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Cultura de Bancada, 17º Número

Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de junho de 2023

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CD Nacional x SC Braga

Em meados de fevereiro, o SC Braga

deslocou-se à ilha da Madeira, acompanhado

de um número significativo de adeptos e

ultras, para defrontar e vencer o CS Marítimo.

Uma transferta bem conseguida pelos ultras

bracarenses, com um apoio vocal notável,

assim como um feedback extremamente

positivo por parte dos companheiros

presentes, alimentou em mim um forte

interesse em realizar esta deslocação.

Volvidos dois meses, era a vez dos

arsenalistas voltarem a viajar até à Madeira,

mas desta feita até ao estádio da Choupana.

Rapidamente surgiu a vontade de marcar

presença e fazer a minha primeira deslocação

fora de Portugal continental. Assim foi,

compramos e planeamos uma estadia de três

dias no centro do Funchal.

Porém, o que era suposto serem

umas férias breves e tranquilas transformouse

numa pequena aventura que fugiu ao que

tínhamos previsto. O voo em que embarcamos

não aterrou devido à situação climatérica

que se fazia sentir e tivemos que pernoitar

no aeroporto à espera de uma solução. Essa

passava por comprar um voo que chegasse a

horas do jogo e numa companhia diferente, o

que nos causou alguns problemas de logística

e, consequentemente, algumas horas de

stress a recear a possibilidade de não ver a

bola.

Felizmente lá nos desenrascamos e,

depois de fazer escala em Lisboa, chegamos

ao destino final por volta das 11 horas do

dia de jogo. Ainda tínhamos uma tarde

pela frente antes de ir para o estádio e, por

isso, aproveitamos para visitar o centro da

cidade e fazer o aquecimento. Ao longo da

tarde, fomos encontrando vários braguistas

equipados a rigor e assim se começava a

sentir a ansiedade habitual antes da bola

rolar. Fomos para o estádio cerca de uma hora

antes e deparei-me com um ambiente calmo

de convívio, isento de polícia militarizada, com

adeptos de ambas as cores numa rua única

adjacente ao estádio. De salientar que era

regra o fino (com álcool) e a bifana nas mãos

de quem lá estava, algo que é absolutamente

estranho nas proximidades do Municipal de

Braga.

Já dentro do estádio, confesso que

esperava bem mais do lado da casa, que numa

meia final da prova rainha apenas contou

com 556 adeptos, um número muito abaixo

do normal, tendo em conta as restantes

assistências da época. Do lado bracarense,

cerca de 100 adeptos, entre eles pouco mais

de duas dezenas de ultras (Bracara Legion e

Red Boys), viajaram até à ilha para dar um

autêntico festival, que foi correspondido de

forma exímia dentro das quatro linhas. Nota

mais para a venda de álcool no interior do

estádio, contrariando a habitual discriminação

de apenas ser permitida nos camarotes.

Por fim, após o jogo terminar

contava com mais de 40 horas sem dormir, o

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