Cultura de Bancada, 17º Número
Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de junho de 2023
Cultura de Bancada, 18º número, lançado a 12 de junho de 2023
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THE FOOTBALL FACTORY
“I’m just another bored male
approaching 30, in a ded-end job who lives
for the weekened. Casual sex, watered-down
lager, heavily cut drugs, and occasionally
kicking the fuck out of sommeone”. Tiro de
partida perfeito para o filme britânico “The
Football Factory”, estas palavras são ditas por
Dany Dyer que interpreta o papel de Tommy
Johnson, personagem principal e narrador
durante toda a película editada em 2004, que
se centra nas tramas da sua vida e na firma de
hooligans do Chelsea à qual pertence.
que se resolve com a pronta intervenção do
amigo, que agride com um taco de cricket
o atacante. Os dois companheiros põem-se
prontamente em fuga. Esta cena acaba por
marcar toda a história uma vez que, mais
tarde, Dany acabará por perceber que o
agredido é também irmão de Fred, o líder da
temível firma do Millwall.
Durante a hora e meia em que o
filme, realizado por Nick Love e escrito por
John King, se desenrola, a firma vai vivendo
uma série de confrontos com adeptos rivais,
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Tal como se descreve, Dany é
um jovem adulto sem grandes projectos
de vida ou aspirações e que procura
alguma animação para a sua existência no
consumo de álcool e drogas e nas sessões
de pancadaria da sua firma contra as turmas
rivais. Numa noite de copos com o seu amigo
Rod (Neil Maskell), os dois acabam por se
envolver com duas raparigas e, na manhã
seguinte, Dany acorda com o irmão de uma
delas a ameaçá-lo com uma faca, situação
mas também um conjunto de peripécias e
tensões internas. A disputa da liderança entre
Billy Bright e Harris, os “top boys” do grupo,
as encrencas em que os “caçulas” Zeberdee
e Raff se vão metendo, e até o caso amoroso
de Rod, são parte importante da acção que
faz desta obra um tanto ou quanto divertida e
nada monótona.
A representação da cena hooligan
britânica leva também nota positiva,
com alguns momentos bem construídos,