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edição de 17 de abril de 2023

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AFRicA cReAtive<br />

MARcA NOvO ciclO<br />

Após 18 meses, DDB<br />

e Omnicom celebram<br />

com Marcio Santoro e<br />

Sergio Gordilho a nova<br />

marca que embute<br />

o conceito criativo da<br />

agência. pág. 27<br />

betc HAvAs AssuMe cONtA DO sANtANDeR<br />

Anunciante migra para a agência <strong>de</strong> Erh Ray,<br />

na foto acima com o CMO do banco, Igor Puga,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> seis anos na Suno. pág. 27<br />

bAtux FAz 15 ANOs<br />

cOM viés RegiONAl<br />

Agência <strong>de</strong> live<br />

marketing da pernambucana<br />

Chris<br />

Bradley tem atuação<br />

nacional e possui forte<br />

expertise em festas<br />

regionais. pág. 26<br />

propmark.com.br ANO 58 - Nº 2939 - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> R$ 20,00<br />

Reproduções da internet<br />

Publicida<strong>de</strong> relega o impacto<br />

dos bordões para consumidor<br />

Frases e expressões que marcaram época, i<strong>de</strong>ntificavam marcas e produtos, e<br />

estão guardadas na memória <strong>de</strong> gerações, não são mais ouvidas em comerciais.<br />

O PROPMARK consultou profissionais sobre o porquê do abandono <strong>de</strong>ssa tradição na<br />

propaganda brasileira. A mudança <strong>de</strong> comportamento causada pela diversificação<br />

dos meios digitais é apontada como a causa principal, mas há também quem<br />

consi<strong>de</strong>re o atual momento como <strong>de</strong> escassez criativa. pág. 14


ACELERE SUA<br />

CAMPANHA<br />

E ATINJA<br />

70 MILHÕES<br />

DE IMPACTOS<br />

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DATA DRIVEN OUT OF HOME


editorial<br />

Armando Ferrentini<br />

aferrentini@editorareferencia.com.br<br />

Bordões na propaganda<br />

Em um passado não tão distante assim, a publicida<strong>de</strong> brasileira<br />

era movida a bordões, frases ou expressões que entravam para<br />

o imaginário popular e, inclusive, ajudaram a construir marcas.<br />

Os mais velhos vão recordar <strong>de</strong>ssa época com um certo saudosismo.<br />

Afinal, era divertido ouvir um bordão <strong>de</strong> uma campanha ser<br />

comentado e utilizado na mesa do almoço <strong>de</strong> família aos domingos,<br />

nas escolas ou numa mesa <strong>de</strong> bar com os amigos!<br />

Quem não se lembra - ou já ouviu falar - <strong>de</strong> clássicos como “Não<br />

é assim uma Brastemp”, “Bonita camisa, Fernandinho”, “51, uma<br />

boa i<strong>de</strong>ia” ou “Skol <strong>de</strong>sce redondo”, por exemplo?<br />

Essas frases marcantes tinham alta capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fixar na mente<br />

das pessoas e aumentar o share of mind da marca ou produto. Mas<br />

os bordões praticamente <strong>de</strong>sapareceram. Com o objetivo <strong>de</strong> saber<br />

por que eles saíram <strong>de</strong> moda na propaganda, o PROPMARK ouviu a<br />

opinião <strong>de</strong> diversos publicitários sobre o tema.<br />

Os criativos criavam bordões a partir <strong>de</strong> paródias <strong>de</strong> expressões populares,<br />

que geralmente apareciam em comerciais nos canais <strong>de</strong> TV<br />

aberta, em spots <strong>de</strong> rádio e em anúncios impressos, ou seja, seu<br />

espaço era a mídia tradicional. Agora, na era das re<strong>de</strong>s sociais, o<br />

bordão tem sido cada vez menos utilizado por conta, em gran<strong>de</strong><br />

parte, das mudanças no nosso comportamento e na forma como<br />

consumimos mídia. Ou seja, <strong>de</strong>vido à fragmentação da mídia.<br />

Laura Esteves, VP <strong>de</strong> criação da DM9, completa: “Com uma distribuição<br />

mais dividida <strong>de</strong> mídia, a construção <strong>de</strong> um bordão leva<br />

mais tempo e esforço. Importante também é a consistência e continuida<strong>de</strong><br />

das marcas ano após ano na mesma direção.”<br />

Opinião que não é compartilhada por Washington Olivetto, um dos<br />

mais famosos publicitários brasileiros e craque no assunto bordões.<br />

Ele não resume a questão à fragmentação digital ao comentar o sumiço<br />

das frases antológicas nos comerciais.<br />

“Existiam gran<strong>de</strong>s bordões quando existiam gran<strong>de</strong>s conceitos,<br />

criados e trabalhados por gran<strong>de</strong>s talentos. Sem gran<strong>de</strong>s talentos,<br />

não existem gran<strong>de</strong>s conceitos, muito menos gran<strong>de</strong>s bordões. O<br />

resto é algoritmo.”<br />

Aposta<br />

Nesta segunda-feira (<strong>17</strong>), a Record TV começa a exibir na sua<br />

gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação a 6ª temporada da série Reis, agora com a<br />

história <strong>de</strong> Davi, que suce<strong>de</strong>u Saul no trono <strong>de</strong> Israel e governou<br />

por 40 anos. 700 profissionais, diretos e indiretos, estão envolvidos<br />

na superprodução, que tem direção-geral <strong>de</strong> Leo Miranda.<br />

Cada episódio exige entre 66 e 99 horas <strong>de</strong> edição para “as cenas<br />

fortes e realistas, mas sem precisar virar o rosto”, como explica<br />

a autora Cristiane Cardoso, que fala sobre a base bíblica do projeto<br />

Reis - A Conquista. A 7ª e 8ª temporadas serão gravadas em<br />

<strong>2023</strong>.<br />

“Com o aumento <strong>de</strong> informações e o acesso à internet, passamos a<br />

ter mais opções e nos tornamos mais críticos e refinados em relação<br />

à publicida<strong>de</strong>. As mensagens <strong>de</strong> marketing precisam ser mais sutis<br />

e menos invasivas para captar nossa atenção. Além disso, as re<strong>de</strong>s<br />

sociais e as plataformas digitais oferecem novas formas <strong>de</strong> interação<br />

com as marcas, que po<strong>de</strong>m ser mais eficazes do que um simples<br />

bordão”, diz Ricardo Miller, diretor <strong>de</strong> criação da Oliver.<br />

Movimentação<br />

A última semana teve movimentações importantes no mercado<br />

brasileiro <strong>de</strong> agências <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>. A conta do Santan<strong>de</strong>r saiu<br />

da Suno United Creators, on<strong>de</strong> estava havia seis anos, para a BETC<br />

Havas, <strong>de</strong> Erh Ray. Já a Africa mudou <strong>de</strong> nome para Africa Creative<br />

e vai abrir participação para que outros executivos da agência também<br />

se tornem sócios.<br />

as Mais lidas da seMana no propMark.coM.Br<br />

1ª<br />

2ª<br />

3ª<br />

santan<strong>de</strong>r escolhe Betc<br />

Havas como nova agência<br />

A BETC Havas é a nova agência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>, marketing<br />

direto e performance do Santan<strong>de</strong>r no Brasil. A conta ficou sob<br />

responsabilida<strong>de</strong> da Suno United Creators pelos últimos seis anos.<br />

danilo Janjacomo<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong>ntsu creative<br />

Danilo Janjacomo <strong>de</strong>ixou na semana passada a Dentsu Creative.<br />

O profissional, que era o CCO, foi responsável por um um<br />

time que envolvia criação, <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> conversas e produção.<br />

inovação, tecnologia,<br />

conteúdo: o que esperar<br />

do MMa impact <strong>2023</strong><br />

Realizado na semana passada, em São Paulo, o MMA Impact<br />

reuniu os principais nomes do mercado nacional e internacional,<br />

como o professor Rohit Bhargava, além do Podpah e executivos<br />

<strong>de</strong> multinacionais, como o Mercado Ads.<br />

4ª<br />

A Tech and Soul apresentou uma nova estrutura voltada unicamente<br />

para mídia out of home. Chamada <strong>de</strong> VidaOOH, a operação terá<br />

a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Ana Ventura, head <strong>de</strong> mídia da Tech and Soul.<br />

5ª<br />

tech and soul terá<br />

estrutura focada em ooH<br />

ticketmaster atuará<br />

no mercado brasileiro<br />

A Ticketmaster lançou Ticketmaster Brasil, que terá se<strong>de</strong> em<br />

São Paulo. A chegada da vertente brasileira do site <strong>de</strong> vendas<br />

<strong>de</strong> ingressos faz parte do plano <strong>de</strong> expansão da plataforma.<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 3


Índice<br />

Propaganda<br />

coloca bordões<br />

em segundo plano<br />

Frases e expressões <strong>de</strong><br />

campanhas <strong>de</strong> marcas que<br />

entraram para o imaginário<br />

popular per<strong>de</strong>ram força<br />

no mercado publicitário.<br />

caPa<br />

14<br />

Reprodução<br />

Fotos: Divulgação<br />

enTReViSTa<br />

Ucraniana mgid<br />

fala sobre<br />

contextualização<br />

O CEO da empresa, Sergii Denysenko,<br />

afirma que propor tecnologia contextual<br />

e privacy first para anúncios publicitários<br />

no âmbito digital é uma das expertises<br />

da MGID, que tem escritórios em<br />

12 países, inclusive em São Paulo. pág. 12<br />

mÍdia<br />

Record TV estreia a<br />

superprodução Reis<br />

A sexta temporada da série bíblica Reis, agora<br />

com a história <strong>de</strong> Davi, que suce<strong>de</strong>u Saul<br />

no trono <strong>de</strong> Israel e governou por 40 anos,<br />

começa nesta segunda-feira (<strong>17</strong>). pág. 23<br />

Rodrigo Oliveira/Divulgação<br />

agênciaS<br />

Silva mostra Brasil<br />

real em suas ações<br />

Agência cuja maior parte da equipe é<br />

formada por profissionais pretos tem o<br />

DNA da diversida<strong>de</strong>. Um dos objetivos<br />

é conectar marcas com a brasilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

forma genuína, além <strong>de</strong> acelerar negócios<br />

<strong>de</strong> grupos sub-representados. pág. 25<br />

digiTal<br />

Stone reforça<br />

campanha da marca<br />

Os atributos da marca da maquininha<br />

ver<strong>de</strong> são explorados na mídia com<br />

estratégia da Greenz. A ação Bota pra girar<br />

ilustra o dia a dia do empreen<strong>de</strong>dor que<br />

utiliza os recursos da Stone. pág. 21<br />

editorial ................................................................3<br />

conexões ...............................................................6<br />

curtas ....................................................................8<br />

Quem Fez ............................................................10<br />

inspiração ..........................................................11<br />

entrevista ...........................................................12<br />

mercado ..............................................................14<br />

digital .................................................................20<br />

mídia ...................................................................23<br />

d&ad <strong>2023</strong> .........................................................24<br />

agências .............................................................25<br />

marcas .................................................................28<br />

Opinião ................................................................29<br />

eSg no mKT .........................................................30<br />

click do alê .........................................................31<br />

We love mKT ......................................................32<br />

Supercenas .........................................................33<br />

Última Página ....................................................34<br />

4 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


COMO<br />

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DA SUA<br />

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conexões<br />

LinkedIn<br />

Post: Conteúdo, produtos<br />

e eventos: Podpah fala<br />

sobre o futuro do hub<br />

Foi incrível!<br />

Podpah<br />

dorinHo<br />

Post: Inovação, tecnologia,<br />

conteúdo: o que esperar do<br />

MMA Impact <strong>2023</strong><br />

Obrigado pelo espaço, PROP-<br />

MARK!<br />

Fabiano Destri Lobo<br />

Post: Itália bane ChatGPT e<br />

aquece <strong>de</strong>bate sobre uso da<br />

tecnologia: até que ponto <strong>de</strong>vemos<br />

temê-la?<br />

É o futuro, está no presente, o<br />

melhor formato é <strong>de</strong> adaptar e incluir<br />

na rotina as funcionalida<strong>de</strong>s,<br />

tudo que é novo assusta, vi<strong>de</strong> o<br />

início das re<strong>de</strong>s sociais, on<strong>de</strong> hoje<br />

existem novas profissões.<br />

Cassio Silva<br />

Post: HandMaker chega ao<br />

mercado com foco em conteúdos<br />

digitais<br />

Obrigado pelo carinho e apoio<br />

<strong>de</strong> sempre!<br />

Emerson Souza<br />

última Hora<br />

CICLO<br />

Durante a fase final do Campeonato Brasileiro <strong>de</strong> Vôlei,<br />

a atleta Nyeme (foto acima), do Gerdau Minas, entrou<br />

em quadra mostrando que estava menstruada. Com a<br />

ação Jogando com Intimus, a marca se tornou a primeira<br />

patrocinadora a fazer parceria com atletas que entram em<br />

uma partida menstruadas, “trazendo visibilida<strong>de</strong> e abrindo<br />

a conversa sobre estigmas criados em relação à prática <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s físicas e menstruação”, explica comunicado<br />

do anunciante. Projeto foi <strong>de</strong>senvolvido pela agência FCB<br />

Brasil com aprovação <strong>de</strong> Marisa Cury Cazassa, gerente-<br />

-executiva <strong>de</strong> marketing da Kimberly Clark no Brasil.<br />

STREAMING<br />

Plataforma <strong>de</strong> streaming<br />

gratuita, a Samsung TV<br />

Plus passa a contar com a<br />

programação da CNN, que<br />

já está presente na TV por<br />

assinatura, YouTube, Rádio,<br />

Prime Vi<strong>de</strong>o e antenas<br />

parabólicas (Banda KU).<br />

INOVAÇÃO<br />

Será realizada nesta quintafeira<br />

(20) a edição online<br />

do Panorama Inventta <strong>de</strong><br />

<strong>2023</strong>, que tem como tema<br />

People-driven Innovation.<br />

Com apresentação <strong>de</strong><br />

casos reais <strong>de</strong> inovação da<br />

Re<strong>de</strong> Gazeta, mineradora<br />

Jundu, Aurora e O Boticário,<br />

o evento mostrará<br />

as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

transformação em meios <strong>de</strong><br />

comunicação, no setor <strong>de</strong><br />

commodities, no setor <strong>de</strong><br />

alimentos e no ecossistema<br />

da beleza a partir do<br />

engajamento <strong>de</strong> múltiplas<br />

equipes, li<strong>de</strong>ranças e<br />

colaboradores.<br />

DATA<br />

20 anos olhando para<br />

o futuro é o tema da<br />

campanha criada pela<br />

Galeria.ag para celebrar duas<br />

décadas da Vivo.<br />

MODELO<br />

O grupo gaúcho RBS está<br />

anunciando a evolução do<br />

seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> atendimento<br />

comercial por segmentos<br />

da indústria. O plano é<br />

oferecer “as melhores<br />

soluções <strong>de</strong> comunicação<br />

aos clientes”, nas palavras<br />

da executiva Patrícia Fraga<br />

(foto abaixo), diretoraexecutiva<br />

<strong>de</strong> mercado<br />

da empresa. Uma das<br />

iniciativas implantadas é a<br />

Mesa <strong>de</strong> Performance, frente<br />

<strong>de</strong> serviços lançada no ano<br />

passado para melhorar a<br />

eficiência das campanhas a<br />

partir da análise <strong>de</strong> dados e<br />

<strong>de</strong> processos. Outra frente é<br />

o projeto Growth B2B, para<br />

avançar em automação.<br />

6 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


THE<br />

BEST<br />

OF US<br />

Há 33 anos o Marketing Best premia<br />

os maiores cases do marketing<br />

brasileiro. Esse ano o prêmio vem<br />

ainda maior, melhor e com a festa mais<br />

animada, claro. Prepare seus cases.<br />

Marketing Best. Tendência há 30 anos.


CurTas<br />

BETC Havas, Galeria<br />

e WMcCann li<strong>de</strong>ram<br />

ranking <strong>de</strong> agências<br />

Luigi Dias/ Divulgação BETC Havas<br />

As agências somaram R$ 21,2 bilhões em<br />

compra <strong>de</strong> mídia em 2022, alta <strong>de</strong> 7% em<br />

relação ao ano anterior, segundo ranking<br />

do Cenp-Meios. BETC Havas, Galeria,<br />

WMcCann, Africa e Artplan li<strong>de</strong>ram a lista,<br />

antes encabeçada pela WMcCann. Já a<br />

Artplan pulou <strong>de</strong> nono para o quinto lugar.<br />

A BETC, que subiu 13 posições, anunciou<br />

na última quarta-feira (12) a conquista da<br />

conta integral <strong>de</strong> comunicação do Santan<strong>de</strong>r.<br />

O ranking reúne as agências que autorizaram<br />

a sua entrada na relação, e computa<br />

os dados que chegam ao Cenp a partir<br />

<strong>de</strong> informações registradas nos pedidos <strong>de</strong><br />

inserções executados em nome <strong>de</strong> clientes,<br />

sem indicar o anunciante e o veículo.<br />

Além do valor investido, o sistema tabula<br />

meio <strong>de</strong> comunicação, região e estados nos<br />

quais os investimentos foram feitos, sendo<br />

que os dados são apresentados em reais e<br />

dólares, além <strong>de</strong> permitirem a apuração do<br />

share dos meios, regiões e estados no bolo<br />

publicitário. Agência comandada por Erh Ray montou o BETC Havas Café, na Rua Oscar Freire, 1.128, em São Paulo, em 2022<br />

