edição de 17 de abril de 2023
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AFRicA cReAtive<br />
MARcA NOvO ciclO<br />
Após 18 meses, DDB<br />
e Omnicom celebram<br />
com Marcio Santoro e<br />
Sergio Gordilho a nova<br />
marca que embute<br />
o conceito criativo da<br />
agência. pág. 27<br />
betc HAvAs AssuMe cONtA DO sANtANDeR<br />
Anunciante migra para a agência <strong>de</strong> Erh Ray,<br />
na foto acima com o CMO do banco, Igor Puga,<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seis anos na Suno. pág. 27<br />
bAtux FAz 15 ANOs<br />
cOM viés RegiONAl<br />
Agência <strong>de</strong> live<br />
marketing da pernambucana<br />
Chris<br />
Bradley tem atuação<br />
nacional e possui forte<br />
expertise em festas<br />
regionais. pág. 26<br />
propmark.com.br ANO 58 - Nº 2939 - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> R$ 20,00<br />
Reproduções da internet<br />
Publicida<strong>de</strong> relega o impacto<br />
dos bordões para consumidor<br />
Frases e expressões que marcaram época, i<strong>de</strong>ntificavam marcas e produtos, e<br />
estão guardadas na memória <strong>de</strong> gerações, não são mais ouvidas em comerciais.<br />
O PROPMARK consultou profissionais sobre o porquê do abandono <strong>de</strong>ssa tradição na<br />
propaganda brasileira. A mudança <strong>de</strong> comportamento causada pela diversificação<br />
dos meios digitais é apontada como a causa principal, mas há também quem<br />
consi<strong>de</strong>re o atual momento como <strong>de</strong> escassez criativa. pág. 14
ACELERE SUA<br />
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70 MILHÕES<br />
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DATA DRIVEN OUT OF HOME
editorial<br />
Armando Ferrentini<br />
aferrentini@editorareferencia.com.br<br />
Bordões na propaganda<br />
Em um passado não tão distante assim, a publicida<strong>de</strong> brasileira<br />
era movida a bordões, frases ou expressões que entravam para<br />
o imaginário popular e, inclusive, ajudaram a construir marcas.<br />
Os mais velhos vão recordar <strong>de</strong>ssa época com um certo saudosismo.<br />
Afinal, era divertido ouvir um bordão <strong>de</strong> uma campanha ser<br />
comentado e utilizado na mesa do almoço <strong>de</strong> família aos domingos,<br />
nas escolas ou numa mesa <strong>de</strong> bar com os amigos!<br />
Quem não se lembra - ou já ouviu falar - <strong>de</strong> clássicos como “Não<br />
é assim uma Brastemp”, “Bonita camisa, Fernandinho”, “51, uma<br />
boa i<strong>de</strong>ia” ou “Skol <strong>de</strong>sce redondo”, por exemplo?<br />
Essas frases marcantes tinham alta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fixar na mente<br />
das pessoas e aumentar o share of mind da marca ou produto. Mas<br />
os bordões praticamente <strong>de</strong>sapareceram. Com o objetivo <strong>de</strong> saber<br />
por que eles saíram <strong>de</strong> moda na propaganda, o PROPMARK ouviu a<br />
opinião <strong>de</strong> diversos publicitários sobre o tema.<br />
Os criativos criavam bordões a partir <strong>de</strong> paródias <strong>de</strong> expressões populares,<br />
que geralmente apareciam em comerciais nos canais <strong>de</strong> TV<br />
aberta, em spots <strong>de</strong> rádio e em anúncios impressos, ou seja, seu<br />
espaço era a mídia tradicional. Agora, na era das re<strong>de</strong>s sociais, o<br />
bordão tem sido cada vez menos utilizado por conta, em gran<strong>de</strong><br />
parte, das mudanças no nosso comportamento e na forma como<br />
consumimos mídia. Ou seja, <strong>de</strong>vido à fragmentação da mídia.<br />
Laura Esteves, VP <strong>de</strong> criação da DM9, completa: “Com uma distribuição<br />
mais dividida <strong>de</strong> mídia, a construção <strong>de</strong> um bordão leva<br />
mais tempo e esforço. Importante também é a consistência e continuida<strong>de</strong><br />
das marcas ano após ano na mesma direção.”<br />
Opinião que não é compartilhada por Washington Olivetto, um dos<br />
mais famosos publicitários brasileiros e craque no assunto bordões.<br />
Ele não resume a questão à fragmentação digital ao comentar o sumiço<br />
das frases antológicas nos comerciais.<br />
“Existiam gran<strong>de</strong>s bordões quando existiam gran<strong>de</strong>s conceitos,<br />
criados e trabalhados por gran<strong>de</strong>s talentos. Sem gran<strong>de</strong>s talentos,<br />
não existem gran<strong>de</strong>s conceitos, muito menos gran<strong>de</strong>s bordões. O<br />
resto é algoritmo.”<br />
Aposta<br />
Nesta segunda-feira (<strong>17</strong>), a Record TV começa a exibir na sua<br />
gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação a 6ª temporada da série Reis, agora com a<br />
história <strong>de</strong> Davi, que suce<strong>de</strong>u Saul no trono <strong>de</strong> Israel e governou<br />
por 40 anos. 700 profissionais, diretos e indiretos, estão envolvidos<br />
na superprodução, que tem direção-geral <strong>de</strong> Leo Miranda.<br />
Cada episódio exige entre 66 e 99 horas <strong>de</strong> edição para “as cenas<br />
fortes e realistas, mas sem precisar virar o rosto”, como explica<br />
a autora Cristiane Cardoso, que fala sobre a base bíblica do projeto<br />
Reis - A Conquista. A 7ª e 8ª temporadas serão gravadas em<br />
<strong>2023</strong>.<br />
“Com o aumento <strong>de</strong> informações e o acesso à internet, passamos a<br />
ter mais opções e nos tornamos mais críticos e refinados em relação<br />
à publicida<strong>de</strong>. As mensagens <strong>de</strong> marketing precisam ser mais sutis<br />
e menos invasivas para captar nossa atenção. Além disso, as re<strong>de</strong>s<br />
sociais e as plataformas digitais oferecem novas formas <strong>de</strong> interação<br />
com as marcas, que po<strong>de</strong>m ser mais eficazes do que um simples<br />
bordão”, diz Ricardo Miller, diretor <strong>de</strong> criação da Oliver.<br />
Movimentação<br />
A última semana teve movimentações importantes no mercado<br />
brasileiro <strong>de</strong> agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>. A conta do Santan<strong>de</strong>r saiu<br />
da Suno United Creators, on<strong>de</strong> estava havia seis anos, para a BETC<br />
Havas, <strong>de</strong> Erh Ray. Já a Africa mudou <strong>de</strong> nome para Africa Creative<br />
e vai abrir participação para que outros executivos da agência também<br />
se tornem sócios.<br />
as Mais lidas da seMana no propMark.coM.Br<br />
1ª<br />
2ª<br />
3ª<br />
santan<strong>de</strong>r escolhe Betc<br />
Havas como nova agência<br />
A BETC Havas é a nova agência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, marketing<br />
direto e performance do Santan<strong>de</strong>r no Brasil. A conta ficou sob<br />
responsabilida<strong>de</strong> da Suno United Creators pelos últimos seis anos.<br />
danilo Janjacomo<br />
<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong>ntsu creative<br />
Danilo Janjacomo <strong>de</strong>ixou na semana passada a Dentsu Creative.<br />
O profissional, que era o CCO, foi responsável por um um<br />
time que envolvia criação, <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> conversas e produção.<br />
inovação, tecnologia,<br />
conteúdo: o que esperar<br />
do MMa impact <strong>2023</strong><br />
Realizado na semana passada, em São Paulo, o MMA Impact<br />
reuniu os principais nomes do mercado nacional e internacional,<br />
como o professor Rohit Bhargava, além do Podpah e executivos<br />
<strong>de</strong> multinacionais, como o Mercado Ads.<br />
4ª<br />
A Tech and Soul apresentou uma nova estrutura voltada unicamente<br />
para mídia out of home. Chamada <strong>de</strong> VidaOOH, a operação terá<br />
a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Ana Ventura, head <strong>de</strong> mídia da Tech and Soul.<br />
5ª<br />
tech and soul terá<br />
estrutura focada em ooH<br />
ticketmaster atuará<br />
no mercado brasileiro<br />
A Ticketmaster lançou Ticketmaster Brasil, que terá se<strong>de</strong> em<br />
São Paulo. A chegada da vertente brasileira do site <strong>de</strong> vendas<br />
<strong>de</strong> ingressos faz parte do plano <strong>de</strong> expansão da plataforma.<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 3
Índice<br />
Propaganda<br />
coloca bordões<br />
em segundo plano<br />
Frases e expressões <strong>de</strong><br />
campanhas <strong>de</strong> marcas que<br />
entraram para o imaginário<br />
popular per<strong>de</strong>ram força<br />
no mercado publicitário.<br />
caPa<br />
14<br />
Reprodução<br />
Fotos: Divulgação<br />
enTReViSTa<br />
Ucraniana mgid<br />
fala sobre<br />
contextualização<br />
O CEO da empresa, Sergii Denysenko,<br />
afirma que propor tecnologia contextual<br />
e privacy first para anúncios publicitários<br />
no âmbito digital é uma das expertises<br />
da MGID, que tem escritórios em<br />
12 países, inclusive em São Paulo. pág. 12<br />
mÍdia<br />
Record TV estreia a<br />
superprodução Reis<br />
A sexta temporada da série bíblica Reis, agora<br />
com a história <strong>de</strong> Davi, que suce<strong>de</strong>u Saul<br />
no trono <strong>de</strong> Israel e governou por 40 anos,<br />
começa nesta segunda-feira (<strong>17</strong>). pág. 23<br />
Rodrigo Oliveira/Divulgação<br />
agênciaS<br />
Silva mostra Brasil<br />
real em suas ações<br />
Agência cuja maior parte da equipe é<br />
formada por profissionais pretos tem o<br />
DNA da diversida<strong>de</strong>. Um dos objetivos<br />
é conectar marcas com a brasilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
forma genuína, além <strong>de</strong> acelerar negócios<br />
<strong>de</strong> grupos sub-representados. pág. 25<br />
digiTal<br />
Stone reforça<br />
campanha da marca<br />
Os atributos da marca da maquininha<br />
ver<strong>de</strong> são explorados na mídia com<br />
estratégia da Greenz. A ação Bota pra girar<br />
ilustra o dia a dia do empreen<strong>de</strong>dor que<br />
utiliza os recursos da Stone. pág. 21<br />
editorial ................................................................3<br />
conexões ...............................................................6<br />
curtas ....................................................................8<br />
Quem Fez ............................................................10<br />
inspiração ..........................................................11<br />
entrevista ...........................................................12<br />
mercado ..............................................................14<br />
digital .................................................................20<br />
mídia ...................................................................23<br />
d&ad <strong>2023</strong> .........................................................24<br />
agências .............................................................25<br />
marcas .................................................................28<br />
Opinião ................................................................29<br />
eSg no mKT .........................................................30<br />
click do alê .........................................................31<br />
We love mKT ......................................................32<br />
Supercenas .........................................................33<br />
Última Página ....................................................34<br />
4 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
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conexões<br />
LinkedIn<br />
Post: Conteúdo, produtos<br />
e eventos: Podpah fala<br />
sobre o futuro do hub<br />
Foi incrível!<br />
Podpah<br />
dorinHo<br />
Post: Inovação, tecnologia,<br />
conteúdo: o que esperar do<br />
MMA Impact <strong>2023</strong><br />
Obrigado pelo espaço, PROP-<br />
MARK!<br />
Fabiano Destri Lobo<br />
Post: Itália bane ChatGPT e<br />
aquece <strong>de</strong>bate sobre uso da<br />
tecnologia: até que ponto <strong>de</strong>vemos<br />
temê-la?<br />
É o futuro, está no presente, o<br />
melhor formato é <strong>de</strong> adaptar e incluir<br />
na rotina as funcionalida<strong>de</strong>s,<br />
tudo que é novo assusta, vi<strong>de</strong> o<br />
início das re<strong>de</strong>s sociais, on<strong>de</strong> hoje<br />
existem novas profissões.<br />
Cassio Silva<br />
Post: HandMaker chega ao<br />
mercado com foco em conteúdos<br />
digitais<br />
Obrigado pelo carinho e apoio<br />
<strong>de</strong> sempre!<br />
Emerson Souza<br />
última Hora<br />
CICLO<br />
Durante a fase final do Campeonato Brasileiro <strong>de</strong> Vôlei,<br />
a atleta Nyeme (foto acima), do Gerdau Minas, entrou<br />
em quadra mostrando que estava menstruada. Com a<br />
ação Jogando com Intimus, a marca se tornou a primeira<br />
patrocinadora a fazer parceria com atletas que entram em<br />
uma partida menstruadas, “trazendo visibilida<strong>de</strong> e abrindo<br />
a conversa sobre estigmas criados em relação à prática <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong>s físicas e menstruação”, explica comunicado<br />
do anunciante. Projeto foi <strong>de</strong>senvolvido pela agência FCB<br />
Brasil com aprovação <strong>de</strong> Marisa Cury Cazassa, gerente-<br />
-executiva <strong>de</strong> marketing da Kimberly Clark no Brasil.<br />
STREAMING<br />
Plataforma <strong>de</strong> streaming<br />
gratuita, a Samsung TV<br />
Plus passa a contar com a<br />
programação da CNN, que<br />
já está presente na TV por<br />
assinatura, YouTube, Rádio,<br />
Prime Vi<strong>de</strong>o e antenas<br />
parabólicas (Banda KU).<br />
INOVAÇÃO<br />
Será realizada nesta quintafeira<br />
(20) a edição online<br />
do Panorama Inventta <strong>de</strong><br />
<strong>2023</strong>, que tem como tema<br />
People-driven Innovation.<br />
Com apresentação <strong>de</strong><br />
casos reais <strong>de</strong> inovação da<br />
Re<strong>de</strong> Gazeta, mineradora<br />
Jundu, Aurora e O Boticário,<br />
o evento mostrará<br />
as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
transformação em meios <strong>de</strong><br />
comunicação, no setor <strong>de</strong><br />
commodities, no setor <strong>de</strong><br />
alimentos e no ecossistema<br />
da beleza a partir do<br />
engajamento <strong>de</strong> múltiplas<br />
equipes, li<strong>de</strong>ranças e<br />
colaboradores.<br />
DATA<br />
20 anos olhando para<br />
o futuro é o tema da<br />
campanha criada pela<br />
Galeria.ag para celebrar duas<br />
décadas da Vivo.<br />
MODELO<br />
O grupo gaúcho RBS está<br />
anunciando a evolução do<br />
seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atendimento<br />
comercial por segmentos<br />
da indústria. O plano é<br />
oferecer “as melhores<br />
soluções <strong>de</strong> comunicação<br />
aos clientes”, nas palavras<br />
da executiva Patrícia Fraga<br />
(foto abaixo), diretoraexecutiva<br />
<strong>de</strong> mercado<br />
da empresa. Uma das<br />
iniciativas implantadas é a<br />
Mesa <strong>de</strong> Performance, frente<br />
<strong>de</strong> serviços lançada no ano<br />
passado para melhorar a<br />
eficiência das campanhas a<br />
partir da análise <strong>de</strong> dados e<br />
<strong>de</strong> processos. Outra frente é<br />
o projeto Growth B2B, para<br />
avançar em automação.<br />
6 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
THE<br />
BEST<br />
OF US<br />
Há 33 anos o Marketing Best premia<br />
os maiores cases do marketing<br />
brasileiro. Esse ano o prêmio vem<br />
ainda maior, melhor e com a festa mais<br />
animada, claro. Prepare seus cases.<br />
Marketing Best. Tendência há 30 anos.
CurTas<br />
BETC Havas, Galeria<br />
e WMcCann li<strong>de</strong>ram<br />
ranking <strong>de</strong> agências<br />
Luigi Dias/ Divulgação BETC Havas<br />
As agências somaram R$ 21,2 bilhões em<br />
compra <strong>de</strong> mídia em 2022, alta <strong>de</strong> 7% em<br />
relação ao ano anterior, segundo ranking<br />
do Cenp-Meios. BETC Havas, Galeria,<br />
WMcCann, Africa e Artplan li<strong>de</strong>ram a lista,<br />
antes encabeçada pela WMcCann. Já a<br />
Artplan pulou <strong>de</strong> nono para o quinto lugar.<br />
A BETC, que subiu 13 posições, anunciou<br />
na última quarta-feira (12) a conquista da<br />
conta integral <strong>de</strong> comunicação do Santan<strong>de</strong>r.<br />
O ranking reúne as agências que autorizaram<br />
a sua entrada na relação, e computa<br />
os dados que chegam ao Cenp a partir<br />
<strong>de</strong> informações registradas nos pedidos <strong>de</strong><br />
inserções executados em nome <strong>de</strong> clientes,<br />
sem indicar o anunciante e o veículo.<br />
Além do valor investido, o sistema tabula<br />
meio <strong>de</strong> comunicação, região e estados nos<br />
quais os investimentos foram feitos, sendo<br />
que os dados são apresentados em reais e<br />
dólares, além <strong>de</strong> permitirem a apuração do<br />
share dos meios, regiões e estados no bolo<br />
publicitário. Agência comandada por Erh Ray montou o BETC Havas Café, na Rua Oscar Freire, 1.128, em São Paulo, em 2022<br />
SuSan hOffMan Ganha SãO MarCOS<br />
GOVernO CeleBra CeM diaS<br />
TeCh and SOul lança VidaOOh<br />
Executiva atua como CCO da Wie<strong>de</strong>n+Kennedy<br />
A CCO da Wie<strong>de</strong>n+Kennedy, Susan<br />
Hoffman, receberá o prêmio Leão <strong>de</strong> São<br />
Marcos, homenagem do Cannes Lions a<br />
profissionais com protagonismo na indústria<br />
criativa. Na lista <strong>de</strong> vencedores,<br />
estão Colleen DeCourcy, John Hegarty,<br />
Mary Wells Lawrence e Dan Wie<strong>de</strong>n, além<br />
do brasileiro Marcello Serpa, entre outros<br />
nomes da publicida<strong>de</strong> mundial. “Susan<br />
Hoffman tem sido fundamental para impulsionar<br />
a indústria nos últimos 40 anos,<br />
com trabalho que <strong>de</strong>safia o status quo, a<br />
fim <strong>de</strong> aproveitar a criativida<strong>de</strong> como uma<br />
força <strong>de</strong> progresso”, <strong>de</strong>clarou Philip Thomas,<br />
chairman do Cannes Lions.<br />
Campanha é assinada pela Nacional Comunicação<br />
A campanha O Brasil voltou, criada pela<br />
Nacional Comunicação para a Secretaria<br />
<strong>de</strong> Comunicação Social da Presidência da<br />
República, apresenta o posicionamento do<br />
governo fe<strong>de</strong>ral e as entregas dos primeiros<br />
cem dias da gestão. Com o conceito O<br />
Brasil voltou. Pra cuidar da nossa gente,<br />
os filmes fazem uma releitura da canção<br />
Aquarela do Brasil, <strong>de</strong> Ary Barroso, e mostra<br />
programas como Bolsa Família, Minha<br />
Casa, Minha Vida e Mais Médicos, entre<br />
outros. Rádio, cinema, jornal, outdoors,<br />
mobiliário urbano, merchandising, banners<br />
em portais <strong>de</strong> notícias e conteúdo<br />
para re<strong>de</strong>s sociais integram a estratégia.<br />
Fernanda e Magri (acima), Ferrari, Ana e Costa (embaixo)<br />
VidaOOh é a nova estrutura da Tech and<br />
Soul especializada na mídia out-of-home<br />
(OOH). A head <strong>de</strong> mídia Ana Ventura li<strong>de</strong>ra<br />
a operação. No digital, a agência anuncia<br />
a contratação <strong>de</strong> Fernanda Vasconcelos<br />
como diretora <strong>de</strong> mídia digital e performance.<br />
Na criação, Guga Dias da Costa,<br />
que foi diretor <strong>de</strong> arte pelos últimos quatro<br />
anos, passa a atuar como diretor <strong>de</strong> criação.<br />
Ele forma dupla com Daniel Magri,<br />
que era diretor <strong>de</strong> criação e assumiu o cargo<br />
<strong>de</strong> diretor-executivo <strong>de</strong> criação (ECD).<br />
C6Bank, Click Bus, Youse e B3 estão entre<br />
as contas atendidas. Já Juliano Ferrari foi<br />
promovido a head <strong>de</strong> criação digital.<br />
Diretor-presi<strong>de</strong>nte e<br />
jor na lis ta res pon sá vel<br />
Ar man do Fer ren ti ni<br />
Editora-chefe: Kelly Dores<br />
Editores: Neu sa Spau luc ci, Paulo<br />
Macedo e Alê Oliveira (Fotografia)<br />
Editores-assistentes: Janaina<br />
Langsdorff e Vinícius Novaes<br />
Editor especial: Pedro Yves<br />
Repórter: Carolina Vilela<br />
Revisor: José Carlos Boanerges<br />
Edição <strong>de</strong> Arte: Adunias Bispo da<br />
Luz<br />
Diagramador Pleno: Lucas<br />
Boccatto<br />
Departamento Comercial<br />
Gerentes: Mel Floriano<br />
mel@editorareferencia.com.br<br />
Tel.: (11) 2065-0748<br />
Monserrat Miró<br />
monserrat@editorareferencia.com.br<br />
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Diretor Executivo: Tiago A. Milani<br />
Ferrentini<br />
tamf@editorareferencia.com.br<br />
Assinaturas:<br />
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Demais estados: 0800 704 4149<br />
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Redação: Rua Fran çois Coty, 228<br />
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O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia Ltda.<br />
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opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />
IMPRESSO EM CASA<br />
8 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
PROPMARK DIGITAL<br />
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O QUE ACONTECE NO<br />
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SENDO QUE OS PLANOS ANUAIS PODEM SER PARCELADOS EM ATÉ 6X SEM JUROS.<br />
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57 ANOS. DE VIDA.
