DELPHI INAUGURA<br />

CENTRO DE TREINO EM ESPANHA<br />

A<br />

Delphi<br />

Technologies, marca da BorgWarner Inc., abriu as portas do seu Centro de Treino,<br />

em San Fernando de Henares. Este centro, tem como objetivo dar formação sobre<br />

os seus produtos e serviços com o intuito de promover o conhecimento sobre as<br />

tecnologias mais avança<strong>das</strong> exigi<strong>das</strong> pelo mercado. Os alunos poderão receber formação em<br />

diversas tecnologias, dividi<strong>das</strong> em oito categorias: Veículos Híbridos e Elétricos, Equipamentos<br />

de Diagnóstico e Oficina, Eletrónica de Veículos, Emissões e Pós-tratamento, Sistemas de<br />

Combustível a Gasolina, Sistemas de Combustível Diesel, Sistemas de Chassis e Outros Sistemas.<br />

A formação vai alternar-se sessões teóricas, onde se desenvolve o quadro de conhecimentos<br />

preparatórios para a sua posterior aplicação, e práticas. Além da formação presencial, o<br />

novo Centro de Treinamento oferece cursos online que permitem aos alunos aprimorar os seus<br />

conhecimentos nessas inúmeras disciplinas, com a vantagem de horários flexíveis, diferentes<br />

níveis de formação e as mesmas ferramentas da formação presencial.<br />

PARCEIROS ASER<br />

REÚNEM-SE EM PORTUGAL<br />

Reuniram-se no passado dia 24 de setembro os nove parceiros da ASER<br />

Aftermarket em Portugal. Este encontro, teve como principal objetivo,<br />

aproximar e fortalecer o grupo no país, para além de consolidar os<br />

compromissos com fornecedores estratégicos, projetos internos de novas<br />

soluções e desenvolvimento da rede oficinal AserAuto. Participaram<br />

deste encontro os representantes dos retalhistas portugueses: Pedro<br />

Soares (Primopeças), Miguel Batista (Samiparts), João Marques (NPeças),<br />

Pedro Gandra (Formigosa), Manuel Magalhães (MPeças), Samuel Nunes<br />

(Samiparts), José Luis Bravo (Aser), Paula Soares (Aser), Carlos Silva<br />

(Silvaspeças), Miguel Brunido (Silvaspeças), Paulo Costa (ATM), António<br />

Carvalho (Celparts), Agostinho Soares (Primopeças), João Lopes (Humberpeças)<br />

e Pedro Moura (Humberpeças). O encontro presencial foi marcado<br />

pela proximidade e comunicação para o fortalecimento do projeto do<br />

grupo em Portugal.<br />

NOVA IMAGEM DE MARCA<br />

MCOUTINHO PEÇAS | A MCOUTINHO Peças avançou com o processo de rebranding da sua imagem corporativa. A última<br />

alteração realizada à imagem do Grupo foi feita em 2016. A nova imagem, agora renovada, tem como objetivo acompanhar a<br />

estratégia do Grupo MCOUTINHO e as tendências do setor automóvel, refletindo quatro eixos da evolução corporativa: dinamismo;<br />

inovação; eletrificação e transição digital. Até ao final do ano o processo de rebranding do grupo, ficará concluído.<br />

40 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


FUCHS ARRANCA COM LINHA DE PRODUÇÃO DE<br />

ELETRÓLITOS<br />

PARA BATERIAS<br />

A<br />

FUCHS<br />

arrancou com a primeira linha de produção de eletrólitos<br />

de elevada potência. Foi só em maio deste ano que<br />

o Grupo FUCHS, que opera a nível global, anunciou a participação<br />

na E-Lyte Innovations GmbH. Com este investimento, a<br />

FUCHS entrou no mercado de eletrólitos, um mercado em rápido<br />

crescimento que está a ganhar cada vez mais importância, sobretudo<br />

na Europa, já que os eletrólitos são um componente-chave<br />

<strong>das</strong> baterias de iões de lítio utiliza<strong>das</strong> em inúmeras aplicações,<br />

como a mobilidade elétrica. Com esta instalação especificamente<br />

desenvolvida para o dinâmico mercado <strong>das</strong> baterias, a FUCHS<br />

consegue produzir e fornecer aos clientes da E-Lyte as mais varia<strong>das</strong><br />

formulações muito rapidamente e com a maior qualidade.<br />

Com a implementação deste projeto, a E-Lyte é a primeira empresa<br />

alemã capaz de oferecer ao mercado europeu <strong>das</strong> baterias<br />

um dos componentes mais importantes a partir de uma base de<br />

produção na Europa.<br />

ATELIO AFTERMARKET INTERNATIONAL (AMI)<br />

CONCEBIDO PARA AJUDAR<br />

AS OFICINAS<br />

Atelio Aftermarket International (AMI) é um catálogo de peças sobressalentes<br />

e orçamentos dedicado aos reparadores automóveis e aos distribuidores<br />

de componentes. O catálogo de peças sobressalentes e orçamentos para automóveis<br />

Atelio Aftermarket International (AMI), aproxima o revendedor da oficina.<br />

Enriquecido com uma funcionalidade de orçamentação, com a possibilidade<br />

de consultar os planos de manutenção dos fabricantes e os tempos de mão-de-obra<br />

programados, dá acesso às informações técnicas necessárias à substituição de peças.<br />

Além disso, é inteiramente personalizável para estruturas em rede e grupos oficinais.<br />

Ao contrário de outros catálogos de peças automóveis no mercado, o Atelio Aftermarket<br />

International (AMI) foi concebido para ajudar o distribuidor a acelerar a<br />

comunicação com o seu cliente mecânico.<br />

PRIMEIRA PLATAFORMA DE PODCAST PARA O AFTERMARKET<br />

TALKTOMOTIVE | Na Automechanika Frankfurt <strong>202</strong>2, a OTB Drivers lançou a primeira plataforma de<br />

podcast para o mercado pós-venda automóvel, 100% dedicada ao aftermarket. Criada em colaboração com<br />

a Unit Plus, uma empresa italiana de comunicação aftermarket automóvel, a plataforma tem a ambição de<br />

trazer novas soluções digitais aos parceiros dos meios de comunicação, fabricantes e associações de aftermarket<br />

automóvel para divulgar a sua voz à comunidade automóvel global. A Talktomotive, www.talktomotive.com,<br />

tem como objetivo fornecer notícias, conhecimentos e informações do aftermarket a qualquer pessoa em todo<br />

o mundo. “O podcast é uma tendência que não podemos perder” disse Luna Paciucci, CEO e Fundadora da OTB<br />

Drivers “nos EUA já existem muitos podcasts do mercado pós-venda automóvel e queremos trazer esta tendência<br />

para a Europa. Também queremos criar um acesso fácil a qualquer tipo de informação proveniente da indústria,<br />

e é por isso que queremos manter a plataforma livre para o público”.<br />

rodape_Nelson_Tripa.pdf 5 17/10/<strong>202</strong>2 20:56<br />

PUB<br />

MÁQUINA<br />

DE CRAVAR MANUAL<br />

MASTERCOOL<br />

SOLUÇÕES EM AR CONDICIONADO<br />

E REFRIGERAÇÃO DE TRANSPORTE<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 41<br />

Rua Fernando Vicente - Armazém 15 - 2560-677 Torres Vedras | Telf.: +351 261 335 050 - E-mail: geral@nelsontripa.pt | GPS - N39.094609 - W009.251526 | www.nelsontripa.pt


NOTÍCIAS<br />

EMPRESAS<br />

SCHAEFFLER<br />

ESTÁ A ELETRIFICAR OS VEÍCULOS COMERCIAIS<br />

A<br />

Schaeffler está a desenvolver tecnologia<br />

de alta voltagem para os veículos elétricos<br />

comerciais do amanhã, tanto leves,<br />

como pesados. No futuro, cada vez mais, veículos<br />

comerciais movidos por eletropropulsão estarão<br />

nas estra<strong>das</strong>, à medida que os fabricantes de camiões<br />

estão a tomar medi<strong>das</strong> para atingir uma<br />

redução de 15% nas emissões de CO 2 até <strong>202</strong>5,<br />

tal como exigido pela União Europeia. Os novos<br />

motores elétricos de alto desempenho da Schaeffler<br />

são escaláveis, eficientes e extremamente<br />

robustos. É impressionante que estes motores<br />

conseguem atingir um grau de eficiência de mais<br />

de 97% e disponibilizar uma potência de acionamento<br />

contínua de até 300 kW, características<br />

que são possíveis graças ao inovador sistema de<br />

arrefecimento a óleo desenvolvido pelos especialistas<br />

em motores elétricos da Schaeffler. Outra<br />

característica chave é a tecnologia de enrolamento<br />

ondulado utilizada nos estatores. A Schaeffler<br />

é uma <strong>das</strong> poucas empresas no mundo a dominar<br />

esta nova tecnologia de enrolamento, que resulta<br />

em motores elétricos com densidades de potência<br />

muito eleva<strong>das</strong>.<br />

PUB<br />

42 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


LANÇA CALENDÁRIO OFICINA <strong>202</strong>3<br />

FEBI | Em <strong>202</strong>3, o calendário de oficina da febi será lançado novamente, pela primeira<br />

vez desde o início da pandemia. As fotografias desta edição foram tira<strong>das</strong> na Colômbia no<br />

início do verão de <strong>202</strong>2. Nos últimos dois anos, a Covid-19 impediu-nos de organizar esta<br />

sessão de fotografias. A Colômbia oferece vários cenários deslumbrantes para fotografias.<br />

To<strong>das</strong> as fotografias foram tira<strong>das</strong> na zona de Cartagena, uma cidade portuária na costa<br />

<strong>das</strong> Caraíbas que, não só oferece ótimas praias e bares extraordinários, como também<br />

locais exóticos com o charme dos tempos coloniais. Uma equipa de fotografia, liderada<br />

por Christian Deutscher, que já tinha estado atrás da câmara em vários calendários de<br />

oficina da febi, tirou milhares de fotografias em quatro locais diferentes – apenas as doze<br />

melhores fazem parte do calendário. O que parece tão fácil nas fotografias nunca é uma<br />

tarefa fácil, especialmente para as modelos, devido às temperaturas tropicais. Mas todos<br />

os esforços valeram a pena: a 20ª edição do calendário de oficina da febi é, uma vez mais,<br />

extremamente atraente!uma aula de introdução ao Golf no Driving Range do Vidago<br />

Palace Hotel e uma atuação do Rancho Folclórico Santo Estêvão de Rega<strong>das</strong> de Fafe no<br />

restaurante Casa de Souto Velho. “Reinou a boa disposição neste encontro da Auto Silva<br />

Acessórios com os seus clientes já de longa data e onde foi possível uma conjugação<br />

equilibrada de negócios e lazer”, revelou o departamento de comunicação da Auto Silva<br />

Acessórios.<br />

GAMA E REPUTAÇÃO<br />

QUALIDADE E CONFIABILIDADE<br />

A BENDIX ESTÁ<br />

AINDA MELHOR<br />

Reconhecida pelos resultados no setor dos travões, desde 1924,<br />

a Bendix é agora apoiada pela TMD Friction - um fabricante líder<br />

mundial de equipamento original para o segmento da fricção.<br />

Isto representa uma maior garantia de qualidade, maior cobertura<br />

de veículos e uma maior gama de produtos.<br />

Tenha agora uma opção de travagem de qualidade superior.<br />

AUTO SILVA ACESSÓRIOS E GRUPO DRIV<br />

REALIZAM WORKSHOP<br />

A Auto Silva Acessórios S.A. em parceria com o grupo Driv, organizou um evento, no<br />

Vidago Palace Hotel, com cerca de 50 pessoas, nos passados dias 17 e 18 de setembro,<br />

onde promoveram, em conjunto, um workshop técnico direcionado principalmente para<br />

as marcas Ferodo e Monroe. O programa deste encontro foi composto por um workshop<br />

técnico direcionado principalmente para as marcas Ferodo e Monroe realizado pelo<br />

formador Carlos Colado; uma visita guiada a uma fonte do Vidago Palace Hotel com prova<br />

da água termal; um passeio num autocarro de 1930 por Vidago;<br />

Mais informações em<br />

www.bendix-braking.com<br />

SUBSCREVA A<br />

NOSSA NEWSLETTER!<br />

PUB<br />

Encontre a peça certa rapidamente com o Brakebook.<br />

Disponível on-line e na versão de aplicativo, o sistema de<br />

catálogo baseado na web foi desenvolvido usando dados<br />

de catálogo atualizados e oferece opções de pesquisa<br />

fáceis de usar.<br />

www.bendix.brakebook.com www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 43


Gestão<br />

OTIMIZAR O DESEMPENHO DA OFICINA<br />

ESTRUTURAR,<br />

GERIR E MOTIVAR<br />

A MAIORIA DAS EMPRESAS PRECISA DE PESSOAL QUE TRABALHE EFICAZMENTE E ISTO SIGNIFICA<br />

QUE ESSE PESSOAL TEM DE SER GERIDO. CONTUDO, O QUE SIGNIFICA REALMENTE ‘GERIR UMA EQUIPA’<br />

E COMO PODE O ‘GESTOR DA EMPRESA’ SER TAMBÉM UM GESTOR DE PESSOAS EFICAZ?