SuSan hOffMan Ganha SãO MarCOS<br />

GOVernO CeleBra CeM diaS<br />

TeCh and SOul lança VidaOOh<br />

Executiva atua como CCO da Wie<strong>de</strong>n+Kennedy<br />

A CCO da Wie<strong>de</strong>n+Kennedy, Susan<br />

Hoffman, receberá o prêmio Leão <strong>de</strong> São<br />

Marcos, homenagem do Cannes Lions a<br />

profissionais com protagonismo na indústria<br />

criativa. Na lista <strong>de</strong> vencedores,<br />

estão Colleen DeCourcy, John Hegarty,<br />

Mary Wells Lawrence e Dan Wie<strong>de</strong>n, além<br />

do brasileiro Marcello Serpa, entre outros<br />

nomes da publicida<strong>de</strong> mundial. “Susan<br />

Hoffman tem sido fundamental para impulsionar<br />

a indústria nos últimos 40 anos,<br />

com trabalho que <strong>de</strong>safia o status quo, a<br />

fim <strong>de</strong> aproveitar a criativida<strong>de</strong> como uma<br />

força <strong>de</strong> progresso”, <strong>de</strong>clarou Philip Thomas,<br />

chairman do Cannes Lions.<br />

Campanha é assinada pela Nacional Comunicação<br />

A campanha O Brasil voltou, criada pela<br />

Nacional Comunicação para a Secretaria<br />

<strong>de</strong> Comunicação Social da Presidência da<br />

República, apresenta o posicionamento do<br />

governo fe<strong>de</strong>ral e as entregas dos primeiros<br />

cem dias da gestão. Com o conceito O<br />

Brasil voltou. Pra cuidar da nossa gente,<br />

os filmes fazem uma releitura da canção<br />

Aquarela do Brasil, <strong>de</strong> Ary Barroso, e mostra<br />

programas como Bolsa Família, Minha<br />

Casa, Minha Vida e Mais Médicos, entre<br />

outros. Rádio, cinema, jornal, outdoors,<br />

mobiliário urbano, merchandising, banners<br />

em portais <strong>de</strong> notícias e conteúdo<br />

para re<strong>de</strong>s sociais integram a estratégia.<br />

Fernanda e Magri (acima), Ferrari, Ana e Costa (embaixo)<br />

VidaOOh é a nova estrutura da Tech and<br />

Soul especializada na mídia out-of-home<br />

(OOH). A head <strong>de</strong> mídia Ana Ventura li<strong>de</strong>ra<br />

a operação. No digital, a agência anuncia<br />

a contratação <strong>de</strong> Fernanda Vasconcelos<br />

como diretora <strong>de</strong> mídia digital e performance.<br />

Na criação, Guga Dias da Costa,<br />

que foi diretor <strong>de</strong> arte pelos últimos quatro<br />

anos, passa a atuar como diretor <strong>de</strong> criação.<br />

Ele forma dupla com Daniel Magri,<br />

que era diretor <strong>de</strong> criação e assumiu o cargo<br />

<strong>de</strong> diretor-executivo <strong>de</strong> criação (ECD).<br />

C6Bank, Click Bus, Youse e B3 estão entre<br />

as contas atendidas. Já Juliano Ferrari foi<br />

promovido a head <strong>de</strong> criação digital.<br />

Diretor-presi<strong>de</strong>nte e<br />

jor na lis ta res pon sá vel<br />

Ar man do Fer ren ti ni<br />

Editora-chefe: Kelly Dores<br />

Editores: Neu sa Spau luc ci, Paulo<br />

Macedo e Alê Oliveira (Fotografia)<br />

Editores-assistentes: Janaina<br />

Langsdorff e Vinícius Novaes<br />

Editor especial: Pedro Yves<br />

Repórter: Carolina Vilela<br />

Revisor: José Carlos Boanerges<br />

Edição <strong>de</strong> Arte: Adunias Bispo da<br />

Luz<br />

Diagramador Pleno: Lucas<br />

Boccatto<br />

Departamento Comercial<br />

Gerentes: Mel Floriano<br />

mel@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0748<br />

Monserrat Miró<br />

monserrat@editorareferencia.com.br<br />

Tel.: (11) 2065-0744<br />

Diretor Executivo: Tiago A. Milani<br />

Ferrentini<br />

tamf@editorareferencia.com.br<br />

Assinaturas:<br />

assinaturas@propmark.com.br<br />

Tel.: (11) 2065.0737<br />

Demais estados: 0800 704 4149<br />

Site: propmark.com.br<br />

Redação: Rua Fran çois Coty, 228<br />

CEP 01524-030 – São Pau lo-SP<br />

Tels: (11) 2065-0772 e 2065-0766<br />

e- mail: re da cao@prop mark. com.br<br />

O PrO PMar k é uma pu bli ca ção da Edi to ra re fe rên cia Ltda.<br />

rua Fran çois Coty, 228 - São Pau lo - SP<br />

CEP: 01524-030 Tel.: (11) 2065-0766<br />

as ma té rias as si na das não re pre sen tam ne ces sa ria men te a<br />

opi nião <strong>de</strong>s te jor nal, po <strong>de</strong>n do até mes mo ser con trá rias a ela.<br />

IMPRESSO EM CASA<br />

8 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


PROPMARK DIGITAL<br />

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57 ANOS. DE VIDA.


quEm fEz<br />

Paulo Macedo paulo@propmark.com.br<br />

LOVERS<br />

Até o dia 15 <strong>de</strong> maio, marca <strong>de</strong> comida rápida<br />

permite que consumidores levem dois sanduíches<br />

pelo preço <strong>de</strong> um por meio <strong>de</strong> pontos<br />

no Clube BK, <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização do anunciante. O<br />

retorno da ação vem para reforçar e engajar<br />

os lovers da marca, como explica comunicado.<br />

Promoção válida para todos os canais <strong>de</strong><br />

venda, inclusive iFood.<br />

DaViD<br />

BURGER KING BRASIL<br />

Fotos: Divulgação<br />

Título: Saia do BK Sem Pagar; ECDs: Edgard Gianesi<br />

e Renata Leão; diretores <strong>de</strong> criação: Fabrício<br />

Pretto e Rogério Chaves; produtora: Violeta; diretor:<br />

Will Mazzola; aprovação: Ariel Grunkraut, Juliana<br />

Cury, Daniel Packness, Pedro Laguárdia, Larissa<br />

Zanardi, Thais Martins e Ja<strong>de</strong> Solano.<br />

PLANTA<br />

Provedora <strong>de</strong> conteúdo audiovisual por<br />

assinatura faz brinca<strong>de</strong>ira com ‘pessoas<br />

planta’ em dois filmes (Casal e Irmãos). “A<br />

questão central da campanha está no acesso<br />

a uma programação rica e completa para<br />

que ninguém seja uma pessoa <strong>de</strong> conteúdo<br />

limitado”, explica Débora Pinto, gerente <strong>de</strong><br />

branding e mídia off da empresa.<br />

FCB BRasil<br />

SKY<br />

Título: Não vire planta; produto: aquisições;<br />

CEO: Ricardo John; atendimento: Débora Pinto;<br />

produtora: Compañia; diretor: Thiago Vieira;<br />

diretor <strong>de</strong> arte: Thiago Cusak; aprovação: Débora<br />

Pinto, Giovanna Giannotti, Juliana Torres,<br />

Patrícia Monkowski e Tony Gobi.<br />

VERDADE<br />

Imagens hiper-realistas produzidas com<br />

apoio <strong>de</strong> inteligência artificial são usadas pela<br />

marca para gerar provocação a respeito do<br />

que é real ou não na era da pós-verda<strong>de</strong>. Além<br />

<strong>de</strong> um olhar sem estereótipos da realida<strong>de</strong> da<br />

cultura brasileira. Resultado é fruto da parceria<br />

com o casal <strong>de</strong> artistas Kevin Saltarelli e<br />

Carlos Sales, do SAL2 Studio.<br />

House CHilli Beans<br />

CHILLI BEANS<br />

Título: Se não existe, a gente inventa; diretor <strong>de</strong><br />

criação: José Caporrino; head <strong>de</strong> arte: Murillo<br />

Yoshida; diretores <strong>de</strong> arte: Kauê Andra<strong>de</strong> e Rafael<br />

Antunes; redatores: Juliana Covre e Vinicius Targa;<br />

social media: Raphaela Capobiango; aprovação:<br />

Cauê Sanchez e José Caporrino.<br />

10 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


inspiração<br />

pelo uso do modo avião consciente<br />

Fotos: Arquivo Pessoal e Divulgação<br />

“Há menos <strong>de</strong> 20 anos, a internet ainda era discada e os computadores<br />

não saíam <strong>de</strong> casa, muito menos sonhávamos tê-los na palma da mão”<br />

Fernando Sahb<br />

especial para o ProPMarK<br />

Recentemente pousei no Rio e, quando o<br />

avião tocou o chão, me <strong>de</strong>i conta <strong>de</strong> que<br />

não vi o Pão <strong>de</strong> Açúcar.<br />

Não porque o avião tenha pousado<br />

pelo lado “errado” do Santos Dumont,<br />

mas, simplesmente, porque escolhi usar<br />

os 45 minutos <strong>de</strong> voo para <strong>de</strong>sfrutar da<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organizar uma caixa <strong>de</strong><br />

entrada em que trocentos e-mails se empilhavam<br />

há dias.<br />

E me pergunto o que teria feito mais pelo<br />

meu dia: a glória <strong>de</strong> uma caixa zerada – ainda<br />

que isso não fosse se manter real no primeiro<br />

contato com wi-fi – ou a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> contemplar uma das paisagens mais<br />

estarrecedoras do mundo, impossível <strong>de</strong> se<br />

acostumar mesmo para quem voa o trecho<br />

frequentemente?<br />

Em tempos <strong>de</strong> economia da atenção, será<br />

que não estamos fazendo escolhas pobres<br />

em termos <strong>de</strong> algo tão rico?<br />

Quantas trocas <strong>de</strong> história per<strong>de</strong>mos<br />

vidrados em telas e com a audição que se<br />

isola no fone?<br />

Com o que estamos <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> alimentar<br />

a nossa subjetivida<strong>de</strong>, mãe das<br />

i<strong>de</strong>ias e insights?<br />

Noto que, especialmente no mercado<br />

publicitário, a pressão para estar não só a<br />

par como à frente <strong>de</strong> tudo é constante.<br />

A campanha nunca antes feita é a expectativa<br />

“simples” que se coloca a cada novo<br />

briefing.<br />

E, assim, o banheiro é otimizado para<br />

respon<strong>de</strong>r o WhatsApp, ativida<strong>de</strong>s cotidianas<br />

como lavar a louça viram tempo para<br />

ouvir podcasts (afinal, precisamos também<br />

estar sempre atualizados!). Ou seja, vamos<br />

tratando tudo como tarefas, até absorver<br />

algo novo e motivador. O que <strong>de</strong>veria ter o<br />

papel <strong>de</strong> informar, entreter, inspirar nem<br />

sempre funciona como tal.<br />

Para falar sobre inspiração, penso nessa<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atenção e retenção cada vez<br />

mais reduzida, lutando pela sobrevivência<br />

em uma atmosfera on<strong>de</strong> somos bombar<strong>de</strong>ados<br />

por informação e fingimos estar adaptados<br />

a isso.<br />

Há menos <strong>de</strong> 20 anos, a internet ainda<br />

era discada e os computadores não saíam<br />

conosco <strong>de</strong> casa, muito menos sonhávamos<br />

tê-los na palma da mão.<br />

Como tudo na vida, é preciso processar,<br />

e o nosso HD às vezes não atualiza os sistemas<br />

com tamanha precisão.<br />

Recomendo fortemente, antes que as<br />

i<strong>de</strong>ias se mostrem repetitivas e cansadas,<br />

sem conseguir sair do lugar, corramos – literalmente<br />

– para as montanhas. Ou para<br />

praias, cachoeiras, pedras, qualquer lugar<br />

on<strong>de</strong> possamos respirar e dar um refresh.<br />

Ao nos <strong>de</strong>sconectarmos da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> estar ligados e performando o tempo<br />

todo, nos conectamos com o que nos torna<br />

melhores: a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abstrair, <strong>de</strong> sentir<br />

livremente, criar pontes e laços imagéticos<br />

e imaginários que nos fazem enxergar o<br />

que não está diante dos olhos, as soluções<br />

não óbvias que tanto buscamos entre infinitas<br />

reuniões em que estamos <strong>de</strong> corpo presente<br />

e WhatsApp bombando.<br />

Ao menor sinal <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias embaralhadas,<br />

recorramos à calmaria <strong>de</strong> contemplar, seja<br />

o silêncio, seja o som alto <strong>de</strong> uma música<br />

que coloque o corpo para dançar pelo sentir,<br />

seja o Cristo Re<strong>de</strong>ntor dando tchau <strong>de</strong><br />

longe pela janela do avião.<br />

Fernando Sahb é head <strong>de</strong> social e influência da<br />

Galeria.ag<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 11


enTreviSTA<br />

Sergii DenySenko<br />

CEO global da MGID<br />

MeTA É ApoiAr<br />

oS publiSherS<br />

e porTAiS<br />

ucrAniAnoS<br />

Propor conexões com audiências por meio <strong>de</strong><br />

tecnologia contextual e tecnologia privacyfirst<br />

para anúncios publicitários no âmbito<br />

digital é uma das expertises da ucraniana<br />

MGID, que tem inventário próprio <strong>de</strong> publishers<br />

(portais <strong>de</strong> notícias premium). Segundo o CEO da<br />

empresa, Sergii Denysenko, a invasão da Rússia ao<br />

seu país causou muitos problemas, mas transferiu a<br />

se<strong>de</strong> para Santa Mônica (EUA) e tem operação em São<br />

Paulo e outros 12 países, em 70 idiomas. Sergii mora<br />

na Itália e mantém operação na Ucrânia, na capital<br />

Kyiv, com foco em inteligência e <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

Paulo Macedo<br />

Como o conflito armado na Ucrânia<br />

interferiu na gestão do negócio?<br />

Des<strong>de</strong> o fim <strong>de</strong> 2021, tivemos<br />

conversas sobre a possibilida<strong>de</strong><br />

da invasão, mas o cenário <strong>de</strong><br />

uma guerra <strong>de</strong>ssa magnitu<strong>de</strong><br />

parecia ser completamente ilógico<br />

e impossível. De qualquer<br />

maneira, nos preparamos para<br />

diferentes cenários a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r<br />

do <strong>de</strong>senrolar da situação. A<br />

MGID é uma empresa global e,<br />

enquanto a maioria dos nossos<br />

times <strong>de</strong> negócios ficam alocados<br />

próximos aos clientes, o<br />

time <strong>de</strong> tecnologia e o back-office<br />

ficam sediados na Ucrânia.<br />

Essa <strong>de</strong>scentralização nos ajudou<br />

a manter a nossa capacida<strong>de</strong><br />

operacional na íntegra. Não<br />

mudamos absolutamente nada<br />

na parte técnica, já que usamos<br />

uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> servidores bastante<br />

resistente sem presença física<br />

na Ucrânia. Mas, servidores<br />

e software não são nada sem<br />

as pessoas e os nossos colaboradores,<br />

que representaram a<br />

parte mais importante do planejamento.<br />

Criamos um plano <strong>de</strong><br />

evacuação com base em diferentes<br />

cenários, mas nenhum <strong>de</strong>les<br />

incluía mísseis atingindo áreas<br />

resi<strong>de</strong>nciais na capital. Dois dias<br />

antes da invasão, nós também<br />

reservamos todos os quartos em<br />

hotel na zona oeste do país, o<br />

que nos ajudou a realocar nossos<br />

colaboradores para áreas<br />

seguras e provi<strong>de</strong>nciar todo o<br />

suporte necessário para o seu<br />

bem-estar. Apesar da guerra em<br />

andamento, o nosso comprometimento<br />

com os clientes permaneceu<br />

firme.<br />

A empresa <strong>de</strong>ixou a Ucrânia?<br />

O número total <strong>de</strong> colaboradores<br />

ucranianos na MGID é<br />

<strong>de</strong> 489, com aproximadamente<br />

120 vivendo atualmente fora<br />

do país. Esse número foi praticamente<br />

o dobro em março do<br />

ano passado, o que significa que<br />

aproximadamente 50% dos colaboradores<br />

ucranianos foram<br />

forçados a <strong>de</strong>ixar suas casas e<br />

irem para outros países. No entanto,<br />

com o passar do tempo,<br />

enquanto Kyiv resistia à invasão<br />

russa, nossos colegas começaram<br />

a voltar para casa. Então,<br />

naturalmente, o escritório <strong>de</strong><br />

Kyiv ainda está funcionando<br />

normalmente. Na verda<strong>de</strong>,<br />

quando os militares russos começaram<br />

a atacar a infraestrutura<br />

<strong>de</strong> energia da Ucrânia, em<br />

novembro <strong>de</strong> 2022, o escritório<br />

chegou até a ficar lotado novamente,<br />

pois o equipamos com<br />

geradores, um Starlink e baterias,<br />

além <strong>de</strong> termos feito um<br />

estoque com fornecimento <strong>de</strong><br />

água e montarmos um local para<br />

tomar banho. Fazer reuniões e<br />

encontros no escritório traz uma<br />

sensação <strong>de</strong> normalida<strong>de</strong> (mesmo<br />

que seja a curto prazo) à nossa<br />

equipe que está na Ucrânia,<br />

apesar dos apagões regulares<br />

e bombar<strong>de</strong>ios <strong>de</strong> mísseis (<strong>de</strong><br />

qualquer forma, antes mesmo<br />

da invasão, já trabalhávamos<br />

com o mo<strong>de</strong>lo home office).<br />

Como trata o mercado ucraniano?<br />

Provamos ser resilientes, focados<br />

em nossos negócios, e até<br />

mesmo capaz <strong>de</strong> crescer durante<br />

esse período turbulento na<br />

Ucrânia. O mesmo aconteceu<br />

com diversas empresas ucranianas.<br />

O mercado ucraniano<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> digital caiu 42%<br />

em 2022 por causa da eclosão da<br />

guerra. Mas está se recuperando<br />

gradualmente – as empresas<br />

estão encontrando novas maneiras<br />

<strong>de</strong> operar, explorando<br />

novos mercados e se adaptando<br />

rapidamente às mudanças e circunstâncias<br />

operacionais. Para<br />

apoiar os publishers e portais<br />

ucranianos, a MGID tem compartilhado<br />

90% <strong>de</strong> seus ganhos<br />

com eles, cobrando apenas pelos<br />

custos operacionais.<br />

A Rússia era um gran<strong>de</strong> mercado<br />

para a MGID?<br />

A empresa era lí<strong>de</strong>r como plataforma<br />

<strong>de</strong> recomendação <strong>de</strong><br />

conteúdo nativo na Rússia, mas<br />

fizemos questão <strong>de</strong> encerrar todas<br />

as operações com o país <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o princípio da invasão, assim<br />

como paramos <strong>de</strong> trabalhar com<br />

todos os publishers russos.<br />

Uma medida foi romper com a russa<br />

SemRush?<br />

Encerramos nossas operações<br />

na Rússia, assim como fizeram<br />

diversas empresas ucranianas<br />

e globais. Até agora quase mil<br />

companhias restringiram ou retiraram<br />

operações. Nós também<br />

nos certificamos que não usamos<br />

nenhum produto ou serviço<br />

com origem russa (Tilda, Convead,<br />

Unisen<strong>de</strong>r, Semrush etc.).<br />

As empresas <strong>de</strong>vem pensar duas<br />

vezes antes <strong>de</strong> manter “os negócios<br />

como sempre” na Rússia. A<br />

era da mídia digital trouxe uma<br />

transparência sem prece<strong>de</strong>ntes,<br />

com as marcas sendo flagradas –<br />

e <strong>de</strong>nunciadas – <strong>de</strong> forma muito<br />

mais fácil do que era antes. Manter-nos<br />

fiéis e alinhados aos nossos<br />

valores como marca é uma<br />

questão ética muito importante<br />

para toda a empresa.<br />

Como usou o inventário que mantinha<br />

na Rússia?<br />

Tínhamos espaços <strong>de</strong> anúncios<br />

em praticamente 80%<br />

dos portais russos <strong>de</strong> notícias.<br />

Então, como maneira <strong>de</strong> combater<br />

a <strong>de</strong>sinformação sobre a<br />

guerra, a MGID uniu forças com<br />

mais <strong>de</strong> 50 empresas, incluindo<br />

o Ministério Ucraniano <strong>de</strong><br />

Transformação Digital e a IAB<br />

Ucrânia, para lançar campanhas<br />

contra fake news e falar sobre<br />

a situação atual da Ucrânia. Os<br />

anúncios traziam à tona a verda<strong>de</strong><br />

sobre o que estava acontecendo<br />

na Ucrânia, <strong>de</strong>rrubando o<br />

argumento usado por Putin <strong>de</strong><br />

que era apenas “uma operação<br />

militar especial” e revelando<br />

fatos reais como o número <strong>de</strong><br />

soldados <strong>de</strong>signados. Durante o<br />

período da campanha, tivemos<br />

mais <strong>de</strong> 83 milhões <strong>de</strong> interações<br />

com as peças.<br />

O conhecimento da marca MGID<br />

cresceu <strong>de</strong>pois do conflito?<br />

A nossa presença já era relevante<br />

no mercado global AdTech,<br />

assim como na imprensa<br />

(Exchange Wire, Business Insi<strong>de</strong>r,<br />

Ad Exchanger, Martech<br />

etc.), o que nos possibilitou<br />

atrair várias empresas globais <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> e tecnologia que nos<br />

abordaram com propostas cooperativas<br />

para comunicar nossa<br />

carta aberta à indústria e combater<br />

a propaganda russa <strong>de</strong> forma<br />

voluntária.<br />

12 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


Recebeu ajuda <strong>de</strong> agências, publishers<br />

e <strong>de</strong> anunciantes para manter-se<br />

<strong>de</strong> pé e com suas ativida<strong>de</strong>s?<br />

Nós realmente recebemos<br />

bastante ajuda dos nossos clientes<br />

e parceiros <strong>de</strong> todos os locais<br />

do mundo, assim como fizemos<br />

praticamente tudo que podíamos<br />

para aproveitar o interesse<br />

crescente do mundo inteiro nas<br />

empresas ucranianas com o objetivo<br />

<strong>de</strong> compartilhar a verda<strong>de</strong><br />

sobre o que estava acontecendo<br />

no nosso país, como forma <strong>de</strong><br />

trazer mais conhecimento para<br />

a nossa causa e combater a <strong>de</strong>sinformação.<br />

Como os serviços da MGID contribuem<br />

para as áreas <strong>de</strong> mídia das<br />

agências? E dos anunciantes?<br />

Nossa missão é impulsionar o<br />

crescimento das vendas ao atuar<br />

como conselheiro profissional<br />

para os nossos clientes, ao mesmo<br />

tempo em que oferecemos<br />

um excelente suporte e soluções<br />

que aumentam a performance,<br />

em um ambiente brand safety.<br />

A programática ganhou novo fôlego?<br />

A publicida<strong>de</strong> nativa programática<br />

significa literalmente conseguir<br />

mais assertivida<strong>de</strong> com o<br />

uso da automação: o processo <strong>de</strong><br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão não está mais<br />

nas mãos dos compradores <strong>de</strong> mídia.<br />

No cenário dos anúncios nativos,<br />

a publicida<strong>de</strong> programática<br />

oferece a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alcançar<br />

uma segmentação perfeita em<br />

vários canais. No entanto, esse<br />

formato ainda representa uma<br />

pequena fatia do mercado digital:<br />

os publishers parecem estar<br />

preparados para adotá-lo, mas os<br />

anunciantes estão sendo cuidadosos.<br />

A publicida<strong>de</strong> programática<br />

é brilhante, enquanto a publicida<strong>de</strong><br />

nativa é criativa. Quando<br />

a ciência e a arte se unem, nasce<br />

algo gran<strong>de</strong> e significativo. A publicida<strong>de</strong><br />

nativa programática<br />

tem um gran<strong>de</strong> futuro.<br />

“Paramos <strong>de</strong><br />

trabalhar<br />

com todos os<br />

Publishers<br />

russos”<br />

Divulgação<br />

E a publicida<strong>de</strong> contextual?<br />

Representa uma alternativa<br />

eficaz para atingir e engajar o<br />

público-alvo ao mesmo tempo<br />

em que respeita as regras <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong>.<br />