quEm fEz<br />
Paulo Macedo paulo@propmark.com.br<br />
LOVERS<br />
Até o dia 15 <strong>de</strong> maio, marca <strong>de</strong> comida rápida<br />
permite que consumidores levem dois sanduíches<br />
pelo preço <strong>de</strong> um por meio <strong>de</strong> pontos<br />
no Clube BK, <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização do anunciante. O<br />
retorno da ação vem para reforçar e engajar<br />
os lovers da marca, como explica comunicado.<br />
Promoção válida para todos os canais <strong>de</strong><br />
venda, inclusive iFood.<br />
DaViD<br />
BURGER KING BRASIL<br />
Fotos: Divulgação<br />
Título: Saia do BK Sem Pagar; ECDs: Edgard Gianesi<br />
e Renata Leão; diretores <strong>de</strong> criação: Fabrício<br />
Pretto e Rogério Chaves; produtora: Violeta; diretor:<br />
Will Mazzola; aprovação: Ariel Grunkraut, Juliana<br />
Cury, Daniel Packness, Pedro Laguárdia, Larissa<br />
Zanardi, Thais Martins e Ja<strong>de</strong> Solano.<br />
PLANTA<br />
Provedora <strong>de</strong> conteúdo audiovisual por<br />
assinatura faz brinca<strong>de</strong>ira com ‘pessoas<br />
planta’ em dois filmes (Casal e Irmãos). “A<br />
questão central da campanha está no acesso<br />
a uma programação rica e completa para<br />
que ninguém seja uma pessoa <strong>de</strong> conteúdo<br />
limitado”, explica Débora Pinto, gerente <strong>de</strong><br />
branding e mídia off da empresa.<br />
FCB BRasil<br />
SKY<br />
Título: Não vire planta; produto: aquisições;<br />
CEO: Ricardo John; atendimento: Débora Pinto;<br />
produtora: Compañia; diretor: Thiago Vieira;<br />
diretor <strong>de</strong> arte: Thiago Cusak; aprovação: Débora<br />
Pinto, Giovanna Giannotti, Juliana Torres,<br />
Patrícia Monkowski e Tony Gobi.<br />
VERDADE<br />
Imagens hiper-realistas produzidas com<br />
apoio <strong>de</strong> inteligência artificial são usadas pela<br />
marca para gerar provocação a respeito do<br />
que é real ou não na era da pós-verda<strong>de</strong>. Além<br />
<strong>de</strong> um olhar sem estereótipos da realida<strong>de</strong> da<br />
cultura brasileira. Resultado é fruto da parceria<br />
com o casal <strong>de</strong> artistas Kevin Saltarelli e<br />
Carlos Sales, do SAL2 Studio.<br />
House CHilli Beans<br />
CHILLI BEANS<br />
Título: Se não existe, a gente inventa; diretor <strong>de</strong><br />
criação: José Caporrino; head <strong>de</strong> arte: Murillo<br />
Yoshida; diretores <strong>de</strong> arte: Kauê Andra<strong>de</strong> e Rafael<br />
Antunes; redatores: Juliana Covre e Vinicius Targa;<br />
social media: Raphaela Capobiango; aprovação:<br />
Cauê Sanchez e José Caporrino.<br />
10 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
inspiração<br />
pelo uso do modo avião consciente<br />
Fotos: Arquivo Pessoal e Divulgação<br />
“Há menos <strong>de</strong> 20 anos, a internet ainda era discada e os computadores<br />
não saíam <strong>de</strong> casa, muito menos sonhávamos tê-los na palma da mão”<br />
Fernando Sahb<br />
especial para o ProPMarK<br />
Recentemente pousei no Rio e, quando o<br />
avião tocou o chão, me <strong>de</strong>i conta <strong>de</strong> que<br />
não vi o Pão <strong>de</strong> Açúcar.<br />
Não porque o avião tenha pousado<br />
pelo lado “errado” do Santos Dumont,<br />
mas, simplesmente, porque escolhi usar<br />
os 45 minutos <strong>de</strong> voo para <strong>de</strong>sfrutar da<br />
oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organizar uma caixa <strong>de</strong><br />
entrada em que trocentos e-mails se empilhavam<br />
há dias.<br />
E me pergunto o que teria feito mais pelo<br />
meu dia: a glória <strong>de</strong> uma caixa zerada – ainda<br />
que isso não fosse se manter real no primeiro<br />
contato com wi-fi – ou a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> contemplar uma das paisagens mais<br />
estarrecedoras do mundo, impossível <strong>de</strong> se<br />
acostumar mesmo para quem voa o trecho<br />
frequentemente?<br />
Em tempos <strong>de</strong> economia da atenção, será<br />
que não estamos fazendo escolhas pobres<br />
em termos <strong>de</strong> algo tão rico?<br />
Quantas trocas <strong>de</strong> história per<strong>de</strong>mos<br />
vidrados em telas e com a audição que se<br />
isola no fone?<br />
Com o que estamos <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> alimentar<br />
a nossa subjetivida<strong>de</strong>, mãe das<br />
i<strong>de</strong>ias e insights?<br />
Noto que, especialmente no mercado<br />
publicitário, a pressão para estar não só a<br />
par como à frente <strong>de</strong> tudo é constante.<br />
A campanha nunca antes feita é a expectativa<br />
“simples” que se coloca a cada novo<br />
briefing.<br />
E, assim, o banheiro é otimizado para<br />
respon<strong>de</strong>r o WhatsApp, ativida<strong>de</strong>s cotidianas<br />
como lavar a louça viram tempo para<br />
ouvir podcasts (afinal, precisamos também<br />
estar sempre atualizados!). Ou seja, vamos<br />
tratando tudo como tarefas, até absorver<br />
algo novo e motivador. O que <strong>de</strong>veria ter o<br />
papel <strong>de</strong> informar, entreter, inspirar nem<br />
sempre funciona como tal.<br />
Para falar sobre inspiração, penso nessa<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção e retenção cada vez<br />
mais reduzida, lutando pela sobrevivência<br />
em uma atmosfera on<strong>de</strong> somos bombar<strong>de</strong>ados<br />
por informação e fingimos estar adaptados<br />
a isso.<br />
Há menos <strong>de</strong> 20 anos, a internet ainda<br />
era discada e os computadores não saíam<br />
conosco <strong>de</strong> casa, muito menos sonhávamos<br />
tê-los na palma da mão.<br />
Como tudo na vida, é preciso processar,<br />
e o nosso HD às vezes não atualiza os sistemas<br />
com tamanha precisão.<br />
Recomendo fortemente, antes que as<br />
i<strong>de</strong>ias se mostrem repetitivas e cansadas,<br />
sem conseguir sair do lugar, corramos – literalmente<br />
– para as montanhas. Ou para<br />
praias, cachoeiras, pedras, qualquer lugar<br />
on<strong>de</strong> possamos respirar e dar um refresh.<br />
Ao nos <strong>de</strong>sconectarmos da necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> estar ligados e performando o tempo<br />
todo, nos conectamos com o que nos torna<br />
melhores: a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abstrair, <strong>de</strong> sentir<br />
livremente, criar pontes e laços imagéticos<br />
e imaginários que nos fazem enxergar o<br />
que não está diante dos olhos, as soluções<br />
não óbvias que tanto buscamos entre infinitas<br />
reuniões em que estamos <strong>de</strong> corpo presente<br />
e WhatsApp bombando.<br />
Ao menor sinal <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias embaralhadas,<br />
recorramos à calmaria <strong>de</strong> contemplar, seja<br />
o silêncio, seja o som alto <strong>de</strong> uma música<br />
que coloque o corpo para dançar pelo sentir,<br />
seja o Cristo Re<strong>de</strong>ntor dando tchau <strong>de</strong><br />
longe pela janela do avião.<br />
Fernando Sahb é head <strong>de</strong> social e influência da<br />
Galeria.ag<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 11
enTreviSTA<br />
Sergii DenySenko<br />
CEO global da MGID<br />
MeTA É ApoiAr<br />
oS publiSherS<br />
e porTAiS<br />
ucrAniAnoS<br />
Propor conexões com audiências por meio <strong>de</strong><br />
tecnologia contextual e tecnologia privacyfirst<br />
para anúncios publicitários no âmbito<br />
digital é uma das expertises da ucraniana<br />
MGID, que tem inventário próprio <strong>de</strong> publishers<br />
(portais <strong>de</strong> notícias premium). Segundo o CEO da<br />
empresa, Sergii Denysenko, a invasão da Rússia ao<br />
seu país causou muitos problemas, mas transferiu a<br />
se<strong>de</strong> para Santa Mônica (EUA) e tem operação em São<br />
Paulo e outros 12 países, em 70 idiomas. Sergii mora<br />
na Itália e mantém operação na Ucrânia, na capital<br />
Kyiv, com foco em inteligência e <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
Paulo Macedo<br />
Como o conflito armado na Ucrânia<br />
interferiu na gestão do negócio?<br />
Des<strong>de</strong> o fim <strong>de</strong> 2021, tivemos<br />
conversas sobre a possibilida<strong>de</strong><br />
da invasão, mas o cenário <strong>de</strong><br />
uma guerra <strong>de</strong>ssa magnitu<strong>de</strong><br />
parecia ser completamente ilógico<br />
e impossível. De qualquer<br />
maneira, nos preparamos para<br />
diferentes cenários a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<br />
do <strong>de</strong>senrolar da situação. A<br />
MGID é uma empresa global e,<br />
enquanto a maioria dos nossos<br />
times <strong>de</strong> negócios ficam alocados<br />
próximos aos clientes, o<br />
time <strong>de</strong> tecnologia e o back-office<br />
ficam sediados na Ucrânia.<br />
Essa <strong>de</strong>scentralização nos ajudou<br />
a manter a nossa capacida<strong>de</strong><br />
operacional na íntegra. Não<br />
mudamos absolutamente nada<br />
na parte técnica, já que usamos<br />
uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> servidores bastante<br />
resistente sem presença física<br />
na Ucrânia. Mas, servidores<br />
e software não são nada sem<br />
as pessoas e os nossos colaboradores,<br />
que representaram a<br />
parte mais importante do planejamento.<br />
Criamos um plano <strong>de</strong><br />
evacuação com base em diferentes<br />
cenários, mas nenhum <strong>de</strong>les<br />
incluía mísseis atingindo áreas<br />
resi<strong>de</strong>nciais na capital. Dois dias<br />
antes da invasão, nós também<br />
reservamos todos os quartos em<br />
hotel na zona oeste do país, o<br />
que nos ajudou a realocar nossos<br />
colaboradores para áreas<br />
seguras e provi<strong>de</strong>nciar todo o<br />
suporte necessário para o seu<br />
bem-estar. Apesar da guerra em<br />
andamento, o nosso comprometimento<br />
com os clientes permaneceu<br />
firme.<br />
A empresa <strong>de</strong>ixou a Ucrânia?<br />
O número total <strong>de</strong> colaboradores<br />
ucranianos na MGID é<br />
<strong>de</strong> 489, com aproximadamente<br />
120 vivendo atualmente fora<br />
do país. Esse número foi praticamente<br />
o dobro em março do<br />
ano passado, o que significa que<br />
aproximadamente 50% dos colaboradores<br />
ucranianos foram<br />
forçados a <strong>de</strong>ixar suas casas e<br />
irem para outros países. No entanto,<br />
com o passar do tempo,<br />
enquanto Kyiv resistia à invasão<br />
russa, nossos colegas começaram<br />
a voltar para casa. Então,<br />
naturalmente, o escritório <strong>de</strong><br />
Kyiv ainda está funcionando<br />
normalmente. Na verda<strong>de</strong>,<br />
quando os militares russos começaram<br />
a atacar a infraestrutura<br />
<strong>de</strong> energia da Ucrânia, em<br />
novembro <strong>de</strong> 2022, o escritório<br />
chegou até a ficar lotado novamente,<br />
pois o equipamos com<br />
geradores, um Starlink e baterias,<br />
além <strong>de</strong> termos feito um<br />
estoque com fornecimento <strong>de</strong><br />
água e montarmos um local para<br />
tomar banho. Fazer reuniões e<br />
encontros no escritório traz uma<br />
sensação <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong> (mesmo<br />
que seja a curto prazo) à nossa<br />
equipe que está na Ucrânia,<br />
apesar dos apagões regulares<br />
e bombar<strong>de</strong>ios <strong>de</strong> mísseis (<strong>de</strong><br />
qualquer forma, antes mesmo<br />
da invasão, já trabalhávamos<br />
com o mo<strong>de</strong>lo home office).<br />
Como trata o mercado ucraniano?<br />
Provamos ser resilientes, focados<br />
em nossos negócios, e até<br />
mesmo capaz <strong>de</strong> crescer durante<br />
esse período turbulento na<br />
Ucrânia. O mesmo aconteceu<br />
com diversas empresas ucranianas.<br />
O mercado ucraniano<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> digital caiu 42%<br />
em 2022 por causa da eclosão da<br />
guerra. Mas está se recuperando<br />
gradualmente – as empresas<br />
estão encontrando novas maneiras<br />
<strong>de</strong> operar, explorando<br />
novos mercados e se adaptando<br />
rapidamente às mudanças e circunstâncias<br />
operacionais. Para<br />
apoiar os publishers e portais<br />
ucranianos, a MGID tem compartilhado<br />
90% <strong>de</strong> seus ganhos<br />
com eles, cobrando apenas pelos<br />
custos operacionais.<br />
A Rússia era um gran<strong>de</strong> mercado<br />
para a MGID?<br />
A empresa era lí<strong>de</strong>r como plataforma<br />
<strong>de</strong> recomendação <strong>de</strong><br />
conteúdo nativo na Rússia, mas<br />
fizemos questão <strong>de</strong> encerrar todas<br />
as operações com o país <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
o princípio da invasão, assim<br />
como paramos <strong>de</strong> trabalhar com<br />
todos os publishers russos.<br />
Uma medida foi romper com a russa<br />
SemRush?<br />
Encerramos nossas operações<br />
na Rússia, assim como fizeram<br />
diversas empresas ucranianas<br />
e globais. Até agora quase mil<br />
companhias restringiram ou retiraram<br />
operações. Nós também<br />
nos certificamos que não usamos<br />
nenhum produto ou serviço<br />
com origem russa (Tilda, Convead,<br />
Unisen<strong>de</strong>r, Semrush etc.).<br />
As empresas <strong>de</strong>vem pensar duas<br />
vezes antes <strong>de</strong> manter “os negócios<br />
como sempre” na Rússia. A<br />
era da mídia digital trouxe uma<br />
transparência sem prece<strong>de</strong>ntes,<br />
com as marcas sendo flagradas –<br />
e <strong>de</strong>nunciadas – <strong>de</strong> forma muito<br />
mais fácil do que era antes. Manter-nos<br />
fiéis e alinhados aos nossos<br />
valores como marca é uma<br />
questão ética muito importante<br />
para toda a empresa.<br />
Como usou o inventário que mantinha<br />
na Rússia?<br />
Tínhamos espaços <strong>de</strong> anúncios<br />
em praticamente 80%<br />
dos portais russos <strong>de</strong> notícias.<br />
Então, como maneira <strong>de</strong> combater<br />
a <strong>de</strong>sinformação sobre a<br />
guerra, a MGID uniu forças com<br />
mais <strong>de</strong> 50 empresas, incluindo<br />
o Ministério Ucraniano <strong>de</strong><br />
Transformação Digital e a IAB<br />
Ucrânia, para lançar campanhas<br />
contra fake news e falar sobre<br />
a situação atual da Ucrânia. Os<br />
anúncios traziam à tona a verda<strong>de</strong><br />
sobre o que estava acontecendo<br />
na Ucrânia, <strong>de</strong>rrubando o<br />
argumento usado por Putin <strong>de</strong><br />
que era apenas “uma operação<br />
militar especial” e revelando<br />
fatos reais como o número <strong>de</strong><br />
soldados <strong>de</strong>signados. Durante o<br />
período da campanha, tivemos<br />
mais <strong>de</strong> 83 milhões <strong>de</strong> interações<br />
com as peças.<br />
O conhecimento da marca MGID<br />
cresceu <strong>de</strong>pois do conflito?<br />
A nossa presença já era relevante<br />
no mercado global AdTech,<br />
assim como na imprensa<br />
(Exchange Wire, Business Insi<strong>de</strong>r,<br />
Ad Exchanger, Martech<br />
etc.), o que nos possibilitou<br />
atrair várias empresas globais <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong> e tecnologia que nos<br />
abordaram com propostas cooperativas<br />
para comunicar nossa<br />
carta aberta à indústria e combater<br />
a propaganda russa <strong>de</strong> forma<br />
voluntária.<br />
12 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
Recebeu ajuda <strong>de</strong> agências, publishers<br />
e <strong>de</strong> anunciantes para manter-se<br />
<strong>de</strong> pé e com suas ativida<strong>de</strong>s?<br />
Nós realmente recebemos<br />
bastante ajuda dos nossos clientes<br />
e parceiros <strong>de</strong> todos os locais<br />
do mundo, assim como fizemos<br />
praticamente tudo que podíamos<br />
para aproveitar o interesse<br />
crescente do mundo inteiro nas<br />
empresas ucranianas com o objetivo<br />
<strong>de</strong> compartilhar a verda<strong>de</strong><br />
sobre o que estava acontecendo<br />
no nosso país, como forma <strong>de</strong><br />
trazer mais conhecimento para<br />
a nossa causa e combater a <strong>de</strong>sinformação.<br />
Como os serviços da MGID contribuem<br />
para as áreas <strong>de</strong> mídia das<br />
agências? E dos anunciantes?<br />
Nossa missão é impulsionar o<br />
crescimento das vendas ao atuar<br />
como conselheiro profissional<br />
para os nossos clientes, ao mesmo<br />
tempo em que oferecemos<br />
um excelente suporte e soluções<br />
que aumentam a performance,<br />
em um ambiente brand safety.<br />
A programática ganhou novo fôlego?<br />
A publicida<strong>de</strong> nativa programática<br />
significa literalmente conseguir<br />
mais assertivida<strong>de</strong> com o<br />
uso da automação: o processo <strong>de</strong><br />
tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão não está mais<br />
nas mãos dos compradores <strong>de</strong> mídia.<br />
No cenário dos anúncios nativos,<br />
a publicida<strong>de</strong> programática<br />
oferece a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alcançar<br />
uma segmentação perfeita em<br />
vários canais. No entanto, esse<br />
formato ainda representa uma<br />
pequena fatia do mercado digital:<br />
os publishers parecem estar<br />
preparados para adotá-lo, mas os<br />
anunciantes estão sendo cuidadosos.<br />
A publicida<strong>de</strong> programática<br />
é brilhante, enquanto a publicida<strong>de</strong><br />
nativa é criativa. Quando<br />
a ciência e a arte se unem, nasce<br />
algo gran<strong>de</strong> e significativo. A publicida<strong>de</strong><br />
nativa programática<br />
tem um gran<strong>de</strong> futuro.<br />
“Paramos <strong>de</strong><br />
trabalhar<br />
com todos os<br />
Publishers<br />
russos”<br />
Divulgação<br />
