Revista Girolando edição 133 - jan/fev/mar
Revista oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
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PEV, como é o caso das apresentadas
a seguir, do professor e pesquisador
da Universidade de Guelph,
Eduardo Ribeiro.
Se as vacas possuem baixa produção
de leite e baixa persistência
da lactação, o ideal é que o PEV
seja mais curto para permitir que
os animais sejam trabalhados reprodutivamente
mais cedo e não
corram o risco de encerrar a lactação
com pouco tempo de gestação
e passar um grande intervalo seco.
O raciocínio é o mesmo para
variáveis como baixa taxa de prenhez,
por exemplo. No entanto,
neste caso, vários fatores que podem
estar impactando na taxa de
prenhez devem ser investigados a
fim de serem solucionados e otimizados.
Como as fazendas têm trabalhado
o PEV?
No Brasil a média do PEV tem
variado em torno de 40 a 60 dias
nas fazendas, sendo que aquelas
com menor produção trabalham
mais próximas dos 40 dias e aquelas
com produtividade mais expressiva
se aproximam dos 60 dias
de período de espera voluntário.
Raras são as exceções de propriedades
com altíssima eficiência
reprodutiva e que trabalham com o
PEV superior a 60 dias. Os ajustes
são feitos conforme a situação e as
características de cada rebanho.
Trabalhar com um PEV inferior
a 40 dias pode ser arriscado na realidade
da fazenda. Período de espera
voluntário muito curto pode
se relacionar com perdas gestacionais
e baixa fertilidade, justamente
pelos motivos do útero ainda não
ter involuído completamente e
pela possibilidade de ainda ter algum
processo inflamatório uterino
do pós-parto.
Da mesma forma, um PEV muito
longo gera atrasos no ciclo reprodutivo
dos animais. Um PEV
extenso leva ao aumento desnecessário
do período de serviço,
que por sua vez aumenta o intervalo
entre partos, redução do DEL
médio do rebanho e consequentes
perdas futuras em produção de leite
e faturamento.
Impactos do período de espera
voluntário no rebanho
Conforme já dito, a definição
do PEV do rebanho deve ser muito
bem-feita, levando-se em consideração
a realidade da fazenda.
Se por um lado o PEV muito curto
pode impactar em perdas gestacionais
e baixa fertilidade, por outro
lado o PEV muito longo pode ocasionar
perda de leite e de dinheiro
para a fazenda. Há sempre um
ponto ideal para cada situação.
Cabe ao técnico responsável pela
propriedade analisar o contexto e
estruturar da melhor forma.
Além disso, a duração do período
de espera voluntário deve ser
respeitada religiosamente. Inseminar
vacas que ainda estão dentro
do PEV, por exemplo, contribui
para mascarar a taxa de serviço do
rebanho, visto que essa taxa é calculada
tendo a relação entre vacas
inseminadas e vacas aptas (vacas
vazias fora do PEV e vacas inseminadas).
Uma vez que a vaca ainda está
no período de espera voluntário,
ela não é uma vaca apta. Sendo
assim, ela não é contabilizada no
denominador do cálculo da taxa
de serviço e acaba superestimando
esse indicador.
Vacas que ainda estão dentro do
PEV não devem ser inseminadas
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