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ABDIB | ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INFRAESTRUTURA E INDÚSTRIAS DE BASE

1.3 PLANEJAMENTO DE MÉDIO

E LONGO PRAZOS

Como já visto anteriormente, o Brasil precisa

romper com a inércia do baixo crescimento que

observamos desde o final dos anos 1970.

Para deixarmos de ser um país de renda média,

primário exportador, e passarmos a ser um país

de renda alta, precisamos de uma estratégia de

desenvolvimento que não só rompa com a inércia,

mas, ao mesmo tempo, promova um programa

de desenvolvimento realmente disruptivo.

Precisamos aproveitar a oportunidade e os nossos

ativos, na esteira da transição energética

rumo à economia verde e da necessidade de reduzir

a dependência das atuais cadeias globais

de produção (menor globalização) e adotar políticas

públicas de inovação e competitividade, incluindo,

mas não se limitando à tecnologia 5G e à

indústria 4.0, para reindustrializar o país.

E só haverá reindustrialização e crescimento

sustentável dos serviços e do setor primário,

se houver investimentos em infraestrutura, pois

nada acontecerá se não houver oferta, a preços

competitivos, de energia, transportes nos diversos

modais, logística e saneamento básico.

Recursos públicos e privados adicionais serão

demandados para a execução de projetos que

mudem o país e que contribuam para que possamos

alcançar as metas de redução de emissões

estabelecidas na COP26.

Um passo inicial nesse sentido foi a elaboração de

uma estratégia federal de desenvolvimento com

a edição em 2020 dos Decretos 10.526 e 10.531.

O primeiro instituiu a Estratégia Federal de Desenvolvimento

para o Brasil para o período de 2020 a

2031 - EFD 2020-2031, com objetivo de definir a

visão de longo prazo para a atuação da adminis-

tração pública federal em seus planejamentos e

ações, com base nos cenários macroeconômicos,

diretrizes, desafios e orientações estabelecidos.

O segundo instituiu o Comitê Interministerial de

Planejamento da Infraestrutura e criou o Plano

Integrado de Longo Prazo da Infraestrutura - PI-

LPI, com o objetivo de fomentar investimentos

em infraestrutura, contribuir para o aumento da

produtividade da economia e para a geração de

empregos qualificados, enfatizar as qualidades

ambientais, sociais e de governança dos projetos

dos setores de infraestrutura, dentre outros.

A primeira versão do PILPI (2021-2050), aprovada

em dezembro/21, chegou ao correto diagnóstico

de que o estoque de capital de infraestrutura no

Brasil, composto por estradas de rodagem, ferrovias,

portos, canais, açudes, adutoras, usinas

geradoras de energia elétrica, linhas de transmissão

e redes de comunicação, entre outras,

é muito inferior, proporcionalmente ao tamanho

da economia, ao estoque observado em países

membros da Organização para a Cooperação do

Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Só haverá

reindustrialização

e crescimento

sustentável dos

serviços e do setor

primário, se houver

investimentos em

infraestrutura.

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