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Sailko (CC3.0)<br />
hábeis de solapar os meios católicos<br />
é esta.<br />
No momento, nada mais<br />
perigoso para o Brasil<br />
E assim nada mais perigoso para o<br />
Brasil, nesta hora, do que o amortecimento<br />
do princípio de contradição. E<br />
nada mais necessário do que trabalhar<br />
para que, em nosso país, este princípio<br />
tome mais força, mais cor, mais eficiência<br />
em toda a vida mental.<br />
Não sei se um leitor não brasileiro<br />
compreenderá bem toda esta problemática.<br />
Duvido bastante. Mas para<br />
um brasileiro isto é bem mais inteligível.<br />
Sobretudo para Vós, Senhor<br />
Adoração dos Reis Magos - Castel<br />
Vecchio, Verona, Itália<br />
<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> em janeiro de 1956<br />
Jesus, que, deitado num berço<br />
rústico, sondais, entretanto,<br />
até o fundo as almas e os corações.<br />
Para Vós que, sendo<br />
a Sabedoria incriada e tendo<br />
nascido d’Aquela que é a Sede<br />
da Sabedoria, conheceis totalmente<br />
a índole de cada povo,<br />
a todos amais, a todos quereis<br />
santificar. Para Vós, que desde<br />
toda a eternidade tão particularmente<br />
amastes o povo brasileiro<br />
e o predestinastes a uma<br />
grandeza que encherá a História<br />
de amanhã.<br />
Nossa obra é principalmente<br />
de mirra. Queremos que os católicos<br />
militantes e praticantes<br />
Vos amem sem mescla<br />
de qualquer outro<br />
amor. Que só sirvam<br />
a um Senhor.<br />
Que sejam cada qual<br />
em seu coração uma<br />
cidade sem divisão,<br />
contra a qual nada<br />
pode o inimigo. Que<br />
não olhem para trás,<br />
ao empunhar o arado,<br />
e que no afã de<br />
semear não se esqueçam<br />
de arrancar a erva<br />
daninha.<br />
De certo modo, os católicos<br />
militantes e praticantes<br />
são, também eles, sal da<br />
terra e luz do mundo. Em<br />
parte depende da cooperação<br />
deles que o mundo não<br />
se corrompa, nem caia nas<br />
trevas. Queremos que eles<br />
sejam um sal muito e muito<br />
salgado, uma luz posta<br />
no mais alto da montanha<br />
e muito brilhante. Neste<br />
sentido, Senhor, é nossa<br />
cooperação. Este é o presente<br />
de Natal que acumulamos<br />
durante o ano inteiro<br />
para vos oferecer. Outros<br />
vos darão o incenso de<br />
suas inúmeras obras, capazes<br />
de um bem inapreciável. Nós nos<br />
inserimos nessa grande obra, queimando<br />
em abundância, no solo bem amado<br />
do Brasil, a mirra austera, mas odorífera<br />
do “sim, sim; não, não”.<br />
Que Maria Santíssima aceite essa<br />
mirra em suas mãos indizivelmente<br />
santas e vo-las ofereça. Ela terá para<br />
Vós então o encanto do ouro e do incenso,<br />
com alguma coisa a mais: e isto<br />
lhe virá do suor, do sangue de alma<br />
e das lágrimas de um apostolado<br />
que tem suas horas muito amargas…<br />
Mas na Cruz está a luz. E neste<br />
amargor o melhor da alegria e da<br />
beleza de nosso apostolado. v<br />
(Extraído de Catolicismo n. 60,<br />
dezembro de 1955)<br />
Arquivo <strong>Revista</strong><br />
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