Cultura de Bancada, 17º Número
Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de junho de 2023
Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de junho de 2023
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
88
CD Nacional x SC Braga
Em meados de fevereiro, o SC Braga
deslocou-se à ilha da Madeira, acompanhado
de um número significativo de adeptos e
ultras, para defrontar e vencer o CS Marítimo.
Uma transferta bem conseguida pelos ultras
bracarenses, com um apoio vocal notável,
assim como um feedback extremamente
positivo por parte dos companheiros
presentes, alimentou em mim um forte
interesse em realizar esta deslocação.
Volvidos dois meses, era a vez dos
arsenalistas voltarem a viajar até à Madeira,
mas desta feita até ao estádio da Choupana.
Rapidamente surgiu a vontade de marcar
presença e fazer a minha primeira deslocação
fora de Portugal continental. Assim foi,
compramos e planeamos uma estadia de três
dias no centro do Funchal.
Porém, o que era suposto serem
umas férias breves e tranquilas transformouse
numa pequena aventura que fugiu ao que
tínhamos previsto. O voo em que embarcamos
não aterrou devido à situação climatérica
que se fazia sentir e tivemos que pernoitar
no aeroporto à espera de uma solução. Essa
passava por comprar um voo que chegasse a
horas do jogo e numa companhia diferente, o
que nos causou alguns problemas de logística
e, consequentemente, algumas horas de
stress a recear a possibilidade de não ver a
bola.
Felizmente lá nos desenrascamos e,
depois de fazer escala em Lisboa, chegamos
ao destino final por volta das 11 horas do
dia de jogo. Ainda tínhamos uma tarde
pela frente antes de ir para o estádio e, por
isso, aproveitamos para visitar o centro da
cidade e fazer o aquecimento. Ao longo da
tarde, fomos encontrando vários braguistas
equipados a rigor e assim se começava a
sentir a ansiedade habitual antes da bola
rolar. Fomos para o estádio cerca de uma hora
antes e deparei-me com um ambiente calmo
de convívio, isento de polícia militarizada, com
adeptos de ambas as cores numa rua única
adjacente ao estádio. De salientar que era
regra o fino (com álcool) e a bifana nas mãos
de quem lá estava, algo que é absolutamente
estranho nas proximidades do Municipal de
Braga.
Já dentro do estádio, confesso que
esperava bem mais do lado da casa, que numa
meia final da prova rainha apenas contou
com 556 adeptos, um número muito abaixo
do normal, tendo em conta as restantes
assistências da época. Do lado bracarense,
cerca de 100 adeptos, entre eles pouco mais
de duas dezenas de ultras (Bracara Legion e
Red Boys), viajaram até à ilha para dar um
autêntico festival, que foi correspondido de
forma exímia dentro das quatro linhas. Nota
mais para a venda de álcool no interior do
estádio, contrariando a habitual discriminação
de apenas ser permitida nos camarotes.
Por fim, após o jogo terminar
contava com mais de 40 horas sem dormir, o