E a publicida<strong>de</strong> contextual?<br />
Representa uma alternativa<br />
eficaz para atingir e engajar o<br />
público-alvo ao mesmo tempo<br />
em que respeita as regras <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong>.<br />
Temos uma solução<br />
própria <strong>de</strong> inteligência contextual<br />
que usa compreensão semântica<br />
<strong>de</strong> linguagem, intenção e<br />
pesquisa no site, para encontrar<br />
o posicionamento mais apropriado<br />
para um anúncio. Por usar a<br />
análise contextual das páginas<br />
dos publishers em vez <strong>de</strong> informações<br />
pessoais dos usuários,<br />
a solução protege a privacida<strong>de</strong><br />
dos dados, principalmente se<br />
comparar à segmentação comportamental<br />
tradicional. Esses<br />
avanços permitem que os anunciantes<br />
i<strong>de</strong>ntifiquem interesses<br />
dos usuários e posicionem suas<br />
campanhas nos locais exatos.<br />
Quais os diferenciais da MGID para<br />
as concorrentes diretas como Outbrain<br />
e Taboola? E Teads?<br />
A concorrência também usa<br />
tecnologia, mas a mo<strong>de</strong>ração<br />
local e o atendimento ao cliente<br />
são fatores bastante importantes<br />
no nosso cenário. Sabemos<br />
que há várias empresas <strong>de</strong> porte<br />
médio com bastante trabalho<br />
manual para realizar as suas<br />
tarefas do dia a dia, que essa ajuda<br />
extra que proporcionamos<br />
é extremamente necessária.<br />
Como se a<strong>de</strong>qua às restrições dos<br />
cookies?<br />
Nós utilizamos a Seller Defined<br />
Audiences (SDA), que é<br />
uma especificação técnica que<br />
possibilita que os publishers<br />
monetizem as suas audiências<br />
sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar<br />
um ID único ou revelar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
do usuário para os anunciantes.<br />
Em parceria com a nossa<br />
solução <strong>de</strong> inteligência contextual<br />
– que compreen<strong>de</strong> o significado<br />
do conteúdo e o seu sentimento,<br />
e inclusive já ganhou o<br />
prêmio MarTech Breakthrough<br />
Awards – a SDA permite que os<br />
portais <strong>de</strong> notícias dimensionem<br />
as suas audiências com dados<br />
first-party e <strong>de</strong>finam quem<br />
são os usuários mais ativos e engajados.<br />
“Publicida<strong>de</strong><br />
ProGramÁtica<br />
É brilhaNte”<br />
E como trabalha as questões da<br />
LGPD?<br />
Nossa política <strong>de</strong> brand safety<br />
inclui mo<strong>de</strong>radores manuais<br />
para fazer uma checagem<br />
apurada toda vez que entra um<br />
novo site na nossa plataforma e<br />
garantir que o nosso padrão seja<br />
mantido.<br />
ChatGPT e MidJourney estão na<br />
pauta?<br />
Sim, estamos criando uma<br />
solução que vai revolucionar a<br />
produção <strong>de</strong> imagens para os<br />
anunciantes com inteligencia<br />
artificial generativa. Usando a<br />
tecnologia do DALL·E 2, ferramenta<br />
que foi criada pela Open<br />
AI (a mesma fundadora do<br />
ChatGPT).<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 13
MERCADO<br />
Fragmentação digital tirou o bordão<br />
<strong>de</strong> cena na criação publicitária<br />
Frases e expressões em comerciais que caíam no gosto popular e se<br />
tornaram clássicas são cada vez mais raras na propaganda brasileira<br />
Pedro Yves<br />
Os bordões saíram <strong>de</strong> moda na publicida<strong>de</strong>?<br />
Primeiramente, vale esclarecer que<br />
o bordão nada mais é do que uma frase ou<br />
expressão que caiu no gosto popular. Mas<br />
a impressão que se tem é que o bordão na<br />
propaganda “tomou Doril... e sumiu”. Ao<br />
longo <strong>de</strong> décadas, os criativos brasileiros<br />
criaram bordões a partir <strong>de</strong> paródias <strong>de</strong> expressões<br />
populares que se tornaram clássicos.<br />
Quem não se lembra <strong>de</strong> frases e expressões<br />
que marcaram época como “Não<br />
é assim uma Brastemp”, “Bonita camisa,<br />
Fernandinho”, “51, uma boa i<strong>de</strong>ia”, “Skol<br />
<strong>de</strong>sce redondo”, “1001 utilida<strong>de</strong>s”, entre<br />
tantas outras guardadas na memória popular<br />
que hoje quase não se ouve mais na<br />
mídia? Essas frases marcantes tinham alta<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fixar na mente das pessoas<br />
e aumentar o share of mind da marca ou<br />
produto.<br />
O bordão geralmente aparecia em comerciais<br />
nos canais <strong>de</strong> TV aberta, em spots<br />
<strong>de</strong> rádio e em anúncios impressos, ou seja,<br />
seu espaço era a mídia tradicional. Agora,<br />
na era das re<strong>de</strong>s sociais, as marcas, agências<br />
e profissionais <strong>de</strong> social media monitoram<br />
os assuntos mais discutidos no<br />
Twitter para bolar posts <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />
que gerem os famosos “likes” e compartilhamentos,<br />
ou virar um meme replicado<br />
via internet.<br />
“O bordão tem sido cada vez menos<br />
utilizado por conta, em gran<strong>de</strong> parte, das<br />
mudanças no nosso comportamento e na<br />
forma como consumimos mídia. Com o<br />
aumento da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações<br />
e o acesso à internet, passamos a ter<br />
mais opções e nos tornamos mais críticos<br />
e refinados em relação à publicida<strong>de</strong>. As<br />
mensagens <strong>de</strong> marketing precisam ser<br />
mais sutis e menos invasivas para captar<br />
nossa atenção. Além disso, as re<strong>de</strong>s sociais<br />
e as plataformas digitais oferecem novas<br />
formas <strong>de</strong> interação com as marcas, que<br />
po<strong>de</strong>m ser mais eficazes do que um simples<br />
bordão”, diz Ricardo Miller, diretor<br />
<strong>de</strong> criação da Oliver. “Com uma distribuição<br />
mais dividida <strong>de</strong> mídia, a construção<br />
<strong>de</strong> um bordão leva mais tempo e esforço.<br />
Importante também é a consistência e<br />
continuida<strong>de</strong> das marcas ano após ano na<br />
mesma direção”, completa Laura Esteves,<br />
VP <strong>de</strong> criação da DM9.<br />
Washington Olivetto, um dos mais famosos<br />
publicitários brasileiros e craque<br />
no assunto bordões, não resume a questão<br />
O ator Carlos Moreno interpretou diversos personagens em campanhas da Bombril criadas pela DPZ nos anos 1970<br />
“O bOrdãO tem sidO cada<br />
vez menOs utilizadO pOr<br />
cOnta, em gran<strong>de</strong> parte,<br />
das mudanças nO nOssO<br />
cOmpOrtamentO e na fOrma<br />
cOmO cOnsumimOs mídia”<br />
Reprodução<br />
à fragmentação digital e põe o <strong>de</strong>do numa<br />
ferida da publicida<strong>de</strong> atual ao comentar o<br />
sumiço das frases antológicas nos comerciais:<br />
“existiam gran<strong>de</strong>s bordões quando<br />
existiam gran<strong>de</strong>s conceitos, criados e trabalhados<br />
por gran<strong>de</strong>s talentos. Sem gran<strong>de</strong>s<br />
talentos, não existem gran<strong>de</strong>s conceitos,<br />
muito menos gran<strong>de</strong>s bordões. O<br />
resto é algoritmo”.<br />
O PROPMARK ouviu a opinião <strong>de</strong> diversos<br />
profissionais brasileiros sobre o tema.<br />
Leia os <strong>de</strong>poimentos nas páginas 16 e <strong>17</strong>.<br />
14 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
Fotos: Divulgação<br />
Laura Esteves: mídia mais dividida exige mais tempo na construção do bordão<br />
FOnTE: TOp OF MinD DA FOlHA DE s.pAulO<br />
Olivetto: “Existiam gran<strong>de</strong>s bordões quando existiam gran<strong>de</strong>s conceitos”<br />
Alguns BORDõEs FAMOsOs DA puBliCiDADE<br />
• ‘não é assim uma Brastemp’<br />
Já incorporado à lista <strong>de</strong> expressões nacionais, ficou famoso nos comerciais bemhumorados<br />
protagonizados pela dupla Arthur Kohl e Wandi Doratiotto.<br />
É criação <strong>de</strong> 1992, da agência Talent.<br />
• “51, uma boa i<strong>de</strong>ia”<br />
Um dos mais longevos e bem-sucedidos bordões da publicida<strong>de</strong> nacional, foi criado<br />
em 1978 por Magy Imoberdof, na agência on<strong>de</strong> era sócia: a Lage, Magy, Stabel<br />
& Guerreiro. Com receio <strong>de</strong> que o anunciante pu<strong>de</strong>sse rejeitar qualquer i<strong>de</strong>ia que<br />
partisse <strong>de</strong> uma mulher, porque as pesquisas apontavam que o público feminino<br />
abominava cachaça, a publicitária escon<strong>de</strong>u durante cinco anos a autoria da i<strong>de</strong>ia.<br />
• “Tomou Doril, a dor sumiu”<br />
A atriz Cláudia Mello estrelou a bem-sucedida campanha do comprimido Doril no<br />
fim da década <strong>de</strong> 1970, criada pelo publicitário Agnelo Pacheco. O slogan “Tomou<br />
Doril, a dor sumiu” entrou no vocabulário popular na época.<br />
• “Bonita camisa, Fernandinho”<br />
Esse bordão foi criado em 1984, para uma propaganda da marca <strong>de</strong> roupas USTOP,<br />
pela Agência Talent.<br />
• “Amo muito tudo isso”<br />
O slogan do McDonald’s começou a ser utilizado pela empresa em 2003 e faz<br />
parte da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da marca até hoje, tornando-se um dos bordões mais<br />
memoráveis da publicida<strong>de</strong>.<br />
• “Dedicação total a você”<br />
Nasceu em 1970, como homenagem a clientes e colaboradores da re<strong>de</strong> Casas Bahia.<br />
Nos anos 1990, foi entoado até por Pelé, então garoto-propaganda da marca.<br />
• “1.001 utilida<strong>de</strong>s”<br />
Repetida nos comerciais estrelados pelo garoto-propaganda Carlos Moreno<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1978, a frase da marca Bombril pegou e virou sinônimo <strong>de</strong> uma pessoa<br />
multifuncional. Foi criada pela agência DPZ.<br />
• “É gripe? Benegrip”<br />
O slogan simples e direto, que brinca com a rima, funcionou tanto que a resposta<br />
à pergunta “É gripe?” vem automaticamente à cabeça. Foi lançado pela agência<br />
in-house da Hypera Pharma, dona da marca.<br />
• “Just do it”<br />
Um dos slogans mais conhecidos do mundo, criada em 1988 para a Nike por Dan<br />
Wie<strong>de</strong>n, cofundador da agência Wie<strong>de</strong>n+Kennedy. O americano criou a frase – em<br />
português, “simplesmente faça” – inspirado pela <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> um homem que<br />
estava prestes a ser executado.<br />
• “Feito para você”<br />
Uma das campanhas <strong>de</strong> maior sucesso do banco Itaú, foi criada em 2001 pelo<br />
publicitário Nizan Guanaes, então à frente da agência Africa. O objetivo era falar<br />
diretamente com consumidores <strong>de</strong> perfis variados, e a assinatura ganhou adaptações<br />
<strong>de</strong> acordo com o público: em Salvador, virou “Meu rei. O Itaú foi feito para você”.<br />
• “skol <strong>de</strong>sce redondo”<br />
Um clássico brasileiro, surgiu em 1997, quando a agência F/Nazca criou a campanha<br />
“Raio-X”, que trazia o bordão. Pegou tanto que virou o slogan oficial da marca.<br />
• “Você conhece, você confia”<br />
É <strong>de</strong> um consumidor a autoria <strong>de</strong> um dos slogans mais famosos da montadora<br />
Volkswagen. A i<strong>de</strong>ia do paulista Francisco Carlos Fontanelli foi a escolhida entre<br />
outras 140 mil sugestões em um concurso nacional <strong>de</strong> 1988. Adotado apenas no<br />
mercado brasileiro, circulou até 2004.<br />
• “Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida começa com Qualy”<br />
Em 1991, a marca da BRF <strong>de</strong>u início a uma série <strong>de</strong> comerciais no estilo novela que<br />
mostravam a presença da margarina no dia a dia das famílias brasileiras, produzidos<br />
pela DPZ. Ao fim dos ví<strong>de</strong>os, era exibida a frase que virou slogan, adotado até 2018.<br />
• “Os nossos japoneses são melhores que os japoneses dos outros”<br />
A expressão surgiu em 1991, em campanhas da Semp, que se fundiu com a japonesa<br />
Toshiba. Elas brincavam com estereótipos sobre o público nipônico, ligando-o a<br />
valores positivos como tecnologia e qualida<strong>de</strong>. Assinado pela Talent, o slogan ganhou<br />
versões do tipo “Os nossos japoneses são mais criativos que os japoneses dos outros”.<br />
• “Red Bull te dá asas”<br />
Do original “Red Bull gives you wings”, veiculado pela primeira vez em comerciais<br />
do início dos anos 2000. O slogan é adotado nos cerca <strong>de</strong> 160 países on<strong>de</strong> a<br />
marca austríaca é comercializada, traduzido para seus respectivos idiomas –<br />
inclusive, com três vogais: “Red Bull te dá aaasas”.<br />
• “Refresca até pensamento”<br />
A i<strong>de</strong>ia foi do publicitário Fabio Fernan<strong>de</strong>s, um dos fundadores da F/Nazca, em<br />
1999. Ao longo da história, a cerveja Brahma lançou outros slogans <strong>de</strong> sucesso,<br />
caso do anterior “A número 1”, criado pela Fischer América em 1991.<br />
• “Hellmann’s, a verda<strong>de</strong>ira maionese”<br />
De 1962, quando o produto da empresa americana começou a ser comercializado<br />
no Brasil, é usado até hoje. Estampado nas embalagens, foi uma adaptação da<br />
agência MPM para a original “Bring out the best” (“Traga o melhor”).<br />
• “Abuse e use C&A”<br />
Lançado no início da década <strong>de</strong> 1990 pela agência Avanti, virou um marco da<br />
época com Sebastian Fonseca, um dos primeiros garotos-propaganda negros da<br />
televisão no Brasil.<br />
• “nescau, energia que dá gosto”<br />
Tanto cinquentões quanto os jovens <strong>de</strong> hoje conhecem esse slogan, lançado em<br />
1972 pela JWT para divulgar o achocolatado. Os comerciais da época exibiam<br />
diferentes aventuras vividas pelas crianças, que exigiam a tal energia.<br />
• “põe na Consul”<br />
Campanha lançada em 1978 gerou outro bordão popular: quando alguém não<br />
queria falar sobre algum assunto, dizia apenas “Põe na Consul”.<br />
• “s <strong>de</strong> saudável. s <strong>de</strong> sadia”<br />
Surgida entre os anos 1980 e 1990, a expressão brinca com a letra S, que virou<br />
ícone da marca, ao lado da mascote Lek Trek. De lá para cá, variações foram<br />
criadas, caso <strong>de</strong> “A vida com S é mais gostosa”.<br />
• “O sol na medida certa”<br />
O mote criado para o protetor solar Sundown assinado pela DPZ foi lançado em 1984,<br />
voltado a conscientizar o consumidor sobre os perigos <strong>de</strong> tomar sol em excesso.<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 15
MERCADO<br />
Wilson Mateos<br />
Sócio e co-cco da 11:11<br />
“Mas como você garante que esse bordão<br />
vai pegar?”. Se você já teve um bordão que<br />
se tornou popular ou não, <strong>de</strong> toda forma já<br />
ouviu isso <strong>de</strong> um cliente. E a verda<strong>de</strong> é que<br />
não existe resposta honesta para essa pergunta,<br />
porque não existe uma fórmula para<br />
se criar um bordão. O que existe, isso sim, é<br />
uma fórmula <strong>de</strong> como não se criar um bordão.<br />
E essa parece estar muito em linha com<br />
alguns elementos da propaganda tal e qual<br />
ela está hoje, o que explica – sem nenhum juízo <strong>de</strong> valor,<br />
mas apenas colocando num contexto cultural – o porquê <strong>de</strong><br />
não termos tanto os tais bordões publicitários assim como<br />
antigamente. O primeiro motivo é, sim, a dispersão <strong>de</strong> meios<br />
e <strong>de</strong> mensagens. Antes, tínhamos investimentos maciços<br />
em uma mídia maciça. Se isso não era garantia que um mau<br />
bordão ‘pegasse’, garantia que os bons estariam na boca do<br />
povo em algum tempo (é, os fatores criativida<strong>de</strong> e persistência<br />
sempre contaram). Mas hoje os hábitos mudaram e as<br />
mídias sociais e a supersegmentação não entregam a mesma<br />
coisa para todo mundo ao mesmo tempo. Ou, no mínimo,<br />
não como antes nem com o mesmo impacto.”<br />
eriCk Mendonça<br />
ecd na Soko<br />
“Agora, temos mil mídias<br />
e veículos diferentes<br />
alimentando o público diariamente,<br />
logo diminui-se<br />
a frequência da mensagem,<br />
e a forma como recebemos<br />
elas, com isso os jargões<br />
publicitários são menos<br />
absorvidos. Mas eles estão<br />
mais vivos do que nunca,<br />
alguns exemplos são: ‘Exxquecee!’<br />
‘É sobre isso e tá<br />
tudo bem’; ‘Bora, Billll’; e<br />
‘Receba!’ Cada dia, uma<br />
frase <strong>de</strong> impacto surge, e<br />
não necessariamente do<br />
computador <strong>de</strong> um publicitário,<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />
agência; ela po<strong>de</strong> nascer,<br />
por exemplo, num campo <strong>de</strong> terra em Quijingue, Bahia. O<br />
movimento é quase oposto, eles vêm da socieda<strong>de</strong>, e vai da<br />
gente saber como absorvê-las e usá-las a favor das marcas.”<br />
Carlão FonseCa<br />
Sócio e co-cco da<br />
dark kitchen creativeS<br />
“Da época dos famosos bordões<br />
da propaganda, muita coisa<br />
mudou na dinâmica <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong> marcas. O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
uma frase que cai no gosto das<br />
pessoas e vira ‘bordão’ ainda<br />
é algo potente, mas, hoje, vejo<br />
uma busca menos focada nisso<br />
na criação das campanhas. Tem<br />
bordões naturais nascendo com<br />
frequência nas re<strong>de</strong>s sociais, e<br />
noto um movimento mais comum<br />
<strong>de</strong> tentar incorporar o que<br />
já está rolando para voz das marcas,<br />
em vez <strong>de</strong> tentar ‘fabricar’ o<br />
bordão. Mas há casos e casos. E<br />
a força do investimento <strong>de</strong> mídia<br />
(mesmo com a fragmentação),<br />
aliada à consistência da mensagem ao longo do tempo, dá<br />
mais chance para a frase acontecer e pegar. Como recentemente<br />
fizemos com o ‘Na Hora H, que maionese você<br />
usa?’, para Hellmann’s.”<br />
Fernanda Cepollini<br />
cco e cSo da execution<br />