Um bom gestor de pessoal deve conhecer<br />

na íntegra as funções e<br />

as responsabilidades de todos<br />

os membros da equipa, mas em última<br />

instância, cada um desses membros da<br />

equipa deve ser melhor a desempenhar<br />

as suas tarefas do que o gestor poderá<br />

ser. Além disso, o gestor deve ser capaz<br />

de conseguir o melhor da equipa que<br />

tem ao dispor e apenas mudá-la quando<br />

to<strong>das</strong> as outras hipóteses falharam’. Em<br />

suma, o gestor precisa de saber estruturar,<br />

gerir e motivar a sua equipa para otimizar<br />

o seu desempenho. É bem conhecida<br />

a expressão que diz que as pessoas<br />

não deixam os empregos, e deixam sim<br />

os chefes, mas na realidade isto significa<br />

que essas pessoas deixam o emprego<br />

porque o mesmo não é agradável, ou<br />

porque os seus pontos fortes não estavam<br />

a ser aproveitados ou porque não<br />

estavam a evoluir nas carreiras. E quem<br />

é responsável por isto? O chefe.<br />

Uma gestão ineficaz tem um impacto negativo,<br />

não só na retenção de pessoal, na<br />

qualidade do trabalho e no ânimo, mas<br />

também no serviço de apoio ao cliente e<br />

na imagem da empresa. Isso não é bom,<br />

nem para o pessoal nem para o resultado<br />

final. Os melhores gestores sabem o<br />

que fazem, qual o rumo dos respetivos<br />

negócios, e garantem que têm as pessoas<br />

certas nas funções cruciais para que tudo<br />

possa resultar. De igual modo, comunicam<br />

e delegam eficazmente no pessoal<br />

que foi formado, apoiado e motivado<br />

com vista ao cumprimento <strong>das</strong> respetivas<br />

responsabilidades. As empresas com<br />

funcionários competentes e que são bem<br />

geridos são as que têm melhor desempenho<br />

e que frequentemente resolvem os<br />

problemas antes de estes se agravarem e<br />

se tornarem situações realmente graves.<br />

Posto isto, vamos analisar alguns dos<br />

princípios orientadores fundamentais<br />

para uma boa gestão de pessoas:<br />

Construa relações sóli<strong>das</strong><br />

e basea<strong>das</strong> no respeito<br />

Não queira que gostem de si, mas queira<br />

obter e manter o respeito da sua equipa.<br />

Passe tempo a falar com os membros do<br />

seu pessoal. Irá demonstrar que está interessado,<br />

mas também será motivador e irá<br />

permitir-lhe compreender melhor as opiniões<br />

deles e quaisquer preocupações que<br />

possam ter. Seja confiante, vigoroso e profissional,<br />

mantendo-se simultaneamente<br />

transparente, acessível e motivador.<br />

Fortaleça as suas<br />

competências de comunicação<br />

A sua capacidade de ouvir e comunicar é<br />

vital para o seu sucesso enquanto gestor<br />

de pessoas. E isto não significa apenas<br />

a sua capacidade de ouvir e de falar de<br />

modo individual, mas também a sua capacidade<br />

de captar a atenção <strong>das</strong> pessoas<br />

de modo a expor as suas ideias, valores e<br />

perspetivas, bem como a sua capacidade<br />

de ouvir e respeitar as ideias, os valores<br />

e as perspetivas dos outros. Isso é verdadeira<br />

comunicação. Quer fale com uma<br />

pessoa, ou faça uma apresentação para<br />

um vasto conjunto de pessoas, competências<br />

de comunicação sóli<strong>das</strong> são muito<br />

importantes.<br />

Desenvolva ativamente a sua<br />

equipa e seja o líder da equipa<br />

À medida que estabelece e fortalece relações<br />

com a sua equipa, deve começar<br />

a identificar os talentos, as capacidades<br />

e os pontos fortes individuais dos seus<br />

funcionários. Ter conhecimento deste<br />

pormenor irá ajudá-lo a desenvolver a<br />

sua equipa de modo a que toda a gente<br />

tenha uma função na qual possa ter<br />

sucesso e se destaque. Passe tempo a<br />

comunicar com cada funcionário individualmente,<br />

dado que, muito frequentemente,<br />

os funcionários transmitirão<br />

aquilo que julgam ser os seus próprios<br />

pontos fortes e onde pretendem chegar.<br />

Também podem dar ideias sobre como<br />

fortalecer a sua equipa e o desempenho<br />

da mesma como um todo. Por vezes,<br />

ânimo e desempenho reduzidos podem<br />

dever-se a falta de apoio e de formação.<br />

Certifique-se de que toda a sua equipa se<br />

mantém atualizada, com formação regular<br />

adequada a cada função.<br />

Saiba o que os seus funcionários<br />

mais apreciam e valorizam<br />

Para determinar o que os seus funcionários<br />

realmente apreciam e valorizam,<br />

ou para conhecer as necessidades de formação<br />

e apoio dos mesmos, recorra a inquéritos,<br />

avaliações individuais ou grupos<br />

de discussão para falar de cada área<br />

fundamental, de modo a identificar os<br />

pontos positivos, as falhas de competências<br />

ou as áreas que devem ser melhora<strong>das</strong>.<br />

É muito simples, apoie a sua equipa.<br />

Seja transparente<br />

Omitir coisas aos seus funcionários é<br />

uma receita para o desastre. Lembre-se<br />

de que passou tempo a estabelecer relações<br />

com estas pessoas, relações basea<strong>das</strong><br />

em respeito. Gerar confiança faz<br />

também parte desse respeito mútuo.<br />

Mantendo a transparência, a honestidade<br />

e a confiança junto dos seus funcionários,<br />

irá promover ainda mais o respeito<br />

e a lealdade dos mesmos.<br />

Assuma a responsabilidade<br />

Isto pode muitas vezes ser difícil, mas é<br />

sinal de uma gestão de pessoas verdadeiramente<br />

excecional. Enquanto gestor,<br />

líder ou responsável da sua empresa,<br />

toda a responsabilidade deve incidir sobre<br />

si. É o responsável pelo desempenho<br />

dos seus funcionários. Lembre-se que<br />

falhar não representa uma fraqueza; é<br />

uma oportunidade de aprender, de se<br />

fortalecer e de melhorar. Assuma a responsabilidade<br />

pela sua equipa e esta irá<br />

respeitá-lo mais por isso. Todos estes<br />

princípios de gestão de pessoas são importantes<br />

competências de gestão interna,<br />

mas também serão tidos em conta<br />

externamente por parte dos clientes, de<br />

diversas formas, umas mais óbvias, outras<br />

nem tanto.<br />

Perceção positiva<br />

do funcionamento da empresa<br />

Quando os clientes contactam a sua empresa,<br />

seja por telefone, e-mail ou através<br />

de uma visita presencial, a sua perceção<br />

será significativamente mais positiva se<br />

sentirem que estão a lidar com uma empresa<br />

bem gerida, que funciona bem, com<br />

pessoal profissional e altamente motivado.<br />

Muitas vezes é quase impercetível a<br />

forma como isto pode ser detetado, mas<br />

seguramente que, se o seu pessoal não<br />

estiver a trabalhar num ambiente bem liderado<br />

e motivador, isso irá refletir-se na<br />

respetiva atitude em relação ao trabalho<br />

e, frequentemente, em relação aos seus<br />

clientes, de uma forma negativa. l<br />

A REALIDADE É QUE OS BONS GESTORES NÃO SURGEM ESPONTANEAMENTE,<br />

mas ADQUIREM as COMPETÊNCIAS COMO PARTE DA APRENDIZAGEM<br />

SOBRE COMO COMPREENDER as PESSOAS ENQUanto INDIVÍDUOS<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 45


Empresa<br />

MANN+HUMMEL APRESENTA ESTRATÉGIA ‘CARBONO ZERO’<br />

TUDO PELO AMBIENTE!<br />

O VERDE NÃO É APENAS A COR CORPORATIVA DA MANN+HUMMEL, MAS O VERDE É TAMBÉM O PRESENTE<br />

E O FUTURO DESTE ESPECIALISTA EM FILTRAÇÃO. COM AS SUAS SOLUÇÕES, A EMPRESA COM SEDE<br />

EM LUDWIGSBURG, NA ALEMANHA, SEPARA O ÚTIL DO PREJUDICIAL E DESENVOLVE ASSIM TECNOLOGIAS<br />

CHAVE PARA ABRIR O CAMINHO PARA UM PLANETA MAIS LIMPO


Com o objetivo de conduzir um futuro sustentável<br />

e minimizar a sua pegada de carbono,<br />

a MANN+HUMMEL tornou pública<br />

a sua estratégia “Carbono Zero”, que prevê a utilização<br />

de energias renováveis em to<strong>das</strong> as fábricas<br />

da MANN+HUMMEL a partir do próximo ano.<br />

A estratégia afirma também que, até 2030, toda a<br />

produção será neutra em CO 2; e, até 2050, toda a<br />

cadeia de abastecimento. “Esta é a nossa missão:<br />

separar o útil do prejudicial. Esta é a base do nosso<br />

negócio e, ao mesmo tempo, a nossa responsabilidade.<br />

Uma responsabilidade que levamos a sério,<br />

não só fornecendo aos nossos clientes tecnologias<br />

de ponta para os ajudar a tornarem-se mais sustentáveis,<br />

mas também queremos ser nós próprios<br />

mais sustentáveis. E a nossa neutralidade de CO 2<br />

é um passo importante neste caminho”, diz Jean<br />

Gangloff, Vice-Presidente de Qualidade, Saúde,<br />

Segurança e Ambiente da empresa. As chaves para<br />

alcançar estes objetivos incluem o aumento dos<br />

níveis de eficiência energética da empresa, bem<br />

como a utilização de energias renováveis. Além<br />

disso, a MANN+HUMMEL prestará ainda mais<br />

atenção à sustentabilidade da sua própria cadeia<br />

de abastecimento, bem como ao processo de produção<br />

dos seus produtos.<br />

Menos resíduos da fábrica<br />

A União Europeia estabeleceu um objetivo para os<br />

estados membros de limitar os aterros a um máximo<br />

de 10% dos resíduos até 2035. A nível dos cidadãos<br />

ou <strong>das</strong> empresas, este objetivo implicará uma<br />

maior procura de separação na fonte e de um tratamento<br />

correto dos resíduos. A MANN+HUM-<br />

MEL Ibérica têm vindo a trabalhar há anos no seu<br />

plano “aterro zero”. “A nossa estratégia ambiental<br />

para 2018-<strong>202</strong>3 visa alcançar a plena reciclabilidade<br />

dos resíduos. Em 2019 já atingimos uma taxa<br />

de reciclagem de quase 99%. Em <strong>202</strong>0, apenas<br />

2,05% dos nossos resíduos foram para aterro” refere<br />

a MANN+HUMMEL Ibérica.<br />

Durante o ano passado, a empresa sediada em Saragoça<br />

registou uma redução de 15,5% no volume<br />

de resíduos, o que implica uma melhoria na utilização<br />

interna dos recursos. “A nossa percentagem<br />

de resíduos continua ano após ano a avançar para<br />

o objetivo estratégico de “Aterro Zero”, um objetivo<br />

que esperamos alcançar até <strong>202</strong>3. Para tal, procuramos<br />

sempre a gestão mais sustentável possível<br />

para cada tipo de resíduos, promover o consumo<br />

responsável, a reutilização interna dos resíduos e<br />

a reciclagem externa de tudo o que não possa ser<br />

utilizado internamente. Dentro <strong>das</strong> opções de tratamento<br />

sustentável (reciclagem ou recuperação<br />

de energia), as opções de reciclagem são sempre<br />

prioriza<strong>das</strong> se estiverem disponíveis”, afirma a<br />

MANN+HUMMEL Iberica.<br />

Além disso, como parte da sua estratégia para reduzir<br />

as emissões de gases com efeito de estufa, a<br />

MANN+HUMMEL Iberica continua empenhada<br />

na compactação de resíduos (peças termoplásticas,<br />

papel e cartão, e sólidos inertes). “2,3% dos resíduos<br />

produzidos no nosso local de produção são considerados<br />

perigosos e como tal são tratados por gestores<br />

de resíduos especificamente autorizados para cada<br />

tipo de resíduos. Em <strong>202</strong>0, as máscaras cirúrgicas<br />

utiliza<strong>das</strong> pelos empregados foram incluí<strong>das</strong> neste<br />

