Revista Girolando edição 133 - jan/fev/mar
Revista oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
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REVISTA O GIROLANDO
SANIDADE
Raquel Maria Cury Rodrigues,
zootecnista, especialista em Gestão da Produção
e redatora da Equipe Rúmina.
DIVULGAÇÃO RUMINA
Informação: a aliada de peso no combate à mastite
Cultura microbiológica na fazenda é uma
ferramenta indispensável
Informações de qualidade empoderam
a cadeia leiteira e abrem
caminhos para que desafios como a
mastite, e tudo o que a rodeia, sejam
resolvidos com maior certeza.
De perfil multifatorial, a mastite
permanece sendo um dos grandes
obstáculos da produção leiteira
tanto no Brasil quanto no mundo.
São inúmeras as pesquisas que se
voltam a esse tema, já que a doença
reflete em fatores importantíssimos,
como: custos de produção,
qualidade do leite, longevidade dos
animais, fornecimento de bonificações
oriundas das indústrias lácteas,
entre outros.
Um dos grandes (e principais)
passos é buscar informações atuais
sobre tecnologias e soluções que
podem contribuir para o controle
da mastite e – dentro da realidade
de cada fazenda – serem colocadas
em prática. A atualização de conceitos
e ações é válida tanto para
o próprio produtor de leite quanto
também para as pessoas que compõem
a sua equipe, desde técnicos
até os colaboradores que lidam diretamente
com os animais todos os
dias.
Cursos, treinamentos, capacitações
e eventos são sempre muito
bem-vindos e devem entrar no cronograma
da propriedade. Esse alinhamento
é fundamental a fim de
que todos falem “a mesma língua”
e, juntos, tracem um roteiro preventivo
e medidas de ações contra a
mastite que melhor se encaixem na
propriedade.
Uma pesquisa realizada na Nova
Zelândia buscou determinar os fatores
que influenciam a prescrição
de antibióticos por médicos-veterinários
e o seu respectivo uso por
produtores de leite. Foram entrevistados
22 produtores de leite e 206
médicos-veterinários, estes, avaliados
quanto ao comportamento e
itens que afetam a prescrição. Além
disso, a atitude de todos foi analisada
quando se levantou a questão
sobre o risco de resistência antimicrobiana.
Entre os produtores, o principal
motivo para a escolha de um antimicrobiano
foi o aconselhamento
veterinário, seguido pela experiência
pessoal e da fazenda. Eles afirmaram
que os veterinários eram a
fonte mais confiável de aconselhamento
para o uso de antimicrobianos.
Sobre o risco de resistência antimicrobiana,
foi relatado conhecimento
ou preocupação limitados,
com apenas 47% e 26% concordando
ou concordando fortemente
que o uso de antimicrobianos em
sua fazenda aumentaria o risco de
resistência em seu rebanho e em
humanos. A prescrição de antimicrobianos
pelos veterinários foi
predominantemente baseada no
diagnóstico e na resposta à terapia
anterior e eles consideraram principalmente
razões técnicas ao prescrevê-los.
Notem a importância do médico-veterinário
nesses casos e como
informações coerentes podem guiá-
-lo para determinar a melhor escolha
para casos de mastite na fazenda
leiteira. Além disso, o valor
do histórico do rebanho, índices
zootécnicos e dados do plantel, já
que muitos se baseiam nas respostas
que aquele determinado animal
apresentou em situações passadas
para a elaboração de um plano atual.
O estudo concluiu que são necessárias
mudanças nos padrões de
uso de antibióticos nas fazendas e
que uma comunicação clara por
parte dos veterinários sobre a esco-
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