Cultura de Bancada, 17º Número
Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de junho de 2023
Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de junho de 2023
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processo de insolvência da primeira SAD mais
de 200 associados do CD Aves aprovaram em
assembleia geral, com apenas 4 votos contra,
que seria a entidade liderada por Sereno que
passaria a gerir os destinos do futebol sénior
nas Aves, mas também todos os escalões de
formação.
A situação do CD Aves 1930 era
extremamente débil, uma vez que o clube
de viu impedido de inscrever jogadores por
via duma decisão da FIFA, fruto dos mais de
17 milhões de euros de dívidas deixados pela
insolvência da SAD, e esta foi a solução que os
locais entenderam a acertada para prosseguir
com o desporto na vila.
Cito David Inácio, associado do
Vilafranquense e membro do grupo de apoio
Piranhas do Tejo: “aprendemos desde crianças
que o futebol é rua contra rua, bairro contra
bairro, cidade contra cidade, país contra país.
Quando tiramos um clube da cidade que lhe
deu origem, estamos a subverter o futebol”.
Eu revejo-me e subscrevo integralmente
estas palavras, e lanço a questão: Onde
está a transparência e a ética em todo este
processo? A fiscalização das entidades que
tutelam o futebol é absolutamente nula num
processo todo ele coberto de incongruências
e exigia-se uma uma postura actuante de
quem tem por missão proteger o futebol em
Portugal. Mas exigia-se também dignidade
e uma outra postura aos avenses, que são
também eles responsáveis pela destruição
dum clube, pela privação das crianças e jovens
duma localidade da prática desportiva e por
toda esta trapalhada que subverte aqueles
que deveriam ser os valores do futebol.
É caso para dizer, fazendo uso duma
expressão bem conhecida da população
portuguesa: E se fosse consigo?
Por J. Sousa
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