“É um conjunto <strong>de</strong> coisas.<br />
A fragmentação <strong>de</strong><br />
mídia certamente é uma<br />
<strong>de</strong>las, assim como a fragmentação<br />
<strong>de</strong> público feita<br />
<strong>de</strong> maneira pouco consistente,<br />
sem o cuidado<br />
<strong>de</strong> construir marca. Para<br />
acentuar, cada vez mais<br />
as empresas focam seus<br />
investimentos na parte <strong>de</strong><br />
baixo do funil, on<strong>de</strong> é mais<br />
difícil construir mensagem.<br />
Estamos numa era<br />
perigosa, com muitos olhares<br />
voltados apenas para<br />
resultado <strong>de</strong> vendas e só!<br />
Claro que ele importa, mas<br />
tem <strong>de</strong> haver um equilíbrio<br />
<strong>de</strong> mensagens para que a<br />
marca não perca seu valor<br />
ao longo dos anos.”<br />
Felipe andra<strong>de</strong><br />
diretor-executivo <strong>de</strong> criação da cheil<br />
“Houve um combinado <strong>de</strong> evolução <strong>de</strong> comunicação, meios e direcionamentos diferentes. Estamos<br />
menos off e mais multicanal, e quando falamos digital, não falamos <strong>de</strong> internet apenas, temos<br />
inclusive a chegada massiva <strong>de</strong> streaming – dos mais diversos assuntos. Tudo isso, aliado à mudança<br />
<strong>de</strong> comportamento do consumidor, exige um tipo <strong>de</strong> comunicação diferente das agências. A comunicação<br />
precisa ser mais assertiva e menos massiva, ou seja, direcionada para o público correto com<br />
linguagem mais específica e clara. Falando com a pessoa certa, no momento correto, a jornada se<br />
intensifica. Estamos em um cenário atual que este consumidor precisa mais <strong>de</strong> uma experiência do<br />
que a comunicação massiva, e tudo tem seu momento. Os próprios canais <strong>de</strong> mídia offline, como a TV,<br />
estão se reinventando, po<strong>de</strong>mos ver as mudanças nos intervalos comerciais, que estão com comunicações<br />
mais assertivas e menos publicitária focando na informação precisa e na verda<strong>de</strong> do consumidor,<br />
do que o comercial mais plástico com bordões.”<br />
16 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
toni Fernan<strong>de</strong>s<br />
Sócio e diretor <strong>de</strong> criação<br />
da Monkey-land<br />
“Claro que a fragmentação<br />
da mídia ajuda, mas não<br />
é o principal motivo para<br />
não termos gran<strong>de</strong>s bordões<br />
– ou gran<strong>de</strong>s conceitos.<br />
Para o bem e para o mal, o<br />
mundo muda muito rápido.<br />
As i<strong>de</strong>ias não têm mais o<br />
tempo <strong>de</strong> nascer, crescer, se<br />
<strong>de</strong>senvolver e gerar frutos.<br />
Além disso, o medo <strong>de</strong><br />
errar também faz com que<br />
as agências e os clientes<br />
apostem em caminhos mais<br />
conservadores, que geram<br />
menos erros, mas também<br />
pouquíssimos acertos.<br />
Mesmo assim, o bordão não<br />
morreu. O Casimiro está aí,<br />
bombando na internet, com<br />
os seus gran<strong>de</strong>s bordões.<br />
‘Isso aqui é Elite, mané’.”<br />
riCardo Miller<br />
diretor <strong>de</strong> criação<br />
da oliver<br />
“Des<strong>de</strong> o início da publicida<strong>de</strong>,<br />
anunciantes perceberam<br />
que frases <strong>de</strong> efeito<br />
ajudavam a ven<strong>de</strong>r produtos<br />
e serviços, e muitas das<br />
maiores campanhas publicitárias<br />
da história foram<br />
construídas em torno <strong>de</strong><br />
um bordão impactante<br />
e inesquecível. O uso <strong>de</strong><br />
bordões foi tão eficaz que<br />
muitas empresas incorporam<br />
essas frases em suas<br />
marcas, tornando-se seus<br />
slogans. Hoje, esperamos<br />
que as marcas se comuniquem<br />
<strong>de</strong> forma autêntica e<br />
transparente, o que po<strong>de</strong> ser difícil <strong>de</strong> alcançar com um bordão<br />
pré-fabricado. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> mudanças culturais,<br />
uma coisa é certa: bordões e trocadilhos, infelizmente,<br />
envelheceram mal, mas, quando os olhamos com a perspectiva<br />
do passado, ainda encontramos charme neles.”<br />
paulo sanna<br />
Sócio e ceo da MeStiça<br />
“Acredito que tenham duas<br />
gran<strong>de</strong>s questões que po<strong>de</strong>m<br />
explicar o porquê <strong>de</strong> a publicida<strong>de</strong><br />
não ser mais capaz <strong>de</strong><br />
gerar plantões com tanta força<br />
e potência como antigamente.<br />
Primeiro que 1980, 1990 até<br />
anos 2000, esses fenômenos<br />
eram produzidos a partir da<br />
televisão, que era totalmente<br />
onipresente na vida <strong>de</strong> todos<br />
e o que acontecia na TV aberta<br />
era a principal fonte geradora<br />
<strong>de</strong> fenômenos culturais. O<br />
segundo é a chegada do digital<br />
e <strong>de</strong> como a forma <strong>de</strong> consumir<br />
conteúdos evolui fazendo<br />
com que esses fenômenos que<br />
caem na boca do povo possam<br />
vir <strong>de</strong> qualquer lugar, <strong>de</strong> qualquer situação e das próprias<br />
pessoas. Gran<strong>de</strong> exemplo disso é o Tik Tok, que hoje é a<br />
maior e mais potente referência do país.”<br />
rianni Bertoldo<br />
diretora-geral<br />
da Moringa<br />
“Os bordões seguem<br />
fazendo parte da vida dos<br />
brasileiros. Mas hoje, com<br />
a revolução digital, acompanhamos<br />
o crescimento<br />
<strong>de</strong> uma enorme diversida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> pessoas criando conteúdos<br />
genuínos e, muitas<br />
vezes, regionalizados.<br />
São, portanto, geradores<br />
<strong>de</strong> bordões que <strong>de</strong>ixam<br />
<strong>de</strong> ser únicos e passam a<br />
ser vários, pertencentes a<br />
grupos específicos e não a<br />
todos. De forma geral, um<br />
único bordão não reflete<br />
mais a nossa socieda<strong>de</strong>,<br />
que é cada vez mais diversa,<br />
criativa e protagonista<br />
<strong>de</strong> suas histórias. Para a indústria da comunicação, isso é um<br />
<strong>de</strong>safio. É preciso repensar as estruturas das agências, incluir<br />
diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> e ouvir mais, observar mais.”<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> <strong>17</strong>
merCaDo<br />
Fundação Dom Cabral qualifica<br />
educação executiva no Brasil<br />
Escola <strong>de</strong> negócios mineira investe em sua primeira campanha <strong>de</strong><br />
marca para <strong>de</strong>stacar conhecimento aplicável no dia a dia dos executivos<br />
Janaina Langsdorff<br />
primeira campanha <strong>de</strong> marca da Fundação<br />
Dom Cabral (FDC), escola <strong>de</strong><br />
A<br />
negócios fundada em Minas Gerais no<br />
ano <strong>de</strong> 1976, foi lançada no último mês <strong>de</strong><br />
fevereiro. Com peças em aeroportos e no<br />
meio digital, a ação i<strong>de</strong>alizada pela agência<br />
mineira Newcorp foi veiculada até março,<br />
e já tem data para retornar à mídia. No segundo<br />
semestre, a instituição criada “para<br />
ser relevante”, reforça o seu propósito em<br />
fazer das <strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong> um conhecimento<br />
aplicável no dia a dia dos executivos.<br />
“Informação existe em diferentes<br />
níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, mas difere <strong>de</strong> conhecimento,<br />
que é o que nós temos”, compara<br />
Daniel Gonzalez Aguado, diretor <strong>de</strong> marketing<br />
da FDC.<br />
A campanha apresenta atualizações nos<br />
programas <strong>de</strong> especialização, agora com<br />
entregas mais flexíveis e modulares. “Um<br />
dos aprendizados da pan<strong>de</strong>mia da Covid-19<br />
é o estudo híbrido. Está cada vez mais na<br />
mão do participante <strong>de</strong>finir o seu formato<br />
<strong>de</strong> estudo, e estamos <strong>de</strong>senhando um produto<br />
nesse sentido”, conta Aguado. Novos<br />
módulos chegaram também ao executive<br />
MBA, ofertado há 25 anos. “Gran<strong>de</strong> parte<br />
dos CEOs e alta li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> executivos do<br />
Brasil já passou pelo nosso programa”, <strong>de</strong>staca<br />
Aguado.<br />
Já com o trekker, a FDC disponibiliza<br />
<strong>de</strong>senvolvimento individualizado a partir<br />
da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios e barreiras<br />
enfrentadas pelos profissionais. O portfólio<br />
ainda tem viagens internacionais para<br />
<strong>de</strong>stinos com atuação reconhecida na área<br />
estudada pelo grupo. Inovação e li<strong>de</strong>rança<br />
são algumas <strong>de</strong>las. “O mercado educacional<br />
está em ebulição, ainda com consolidações<br />
acontecendo. No segmento executivo,<br />
vários formatos surgem. Queremos garantir<br />
que as pessoas entendam os nossos diferenciais<br />
e o valor que geramos para os nossos<br />
alunos”, frisa Aguado.<br />
Mais que pesquisas <strong>de</strong> satisfação e recomendação,<br />
a própria trajetória dos alunos<br />
atesta a qualida<strong>de</strong> dos cursos. “Temos relatos<br />
<strong>de</strong> promoções e <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dores<br />
que conseguiram uma transformação efetiva”,<br />
atesta Aguado. Segundo ranking <strong>de</strong><br />
educação executiva organizado pelo jornal<br />
britânico Financial Times, a FDC é a única<br />
instituição brasileira entre as <strong>de</strong>z melhores<br />
escolas <strong>de</strong> negócios do mundo. Ocupa<br />
a quinta posição em método <strong>de</strong> ensino e<br />
materiais didáticos, e a nona em educação<br />
Disciplina <strong>de</strong> marketing está presente em praticamente todos os programas voltados para gestão e governança<br />
campus em belo horizonte<br />
e nova lima, em minas<br />
gerais, e em são paulo<br />
recebem cerca <strong>de</strong> 27 mil<br />
executivos ao ano<br />
Daniel Gonzalez Aguado: transformação efetiva<br />
Wavebreak Media/Freepik<br />
executiva e corpo docente.<br />
No Brasil, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> associados leva a<br />
metodologia da FDC a todas as regiões do<br />
país. Cursos e temas variam conforme o<br />
perfil local. Internacionalmente, a escola<br />
atua por meio <strong>de</strong> parcerias com universida<strong>de</strong>s<br />
e instituições <strong>de</strong> ensino para garantir<br />
que os alunos brasileiros tenham acesso<br />
à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outros mercados, além <strong>de</strong><br />
atrair estrangeiros cada vez mais interessados<br />
em temas como a Amazônia e as energias<br />
renováveis.<br />
A gra<strong>de</strong> varia entre as verticais <strong>de</strong> educação<br />
acadêmica (especialização), educação<br />
executiva (programas customizados) e educação<br />
social (empreen<strong>de</strong>dores individuais<br />
e organizações não governamentais). “Praticamente<br />
todos os nossos programas <strong>de</strong><br />
gestão e governança abordam marketing.<br />
Mostramos como essa disciplina impacta<br />
os negócios e a vida das pessoas”, sublinha<br />
Aguado.<br />
Com campus em Belo Horizonte e Nova<br />
Lima, ambos em Minas Gerais, e no bairro<br />
da Vila Olímpia, em São Paulo, a FDC recebe<br />
uma média <strong>de</strong> 27 mil executivos ao ano.<br />
Presidida pelo professor Antonio Batista<br />
da Silva Junior, a escola <strong>de</strong> negócios segue<br />
diretrizes e tendências apontadas pelo conselho<br />
e pela diretoria estatutária, li<strong>de</strong>rada<br />
pelo professor Emerson <strong>de</strong> Almeida, cofundador<br />
da instituição ao lado do car<strong>de</strong>al<br />
Dom Serafim Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Araújo.<br />
18 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
MercAdO<br />
MMA Impact reúne 4 mil pessoas<br />
para mostrar impacto da inovação<br />
Realizado na semana passada, na Fundação Bienal do Ibirapuera, em São<br />
Paulo, evento teve 60 sessões realizadas por mais <strong>de</strong> 100 palestrantes<br />
Painel com os apresentadores do Podpah, Igor Cavalari e Thiago Marques, e o CEO do hub Victor Assis: a inovação nos negócios<br />
Carolina Vilela<br />
Fundação Bienal do parque<br />
A do Ibirapuera, em São Paulo,<br />
recebeu mais <strong>de</strong> 4 mil pessoas<br />
na edição <strong>de</strong>ste ano do MMA<br />
Impact na semana passada. Em<br />
uma edição histórica, o evento<br />
reuniu importantes nomes do<br />
mercado que mostraram, por<br />
meio <strong>de</strong> 60 sessões, o impacto<br />
da inovação nos negócios.<br />
Um exemplo foi o painel,<br />
mediado pelo editor do PROP-<br />
MARK online Vinícius Novaes,<br />
que colocou no mesmo palco<br />
Igor Cavalari, o Igão; Thiago<br />
Marques, o Mítico; e o CEO<br />
Victor Assis. “Hoje, o Podpah<br />
trabalha com três pilares: conteúdo,<br />
produtos próprios e<br />
eventos”, explicou Victor Assis,<br />
CEO do Podpah.<br />
Ainda <strong>de</strong> acordo com o executivo,<br />
a meta atual é terminar<br />
o ano com seis programas na<br />
gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação do canal<br />
que, hoje, conta com o vi<strong>de</strong>ocast<br />
Podpah, o Rango Brabo,<br />
apresentado por Diogo Defante;<br />
e o Quebrada F.C, apresentado<br />
por Rafael Vieira, conhecido<br />
como Jukanalha.<br />
O painel se encerrou com as<br />
perspectivas <strong>de</strong> futuro do Podpah,<br />
que recentemente anunciou<br />
que será o canal <strong>de</strong> transmissão<br />
do Plantão Festival.<br />
Já no segundo semestre, mas<br />
ainda sob o pilar <strong>de</strong> eventos, o<br />
Podpah anunciou que terá uma<br />
festa própria. “A gente tenta se<br />
manter muito próximo <strong>de</strong> música<br />
porque tem muito feat com<br />
a gente e com a nossa audiência”,<br />
explicou Igor.<br />
Sobre os próximos programas<br />
que vão chegar ao canal,<br />
o time do Podpah garante que<br />
a audiência não tem com o que<br />
se preocupar. “Essa coisa dos<br />
programas preocupa a audiência<br />
um pouco, mas eles não vão<br />
substituir a gente. Os apresentadores<br />
fazem parte do gosto<br />
da nossa audiência também<br />
e nós estamos a fim <strong>de</strong> fazer<br />
uma emissora <strong>de</strong> TV na internet,<br />
além <strong>de</strong> criar um programa<br />
e ven<strong>de</strong>r para outros lugares<br />
também”, ressaltou Mítico.<br />
IntelIgêncIA ArtIfIcIAl<br />
Outro tema abordado foi o<br />
papel da inteligência artificial<br />
na propaganda e no marketing.<br />
Ministrado pelo head Latam<br />
da martech VidMob. “Nosso<br />
interesse é na inteligência artificial<br />
capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>codificar a<br />
criativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os<br />
elementos que fazem um ví<strong>de</strong>o<br />
chamar a atenção da audiência<br />
em uma re<strong>de</strong> social, mas<br />
não em outra”, afirmou Miguel<br />
Caeiro. “Não queremos falar <strong>de</strong><br />
IA generativa, <strong>de</strong> buzzwords, <strong>de</strong><br />
lançamentos feitos com hype. O<br />
que nos interessa é trazer a força<br />
dos dados, que a tecnologia<br />
consegue transformar em insights,<br />
que empo<strong>de</strong>ram o criativo<br />
humano em suas <strong>de</strong>cisões”.<br />
Segundo o executivo, o gran<strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r dos algoritmos <strong>de</strong> IA,<br />
como os usados nos sistemas<br />
“o podpah<br />
trabalha com três<br />
pilares: conteúdo,<br />
produtos próprios<br />
e eventos”<br />
Divulgação<br />
da VidMob, é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>,<br />
finalmente, abrir o que geralmente<br />
é chamado <strong>de</strong> caixa-<br />
-preta da criativida<strong>de</strong>. “A IA nos<br />
permite <strong>de</strong>sconstruir uma peça<br />
criativa, como um ví<strong>de</strong>o, em<br />
um conjunto <strong>de</strong> dados sequenciais,<br />
gerenciáveis e capazes <strong>de</strong><br />
interpretação”, diz, referindo-<br />
-se ao sistema da VidMob.<br />
OutrO <strong>de</strong>stAque<br />
O comediante Diogo Defante,<br />
em seu painel, levantou<br />
um <strong>de</strong>bate sobre a pluralida<strong>de</strong><br />
que a internet po<strong>de</strong> proporcionar.<br />
Do mesmo jeito que a palestra<br />
do diretor <strong>de</strong> Advertising<br />
Brasil, do Spotify, Vince Carrari,<br />
apresentou por meio <strong>de</strong> pesquisa<br />
com sensores colocados<br />
em vários pontos do corpo das<br />
pessoas, que o áudio impacta<br />
diretamente na performance<br />
<strong>de</strong> quem ouve. Daí a importância<br />
da publicida<strong>de</strong> em áudio<br />
se encaixar no contexto da audiência.<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 19
diGital<br />
Governo multará plataformas que<br />
não removerem perfis violentos<br />
Reação ao posicionamento do Twitter gera campanha <strong>de</strong> repúdio com<br />
as hashtags Twitter Apoia Massacres e Twitter Support Massacres<br />
JAnAinA LAngSdorff<br />
As plataformas que se recusarem<br />
a extrair perfis que<br />
incitem violência serão multadas<br />
em R$ 12 milhões. Portaria<br />
do Ministério da Justiça e<br />
Segurança Pública editada na<br />
última quarta-feira (12) ainda<br />
prevê a suspensão das ativida<strong>de</strong>s,<br />
caso a re<strong>de</strong> ignore pedidos<br />
da Polícia Fe<strong>de</strong>ral para retirar<br />
páginas consi<strong>de</strong>radas nocivas.<br />
Um grupo foi criado pelo<br />
órgão para abrir investigações<br />
e <strong>de</strong>sarticular ameaças iminentes.<br />
A <strong>de</strong>cisão ocorre após<br />
o assassinato <strong>de</strong> uma professora<br />
por um aluno em sala <strong>de</strong><br />