tipo de resíduos para que possam ser trata<strong>das</strong> adequadamente<br />

e de uma forma amiga do ambiente”,<br />

acrescentou a MANN+HUMMEL Ibérica.<br />

Filtro contribui<br />

para proteção do ambiente<br />

Contribuir para a preservação da sustentabilidade<br />

ambiental é uma <strong>das</strong> linhas de trabalho segui<strong>das</strong><br />

pelo trabalho de I&D da MANN+HUMMEL na<br />

conceção de novas soluções de filtração. É o caso<br />

do sistema de filtragem de partículas de ar do novo<br />

Mercedes-Benz Sustainer, constituído por dois<br />

filtros, um à frente e outro no eixo traseiro, cuja<br />

função é limpar o ar onde quer que este circule,<br />

tornando possível compensar as emissões de partículas<br />

PM10 em mais de 50% e, mesmo quando parado,<br />

aspirar a poluição em redor do veículo - por<br />

exemplo, durante o tempo de carregamento <strong>das</strong><br />

baterias de um veículo elétrico. Durante este processo,<br />

o sistema consome apenas 160 watts, graças<br />

à eficiência do ventilador e a uma queda de pressão<br />

otimizada dos elementos filtrantes.<br />

Outro filtro baseado no mesmo conceito, mas neste<br />

caso, adaptável a qualquer veículo, é o filtro Pure<br />

Air também desenvolvido pela MANN+HUMMEL,<br />

que pode ser instalado no tejadilho do veículo, permitindo<br />

opções de personalização para frotas, empresas,<br />

etc.. O desenho da dupla entrada de ar tem<br />

uma capacidade de aspiração de até 2.000 metros<br />

cúbicos por hora. Outro exemplo é o filtro de partículas<br />

de pó de travão, que remove até 80% <strong>das</strong> partículas<br />

ultrafinas liberta<strong>das</strong> no ambiente durante a<br />

travagem e é capaz de se adaptar a to<strong>das</strong> as formas<br />

de mobilidade, desde veículos eléctricos e híbridos a<br />

veículos convencionais a gasolina ou diesel.<br />

Sustentabilidade ambiental<br />

A MANN+HUMMEL também contribui para a<br />

sustentabilidade ambiental através dos materiais<br />

utilizados na conceção e fabrico da sua gama de<br />

produtos. É o caso dos filtros de ar feitos de plástico<br />

reciclado a partir de garrafas PET. Com o plástico<br />

de duas garrafas de 1,5 litros, é possível obter<br />

até um metro quadrado de meio filtrante. Além<br />

disso, graças à elevada capacidade de retenção de<br />

sujidade destes meios sintéticos, é necessária até<br />

30% menos superfície de filtragem em comparação<br />

com um filtro de celulose tradicional,<br />

Combustíveis sintéticos são alternativa<br />

O tráfego rodoviário é responsável por 38% <strong>das</strong><br />

emissões de CO 2 na União Europeia, de acordo<br />

com os dados do Eurostat de 2019. Os combustíveis<br />

sintéticos poderiam ser a chave para reduzir estas<br />

emissões e cumprir os objetivos da UE em matéria<br />

de emissões. A redução <strong>das</strong> emissões de CO 2 destinada<br />

a combater as alterações climáticas está a levar<br />

muitos fabricantes de veículos a concentrarem a sua<br />

produção em veículos com motores de combustão<br />

movidos a combustíveis sintéticos sem emissões de<br />

carbono, permitindo assim a neutralização dos gases<br />

com efeito de estufa nos motores convencionais<br />

a diesel e a gasolina. A este respeito, a MANN-FIL-<br />

TER, especialista em sistemas de filtragem automóvel,<br />

desenvolveu uma série de filtros de combustível<br />

especialmente concebidos para resistir aos combustíveis<br />

sintéticos. “Os combustíveis sintéticos podem<br />

ser agressivos para alguns tipos de elastómeros”, explica<br />

a empresa, avisando que “como resultado, os<br />

vedantes podem perder até dez por cento do seu volume<br />

e, no pior dos casos, fazer com que o combustível<br />

saia e que o filtro se solte enquanto se conduz.<br />

Para o evitar, MANN-FILTER utiliza materiais de<br />

selagem resistentes a esta degradação, que asseguram<br />

uma retenção permanente e uma selagem<br />

completa do filtro, cumprindo ao mesmo tempo to<strong>das</strong><br />

as normas de equipamento original relevantes<br />

e to<strong>das</strong> as especificações exigi<strong>das</strong> pelos fabricantes<br />

de automóveis.<br />

A empresa afirma que “a mobilidade do futuro<br />

será uma combinação de diferentes tecnologias<br />

de propulsão e que os combustíveis serão necessários<br />

durante muito tempo, pelo que trabalhar para<br />

aumentar a utilização de combustíveis sintéticos<br />

contribuirá grandemente para a luta contra as alterações<br />

climáticas”. A MANN-FILTER já iniciou<br />

a produção em série destes filtros de combustível<br />

altamente eficientes para vários fabricantes de veículos<br />

comerciais.<br />

Automóveis a hidrogénio são solução<br />

É evidente que o futuro da indústria automóvel será<br />

eletrificado, especialmente se tivermos em conta a<br />

recente regulamentação europeia e ainda mais a<br />

futura entrada em vigor da Euro 7, que tornará a<br />

aprovação de motores térmicos capazes de cumprir<br />

os limites de emissão exigidos o mais rigoroso possível.<br />

No entanto, a corrida ainda está em curso para<br />

os fabricantes de automóveis encontrarem a fórmula<br />

para alimentar estes automóveis de forma rápida<br />

e sustentável. A MANN+HUMMEL Ibérica está<br />

empenhada, entre outras soluções, na implementação<br />

do hidrogénio como um método sustentável de<br />

geração de energia para a propulsão de automóveis.<br />

Uma fórmula que, além de contribuir para resolver<br />

o problema <strong>das</strong> emissões de dióxido de carbono<br />

para a atmosfera, também se torna uma <strong>das</strong> melhores<br />

alternativas ao problema do carregamento <strong>das</strong><br />

atuais baterias dos veículos elétricos. “Com a célula<br />

de combustível de hidrogénio seríamos capazes de<br />

reduzir as emissões dos veículos, ao mesmo tempo<br />

que ajudávamos a resolver as desvantagens dos veículos<br />

elétricos plug-in em termos de alcance e tempo<br />

de recarga”, acrescentou a empresa.<br />

“A célula de combustível de hidrogénio consiste<br />

num sistema inovador que faz com que o motor<br />

gere a electriidade de que necessita para se deslocar<br />

através de uma reação entre o ar aspirado da rua e o<br />

hidrogénio armazenado no tanque. Por outro lado,<br />

tanto a autonomia de cada tanque como o tempo<br />

de reabastecimento são semelhantes ao que estamos<br />

habituados com um motor térmico”, dizem. A<br />

MANN+HUMMEL já está a trabalhar em soluções<br />

de filtração para motores de células de hidrogénio<br />

como uma alternativa de mobilidade limpa. l<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 47


Empresa<br />

CONVENÇÃO PADOR AUTO SERVICE<br />

OFICINAS MAIS FORTES!<br />

TENDO COMO LEMA “LADO A LADO NO FUTURO”, REALIZOU-SE NO DIA 1 DE OUTUBRO, NO CASINO<br />

DA FIGUEIRA DA FOZ, A CONVENÇÃO PADOR AUTO SERVICE, QUE CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DAS<br />

OFICINAS ADERENTES A ESTE PROGRAMA CRIADO EM 2016 E QUE CONTA ATUALMENTE COM 65 PARCEIROS<br />

Pensado especificamente para as oficinas multimarca<br />

que se querem manter independentes,<br />

mas que entendem não ser uma estratégia<br />

adequada ficar isola<strong>das</strong> sem qualquer suporte, o Pador<br />

Auto Service tem ganho dimensão e mais valias a<br />

nível de novas ferramentas que oferece aos parceiros.<br />

Manuel Vicente, gerente da Rodapeças, deu início<br />

à Convenção, destacando a qualidade dos oradores<br />

convidados, que trouxeram temas muito atuais<br />

e suscitaram o interesse dos participantes para os<br />

grandes desafios que têm pela frente. Sobre a evolução<br />

do Programa Pador Auto Service, este responsável<br />

referiu que “a estratégia não é crescer em quantidade<br />

de aderentes ao Programa. O nosso grande<br />

objetivo é conseguir manter a elevadíssima qualidade<br />

que este Programa já tem e continuar a conseguir<br />

ir ao encontro <strong>das</strong> expetativas dos nossos clientes<br />

que fazem parte do mesmo. É um Programa extremamente<br />

inovador no nosso país, porque é flexível e<br />

muito rico na oferta de serviços de suporte que tem.<br />

As <strong>Oficinas</strong> podem beneficiar dum Call Center técnico,<br />

de formação técnica e empresarial, de imagem<br />

corporativa e ainda de suporte ao marketing. Tudo<br />

isto, sem obrigações. A flexibilidade deste Programa,<br />

permite a que todo o tipo de oficina possa usufruir<br />

de suporte ao seu negócio”.<br />

Formação é prioridade<br />

A formação, que sempre foi um dos pontos forte do<br />

programa Pador Auto Service, atingiu um número<br />

recorde de 223 formandos em <strong>202</strong>1 e para este ano<br />

espera-se que este número seja ultrapassado. Para<br />

isso, os responsáveis do programa vão dinamizar<br />

o trabalho que está a ser desenvolvido pela Pador<br />

Academy, com o objetivo de formar e capacitar as<br />

oficinas aderentes com as melhores ferramentas<br />

através de ações de formação foca<strong>das</strong> nas áreas mais<br />

solicita<strong>das</strong>. “Para nós é importante fazer formação<br />

que vá ao encontro <strong>das</strong> necessidades <strong>das</strong> oficinas e<br />