Temos uma solução<br />

própria <strong>de</strong> inteligência contextual<br />

que usa compreensão semântica<br />

<strong>de</strong> linguagem, intenção e<br />

pesquisa no site, para encontrar<br />

o posicionamento mais apropriado<br />

para um anúncio. Por usar a<br />

análise contextual das páginas<br />

dos publishers em vez <strong>de</strong> informações<br />

pessoais dos usuários,<br />

a solução protege a privacida<strong>de</strong><br />

dos dados, principalmente se<br />

comparar à segmentação comportamental<br />

tradicional. Esses<br />

avanços permitem que os anunciantes<br />

i<strong>de</strong>ntifiquem interesses<br />

dos usuários e posicionem suas<br />

campanhas nos locais exatos.<br />

Quais os diferenciais da MGID para<br />

as concorrentes diretas como Outbrain<br />

e Taboola? E Teads?<br />

A concorrência também usa<br />

tecnologia, mas a mo<strong>de</strong>ração<br />

local e o atendimento ao cliente<br />

são fatores bastante importantes<br />

no nosso cenário. Sabemos<br />

que há várias empresas <strong>de</strong> porte<br />

médio com bastante trabalho<br />

manual para realizar as suas<br />

tarefas do dia a dia, que essa ajuda<br />

extra que proporcionamos<br />

é extremamente necessária.<br />

Como se a<strong>de</strong>qua às restrições dos<br />

cookies?<br />

Nós utilizamos a Seller Defined<br />

Audiences (SDA), que é<br />

uma especificação técnica que<br />

possibilita que os publishers<br />

monetizem as suas audiências<br />

sem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> usar<br />

um ID único ou revelar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

do usuário para os anunciantes.<br />

Em parceria com a nossa<br />

solução <strong>de</strong> inteligência contextual<br />

– que compreen<strong>de</strong> o significado<br />

do conteúdo e o seu sentimento,<br />

e inclusive já ganhou o<br />

prêmio MarTech Breakthrough<br />

Awards – a SDA permite que os<br />

portais <strong>de</strong> notícias dimensionem<br />

as suas audiências com dados<br />

first-party e <strong>de</strong>finam quem<br />

são os usuários mais ativos e engajados.<br />

“Publicida<strong>de</strong><br />

ProGramÁtica<br />

É brilhaNte”<br />

E como trabalha as questões da<br />

LGPD?<br />

Nossa política <strong>de</strong> brand safety<br />

inclui mo<strong>de</strong>radores manuais<br />

para fazer uma checagem<br />

apurada toda vez que entra um<br />

novo site na nossa plataforma e<br />

garantir que o nosso padrão seja<br />

mantido.<br />

ChatGPT e MidJourney estão na<br />

pauta?<br />

Sim, estamos criando uma<br />

solução que vai revolucionar a<br />

produção <strong>de</strong> imagens para os<br />

anunciantes com inteligencia<br />

artificial generativa. Usando a<br />

tecnologia do DALL·E 2, ferramenta<br />

que foi criada pela Open<br />

AI (a mesma fundadora do<br />

ChatGPT).<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 13


MERCADO<br />

Fragmentação digital tirou o bordão<br />

<strong>de</strong> cena na criação publicitária<br />

Frases e expressões em comerciais que caíam no gosto popular e se<br />

tornaram clássicas são cada vez mais raras na propaganda brasileira<br />

Pedro Yves<br />

Os bordões saíram <strong>de</strong> moda na publicida<strong>de</strong>?<br />

Primeiramente, vale esclarecer que<br />

o bordão nada mais é do que uma frase ou<br />

expressão que caiu no gosto popular. Mas<br />

a impressão que se tem é que o bordão na<br />

propaganda “tomou Doril... e sumiu”. Ao<br />

longo <strong>de</strong> décadas, os criativos brasileiros<br />

criaram bordões a partir <strong>de</strong> paródias <strong>de</strong> expressões<br />

populares que se tornaram clássicos.<br />

Quem não se lembra <strong>de</strong> frases e expressões<br />

que marcaram época como “Não<br />

é assim uma Brastemp”, “Bonita camisa,<br />

Fernandinho”, “51, uma boa i<strong>de</strong>ia”, “Skol<br />

<strong>de</strong>sce redondo”, “1001 utilida<strong>de</strong>s”, entre<br />

tantas outras guardadas na memória popular<br />

que hoje quase não se ouve mais na<br />

mídia? Essas frases marcantes tinham alta<br />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se fixar na mente das pessoas<br />

e aumentar o share of mind da marca ou<br />

produto.<br />

O bordão geralmente aparecia em comerciais<br />

nos canais <strong>de</strong> TV aberta, em spots<br />

<strong>de</strong> rádio e em anúncios impressos, ou seja,<br />

seu espaço era a mídia tradicional. Agora,<br />

na era das re<strong>de</strong>s sociais, as marcas, agências<br />

e profissionais <strong>de</strong> social media monitoram<br />

os assuntos mais discutidos no<br />

Twitter para bolar posts <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong><br />

que gerem os famosos “likes” e compartilhamentos,<br />

ou virar um meme replicado<br />

via internet.<br />

“O bordão tem sido cada vez menos<br />

utilizado por conta, em gran<strong>de</strong> parte, das<br />

mudanças no nosso comportamento e na<br />

forma como consumimos mídia. Com o<br />

aumento da disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações<br />

e o acesso à internet, passamos a ter<br />

mais opções e nos tornamos mais críticos<br />

e refinados em relação à publicida<strong>de</strong>. As<br />

mensagens <strong>de</strong> marketing precisam ser<br />

mais sutis e menos invasivas para captar<br />

nossa atenção. Além disso, as re<strong>de</strong>s sociais<br />

e as plataformas digitais oferecem novas<br />

formas <strong>de</strong> interação com as marcas, que<br />

po<strong>de</strong>m ser mais eficazes do que um simples<br />

bordão”, diz Ricardo Miller, diretor<br />

<strong>de</strong> criação da Oliver. “Com uma distribuição<br />

mais dividida <strong>de</strong> mídia, a construção<br />

<strong>de</strong> um bordão leva mais tempo e esforço.<br />

Importante também é a consistência e<br />

continuida<strong>de</strong> das marcas ano após ano na<br />

mesma direção”, completa Laura Esteves,<br />

VP <strong>de</strong> criação da DM9.<br />

Washington Olivetto, um dos mais famosos<br />

publicitários brasileiros e craque<br />

no assunto bordões, não resume a questão<br />

O ator Carlos Moreno interpretou diversos personagens em campanhas da Bombril criadas pela DPZ nos anos 1970<br />

“O bOrdãO tem sidO cada<br />

vez menOs utilizadO pOr<br />

cOnta, em gran<strong>de</strong> parte,<br />

das mudanças nO nOssO<br />

cOmpOrtamentO e na fOrma<br />

cOmO cOnsumimOs mídia”<br />

Reprodução<br />

à fragmentação digital e põe o <strong>de</strong>do numa<br />

ferida da publicida<strong>de</strong> atual ao comentar o<br />

sumiço das frases antológicas nos comerciais:<br />

“existiam gran<strong>de</strong>s bordões quando<br />

existiam gran<strong>de</strong>s conceitos, criados e trabalhados<br />

por gran<strong>de</strong>s talentos. Sem gran<strong>de</strong>s<br />

talentos, não existem gran<strong>de</strong>s conceitos,<br />

muito menos gran<strong>de</strong>s bordões. O<br />

resto é algoritmo”.<br />

O PROPMARK ouviu a opinião <strong>de</strong> diversos<br />

profissionais brasileiros sobre o tema.<br />

Leia os <strong>de</strong>poimentos nas páginas 16 e <strong>17</strong>.<br />

14 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


Fotos: Divulgação<br />

Laura Esteves: mídia mais dividida exige mais tempo na construção do bordão<br />

FOnTE: TOp OF MinD DA FOlHA DE s.pAulO<br />

Olivetto: “Existiam gran<strong>de</strong>s bordões quando existiam gran<strong>de</strong>s conceitos”<br />

Alguns BORDõEs FAMOsOs DA puBliCiDADE<br />

• ‘não é assim uma Brastemp’<br />

Já incorporado à lista <strong>de</strong> expressões nacionais, ficou famoso nos comerciais bemhumorados<br />

protagonizados pela dupla Arthur Kohl e Wandi Doratiotto.<br />

É criação <strong>de</strong> 1992, da agência Talent.<br />

• “51, uma boa i<strong>de</strong>ia”<br />

Um dos mais longevos e bem-sucedidos bordões da publicida<strong>de</strong> nacional, foi criado<br />

em 1978 por Magy Imoberdof, na agência on<strong>de</strong> era sócia: a Lage, Magy, Stabel<br />

& Guerreiro. Com receio <strong>de</strong> que o anunciante pu<strong>de</strong>sse rejeitar qualquer i<strong>de</strong>ia que<br />

partisse <strong>de</strong> uma mulher, porque as pesquisas apontavam que o público feminino<br />

abominava cachaça, a publicitária escon<strong>de</strong>u durante cinco anos a autoria da i<strong>de</strong>ia.<br />

• “Tomou Doril, a dor sumiu”<br />

A atriz Cláudia Mello estrelou a bem-sucedida campanha do comprimido Doril no<br />

fim da década <strong>de</strong> 1970, criada pelo publicitário Agnelo Pacheco. O slogan “Tomou<br />

Doril, a dor sumiu” entrou no vocabulário popular na época.<br />

• “Bonita camisa, Fernandinho”<br />

Esse bordão foi criado em 1984, para uma propaganda da marca <strong>de</strong> roupas USTOP,<br />

pela Agência Talent.<br />

• “Amo muito tudo isso”<br />

O slogan do McDonald’s começou a ser utilizado pela empresa em 2003 e faz<br />

parte da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da marca até hoje, tornando-se um dos bordões mais<br />

memoráveis da publicida<strong>de</strong>.<br />

• “Dedicação total a você”<br />

Nasceu em 1970, como homenagem a clientes e colaboradores da re<strong>de</strong> Casas Bahia.<br />

Nos anos 1990, foi entoado até por Pelé, então garoto-propaganda da marca.<br />

• “1.001 utilida<strong>de</strong>s”<br />

Repetida nos comerciais estrelados pelo garoto-propaganda Carlos Moreno<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1978, a frase da marca Bombril pegou e virou sinônimo <strong>de</strong> uma pessoa<br />

multifuncional. Foi criada pela agência DPZ.<br />

• “É gripe? Benegrip”<br />

O slogan simples e direto, que brinca com a rima, funcionou tanto que a resposta<br />

à pergunta “É gripe?” vem automaticamente à cabeça. Foi lançado pela agência<br />

in-house da Hypera Pharma, dona da marca.<br />

• “Just do it”<br />

Um dos slogans mais conhecidos do mundo, criada em 1988 para a Nike por Dan<br />

Wie<strong>de</strong>n, cofundador da agência Wie<strong>de</strong>n+Kennedy. O americano criou a frase – em<br />

português, “simplesmente faça” – inspirado pela <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> um homem que<br />

estava prestes a ser executado.<br />

• “Feito para você”<br />

Uma das campanhas <strong>de</strong> maior sucesso do banco Itaú, foi criada em 2001 pelo<br />

publicitário Nizan Guanaes, então à frente da agência Africa. O objetivo era falar<br />

diretamente com consumidores <strong>de</strong> perfis variados, e a assinatura ganhou adaptações<br />

<strong>de</strong> acordo com o público: em Salvador, virou “Meu rei. O Itaú foi feito para você”.<br />

• “skol <strong>de</strong>sce redondo”<br />

Um clássico brasileiro, surgiu em 1997, quando a agência F/Nazca criou a campanha<br />

“Raio-X”, que trazia o bordão. Pegou tanto que virou o slogan oficial da marca.<br />

• “Você conhece, você confia”<br />

É <strong>de</strong> um consumidor a autoria <strong>de</strong> um dos slogans mais famosos da montadora<br />

Volkswagen. A i<strong>de</strong>ia do paulista Francisco Carlos Fontanelli foi a escolhida entre<br />

outras 140 mil sugestões em um concurso nacional <strong>de</strong> 1988. Adotado apenas no<br />

mercado brasileiro, circulou até 2004.<br />

• “Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida começa com Qualy”<br />

Em 1991, a marca da BRF <strong>de</strong>u início a uma série <strong>de</strong> comerciais no estilo novela que<br />

mostravam a presença da margarina no dia a dia das famílias brasileiras, produzidos<br />

pela DPZ. Ao fim dos ví<strong>de</strong>os, era exibida a frase que virou slogan, adotado até 2018.<br />

• “Os nossos japoneses são melhores que os japoneses dos outros”<br />

A expressão surgiu em 1991, em campanhas da Semp, que se fundiu com a japonesa<br />

Toshiba. Elas brincavam com estereótipos sobre o público nipônico, ligando-o a<br />

valores positivos como tecnologia e qualida<strong>de</strong>. Assinado pela Talent, o slogan ganhou<br />

versões do tipo “Os nossos japoneses são mais criativos que os japoneses dos outros”.<br />

• “Red Bull te dá asas”<br />

Do original “Red Bull gives you wings”, veiculado pela primeira vez em comerciais<br />

do início dos anos 2000. O slogan é adotado nos cerca <strong>de</strong> 160 países on<strong>de</strong> a<br />

marca austríaca é comercializada, traduzido para seus respectivos idiomas –<br />

inclusive, com três vogais: “Red Bull te dá aaasas”.<br />

• “Refresca até pensamento”<br />

A i<strong>de</strong>ia foi do publicitário Fabio Fernan<strong>de</strong>s, um dos fundadores da F/Nazca, em<br />

1999. Ao longo da história, a cerveja Brahma lançou outros slogans <strong>de</strong> sucesso,<br />

caso do anterior “A número 1”, criado pela Fischer América em 1991.<br />

• “Hellmann’s, a verda<strong>de</strong>ira maionese”<br />

De 1962, quando o produto da empresa americana começou a ser comercializado<br />

no Brasil, é usado até hoje. Estampado nas embalagens, foi uma adaptação da<br />

agência MPM para a original “Bring out the best” (“Traga o melhor”).<br />

• “Abuse e use C&A”<br />

Lançado no início da década <strong>de</strong> 1990 pela agência Avanti, virou um marco da<br />

época com Sebastian Fonseca, um dos primeiros garotos-propaganda negros da<br />

televisão no Brasil.<br />

• “nescau, energia que dá gosto”<br />

Tanto cinquentões quanto os jovens <strong>de</strong> hoje conhecem esse slogan, lançado em<br />

1972 pela JWT para divulgar o achocolatado. Os comerciais da época exibiam<br />

diferentes aventuras vividas pelas crianças, que exigiam a tal energia.<br />

• “põe na Consul”<br />

Campanha lançada em 1978 gerou outro bordão popular: quando alguém não<br />

queria falar sobre algum assunto, dizia apenas “Põe na Consul”.<br />

• “s <strong>de</strong> saudável. s <strong>de</strong> sadia”<br />

Surgida entre os anos 1980 e 1990, a expressão brinca com a letra S, que virou<br />

ícone da marca, ao lado da mascote Lek Trek. De lá para cá, variações foram<br />

criadas, caso <strong>de</strong> “A vida com S é mais gostosa”.<br />

• “O sol na medida certa”<br />

O mote criado para o protetor solar Sundown assinado pela DPZ foi lançado em 1984,<br />

voltado a conscientizar o consumidor sobre os perigos <strong>de</strong> tomar sol em excesso.<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 15


