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AGENDA DE PROPOSTAS PARA A INFRAESTRUTURA 2022

3.2 ENERGIA ELÉTRICA

Ao longo dos últimos anos, o setor elétrico brasileiro

passou por inúmeras transformações

exercidas por avanços tecnológicos e fenômenos

socioambientais e necessitam de atuação

célere do poder regulador. E, mais recentemente,

entrou em cena de uma forma irreversível a

necessidade de execução de políticas públicas

que considerem a transição energética rumo a

uma economia mais verde e de baixo carbono,

situação esta acelerada pelo conflito entre Rússia

e Ucrânia, que trouxe sequelas importantes

para a estrutura de abastecimento energético da

Europa e do Mundo.

Neste sentido, destacamos três caminhos importantes

a serem desenvolvidos: a) fontes renováveis

e intermitentes de geração com custos

decrescentes; b) impactos sistêmicos da

expansão das possibilidades de geração distribuídas

e c) tecnologias de medição inteligentes

ou mais avançadas.

Tais caminhos oferecem riscos e geram oportunidades.

Para que sejam bem aproveitados,

precisam contar com um mercado estável,

com agentes fortalecidos e preparados para

o investimento e para a evolução. No Brasil,

porém, o mercado de energia vem sofrendo

nos últimos anos com uma série de impactos

de natureza econômica e financeira causados

por decisões governamentais e por fatores

não gerenciáveis.

A crise provocada pela edição da MP 579/2012,

que desorganizou o setor, foi seguida por outra,

derivada de índices pluviométricos abaixo da

média em diversas regiões. E por uma terceira,

de natureza macroeconômica, a partir da desaceleração

da economia brasileira iniciada em

2015. O resultado foi perda de valor, redução de

investimentos, crise de confiança, insegurança

jurídica e conflitos regulatórios transferidos para

o Poder Judiciário.

Planejamento

Como já enfatizado anteriormente, o planejamento

é também peça fundamental para o

setor elétrico.

O Brasil para aproveitar o potencial energético

existente nas múltiplas fontes disponíveis,

um privilégio encontrado em poucos países,

deverá enfatizar que o planejamento de médio

e longo prazos deve privilegiar a expansão de

geração de energia renovável, sem desperdiçar

as inúmeras oportunidades de exploração de

geração térmica.

Esse planejamento deve buscar equilíbrio entre

os princípios de sustentabilidade, segurança

energética e modicidade tarifária, estabelecendo

sinais adequados para a atração de capital privado

para a expansão da infraestrutura de energia

elétrica. Nesse contexto, a segurança energética

ganha relevância, sem a qual a sustentabilidade e

a modicidade tarifária ficam prejudicadas.

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