que acrescente valor ao seu negócio. Por isso criámos<br />

um programa que inclui as áreas de formação<br />

mais solicita<strong>das</strong> pelos nossos parceiros e com um<br />

calendário que permite as oficinas programarem os<br />

seus dias de formação no período que lhes for mais<br />

conveniente”, referiu Manuel Vicente. A forte adesão<br />

dos parceiros aos diversos cursos de formação<br />

realizados ao longo do ano e a avaliação positiva por<br />

parte dos formandos e formadores, são motivos de<br />

orgulho para os responsáveis da Rodapeças, que<br />

prometem continuar a apostar nesta área.<br />

Novo Call Center e Pador Tech Solutions<br />

Como novidade foi apresentado o novo Call Center,<br />

que passa a ter apoio técnico na Alemanha, recorrendo<br />

a uma base de dados com mais de 300 mil<br />

casos reais e ainda o acesso a portais técnicos dos fabricantes<br />

de automóveis. Relativamente à plataforma<br />

digital Pador Tech Solutions, foram divulgados<br />

os novos módulos que já estão disponíveis, designadamente<br />

de orçamentação, onde a oficina pode<br />

fazer uma comparação entre os valores OE e IAM.<br />

“Esta possibilidade permite mostrar de imediato<br />

ao cliente as vantagens de optar por um orçamento<br />

com peças de qualidade equivalente à origem, mas<br />

mais económico e com a mesma garantia”, refere o<br />

gerente. O Pador Tech Solutions possibilita também<br />

o registo de toda a informação dos veículos, desde a<br />

entrada na oficina, o tempo de reparação e o tipo de<br />

manutenção ou reparação efetuada. Deste modo, o<br />

responsável da oficina pode com facilidade consultar<br />

online todo historial de serviço da oficina, as horas<br />

despendi<strong>das</strong> em cada viatura e a rentabilidade<br />

<strong>das</strong> operações.<br />

Aposta na comunicação online<br />

Ana Correia, diretora e marketing da Rodapeças,<br />

apresentou a imagem corporativa dos Pador Auto<br />

Service, a nível exterior e também interior, reforçando<br />

a mais valia do Programa, que confere oportunidade<br />

a qualquer oficina multimarca se tornar<br />

um Pador Auto Service sem nunca perder a sua<br />

própria identidade, mantendo a sua independência<br />

e principalmente a sua autonomia. “Esta flexibilidade<br />

com os aderentes é a nossa grande vantagem,<br />

porque não queremos ter oficinas padroniza<strong>das</strong>,<br />

mas sim oficinas fortes”, referiu Ana Correia, que<br />

acrescentou “o digital está em crescimento constante<br />

e por isso temos apostado cada vez mais nas<br />

nossas redes sociais, onde divulgamos a imagem<br />

institucional do Programa com várias publicações”.<br />

E porque o futuro está na digitalização <strong>das</strong> oficinas,<br />

o Programa Pador Auto Service vai apostar ainda<br />

mais na receção ativa e no marketing oficinal, de<br />

forma a posicionar-se na vanguarda da reparação<br />

automóvel. Foi também anunciado o lançamento<br />

de uma solução e crédito rápido para os clientes <strong>das</strong><br />

oficinas, que permite o pagamento faseado do valor<br />

da reparação sem juros. O risco para a oficina é nulo<br />

e permite-lhe aumentar a tesouraria.<br />

Sustentabilidade e economia circular<br />

Fábio Parente, responsável da Derasa, falou sobre<br />

o tema da sustentabilidade e economia circular e<br />

apresentou os serviços desta empresa do grupo Rodapeças,<br />

que faz a gestão de resíduos, incluindo a<br />

colocação de contentores identificados com códigos<br />

LER nas oficinas e a recolha dos resíduos para reciclagem.<br />

Com este suporte a oficina previne acidentes<br />

ambientais, poupa recursos e melhora as condições<br />

de higiene e segurança, para além de ficar em<br />

conformidade com a legislação ambiental, evitando<br />

assim as pesa<strong>das</strong> coimas por inconformidades.<br />

Seguiu-se uma interessante apresentação de Joaquim<br />

Candeias, presidente da DPAI/ACAP que abordou<br />

alguns dos temas mais atuais do aftermarket na<br />

Europa. Miguel Oliveira, Pedro Rua e Jorge Cancella<br />

de Abreu foram outros dos oradores convidados que<br />

abordaram temas igualmente interessantes, designadamente:<br />

os desafios técnicos <strong>das</strong> oficinas no século<br />

XXI; gestão <strong>das</strong> oficinas pelo método 5S e as dificuldades<br />

<strong>das</strong> oficinas se atualizarem perante a mudança<br />

acelerada que o setor está a viver. A Convenção encerrou<br />

com uma palestra de Jorge Sequeira, um dos<br />

mais importantes speakers motivacionais do país,<br />

que contou algumas <strong>das</strong> melhores histórias incluí<strong>das</strong><br />

no seu recente livro “Dar ao pedal”. Não se trata de<br />

um manual de ciclismo, mas antes um guia para ajudar<br />

empresários e empreendedores a potenciar o seu<br />

desempenho, seja qual for a sua área. l<br />

48 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


A PADOR AUTO SERVICE CRIOU A PADOR ACADEMY, COM O OBJETIVO<br />

DE REFORÇAR A VERTENTE FORMAÇÃO PARA AS OFICINAS DA REDE,<br />

COM CURSOS TÉCNICOS E CURSOS DE FORMAÇÃO EMPRESARIAL<br />

ADEQUADOS À REALIDADE E ÀS NECESSIDADES DAS OFICINAS PARCEIRAS


SPAIN<br />

produto<br />

GRUPO


CAUTEX LANÇA NOVIDADES E NOVO WEBSITE<br />

TRÊS NOVAS FAMÍLIAS<br />

PEÇAS DE PORTAS<br />

A CAUTEX, UM FORNECEDOR COM 65 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO MERCADO DE PEÇAS SOBRESSALENTES<br />

DE BORRACHA E METAL PARA O SETOR AUTOMÓVEL, E PARTE DO GRUPO AMERICANO BBB INDUSTRIES,<br />

LANÇOU TRÊS NOVAS FAMÍLIAS DE PEÇAS PARA PORTAS<br />

A<br />

Cautex lançou 685 novas referências e introduziu<br />

3 novas famílias de peças de portas:<br />

acionadores de portas de combustível<br />

(de momento entra com 6 referências), dobradiças<br />

de portas (que aparecem no catálogo com 221 novos<br />

artigos), e puxadores de portas (apresentando 111<br />

novas peças sobressalentes). Além disso, tem também<br />

42 novas fechaduras e 21 novas guias de portas<br />

deslizantes. Desta vez há uma macro-família com<br />

grande destaque, a porta e as partes do corpo, com<br />

um total de 412 referências. Para além destes, os novos<br />

produtos incluem também os habituais artigos<br />

de borracha e metal: sinoblocos, suportes de motor,<br />

kits de fole de transmissão e polies da cambota.<br />

O catálogo pode ser descarregado em formato PDF<br />

a partir do site da marca, sendo um prático instrumento<br />

de trabalho para os profissionais do sector.<br />

Clicando no número de referência abre a loja online<br />

Cautex onde pode ver a informação completa<br />

sobre a peça e o seu stock. To<strong>das</strong> as referências estão<br />

disponíveis no TecDoc.<br />

Este é o resumo <strong>das</strong> famílias mais importantes no<br />

novo lançamento da Cautex:<br />

• Silentblocs = 116 referências<br />

• Montagens do motor = 60 referências<br />

• Kits de fole de transmissão = 30 referências<br />

• Polias de cambota = 24 referências<br />

• Partes da porta e do corpo = 412 artigos<br />

• Dobradiça da porta = 221 artigos<br />

• Punho da porta = 111 referências<br />

• Fechaduras = 42 referências<br />

• Guia da porta deslizante = 21 referências<br />

• Atuador da tampa de combustível = 6 referências<br />

Com estes novos produtos, a Cautex continua a<br />

aumentar a sua oferta e conta agora com mais de<br />

14.500 referências em stock. Continua a crescer com<br />

as máximas que sempre a caracterizaram: uma vasta<br />

gama de produtos, um firme compromisso com a<br />

qualidade, e um cuidadoso serviço ao cliente. l<br />

NOVO WEBSITE EM PORTUGUÊS MAIS VISUAL E INTUITIVO<br />

A Cautex lançou recentemente o seu novo website, que é mais<br />

visual e intuitivo e visa facilitar a navegação aos seus utilizadores.<br />

A facilidade de utilização do novo website permite aos utilizadores<br />

consultar a vasta gama de produtos Cautex, conhecer to<strong>das</strong> as<br />

políticas de qualidade da empresa e fazer encomen<strong>das</strong> através da<br />

loja online, entre outras coisas.<br />

Outra característica importante do novo portal é a sua funcionalidade<br />

multilingue, passando <strong>das</strong> 3 línguas do antigo website para 5<br />

línguas (espanhol, inglês, francês, italiano e português) e também<br />

uma versão para o mercado latino-americano. Isto responde ao forte<br />

processo de expansão internacional da empresa e ao seu objetivo de<br />

penetrar em novos mercados. A Cautex está atualmente presente em<br />

20 países. Neste sentido, o novo website reflete o importante trabalho<br />

que a empresa está a realizar para fornecer aos distribuidores e<br />

mecânicos de pós-venda as melhores soluções com um elevado nível<br />

de qualidade.<br />

Os utilizadores podem consultar os rigorosos controlos de qualidade<br />

a que todos os produtos Cautex são submetidos, um facto que<br />

garante uma elevada fiabilidade do produto, equivalente à do<br />

equipamento original, mas a um custo mais competitivo. Na secção<br />

de qualidade pode também encontrar a documentação para<br />

procedimentos tais como garantias e devoluções. Outra <strong>das</strong> secções<br />

destaca<strong>das</strong> do website é a secção de Downloads, onde pode aceder<br />

a catálogos, lançamentos, brochuras e circulares técnicas. Tudo está<br />

apenas a um clique de distância. Também merece uma menção<br />

especial a nova secção completamente renovada <strong>das</strong> Notícias e<br />

Eventos, um blog onde a Cautex partilha to<strong>das</strong> as notícias sobre<br />

informação corporativa, produtos ou presença em feiras comerciais<br />

para que os seus clientes estejam a par da atividade da empresa<br />

sediada em Barcelona.<br />

Outra novidade é uma janela pop-up que informa sobre o Serviço<br />

Técnico como parte do Serviço de Atendimento ao Cliente. Este<br />

departamento pode ser contactado por e-mail, cstecnico@cautex.<br />

com, no telemóvel 616470752, ou no número de telefone geral<br />

934225300, extensão 2006. O objetivo é comunicar com os utilizadores<br />

de peças sobressalentes Cautex, resolvendo os seus problemas<br />

e estando mais perto deles para os ajudar.<br />

Graças a este novo departamento, os clientes da Cautex poderão<br />

resolver um grande número de dúvi<strong>das</strong> técnicas, tais como saber<br />

exatamente que número de referência necessitam para um modelo<br />

de veículo específico, as especificações técnicas de uma peça sobressalente,<br />