MERCADO<br />

Wilson Mateos<br />

Sócio e co-cco da 11:11<br />

“Mas como você garante que esse bordão<br />

vai pegar?”. Se você já teve um bordão que<br />

se tornou popular ou não, <strong>de</strong> toda forma já<br />

ouviu isso <strong>de</strong> um cliente. E a verda<strong>de</strong> é que<br />

não existe resposta honesta para essa pergunta,<br />

porque não existe uma fórmula para<br />

se criar um bordão. O que existe, isso sim, é<br />

uma fórmula <strong>de</strong> como não se criar um bordão.<br />

E essa parece estar muito em linha com<br />

alguns elementos da propaganda tal e qual<br />

ela está hoje, o que explica – sem nenhum juízo <strong>de</strong> valor,<br />

mas apenas colocando num contexto cultural – o porquê <strong>de</strong><br />

não termos tanto os tais bordões publicitários assim como<br />

antigamente. O primeiro motivo é, sim, a dispersão <strong>de</strong> meios<br />

e <strong>de</strong> mensagens. Antes, tínhamos investimentos maciços<br />

em uma mídia maciça. Se isso não era garantia que um mau<br />

bordão ‘pegasse’, garantia que os bons estariam na boca do<br />

povo em algum tempo (é, os fatores criativida<strong>de</strong> e persistência<br />

sempre contaram). Mas hoje os hábitos mudaram e as<br />

mídias sociais e a supersegmentação não entregam a mesma<br />

coisa para todo mundo ao mesmo tempo. Ou, no mínimo,<br />

não como antes nem com o mesmo impacto.”<br />

eriCk Mendonça<br />

ecd na Soko<br />

“Agora, temos mil mídias<br />

e veículos diferentes<br />

alimentando o público diariamente,<br />

logo diminui-se<br />

a frequência da mensagem,<br />

e a forma como recebemos<br />

elas, com isso os jargões<br />

publicitários são menos<br />

absorvidos. Mas eles estão<br />

mais vivos do que nunca,<br />

alguns exemplos são: ‘Exxquecee!’<br />

‘É sobre isso e tá<br />

tudo bem’; ‘Bora, Billll’; e<br />

‘Receba!’ Cada dia, uma<br />

frase <strong>de</strong> impacto surge, e<br />

não necessariamente do<br />

computador <strong>de</strong> um publicitário,<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma<br />

agência; ela po<strong>de</strong> nascer,<br />

por exemplo, num campo <strong>de</strong> terra em Quijingue, Bahia. O<br />

movimento é quase oposto, eles vêm da socieda<strong>de</strong>, e vai da<br />

gente saber como absorvê-las e usá-las a favor das marcas.”<br />

Carlão FonseCa<br />

Sócio e co-cco da<br />

dark kitchen creativeS<br />

“Da época dos famosos bordões<br />

da propaganda, muita coisa<br />

mudou na dinâmica <strong>de</strong> construção<br />

<strong>de</strong> marcas. O po<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

uma frase que cai no gosto das<br />

pessoas e vira ‘bordão’ ainda<br />

é algo potente, mas, hoje, vejo<br />

uma busca menos focada nisso<br />

na criação das campanhas. Tem<br />

bordões naturais nascendo com<br />

frequência nas re<strong>de</strong>s sociais, e<br />

noto um movimento mais comum<br />

<strong>de</strong> tentar incorporar o que<br />

já está rolando para voz das marcas,<br />

em vez <strong>de</strong> tentar ‘fabricar’ o<br />

bordão. Mas há casos e casos. E<br />

a força do investimento <strong>de</strong> mídia<br />

(mesmo com a fragmentação),<br />

aliada à consistência da mensagem ao longo do tempo, dá<br />

mais chance para a frase acontecer e pegar. Como recentemente<br />

fizemos com o ‘Na Hora H, que maionese você<br />

usa?’, para Hellmann’s.”<br />

Fernanda Cepollini<br />

cco e cSo da execution<br />

“É um conjunto <strong>de</strong> coisas.<br />

A fragmentação <strong>de</strong><br />

mídia certamente é uma<br />

<strong>de</strong>las, assim como a fragmentação<br />

<strong>de</strong> público feita<br />

<strong>de</strong> maneira pouco consistente,<br />

sem o cuidado<br />

<strong>de</strong> construir marca. Para<br />

acentuar, cada vez mais<br />

as empresas focam seus<br />

investimentos na parte <strong>de</strong><br />

baixo do funil, on<strong>de</strong> é mais<br />

difícil construir mensagem.<br />

Estamos numa era<br />

perigosa, com muitos olhares<br />

voltados apenas para<br />

resultado <strong>de</strong> vendas e só!<br />

Claro que ele importa, mas<br />

tem <strong>de</strong> haver um equilíbrio<br />

<strong>de</strong> mensagens para que a<br />

marca não perca seu valor<br />

ao longo dos anos.”<br />

Felipe andra<strong>de</strong><br />

diretor-executivo <strong>de</strong> criação da cheil<br />

“Houve um combinado <strong>de</strong> evolução <strong>de</strong> comunicação, meios e direcionamentos diferentes. Estamos<br />

menos off e mais multicanal, e quando falamos digital, não falamos <strong>de</strong> internet apenas, temos<br />

inclusive a chegada massiva <strong>de</strong> streaming – dos mais diversos assuntos. Tudo isso, aliado à mudança<br />

<strong>de</strong> comportamento do consumidor, exige um tipo <strong>de</strong> comunicação diferente das agências. A comunicação<br />

precisa ser mais assertiva e menos massiva, ou seja, direcionada para o público correto com<br />

linguagem mais específica e clara. Falando com a pessoa certa, no momento correto, a jornada se<br />

intensifica. Estamos em um cenário atual que este consumidor precisa mais <strong>de</strong> uma experiência do<br />

que a comunicação massiva, e tudo tem seu momento. Os próprios canais <strong>de</strong> mídia offline, como a TV,<br />

estão se reinventando, po<strong>de</strong>mos ver as mudanças nos intervalos comerciais, que estão com comunicações<br />

mais assertivas e menos publicitária focando na informação precisa e na verda<strong>de</strong> do consumidor,<br />

do que o comercial mais plástico com bordões.”<br />

16 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


toni Fernan<strong>de</strong>s<br />

Sócio e diretor <strong>de</strong> criação<br />

da Monkey-land<br />

“Claro que a fragmentação<br />

da mídia ajuda, mas não<br />

é o principal motivo para<br />

não termos gran<strong>de</strong>s bordões<br />

– ou gran<strong>de</strong>s conceitos.<br />

Para o bem e para o mal, o<br />

mundo muda muito rápido.<br />

As i<strong>de</strong>ias não têm mais o<br />

tempo <strong>de</strong> nascer, crescer, se<br />

<strong>de</strong>senvolver e gerar frutos.<br />

Além disso, o medo <strong>de</strong><br />

errar também faz com que<br />

as agências e os clientes<br />

apostem em caminhos mais<br />

conservadores, que geram<br />

menos erros, mas também<br />

pouquíssimos acertos.<br />

Mesmo assim, o bordão não<br />

morreu. O Casimiro está aí,<br />

bombando na internet, com<br />

os seus gran<strong>de</strong>s bordões.<br />

‘Isso aqui é Elite, mané’.”<br />

riCardo Miller<br />

diretor <strong>de</strong> criação<br />

da oliver<br />

“Des<strong>de</strong> o início da publicida<strong>de</strong>,<br />

anunciantes perceberam<br />

que frases <strong>de</strong> efeito<br />

ajudavam a ven<strong>de</strong>r produtos<br />

e serviços, e muitas das<br />

maiores campanhas publicitárias<br />

da história foram<br />

construídas em torno <strong>de</strong><br />

um bordão impactante<br />

e inesquecível. O uso <strong>de</strong><br />

bordões foi tão eficaz que<br />

muitas empresas incorporam<br />

essas frases em suas<br />

marcas, tornando-se seus<br />

slogans. Hoje, esperamos<br />

que as marcas se comuniquem<br />

<strong>de</strong> forma autêntica e<br />

transparente, o que po<strong>de</strong> ser difícil <strong>de</strong> alcançar com um bordão<br />

pré-fabricado. In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> mudanças culturais,<br />

uma coisa é certa: bordões e trocadilhos, infelizmente,<br />

envelheceram mal, mas, quando os olhamos com a perspectiva<br />

do passado, ainda encontramos charme neles.”<br />

paulo sanna<br />

Sócio e ceo da MeStiça<br />

“Acredito que tenham duas<br />

gran<strong>de</strong>s questões que po<strong>de</strong>m<br />

explicar o porquê <strong>de</strong> a publicida<strong>de</strong><br />

não ser mais capaz <strong>de</strong><br />

gerar plantões com tanta força<br />

e potência como antigamente.<br />

Primeiro que 1980, 1990 até<br />

anos 2000, esses fenômenos<br />

eram produzidos a partir da<br />

televisão, que era totalmente<br />

onipresente na vida <strong>de</strong> todos<br />

e o que acontecia na TV aberta<br />

era a principal fonte geradora<br />

<strong>de</strong> fenômenos culturais. O<br />

segundo é a chegada do digital<br />

e <strong>de</strong> como a forma <strong>de</strong> consumir<br />

conteúdos evolui fazendo<br />

com que esses fenômenos que<br />

caem na boca do povo possam<br />

vir <strong>de</strong> qualquer lugar, <strong>de</strong> qualquer situação e das próprias<br />

pessoas. Gran<strong>de</strong> exemplo disso é o Tik Tok, que hoje é a<br />

maior e mais potente referência do país.”<br />

rianni Bertoldo<br />

diretora-geral<br />

da Moringa<br />

“Os bordões seguem<br />

fazendo parte da vida dos<br />

brasileiros. Mas hoje, com<br />

a revolução digital, acompanhamos<br />

o crescimento<br />

<strong>de</strong> uma enorme diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> pessoas criando conteúdos<br />

genuínos e, muitas<br />

vezes, regionalizados.<br />

São, portanto, geradores<br />

<strong>de</strong> bordões que <strong>de</strong>ixam<br />

<strong>de</strong> ser únicos e passam a<br />

ser vários, pertencentes a<br />

grupos específicos e não a<br />

todos. De forma geral, um<br />

único bordão não reflete<br />

mais a nossa socieda<strong>de</strong>,<br />

que é cada vez mais diversa,<br />

criativa e protagonista<br />

<strong>de</strong> suas histórias. Para a indústria da comunicação, isso é um<br />

<strong>de</strong>safio. É preciso repensar as estruturas das agências, incluir<br />

diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> e ouvir mais, observar mais.”<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> <strong>17</strong>


merCaDo<br />

Fundação Dom Cabral qualifica<br />

educação executiva no Brasil<br />

Escola <strong>de</strong> negócios mineira investe em sua primeira campanha <strong>de</strong><br />

marca para <strong>de</strong>stacar conhecimento aplicável no dia a dia dos executivos<br />

Janaina Langsdorff<br />

primeira campanha <strong>de</strong> marca da Fundação<br />

Dom Cabral (FDC), escola <strong>de</strong><br />

A<br />

negócios fundada em Minas Gerais no<br />

ano <strong>de</strong> 1976, foi lançada no último mês <strong>de</strong><br />

fevereiro. Com peças em aeroportos e no<br />

meio digital, a ação i<strong>de</strong>alizada pela agência<br />

mineira Newcorp foi veiculada até março,<br />

e já tem data para retornar à mídia. No segundo<br />

semestre, a instituição criada “para<br />

ser relevante”, reforça o seu propósito em<br />

fazer das <strong>de</strong>mandas da socieda<strong>de</strong> um conhecimento<br />

aplicável no dia a dia dos executivos.<br />

“Informação existe em diferentes<br />

níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, mas difere <strong>de</strong> conhecimento,<br />

que é o que nós temos”, compara<br />

Daniel Gonzalez Aguado, diretor <strong>de</strong> marketing<br />

da FDC.<br />

A campanha apresenta atualizações nos<br />

programas <strong>de</strong> especialização, agora com<br />

entregas mais flexíveis e modulares. “Um<br />

dos aprendizados da pan<strong>de</strong>mia da Covid-19<br />

é o estudo híbrido. Está cada vez mais na<br />

mão do participante <strong>de</strong>finir o seu formato<br />

<strong>de</strong> estudo, e estamos <strong>de</strong>senhando um produto<br />

nesse sentido”, conta Aguado. Novos<br />

módulos chegaram também ao executive<br />

MBA, ofertado há 25 anos. “Gran<strong>de</strong> parte<br />

dos CEOs e alta li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> executivos do<br />

Brasil já passou pelo nosso programa”, <strong>de</strong>staca<br />

Aguado.<br />

Já com o trekker, a FDC disponibiliza<br />

<strong>de</strong>senvolvimento individualizado a partir<br />

da i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>safios e barreiras<br />

enfrentadas pelos profissionais. O portfólio<br />

ainda tem viagens internacionais para<br />

<strong>de</strong>stinos com atuação reconhecida na área<br />

estudada pelo grupo. Inovação e li<strong>de</strong>rança<br />

são algumas <strong>de</strong>las. “O mercado educacional<br />

está em ebulição, ainda com consolidações<br />

acontecendo. No segmento executivo,<br />

vários formatos surgem. Queremos garantir<br />

que as pessoas entendam os nossos diferenciais<br />

e o valor que geramos para os nossos<br />

alunos”, frisa Aguado.<br />

Mais que pesquisas <strong>de</strong> satisfação e recomendação,<br />

a própria trajetória dos alunos<br />

atesta a qualida<strong>de</strong> dos cursos. “Temos relatos<br />

<strong>de</strong> promoções e <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dores<br />

que conseguiram uma transformação efetiva”,<br />

atesta Aguado. Segundo ranking <strong>de</strong><br />

educação executiva organizado pelo jornal<br />

britânico Financial Times, a FDC é a única<br />

instituição brasileira entre as <strong>de</strong>z melhores<br />

escolas <strong>de</strong> negócios do mundo. Ocupa<br />

a quinta posição em método <strong>de</strong> ensino e<br />

materiais didáticos, e a nona em educação<br />

Disciplina <strong>de</strong> marketing está presente em praticamente todos os programas voltados para gestão e governança<br />

campus em belo horizonte<br />

e nova lima, em minas<br />

gerais, e em são paulo<br />

recebem cerca <strong>de</strong> 27 mil<br />

executivos ao ano<br />

Daniel Gonzalez Aguado: transformação efetiva<br />

Wavebreak Media/Freepik<br />

executiva e corpo docente.<br />

No Brasil, uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> associados leva a<br />

metodologia da FDC a todas as regiões do<br />

país. Cursos e temas variam conforme o<br />

perfil local. Internacionalmente, a escola<br />

atua por meio <strong>de</strong> parcerias com universida<strong>de</strong>s<br />

e instituições <strong>de</strong> ensino para garantir<br />

que os alunos brasileiros tenham acesso<br />

à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outros mercados, além <strong>de</strong><br />

atrair estrangeiros cada vez mais interessados<br />

em temas como a Amazônia e as energias<br />

renováveis.<br />

A gra<strong>de</strong> varia entre as verticais <strong>de</strong> educação<br />

acadêmica (especialização), educação<br />

executiva (programas customizados) e educação<br />

social (empreen<strong>de</strong>dores individuais<br />

e organizações não governamentais). “Praticamente<br />

todos os nossos programas <strong>de</strong><br />

gestão e governança abordam marketing.<br />

Mostramos como essa disciplina impacta<br />

os negócios e a vida das pessoas”, sublinha<br />

Aguado.<br />

Com campus em Belo Horizonte e Nova<br />

Lima, ambos em Minas Gerais, e no bairro<br />

da Vila Olímpia, em São Paulo, a FDC recebe<br />

uma média <strong>de</strong> 27 mil executivos ao ano.<br />

Presidida pelo professor Antonio Batista<br />

da Silva Junior, a escola <strong>de</strong> negócios segue<br />

diretrizes e tendências apontadas pelo conselho<br />

e pela diretoria estatutária, li<strong>de</strong>rada<br />

pelo professor Emerson <strong>de</strong> Almeida, cofundador<br />

da instituição ao lado do car<strong>de</strong>al<br />

Dom Serafim Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Araújo.<br />

18 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


MercAdO<br />

MMA Impact reúne 4 mil pessoas<br />

para mostrar impacto da inovação<br />

Realizado na semana passada, na Fundação Bienal do Ibirapuera, em São<br />

Paulo, evento teve 60 sessões realizadas por mais <strong>de</strong> 100 palestrantes<br />

Painel com os apresentadores do Podpah, Igor Cavalari e Thiago Marques, e o CEO do hub Victor Assis: a inovação nos negócios<br />

Carolina Vilela<br />

Fundação Bienal do parque<br />

A do Ibirapuera, em São Paulo,<br />

recebeu mais <strong>de</strong> 4 mil pessoas<br />

na edição <strong>de</strong>ste ano do MMA<br />

Impact na semana passada. Em<br />

uma edição histórica, o evento<br />

reuniu importantes nomes do<br />

mercado que mostraram, por<br />

meio <strong>de</strong> 60 sessões, o impacto<br />

da inovação nos negócios.<br />

Um exemplo foi o painel,<br />

mediado pelo editor do PROP-<br />

MARK online Vinícius Novaes,<br />

que colocou no mesmo palco<br />

Igor Cavalari, o Igão; Thiago<br />

Marques, o Mítico; e o CEO<br />

Victor Assis. “Hoje, o Podpah<br />

trabalha com três pilares: conteúdo,<br />

produtos próprios e<br />

eventos”, explicou Victor Assis,<br />

CEO do Podpah.<br />

Ainda <strong>de</strong> acordo com o executivo,<br />

a meta atual é terminar<br />

o ano com seis programas na<br />

gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação do canal<br />

que, hoje, conta com o vi<strong>de</strong>ocast<br />

Podpah, o Rango Brabo,<br />

apresentado por Diogo Defante;<br />

e o Quebrada F.C, apresentado<br />

por Rafael Vieira, conhecido<br />

como Jukanalha.<br />

O painel se encerrou com as<br />

perspectivas <strong>de</strong> futuro do Podpah,<br />

que recentemente anunciou<br />

que será o canal <strong>de</strong> transmissão<br />

do Plantão Festival.<br />

Já no segundo semestre, mas<br />

ainda sob o pilar <strong>de</strong> eventos, o<br />

Podpah anunciou que terá uma<br />

festa própria. “A gente tenta se<br />

manter muito próximo <strong>de</strong> música<br />

porque tem muito feat com<br />

a gente e com a nossa audiência”,<br />

explicou Igor.<br />

Sobre os próximos programas<br />

que vão chegar ao canal,<br />

o time do Podpah garante que<br />

a audiência não tem com o que<br />

se preocupar. “Essa coisa dos<br />

programas preocupa a audiência<br />

um pouco, mas eles não vão<br />

substituir a gente. Os apresentadores<br />

fazem parte do gosto<br />

da nossa audiência também<br />

e nós estamos a fim <strong>de</strong> fazer<br />

uma emissora <strong>de</strong> TV na internet,<br />

além <strong>de</strong> criar um programa<br />

e ven<strong>de</strong>r para outros lugares<br />

também”, ressaltou Mítico.<br />

IntelIgêncIA ArtIfIcIAl<br />

Outro tema abordado foi o<br />

papel da inteligência artificial<br />

na propaganda e no marketing.<br />

Ministrado pelo head Latam<br />

da martech VidMob. “Nosso<br />

interesse é na inteligência artificial<br />

capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>codificar a<br />

criativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os<br />

elementos que fazem um ví<strong>de</strong>o<br />

chamar a atenção da audiência<br />

em uma re<strong>de</strong> social, mas<br />

não em outra”, afirmou Miguel<br />

Caeiro. “Não queremos falar <strong>de</strong><br />

IA generativa, <strong>de</strong> buzzwords, <strong>de</strong><br />

lançamentos feitos com hype. O<br />

que nos interessa é trazer a força<br />

dos dados, que a tecnologia<br />

consegue transformar em insights,<br />

que empo<strong>de</strong>ram o criativo<br />

humano em suas <strong>de</strong>cisões”.<br />

Segundo o executivo, o gran<strong>de</strong><br />

po<strong>de</strong>r dos algoritmos <strong>de</strong> IA,<br />

como os usados nos sistemas<br />

“o podpah<br />

trabalha com três<br />

pilares: conteúdo,<br />

produtos próprios<br />

e eventos”<br />

Divulgação<br />

da VidMob, é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>,<br />

finalmente, abrir o que geralmente<br />

é chamado <strong>de</strong> caixa-<br />

-preta da criativida<strong>de</strong>. “A IA nos<br />

permite <strong>de</strong>sconstruir uma peça<br />

criativa, como um ví<strong>de</strong>o, em<br />

um conjunto <strong>de</strong> dados sequenciais,<br />

gerenciáveis e capazes <strong>de</strong><br />

interpretação”, diz, referindo-<br />

-se ao sistema da VidMob.<br />

OutrO <strong>de</strong>stAque<br />

O comediante Diogo Defante,<br />

em seu painel, levantou<br />

um <strong>de</strong>bate sobre a pluralida<strong>de</strong><br />

que a internet po<strong>de</strong> proporcionar.<br />

Do mesmo jeito que a palestra<br />

do diretor <strong>de</strong> Advertising<br />

Brasil, do Spotify, Vince Carrari,<br />

apresentou por meio <strong>de</strong> pesquisa<br />

com sensores colocados<br />

em vários pontos do corpo das<br />

pessoas, que o áudio impacta<br />

diretamente na performance<br />

<strong>de</strong> quem ouve. Daí a importância<br />

da publicida<strong>de</strong> em áudio<br />

se encaixar no contexto da audiência.<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 19


diGital<br />

Governo multará plataformas que<br />

não removerem perfis violentos<br />

Reação ao posicionamento do Twitter gera campanha <strong>de</strong> repúdio com<br />

as hashtags Twitter Apoia Massacres e Twitter Support Massacres<br />

JAnAinA LAngSdorff<br />

As plataformas que se recusarem<br />

a extrair perfis que<br />

incitem violência serão multadas<br />

em R$ 12 milhões. Portaria<br />

do Ministério da Justiça e<br />

Segurança Pública editada na<br />

última quarta-feira (12) ainda<br />

prevê a suspensão das ativida<strong>de</strong>s,<br />

caso a re<strong>de</strong> ignore pedidos<br />

da Polícia Fe<strong>de</strong>ral para retirar<br />

páginas consi<strong>de</strong>radas nocivas.<br />

Um grupo foi criado pelo<br />

órgão para abrir investigações<br />

e <strong>de</strong>sarticular ameaças iminentes.<br />

A <strong>de</strong>cisão ocorre após<br />

o assassinato <strong>de</strong> uma professora<br />

por um aluno em sala <strong>de</strong><br />

aula em São Paulo e a morte <strong>de</strong><br />

quatro crianças por um homem<br />

que invadiu uma creche na cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Blumenau (SC).<br />