aula em São Paulo e a morte <strong>de</strong><br />
quatro crianças por um homem<br />
que invadiu uma creche na cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Blumenau (SC).<br />
Nas últimas semanas, os ataques<br />
foram tema <strong>de</strong> publicações<br />
que instigaram supostos<br />
atentados a escolas postadas<br />
nas re<strong>de</strong>s sociais. A medida<br />
obriga as plataformas a mo<strong>de</strong>rarem<br />
o conteúdo. Enquanto<br />
o Projeto <strong>de</strong> Lei 2630/20, que<br />
institui a Lei Brasileira <strong>de</strong> Liberda<strong>de</strong>,<br />
Responsabilida<strong>de</strong> e<br />
Transparência na Internet,<br />
conhecida como PL das Fake<br />
News, não é aprovada, o governo<br />
impõe regulamentação<br />
capaz <strong>de</strong> remover postagens<br />
nocivas com mais rapi<strong>de</strong>z.<br />
O Marco Civil da Internet<br />
<strong>de</strong>termina a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
or<strong>de</strong>m judicial para a retirada<br />
<strong>de</strong> certos conteúdos, trecho<br />
que está em análise no Supremo<br />
Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (STF). A lei<br />
sancionada em 2014 afirma que<br />
plataformas digitais não po<strong>de</strong>m<br />
ser responsabilizadas civilmente<br />
por manter no ar conteúdos<br />
<strong>de</strong> terceiros que não foram alvo<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão judicial, mesmo que<br />
tenham sido notificadas pelos<br />
usuários.<br />
Ricardo Campos, diretor do<br />
Legal Grounds Institute, explica<br />
que o Artigo 19 do Marco<br />
Civil da internet criou uma forma<br />
<strong>de</strong> proteção às empresas, já<br />
Ataques em São Paulo e Santa Catarina foram tema <strong>de</strong> publicações que instigaram supostos atentados em escolas nas re<strong>de</strong>s sociais<br />
que “a única palavra para <strong>de</strong>terminar<br />
remoção <strong>de</strong> conteúdo<br />
é dada via <strong>de</strong>cisão judicial”,<br />
explica o professor, que foi nomeado<br />
pelo Ministério dos Direitos<br />
Humanos e da Cidadania<br />
(MDH) para compor o grupo <strong>de</strong><br />
trabalho <strong>de</strong> combate ao discurso<br />
<strong>de</strong> ódio, extremismo e <strong>de</strong>sinformação.<br />
No argumento das plataformas,<br />
estão políticas próprias e<br />
ferramentas <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias disponibilizadas<br />
para conter discursos<br />
<strong>de</strong> ódio e violência. Facebook,<br />
WhatsApp, Instagram,<br />
TikTok, Discord, Telegram,<br />
YouTube e Kwai estão na mira<br />
do governo, que cobra esforços<br />
mais efetivos. Mas o principal<br />
alvo <strong>de</strong> críticas foi o Twitter.<br />
Em reunião realizada no dia<br />
10 <strong>de</strong> <strong>abril</strong> com o governo, A<strong>de</strong>la<br />
Gobena, representante da<br />
re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Elon Musk, disse que<br />
“um perfil com foto <strong>de</strong> assassinos<br />
<strong>de</strong> crianças (perpetradores<br />
dos massacres em escolas)<br />
R$ 12 milhões é o<br />
valoR da multa<br />
estipulada paRa<br />
as Re<strong>de</strong>s, que<br />
po<strong>de</strong>Rão até<br />
seR banidas<br />
Freepik<br />
não violava os termos <strong>de</strong> uso<br />
da re<strong>de</strong> e que não se tratava <strong>de</strong><br />
apologia ao crime”. Campanha<br />
<strong>de</strong> repúdio com as hashtags<br />
Twitter Apoia Massacres e Twitter<br />
Support Massacres, que foi<br />
censurada por Musk, ganharam<br />
repercussão imediata. O movimento<br />
tem o apoio <strong>de</strong> Sleeping<br />
Giants Brasil, Felipe Neto, Emicida<br />
e Daniela Mercury. Procurado,<br />
o Twitter respon<strong>de</strong> com<br />
um emoji <strong>de</strong> fezes.<br />
O imbróglio se arrasta. No<br />
dia 15 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2022, Facebook,<br />
Google, YouTube, Instagram,<br />
Twitter, TikTok, Whats-<br />
App, Kwai e LinkedIn assinaram<br />
um acordo com o Tribunal Superior<br />
Eleitoral (TSE) para combater<br />
a <strong>de</strong>sinformação nas eleições.<br />
Na ocasião, o Telegram<br />
foi a única re<strong>de</strong> ausente. Canais<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias, avisos<br />
<strong>de</strong> conteúdo in<strong>de</strong>vido e relatórios<br />
<strong>de</strong> transparência foram<br />
alguns dos compromissos assumidos<br />
à época.<br />
20 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
digital<br />
Stone intensifica trabalho <strong>de</strong> marca<br />
para divulgar pagamentos digitais<br />
Soluções financeiras divulgadas no BBB 23 e em ações criadas pela<br />
Greenz apoiam expansão dos negócios <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dores brasileiros<br />
Janaina Langsdorff<br />
As maquininhas <strong>de</strong> pagamento travaram<br />
uma guerra ferrenha a partir <strong>de</strong> 20<strong>17</strong>,<br />
quando entrou em vigor medida do Banco<br />
Central que estabelecia o fim da exclusivida<strong>de</strong><br />
entre ban<strong>de</strong>iras. A disputa acabou<br />
com a hegemonia antes concentrada entre<br />
Cielo e Re<strong>de</strong>. Uma das expoentes <strong>de</strong>sse<br />
mercado é a Stone, que tem o seu crescimento<br />
guiado pela evolução tecnológica do<br />
setor, missão empenhada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a abertura<br />
do capital da empresa, em 2018.<br />
Segundo a Associação Brasileira das<br />
Empresas <strong>de</strong> Cartões <strong>de</strong> Crédito e Serviços<br />
(Abecs), os pagamentos digitais somaram<br />
18,2 bilhões no crédito, 15,4 bilhões no débito<br />
e 5,6 bilhões nos cartões pré-pago em<br />
2022, consolidando uma média <strong>de</strong> 107 milhões<br />
<strong>de</strong> pagamentos diários. O valor total<br />
transacionado em cartões atingiu a cifra <strong>de</strong><br />
R$ 3,31 trilhões, alta <strong>de</strong> 24,6% em relação ao<br />
ano anterior.<br />
“São diferentes modais utilizados para<br />
substituir o pagamento em dinheiro. Além<br />
da evolução tecnológica, trazem benefícios<br />
na velocida<strong>de</strong> do prazo <strong>de</strong> recebimento”,<br />
comenta Rodolfo Luz, head <strong>de</strong> marketing<br />
da Stone, que em agosto do ano passado<br />
apresentou a solução TapTon, capaz <strong>de</strong> receber<br />
pagamentos no celular sem a utilização<br />
<strong>de</strong> maquininha.<br />
Os atributos da marca da maquininha<br />
ver<strong>de</strong> são explorados na mídia com estratégia<br />
da Greenz. A Stone trabalha também<br />
com a Eyxo para canais e conteúdos, e tem<br />
time criativo interno com foco em mídia e<br />
marca. Em fevereiro, a campanha Superconta<br />
Ton foi lançada com paródia para<br />
<strong>de</strong>stacar solução que dispensa bancos tradicionais.<br />
Interpretada por Tayrone e Marilia<br />
Mendonça, a canção Cê tá preparada<br />
ambientou filmes exibidos na TV aberta e<br />
canais digitais. “A campanha mostra <strong>de</strong> um<br />
jeito divertido que os clientes não precisam<br />
<strong>de</strong> um ‘bancão’ para terem tudo o que precisam<br />
para ven<strong>de</strong>r mais”, compara Luz.<br />
Já a ação institucional Bota pra girar foi<br />
veiculada em janeiro, com filmes para TV e<br />
mídia digital. As peças ilustram o dia a dia<br />
do empreen<strong>de</strong>dor que utiliza os recursos<br />
da Stone para controlar fluxo <strong>de</strong> transações<br />
pelo celular, receber pagamentos por meio<br />
<strong>de</strong> Pix, boleto e cartões.<br />
Essas são algumas facilida<strong>de</strong>s ofertadas<br />
para apoiar a expansão dos negócios <strong>de</strong> microempreen<strong>de</strong>dores<br />
e trabalhadores autônomos.<br />
“A campanha chegou ao BBB 23 por<br />
Peça da campanha superconta Ton, que usa paródia para <strong>de</strong>stacar benefícios em relação aos bancos tradicionais<br />
Rodolfo Luz: evolução tecnológica agiliza pagamentos<br />
meio do Modo Stone, momento que é uma<br />
inovação no jogo que tem gerado bastante<br />
repercussão nas re<strong>de</strong>s sociais”, conta Luz.<br />
O valor do prêmio ofertado nesta edição aumenta<br />
conforme a votação da casa a cada<br />
paredão. A novida<strong>de</strong> incorporada à atração<br />
da Globo chega aos clientes da Stone por<br />
meio da promoção 1 milhão sem paredão,<br />
que distribuirá R$ 1,3 milhão em prêmios<br />
até o fim do programa.<br />
Fundada em 2012, a Stone ganhou licença<br />
<strong>de</strong> adquirente no ano seguinte e, após<br />
uma década <strong>de</strong> atuação, insere a sua marca<br />
Fotos: Divulgação<br />
pela primeira vez em um reality show. “Enten<strong>de</strong>mos<br />
que era a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expor<br />
o que fazemos para um público mais amplo”,<br />
explica Rodolfo Luz.<br />
Da parceria com a Globo, vem também os<br />
resultados da aliança feita em 2019, quando<br />
o grupo <strong>de</strong> mídia da família Marinho<br />
anunciou a sua entrada no mercado <strong>de</strong> maquininhas<br />
<strong>de</strong> pagamento por meio <strong>de</strong> uma<br />
joint venture firmada com a Stone. A Globo<br />
entrou no negócio ce<strong>de</strong>ndo espaços na sua<br />
gra<strong>de</strong> com o valor <strong>de</strong> R$ 461 milhões, enquanto<br />
a Stone aportou R$ 50 milhões em<br />
recursos relacionados à tecnologia e à capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> pagamentos,<br />
apoio operacional e gestão.<br />
Além <strong>de</strong> lançar a empresa <strong>de</strong> maquininhas<br />
Ton em parceria com o grupo Globo em<br />
2020, a Stone adquiriu a Linx em 2021, para<br />
fortalecer atuação em softwares integrados<br />
a serviços e soluções financeiras, e investiu<br />
em oportunida<strong>de</strong>s complementares como<br />
banking e programas <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização. “Com<br />
a marca Stone, expandimos o propósito <strong>de</strong><br />
ser a plataforma financeira <strong>de</strong> pequenos e<br />
médios negócios”, esclarece Luz.<br />
O negócio foi presidido durante seis anos<br />
por Thiago Piau, que agora é membro do<br />
conselho <strong>de</strong> administração e do comitê financeiro<br />
da companhia. Hoje, a Stone é<br />
comandado pelo CEO Pedro Zinner e pelo<br />
presi<strong>de</strong>nte Augusto Lins, e tem André Street<br />
como cofundador.<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 21
dIgItAl<br />
Yapoli organiza e distribui arquivos<br />
digitais <strong>de</strong> empresas por meio <strong>de</strong> IA<br />
O CEO Adalberto Generoso afirma que a aceleração digital das marcas<br />
passa primeiro pela gestão <strong>de</strong> ativos como documentos, fotos e ví<strong>de</strong>os<br />
kelly dores<br />
Imagina uma gran<strong>de</strong> corporação<br />
lidando com contratos,<br />
manuais, documentos, materiais<br />
publicitários, imagens <strong>de</strong><br />
produtos trafegando pra lá e<br />
pra cá nas mãos <strong>de</strong> colaboradores<br />
e fornecedores? É muita<br />
informação sem nenhum senso<br />
<strong>de</strong> governança. O pensamento<br />
é <strong>de</strong> Adalberto Generoso, CEO<br />
da Yapoli, plataforma <strong>de</strong> gestão<br />
<strong>de</strong> ativos digitais.<br />
O executivo afirma que a<br />
maioria das companhias não<br />
faz a gestão dos seus ativos digitais<br />
e tem materiais importantes<br />
como documentos, planilhas,<br />
fotos, ví<strong>de</strong>os, segredos<br />
industriais e contratos espalhados<br />
em diferentes arquivos<br />
e formatos <strong>de</strong> armazenamento,<br />
sem nenhuma organização.<br />
“Nem logotipo as marcas conseguem<br />
ter pronto para enviar.<br />
Isso atrapalha muito a eficiência<br />
da ca<strong>de</strong>ia”, exemplifica ele.<br />
Oferecendo a tecnologia<br />
DAM (Digital Asset Management),<br />
a martech aten<strong>de</strong> marcas<br />
como Petrobras, Habib’s,<br />
Firjan Flamengo, Havaianas,<br />
Portobello e Groupe SEB, e tem<br />
como meta ser lí<strong>de</strong>r e a maior<br />
referência em DAM no país.<br />
Globalmente, o setor <strong>de</strong> gerenciamento<br />
<strong>de</strong> ativos digitais<br />
alcançou o patamar <strong>de</strong> US$ 4,2<br />
bilhões em 2022, segundo dados<br />
da consultoria Market and<br />
Markets. Até 2026, <strong>de</strong>ve atingir<br />
US$ 8 bilhões, <strong>de</strong> acordo com a<br />
Mordor Intelligence.<br />
“Por conta da multiplicação<br />
<strong>de</strong> materiais digitais e aceleração<br />
digital, tem muito espaço<br />
para crescer. É um mercado<br />
que <strong>de</strong>ve dobrar nos próximos<br />
anos. No Brasil e na América<br />
Latina, eu <strong>de</strong>sconheço empresas<br />
que fazem o mesmo que a<br />
Yapoli”, ressalta Generoso.<br />
Em sua visão, as empresas<br />
que querem ser lí<strong>de</strong>res digitais<br />
precisam primeiro arrumar a<br />
casa e “saber o que têm <strong>de</strong> material<br />
e como distribuir isso para<br />
Adalberto Generoso, CEO da Yapoli: “Empresas precisam arrumar a casa”<br />
<strong>de</strong>pois escalar projetos digitais.<br />
Hoje temos cerca <strong>de</strong> mil usuários<br />
únicos por mês acessando<br />
o nosso site buscando por DAM<br />
e gestão <strong>de</strong> ativos digitais”.<br />
Para Havaianas, por exemplo,<br />
a Yapoli vem escalando a<br />
positivação <strong>de</strong> banners e imagens<br />
dos produtos em lojas virtuais<br />
<strong>de</strong> parceiros. Esse era um<br />
processo manual, em que os<br />
conteúdos eram enviados por<br />
e-mail aos marketplaces. De lá<br />
para cá, a tecnologia da Yapoli<br />
possibilitou que esse processo<br />
tenha o seu tempo médio abreviado.<br />
O que antes levava até 20<br />
Divulgação<br />
“tecnologia<br />
é importante,<br />
mas ela precisa<br />
ser guiada sob<br />
o horizonte<br />
dos negócios”<br />
dias, hoje é realizado em um.<br />
“Com a plataforma entregamos<br />
muito mais agilida<strong>de</strong> ao<br />
processo. Criamos acessos para<br />
todos os fornecedores, possibilitando<br />
que eles entrem e baixem<br />
os materiais necessários.<br />
E o time do cliente consegue<br />
acompanhar a utilização por<br />
meio <strong>de</strong> relatórios <strong>de</strong> engajamento”,<br />
explica Generoso.<br />
De acordo com o executivo, o<br />
próximo passo da Yapoli é reunir<br />
insights criativos por meio<br />
da plataforma e entregar performance<br />
para os clientes. “A<br />
gente enten<strong>de</strong>u que já validou<br />
um produto voltado para governança<br />
e eficiência, distribuindo<br />
materiais digitais, e agora estou<br />
validando com os meus clientes<br />
a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pegar esses<br />
materiais e extrair inteligência<br />
criativa, como saber o que funciona<br />
bem ou não em uma peça<br />
publicitária”, exemplifica ele.<br />
Isso porque a plataforma<br />
atua por meio <strong>de</strong> inteligência<br />
artificial exclusiva capaz <strong>de</strong>,<br />
não só organizar e distribuir os<br />
materiais das empresas, mas<br />
também extrair dados <strong>de</strong>sses<br />
ativos, como por exemplo a paleta<br />
<strong>de</strong> cores predominante dos<br />
produtos.<br />
Com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> experiência<br />
em marketing digital,<br />
Generoso foi um dos i<strong>de</strong>alizadores<br />
do Guiabolso e ex-sócio<br />
e CMO da Cheftime, foodtech<br />
adquirida em 2019 pelo GPA.<br />
Além disso, é mentor <strong>de</strong> marketing,<br />
tecnologia e growth<br />
para empresas e atua como palestrante<br />
para a turma do curso<br />
<strong>de</strong> marketing digital do Núcleo<br />
<strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dorismo Tech da<br />
USP e criou a Yapoli em 2018.<br />
Apesar da bagagem, Generoso<br />
diz ser um profissional<br />
“pé no chão” quando se trata<br />
<strong>de</strong> tecnologia. “Tecnologia é<br />
importante, mas ela precisa ser<br />
guiada sob o horizonte dos negócios.<br />
Tem empresa que nem<br />
resolveu os próprios materiais<br />
digitais e quer falar <strong>de</strong> NFT e<br />
metaverso”, conclui ele.<br />
22 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
MíDia<br />
Record TV exibe a história <strong>de</strong> Davi<br />
na 6ª temporada da série bíblica Reis<br />
Superprodução conta com 104 cenários, 88 atores, 9 mil figurantes,<br />
20 mil acessórios e 1.500 dublês; direção-geral é <strong>de</strong> Leo Miranda<br />
Fotos: Divulgação<br />
Vinicius Muhammaad, que interpreta Davi, contracena com Blad Meneghel (Joabe)<br />
O diretor Leo Miranda em ação no set <strong>de</strong> filmagem da série Reis - a conquista<br />
Paulo Macedo<br />
Nesta segunda-feira (<strong>17</strong>), a<br />
Record TV começa a exibir<br />
na sua gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação<br />
a 6ª temporada da série Reis,<br />
agora com a história <strong>de</strong> Davi,<br />
que suce<strong>de</strong>u Saul no trono <strong>de</strong><br />
Israel e governou por 40 anos.<br />
700 profissionais, diretos e indiretos,<br />
estão envolvidos na<br />
superprodução, que tem direção-geral<br />
<strong>de</strong> Leo Miranda. Cada<br />
episódio exige entre 66 e 99<br />
horas <strong>de</strong> edição para “as cenas<br />
fortes e realistas, mas sem precisar<br />
virar o rosto”, como explica<br />
a autora Cristiane Cardoso,<br />
que fala sobre a base bíblica do<br />
projeto Reis - A Conquista. A 7ª<br />
e 8ª temporadas serão gravadas<br />
em <strong>2023</strong>.<br />
“Quando meditamos nela,<br />
conseguimos visualizar suas<br />
histórias. A minha parte é<br />
transmitir essas histórias <strong>de</strong><br />
