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ABDIB | ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INFRAESTRUTURA E INDÚSTRIAS DE BASE

2.2 DESESTATIZAÇÃO,

FINANCIAMENTOS E GARANTIAS

Um dos instrumentos de política econômica que

avançaram nos últimos anos foi a desestatização,

notadamente em relação a concessões de

serviços públicos de infraestrutura. Os processos

de concessões estão mais maduros, com

projetos melhor estruturados, maior articulação

entre órgãos do executivo de regulação e controle,

deixaram de carregar o ranço ideológico

do passado, bem como passaram a contribuir

para a solução dos graves problemas da infraestrutura

do país, num ambiente de escassez de

recursos públicos.

Contribuíram para este sucesso, os avanços regulatórios,

a criação do Programa de Parcerias de

Investimentos - PPI, a maior profissionalização

das agências reguladoras, o apoio dos bancos

federais (BNDES e CEF) na estruturação de projetos,

principalmente aos entes subnacionais.

Esse avanço ocorrido no governo federal serviu

de efeito demonstração para os entes subnacionais

(Estados e Municípios), que apresentaram

grandes oportunidades de projetos em licitação

e em estudo. É claro que ainda há lacunas, mas

é inegável o avanço até aqui observado, que

contou, também, com aprendizados que reduziram

a assimetria de informações entre os poderes

concedentes e o setor privado.

Casos de insegurança jurídica ainda assombram

investidores, como foram os casos de ADIs

questionando a transferência de concessões

e o novo marco regulatório do saneamento,

felizmente já superados. E, recentemente, foi

colocada em regime de urgência no Congresso

Nacional a votação de dispositivo legal que

posterga reajuste de tarifas definido por agência

reguladora. Esses são alguns exemplos que

ocorrem de forma recorrente e que não contribuem

para a consolidação do programa de concessões

no país.

Há centenas de projetos já licitados e/ou em licitação

nos quatro cantos do país, conforme mostra

o Livro Azul da Infraestrutura da ABDIB, que

não podem ser executados ad hoc, mas precisam

estar contidos numa estratégia de desenvolvimento

de médio e longo prazos, que, como

já mencionado, priorize a transição energética,

a responsabilidade ambiental e social, a segurança

alimentar e recentes movimentos rumo à

desglobalização das cadeias produtivas de valor.

E para tal, é preciso desenvolver simultaneamente

um volume expressivo de estudos de

viabilidade de projetos para enfrentar a demanda

reprimida e também para fazer frente à sua

ampliação, visando a novos saltos quantitativos

e qualitativos de desenvolvimento econômico,

que demandarão somas superlativas de recursos

privados e públicos e exigirão bons estudos

de mitigação de riscos, estruturação de garantias

e diversificação de funding.

Casos de insegurança

jurídica ainda

assombram investidores,

como foram os casos

de ADIs questionando

a transferência de

concessões e o novo

marco regulatório do

saneamento, felizmente

já superados.

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