Nas últimas semanas, os ataques<br />

foram tema <strong>de</strong> publicações<br />

que instigaram supostos<br />

atentados a escolas postadas<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais. A medida<br />

obriga as plataformas a mo<strong>de</strong>rarem<br />

o conteúdo. Enquanto<br />

o Projeto <strong>de</strong> Lei 2630/20, que<br />

institui a Lei Brasileira <strong>de</strong> Liberda<strong>de</strong>,<br />

Responsabilida<strong>de</strong> e<br />

Transparência na Internet,<br />

conhecida como PL das Fake<br />

News, não é aprovada, o governo<br />

impõe regulamentação<br />

capaz <strong>de</strong> remover postagens<br />

nocivas com mais rapi<strong>de</strong>z.<br />

O Marco Civil da Internet<br />

<strong>de</strong>termina a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

or<strong>de</strong>m judicial para a retirada<br />

<strong>de</strong> certos conteúdos, trecho<br />

que está em análise no Supremo<br />

Tribunal Fe<strong>de</strong>ral (STF). A lei<br />

sancionada em 2014 afirma que<br />

plataformas digitais não po<strong>de</strong>m<br />

ser responsabilizadas civilmente<br />

por manter no ar conteúdos<br />

<strong>de</strong> terceiros que não foram alvo<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão judicial, mesmo que<br />

tenham sido notificadas pelos<br />

usuários.<br />

Ricardo Campos, diretor do<br />

Legal Grounds Institute, explica<br />

que o Artigo 19 do Marco<br />

Civil da internet criou uma forma<br />

<strong>de</strong> proteção às empresas, já<br />

Ataques em São Paulo e Santa Catarina foram tema <strong>de</strong> publicações que instigaram supostos atentados em escolas nas re<strong>de</strong>s sociais<br />

que “a única palavra para <strong>de</strong>terminar<br />

remoção <strong>de</strong> conteúdo<br />

é dada via <strong>de</strong>cisão judicial”,<br />

explica o professor, que foi nomeado<br />

pelo Ministério dos Direitos<br />

Humanos e da Cidadania<br />

(MDH) para compor o grupo <strong>de</strong><br />

trabalho <strong>de</strong> combate ao discurso<br />

<strong>de</strong> ódio, extremismo e <strong>de</strong>sinformação.<br />

No argumento das plataformas,<br />

estão políticas próprias e<br />

ferramentas <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias disponibilizadas<br />

para conter discursos<br />

<strong>de</strong> ódio e violência. Facebook,<br />

WhatsApp, Instagram,<br />

TikTok, Discord, Telegram,<br />

YouTube e Kwai estão na mira<br />

do governo, que cobra esforços<br />

mais efetivos. Mas o principal<br />

alvo <strong>de</strong> críticas foi o Twitter.<br />

Em reunião realizada no dia<br />

10 <strong>de</strong> <strong>abril</strong> com o governo, A<strong>de</strong>la<br />

Gobena, representante da<br />

re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Elon Musk, disse que<br />

“um perfil com foto <strong>de</strong> assassinos<br />

<strong>de</strong> crianças (perpetradores<br />

dos massacres em escolas)<br />

R$ 12 milhões é o<br />

valoR da multa<br />

estipulada paRa<br />

as Re<strong>de</strong>s, que<br />

po<strong>de</strong>Rão até<br />

seR banidas<br />

Freepik<br />

não violava os termos <strong>de</strong> uso<br />

da re<strong>de</strong> e que não se tratava <strong>de</strong><br />

apologia ao crime”. Campanha<br />

<strong>de</strong> repúdio com as hashtags<br />

Twitter Apoia Massacres e Twitter<br />

Support Massacres, que foi<br />

censurada por Musk, ganharam<br />

repercussão imediata. O movimento<br />

tem o apoio <strong>de</strong> Sleeping<br />

Giants Brasil, Felipe Neto, Emicida<br />

e Daniela Mercury. Procurado,<br />

o Twitter respon<strong>de</strong> com<br />

um emoji <strong>de</strong> fezes.<br />

O imbróglio se arrasta. No<br />

dia 15 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2022, Facebook,<br />

Google, YouTube, Instagram,<br />

Twitter, TikTok, Whats-<br />

App, Kwai e LinkedIn assinaram<br />

um acordo com o Tribunal Superior<br />

Eleitoral (TSE) para combater<br />

a <strong>de</strong>sinformação nas eleições.<br />

Na ocasião, o Telegram<br />

foi a única re<strong>de</strong> ausente. Canais<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>núncias, avisos<br />

<strong>de</strong> conteúdo in<strong>de</strong>vido e relatórios<br />

<strong>de</strong> transparência foram<br />

alguns dos compromissos assumidos<br />

à época.<br />

20 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


digital<br />

Stone intensifica trabalho <strong>de</strong> marca<br />

para divulgar pagamentos digitais<br />

Soluções financeiras divulgadas no BBB 23 e em ações criadas pela<br />

Greenz apoiam expansão dos negócios <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dores brasileiros<br />

Janaina Langsdorff<br />

As maquininhas <strong>de</strong> pagamento travaram<br />

uma guerra ferrenha a partir <strong>de</strong> 20<strong>17</strong>,<br />

quando entrou em vigor medida do Banco<br />

Central que estabelecia o fim da exclusivida<strong>de</strong><br />

entre ban<strong>de</strong>iras. A disputa acabou<br />

com a hegemonia antes concentrada entre<br />

Cielo e Re<strong>de</strong>. Uma das expoentes <strong>de</strong>sse<br />

mercado é a Stone, que tem o seu crescimento<br />

guiado pela evolução tecnológica do<br />

setor, missão empenhada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a abertura<br />

do capital da empresa, em 2018.<br />

Segundo a Associação Brasileira das<br />

Empresas <strong>de</strong> Cartões <strong>de</strong> Crédito e Serviços<br />

(Abecs), os pagamentos digitais somaram<br />

18,2 bilhões no crédito, 15,4 bilhões no débito<br />

e 5,6 bilhões nos cartões pré-pago em<br />

2022, consolidando uma média <strong>de</strong> 107 milhões<br />

<strong>de</strong> pagamentos diários. O valor total<br />

transacionado em cartões atingiu a cifra <strong>de</strong><br />

R$ 3,31 trilhões, alta <strong>de</strong> 24,6% em relação ao<br />

ano anterior.<br />

“São diferentes modais utilizados para<br />

substituir o pagamento em dinheiro. Além<br />

da evolução tecnológica, trazem benefícios<br />

na velocida<strong>de</strong> do prazo <strong>de</strong> recebimento”,<br />

comenta Rodolfo Luz, head <strong>de</strong> marketing<br />

da Stone, que em agosto do ano passado<br />

apresentou a solução TapTon, capaz <strong>de</strong> receber<br />

pagamentos no celular sem a utilização<br />

<strong>de</strong> maquininha.<br />

Os atributos da marca da maquininha<br />

ver<strong>de</strong> são explorados na mídia com estratégia<br />

da Greenz. A Stone trabalha também<br />

com a Eyxo para canais e conteúdos, e tem<br />

time criativo interno com foco em mídia e<br />

marca. Em fevereiro, a campanha Superconta<br />

Ton foi lançada com paródia para<br />

<strong>de</strong>stacar solução que dispensa bancos tradicionais.<br />

Interpretada por Tayrone e Marilia<br />

Mendonça, a canção Cê tá preparada<br />

ambientou filmes exibidos na TV aberta e<br />

canais digitais. “A campanha mostra <strong>de</strong> um<br />

jeito divertido que os clientes não precisam<br />

<strong>de</strong> um ‘bancão’ para terem tudo o que precisam<br />

para ven<strong>de</strong>r mais”, compara Luz.<br />

Já a ação institucional Bota pra girar foi<br />

veiculada em janeiro, com filmes para TV e<br />

mídia digital. As peças ilustram o dia a dia<br />

do empreen<strong>de</strong>dor que utiliza os recursos<br />

da Stone para controlar fluxo <strong>de</strong> transações<br />

pelo celular, receber pagamentos por meio<br />

<strong>de</strong> Pix, boleto e cartões.<br />

Essas são algumas facilida<strong>de</strong>s ofertadas<br />

para apoiar a expansão dos negócios <strong>de</strong> microempreen<strong>de</strong>dores<br />

e trabalhadores autônomos.<br />

“A campanha chegou ao BBB 23 por<br />

Peça da campanha superconta Ton, que usa paródia para <strong>de</strong>stacar benefícios em relação aos bancos tradicionais<br />

Rodolfo Luz: evolução tecnológica agiliza pagamentos<br />

meio do Modo Stone, momento que é uma<br />

inovação no jogo que tem gerado bastante<br />

repercussão nas re<strong>de</strong>s sociais”, conta Luz.<br />

O valor do prêmio ofertado nesta edição aumenta<br />

conforme a votação da casa a cada<br />

paredão. A novida<strong>de</strong> incorporada à atração<br />

da Globo chega aos clientes da Stone por<br />

meio da promoção 1 milhão sem paredão,<br />

que distribuirá R$ 1,3 milhão em prêmios<br />

até o fim do programa.<br />

Fundada em 2012, a Stone ganhou licença<br />

<strong>de</strong> adquirente no ano seguinte e, após<br />

uma década <strong>de</strong> atuação, insere a sua marca<br />

Fotos: Divulgação<br />

pela primeira vez em um reality show. “Enten<strong>de</strong>mos<br />

que era a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expor<br />

o que fazemos para um público mais amplo”,<br />

explica Rodolfo Luz.<br />

Da parceria com a Globo, vem também os<br />

resultados da aliança feita em 2019, quando<br />

o grupo <strong>de</strong> mídia da família Marinho<br />

anunciou a sua entrada no mercado <strong>de</strong> maquininhas<br />

<strong>de</strong> pagamento por meio <strong>de</strong> uma<br />

joint venture firmada com a Stone. A Globo<br />

entrou no negócio ce<strong>de</strong>ndo espaços na sua<br />

gra<strong>de</strong> com o valor <strong>de</strong> R$ 461 milhões, enquanto<br />

a Stone aportou R$ 50 milhões em<br />

recursos relacionados à tecnologia e à capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> pagamentos,<br />

apoio operacional e gestão.<br />

Além <strong>de</strong> lançar a empresa <strong>de</strong> maquininhas<br />

Ton em parceria com o grupo Globo em<br />

2020, a Stone adquiriu a Linx em 2021, para<br />

fortalecer atuação em softwares integrados<br />

a serviços e soluções financeiras, e investiu<br />

em oportunida<strong>de</strong>s complementares como<br />

banking e programas <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização. “Com<br />

a marca Stone, expandimos o propósito <strong>de</strong><br />

ser a plataforma financeira <strong>de</strong> pequenos e<br />

médios negócios”, esclarece Luz.<br />

O negócio foi presidido durante seis anos<br />

por Thiago Piau, que agora é membro do<br />

conselho <strong>de</strong> administração e do comitê financeiro<br />

da companhia. Hoje, a Stone é<br />

comandado pelo CEO Pedro Zinner e pelo<br />

presi<strong>de</strong>nte Augusto Lins, e tem André Street<br />

como cofundador.<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 21


dIgItAl<br />

Yapoli organiza e distribui arquivos<br />

digitais <strong>de</strong> empresas por meio <strong>de</strong> IA<br />

O CEO Adalberto Generoso afirma que a aceleração digital das marcas<br />

passa primeiro pela gestão <strong>de</strong> ativos como documentos, fotos e ví<strong>de</strong>os<br />

kelly dores<br />

Imagina uma gran<strong>de</strong> corporação<br />

lidando com contratos,<br />

manuais, documentos, materiais<br />

publicitários, imagens <strong>de</strong><br />

produtos trafegando pra lá e<br />

pra cá nas mãos <strong>de</strong> colaboradores<br />

e fornecedores? É muita<br />

informação sem nenhum senso<br />

<strong>de</strong> governança. O pensamento<br />

é <strong>de</strong> Adalberto Generoso, CEO<br />

da Yapoli, plataforma <strong>de</strong> gestão<br />

<strong>de</strong> ativos digitais.<br />

O executivo afirma que a<br />

maioria das companhias não<br />

faz a gestão dos seus ativos digitais<br />

e tem materiais importantes<br />

como documentos, planilhas,<br />

fotos, ví<strong>de</strong>os, segredos<br />

industriais e contratos espalhados<br />

em diferentes arquivos<br />

e formatos <strong>de</strong> armazenamento,<br />

sem nenhuma organização.<br />

“Nem logotipo as marcas conseguem<br />

ter pronto para enviar.<br />

Isso atrapalha muito a eficiência<br />

da ca<strong>de</strong>ia”, exemplifica ele.<br />

Oferecendo a tecnologia<br />

DAM (Digital Asset Management),<br />

a martech aten<strong>de</strong> marcas<br />

como Petrobras, Habib’s,<br />

Firjan Flamengo, Havaianas,<br />

Portobello e Groupe SEB, e tem<br />

como meta ser lí<strong>de</strong>r e a maior<br />

referência em DAM no país.<br />

Globalmente, o setor <strong>de</strong> gerenciamento<br />

<strong>de</strong> ativos digitais<br />

alcançou o patamar <strong>de</strong> US$ 4,2<br />

bilhões em 2022, segundo dados<br />

da consultoria Market and<br />

Markets. Até 2026, <strong>de</strong>ve atingir<br />

US$ 8 bilhões, <strong>de</strong> acordo com a<br />

Mordor Intelligence.<br />

“Por conta da multiplicação<br />

<strong>de</strong> materiais digitais e aceleração<br />

digital, tem muito espaço<br />

para crescer. É um mercado<br />

que <strong>de</strong>ve dobrar nos próximos<br />

anos. No Brasil e na América<br />

Latina, eu <strong>de</strong>sconheço empresas<br />

que fazem o mesmo que a<br />

Yapoli”, ressalta Generoso.<br />

Em sua visão, as empresas<br />

que querem ser lí<strong>de</strong>res digitais<br />

precisam primeiro arrumar a<br />

casa e “saber o que têm <strong>de</strong> material<br />

e como distribuir isso para<br />

Adalberto Generoso, CEO da Yapoli: “Empresas precisam arrumar a casa”<br />

<strong>de</strong>pois escalar projetos digitais.<br />

Hoje temos cerca <strong>de</strong> mil usuários<br />

únicos por mês acessando<br />

o nosso site buscando por DAM<br />

e gestão <strong>de</strong> ativos digitais”.<br />

Para Havaianas, por exemplo,<br />

a Yapoli vem escalando a<br />

positivação <strong>de</strong> banners e imagens<br />

dos produtos em lojas virtuais<br />

<strong>de</strong> parceiros. Esse era um<br />

processo manual, em que os<br />

conteúdos eram enviados por<br />

e-mail aos marketplaces. De lá<br />

para cá, a tecnologia da Yapoli<br />

possibilitou que esse processo<br />

tenha o seu tempo médio abreviado.<br />

O que antes levava até 20<br />

Divulgação<br />

“tecnologia<br />

é importante,<br />

mas ela precisa<br />

ser guiada sob<br />

o horizonte<br />

dos negócios”<br />

dias, hoje é realizado em um.<br />

“Com a plataforma entregamos<br />

muito mais agilida<strong>de</strong> ao<br />

processo. Criamos acessos para<br />

todos os fornecedores, possibilitando<br />

que eles entrem e baixem<br />

os materiais necessários.<br />

E o time do cliente consegue<br />

acompanhar a utilização por<br />

meio <strong>de</strong> relatórios <strong>de</strong> engajamento”,<br />

explica Generoso.<br />

De acordo com o executivo, o<br />

próximo passo da Yapoli é reunir<br />

insights criativos por meio<br />

da plataforma e entregar performance<br />

para os clientes. “A<br />

gente enten<strong>de</strong>u que já validou<br />

um produto voltado para governança<br />

e eficiência, distribuindo<br />

materiais digitais, e agora estou<br />

validando com os meus clientes<br />

a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pegar esses<br />

materiais e extrair inteligência<br />

criativa, como saber o que funciona<br />

bem ou não em uma peça<br />

publicitária”, exemplifica ele.<br />

Isso porque a plataforma<br />

atua por meio <strong>de</strong> inteligência<br />

artificial exclusiva capaz <strong>de</strong>,<br />

não só organizar e distribuir os<br />

materiais das empresas, mas<br />

também extrair dados <strong>de</strong>sses<br />

ativos, como por exemplo a paleta<br />

<strong>de</strong> cores predominante dos<br />

produtos.<br />

Com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> experiência<br />

em marketing digital,<br />

Generoso foi um dos i<strong>de</strong>alizadores<br />

do Guiabolso e ex-sócio<br />

e CMO da Cheftime, foodtech<br />

adquirida em 2019 pelo GPA.<br />

Além disso, é mentor <strong>de</strong> marketing,<br />

tecnologia e growth<br />

para empresas e atua como palestrante<br />

para a turma do curso<br />

<strong>de</strong> marketing digital do Núcleo<br />

<strong>de</strong> Empreen<strong>de</strong>dorismo Tech da<br />

USP e criou a Yapoli em 2018.<br />

Apesar da bagagem, Generoso<br />

diz ser um profissional<br />

“pé no chão” quando se trata<br />

<strong>de</strong> tecnologia. “Tecnologia é<br />

importante, mas ela precisa ser<br />

guiada sob o horizonte dos negócios.<br />

Tem empresa que nem<br />

resolveu os próprios materiais<br />

digitais e quer falar <strong>de</strong> NFT e<br />

metaverso”, conclui ele.<br />

22 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


MíDia<br />

Record TV exibe a história <strong>de</strong> Davi<br />

na 6ª temporada da série bíblica Reis<br />

Superprodução conta com 104 cenários, 88 atores, 9 mil figurantes,<br />

20 mil acessórios e 1.500 dublês; direção-geral é <strong>de</strong> Leo Miranda<br />

Fotos: Divulgação<br />

Vinicius Muhammaad, que interpreta Davi, contracena com Blad Meneghel (Joabe)<br />