como utilizar o website e shop-online, como consultar<br />

o catálogo PDF… e qualquer outra dúvida técnica que os clientes<br />

necessitem de resolver. A Cautex continua a crescer com as máximas<br />

que sempre a caracterizaram e agora também apoiada por um poderoso<br />

instrumento de comunicação como o seu novo website. Para<br />

visitar o novo website da Cautex consulte www.cautex.com<br />

O NOVO WEBSITE DA CAUTEX REFLETE O IMPORTANTE TRABALHO<br />

QUE A EMPRESA ESTÁ A REALIZAR PARA FORNECER AOS DISTRIBUIDORES<br />

E MECÂNICOS DE PÓS-VENDA AS MELHORES SOLUÇÕES COM UM ELEVADO<br />

NÍVEL DE QUALIDADE<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 51


NOTÍCIAS // PEÇAS E EQUIPAMENTOS À MEDIDA DE CADA NEGÓCIO<br />

Produto<br />

BOSCH COMEMORA 100 ANOS A DUPLICAR<br />

DÉCADAS DE EXPERIÊNCIA E MELHORIA CONTÍNUA<br />

A<br />

Bosch está de parabéns! Comemora 100<br />

anos a desenvolver velas de incandescência<br />

e mais 100 anos de baterias. A Bosch apresenta<br />

velas incandescentes para quase todos os<br />

veículos a diesel, incluindo modelos mais antigos.<br />

Quanto às baterias, é raro o modelo que a Bosch<br />

não tenha. Robert Bosch percebeu muito cedo que<br />

a excelente eficiência dos motores a diesel os tornava<br />

adequados para uso em veículos motorizados. O<br />

problema era que esses motores tinham uma grande<br />

dificuldade em arrancar frio. As velas incandescentes<br />

Bosch, que entraram em produção em 1922,<br />

foram a solução, movendo o pré-aquecimento do<br />

motor para o interior da câmara de combustão.<br />

Foi também há cem anos que a Bosch começou a<br />

produzir baterias de arranque em Feuerbach, Estugarda,<br />

inicialmente para motociclos e, a partir<br />

de 1927, para automóveis de passageiros.<br />

Know How no fabrico de velas<br />

A primeira vela de incandescência de polo único da<br />

Bosch apresentava um isolador de mica com um<br />

filamento aberto de fio. Hoje, a tecnologia Duraterm<br />

e o aquecimento cerâmico com fases de pré-<br />

-aquecimento curtas e fases de pós-aquecimento<br />

longas garantem eficiência de combustível e uma<br />

longa vida útil. Com a vela incandescente Bosch<br />

DuraSpeed, que incorpora um elemento de aquecimento<br />

em cerâmica, um arranque a frio demora<br />

menos de dois segundos. Dar tempo ao motor<br />

diesel para aquecer é agora uma coisa do passado.<br />

Além disso, as velas de incandescência modernas<br />

desempenham um papel importante na limpeza<br />

do filtro de partículas, uma vez que o seu calor ajuda<br />

na regeneração do filtro.<br />

Ampla gama de baterias de arranque<br />

Também quando se trata de baterias de arranque,<br />

a Bosch tem 100 anos de experiência e know-how,<br />

como mostram os seguintes marcos históricos. Na<br />

década de 1960, a Bosch comercializava baterias<br />

com invólucro de plástico e indicador de carga. As<br />

baterias livres de manutenção para automóveis de<br />

ligeiros foram introduzi<strong>das</strong> na década de 1980.<br />

A partir da década de 1990, as grelhas de liga de<br />

prata <strong>das</strong> baterias da Bosch garantiram longa vida<br />

útil e alta potência no momento de arranque. Desde<br />

2000, o portfólio da Bosch foi complementado<br />

com baterias AGM de elevado desempenho para<br />

veículos de ligeiros com sistemas start-stop e vários<br />

consumidores elétricos. A duração da bateria<br />

também tem vindo a ser continuamente melhorada.<br />

Em 2016, a Bosch ganhou o Prémio de Inovação<br />

Automechanika Frankfurt pela sua bateria de<br />

íons de lítio para motocicletas. Em 2019 assistiu-<br />

-se à estreia da Bosch TA AGM, uma bateria para<br />

veículos comerciais com altos requisitos de energia<br />

no exigente mercado de transporte de longa distância.<br />

Além disso, desde o final de 2019 e para<br />

equipamentos originais, a Bosch desenvolve e fabrica<br />

baterias de 48 volts para hibridização leve. A<br />

bateria de 48 volts armazena energia da travagem<br />

e suporta o motor de combustão durante a aceleração.<br />

Isso reduz o consumo de combustível e as<br />

emissões de CO 2.<br />

52 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


OSRAM ADICIONA<br />

NOVOS MODELOS NA<br />

GAMA LUZES INSPEÇÃO<br />

Caracterizada por um design excecional, benefícios individuais<br />

otimizados e características ideais para cada modelo, a gama<br />

de luzes LEDinspect da OSRAM proporciona a luz certa para<br />

as suas necessidades específicas. Adequa<strong>das</strong> para trabalhos de manutenção<br />

e reparação, para uso profissional e privado, para mecânicos,<br />

técnicos, entusiastas de automóveis e para qualquer pessoa que<br />

precise de iluminação robusta e duradoura com produtos flexíveis<br />

e ajustáveis, cada luz de inspeção OSRAM LEDinspect reflete uma<br />

compreensão <strong>das</strong> aplicações profissionais e fornece luz exatamente<br />

onde e quando for necessária. A gama é versátil e diversificada, permitindo<br />

o uso preciso, eficiente e eficaz da luz. A OSRAM oferece 2<br />

anos de garantia<br />

NOVOS PRODUTOS<br />

DE ILUMINAÇÃO<br />

MAGNETI MARELLI | A Magneti Marelli Parts & Services<br />

apresenta o lançamento de novos produtos na família Lighting.<br />

O lançamento consiste em 43 referências, a maioria delas para<br />

aplicações muito novas e mesmo algumas delas para a última<br />

geração de veículos elétricos, como o Mercedes Benz EQS e EQE.<br />

Outros destaques incluem o conjunto completo de lâmpa<strong>das</strong>,<br />

projetores e luzes diurnas para o novo Fiat 500E e os projetores<br />

matriciais LED para o Audi A8 MY21, o conjunto completo de<br />

luzes traseiras para o Land Rover Discovery MY21 e Porsche<br />

Panamera MY20. O lançamento inclui 28 faróis, todos eles LED<br />

e alguns com função dinâmica ou matriz, 28 luzes traseiras<br />

combina<strong>das</strong>, algumas delas faróis de nevoeiro, e um conjunto<br />

de luzes LED de funcionamento diurno.<br />

SINNEK<br />

REVOLUCIONA MERCADO<br />

COM MÁQUINA DE DOSAGEM DE COR<br />

A<br />

SINNEK,<br />

marca de tinta premium para carroçaria, apresenta uma nova revolução no mundo da<br />

cor. É uma máquina de dosagem totalmente automatizada, uma solução altamente eficiente<br />

para a produção de cor no sector da refinação. Uma máquina capaz de dosear tinta com uma<br />

precisão de cor extremamente elevada. A máquina, que em breve estará à disposição dos clientes da<br />

marca, foi apresentada ao público na feira EQUIP AUTO <strong>202</strong>2 em Paris. Com este lançamento, a SIN-<br />

NEK demonstra mais uma vez o seu claro empenho na dosagem automática de bases de cor. Não em<br />

vão, em 2017 foi a primeira marca de pintura de carroçaria a apresentar tal equipamento como parte<br />

da sua proposta de valor para os clientes. A máquina da série W6000 oferece alta produtividade no<br />

processo de processamento de cor, graças à grande velocidade com que realiza a dosagem, com capacidade<br />

para fazer 20 cores prontas a usar por hora. Outra <strong>das</strong> suas características distintivas é a sua alta<br />

precisão, com uma capacidade de produzir cores a partir de 30 gramas, e uma precisão de até 4 casas<br />

decimais.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 53


Notícias<br />

Produto<br />

SPIES HECKER APRESENTA<br />

DOIS VERNIZES<br />

COM EFEITO MATE<br />

A<br />

Spies<br />

Hecker lançou o seu novo sistema de<br />

vernizes Permacron Matt Clear System, que<br />

inclui dois produtos, o Permacron Matt System<br />

Clear Coat 8185 e o Permacron Semi-Gloss System<br />

Clear Coat 8170. Formulados especificamente<br />

para serem usados como parte dos 280/285 Base<br />

Coat e Permahyd Hi-TEC Base Coat 480 Systems e<br />

com o Permacron Base Coat 293/295 ou pintura<br />

original, são misturados para proporcionar acabamentos<br />

mate de OEMs de alta qualidade e de todos<br />

os níveis de brilho de forma rápida e mais fácil do<br />

que nunca. Estes produtos inovadores utilizam uma<br />

tecnologia de pigmentos mate significativamente<br />

menores, que oferecem uma aparência muito menos<br />

cinzenta e turva, garantindo uma aparência<br />

homogénea, uniforme e sem irregularidades. Os<br />

pintores podem identificar sempre a fórmula de cor<br />

mate adequada com o espectrofotómetro Color Dialog<br />

Phoenix e procurar o nível de brilho correspondente<br />

para a sua fórmula de cor específica de forma<br />

muito rápida e fácil com o avançado software de gestão<br />

de cores digital.<br />

PUB<br />

UMA REFERÊNCIA IBÉRICA<br />

NA DISTRIBUIÇÃO<br />

DE PNEUS<br />

VENDA EXCLUSIVA A PROFISSIONAIS • Zona Industrial, Lote 38A, 3060-197 Cantanhede • T. +351 231 419 290 • info@sjosepneus.com • www.sjosepneus.com<br />

700.000<br />

PNEUS VENDIDOS<br />

200.000<br />

PNEUS EM STOCK<br />

32.000m 2<br />

ARMAZÉM<br />

25<br />

CAIS<br />

+70<br />

COLABORADORES


MAIS DE 700 NOVAS REFERÊNCIAS<br />

METALCAUCHO | A Metalcaucho está de volta com força e apresenta 714 novas peças<br />

sobressalentes de 46 famílias diferentes. Entre os novos produtos, destaca-se a vasta gama<br />

de rótulas que foram adiciona<strong>das</strong> ao catálogo: 182 rótulas de rótulas de ponta de tirantes,<br />

40 rótulas de junta axial e 30 rótulas de suspensão. Além disso, existem também muitos<br />

produtos novos nas famílias de bielas, termóstatos (atingindo quase 900 referências),<br />

buchas (com mais de 500 códigos), e suportes de direção (uma família chave que continua<br />

a crescer com mais 9 referências). As peças de reposição Metalcaucho são fabrica<strong>das</strong> com as<br />

mesmas especificações do fabricante original, mas por vezes a sua experiência e conhecimentos<br />

fazem-na melhorar os desenhos originais para os tornar mais duráveis. Em famílias<br />

tais como juntas esféricas ou bielas, aumenta a espessura de certas peças, ou seleciona<br />

materiais mais resistentes, com o objetivo de oferecer aos clientes produtos com uma vida<br />

útil mais longa. Este lançamento inclui 24 referências com estas melhorias incorpora<strong>das</strong>.<br />

CALIBRADOR DE CÂMARA<br />

RETROVISORA PARA PESADOS<br />

GONÇALTEAM | A Gonçalteam já dispõe da solução técnica para a calibração da<br />

câmara retrovisora para os veículos pesados que possuem este sistema ADAS. A HAWEKA<br />

SCC é o único sistema aprovado para calibrar os Mercedes Mirror Cams. O procedimento de<br />

calibração do Mirror Cam com o SCC já está disponibilizado no software Mercedes XENTRY-<br />

-Software. Também está aprovado o SAD500-MB, que permite à oficina da Mercedes Benz<br />

calibrar os sistemas ADAS estaticamente. As vantagens da calibração estática incluem: operação<br />

individual; calibração no interior da oficina; independente <strong>das</strong> influências climáticas;<br />

independente de outros veículos a serem seguidos durante a calibração dinâmica. Como a<br />

calibração estática com o HAWEKA SAD500-MB é muito mais rápida, a empresa não apenas<br />

economiza tempo, mas também dinheiro, pois os AW (valores da mão de obra do serviço)<br />

são especificados pela Mercedes.<br />

RPA ACRESCENTA<br />

DYS AO SEU PORTFÓLIO<br />

DE MARCAS<br />

A<br />

RPA – Rui & Paulo Almeida introduziu a nova marca DYS no seu portfólio,<br />

com o objetivo de se tornar o parceiro ideal dos profissionais do ramo automóvel.<br />

O portfólio da RPA, conta agora com braços suspensão, pendurais,<br />

rótulas direção/suspensão/axiais, “podendo ser expandido a qualquer momento a<br />

toda a oferta da Marca DYS”, revelou o departamento de comunicação da RPA. A<br />