forma que elas se conectem e<br />
transmitam a narrativa do autor<br />
da Bíblia e, ao mesmo tempo,<br />
dar ao público que não lê a<br />
Bíblia um incentivo a mais, com<br />
tudo que acontecia nas histórias,<br />
como romance, drama,<br />
ação, suspense e até violência”,<br />
diz Cristiane, que contou com<br />
dois historiadores para dar suporte<br />
histórico. “Uma vez que a<br />
história está engatada, tudo flui<br />
porque temos como base a Bí-<br />
O protagonista Vinicius Muhammaad durante as gravações da superprodução<br />
blia. As histórias paralelas, que<br />
<strong>de</strong>safiam nossa criativida<strong>de</strong>. Já<br />
o fim precisa sempre <strong>de</strong>ixar um<br />
gancho para a próxima temporada”,<br />
ela acrescenta.<br />
Foram arregimentados 88<br />
atores do elenco e outros 50<br />
para participações especiais.<br />
Eles foram submetidos “a aulas<br />
<strong>de</strong> canto, instrumentos, dança<br />
e participam <strong>de</strong> workshops<br />
<strong>de</strong> arco e flecha, montaria e<br />
luta coreografada”. O elenco,<br />
como <strong>de</strong>talha comunicado da<br />
Record TV, utilizou 104 cenários<br />
e locações distribuídos em<br />
sete estúdios, que somados<br />
chegam a cerca <strong>de</strong> 10 mil m2, e<br />
seis cida<strong>de</strong>s cenográficas com<br />
mais 15 mil metros quadrados.<br />
Conta ainda com duas cida<strong>de</strong>s<br />
construídas em full VFX (efeitos<br />
visuais inseridos na edição).<br />
São mais <strong>de</strong> 2 mil figurinos, 150<br />
armaduras, 200 uniformes <strong>de</strong><br />
soldados e cerca <strong>de</strong> 20 mil acessórios<br />
utilizados por todos os<br />
personagens, 9 mil figurantes e<br />
1.500 dublês.<br />
“A história <strong>de</strong> Davi como<br />
nunca foi contada, sem romantizar<br />
seu pecado, mas como ele<br />
realmente foi. A série vai mostrar<br />
o que levou um homem tão<br />
temente a Deus a cometer atos<br />
tão repreensíveis e como as<br />
consequências disso afetaram<br />
não só a ele e toda a sua família,<br />
mas todo o reino <strong>de</strong> Israel”,<br />
<strong>de</strong>staca o diretor Leo Miranda.<br />
O marketing da Record TV<br />
está ativo. “A emissora faz mui-<br />
tos esforços investindo em uma<br />
campanha massiva atingindo<br />
gran<strong>de</strong> parte do território nacional,<br />
com fortes atuações em<br />
OOH, rádio, digital, impresso e<br />
social media. O maior <strong>de</strong>safio<br />
do marketing para este conteúdo<br />
é manter o entusiasmo do<br />
espectador, temporada após<br />
temporada. Em pleno horário<br />
nobre, sendo exibido após o<br />
Jornal da Record, as superproduções<br />
da Record TV mantêm<br />
uma boa performance, tanto<br />
que em 2022 chegaram a alcançar<br />
mais <strong>de</strong> 53 milhões <strong>de</strong><br />
telespectadores por mês, com<br />
mais <strong>de</strong> 10,6 milhões <strong>de</strong> pageviews<br />
no canal do programa<br />
no R7.com e nas re<strong>de</strong>s sociais o<br />
conteúdo chegou a mais <strong>de</strong> 951<br />
milhões <strong>de</strong> impactos”, acrescenta<br />
Alarico Naves, superinten<strong>de</strong>nte-comercial<br />
multiplataforma<br />
do Grupo Record.<br />
“Engana-se quem pensa<br />
que produções como esta<br />
não abrem espaço para ações<br />
<strong>de</strong> marketing ou product placement.<br />
Além do formato <strong>de</strong><br />
mídia convencional, existe<br />
outra possibilida<strong>de</strong> comercial<br />
a ser consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong>vido à característica<br />
<strong>de</strong>ste conteúdo.<br />
Neste formato po<strong>de</strong>mos produzir<br />
ações <strong>de</strong> merchandising<br />
com a participação do elenco e<br />
veiculação no break”, finaliza<br />
Alarico Naves.<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 23
D&AD <strong>2023</strong><br />
Sergio Gordilho vai ser jurado pela<br />
6ª vez no festival que valoriza craft<br />
Alê Oliveira<br />
Publicitário estará<br />
na competição que<br />
analisa projetos<br />
<strong>de</strong> Entretenimento<br />
Sergio Gordilho, co-CEO e CEO da agência Africa, vai estar no júri da competição Entertainment do D&AD <strong>2023</strong><br />
Paulo Macedo<br />
relação <strong>de</strong> Sergio Gordilho, co-CEO e<br />
A CCO da agência Africa, com o D&AD,<br />
festival que valoriza o craft, é longa. Começa<br />
quando estudou <strong>de</strong>sign no fim dos anos<br />
1990, em Londres, e o D&AD reconheceu<br />
um trabalho seu inscrito em um concurso<br />
do festival, que resultou em convite para<br />
se tornar um dos representantes do mercado<br />
inglês <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> no Cannes Lions.<br />
Desse tempo em diante, a relação evoluiu<br />
e Gordilho já foi jurado por cinco vezes,<br />
das quais duas como presi<strong>de</strong>nte. Este ano<br />
chega à 6ª participação, <strong>de</strong>sta vez na área<br />
<strong>de</strong> Entretenimento. O júri online, que vai<br />
fazer curadoria do que será julgado presencialmente<br />
em maio, já está em andamento.<br />
“A publicida<strong>de</strong> sempre foi entretenimento.<br />
Ela informa? Sim! Mas a base é entreter<br />
as pessoas. Quando nos lembramos<br />
das gran<strong>de</strong>s campanhas, todas têm o entretenimento<br />
como fortaleza. Estruturamos<br />
os intervalos comerciais na televisão<br />
e no rádio com entretenimento. E cada<br />
vez mais o conteúdo que a gente ‘uploada’<br />
<strong>de</strong>ntro das re<strong>de</strong>s sociais tem entretenimento.<br />
É a unica maneira <strong>de</strong> engatar e<br />
fazer as pessoas se envolverem com a nossa<br />
conversa. É uma área muito rica e com<br />
gran<strong>de</strong> tendência <strong>de</strong> crescimento. E não é<br />
só no D&AD, mas em todos os festivais <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>staca Gordilho.<br />
O tempo das pessoas está cada vez mais<br />
requisitado. E caro. Portanto, ter algo que<br />
transcenda a métrica da publicida<strong>de</strong>, vai<br />
gerar diferenciação para as agências e<br />
para as marcas. “O que está estragando a<br />
relação das pessoas é a Netflix. Passamos<br />
muito tempo procurando assuntos e séries<br />
para ficar assistindo e isso faz com que<br />
diminuamos relacionamentos com pessoas.<br />
Há uma busca incessante por entretenimento,<br />
que é a cultura da propaganda.<br />
Foi o que Washington Olivetto, Nizan Guanaes,<br />
Marcello Serpa e Fabio Fernan<strong>de</strong>s fizeram<br />
por muito tempo. Porque entreter é<br />
a forma mais fácil para engajar as pessoas.<br />
Lembra das festinhas <strong>de</strong> criança? A estrela<br />
sempre foi quem faz o entretenimento.<br />
Continua assim”, finaliza Gordilho.<br />
O criativo participa da série especial do<br />
PROPCAST com os jurados brasileiros no<br />
D&AD, que está disponível no Spotify.<br />
24 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
agênciaS<br />
Silva quer colocar luz sobre o Brasil<br />
real via projetos <strong>de</strong> comunicação<br />
Objetivo é conectar marcas com a brasilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira genuína e<br />
acelerar negócios <strong>de</strong> grupos sub-representados, valorizando a cultura<br />
kelly dores<br />
Com três sócios negros e a<br />
maior parte do time formado<br />
por profissionais pretos,<br />
a agência Silva já se diferencia<br />
no mercado publicitário por essa<br />
característica. Mas não é só<br />
isso. Para além do viés racial, a<br />
agência quer colocar luz sobre<br />
o Brasil real (que tem 56% da<br />
população formada por pretos<br />
e pardos) via projetos <strong>de</strong> comunicação<br />
e acelerar negócios<br />
<strong>de</strong> grupos sub-representados,<br />
como profissionais periféricos,<br />
comunida<strong>de</strong>s emergentes e<br />
LGBTQIAP+, com alinhamento<br />
à cultura popular e regional.<br />
“Queremos ajudar as marcas<br />
a se conectarem com o Brasil <strong>de</strong><br />
uma maneira genuína no sentido<br />
<strong>de</strong> como é possível, do ponto<br />
<strong>de</strong> vista <strong>de</strong> raça e classe, criar<br />
estratégias <strong>de</strong> comunicação”,<br />
explica Clariza Rosa, cofundadora<br />
e lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> novos negócios<br />
e estratégia da Silva.<br />
Des<strong>de</strong> 2019 sob a direção <strong>de</strong><br />
Clariza Rosa, Helena Gusmão,<br />
Renan Kvacek e Alan Ferreiras,<br />
a agência criativa e produtora<br />
<strong>de</strong> imagem, que nasceu em<br />
2015 inicialmente como uma<br />
empresa <strong>de</strong> casting na periferia,<br />
ganhou recentemente mais um<br />
sócio, Felippe Guerra, que está<br />
fazendo a ponte da Silva com o<br />
mercado baiano.<br />
“A agência Silva tem outros<br />
negócios para acelerar empresas<br />
criadas por pessoas <strong>de</strong><br />
grupos sub-representados em<br />
forma <strong>de</strong> comunicação e entretenimento,<br />
e o mercado baiano<br />
tem várias oportunida<strong>de</strong>s nesse<br />
sentido”, afirma Guerra.<br />
“Tudo o que a gente faz passa<br />
pela questão racial <strong>de</strong> uma<br />
maneira muito forte. Hoje as<br />
marcas não nos procuram necessariamente<br />
por causa do<br />
viés racial, mas são empresas<br />
que querem se conectar com o<br />
Brasil”, reforça Clariza.<br />
Com projetos <strong>de</strong>senvolvidos<br />
para marcas como Netflix,<br />
Salon Line, Maybelline, Coca-<br />
Os sócios Helena Gusmão, Alan Ferreiras, Clariza Rosa, Renan Kvacek e Felippe Guerra<br />
-Cola, Fila, Sandálias Ipanema<br />
e Farm, a Silva também faz<br />
parcerias com agências que resultaram<br />
em campanhas com<br />
Spotify, Tembici, Continental e<br />
O Boticário, para quem criou o<br />
projeto Mulheres Invisíveis, um<br />
banco <strong>de</strong> imagens que representou<br />
a diversida<strong>de</strong> na pele <strong>de</strong><br />
mulheres brasileiras. “Inclusive,<br />
estamos negociando com a<br />
marca uma nova versão do projeto”,<br />
conta Clariza.<br />
Durante um ano, a Silva foi<br />
responsável pela produção <strong>de</strong><br />
conteúdo da página oficial<br />
Twitter Marketing Brasil.<br />
Atualmente, a agência trabalha<br />
com projetos pontuais no<br />
mo<strong>de</strong>lo sprint. Com se<strong>de</strong> no Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro, no bairro da Tijuca,<br />
tem braços em São Paulo e na<br />
Bahia. “O que difere a Silva <strong>de</strong><br />
uma agência tradicional é que,<br />
ao trabalhar com mo<strong>de</strong>lo sprint,<br />
a estrutura cresce a partir dos<br />
projetos e reduz à medida que<br />
eles terminam. Com isso, é possível<br />
ter uma saú<strong>de</strong> financeira<br />
relevante”, diz Guerra.<br />
Uma das apostas da agência<br />
para este ano é a plataforma<br />
Gente Bonita, um evento que<br />
celebra a brasilida<strong>de</strong>, a criativida<strong>de</strong><br />
e cenas culturais. “Fizemos<br />
três edições no Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro conectando criativos<br />
e pessoas que estão na periferia<br />
e em posições relevantes<br />
do mercado. E agora queremos<br />
fazer uma edição este<br />
ano em Salvador. Estamos<br />
<strong>de</strong> olho também em Belém e<br />
Parintins. A gente realmente<br />
acredita muito que existe uma<br />
efervescência cultural acontecendo<br />
em outras regiões para<br />
além do Su<strong>de</strong>ste. A i<strong>de</strong>ia é que<br />
Rodrigo Oliveira/Divulgação<br />
outros produtos relacionados<br />
a conteúdo saiam do guarda-<br />
-chuva do Gente Bonita”, ressalta<br />
Clariza.<br />
Sobre diversida<strong>de</strong> no mercado,<br />
Guerra opina: “A pauta<br />
da diversida<strong>de</strong> está em transformação.<br />
Algumas marcas<br />
enten<strong>de</strong>ram que ela é benéfica<br />
para ao negócio e estão fazendo<br />
ações mais profundas.<br />
E tem marcas que não enten<strong>de</strong>ram<br />
isso ou fizeram coisas<br />
muito superficiais, e voltaram<br />
a comportamentos antigos<br />
porque não mudaram suas estruturas.<br />
Tem marcas achando<br />
que não vão apanhar, mas<br />
vão apanhar porque tem uma<br />
nova geração que está muito<br />
mais conectada, com embasamento<br />
maior para a tomada <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cisão, com um questionamento<br />
muito maior.”<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 25
agências<br />
Batux faz 15 anos focada em festas<br />
regionais, promoções e incentivo<br />
A CEO Chris Bradley afirma que o objetivo é <strong>de</strong>senvolver projetos<br />
customizados para os clientes e usar a tecnologia a favor do negócio<br />
kelly dores<br />
Batux tem um tempero regional<br />
como poucas agên-<br />
A<br />
cias <strong>de</strong> live marketing com atuação<br />
nacional. Apesar <strong>de</strong> a se<strong>de</strong><br />
estar localizada em São Paulo,<br />
a empresa possui uma forte<br />
experiência em projetos para<br />
festas regionais em função da<br />
origem pernambucana da CEO,<br />
Chris Bradley.<br />
“Até pela minha essência pernambucana,<br />
estamos trabalhando<br />
muito as festas regionais,<br />
que voltaram no ano passado,<br />
como a Festa <strong>de</strong> São João, Parintins<br />
e Oktoberfest. Fazemos várias<br />
ativações <strong>de</strong> marcas nessas<br />
festas. A gente conhece as festas<br />
e faz uma customização para os<br />
clientes”, conta Chris. Para ela,<br />
as festas regionais <strong>de</strong>vem crescer<br />
mais neste ano.<br />
Prestes a completar 15 anos<br />
em setembro, a Batux é voltada<br />
para promoções, marketing <strong>de</strong><br />
incentivo e festas regionais. De<br />
acordo com a executiva, a agência<br />
tem investido bastante em<br />
ferramentas <strong>de</strong> inovação, como<br />
em uma plataforma para promoções<br />
com pagamento com<br />
Pix, lançada logo após o serviço<br />
financeiro.<br />
“Assim que entrou o Pix abrimos<br />
uma plataforma para pagamento<br />
com Pix, fizemos muitas<br />
promoções com cashback, o<br />
que dá agilida<strong>de</strong> e segurança<br />
maior para o cliente.”<br />
No ano passado, a agência<br />
conquistou as contas <strong>de</strong> Unilever<br />
e Coca-Cola (marketing <strong>de</strong><br />
incentivo), e ampliou o atendimento<br />
na Nestlé. “Fizemos, por<br />
exemplo, a promoção do KitKat<br />
no Rock in Rio e ganhamos a<br />
concorrência para a promoção<br />
da marca no The Town”, revela.<br />
Segundo a executiva, apesar<br />
<strong>de</strong> a pan<strong>de</strong>mia ter sido bem<br />
difícil para o mercado <strong>de</strong> live<br />
marketing, a Batux estava com<br />
um time enxuto e capitalizada,<br />
o que ajudou a retomarem<br />
o trabalho mais rapidamente,<br />
investindo em ferramentas <strong>de</strong><br />
Chris Bradley: “Até pela minha essência pernambucana, estamos trabalhando muito as festas regionais”<br />
inovação. “Criamos todas promoções<br />
para Consul Brastemp.<br />
Na última Black Friday, criamos<br />
uma plataforma <strong>de</strong> retail promo<br />
para a marca on<strong>de</strong> eles podiam<br />
mudar o produto e a oferta<br />
semanalmente. Nosso foco<br />
é usar a tecnologia e trabalhar<br />
ferramentas para o negócio.”<br />
Conta histórica da agência,<br />
o Itaú é um dos clientes cujo<br />
atendimento está sendo retomado<br />
neste ano. “Fizemos várias<br />
promoções antes da pan<strong>de</strong>mia<br />
e agora estamos retomando<br />
o atendimento”, <strong>de</strong>staca Chris.<br />
Por ter atendido um cliente<br />
do setor financeiro por tantos<br />
anos, a executiva afirma que a<br />
Batux adquiriu expertise em<br />
oferecer segurança em promoções.<br />
Segundo ela, 99,9% dos<br />
consumidores estão satisfeitos<br />
com as promoções da agência.<br />
“Em promoção, precisa ter<br />
uma garantia e confiança gran<strong>de</strong><br />
na entrega e agilida<strong>de</strong> do<br />
processo. A promoção ajuda<br />
“A promoção AjudA<br />
o cliente A ter<br />
visibilidA<strong>de</strong><br />
nA comprA, A<br />
gAnhAr shAre,<br />
mAs precisA ser<br />
muito bem-feitA”<br />
Divulgação<br />
o cliente a ter visibilida<strong>de</strong> na<br />
compra, a ganhar share, mas<br />
precisa ser muito bem-feita.<br />
Quando não é bem entregue,<br />
ela sobe para o Reclame Aqui e<br />
você ganha consumidores insatisfeitos”,<br />
pon<strong>de</strong>ra Chris.<br />
De acordo com dados <strong>de</strong><br />
mercado, normalmente, uma<br />
promoção tem a participação<br />
entre 5% e 10% do público-alvo,<br />
chegando no máximo a 15%.<br />
“Promoção é uma ferramenta<br />
para incentivar vendas. O brasileiro<br />
gosta <strong>de</strong> promoção e o que<br />
a gente sabe é que as vendas<br />
caem quando a promoção termina”,<br />
ressalta a CEO da Batux.<br />
Para este ano, a meta da<br />
agência é crescer, pelo menos,<br />
20%. “Crescemos 25% no ano<br />
passado”, revela Chris. Entre<br />
os principais clientes da Batux,<br />
que se posiciona entre as<br />
cinco maiorers agências <strong>de</strong> live<br />
marketing no Brasil, estão:<br />
Coca-Cola, Disney, JBS, Nestlé,<br />
Unilever e Whirlpool.<br />
26 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
AGênCiAS<br />
Sergio Gordilho e Marcio Santoro<br />
iniciam terceiro ciclo na re<strong>de</strong> DDB<br />
Após 18 meses <strong>de</strong> negociação, dupla formaliza nova socieda<strong>de</strong> com<br />
a marca da holding Omnicom com lançamento da Africa Creative<br />
PAULO MACEDO<br />
Um novo nome que também embute um<br />
novo posicionamento. Com essa expressão,<br />
o co-CEO e CCO Sergio Gordilho<br />
sintetiza a essência da nova Africa Creative,<br />
que formaliza uma nova fase <strong>de</strong>le e do<br />