O diretor Leo Miranda em ação no set <strong>de</strong> filmagem da série Reis - a conquista<br />

Paulo Macedo<br />

Nesta segunda-feira (<strong>17</strong>), a<br />

Record TV começa a exibir<br />

na sua gra<strong>de</strong> <strong>de</strong> programação<br />

a 6ª temporada da série Reis,<br />

agora com a história <strong>de</strong> Davi,<br />

que suce<strong>de</strong>u Saul no trono <strong>de</strong><br />

Israel e governou por 40 anos.<br />

700 profissionais, diretos e indiretos,<br />

estão envolvidos na<br />

superprodução, que tem direção-geral<br />

<strong>de</strong> Leo Miranda. Cada<br />

episódio exige entre 66 e 99<br />

horas <strong>de</strong> edição para “as cenas<br />

fortes e realistas, mas sem precisar<br />

virar o rosto”, como explica<br />

a autora Cristiane Cardoso,<br />

que fala sobre a base bíblica do<br />

projeto Reis - A Conquista. A 7ª<br />

e 8ª temporadas serão gravadas<br />

em <strong>2023</strong>.<br />

“Quando meditamos nela,<br />

conseguimos visualizar suas<br />

histórias. A minha parte é<br />

transmitir essas histórias <strong>de</strong><br />

forma que elas se conectem e<br />

transmitam a narrativa do autor<br />

da Bíblia e, ao mesmo tempo,<br />

dar ao público que não lê a<br />

Bíblia um incentivo a mais, com<br />

tudo que acontecia nas histórias,<br />

como romance, drama,<br />

ação, suspense e até violência”,<br />

diz Cristiane, que contou com<br />

dois historiadores para dar suporte<br />

histórico. “Uma vez que a<br />

história está engatada, tudo flui<br />

porque temos como base a Bí-<br />

O protagonista Vinicius Muhammaad durante as gravações da superprodução<br />

blia. As histórias paralelas, que<br />

<strong>de</strong>safiam nossa criativida<strong>de</strong>. Já<br />

o fim precisa sempre <strong>de</strong>ixar um<br />

gancho para a próxima temporada”,<br />

ela acrescenta.<br />

Foram arregimentados 88<br />

atores do elenco e outros 50<br />

para participações especiais.<br />

Eles foram submetidos “a aulas<br />

<strong>de</strong> canto, instrumentos, dança<br />

e participam <strong>de</strong> workshops<br />

<strong>de</strong> arco e flecha, montaria e<br />

luta coreografada”. O elenco,<br />

como <strong>de</strong>talha comunicado da<br />

Record TV, utilizou 104 cenários<br />

e locações distribuídos em<br />

sete estúdios, que somados<br />

chegam a cerca <strong>de</strong> 10 mil m2, e<br />

seis cida<strong>de</strong>s cenográficas com<br />

mais 15 mil metros quadrados.<br />

Conta ainda com duas cida<strong>de</strong>s<br />

construídas em full VFX (efeitos<br />

visuais inseridos na edição).<br />

São mais <strong>de</strong> 2 mil figurinos, 150<br />

armaduras, 200 uniformes <strong>de</strong><br />

soldados e cerca <strong>de</strong> 20 mil acessórios<br />

utilizados por todos os<br />

personagens, 9 mil figurantes e<br />

1.500 dublês.<br />

“A história <strong>de</strong> Davi como<br />

nunca foi contada, sem romantizar<br />

seu pecado, mas como ele<br />

realmente foi. A série vai mostrar<br />

o que levou um homem tão<br />

temente a Deus a cometer atos<br />

tão repreensíveis e como as<br />

consequências disso afetaram<br />

não só a ele e toda a sua família,<br />

mas todo o reino <strong>de</strong> Israel”,<br />

<strong>de</strong>staca o diretor Leo Miranda.<br />

O marketing da Record TV<br />

está ativo. “A emissora faz mui-<br />

tos esforços investindo em uma<br />

campanha massiva atingindo<br />

gran<strong>de</strong> parte do território nacional,<br />

com fortes atuações em<br />

OOH, rádio, digital, impresso e<br />

social media. O maior <strong>de</strong>safio<br />

do marketing para este conteúdo<br />

é manter o entusiasmo do<br />

espectador, temporada após<br />

temporada. Em pleno horário<br />

nobre, sendo exibido após o<br />

Jornal da Record, as superproduções<br />

da Record TV mantêm<br />

uma boa performance, tanto<br />

que em 2022 chegaram a alcançar<br />

mais <strong>de</strong> 53 milhões <strong>de</strong><br />

telespectadores por mês, com<br />

mais <strong>de</strong> 10,6 milhões <strong>de</strong> pageviews<br />

no canal do programa<br />

no R7.com e nas re<strong>de</strong>s sociais o<br />

conteúdo chegou a mais <strong>de</strong> 951<br />

milhões <strong>de</strong> impactos”, acrescenta<br />

Alarico Naves, superinten<strong>de</strong>nte-comercial<br />

multiplataforma<br />

do Grupo Record.<br />

“Engana-se quem pensa<br />

que produções como esta<br />

não abrem espaço para ações<br />

<strong>de</strong> marketing ou product placement.<br />

Além do formato <strong>de</strong><br />

mídia convencional, existe<br />

outra possibilida<strong>de</strong> comercial<br />

a ser consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong>vido à característica<br />

<strong>de</strong>ste conteúdo.<br />

Neste formato po<strong>de</strong>mos produzir<br />

ações <strong>de</strong> merchandising<br />

com a participação do elenco e<br />

veiculação no break”, finaliza<br />

Alarico Naves.<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 23


D&AD <strong>2023</strong><br />

Sergio Gordilho vai ser jurado pela<br />

6ª vez no festival que valoriza craft<br />

Alê Oliveira<br />

Publicitário estará<br />

na competição que<br />

analisa projetos<br />

<strong>de</strong> Entretenimento<br />

Sergio Gordilho, co-CEO e CEO da agência Africa, vai estar no júri da competição Entertainment do D&AD <strong>2023</strong><br />

Paulo Macedo<br />

relação <strong>de</strong> Sergio Gordilho, co-CEO e<br />

A CCO da agência Africa, com o D&AD,<br />

festival que valoriza o craft, é longa. Começa<br />

quando estudou <strong>de</strong>sign no fim dos anos<br />

1990, em Londres, e o D&AD reconheceu<br />

um trabalho seu inscrito em um concurso<br />

do festival, que resultou em convite para<br />

se tornar um dos representantes do mercado<br />

inglês <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> no Cannes Lions.<br />

Desse tempo em diante, a relação evoluiu<br />

e Gordilho já foi jurado por cinco vezes,<br />

das quais duas como presi<strong>de</strong>nte. Este ano<br />

chega à 6ª participação, <strong>de</strong>sta vez na área<br />

<strong>de</strong> Entretenimento. O júri online, que vai<br />

fazer curadoria do que será julgado presencialmente<br />

em maio, já está em andamento.<br />

“A publicida<strong>de</strong> sempre foi entretenimento.<br />

Ela informa? Sim! Mas a base é entreter<br />

as pessoas. Quando nos lembramos<br />

das gran<strong>de</strong>s campanhas, todas têm o entretenimento<br />

como fortaleza. Estruturamos<br />

os intervalos comerciais na televisão<br />

e no rádio com entretenimento. E cada<br />

vez mais o conteúdo que a gente ‘uploada’<br />

<strong>de</strong>ntro das re<strong>de</strong>s sociais tem entretenimento.<br />

É a unica maneira <strong>de</strong> engatar e<br />

fazer as pessoas se envolverem com a nossa<br />

conversa. É uma área muito rica e com<br />

gran<strong>de</strong> tendência <strong>de</strong> crescimento. E não é<br />

só no D&AD, mas em todos os festivais <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong>”, <strong>de</strong>staca Gordilho.<br />

O tempo das pessoas está cada vez mais<br />

requisitado. E caro. Portanto, ter algo que<br />

transcenda a métrica da publicida<strong>de</strong>, vai<br />

gerar diferenciação para as agências e<br />

para as marcas. “O que está estragando a<br />

relação das pessoas é a Netflix. Passamos<br />

muito tempo procurando assuntos e séries<br />

para ficar assistindo e isso faz com que<br />

diminuamos relacionamentos com pessoas.<br />

Há uma busca incessante por entretenimento,<br />

que é a cultura da propaganda.<br />

Foi o que Washington Olivetto, Nizan Guanaes,<br />

Marcello Serpa e Fabio Fernan<strong>de</strong>s fizeram<br />

por muito tempo. Porque entreter é<br />

a forma mais fácil para engajar as pessoas.<br />

Lembra das festinhas <strong>de</strong> criança? A estrela<br />

sempre foi quem faz o entretenimento.<br />

Continua assim”, finaliza Gordilho.<br />

O criativo participa da série especial do<br />

PROPCAST com os jurados brasileiros no<br />

D&AD, que está disponível no Spotify.<br />

24 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


agênciaS<br />

Silva quer colocar luz sobre o Brasil<br />

real via projetos <strong>de</strong> comunicação<br />

Objetivo é conectar marcas com a brasilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maneira genuína e<br />

acelerar negócios <strong>de</strong> grupos sub-representados, valorizando a cultura<br />

kelly dores<br />

Com três sócios negros e a<br />

maior parte do time formado<br />

por profissionais pretos,<br />

a agência Silva já se diferencia<br />

no mercado publicitário por essa<br />

característica. Mas não é só<br />

isso. Para além do viés racial, a<br />

agência quer colocar luz sobre<br />

o Brasil real (que tem 56% da<br />

população formada por pretos<br />

e pardos) via projetos <strong>de</strong> comunicação<br />

e acelerar negócios<br />

<strong>de</strong> grupos sub-representados,<br />

como profissionais periféricos,<br />

comunida<strong>de</strong>s emergentes e<br />

LGBTQIAP+, com alinhamento<br />

à cultura popular e regional.<br />

“Queremos ajudar as marcas<br />

a se conectarem com o Brasil <strong>de</strong><br />

uma maneira genuína no sentido<br />

<strong>de</strong> como é possível, do ponto<br />

<strong>de</strong> vista <strong>de</strong> raça e classe, criar<br />

estratégias <strong>de</strong> comunicação”,<br />

explica Clariza Rosa, cofundadora<br />

e lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> novos negócios<br />

e estratégia da Silva.<br />

Des<strong>de</strong> 2019 sob a direção <strong>de</strong><br />

Clariza Rosa, Helena Gusmão,<br />

Renan Kvacek e Alan Ferreiras,<br />

a agência criativa e produtora<br />

<strong>de</strong> imagem, que nasceu em<br />

2015 inicialmente como uma<br />

empresa <strong>de</strong> casting na periferia,<br />

ganhou recentemente mais um<br />

sócio, Felippe Guerra, que está<br />

fazendo a ponte da Silva com o<br />

mercado baiano.<br />

“A agência Silva tem outros<br />

negócios para acelerar empresas<br />

criadas por pessoas <strong>de</strong><br />

grupos sub-representados em<br />

forma <strong>de</strong> comunicação e entretenimento,<br />

e o mercado baiano<br />

tem várias oportunida<strong>de</strong>s nesse<br />

sentido”, afirma Guerra.<br />

“Tudo o que a gente faz passa<br />

pela questão racial <strong>de</strong> uma<br />

maneira muito forte. Hoje as<br />

marcas não nos procuram necessariamente<br />

por causa do<br />

viés racial, mas são empresas<br />

que querem se conectar com o<br />

Brasil”, reforça Clariza.<br />

Com projetos <strong>de</strong>senvolvidos<br />

para marcas como Netflix,<br />

Salon Line, Maybelline, Coca-<br />

Os sócios Helena Gusmão, Alan Ferreiras, Clariza Rosa, Renan Kvacek e Felippe Guerra<br />

-Cola, Fila, Sandálias Ipanema<br />

e Farm, a Silva também faz<br />

parcerias com agências que resultaram<br />

em campanhas com<br />

Spotify, Tembici, Continental e<br />

O Boticário, para quem criou o<br />

projeto Mulheres Invisíveis, um<br />

banco <strong>de</strong> imagens que representou<br />

a diversida<strong>de</strong> na pele <strong>de</strong><br />

mulheres brasileiras. “Inclusive,<br />

estamos negociando com a<br />

marca uma nova versão do projeto”,<br />

conta Clariza.<br />

Durante um ano, a Silva foi<br />

responsável pela produção <strong>de</strong><br />

conteúdo da página oficial<br />

Twitter Marketing Brasil.<br />

Atualmente, a agência trabalha<br />

com projetos pontuais no<br />

mo<strong>de</strong>lo sprint. Com se<strong>de</strong> no Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro, no bairro da Tijuca,<br />

tem braços em São Paulo e na<br />

Bahia. “O que difere a Silva <strong>de</strong><br />

uma agência tradicional é que,<br />

ao trabalhar com mo<strong>de</strong>lo sprint,<br />

a estrutura cresce a partir dos<br />

projetos e reduz à medida que<br />

eles terminam. Com isso, é possível<br />

ter uma saú<strong>de</strong> financeira<br />

relevante”, diz Guerra.<br />

Uma das apostas da agência<br />

para este ano é a plataforma<br />

Gente Bonita, um evento que<br />

celebra a brasilida<strong>de</strong>, a criativida<strong>de</strong><br />

e cenas culturais. “Fizemos<br />

três edições no Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro conectando criativos<br />

e pessoas que estão na periferia<br />

e em posições relevantes<br />

do mercado. E agora queremos<br />

fazer uma edição este<br />

ano em Salvador. Estamos<br />

<strong>de</strong> olho também em Belém e<br />

Parintins. A gente realmente<br />

acredita muito que existe uma<br />

efervescência cultural acontecendo<br />

em outras regiões para<br />

além do Su<strong>de</strong>ste. A i<strong>de</strong>ia é que<br />

Rodrigo Oliveira/Divulgação<br />

outros produtos relacionados<br />

a conteúdo saiam do guarda-<br />

-chuva do Gente Bonita”, ressalta<br />

Clariza.<br />

Sobre diversida<strong>de</strong> no mercado,<br />

Guerra opina: “A pauta<br />

da diversida<strong>de</strong> está em transformação.<br />

Algumas marcas<br />

enten<strong>de</strong>ram que ela é benéfica<br />

para ao negócio e estão fazendo<br />

ações mais profundas.<br />

E tem marcas que não enten<strong>de</strong>ram<br />

isso ou fizeram coisas<br />

muito superficiais, e voltaram<br />

a comportamentos antigos<br />

porque não mudaram suas estruturas.<br />

Tem marcas achando<br />

que não vão apanhar, mas<br />

vão apanhar porque tem uma<br />

nova geração que está muito<br />

mais conectada, com embasamento<br />

maior para a tomada <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão, com um questionamento<br />

muito maior.”<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 25


agências<br />

Batux faz 15 anos focada em festas<br />

regionais, promoções e incentivo<br />

A CEO Chris Bradley afirma que o objetivo é <strong>de</strong>senvolver projetos<br />

customizados para os clientes e usar a tecnologia a favor do negócio<br />

kelly dores<br />

Batux tem um tempero regional<br />

como poucas agên-<br />

A<br />

cias <strong>de</strong> live marketing com atuação<br />

nacional. Apesar <strong>de</strong> a se<strong>de</strong><br />

estar localizada em São Paulo,<br />

a empresa possui uma forte<br />

experiência em projetos para<br />

festas regionais em função da<br />

origem pernambucana da CEO,<br />

Chris Bradley.<br />

“Até pela minha essência pernambucana,<br />

estamos trabalhando<br />

muito as festas regionais,<br />

que voltaram no ano passado,<br />

como a Festa <strong>de</strong> São João, Parintins<br />

e Oktoberfest. Fazemos várias<br />

ativações <strong>de</strong> marcas nessas<br />

festas. A gente conhece as festas<br />

e faz uma customização para os<br />

clientes”, conta Chris. Para ela,<br />

as festas regionais <strong>de</strong>vem crescer<br />

mais neste ano.<br />

Prestes a completar 15 anos<br />

em setembro, a Batux é voltada<br />

para promoções, marketing <strong>de</strong><br />

incentivo e festas regionais. De<br />

acordo com a executiva, a agência<br />

tem investido bastante em<br />

ferramentas <strong>de</strong> inovação, como<br />

em uma plataforma para promoções<br />

com pagamento com<br />

Pix, lançada logo após o serviço<br />

financeiro.<br />

“Assim que entrou o Pix abrimos<br />

uma plataforma para pagamento<br />

com Pix, fizemos muitas<br />

promoções com cashback, o<br />

que dá agilida<strong>de</strong> e segurança<br />

maior para o cliente.”<br />

No ano passado, a agência<br />

conquistou as contas <strong>de</strong> Unilever<br />

e Coca-Cola (marketing <strong>de</strong><br />

incentivo), e ampliou o atendimento<br />

na Nestlé. “Fizemos, por<br />

exemplo, a promoção do KitKat<br />

no Rock in Rio e ganhamos a<br />

concorrência para a promoção<br />

da marca no The Town”, revela.<br />

Segundo a executiva, apesar<br />

<strong>de</strong> a pan<strong>de</strong>mia ter sido bem<br />

difícil para o mercado <strong>de</strong> live<br />

marketing, a Batux estava com<br />

um time enxuto e capitalizada,<br />

o que ajudou a retomarem<br />

o trabalho mais rapidamente,<br />

investindo em ferramentas <strong>de</strong><br />

Chris Bradley: “Até pela minha essência pernambucana, estamos trabalhando muito as festas regionais”<br />

inovação. “Criamos todas promoções<br />

para Consul Brastemp.<br />

Na última Black Friday, criamos<br />

uma plataforma <strong>de</strong> retail promo<br />

para a marca on<strong>de</strong> eles podiam<br />

mudar o produto e a oferta<br />

semanalmente. Nosso foco<br />

é usar a tecnologia e trabalhar<br />

ferramentas para o negócio.”<br />

Conta histórica da agência,<br />

o Itaú é um dos clientes cujo<br />

atendimento está sendo retomado<br />

neste ano. “Fizemos várias<br />

promoções antes da pan<strong>de</strong>mia<br />

e agora estamos retomando<br />

o atendimento”, <strong>de</strong>staca Chris.<br />

Por ter atendido um cliente<br />

do setor financeiro por tantos<br />

anos, a executiva afirma que a<br />

Batux adquiriu expertise em<br />

oferecer segurança em promoções.<br />

Segundo ela, 99,9% dos<br />

consumidores estão satisfeitos<br />

com as promoções da agência.<br />

“Em promoção, precisa ter<br />

uma garantia e confiança gran<strong>de</strong><br />

na entrega e agilida<strong>de</strong> do<br />

processo. A promoção ajuda<br />

“A promoção AjudA<br />

o cliente A ter<br />

visibilidA<strong>de</strong><br />

nA comprA, A<br />

gAnhAr shAre,<br />

mAs precisA ser<br />

muito bem-feitA”<br />

Divulgação<br />

o cliente a ter visibilida<strong>de</strong> na<br />

compra, a ganhar share, mas<br />

precisa ser muito bem-feita.<br />

Quando não é bem entregue,<br />

ela sobe para o Reclame Aqui e<br />

você ganha consumidores insatisfeitos”,<br />

pon<strong>de</strong>ra Chris.<br />

De acordo com dados <strong>de</strong><br />

mercado, normalmente, uma<br />

promoção tem a participação<br />

entre 5% e 10% do público-alvo,<br />

chegando no máximo a 15%.<br />

“Promoção é uma ferramenta<br />

para incentivar vendas. O brasileiro<br />

gosta <strong>de</strong> promoção e o que<br />

a gente sabe é que as vendas<br />

caem quando a promoção termina”,<br />

ressalta a CEO da Batux.<br />

Para este ano, a meta da<br />

agência é crescer, pelo menos,<br />

20%. “Crescemos 25% no ano<br />

passado”, revela Chris. Entre<br />

os principais clientes da Batux,<br />

que se posiciona entre as<br />

cinco maiorers agências <strong>de</strong> live<br />

marketing no Brasil, estão:<br />

Coca-Cola, Disney, JBS, Nestlé,<br />

Unilever e Whirlpool.<br />

26 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


AGênCiAS<br />

Sergio Gordilho e Marcio Santoro<br />

iniciam terceiro ciclo na re<strong>de</strong> DDB<br />

Após 18 meses <strong>de</strong> negociação, dupla formaliza nova socieda<strong>de</strong> com<br />

a marca da holding Omnicom com lançamento da Africa Creative<br />

PAULO MACEDO<br />

Um novo nome que também embute um<br />

novo posicionamento. Com essa expressão,<br />

o co-CEO e CCO Sergio Gordilho<br />

sintetiza a essência da nova Africa Creative,<br />

que formaliza uma nova fase <strong>de</strong>le e do<br />

co-CEO e COO Marcio Santoro com a re<strong>de</strong><br />

americana DDB, que a abriga no seu portfólio<br />

<strong>de</strong> marcas. Após 18 meses em negociação<br />

com John Wren, chairman & CEO<br />

do grupo Omnicom, e Martin O’Hallora,<br />

global chief executive da DDB, a dupla ampliou<br />

participação acionária e abriu a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ter novos sócios, que serão<br />

anunciados ainda nesse primeiro semestre.<br />

“Eles seguem majoritários, mas foi um<br />

ótimo acordo. Agora temos um sobrenome<br />

que é nossa essência: criativida<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong>ríamos<br />

abrir nossa agência, mas eles nos<br />

perguntaram: por que abrir uma agência se<br />

vocês po<strong>de</strong>m ter uma nova Africa? Aceitamos.<br />

Também vamos investir em negócios,<br />

como fizemos com a Ásia”, diz Gordilho.<br />

Os gestores do Omnicom e DDB abriram as portas para Gordilho e Santoro reinventarem a Africa<br />