DYS posiciona-se como fabricante líder tornando-se uma marca forte e com qualidade<br />

garantida, imagem única capaz de competir com outras marcas do mercado<br />

de aftermarket.<br />

AUMENTA GAMA DE CAUDALÍMETROS<br />

ALFA E-PARTS | A nova marca, da BBB Industries, a Alfa e-Parts já tem 122 sensores MAF na sua carteira<br />

e incluirá mais de 100 novas referências no início de <strong>202</strong>3. Alfa e-Parts, a nova marca da divisão europeia da<br />

BBB Industries, com um novo e moderno conceito de componentes elétricos e eletrónicos para automóveis,<br />

continua a aumentar a sua oferta. Lançou recentemente 137 referências, incluindo 93 novos caudalímetros ou<br />

sensores MAF. Esta é uma família que tem atualmente 122 referências no seu catálogo. Além disso, anunciam<br />

que no início de <strong>202</strong>3 irão completar a sua oferta com mais de 100 novos caudalímetros. A Alfa e-Parts está<br />

empenhada num produto 100% concebido, fabricado e testado sob rigorosos e exigentes testes de qualidade,<br />

uma vasta gama que não deixará de crescer (cerca de 6.000 novas referências anuais), e um serviço que<br />

responde às expectativas dos seus clientes, tirando partido da logística <strong>das</strong> marcas do grupo BBB Industries.<br />

Relativamente aos caudalímetros, classificados dentro da oferta Alfa e-Parts na família de sensores e na<br />

sub-família de gestão do motor, são testados e calibrados como as referências originais.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 55


Notícias<br />

Produto<br />

DUAS NOVas MESAS ELEVatÓRIAS<br />

Nós damos uma mãozinha<br />

CETRUS | A CETRUS acaba de lançar para o mercado duas novas mesas elevatórias bastante<br />

úteis para oficinas de mecânica nomeadamente para serviços em viaturas elétricas. Estas<br />

plataformas elevatórias são especialmente desenha<strong>das</strong> para montar e desmontar baterias,<br />

motores, caixas de velocidades, eixos de transmissão, reservatórios de combustível, suspensões,<br />

etc. Estes elevadores portáteis permitem a regulação em comprimento, altura e inclinação<br />

e a versão Premium permite ainda a deslocação lateral graças a sua mesa dupla. Ambos os<br />

equipamentos contam com furos dedicados para fixação de suportes. O modelo mais económico<br />

é acionado através de uma bomba pneumática, e o modelo Premium através de bomba elétrica<br />

com comando para maior comodidade.<br />

Não fazemos<br />

manutenção automóvel,<br />

mas fazemos a manutenção<br />

da sua terminologia!<br />

TRADUÇÃO E DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA<br />

Criamos e traduzimos manuais técnicos à melhor<br />

relação qualidade/preço do mercado. Temos<br />

profissionais especializados em várias áreas<br />

da indústria e uma tecnologia que nos permite<br />

criar projetos à medida de cada cliente.<br />

ALARGA GAMA DE PRODUTOS<br />

COM 8 NOVas REFERÊNCIAS<br />

BGA | O fornecedor de aftermarket automóvel BGA (BG Automotive) expandiu a sua oferta<br />

de produtos com 8 novas referências através de várias categorias de produtos - correntes de<br />

distribuição, cárter, polias de cambotas e transmissão. A BGA desenvolve e lança mensalmente<br />

novas referências de produtos para a indústria de pós-venda automóvel para assegurar que as<br />

aplicações mais recentes estão a ser disponibiliza<strong>das</strong> para as oficinas independentes. Foi lançada<br />

uma nova corrente de distribuição para a Mercedes, cobrindo modelos como o Mercedes Classe<br />

A 2012 - 2018, Classe C 2013 - 2018, Classe E 2013 – 2016, num total de mais de 100.400<br />

veículos. Duas novas referências foram acrescenta<strong>das</strong> à sua gama de transmissão cobrindo o Ford<br />

Tourneo Custom 2015 em diante & Ford Transit 2014 - 2018 em diante.Uma junta homocinética<br />

danificada pode ser totalmente reparada e restaurada de acordo com as especificações do equipamento<br />

original, utilizando componentes de qualidade, como os kits de juntas homocinéticas<br />

BGA, que contêm todos os componentes necessários para restaurar completamente um eixo de<br />

transmissão.<br />

CONHEÇA O PROGRAMA PARCEIRO JABA<br />

Através da identificação e alinhamento de to<strong>das</strong><br />

as traduções antigas do parceiro JABA, é criada<br />

uma base de dados que permite detetar to<strong>das</strong><br />

as repetições em novos projetos e baixar<br />

consideravelmente o valor final do documento,<br />

mantendo a terminilogia e o estilo<br />

de comunicação já existentes. Um programa<br />

criado a pensar em si!<br />

PUB<br />

Vila Nova de Gaia | Telf: 227 729 455/6/7/8 | Fax: 227 729 459<br />

Mail: portugal@jaba-translations.pt | Web: jaba-translations.pt


APOSTA EM NOVOS DISCOS CERÂMICOS ABRASIVOS<br />

ZAPHIRO | A ZAPHIRO fez uma nova aposta no seu portfólio, desenvolveu novos discos cerâmicos<br />

abrasivos, uma verdadeira recomendação para as oficinas que façam vários trabalhos de lixagem.<br />

Este disco abrasivo não precisa ser trocado por um operador, graças ao seu maior desempenho de<br />

corte, poupa tanto em tempo, como em material. O novo disco cerâmico oferece alta e rápida velocidade<br />

de corte no trabalho de lixagem de materiais como primers, tintas ou compósitos. Além disso,<br />

estes discos abrasivos são também adequados para vernizes cerâmicos e produtos de alta dureza.<br />

Para além <strong>das</strong> vantagens menciona<strong>das</strong> acima, os discos cerâmicos ZAPHIRO permitem também uma<br />

maior duração do velcro <strong>das</strong> placas, pois o operador não precisa trocar as placas com tanta frequência<br />

dos discos abrasivos. Por último, por serem discos abrasivos com suporte de papel, oferecem a opção<br />

de trabalho à mão com menos entupimento.<br />

COMERCIALIZA BOMBA PARA<br />

FILTRO DE CARVÃO ATIVADO<br />

MOTORSERVICE | A Motorservice, é o único fornecedor no mercado de pós-venda, que<br />

disponibiliza uma bomba elétrica para a purificação do filtro de carvão ativado que foi desenvolvida<br />

pela Pierburg, na Alemanha. A bomba para filtro de carvão ativado foi desenvolvida pela Pierburg,<br />

na Alemanha, e lançada mundialmente no mercado em 2018. Desde então, tem sido cada vez mais<br />

utilizada na produção em série por um grande número de fabricantes de automóveis de renome,<br />

conferindo-lhe um potencial considerável no mercado de pós-venda. A bomba conduz os vapores<br />

de combustível presentes no filtro de carvão ativado para o processo de combustão, reduzindo<br />

assim a emissão de poluentes do veículo. Esta é composta por uma bomba de gás elétrica centrífuga<br />

acionada por um motor monofásico e funciona com um caudal de até 50 litros por minuto a uma<br />

pressão simultânea de apenas cerca de 0,1 bar. A sua resistência térmica é reforçada por uma função<br />

de arrefecimento ativo inovadora integrada no sistema eletrónico. Tal garante que a bomba é capaz<br />

de suportar as condições rigorosas do compartimento do motor.<br />

TRIO DE LUBRIFICANTES COM ESPECIFICAÇÕES GM<br />

VARTA AGM<br />

É ESCOLHA<br />

DOS VEÍCULOS ELÉTRICOS<br />

As baterias AGM da VARTA estão prepara<strong>das</strong> para os veículos elétricos<br />

e funcionam em perfeita sintonia com a bateria de alta tensão<br />

para garantir um desempenho excecional. Para 2030, a União Europeia<br />

tem por objetivo reduzir as emissões de CO 2 dos veículos em 40%.<br />

Como consequência, os fabricantes de automóveis vêem-se obrigados a<br />

produzir veículos com emissões zero e veículos com emissões inferiores a<br />

50 g/km de CO 2. Em 2030, os veículos híbridos e elétricos a bateria já representarão<br />

mais da metade dos novos registros na Europa. À medida que<br />

o parque automóvel europeu se torna cada vez mais eletrificado, a VARTA<br />

estará bem posicionada com a sua gama de baterias, que foi ampliada para<br />

acompanhar a evolução dos veículos elétricos. Nestes veículos, a bateria de<br />

íons de lítio de alta tensão fornece energia à transmissão. A bateria de 12<br />

volts cuida do sistema elétrico interno do veículo, que inclui recursos de<br />

conforto e segurança.<br />

WOLF | A Wolf lançou um trio de novos lubrificantes precisamente formulados que seguem as<br />

especificações mais recentes da General Motors (GM) - GM dexos1TM Gen3. Estas novas atualizações<br />

melhoram o desempenho em várias áreas importantes e estão a chegar ao mercado num momento<br />

crucial, uma vez que a GM implementou recentemente a transição obrigatória. Os engenheiros de<br />

I&D da Wolf trouxeram ao mercado uma nova linha de óleos de motor que cumprem estes novos e<br />

rigorosos requisitos. Esta linha melhorada inclui dois produtos oficialmente aprovados, WOLF ECOTE-<br />

CH 0W20 SP/RC D1-3 e WOLF ECOTECH 5W30 SP/RC D1-3. Também inclui um produto que cumpre a<br />

especificação, WOLF ECOTECH 5W20 SP/RC D1-3, mas a GM atualmente não suporta oficialmente o<br />

grau de viscosidade 5W20. Todos os três produtos são compatíveis com as especificações anteriores<br />

do Dexos1 e um ajuste perfeito para os veículos híbridos mais recentes, em conformidade com ILSAC<br />

GF-6 A.<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 57


Técnica<br />

&Serviço


Colaboração Centro ZARAGOZA<br />

www.centro ‐zaragoza.com<br />

VERNIZES DE ACABAMENTO<br />

O TOQUE FINAL<br />

OS VERNIZES SÃO A ÚLTIMA CAMADA DE PINTURA QUE REVESTE AS PEÇAS PINTADAS. A SUA FUNÇÃO<br />

É DE EMBELEZAMENTO DA SUPERFÍCIE, DURABILIDADE E RESISTÊNCIA, PROTEGER AS CAMADAS<br />

INFERIORES DE AGENTES EXTERNOS COMO A RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA, A HUMIDADE E O DESGASTE<br />