co-CEO e COO Marcio Santoro com a re<strong>de</strong><br />
americana DDB, que a abriga no seu portfólio<br />
<strong>de</strong> marcas. Após 18 meses em negociação<br />
com John Wren, chairman & CEO<br />
do grupo Omnicom, e Martin O’Hallora,<br />
global chief executive da DDB, a dupla ampliou<br />
participação acionária e abriu a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ter novos sócios, que serão<br />
anunciados ainda nesse primeiro semestre.<br />
“Eles seguem majoritários, mas foi um<br />
ótimo acordo. Agora temos um sobrenome<br />
que é nossa essência: criativida<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>ríamos<br />
abrir nossa agência, mas eles nos<br />
perguntaram: por que abrir uma agência se<br />
vocês po<strong>de</strong>m ter uma nova Africa? Aceitamos.<br />
Também vamos investir em negócios,<br />
como fizemos com a Ásia”, diz Gordilho.<br />
Os gestores do Omnicom e DDB abriram as portas para Gordilho e Santoro reinventarem a Africa<br />
Divulgação<br />
Após 6 anos com a Suno, Santan<strong>de</strong>r<br />
entrega conta integral para BETC<br />
Além do banco, vai coor<strong>de</strong>nar estratégias das empresas coligadas como<br />
GetNet, Autocompara, Santan<strong>de</strong>r Consumer Finance e Ben Benefícios<br />
nova parceira para publicida<strong>de</strong>,<br />
marketing direto e<br />
A<br />
performance no Brasil do Banco<br />
Santan<strong>de</strong>r é a agência BETC<br />
Havas. O acordo foi anunciado<br />
na semana passada e envolve,<br />
além da publicida<strong>de</strong> do banco,<br />
as estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />
das empresas coligadas, como<br />
GetNet, Sim, Santan<strong>de</strong>r Consumer<br />
Finance, Ben Benefícios e<br />
Autocompara.<br />
Com a <strong>de</strong>cisão, o Santan<strong>de</strong>r<br />
conclui ciclo <strong>de</strong> seis anos com<br />
a Suno United Creators para seguir<br />
em novo projeto, alinhado<br />
regionalmente com a Havas,<br />
que aten<strong>de</strong> a marca na América<br />
Latina. “Vamos manter todos<br />
os ativos que elevaram nosso<br />
patamar <strong>de</strong> marca e negócios<br />
Divulgação<br />
Erh Ray, CEO da BETC Havas, ao lado do diretor <strong>de</strong> marketing do Santan<strong>de</strong>r, Igor Puga<br />
atingido nos últimos seis anos<br />
com a Suno, a quem somos<br />
muito gratos. Nessa nova fase<br />
queremos aumentar a sinergia<br />
dos nossos projetos no Brasil<br />
para que tenham utilização e<br />
impacto global. A BETC Havas,<br />
por ter um lí<strong>de</strong>r criativo expressivo<br />
e somar essa capilarida<strong>de</strong><br />
internacional, consegue<br />
ser uma excelente combinação<br />
para manter nosso tom provocador<br />
e ousado, almejando um<br />
volume técnico mais eficiente”,<br />
ressalta Igor Puga, diretor <strong>de</strong><br />
marketing do Santan<strong>de</strong>r.<br />
“É com imenso orgulho que<br />
recebemos em nossa casa um<br />
cliente como o Santan<strong>de</strong>r”, finaliza<br />
Erh Ray, fundador, CEO e<br />
CCO da BETC Havas.<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 27
MARCAS<br />
Lançamento <strong>de</strong> Protex Pro Tattoo<br />
tem ação com mulheres tatuadas 60+<br />
Ação propõe uma conversa sobre a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> as mulheres <strong>de</strong>cidirem se querem ou não marcar a pele<br />
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Divulgação<br />
Criada pela VMLY&R,<br />
campanha propõe<br />
que mulheres rompam<br />
com os estigmas<br />
Campanha <strong>de</strong> lançamento do novo<br />
Protex Pro Tattoo, da Colgate-Palmolive,<br />
convida mulheres 60+ a fazerem a<br />
sua primeira tatuagem, contando histórias<br />
inspiradoras. O produto é o primeiro<br />
sabonete antibacteriano <strong>de</strong>senvolvido<br />
para proteger peles tatuadas, com óleo <strong>de</strong><br />
linhaça e vitamina E em sua composição.<br />
Criada pela VMLY&R, a ação propõe<br />
uma conversa sobre a liberda<strong>de</strong> para as<br />
mulheres <strong>de</strong>cidirem se querem ou não<br />
marcar a pele com suas lembranças. O objetivo<br />
é estimular uma geração <strong>de</strong> mulheres<br />
a romper com estigmas. A campanha<br />
conta com um filme testemunhal, que<br />
entra no ar no ambiente digital.<br />
“Por décadas, as tatuagens foram vistas<br />
<strong>de</strong> maneira preconceituosa e não<br />
como forma <strong>de</strong> expressão. O estigma<br />
aumentava quando se tratava <strong>de</strong> uma<br />
mulher. Agora, convidamos todas elas a<br />
virarem essa página e a contarem com o<br />
Protex Pro Tatoo para proteger as suas<br />
peles e as suas histórias”, comenta Katia<br />
Ambrosio, diretora <strong>de</strong> personal care<br />
da Colgate-Palmolive, que <strong>de</strong>tém a marca<br />
Protex. “A i<strong>de</strong>ia é que as mulheres <strong>de</strong><br />
qualquer ida<strong>de</strong> possam eternizar em suas<br />
peles os sonhos que sempre tiveram”,<br />
complementa Emmanuelle Goethals, lí<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> atendimento e operações do núcleo<br />
Colgate-Palmolive na VMLY&R.<br />
Para promover o lançamento, a marca<br />
reunirá o time <strong>de</strong> tatuadas 60+ da campanha<br />
em evento <strong>de</strong>senvolvido pela agência<br />
BCW Brasil que será comandado por<br />
Astrid Fontenelle, em uma mesa redonda,<br />
para troca <strong>de</strong> experiências e vivências<br />
sobre os tabus enfrentados e restrições<br />
por gênero. Além <strong>de</strong>la, o evento contará<br />
com a participação da apresentadora<br />
Penélope Nova e outras influenciadoras<br />
digitais.<br />
Astrid vai propor o tema Tattoos e quebra<br />
<strong>de</strong> outros tabus aos convidados, que<br />
<strong>de</strong>vem contar sobre suas relações com a<br />
tatuagem e o que já enfrentaram por assumi-las<br />
publicamente.<br />
O bate-papo ocorre em um evento para<br />
convidados no restaurante Notie, no terraço<br />
do Shopping Light, com um menu<br />
assinado pelo chef Onildo Rocha, em São<br />
Paulo, no dia 18, e vai gerar conteúdos simultâneos<br />
nas re<strong>de</strong>s sociais da marca.<br />
28 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
opinião<br />
Arseny Togulev/Unsplash<br />
Do iBM 3270<br />
ao ChatGpT<br />
RicaRdo calfat<br />
Vivemos um momento único com o aumento<br />
da popularida<strong>de</strong> das tecnologias,<br />
em especial a inteligência artificial.<br />
Avanços disruptivos no universo da comunicação,<br />
como ten<strong>de</strong>m a ser ChatGPT e<br />
outros similares, provocam em mim uma<br />
sensação <strong>de</strong> dèjá-vu dos anos 1980, quando<br />
meu pai trouxe dos Estados Unidos<br />
um computador IBM para casa - algo raro<br />
à época no Brasil. Assim como muitas das<br />
IAs disponíveis atualmente, esse IBM 3270<br />
era apenas o início da revolução. Meu pai<br />
programava em DOS para realizar tarefas<br />
simples que, hoje em dia, uma planilha do<br />
Excel faz automaticamente com apenas<br />
um comando. Obviamente não tínhamos a<br />
percepção <strong>de</strong> um MVP anunciando o início<br />
<strong>de</strong> uma era dos computadores pessoais. A<br />
partir daí, a história nos conta.<br />
A maneira como trabalhamos,<br />
nos comunicamos<br />
e interagimos socialmente<br />
mudou radicalmente.<br />
Quarenta anos <strong>de</strong>pois,<br />
com dois filhos pré-adolescentes,<br />
me vejo no lugar do<br />
meu pai ao entrar em contato<br />
com um mundo completamente<br />
diferente, <strong>de</strong>sta<br />
vez impulsionado pela IA.<br />
Tudo que estamos vendo também é um<br />
MVP, mas, até pela história, dá para prever<br />
o impacto futuro (breve) no mercado <strong>de</strong><br />
trabalho e nas relações pessoais. Embora<br />
encantado com as possibilida<strong>de</strong>s que se<br />
multiplicam na esteira da evolução da inteligência<br />
artificial, tenho preocupações como<br />
pai e empresário <strong>de</strong> comunicação. Como<br />
conduzir meus filhos em uma formação<br />
condizente com esse futuro anunciado?<br />
Como potencializar na equipe da agência o<br />
lado reflexivo humano que nos diferencie<br />
ainda mais <strong>de</strong> tudo que a IA po<strong>de</strong>rá oferecer?<br />
Na agência, especificamente, esse tema<br />
é nossa pauta quase que diária há pelo<br />
menos dois anos. Em 2021, criamos um<br />
vi<strong>de</strong>omanifesto usando técnicas <strong>de</strong> IA que<br />
“procuro<br />
orientar<br />
nossa equipe e<br />
garantir que<br />
as tecnologias<br />
potencializem<br />
o que é<br />
automatizável”<br />
provocou em nós aquela sensação <strong>de</strong> inovação<br />
que tanto perseguimos na indústria<br />
publicitária. Mas você já sabe o que aconteceu,<br />
certo? A evolução <strong>de</strong>ssa tecnologia é<br />
tão rápida que tudo já mudou. Este artigo,<br />
por exemplo, certamente seria escrito diferente<br />
em algumas semanas… Há alguns<br />
anos, falávamos justamente que a tecnologia<br />
apenas não era capaz <strong>de</strong> imitar o lado<br />
emocional humano, lado este que está tão<br />
presente no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s.<br />
Pensar nessa possibilida<strong>de</strong> é quase<br />
imaginar a versão romantizada da inteligência<br />
artificial, aquela presente em tantos<br />
produtos midiáticos. Em Klara e o Sol, <strong>de</strong><br />
Kazuo Ishiguro, prêmio Nobel <strong>de</strong> Literatura,<br />
o gerente da loja <strong>de</strong> amigos artificiais<br />
fala para o robô: “você percebe e absorve<br />
tanto”. A sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não utilizar a palavra<br />
“apren<strong>de</strong>” é nítida, afinal, nesse universo<br />
o processo do machine<br />
learning não entra na equação.<br />
Voltando para o mundo real,<br />
como pai, busco orientar<br />
os meus filhos sobre as barreiras<br />
que existirão para a nova<br />
geração ingressar no mercado<br />
<strong>de</strong> trabalho, já que aparentemente<br />
a tecnologia vai conseguir<br />
fazer (quase) tudo. Como<br />
publicitário e sócio <strong>de</strong> agência,<br />
procuro as melhores maneiras<br />
<strong>de</strong> orientar nossa equipe e garantir que as<br />
tecnologias potencializem o que é automatizável,<br />
liberando espaço para <strong>de</strong>senvolver<br />
o que é essencialmente humano. Eu acredito<br />
que o repertório, a pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e<br />
pensamentos e a diversida<strong>de</strong> sociocultural<br />
são aspectos humanos que seguirão fazendo<br />
a diferença na comunicação. Para finalizar,<br />
trago mais uma memória familiar já<br />
que é um pouco do mood <strong>de</strong>ste artigo. Meu<br />
avô sempre dizia: “Não há como barrar a<br />
água e o progresso”. Eles avançam, transbordam,<br />
queira você ou não. A diferença é<br />
como a gente se prepara e o quão adaptável<br />
somos. É fascinante e é apenas o começo -<br />
assim como o IBM 3270 foi para mim e para<br />
o meu pai.<br />
Ricardo Calfat é sócio e COO do Grupo REF<br />
rcalfat@gruporef.com<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 29
ESG NO MKT<br />
TheStandingDesk/Unsplash<br />
Rewirement – o po<strong>de</strong>r<br />
da maturida<strong>de</strong><br />
O estudo mostra que as pessoas<br />
maduras estão preferindo se reprogramar<br />
Alexis Thuller PAgliArini<br />
Não conhecia o termo, em inglês, Rewired.<br />
Deparei-me com ele pela primeira<br />
vez ao analisar com maior profundida<strong>de</strong> o<br />
estudo The Future 100 <strong>2023</strong>, da Wun<strong>de</strong>rman<br />
Thompson. É o tópico 93 do estudo,<br />
que tem um total <strong>de</strong> 100 pontos muito interessantes.<br />
Rewirement – Retirement is out.<br />
Rewirement is in. Este é o título, em inglês.<br />
Em português seria algo como: Reprogramação<br />
(ou religamento) – Aposentadoria,<br />
não. Reprogramação, sim. Ao pé<br />
da letra, rewirement teria o sentido <strong>de</strong><br />
religar, mas, abrindo para uma visão contextualizada<br />
à atuação dos maduros, acho<br />
“reprogramar” mais a<strong>de</strong>quado. E o estudo<br />
mostra que as pessoas maduras, com ida<strong>de</strong><br />
para se aposentar, estão preferindo se<br />
reprogramar.<br />
Enquanto que, no passado, 65 anos era<br />
ida<strong>de</strong> para colocar pijamas e ficar arrastando<br />
chinelos pela casa, hoje esses maduros<br />
ainda estão cheios <strong>de</strong> vitalida<strong>de</strong>, recusando-se<br />
a pendurar as chuteiras.<br />
No ambiente corporativo convencional,<br />
esses representantes da tal geração prateada<br />
têm problemas. Cabelos brancos e rugas<br />
<strong>de</strong>stoam no meio <strong>de</strong> representantes da geração<br />
Z, que é predominante nas empresas.<br />
Embora exista uma resistência a esse<br />
etarismo, a dura realida<strong>de</strong> é que são raros<br />
os que passam dos 65 atuando normalmente<br />
nas empresas, com exceção dos que são<br />
sócios. Mas o gás ainda não acabou.<br />
E é aí que aparece o tal do rewirement. É<br />
o repensar do trabalho numa fase mais madura.<br />
É como se retrofitar.<br />
A aparência externa não escon<strong>de</strong> a ida<strong>de</strong>,<br />
mas, por <strong>de</strong>ntro, esses maduros po<strong>de</strong>m<br />
se reinventar e buscar ativida<strong>de</strong>s que possam<br />
assumir com eficiência. Po<strong>de</strong> ser simplesmente<br />
buscar atuação em instituições<br />
ou organizações on<strong>de</strong> a juventu<strong>de</strong> dos colaboradores<br />
não seja tão valorizada.<br />
O próprio estudo da Wun<strong>de</strong>rman<br />
Thompson trata, em seu tópico 97, do fenômeno<br />
do “Unretirement”, ou, em português,<br />
“<strong>de</strong>saposentadoria”, o processo <strong>de</strong><br />
retorno ao trabalho <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se aposentar.<br />
Ou po<strong>de</strong> ser uma atitu<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>-<br />
dora, buscando criar o próprio negócio,<br />
on<strong>de</strong> seu conhecimento acumulado por<br />
anos possa ser colocado à disposição <strong>de</strong><br />
outras empresas. Na busca por conhecer<br />
mais sobre o termo, achei um artigo <strong>de</strong> Kim<br />
Neeson, do conselho da Forbes, com dicas<br />
interessantes para quem, como eu, já está<br />
nessa faixa etária. Vamos a elas:<br />
1- Planeje com antecedência: comece<br />
a <strong>de</strong>senvolver as i<strong>de</strong>ias para o futuro enquanto<br />
o momento ainda não chegou;<br />
2- Pergunte a si mesmo: O que eu quero<br />
fazer diferente? Reserve um tempo para observar<br />
aqueles dias em que você realmente<br />
sente vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> lançar seu trabalho pela<br />
janela porque <strong>de</strong>seja fazer X, ou sentir Y ou<br />
ser Z. Escreva essas observações. Elas serão<br />
úteis no momento da pivotada;<br />
3- Planeje com intenção: Com sua lista <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ias, escolha algumas que você vai perseguir<br />
ativamente. Pesquise aquele curso que<br />
você sempre quis fazer e inscreva-se! Participe<br />
<strong>de</strong> eventos relacionados às ativida<strong>de</strong>s<br />
do seu interesse;<br />
4- Mantenha-se atualizado e procure<br />
relacionamento com quem já passou por<br />
situações semelhantes ou po<strong>de</strong> contribuir<br />
nesse processo;<br />
5- Seja paciente e crie uma reserva financeira<br />
para suportar um bom tempo sem a<br />
confortável remuneração do passado. A<br />
transição não acontece num estalar <strong>de</strong> <strong>de</strong>dos.<br />
Além <strong>de</strong>stas 5 dicas (que adaptei ao<br />
meu modo), acrescentaria algumas da minha<br />
própria experiência;<br />
6- Não <strong>de</strong>scui<strong>de</strong> do seu networking. Os<br />
bons relacionamentos são preciosos;<br />
7- Cui<strong>de</strong>-se bem, por <strong>de</strong>ntro e por fora.<br />
Isso tem a ver com a sua saú<strong>de</strong>, mas também<br />
com a sua aparência;<br />
8- Não dê muita importância para sua<br />
ida<strong>de</strong>. Não fique falando <strong>de</strong>la, nem critique<br />
os mais novos, com pensamentos e comportamento<br />
diferentes dos seus.<br />
Lembre-se: ida<strong>de</strong> é um estado <strong>de</strong> espírito.<br />
E termino este texto reproduzindo a fala<br />
<strong>de</strong> Michelle Yeoh, <strong>de</strong> 60 anos, em seu discurso<br />
<strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento pelo Oscar <strong>de</strong> Melhor<br />
Atriz: “Não <strong>de</strong>ixe que ninguém diga a<br />
vocês que já passaram da ida<strong>de</strong>!”<br />
Alexis Thuller Pagliarini é sócio-fundador da ESG4<br />
alexis@criativista.com.br<br />
30 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
click do Alê<br />
Alê Oliveira aleoliveira@propmark.com.br<br />
RicaRdo EstuRaRo lança consumo VERdE<br />
O escritor Ricardo Esturaro reuniu centenas <strong>de</strong> amigos, publicitários e<br />
familiares no lançamento do seu primeiro livro, Consumo ver<strong>de</strong>. A obra<br />
trata da questão ambiental e social <strong>de</strong> forma objetiva e direta, longe do<br />
modismo, do obscurantismo e do alarmismo excessivo que tem tomado<br />
conta <strong>de</strong>sse assunto. O autor é dono <strong>de</strong> uma sólida experiência profissional<br />
em cargos executivos em gran<strong>de</strong>s empresas, sendo que sua última função<br />
foi <strong>de</strong> CMO (chief marketing office) na Re<strong>de</strong> Globo. O evento ocorreu no último<br />
dia 13, na Livraria da Travessa, no Shopping Iguatemi, em São Paulo.<br />
Esturaro e Lucila Zahran Turqueto<br />
Esturaro e Carlos Henrique Nascimento<br />