Divulgação<br />

Após 6 anos com a Suno, Santan<strong>de</strong>r<br />

entrega conta integral para BETC<br />

Além do banco, vai coor<strong>de</strong>nar estratégias das empresas coligadas como<br />

GetNet, Autocompara, Santan<strong>de</strong>r Consumer Finance e Ben Benefícios<br />

nova parceira para publicida<strong>de</strong>,<br />

marketing direto e<br />

A<br />

performance no Brasil do Banco<br />

Santan<strong>de</strong>r é a agência BETC<br />

Havas. O acordo foi anunciado<br />

na semana passada e envolve,<br />

além da publicida<strong>de</strong> do banco,<br />

as estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />

das empresas coligadas, como<br />

GetNet, Sim, Santan<strong>de</strong>r Consumer<br />

Finance, Ben Benefícios e<br />

Autocompara.<br />

Com a <strong>de</strong>cisão, o Santan<strong>de</strong>r<br />

conclui ciclo <strong>de</strong> seis anos com<br />

a Suno United Creators para seguir<br />

em novo projeto, alinhado<br />

regionalmente com a Havas,<br />

que aten<strong>de</strong> a marca na América<br />

Latina. “Vamos manter todos<br />

os ativos que elevaram nosso<br />

patamar <strong>de</strong> marca e negócios<br />

Divulgação<br />

Erh Ray, CEO da BETC Havas, ao lado do diretor <strong>de</strong> marketing do Santan<strong>de</strong>r, Igor Puga<br />

atingido nos últimos seis anos<br />

com a Suno, a quem somos<br />

muito gratos. Nessa nova fase<br />

queremos aumentar a sinergia<br />

dos nossos projetos no Brasil<br />

para que tenham utilização e<br />

impacto global. A BETC Havas,<br />

por ter um lí<strong>de</strong>r criativo expressivo<br />

e somar essa capilarida<strong>de</strong><br />

internacional, consegue<br />

ser uma excelente combinação<br />

para manter nosso tom provocador<br />

e ousado, almejando um<br />

volume técnico mais eficiente”,<br />

ressalta Igor Puga, diretor <strong>de</strong><br />

marketing do Santan<strong>de</strong>r.<br />

“É com imenso orgulho que<br />

recebemos em nossa casa um<br />

cliente como o Santan<strong>de</strong>r”, finaliza<br />

Erh Ray, fundador, CEO e<br />

CCO da BETC Havas.<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 27


MARCAS<br />

Lançamento <strong>de</strong> Protex Pro Tattoo<br />

tem ação com mulheres tatuadas 60+<br />

Ação propõe uma conversa sobre a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> as mulheres <strong>de</strong>cidirem se querem ou não marcar a pele<br />

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APOIADORES DA<br />

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Divulgação<br />

Criada pela VMLY&R,<br />

campanha propõe<br />

que mulheres rompam<br />

com os estigmas<br />

Campanha <strong>de</strong> lançamento do novo<br />

Protex Pro Tattoo, da Colgate-Palmolive,<br />

convida mulheres 60+ a fazerem a<br />

sua primeira tatuagem, contando histórias<br />

inspiradoras. O produto é o primeiro<br />

sabonete antibacteriano <strong>de</strong>senvolvido<br />

para proteger peles tatuadas, com óleo <strong>de</strong><br />

linhaça e vitamina E em sua composição.<br />

Criada pela VMLY&R, a ação propõe<br />

uma conversa sobre a liberda<strong>de</strong> para as<br />

mulheres <strong>de</strong>cidirem se querem ou não<br />

marcar a pele com suas lembranças. O objetivo<br />

é estimular uma geração <strong>de</strong> mulheres<br />

a romper com estigmas. A campanha<br />

conta com um filme testemunhal, que<br />

entra no ar no ambiente digital.<br />

“Por décadas, as tatuagens foram vistas<br />

<strong>de</strong> maneira preconceituosa e não<br />

como forma <strong>de</strong> expressão. O estigma<br />

aumentava quando se tratava <strong>de</strong> uma<br />

mulher. Agora, convidamos todas elas a<br />

virarem essa página e a contarem com o<br />

Protex Pro Tatoo para proteger as suas<br />

peles e as suas histórias”, comenta Katia<br />

Ambrosio, diretora <strong>de</strong> personal care<br />

da Colgate-Palmolive, que <strong>de</strong>tém a marca<br />

Protex. “A i<strong>de</strong>ia é que as mulheres <strong>de</strong><br />

qualquer ida<strong>de</strong> possam eternizar em suas<br />

peles os sonhos que sempre tiveram”,<br />

complementa Emmanuelle Goethals, lí<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> atendimento e operações do núcleo<br />

Colgate-Palmolive na VMLY&R.<br />

Para promover o lançamento, a marca<br />

reunirá o time <strong>de</strong> tatuadas 60+ da campanha<br />

em evento <strong>de</strong>senvolvido pela agência<br />

BCW Brasil que será comandado por<br />

Astrid Fontenelle, em uma mesa redonda,<br />

para troca <strong>de</strong> experiências e vivências<br />

sobre os tabus enfrentados e restrições<br />

por gênero. Além <strong>de</strong>la, o evento contará<br />

com a participação da apresentadora<br />

Penélope Nova e outras influenciadoras<br />

digitais.<br />

Astrid vai propor o tema Tattoos e quebra<br />

<strong>de</strong> outros tabus aos convidados, que<br />

<strong>de</strong>vem contar sobre suas relações com a<br />

tatuagem e o que já enfrentaram por assumi-las<br />

publicamente.<br />

O bate-papo ocorre em um evento para<br />

convidados no restaurante Notie, no terraço<br />

do Shopping Light, com um menu<br />

assinado pelo chef Onildo Rocha, em São<br />

Paulo, no dia 18, e vai gerar conteúdos simultâneos<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais da marca.<br />

28 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


opinião<br />

Arseny Togulev/Unsplash<br />

Do iBM 3270<br />

ao ChatGpT<br />

RicaRdo calfat<br />

Vivemos um momento único com o aumento<br />

da popularida<strong>de</strong> das tecnologias,<br />

em especial a inteligência artificial.<br />

Avanços disruptivos no universo da comunicação,<br />

como ten<strong>de</strong>m a ser ChatGPT e<br />

outros similares, provocam em mim uma<br />

sensação <strong>de</strong> dèjá-vu dos anos 1980, quando<br />

meu pai trouxe dos Estados Unidos<br />

um computador IBM para casa - algo raro<br />

à época no Brasil. Assim como muitas das<br />

IAs disponíveis atualmente, esse IBM 3270<br />

era apenas o início da revolução. Meu pai<br />

programava em DOS para realizar tarefas<br />

simples que, hoje em dia, uma planilha do<br />

Excel faz automaticamente com apenas<br />

um comando. Obviamente não tínhamos a<br />

percepção <strong>de</strong> um MVP anunciando o início<br />

<strong>de</strong> uma era dos computadores pessoais. A<br />

partir daí, a história nos conta.<br />

A maneira como trabalhamos,<br />

nos comunicamos<br />

e interagimos socialmente<br />

mudou radicalmente.<br />

Quarenta anos <strong>de</strong>pois,<br />

com dois filhos pré-adolescentes,<br />

me vejo no lugar do<br />

meu pai ao entrar em contato<br />

com um mundo completamente<br />

diferente, <strong>de</strong>sta<br />

vez impulsionado pela IA.<br />

Tudo que estamos vendo também é um<br />

MVP, mas, até pela história, dá para prever<br />

o impacto futuro (breve) no mercado <strong>de</strong><br />

trabalho e nas relações pessoais. Embora<br />

encantado com as possibilida<strong>de</strong>s que se<br />

multiplicam na esteira da evolução da inteligência<br />

artificial, tenho preocupações como<br />

pai e empresário <strong>de</strong> comunicação. Como<br />

conduzir meus filhos em uma formação<br />

condizente com esse futuro anunciado?<br />

Como potencializar na equipe da agência o<br />

lado reflexivo humano que nos diferencie<br />

ainda mais <strong>de</strong> tudo que a IA po<strong>de</strong>rá oferecer?<br />

Na agência, especificamente, esse tema<br />

é nossa pauta quase que diária há pelo<br />

menos dois anos. Em 2021, criamos um<br />

vi<strong>de</strong>omanifesto usando técnicas <strong>de</strong> IA que<br />

“procuro<br />

orientar<br />

nossa equipe e<br />

garantir que<br />

as tecnologias<br />

potencializem<br />

o que é<br />

automatizável”<br />

provocou em nós aquela sensação <strong>de</strong> inovação<br />

que tanto perseguimos na indústria<br />

publicitária. Mas você já sabe o que aconteceu,<br />

certo? A evolução <strong>de</strong>ssa tecnologia é<br />

tão rápida que tudo já mudou. Este artigo,<br />

por exemplo, certamente seria escrito diferente<br />

em algumas semanas… Há alguns<br />

anos, falávamos justamente que a tecnologia<br />

apenas não era capaz <strong>de</strong> imitar o lado<br />

emocional humano, lado este que está tão<br />

presente no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas ativida<strong>de</strong>s.<br />

Pensar nessa possibilida<strong>de</strong> é quase<br />

imaginar a versão romantizada da inteligência<br />

artificial, aquela presente em tantos<br />

produtos midiáticos. Em Klara e o Sol, <strong>de</strong><br />

Kazuo Ishiguro, prêmio Nobel <strong>de</strong> Literatura,<br />

o gerente da loja <strong>de</strong> amigos artificiais<br />

fala para o robô: “você percebe e absorve<br />

tanto”. A sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não utilizar a palavra<br />

“apren<strong>de</strong>” é nítida, afinal, nesse universo<br />

o processo do machine<br />

learning não entra na equação.<br />

Voltando para o mundo real,<br />

como pai, busco orientar<br />

os meus filhos sobre as barreiras<br />

que existirão para a nova<br />

geração ingressar no mercado<br />

<strong>de</strong> trabalho, já que aparentemente<br />

a tecnologia vai conseguir<br />

fazer (quase) tudo. Como<br />

publicitário e sócio <strong>de</strong> agência,<br />

procuro as melhores maneiras<br />

<strong>de</strong> orientar nossa equipe e garantir que as<br />

tecnologias potencializem o que é automatizável,<br />

liberando espaço para <strong>de</strong>senvolver<br />

o que é essencialmente humano. Eu acredito<br />

que o repertório, a pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias e<br />

pensamentos e a diversida<strong>de</strong> sociocultural<br />

são aspectos humanos que seguirão fazendo<br />

a diferença na comunicação. Para finalizar,<br />

trago mais uma memória familiar já<br />

que é um pouco do mood <strong>de</strong>ste artigo. Meu<br />

avô sempre dizia: “Não há como barrar a<br />

água e o progresso”. Eles avançam, transbordam,<br />

queira você ou não. A diferença é<br />

como a gente se prepara e o quão adaptável<br />

somos. É fascinante e é apenas o começo -<br />

assim como o IBM 3270 foi para mim e para<br />

o meu pai.<br />

Ricardo Calfat é sócio e COO do Grupo REF<br />

rcalfat@gruporef.com<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 29


ESG NO MKT<br />

TheStandingDesk/Unsplash<br />

Rewirement – o po<strong>de</strong>r<br />

da maturida<strong>de</strong><br />

O estudo mostra que as pessoas<br />

maduras estão preferindo se reprogramar<br />

Alexis Thuller PAgliArini<br />

Não conhecia o termo, em inglês, Rewired.<br />

Deparei-me com ele pela primeira<br />

vez ao analisar com maior profundida<strong>de</strong> o<br />

estudo The Future 100 <strong>2023</strong>, da Wun<strong>de</strong>rman<br />

Thompson. É o tópico 93 do estudo,<br />

que tem um total <strong>de</strong> 100 pontos muito interessantes.<br />

Rewirement – Retirement is out.<br />

Rewirement is in. Este é o título, em inglês.<br />

Em português seria algo como: Reprogramação<br />

(ou religamento) – Aposentadoria,<br />

não. Reprogramação, sim. Ao pé<br />

da letra, rewirement teria o sentido <strong>de</strong><br />

religar, mas, abrindo para uma visão contextualizada<br />

à atuação dos maduros, acho<br />

“reprogramar” mais a<strong>de</strong>quado. E o estudo<br />

mostra que as pessoas maduras, com ida<strong>de</strong><br />

para se aposentar, estão preferindo se<br />

reprogramar.<br />

Enquanto que, no passado, 65 anos era<br />

ida<strong>de</strong> para colocar pijamas e ficar arrastando<br />

chinelos pela casa, hoje esses maduros<br />

ainda estão cheios <strong>de</strong> vitalida<strong>de</strong>, recusando-se<br />

a pendurar as chuteiras.<br />

No ambiente corporativo convencional,<br />

esses representantes da tal geração prateada<br />

têm problemas. Cabelos brancos e rugas<br />

<strong>de</strong>stoam no meio <strong>de</strong> representantes da geração<br />

Z, que é predominante nas empresas.<br />

Embora exista uma resistência a esse<br />

etarismo, a dura realida<strong>de</strong> é que são raros<br />

os que passam dos 65 atuando normalmente<br />

nas empresas, com exceção dos que são<br />

sócios. Mas o gás ainda não acabou.<br />

E é aí que aparece o tal do rewirement. É<br />

o repensar do trabalho numa fase mais madura.<br />

É como se retrofitar.<br />

A aparência externa não escon<strong>de</strong> a ida<strong>de</strong>,<br />

mas, por <strong>de</strong>ntro, esses maduros po<strong>de</strong>m<br />

se reinventar e buscar ativida<strong>de</strong>s que possam<br />

assumir com eficiência. Po<strong>de</strong> ser simplesmente<br />

buscar atuação em instituições<br />

ou organizações on<strong>de</strong> a juventu<strong>de</strong> dos colaboradores<br />

não seja tão valorizada.<br />

O próprio estudo da Wun<strong>de</strong>rman<br />

Thompson trata, em seu tópico 97, do fenômeno<br />

do “Unretirement”, ou, em português,<br />

“<strong>de</strong>saposentadoria”, o processo <strong>de</strong><br />

retorno ao trabalho <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> se aposentar.<br />

Ou po<strong>de</strong> ser uma atitu<strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>-<br />

dora, buscando criar o próprio negócio,<br />

on<strong>de</strong> seu conhecimento acumulado por<br />

anos possa ser colocado à disposição <strong>de</strong><br />

outras empresas. Na busca por conhecer<br />

mais sobre o termo, achei um artigo <strong>de</strong> Kim<br />

Neeson, do conselho da Forbes, com dicas<br />

interessantes para quem, como eu, já está<br />

nessa faixa etária. Vamos a elas:<br />

1- Planeje com antecedência: comece<br />

a <strong>de</strong>senvolver as i<strong>de</strong>ias para o futuro enquanto<br />

o momento ainda não chegou;<br />

2- Pergunte a si mesmo: O que eu quero<br />

fazer diferente? Reserve um tempo para observar<br />

aqueles dias em que você realmente<br />

sente vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> lançar seu trabalho pela<br />

janela porque <strong>de</strong>seja fazer X, ou sentir Y ou<br />

ser Z. Escreva essas observações. Elas serão<br />

úteis no momento da pivotada;<br />

3- Planeje com intenção: Com sua lista <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ias, escolha algumas que você vai perseguir<br />

ativamente. Pesquise aquele curso que<br />

você sempre quis fazer e inscreva-se! Participe<br />

<strong>de</strong> eventos relacionados às ativida<strong>de</strong>s<br />

do seu interesse;<br />

4- Mantenha-se atualizado e procure<br />

relacionamento com quem já passou por<br />

situações semelhantes ou po<strong>de</strong> contribuir<br />

nesse processo;<br />

5- Seja paciente e crie uma reserva financeira<br />

para suportar um bom tempo sem a<br />

confortável remuneração do passado. A<br />

transição não acontece num estalar <strong>de</strong> <strong>de</strong>dos.<br />

Além <strong>de</strong>stas 5 dicas (que adaptei ao<br />

meu modo), acrescentaria algumas da minha<br />

própria experiência;<br />

6- Não <strong>de</strong>scui<strong>de</strong> do seu networking. Os<br />

bons relacionamentos são preciosos;<br />

7- Cui<strong>de</strong>-se bem, por <strong>de</strong>ntro e por fora.<br />

Isso tem a ver com a sua saú<strong>de</strong>, mas também<br />

com a sua aparência;<br />

8- Não dê muita importância para sua<br />

ida<strong>de</strong>. Não fique falando <strong>de</strong>la, nem critique<br />

os mais novos, com pensamentos e comportamento<br />

diferentes dos seus.<br />

Lembre-se: ida<strong>de</strong> é um estado <strong>de</strong> espírito.<br />

E termino este texto reproduzindo a fala<br />

<strong>de</strong> Michelle Yeoh, <strong>de</strong> 60 anos, em seu discurso<br />

<strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento pelo Oscar <strong>de</strong> Melhor<br />