MECÂNICO. NO MERCADO EXISTEM DIFERENTES TIPOS DE VERNIZES QUE SE ADEQUAM A DIFERENTES<br />

TIPOS DE REPARAÇÕES, ACABAMENTOS OU NECESSIDADES ESPECÍFICAS<br />

Atualmente, nos processos de<br />

pintura de automóveis existem<br />

três tipos de sistemas de<br />

acabamento: monocamada, duplacamada<br />

e triplacamada. No caso do<br />

acabamento de monocamada, to<strong>das</strong><br />

as qualidades que devem possuir a<br />

pintura de acabamento são consegui<strong>das</strong><br />

com a aplicação de um único<br />

produto, o esmalte monocamada ou<br />

tinta de brilho direto, que contém<br />

tanto a pigmentação que dá a cor<br />

final, como as resinas que proporcionam<br />

as qualidades de resistência<br />

acima descritas. Estes acabamentos<br />

de monocamada estão praticamente<br />

em desuso, devido à maior exposição<br />

dos pigmentos à radiação e porque<br />

não oferecem a versatilidade de utilização<br />

de pigmentos com efeitos diferentes<br />

para além da cor e cobertura.<br />

Nos acabamentos bicamada e tricamada,<br />

o acabamento consiste em<br />

uma ou duas cama<strong>das</strong> de base bicamada<br />

respetivamente (ou base bicamada<br />

e verniz de tintura em algumas<br />

tricama<strong>das</strong>), que contribuem para a<br />

cor devido aos pigmentos que contêm<br />

e uma última camada de verniz, que<br />

contribui para o brilho final desejados<br />

Vernizes HS e UHS<br />

Os vernizes utilizados atualmente<br />

devem cumprir com os regulamene<br />

as qualidades de proteção e resistência<br />

contra os agentes externos.<br />

Devido à maior proteção dos pigmentos<br />

e à versatilidade que oferece<br />

o processo de bicamada e tricamada,<br />

onde não possui apenas pigmentos<br />

de cobertura convencionais, mas<br />

também podem ser utilizados pigmentos<br />

de diferentes efeitos como<br />

metalizado ou perlado, torna este<br />

tipo de acabamento maioritariamente<br />

presente nos veículos de passageiros.<br />

Por outro lado, o verniz pode<br />

apresentar diferentes caraterísticas<br />

tanto a nível dos efeitos de acabamento:<br />

desde os acabamentos de<br />

alto brilho até acabamentos acetinados<br />

ou mate; como a nível <strong>das</strong> propriedades<br />

técnicas, podendo oferecer<br />

diferentes capacidades de resistência<br />

a riscos.<br />

Propriedades dos vernizes<br />

Os vernizes consistem numa mistura<br />

de resinas, geralmente em estado<br />

líquido, com a adição de misturas de<br />

diluentes, embora possam também<br />

existir fórmulas em pó, utiliza<strong>das</strong>,<br />

por exemplo, em pinturas de jantes<br />

em oficinas especializa<strong>das</strong>. As resi‐<br />

nas utiliza<strong>das</strong> nos vernizes aplicados<br />

em automóveis são sintéticas e formula<strong>das</strong><br />

especialmente para atingir<br />

os padrões que cumprem com a<br />

exigência dos trabalhos de repintura<br />

automóvel.<br />

Na hora de aplicar um verniz,<br />

valorizam ‐se as qualidades como a<br />

extensibilidade, facilidade de aplicação,<br />

estabilidade vertical, tempos de<br />

secagem, brilho, tempo de vida útil<br />

e tempo e facilidade de polimento.<br />

Tendo em vista a sua durabilidade e<br />

resistência, são valoriza<strong>das</strong> qualidades<br />

como a resistência a riscos e desgaste,<br />

à radiação ultravioleta, aos impactos<br />

de pedras, à humidade e aos<br />

agentes químicos. A manutenção do<br />

brilho original e <strong>das</strong> suas qualidades<br />

de proteção dependerão desta resistência.<br />

No mercado existem grandes<br />

variedades de vernizes que se adaptam<br />

às necessidades concretas de<br />

cada reparação. De acordo com as<br />

diferentes qualidades podemos retirar<br />

as seguintes classificações:<br />

tos relacionados com o conteúdo<br />

máximo de componentes orgânicos<br />

voláteis (VOCs), Diretiva 2004/42/<br />

CE, sendo as fórmulas mais habituais<br />

as que possuem a denominação<br />

de “teor de sólidos elevado” ou<br />

HS (High Solids) e os de teor de sólidos<br />

ultra elevado, ou UHS (Ultra<br />

High Solids). A fórmula destes produtos<br />

com baixo teor de VOCs, para<br />

além da redução da emissão para a<br />

atmosfera de poluentes, permite obter<br />

a camada de proteção desejada<br />

através da aplicação de um número<br />

menor de mãos, já que cada mão<br />

aplicada contém maior proporção<br />

<strong>das</strong> resinas que constituem a camada<br />

definitiva do verniz.<br />

Vernizes à base de água<br />

Uma opção mais radical na diminuição<br />

dos VOCs nas fórmulas de vernizes<br />

para automóveis são os vernizes<br />

de água, que substituem, ou na sua<br />

totalidade, ou em grande parte, os<br />

componentes orgânicos voláteis por<br />

água como elemento que permite<br />

manter em estado líquido a mistura<br />

de resinas até ao momento da sua<br />

aplicação. Este tipo de verniz vem<br />

NA HORA DE APLICAR UM VERNIZ, VALORIZAM ‐SE as QUALIDADES<br />

COMO A EXTENSIBILIDADE, FACILIDADE DE APLICAÇÃO, ESTABILIDADE<br />

VERTICAL, TEMPOS DE SECAGEM, BRILHO, TEMPO DE VIDA ÚTIL<br />

E FACILIDADE DE POLIMENTO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 59


TÉCNICA<br />

&SERVIÇO<br />

TENDO EM VISTA A SUA DURABILIDADE E RESISTÊNCIA,<br />

são VALoriza<strong>das</strong> QUALIDADES COMO A RESISTÊNCIA A RISCOS<br />

E DESGASTE, À RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA, aos IMPACTOS DE PEDRAS,<br />

