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ABDIB | ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INFRAESTRUTURA E INDÚSTRIAS DE BASE
Para diversificar suas fontes de energia, com aumento
da eficiência energética, é fundamental
novos investimentos aliando novas tecnologias
e negócios transformadores, e, para isso, é fundamental
o papel do Estado na estruturação de
diretrizes e modelos energéticos a fim de garantir
a segurança energética e a soberania do país.
Segundo estudo da consultoria Mckinsey, o Brasil
poderá se tornar uma potência mundial no
mercado de hidrogênio verde, podendo movimentar
até US$ 200 bilhões em 20 anos, com
uma transição crescente para uma economia
cada vez mais descarbonizada.
Ainda segundo a Mckinsey, em 2030 o Brasil estará
entre os países mais competitivos do mundo
em termos do custo do hidrogênio verde, que
ficaria ao redor de US$ 1,5 o quilo, alinhado às
melhores localizações dos Estados Unidos, Austrália,
Espanha e Arábia Saudita. Este valor está
em linha com o estudo da Agência Internacional
de Energias Renováveis (IRENA), que estima que
o custo atual do hidrogênio verde poderá cair no
mesmo período para US$ 1 a US$ 2 o quilo.
Hidrogênio verde
O Brasil poderá se tornar uma
potência mundial neste mercado,
podendo movimentar até
US$ 200 bilhões em 20 anos
Em 2030
o Brasil estará entre os países mais
competitivos do mundo em termos
do custo do hidrogênio verde
Apontado como o combustível do futuro, o hidrogênio
verde tem alto poder calorífico e o Brasil,
nesta primeira fase, já desenvolve projetos
para atender ao mercado elétrico e automotivo,
sem impacto ambiental. Esta é a primeira fase
de um projeto com alto potencial de transformação
e impacto positivo para o meio ambiente.
A exploração do hidrogênio compõe a estratégia
energética do Plano Nacional de Energia 2050,
da Empresa de Pesquisa Energética – EPE e é
o cerne de programas e roteiros de estruturação
como o Programa Brasileiro de Hidrogênio
e Sistemas Células a Combustível, Programa de
Ciência, Tecnologia e Inovação para a Economia
do Hidrogênio e o Roteiro para a Estruturação da
Economia de Hidrogênio.
A agenda ASG, por sua vez, já está modificando
substancialmente a estruturação de projetos privados
e públicos com a necessidade de atendimento
aos novos requisitos social, ambiental e
de governança, impostas por políticas públicas
e por órgãos financiadores. A crescente imposição
de cumprimento das obrigações positivas
são deveres que permeiam as atividades no dia
a dia das empresas, obrigando a formação de
equipe técnica que oriente o tema nas corporações
e ao mesmo tempo exija do Poder Público
aperfeiçoamento de normas e regulamentos
para atendimento dos novos conceitos.
Avançar nestas questões é objetivo de uma política
de Estado voltada a uma maior inserção do
Brasil na cadeia mundial de produção e temos
ativos para isto.
Merece destaque, ainda, o sistema de licenciamento
ambiental brasileiro para infraestrutura,
que é um dos mais modernos e rigorosos do
mundo, com parâmetros elevados em consideração
aos adotados em outros países. Essa
qualificação, no entanto, precisa garantir que os
resultados almejados – os investimentos com desenvolvimento
sustentável – sejam alcançados.
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