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Cultura de Bancada, 17º Número

Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de junho de 2023

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começaram a correr em direção à entrada

do parque onde nos encontrávamos. Isto

levou a que toda a gente corresse na mesma

direção, com os polícias que não tinham sido

“chamados” a ficarem impávidos e serenos no

mesmo local, deixando toda a gente correr.

Tinha-se dado uma tentativa de ataque dos

Auteuil, que não resultou em nada.

Chegando os cerca de 50

autocarros do clube, foi dado início ao cortejo

em direção ao estádio, com quase 3 horas

de antecedência, para que nada falhasse na

coreografia. Um cortejo com cerca de 20 mil

pessoas a acompanhar os Indians, repleto

de tochas e RGBs. O maior choque cultural,

até ao momento, era mesmo o tratamento

da polícia. Tratavam qualquer um com

educação, não respondiam agressivamente

quando alguém não cumpria as ordens e,

mesmo tendo em conta a animosidade do

jogo, a sua presença não era exagerada nem

ameaçadora. Assistimos até a um adepto,

já com os copos, a dar socos no escudo de

um polícia, que apenas se riu e pediu para o

mesmo parar.

A entrada no Stade de France

decorreu sem problemas, com destaque

apenas para os 3 (!) pontos de revista

até entrar na bancada. Deve-se isto aos

problemas ocorridos no mesmo estádio, na

final da Liga dos Campeões do anterior. Já

dentro da bancada, restava-nos aguardar

pelo início do jogo.

Na entrada das equipas,

coreografias de ambos os lados aqueceram

o ambiente, com os Indians a exibir um tifo

alusivo ao Capitólio, ponto central da cidade,

com plásticos roxos e brancos a cobrir o

resto da bancada e com duas frases nos

lados, onde se podia ler “Ramenons-la sur la

place”. Do lado do Nantes, um pouco aquém

do esperado, apenas uma coreografia com

cartolinas onde se podia ler “On est Nantes

putain!”, o slogan da Brigade Loire. Houve

espaço, no entanto, para uma impressionante

tochada, onde a experiência da Brigade se fez

notar, com a distribuição uniforme de tochas

por toda a bancada inferior, marcando assim

o início do jogo.

Dentro de campo, o Toulouse

entrou em força e, logo aos 4 minutos de

jogo, o cabo-verdiano Logan Costa, de cabeça,

abriu o marcador. À passagem do minuto 10,

mais um cruzamento e… Costa de novo, a

bisar na partida. O central, pouco utilizado

na liga francesa, a eternizar o seu nome nos

anais da história violeta e a loucura total

na bancada. Minuto 23, bola nas costas da

defesa do Nantes e Dallinga a picar por cima

do guarda-redes, 3-0 e a loucura transformase

em lágrimas de alegria dos adeptos do

Toulouse. O sonho estava vivo e perto de se

realizar. O 4-0, outro de Dallinga aos 31, a

aproveitar uma má defesa do guarda-redes

do Nantes, trouxe ainda mais tranquilidade a

um jogo já praticamente resolvido.

Acabando a primeira parte, foi

exibida uma tarja pela Brigade Loire a criticar,

pelo que conseguimos entender, o presidente

do clube. Estaria, talvez, planeada para uma

eventual derrota, mas encontrou um timing

ainda melhor.

Assim, durante o intervalo, era

novamente altura de preparações. Ao apito

do árbitro, foi exibido um tifo a cobrir a

bancada inferior do Toulouse, seguido de uma

grande tochada, que apenas ficou aquém

porque os ultras não se espalharam tanto na

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