À HUMIDADE E aos agenTES QUÍMICOS<br />

completar um sistema de repintura<br />

composto por produtos unicamente<br />

à base de água, em conjunto com a<br />

bicamada e os enchimentos e primários<br />

à base de água. Contudo, hoje<br />

em dia são poucos os fabricantes de<br />

tintas de acabamento que dispõem<br />

do mesmo, já que a procura por parte<br />

do mercado é baixa.<br />

Vernizes de secagem rápida<br />

Em relação às reparações de pintura<br />

relaciona<strong>das</strong> com danos extensos,<br />

existe um número de casos em que<br />

as reparações afetam apenas um número<br />

limitado de peças, ou até apenas<br />

uma. Para estes casos, os fabricantes<br />

de tintas oferecem alguns tipos de<br />

verniz cuja fórmula permite enfrentar<br />

estas reparações otimizando o processo<br />

de pintura. Estes são denominados<br />

vernizes rápidos ou vernizes express,<br />

que, embora apresentem um tempo<br />

de vida útil ou tempo de mistura<br />

relativamente reduzido, adaptam ‐se<br />

perfeitamente às condicionantes de<br />

aplicação de verniz em extensões limita<strong>das</strong><br />

e também aceleram o processo<br />

de secagem e endurecimento. Isto<br />

permite agilizar o tráfego na oficina<br />

deste tipo de reparações em que apenas<br />

uma, ou um número reduzido de<br />

peças, estejam danifica<strong>das</strong>.<br />

Também são denominados como<br />

vernizes de alta eficiência e para<br />

além de secarem em 5 ‐10 minutos<br />

a 60ºC, também podem ser secados<br />

em estufa a 40ºC em 15 ‐20 minutos<br />

ou mesmo ao ar livre em menos de<br />

1 hora. Isto permite uma poupança<br />

energética da oficina, na temperatura<br />

e tempo, e maior rapidez no processo<br />

completo de pintura que resulta<br />

em menores tempos de ciclo.<br />

Vernizes de secagem ao ar por<br />

absorção de humidade<br />

Com a filosofia de poupança ener‐<br />

gética, foram desenvolvidos vernizes<br />

de secagem ao ar por humidade, que<br />

não necessitam da aplicação de calor<br />

para a sua secagem. São vernizes de bi<br />

componentes, geralmente com uma<br />

relação de mistura 1:1, sem diluente,<br />

que apenas precisam da ativação<br />

da base de bicamada para garantir a<br />

correta aderência e cujo tempo de secagem<br />

é influenciado pela humidade<br />

ambiente, ou seja, quanto maior a<br />

humidade, menor tempo de secagem.<br />

Vernizes de alto brilho<br />

Estes tipos de vernizes foram desenhados<br />

com o objetivo principal de<br />

conseguir um trabalho de altíssima<br />

qualidade, alcançando um brilho<br />

muito elevado e com grande luminosidade.<br />

São vernizes que apresentam<br />

uma grande resistência contra<br />

os agentes externos, proporcionando<br />

uma grande durabilidade do alto<br />

brilho obtido.<br />

Vernizes com diferentes níveis<br />

de brilho: mate e acetinado<br />

Os gostos ou as mo<strong>das</strong> são passageiras.<br />

No que diz respeito aos acabamentos<br />

automóveis, nos últimos<br />

anos, os designers de automóveis<br />

propuseram em alguns modelos<br />

que os vernizes de acabamento em<br />

vez de apresentarem um brilho caraterístico<br />

e tradicional apresentassem<br />

um aspeto diferente, como por<br />

exemplo um acabamento acetinado<br />

(ou de brilho intermédio), ou inclusive<br />

acabamentos mate que aparentam<br />

uma superfície aveludada. Para<br />

dar resposta a estas necessidades na<br />

reparação, existem também à disposição<br />

<strong>das</strong> oficinas vernizes que proporcionam<br />

este tipo de acabamentos<br />

mates ou acetinados. Em alguns<br />

casos é possível obter diferentes níveis<br />

de brilho dependendo da mistura,<br />

em diferentes proporções, de<br />

dois vernizes de diferentes brilhos.<br />

60 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


Vernizes flexíveis<br />

Em qualquer processo de pintura<br />

as cama<strong>das</strong> de tinta aplica<strong>das</strong> sobre<br />

qualquer tipo de peça devem possuir,<br />

pelo menos, a mesma elasticidade<br />

que a peça pintada pois, caso contrário,<br />

as cama<strong>das</strong> de tinta irão quebrar<br />

se a peça for flexível para além da capacidade<br />

elástica <strong>das</strong> cama<strong>das</strong> de tinta.<br />

No caso <strong>das</strong> pinturas automóveis,<br />

uma vez que as especificações eram<br />

determina<strong>das</strong> pelas peças metálicas,<br />

quando se começou a incorporar na<br />

carroçaria peças de plástico como os<br />

para ‐choques, tornou ‐se necessário<br />

a adição de aditivos especiais, elastificantes,<br />

que aumentam a elasticidade<br />

dos vernizes aplicados nas peças<br />

de plástico flexíveis. Na atualidade,<br />

também existem vernizes de alta<br />

elasticidade que podem ser aplicados<br />

tanto em peças metálicas como plásticas,<br />

o que permite realizar a aplicação<br />

do verniz ao mesmo tempo nestas<br />

peças, não sendo necessário, para<br />

além disso, preparar dois vernizes ou<br />

a limpeza de duas pistolas.<br />

Vernizes anti riscos<br />

A maior resistência ao desgaste e aos<br />

riscos dos vernizes permite manter o<br />

aspeto inicial durante mais tempo,<br />

mantendo o mesmo brilho mesmo<br />

quando, por exemplo, o veículo seja<br />

submetido a lavagens frequentes (rolos,<br />

fricção do pó depositado, etc.),<br />

para manter um perfeito estado à<br />

imagem do veículo. São já muitas as<br />

marcas de fabricantes de veículos que<br />

oferecem nos seus modelos os acabamentos<br />

com vernizes destas prestações;<br />

portanto, em caso de reparações,<br />

também devem estar disponíveis este<br />

tipo de vernizes nas oficinas de reparação.<br />

Trata ‐se de vernizes denominados<br />

como anti riscos, cerâmicos ou de<br />

elevada resistência.<br />

Outra opção para melhorar as prestações<br />

do verniz em relação a danos<br />

por riscos ou arranhões é, precisamente,<br />

a contrária aos vernizes de<br />

elevada resistência; trata ‐se de conseguir<br />

uma camada de verniz suficientemente<br />

elástica que permita<br />

“autorregenerar” a superfície. Esta<br />

regeneração superficial consegue ‐se<br />

com o passar do tempo e acelera ‐se<br />

quanto maior for a temperatura ambiente.<br />

A realização dos processos de<br />

matizar, lixar ou polir destes vernizes<br />

podem requerer produtos específicos<br />

para evitar necessitar de mais tempo<br />

e materiais dos que seriam necessários<br />

com um verniz convencional.<br />

Vernizes de mono componentes<br />

De forma geral, os vernizes apresentam<br />

fórmulas de dois componentes<br />

ou, “2K”, em que à resina base do verniz<br />

é adicionada um segundo componente,<br />

denominado de endurecedor<br />

ou catalisador, e que se deve misturar<br />

com a resina no momento anterior à<br />

sua aplicação, visto que após serem<br />

misturados inicia ‐se a reação química<br />

entre ambos que os transformará na<br />

película de verniz que irá proteger as<br />

superfícies pinta<strong>das</strong>. Não obstante,<br />

existem também no mercado vernizes<br />

com fórmulas de 1 componente, ou<br />

1K, geralmente em formato de aplicação<br />

aerossol. Estes vernizes secam<br />

apenas por evaporação dos dissolventes<br />

e apresentam uma secagem rápida,<br />

embora, necessitam de mais mãos<br />

para alcançar as cama<strong>das</strong> necessárias,<br />

apresentam menor capacidade de brilho<br />

e a sua resistência e durabilidade<br />

são inferiores em comparação com<br />

os vernizes 2K. São utilizados para<br />

pequenas aplicações, pinturas de pequenas<br />

peças, de provetas para a confirmação<br />

de cor, de interiores ou para<br />

a pintura <strong>das</strong> óticas dos faróis.<br />

Vernizes para faróis<br />

Para a restauração <strong>das</strong> lentes dos faróis<br />

existem também produtos específicos,<br />

denominados de vernizes para faróis<br />

ou vernizes para policarbonato, o material<br />

plástico utilizado no fabrico <strong>das</strong><br />

óticas dos faróis. São vernizes tanto 1K<br />

como 2K e aplicáveis tanto com pistola<br />

como com spray. Apresentam boa aderência<br />

sobre este material e uma alta<br />

transparência e luminosidade para a<br />

correta transmissão da luz. A aplicação<br />

do verniz na restauração <strong>das</strong> óticas<br />

de faróis é fundamental para garantir<br />

a proteção, resistência e durabilidade<br />

do policarbonato.<br />

Vernizes versáteis<br />

Por último, cabe ‐nos citar os vernizes<br />

versáteis, que podem ser preparados<br />

com endurecedores e diluentes lentos,<br />

médios, rápidos e extrarrápidos<br />

ou com agentes aceleradores para<br />

adequar ‐se às diferentes circunstâncias<br />

ou necessidades, modificando<br />

tanto os tempos de evaporação e como<br />

os de secagem, podendo aplicar ‐se<br />

tanto a pequenas como grandes reparações<br />

e podendo escolher a temperatura<br />

de secagem entre 60ºC, 40-45ºC<br />

ou secagem ao ar. l<br />

A MANUTENÇÃO DO BRILHO ORIGINAL E DAS SUas QUalidades<br />

DE PROTEÇÃO DEPENDERÃO DA RESISTÊNCIA DO VERNIZ A RISCOS<br />

E DESGaste. NO MERCADO EXISTEM GRANDES Variedades DE VERNIZES<br />

QUE SE adaptam ÀS NECESSIDADES CONCRETAS DE CADA REPARAÇÃO<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Novembro I 22 61


Gestão<br />

AMBIENTE DE TRABALHO<br />

CULTURA MOTIVACIONAL<br />

NESTE ARTIGO ABORDAMOS COMO OS PROPRIETÁRIOS DE OFICINAS PODEM CRIAR UMA CULTURA<br />

MOTIVACIONAL E ESTIMULANTE NO AMBIENTE DO LOCAL DE TRABALHO. A CULTURA CONSISTE EM TER<br />

UM LOCAL DE TRABALHO ONDE CADA MEMBRO DA EQUIPA SE SENTE VALORIZADO E RESPEITADO<br />

Não basta proporcionar aos<br />

funcionários festas de Natal,<br />

bónus de produtividade<br />

ou pequenos almoços grátis. Estas<br />

coisas são importantes, mas não são<br />

suficientes. Precisa de analisar o lado<br />

emocional da força de trabalho.<br />

Tenha uma visão<br />

Uma visão irá defini-lo, a sua paixão<br />

e os seus valores, ao mesmo tempo<br />

que dará a cada membro da equipa<br />

a motivação para corresponder à sua<br />

ética de trabalho e ao seu compromisso<br />

para com os seus clientes. É<br />

fundamental que tenha uma cultura<br />

positiva da empresa se pretende que<br />

a equipa dê o seu melhor. Ter uma visão<br />

define os padrões.<br />

Aprendizagem contínua<br />

A reparação automóvel está a evoluir<br />

rapidamente e ninguém pode dizer<br />

que é totalmente qualificado. Há<br />

sempre algo a aprender e é importante<br />

certificar-se de que a sua equipa<br />

compreende isso. Deve dar o seu<br />

melhor para que os seus funcionários<br />

continuem a aprender, dando-lhes<br />

to<strong>das</strong> as oportunidades para receberem<br />

formação e adquirirem novas<br />

competências. Se necessário, deixe-<br />

-os fazê-lo durante o seu tempo. Porque<br />

não? Afinal, é para seu benefício.<br />

Estipular parâmetros<br />

e processos<br />

Se não puder confiar em alguém para<br />

fazer o trabalho para o qual foi contratado,<br />

então tem a pessoa errada.<br />

Contudo, assegure-se de que cria<br />

condições que dão autonomia à equipa.<br />

Poderia até pedir para que definam<br />

os seus próprios objetivos. Esta<br />

medida fortalece-os e a equipa terá<br />

maior probabilidade de se empenhar<br />

para alcançar os objetivos que eles<br />

próprios definiram em vez de lhes ter<br />

sido dito para o fazerem.<br />

Escute sempre<br />

A equipa desempenha as suas funções<br />

diariamente. São os que têm o<br />

melhor conhecimento dos processos<br />

e, portanto, entendem o que está a<br />

funcionar ou não. Deste modo, um<br />

gestor deve escutar as suas opiniões<br />

e admitir que nem sempre sabe o que<br />

é melhor.<br />

Aceite ideias e pontos de vista, permita<br />

que a equipa alcança o seu pleno<br />

potencial. Além de os fazer sentir<br />

valorizados, permite também poupar<br />

tempo e dinheiro no processo.<br />

Comunique<br />

Não existe comunicação em demasia.<br />

É importante e motivador saber<br />

como está o desempenho do negócio,<br />

mesmo que não esteja a correr bem.<br />

Caso contrário, a força de trabalho só<br />

especulará. Além disso, agradeça! São<br />

duas palavras curtas, mas que fazem<br />

toda a diferença. Pequenos gestos,<br />

como dizer “obrigado”, mostram que<br />

é empático e acessível. É possível ficar<br />

agradavelmente surpreendido com os<br />

resultados destes simples passos.<br />

Os erros acontecem<br />

É natural que ocorram erros, mas é<br />

a forma como lidamos com eles que<br />

é crucial. Adote o conceito «Assumir<br />

uma intenção positiva». Deseja que a<br />

equipa tenha medo a ponto de tentar<br />

encobrir os seus erros? A alternativa<br />

é criar um ambiente positivo para os<br />

seus funcionários serem abertos e<br />

honestos acerca dos erros e assegure<br />

que utilizem essas ocasiões como<br />

oportunidades para aprender.<br />

Confie nas pessoas<br />

Alguns dos leitores poderão pensar<br />

que tem funcionários que iriam<br />

aproveitar-se. Isso pode acontecer,<br />

mas ao possuírem uma boa cultura,<br />

essas pessoas rapidamente<br />

mostram quem são na verdade. A<br />

verdadeira pergunta é: Quer um<br />

membro da equipa que possui to<strong>das</strong><br />

as competências, mas que tem<br />

uma abordagem negativa? Ou quer<br />

um membro que se enquadra na<br />

sua cultura? É possível aprender<br />

novas competências, mas alterar a<br />

mentalidade de uma pessoa, só ela<br />

o pode fazer. l<br />

62 Novembro I <strong>202</strong>2 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com


E-Mobility<br />

www.emobility.pt<br />

Patrocine<br />

a campanha E-Mobility <strong>202</strong>3<br />

Uma iniciativa do <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong><br />

Mais informações<br />

www.apcomunicacao.com


Vire a página


C<br />

M<br />

Y<br />

CM<br />

MY<br />

CY<br />

CMY<br />

K<br />

Reser<br />

AF_Calendário_FIfa_worldcup<strong>202</strong>2.pdf 1 12/10/<strong>202</strong>2 19:49<br />

O AFTERMARKET APOIA A SELEÇÃO DE PORTUGAL<br />

by jornal<strong>das</strong>oficinas.com<br />

21<br />

NOV<br />

ENG<br />

03 B<br />

IRN<br />

v.<br />

SEN 02 v. A<br />

HOL<br />

USA 04 v. B<br />

WAL<br />

ARG<br />

KSA<br />

v.<br />

08 C<br />

22<br />

MEX<br />

POL<br />

NOV DEN<br />

07 v. C<br />

06 D<br />

TUN<br />

v.<br />

20<br />

QAT<br />

01 A<br />

ECU<br />

NOV v.<br />

FINA<br />

17<br />

DEZ<br />

FRA 05 D<br />

AUS<br />

v.<br />

MAR<br />

CRO<br />

v.<br />

ESP<br />

12 F<br />

23<br />

NOV<br />

GER<br />

11 E<br />

JPN v.<br />

10 E<br />

CRC<br />

v.<br />

BEL 09 F<br />

CAN<br />

v.<br />

BRA<br />

SRB<br />

v.<br />

16 G<br />

24<br />

POR<br />

GHA<br />

NOV URU<br />

15 v. H<br />

14 H<br />

KOR<br />

v.<br />

SUI 13 G<br />

CMR<br />

v.<br />

ENG<br />

USA<br />

v.<br />

20 B<br />

25<br />

NED<br />

ECU<br />

NOV QAT<br />

19 v. A<br />

18 A<br />

SEN<br />

v.<br />

WAL<br />

17 B<br />

IRN v.<br />

ARG<br />

v.<br />

MEX<br />

24 C<br />

26<br />

FRA<br />

DEN<br />

NOV POL<br />

23 v. D<br />

22 C<br />

KSA<br />

v.<br />

OITAVOS<br />

FINAL<br />

03<br />

DEZ<br />

04<br />

DEZ<br />

v.<br />

v.<br />

QUARTOS<br />

FINAL<br />

v.<br />

v.<br />

09<br />

v.<br />

DEZ<br />

14<br />

DEZ<br />

13<br />

DEZ<br />

v.<br />

ME<br />

FINA<br />

TUN 21 D<br />

AUS<br />

v.


AL<br />

ESP 28 E<br />

GER<br />

v.<br />

CRO<br />

27 F<br />

CAN<br />

v.<br />

BEL 26 v. F<br />

MAR<br />

27<br />

NOV<br />

JPN 25 E<br />

CRC<br />

v.<br />

v.<br />

POR<br />

32 H<br />

URU<br />

v.<br />

BRA 31 G<br />

SUI<br />

v.<br />

KOR 30 H<br />

GHA<br />

v.<br />

28<br />

NOV<br />

CMR<br />

29 G<br />

SRB<br />

v.<br />

IA<br />

AL<br />

v.<br />

v.<br />

QUARTOS<br />

FINAL<br />

OITAVOS<br />

FINAL<br />

v.<br />

v.<br />

05<br />

DEZ<br />

NED<br />

36 A<br />

QAT<br />

v.<br />

ECU 35 A<br />

SEN<br />

v.<br />

IRN 34 B<br />

USA<br />

v.<br />

WAL<br />

33 B<br />

ENG<br />

v.<br />

KSA<br />

40 v. C<br />

MEX<br />

POL 39 C<br />

ARG<br />

v.<br />

TUN 38 D<br />

FRA<br />

v.<br />

AUS 37 D<br />

DEN<br />

v.<br />

CRC 44 E<br />

GER<br />

v.<br />

JPN 43 E<br />

ESP<br />

v.<br />

CAN<br />

42 v. F<br />

MAR<br />

29<br />

NOV<br />

30<br />

NOV<br />

01<br />

DEZ<br />

v.<br />

v.<br />

10<br />

DEZ<br />

v.<br />

v.<br />

06<br />

DEZ<br />

CRO 41 F<br />

BEL<br />

v.<br />

CMR<br />

48 G<br />

BRA<br />

v.<br />

SRB 47 G<br />

SUI<br />

v.<br />

KOR<br />

46 H<br />

POR<br />

v.<br />

02<br />

DEZ<br />

GHA<br />

45 H<br />

URU v.<br />

vado<br />

E-Mobility<br />

By <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> <strong>202</strong>3

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!