Atriz: “Não <strong>de</strong>ixe que ninguém diga a<br />

vocês que já passaram da ida<strong>de</strong>!”<br />

Alexis Thuller Pagliarini é sócio-fundador da ESG4<br />

alexis@criativista.com.br<br />

30 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


click do Alê<br />

Alê Oliveira aleoliveira@propmark.com.br<br />

RicaRdo EstuRaRo lança consumo VERdE<br />

O escritor Ricardo Esturaro reuniu centenas <strong>de</strong> amigos, publicitários e<br />

familiares no lançamento do seu primeiro livro, Consumo ver<strong>de</strong>. A obra<br />

trata da questão ambiental e social <strong>de</strong> forma objetiva e direta, longe do<br />

modismo, do obscurantismo e do alarmismo excessivo que tem tomado<br />

conta <strong>de</strong>sse assunto. O autor é dono <strong>de</strong> uma sólida experiência profissional<br />

em cargos executivos em gran<strong>de</strong>s empresas, sendo que sua última função<br />

foi <strong>de</strong> CMO (chief marketing office) na Re<strong>de</strong> Globo. O evento ocorreu no último<br />

dia 13, na Livraria da Travessa, no Shopping Iguatemi, em São Paulo.<br />

Esturaro e Lucila Zahran Turqueto<br />

Esturaro e Carlos Henrique Nascimento<br />

Esturaro e Fred Muller<br />

Esturaro e Orlando Lopes<br />

Ricardo Esturaro autografa livro para Majory Imai<br />

Esturaro, Demetrio e Barbara Amono<br />

Melissa Galdino e Esturaro<br />

Clotil<strong>de</strong> Perez e Esturaro<br />

Ricardo Esturaro e Mauro Guilger<br />

Esturaro e Flávia Toledo<br />

Esturaro e Konrado Reys<br />

Ricardo, Marcelo e Bruno Assumpção<br />

Esturaro com Cristina Piasentini<br />

Armando Ferrentini, Esturaro e Tiago Ferrentini<br />

Esturaro e Ênio Vergeiro<br />

Esturaro com Karina Okazaki<br />

Ricardo Esturaro e Mônica Oliveira<br />

Esturaro e Billy Nascimento<br />

Ricardo Esturaro e Ulisses da Silva<br />

Ricardo Esturaro e Patricia Cor<strong>de</strong>iro<br />

Livraria da Travessa, no Shopping Iguatemi<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 31


wE<br />

mkT<br />

E a Globo? Ver TV, ou,<br />

ver na TV... Enfim,<br />

o fim dos empregos<br />

“O passado é um fósforo queimado.<br />

O presente um fósforo aceso.<br />

E o futuro ainda nem foi riscado”.<br />

Boni (José Bonifácio <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho)<br />

Francisco alberto Madia <strong>de</strong> souza<br />

Durante décadas víamos TV. Girávamos<br />

o botãozinho, ou acionávamos o controle<br />

remoto e saíamos em busca dos canais.<br />

Depois veio o cabo, o streaming, a internet,<br />

agora não vemos mais TV; vemos na TV.<br />

No tempo em que víamos TV, a Globo<br />

reinou <strong>de</strong> forma brilhante e esplendorosa<br />

durante quatro décadas. Da 4ª em diante,<br />

a concorrência não das <strong>de</strong>mais emissoras,<br />

mas <strong>de</strong> novas alternativas; não mais para<br />

ver TV, mas para ver na TV, foi se multiplicando,<br />

e hoje, nós todos, proprietários <strong>de</strong><br />

uma Smart TV – que bom que as TVs ficaram<br />

inteligentes –, passamos a <strong>de</strong>ter, além<br />

da proprieda<strong>de</strong>, a posse e o uso do aparelho<br />

que compramos. E o mundo escancara-se<br />

nas novas telas. E o que aconteceu com a<br />

lí<strong>de</strong>r absoluta e imbatível Globo diante <strong>de</strong><br />

tudo isso? Segue firme e forte na li<strong>de</strong>rança.<br />

Primeiro, vamos nos situar no que é a<br />

Globo hoje, nas palavras <strong>de</strong> Manzar Feres,<br />

diretora <strong>de</strong> negócios integrados. E falando<br />

a Janaina Langsdorff, do PROPMARK, há<br />

duas semanas: “O processo <strong>de</strong> transformação<br />

começou com o projeto Uma Só Globo,<br />

que uniu TV Globo, Globosat, globo.com,<br />

Globo Play e Som Livre em uma única empresa<br />

– novembro <strong>de</strong> 2018. Novas formas <strong>de</strong><br />

produzir e distribuir conteúdo com potencial<br />

<strong>de</strong> convergência entre os meios consumidos<br />

pelas pessoas diariamente, serviços<br />

digitais para o público e soluções publicitárias<br />

para o mercado dão continuida<strong>de</strong><br />

ao plano... Estamos na TV Aberta, TV por<br />

Assinatura (com mais <strong>de</strong> 20 canais) e streaming<br />

(Globoplay). No ambiente digital reúne<br />

G1, gshow, ge, globo.com, Receitas.com,<br />

Cartola e podcasts.... Assim, e além do profundo<br />

conhecimento dos brasileiros, esse<br />

ecossistema é o que nos torna únicos...”.<br />

Tudo bem, muitos po<strong>de</strong>rão seguir empolgados,<br />

mas, os mais críticos e céticos,<br />

perguntando, “Where is the beef?”, ou,<br />

On<strong>de</strong> estão os resultados?... No ano <strong>de</strong><br />

2022, fechados o balanço e consolidados<br />

os números, a GCP – Globo Comunicação<br />

e Participações totalizou um lucro líquido<br />

<strong>de</strong> R$ 1,253 bi, após um prejuízo <strong>de</strong> R$ <strong>17</strong>3<br />

milhões em 2021. Receitas totais <strong>de</strong> vendas<br />

<strong>de</strong> R$ 15,1 bi, com um salto <strong>de</strong> 33% especificamente<br />

nas receitas <strong>de</strong>correntes do ambiente<br />

digital. Concluindo, e salvo aci<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> percurso ou tropeços <strong>de</strong> última hora,<br />

po<strong>de</strong> se afirmar que a Globo superou, com<br />

relativa tranquilida<strong>de</strong>, os momentos mais<br />

difíceis da transição.<br />

Por outro lado, a<strong>de</strong>quando estrutura e<br />

casting a essa nova realida<strong>de</strong>, a Globo <strong>de</strong>spe<strong>de</strong>-se<br />

<strong>de</strong> forma profissional e respeitosa <strong>de</strong><br />

profissionais que por lá ficaram 30 ou mais<br />

anos. Pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avançar em seu<br />

novo posicionamento, e também porque o<br />

emprego como um dia conhecemos está chegando<br />

ao fim, conforme anunciou Jeremy<br />

Rifkin em seu monumental livro <strong>de</strong> 2004, O<br />

Fim dos Empregos. A propósito, emprego, o<br />

último e <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iro estágio da escravidão.<br />

Daqui para frente saem os empregados<br />

e as empresas – velhas e novas – celebram<br />

parcerias com profissionais empreen<strong>de</strong>dores.<br />

É assim que é o mundo daqui para<br />

frente, e com a chegada da SEKS – Sharing<br />

Economy e Knowledge Society. On<strong>de</strong> nos<br />

somamos mediante parcerias – empregos<br />

nunca mais – e somos conduzidos pelo capital<br />

<strong>de</strong> conhecimento que temos e nossos<br />

parceiros e o mercado reconhecem.<br />

Nada é para sempre. E, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um<br />

reinado que se inicia no ano <strong>de</strong> 1967 com a<br />

chegada <strong>de</strong> José Bonifácio <strong>de</strong> Oliveira Sobrinho,<br />

e para <strong>de</strong>finir o mo<strong>de</strong>lo que mudaria<br />

a história do país, e prevaleceu durante<br />

quase 50 anos, chegou a hora da transição.<br />

E que se iniciou formalmente no dia 24 <strong>de</strong><br />

setembro <strong>de</strong> 2018, quando todos os funcionários<br />

da ex-Venus Platinada receberam<br />

um comunicado <strong>de</strong> Jorge Nobrega, presi<strong>de</strong>nte-executivo,<br />

anunciando os novos<br />

tempos. De uma Globo “mais ágil e mais<br />

forte”. E <strong>de</strong>u certo. Aconteceu. Apenas isso.<br />

Francisco Alberto Madia <strong>de</strong> Souza<br />

é consultor <strong>de</strong> marketing<br />

famadia@madiamm.com.br<br />

Diego González/Unsplash<br />

32 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


supercenas<br />

Paulo Macedo paulo@propmark.com.br<br />

Fotos: Divulgação<br />

A Soko traz Erica Malunguinho, primeira <strong>de</strong>putada transgênero, em São Paulo, ao lado da head <strong>de</strong> estratégia Gabriela Rodrigues: olhar para políticas públicas nas ações da agência<br />

COMPLEXIDADE<br />

O time da executiva Gabriela Rodrigues na Soko, on<strong>de</strong> é responsável<br />

pelas áreas <strong>de</strong> cultura e impacto e está escalada para o júri<br />

da competição Creative Strategy Lions <strong>2023</strong>, ganhou neste mês <strong>de</strong><br />

<strong>abril</strong> o reforço <strong>de</strong> Erica Malunguinho como consultora criativa. Ela<br />

será responsável por trazer seu olhar para políticas públicas e agregar<br />

aos projetos <strong>de</strong>senvolvidos pela agência. “O po<strong>de</strong>r público e o<br />

po<strong>de</strong>r privado precisam agir <strong>de</strong> maneira coor<strong>de</strong>nada para a saú-<br />

<strong>de</strong> social e o bem comum. Infelizmente, ainda não temos o quórum<br />

necessário em nenhuma <strong>de</strong>ssas duas esferas. Neste sentido,<br />

a comunicação é um campo <strong>de</strong>cisivo diante das complexida<strong>de</strong>s da<br />

contemporaneida<strong>de</strong>”, pon<strong>de</strong>ra Erica, que é pernambucana, artista<br />

plástica e educadora. Ela foi eleita, em 2018, a primeira <strong>de</strong>putada<br />

transgênero no Brasil pelo estado <strong>de</strong> São Paulo. Ela teve participação<br />

<strong>de</strong>cisiva na <strong>de</strong>rrubada do PL 540/20, que tinha como intuito<br />

censurar a publicida<strong>de</strong> com conteúdo LGBT+ em SP.<br />

I<strong>de</strong>c e ACT alertam em campanha sobre as verda<strong>de</strong>s difíceis para os consumidores<br />

CONSUMIDOR<br />

A equipe criativa da agência Moringa é responsável pelo conceito<br />

Verda<strong>de</strong>s difíceis <strong>de</strong> engolir, iniciativa do I<strong>de</strong>c e da ACT<br />

Promoção da Saú<strong>de</strong>, que alerta para as práticas ocultas da indústria<br />

<strong>de</strong> alimentos ultraprocessados. A aprovação do projeto<br />

foi <strong>de</strong> Camilla Rigi, Laura Dau<strong>de</strong>n, Daniela Gue<strong>de</strong>s, Sarah Fernan<strong>de</strong>s<br />

e Tainá <strong>de</strong> Almeida Costa.<br />

Rafael Portugal junto com a dupla Podpah, Igão e Mítico, estão na ação da Chevrolet<br />

PROMO<br />

Igão e Mítico, do podcast Podpah, divi<strong>de</strong>m a cena na ação promocional<br />

#teamchevrolet com Rafael Portugal, iniciativa criada<br />

pela Commonwealth//WMcCann. Eles interagem com os usuários<br />

que tuítam na hashtag <strong>de</strong> olho nos prêmios (celulares da Apple<br />

e Equinox). A promoção, que já teve comercial veiculado no Big<br />

Brother Brasil, terá encerramento no dia 26 <strong>de</strong>ste mês <strong>de</strong> <strong>abril</strong>.<br />

jornal propmark - <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> 33


última página<br />

Hennie Stan<strong>de</strong>r/Unsplash<br />

O negócio da<br />

liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão<br />

stalimir vieira<br />

Estou lendo Liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Imprensa, coletânea<br />

<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> Karl Marx, produzidos<br />

entre 1842 e 1860. Num <strong>de</strong>les, escrito quando<br />

Marx tinha pouco mais <strong>de</strong> 20 anos, <strong>de</strong>i <strong>de</strong> cara<br />

com uma sentença absolutamente genial:<br />

“Ninguém é contra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa;<br />

no máximo, somos contra a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa<br />

dos outros”.<br />

maioria vaga à <strong>de</strong>riva da falta <strong>de</strong> fundamentos<br />

filosóficos que sustentem algum tipo <strong>de</strong> confiança.<br />

Em vez <strong>de</strong> elevarmos a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pensar e, assim, forjarmos uma socieda<strong>de</strong> criteriosa,<br />

rebaixamos o que ser pensado, com o<br />

triste fim <strong>de</strong> engajar. Ninguém mais se ocupa<br />

em explicar ou compreen<strong>de</strong>r por que as coisas<br />

são como são, mas apenas em manter ou mudar<br />

as coisas, <strong>de</strong> acordo com sua conveniência<br />

objetiva e imediata.<br />

Nada mais atual, nada mais perene. Se<br />

tem uma questão que <strong>de</strong>veria merecer uma<br />

profunda reflexão da socieda<strong>de</strong> é a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> expressão.<br />

Não para que cheguemos todos à conclusão<br />

<strong>de</strong>mocrática <strong>de</strong> que a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> expressão é imprescindível<br />

à sobrevivência da <strong>de</strong>mocracia.<br />

Mas para que exprimamos corajosamente<br />

sua eventual nocivida<strong>de</strong><br />

à <strong>de</strong>mocracia.<br />

Em outro momento, Karl Marx<br />

toca na ferida aberta pelos discursos<br />

<strong>de</strong> conveniência <strong>de</strong> quem está<br />

no po<strong>de</strong>r, não necessariamente<br />

para con<strong>de</strong>nar a censura, mas<br />

para, quem sabe, justificá-la, através <strong>de</strong> um<br />

questionamento-chave: “Perguntamos se a liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> imprensa é o privilégio dos indivíduos<br />

ou se é o privilégio do espírito humano”.<br />

A internet teve o mérito <strong>de</strong> escancarar cruel<br />

e dolorosamente o mais amplo significado <strong>de</strong><br />

liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão. Nunca os indivíduos<br />

tiveram tanta liberda<strong>de</strong> e tanto po<strong>de</strong>r para se<br />

expressar. Nunca houve tamanho espaço para<br />

a profusão <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias, sem nenhum filtro ou<br />

precaução com as consequências.<br />

O mundo vive, hoje, provavelmente, a<br />

maior <strong>de</strong>sorganização intelectual da história.<br />

A polarização irracional é sintomática, numa<br />

socieda<strong>de</strong> em que a inteligência da gran<strong>de</strong><br />

“Julgar-se <strong>de</strong><br />

direita ou <strong>de</strong><br />

esquerda Já<br />

não encontra<br />

mais o mínimo<br />

estofo <strong>de</strong> um<br />

i<strong>de</strong>ário”<br />

Nega-se a causalida<strong>de</strong>, para que cada um<br />

atribua a causa que quiser para justificar o seu<br />

apoio ou a sua oposição às circunstâncias. É<br />

esse “excesso” <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> ou essa liberda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>linquente <strong>de</strong> expressão quem está matando<br />

a <strong>de</strong>mocracia.<br />

Julgar-se <strong>de</strong> direita ou <strong>de</strong> esquerda<br />

já não encontra mais o<br />

mínimo estofo <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>ário. São<br />

nomenclaturas que abrigam ignorâncias<br />

diversas, interesses parcos<br />

para a maioria, potenciais <strong>de</strong> negócios<br />

para alguns, oportunida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> carreirismo político para outros.<br />

E dê-lhe liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão!<br />

E dê-lhe discursos inflamados<br />

contra a “censura”!<br />

Lula tentou, Bolsonaro tentou, nenhum<br />

conseguiu o controle da mídia, fosse através<br />

da mobilização popular, fosse através da sufocação<br />

econômica. A solução <strong>de</strong>mocrática tem<br />

sido replicar o mo<strong>de</strong>lo norte-americano <strong>de</strong> estimular<br />

a exploração <strong>de</strong> nichos, por veículos<br />

<strong>de</strong> comunicação oponentes.<br />

Um <strong>de</strong>sastre para a verda<strong>de</strong>. Pesquisa realizada<br />

no Estados Unidos alguns anos atrás<br />

revelou que mais <strong>de</strong> 90% dos assinantes da<br />

Fox votam nos republicanos e mais <strong>de</strong> 90%<br />

dos assinantes do New York Times votam<br />

nos <strong>de</strong>mocratas. Isso não é <strong>de</strong>mocracia. Parece,<br />

na verda<strong>de</strong>, um gran<strong>de</strong> negócio compartilhado.<br />

Stalimir Vieira é diretor da Base <strong>de</strong> Marketing<br />

stalimircom@gmail.com<br />

34 <strong>17</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2023</strong> - jornal propmark


Marcello Barbusci<br />

Para toda boa criação<br />

há uma referência.<br />

We transforme your dream<br />

Na<br />

em<br />

sua<br />

in realida<strong>de</strong> a reality<br />

impressão<br />

on no paper. papel.<br />

também.<br />

Nós transformamos seu sonho<br />

Nós We transformamos transforme your seu dream sonho<br />

em in realida<strong>de</strong> a reality on no paper. papel.<br />

“The “A qualida<strong>de</strong> quality do of paper papel e and o processo the printing <strong>de</strong> impressão process<br />

são nossas are our priorida<strong>de</strong>s priorities para for the a melhor best <strong>de</strong>livery.” entrega.”<br />

Tiago Ferrentini - Executive Diretor executivo director<br />

“The “A qualida<strong>de</strong> quality do of paper papel e and o processo the printing <strong>de</strong> impressão process<br />

são nossas are our priorida<strong>de</strong>s priorities para for the a melhor best <strong>de</strong>livery.” entrega.”<br />

Tiago Ferrentini - Executive Diretor executivo director<br />

Targeted Revistas Newspapers Jornais e Didatic Livros Catalogs Catálogos and e Paper Papel<br />

segmentadas magazines Tablói<strong>de</strong>s Tabloids Didáticos books yearbooks anuários recycled reciclado<br />

Targeted Revistas<br />

segmentadas magazines<br />

Jornais We etransforme Didatic Livros Catalogs Catálogos your and e dream Paper Papel<br />

Tablói<strong>de</strong>s Tabloids Didáticos books yearbooks anuários recycled reciclado<br />

in a reality on paper.<br />

Newspapers<br />

For Para For more maiores more information, informações call call us ligue us on on +55 para +55 11 11 2065 0766<br />

ou envie or drop um or us drop e-mail an us email para an email orcamento@referenciagrafica.com.br<br />

ca.com.br<br />

Para For maiores more information, informações call ligue us on para +55 11 112065 0766<br />

ou envie um or drop e-mail us para an email orcamento@referenciagrafica.com.br<br />

Rua Rua François François Coty, Coty, 228 228 | Cambuci, | Cambuci, São Paulo São Paulo - SP | - Brazil SP<br />

Rua François Coty, 228 | Cambuci, São Paulo - SP | Brazil | www.referenciagrafica.com.br<br />

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APP<br />

CAST<br />

O APPCAST possui mais <strong>de</strong> 100 episódios<br />

com os mais variados temas e gran<strong>de</strong>s<br />

profissionais do mercado.<br />

EP # 120<br />

Tema: Peculiarida<strong>de</strong>s da Publicida<strong>de</strong> no ABC<br />

Está no ar a edição #120 do APPCAST. Neste episódio,<br />

convidamos Karin Muller - Professora universitária<br />

Metodista, ESPM e FESPSP, Luciano Bonetti - Fundador<br />

da ABCCOM e Rodney Ribeiro - CEO da agência New<br />

Mind, para falar sobre as peculiarida<strong>de</strong>s da publicida<strong>de</strong><br />

no ABC.<br />

Você po<strong>de</strong> acompanhar todos os<br />

episódios do APPCAST nas principais<br />

plataformas <strong>de</strong> streaming e no canal<br />

da APP Brasil no Youtube.<br />

Apoio:<br />

Realização:

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