Esturaro e Fred Muller<br />
Esturaro e Orlando Lopes<br />
Ricardo Esturaro autografa livro para Majory Imai<br />
Esturaro, Demetrio e Barbara Amono<br />
Melissa Galdino e Esturaro<br />
Clotil<strong>de</strong> Perez e Esturaro<br />
Ricardo Esturaro e Mauro Guilger<br />
Esturaro e Flávia Toledo<br />
Esturaro e Konrado Reys<br />
Ricardo, Marcelo e Bruno Assumpção<br />
Esturaro com Cristina Piasentini<br />
Armando Ferrentini, Esturaro e Tiago Ferrentini<br />
Esturaro e Ênio Vergeiro<br />
Esturaro com Karina Okazaki<br />
Ricardo Esturaro e Mônica Oliveira<br />
Esturaro e Billy Nascimento<br />
Ricardo Esturaro e Ulisses da Silva<br />
Ricardo Esturaro e Patricia Cor<strong>de</strong>iro<br />
Livraria da Travessa, no Shopping Iguatemi<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 31
wE<br />
mkT<br />
E a Globo? Ver TV, ou,<br />
ver na TV... Enfim,<br />
o fim dos empregos<br />
“O passado é um fósforo queimado.<br />
O presente um fósforo aceso.<br />
E o futuro ainda nem foi riscado”.<br />
Boni (José Bonifácio <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho)<br />
Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />
Durante décadas víamos TV. Girávamos<br />
o botãozinho, ou acionávamos o controle<br />
remoto e saíamos em busca dos canais.<br />
Depois veio o cabo, o streaming, a internet,<br />
agora não vemos mais TV; vemos na TV.<br />
No tempo em que víamos TV, a Globo<br />
reinou <strong>de</strong> forma brilhante e esplendorosa<br />
durante quatro décadas. Da 4ª em diante,<br />
a concorrência não das <strong>de</strong>mais emissoras,<br />
mas <strong>de</strong> novas alternativas; não mais para<br />
ver TV, mas para ver na TV, foi se multiplicando,<br />
e hoje, nós todos, proprietários <strong>de</strong><br />
uma Smart TV – que bom que as TVs ficaram<br />
inteligentes –, passamos a <strong>de</strong>ter, além<br />
da proprieda<strong>de</strong>, a posse e o uso do aparelho<br />
que compramos. E o mundo escancara-se<br />
nas novas telas. E o que aconteceu com a<br />
lí<strong>de</strong>r absoluta e imbatível Globo diante <strong>de</strong><br />
tudo isso? Segue firme e forte na li<strong>de</strong>rança.<br />
Primeiro, vamos nos situar no que é a<br />
Globo hoje, nas palavras <strong>de</strong> Manzar Feres,<br />
diretora <strong>de</strong> negócios integrados. E falando<br />
a Janaina Langsdorff, do PROPMARK, há<br />
duas semanas: “O processo <strong>de</strong> transformação<br />
começou com o projeto Uma Só Globo,<br />
que uniu TV Globo, Globosat, globo.com,<br />
Globo Play e Som Livre em uma única empresa<br />
– novembro <strong>de</strong> 2018. Novas formas <strong>de</strong><br />
produzir e distribuir conteúdo com potencial<br />
<strong>de</strong> convergência entre os meios consumidos<br />
pelas pessoas diariamente, serviços<br />
digitais para o público e soluções publicitárias<br />
para o mercado dão continuida<strong>de</strong><br />
ao plano... Estamos na TV Aberta, TV por<br />
Assinatura (com mais <strong>de</strong> 20 canais) e streaming<br />
(Globoplay). No ambiente digital reúne<br />
G1, gshow, ge, globo.com, Receitas.com,<br />
Cartola e podcasts.... Assim, e além do profundo<br />
conhecimento dos brasileiros, esse<br />
ecossistema é o que nos torna únicos...”.<br />
Tudo bem, muitos po<strong>de</strong>rão seguir empolgados,<br />
mas, os mais críticos e céticos,<br />
perguntando, “Where is the beef?”, ou,<br />
On<strong>de</strong> estão os resultados?... No ano <strong>de</strong><br />
2022, fechados o balanço e consolidados<br />
os números, a GCP – Globo Comunicação<br />
e Participações totalizou um lucro líquido<br />
<strong>de</strong> R$ 1,253 bi, após um prejuízo <strong>de</strong> R$ <strong>17</strong>3<br />
milhões em 2021. Receitas totais <strong>de</strong> vendas<br />
<strong>de</strong> R$ 15,1 bi, com um salto <strong>de</strong> 33% especificamente<br />
nas receitas <strong>de</strong>correntes do ambiente<br />
digital. Concluindo, e salvo aci<strong>de</strong>ntes<br />
<strong>de</strong> percurso ou tropeços <strong>de</strong> última hora,<br />
po<strong>de</strong> se afirmar que a Globo superou, com<br />
relativa tranquilida<strong>de</strong>, os momentos mais<br />
difíceis da transição.<br />
Por outro lado, a<strong>de</strong>quando estrutura e<br />
casting a essa nova realida<strong>de</strong>, a Globo <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>-se<br />
<strong>de</strong> forma profissional e respeitosa <strong>de</strong><br />
profissionais que por lá ficaram 30 ou mais<br />
anos. Pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avançar em seu<br />
novo posicionamento, e também porque o<br />
emprego como um dia conhecemos está chegando<br />
ao fim, conforme anunciou Jeremy<br />
Rifkin em seu monumental livro <strong>de</strong> 2004, O<br />
Fim dos Empregos. A propósito, emprego, o<br />
último e <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro estágio da escravidão.<br />
Daqui para frente saem os empregados<br />
e as empresas – velhas e novas – celebram<br />
parcerias com profissionais empreen<strong>de</strong>dores.<br />
É assim que é o mundo daqui para<br />
frente, e com a chegada da SEKS – Sharing<br />
Economy e Knowledge Society. On<strong>de</strong> nos<br />
somamos mediante parcerias – empregos<br />
nunca mais – e somos conduzidos pelo capital<br />
<strong>de</strong> conhecimento que temos e nossos<br />
parceiros e o mercado reconhecem.<br />
Nada é para sempre. E, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um<br />
reinado que se inicia no ano <strong>de</strong> 1967 com a<br />
chegada <strong>de</strong> José Bonifácio <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho,<br />
e para <strong>de</strong>finir o mo<strong>de</strong>lo que mudaria<br />
a história do país, e prevaleceu durante<br />
quase 50 anos, chegou a hora da transição.<br />
E que se iniciou formalmente no dia 24 <strong>de</strong><br />
setembro <strong>de</strong> 2018, quando todos os funcionários<br />
da ex-Venus Platinada receberam<br />
um comunicado <strong>de</strong> Jorge Nobrega, presi<strong>de</strong>nte-executivo,<br />
anunciando os novos<br />
tempos. De uma Globo “mais ágil e mais<br />
forte”. E <strong>de</strong>u certo. Aconteceu. Apenas isso.<br />
Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />
é consultor <strong>de</strong> marketing<br />
famadia@madiamm.com.br<br />
Diego González/Unsplash<br />
32 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
supercenas<br />
Paulo Macedo paulo@propmark.com.br<br />
Fotos: Divulgação<br />
A Soko traz Erica Malunguinho, primeira <strong>de</strong>putada transgênero, em São Paulo, ao lado da head <strong>de</strong> estratégia Gabriela Rodrigues: olhar para políticas públicas nas ações da agência<br />
COMPLEXIDADE<br />
O time da executiva Gabriela Rodrigues na Soko, on<strong>de</strong> é responsável<br />
pelas áreas <strong>de</strong> cultura e impacto e está escalada para o júri<br />
da competição Creative Strategy Lions <strong>2023</strong>, ganhou neste mês <strong>de</strong><br />
<strong>abril</strong> o reforço <strong>de</strong> Erica Malunguinho como consultora criativa. Ela<br />
será responsável por trazer seu olhar para políticas públicas e agregar<br />
aos projetos <strong>de</strong>senvolvidos pela agência. “O po<strong>de</strong>r público e o<br />
po<strong>de</strong>r privado precisam agir <strong>de</strong> maneira coor<strong>de</strong>nada para a saú-<br />
<strong>de</strong> social e o bem comum. Infelizmente, ainda não temos o quórum<br />
necessário em nenhuma <strong>de</strong>ssas duas esferas. Neste sentido,<br />
a comunicação é um campo <strong>de</strong>cisivo diante das complexida<strong>de</strong>s da<br />
contemporaneida<strong>de</strong>”, pon<strong>de</strong>ra Erica, que é pernambucana, artista<br />
plástica e educadora. Ela foi eleita, em 2018, a primeira <strong>de</strong>putada<br />
transgênero no Brasil pelo estado <strong>de</strong> São Paulo. Ela teve participação<br />
<strong>de</strong>cisiva na <strong>de</strong>rrubada do PL 540/20, que tinha como intuito<br />
censurar a publicida<strong>de</strong> com conteúdo LGBT+ em SP.<br />
I<strong>de</strong>c e ACT alertam em campanha sobre as verda<strong>de</strong>s difíceis para os consumidores<br />
CONSUMIDOR<br />
A equipe criativa da agência Moringa é responsável pelo conceito<br />
Verda<strong>de</strong>s difíceis <strong>de</strong> engolir, iniciativa do I<strong>de</strong>c e da ACT<br />
Promoção da Saú<strong>de</strong>, que alerta para as práticas ocultas da indústria<br />
<strong>de</strong> alimentos ultraprocessados. A aprovação do projeto<br />
foi <strong>de</strong> Camilla Rigi, Laura Dau<strong>de</strong>n, Daniela Gue<strong>de</strong>s, Sarah Fernan<strong>de</strong>s<br />
e Tainá <strong>de</strong> Almeida Costa.<br />
Rafael Portugal junto com a dupla Podpah, Igão e Mítico, estão na ação da Chevrolet<br />
PROMO<br />
Igão e Mítico, do podcast Podpah, divi<strong>de</strong>m a cena na ação promocional<br />
#teamchevrolet com Rafael Portugal, iniciativa criada<br />
pela Commonwealth//WMcCann. Eles interagem com os usuários<br />
que tuítam na hashtag <strong>de</strong> olho nos prêmios (celulares da Apple<br />
e Equinox). A promoção, que já teve comercial veiculado no Big<br />
Brother Brasil, terá encerramento no dia 26 <strong>de</strong>ste mês <strong>de</strong> <strong>abril</strong>.<br />
jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 33
última página<br />
Hennie Stan<strong>de</strong>r/Unsplash<br />
O negócio da<br />
liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />
stalimir vieira<br />
Estou lendo Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Imprensa, coletânea<br />
<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> Karl Marx, produzidos<br />
entre 1842 e 1860. Num <strong>de</strong>les, escrito quando<br />
Marx tinha pouco mais <strong>de</strong> 20 anos, <strong>de</strong>i <strong>de</strong> cara<br />
com uma sentença absolutamente genial:<br />
“Ninguém é contra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa;<br />
no máximo, somos contra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa<br />
dos outros”.<br />
maioria vaga à <strong>de</strong>riva da falta <strong>de</strong> fundamentos<br />
filosóficos que sustentem algum tipo <strong>de</strong> confiança.<br />
Em vez <strong>de</strong> elevarmos a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pensar e, assim, forjarmos uma socieda<strong>de</strong> criteriosa,<br />
rebaixamos o que ser pensado, com o<br />
triste fim <strong>de</strong> engajar. Ninguém mais se ocupa<br />
em explicar ou compreen<strong>de</strong>r por que as coisas<br />
são como são, mas apenas em manter ou mudar<br />
as coisas, <strong>de</strong> acordo com sua conveniência<br />
objetiva e imediata.<br />
Nada mais atual, nada mais perene. Se<br />
tem uma questão que <strong>de</strong>veria merecer uma<br />
profunda reflexão da socieda<strong>de</strong> é a liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> expressão.<br />
Não para que cheguemos todos à conclusão<br />
<strong>de</strong>mocrática <strong>de</strong> que a liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> expressão é imprescindível<br />
à sobrevivência da <strong>de</strong>mocracia.<br />
Mas para que exprimamos corajosamente<br />
sua eventual nocivida<strong>de</strong><br />
à <strong>de</strong>mocracia.<br />
Em outro momento, Karl Marx<br />
toca na ferida aberta pelos discursos<br />
<strong>de</strong> conveniência <strong>de</strong> quem está<br />
no po<strong>de</strong>r, não necessariamente<br />
para con<strong>de</strong>nar a censura, mas<br />
para, quem sabe, justificá-la, através <strong>de</strong> um<br />
questionamento-chave: “Perguntamos se a liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> imprensa é o privilégio dos indivíduos<br />
ou se é o privilégio do espírito humano”.<br />
A internet teve o mérito <strong>de</strong> escancarar cruel<br />
e dolorosamente o mais amplo significado <strong>de</strong><br />
liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão. Nunca os indivíduos<br />
tiveram tanta liberda<strong>de</strong> e tanto po<strong>de</strong>r para se<br />
expressar. Nunca houve tamanho espaço para<br />
a profusão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, sem nenhum filtro ou<br />
precaução com as consequências.<br />
O mundo vive, hoje, provavelmente, a<br />
maior <strong>de</strong>sorganização intelectual da história.<br />
A polarização irracional é sintomática, numa<br />
socieda<strong>de</strong> em que a inteligência da gran<strong>de</strong><br />
“Julgar-se <strong>de</strong><br />
direita ou <strong>de</strong><br />
esquerda Já<br />
não encontra<br />
mais o mínimo<br />
estofo <strong>de</strong> um<br />
i<strong>de</strong>ário”<br />
Nega-se a causalida<strong>de</strong>, para que cada um<br />
atribua a causa que quiser para justificar o seu<br />
apoio ou a sua oposição às circunstâncias. É<br />
esse “excesso” <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> ou essa liberda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>linquente <strong>de</strong> expressão quem está matando<br />
a <strong>de</strong>mocracia.<br />
Julgar-se <strong>de</strong> direita ou <strong>de</strong> esquerda<br />
já não encontra mais o<br />
mínimo estofo <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>ário. São<br />
nomenclaturas que abrigam ignorâncias<br />
diversas, interesses parcos<br />
para a maioria, potenciais <strong>de</strong> negócios<br />
para alguns, oportunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> carreirismo político para outros.<br />
E dê-lhe liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão!<br />
E dê-lhe discursos inflamados<br />
contra a “censura”!<br />
Lula tentou, Bolsonaro tentou, nenhum<br />
conseguiu o controle da mídia, fosse através<br />
da mobilização popular, fosse através da sufocação<br />
econômica. A solução <strong>de</strong>mocrática tem<br />
sido replicar o mo<strong>de</strong>lo norte-americano <strong>de</strong> estimular<br />
a exploração <strong>de</strong> nichos, por veículos<br />
<strong>de</strong> comunicação oponentes.<br />
Um <strong>de</strong>sastre para a verda<strong>de</strong>. Pesquisa realizada<br />
no Estados Unidos alguns anos atrás<br />
revelou que mais <strong>de</strong> 90% dos assinantes da<br />
Fox votam nos republicanos e mais <strong>de</strong> 90%<br />
dos assinantes do New York Times votam<br />
nos <strong>de</strong>mocratas. Isso não é <strong>de</strong>mocracia. Parece,<br />
na verda<strong>de</strong>, um gran<strong>de</strong> negócio compartilhado.<br />
Stalimir Vieira é diretor da Base <strong>de</strong> Marketing<br />
stalimircom@gmail.com<br />
34 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark
Marcello Barbusci<br />
Para toda boa criação<br />
há uma referência.<br />
We transforme your dream<br />
Na<br />
em<br />
sua<br />
in realida<strong>de</strong> a reality<br />
impressão<br />
on no paper. papel.<br />
também.<br />
Nós transformamos seu sonho<br />
Nós We transformamos transforme your seu dream sonho<br />
em in realida<strong>de</strong> a reality on no paper. papel.<br />
“The “A qualida<strong>de</strong> quality do of paper papel e and o processo the printing <strong>de</strong> impressão process<br />
são nossas are our priorida<strong>de</strong>s priorities para for the a melhor best <strong>de</strong>livery.” entrega.”<br />
Tiago Ferrentini - Executive Diretor executivo director<br />
“The “A qualida<strong>de</strong> quality do of paper papel e and o processo the printing <strong>de</strong> impressão process<br />
são nossas are our priorida<strong>de</strong>s priorities para for the a melhor best <strong>de</strong>livery.” entrega.”<br />
Tiago Ferrentini - Executive Diretor executivo director<br />
Targeted Revistas Newspapers Jornais e Didatic Livros Catalogs Catálogos and e Paper Papel<br />
segmentadas magazines Tablói<strong>de</strong>s Tabloids Didáticos books yearbooks anuários recycled reciclado<br />
Targeted Revistas<br />
segmentadas magazines<br />
Jornais We etransforme Didatic Livros Catalogs Catálogos your and e dream Paper Papel<br />
Tablói<strong>de</strong>s Tabloids Didáticos books yearbooks anuários recycled reciclado<br />
in a reality on paper.<br />
Newspapers<br />
For Para For more maiores more information, informações call call us ligue us on on +55 para +55 11 11 2065 0766<br />
ou envie or drop um or us drop e-mail an us email para an email orcamento@referenciagrafica.com.br<br />
ca.com.br<br />
Para For maiores more information, informações call ligue us on para +55 11 112065 0766<br />
ou envie um or drop e-mail us para an email orcamento@referenciagrafica.com.br<br />
Rua Rua François François Coty, Coty, 228 228 | Cambuci, | Cambuci, São Paulo São Paulo - SP | - Brazil SP<br />
Rua François Coty, 228 | Cambuci, São Paulo - SP | Brazil | www.referenciagrafica.com.br<br />
www.referenciagrafica.com.br<br />
Rua Rua François François Coty, Coty, 228 228 | Cambuci, | Cambuci, São Paulo São Paulo - SP | - Brazil SP<br />
www.referenciagrafica.com.br
APP<br />
CAST<br />
O APPCAST possui mais <strong>de</strong> 100 episódios<br />
com os mais variados temas e gran<strong>de</strong>s<br />
profissionais do mercado.<br />
EP # 120<br />
Tema: Peculiarida<strong>de</strong>s da Publicida<strong>de</strong> no ABC<br />
Está no ar a edição #120 do APPCAST. Neste episódio,<br />
convidamos Karin Muller - Professora universitária<br />
Metodista, ESPM e FESPSP, Luciano Bonetti - Fundador<br />
da ABCCOM e Rodney Ribeiro - CEO da agência New<br />
Mind, para falar sobre as peculiarida<strong>de</strong>s da publicida<strong>de</strong><br />
no ABC.<br />
Você po<strong>de</strong> acompanhar todos os<br />
episódios do APPCAST nas principais<br />
plataformas <strong>de</strong> streaming e no canal<br />
da APP Brasil no Youtube.<br />
Apoio:<br />
Realização: