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Revista Girolando edição131 jul/ago/set 2022

Tudo sobre a pecuária leiteira e a raça Girolando

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REVISTA O GIROLANDO

MENSAGEM DA DIRETORIA

Odilon de Rezende Barbosa Filho

PRESIDENTE

Eugênio Deliberato Filho

VICE-PRESIDENTE

Marcos Amaral Teixeira

1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO

Márcio Luís Mendonça Alvim

2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO

José Antônio da Silva Clemente

1º. DIRETOR-FINANCEIRO

Luiz Fernando Reis

2º. DIRETOR-FINANCEIRO

Domício José Gregório A. Silva

DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS

José Renato Chiari

DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO

Tatiane Almeida Drummond Tetzner

DIRETORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Aurora Trefzger Cinato Real

DIRETORA DE FOMENTO E EVENTOS

Com sentimento de vitória conseguimos realizar

mais uma Megaleite depois de ficarmos dois anos sem

uma edição presencial por conta da pandemia. É unânime

entre todos que participaram do evento o salto de

qualidade dos animais. O altíssimo nível dos exemplares

que passaram pela pista de julgamento só reforça a

seriedade com que os criadores de Girolando vêm conduzindo

seus sistemas de seleção. Quem acompanhou o

show que foi o julgamento pode constatar esse avanço

em todas as composições raciais.

Isso nos deixa esperançosos em relação ao futuro da

raça, pois sinaliza que pista e melhoramento genético

estão em um mesmo direcionamento. E para uma exposição

que nasceu da união das raças leiteiras e do setor

produtivo, esta realidade só reafirma que a Megaleite é

a principal vitrine do agronegócio do leite na América

Latina.

Continuamente estamos inovando em busca de

oportunidades para a raça, sempre com a missão de levar

mais tecnologia para o criador, fato que reafirmamos na

Megaleite 2022. Prova disso foi o lançamento de 15 novas

características, com PTAS genéticas e genômicas, no

Sumário de Touros. Sem dúvida, esse foi um divisor de

águas para o nosso PMGG. Elas possibilitarão aos criadores

acelerar o melhoramento genético de seus rebanhos,

o que significará, em breve, mais leite de qualidade

chegando à mesa dos consumidos.

Sabemos que a raça Girolando ainda terá muitos capítulos

de sucesso em sua história, sempre embasados no

melhoramento genético realizado por meio de ferramentas

de seleção confiáveis. As pesquisas sob a coordenação

da Embrapa Gado de Leite continuam, e possibilitarão,

cada vez mais, a inclusão de novas PTAs em nosso Sumário

de Touros. Cabe ao criador fazer a sua parte, priorizando

a coleta de dados constantemente na propriedade

e dentro das metodologias pregadas pelo PMGG,

a participação nas provas zootécnicas, como também a

genotipagem dos animais e o registro genealógico do rebanho.

Em melhoramento genético não existe milagre. É

o trabalho conjunto de criadores, técnicos e pesquisadores

que levará a avaliações genéticas e genômicas de alta

acurácia.

Não podemos deixar de realizar, junto com esses investimentos,

uma ampla divulgação das vantagens da

raça, tanto individualmente quanto coletivamente, pois

vivemos um momento de novas demandas por parte do

consumidor. No caso da pecuária, somos cobrados não

só pela qualidade genética, mas pelo bem-estar dos animais,

preservação do meio ambiente, leite saudável, sustentável

etc. Sem falar nas campanhas contra o consumo

de leite, que, apesar de não serem baseadas em fatos concretos,

têm levado certos consumidores a parar de beber

leite.

Portanto, precisamos sempre mostrar que a raça Girolando

é sustentável em todos os três pilares desse conceito.

E isso a ciência já comprovou e todos nós podemos

combater a falta de informação com dados científicos

idôneos como os gerados pelas pesquisas conduzidas

pela Embrapa Gado de Leite.

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REVISTA O GIROLANDO

EDITORIAL

por Larissa Vieira

Editora

O Brasil poderá contar, em breve, com a

Política Nacional de Apoio e Incentivo à Pecuária

Leiteira. Esta é a proposta do Projeto de

Lei 207/2022, de autoria da deputada Aline

Sleutjes (PROS-PR), que será analisado pelo

Plenário da Câmara dos Deputados. O projeto

busca aumentar a produtividade, promover

a ampliação dos mercados interno e externo e

elevar o padrão de qualidade do leite brasileiro

por meio de estímulo à produção, transporte,

industrialização e comercialização do produto.

O projeto é fruto de um longo trabalho que

teve início em 2020 com a realização do 1º Fórum

Nacional de Incentivo à Cadeia Leiteira.

A deputada destaca que a proposta vai garantir

ao nosso País autossuficiência na produção de

leite e derivados e remuneração justa e segura

do trabalho dos produtores, por meio de uma

política pública com planejamento e ações concretas

que estimulem a produção leiteira, assegurando,

também ao consumidor brasileiro, a

garantia de acesso a produtos lácteos nacionais

de excelente qualidade e preços justos.

Diante de tantas incertezas para os produtores

de leite, esta é uma boa notícia, assim

como várias outras que trazemos nesta edição

da revista Girolando. Algumas delas são os

avanços do Programa de Melhoramento Genético

da Raça Girolando (PMGG). Neste ano, os

resultados do Sistema de Avaliação Linear do

Girolando (SALG) para as características dos

sistemas locomotor e mamário, totalizando

11 características, foram publicadas no Sumário

de Touros da raça Girolando. No ano que

vem, as demais características deverão ser publicadas.

Outra boa notícia é que, no Sumário de

Touros Girolando 2022, foi apresentada a avaliação

dos touros para Tolerância ao Estresse

Térmico. Na prática, essa informação servirá

como ferramenta auxiliar na seleção dos animais

e possibilitará o uso de um genótipo mais

adequado para as diferentes regiões do Brasil.

Isso significa que a escolha dos touros deve

continuar sendo feita com base na produção

de leite e demais características de interesse,

utilizando a informação de tolerância ao estresse

térmico como critério suplementar para

a tomada de decisão de seleção.

Nesta edição, ainda trazemos artigos sobre

a importância do manejo do pastejo nos sistemas

de produção leiteira, a eletrolítica como

ferramenta essencial no combate a diarreias,

impacto silencioso da mastite subclínica nas

fazendas leiteiras, pontos que levam as propriedades

a concretizarem bons negócios.

E tem mais. Tudo sobre a Megaleite, os resultados

das competições e como foi a retomada

da maior exposição da pecuária leiteira na

América Latina.

Boa leitura!

EXPEDIENTE

Revista Girolando: Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira lamoc1@gmail.com

• Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888 - Míriam Borges (34) 9 9972-0808 miriamabcz@mundorural.org • Design gráfico: Yuri Silveira

(34) 9 9102-7029 yurisilveira04@hotmail.com • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Fotografias: Jadir Bison (34) 99960.4810 jadirbison@yahoo.

com.br • Conselho editorial: Odilon de Rezende Barbosa Filho, Leandro Paiva, Domício Arruda Silva, Tatiane Tetzner, Miriam Borges e Larissa Vieira

• Impressão CTP: Idealiza Grafica (43) 3373-7877 • Tiragem: 6.000 exemplares • Periodicidade: Trimestral (Março, Maio, Agosto e Novembro) •

Circulação: Dia 15 dos meses ímpares • Distribuição: Para todo o Brasil via correios e Disponível na versão on line no site www.girolando.com.

br. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG • Telefone: (34) 3331-6000 • Assinaturas: R$ 98,00/ano –

financeiro@mundorural.org • 22 anos de circulação ininterrupta

revistagirolando @ogirolando girolando.com.br revistagirolando

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REVISTA O GIROLANDO

Índice

MENSAGEM DA DIRETORIA 04

EDITORIAL 06

GIRO LÁCTEO 10

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES 12

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES 14

ELETROLÍTICO: FERRAMENTA ESSENCIAL NO COMBATE A DIARREIAS 22

MASTITE SUBCLÍNICA E O SEU IMPACTO SILENCIOSO NAS FAZENDAS LEITEIRAS 24

IMPORTÂNCIA DO MANEJO DO PASTEJO NOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO LEITEIRA 28

MANEJO A PASTO GANHA EM PRODUTIVIDADE HÍDRICA 32

A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FENOTÍPICA PARA A EVOLUÇÃO 36

SISTEMA DE AVALIAÇÃO LINEAR GIROLANDO 40

TOLERÂNCIA AO ESTRESSE TÉRMICO E EFICIÊNCIA TROPICAL 44

CURVA DE LACTAÇÃO EM VACAS GIROLANDO 48

EVOLUÇÃO GENÉTICA PREMIADA 60

RANKING NACIONAL DE CRIADOR X EXPOSITOR - 2018/2019 66

GRANDES CAMPEÃS DO 31º TORNEIO LEITEIRO 70

SUMÁRIO DE TOUROS TURBINADO 72

QUEIJO PREMIADO 74

SUA PROPRIEDADE LEITEIRA TEM SIDO UM BOM NEGÓCIO? 76

FORMULAÇÃO DE DIETAS: A CHAVE PARA GANHOS DE PRODUTIVIDADE 80

UM NOVO MODELO, COM O CLIENTE NO CENTRO DO NEGÓCIO 84

QUALIDADE E RENTABILIDADE NO CAMPO 88

GIROLANDO ETERNIZADO EM JOIAS 90

GIROLANDO KIDS 92

NOVOS ASSOCIADOS E CONSELHO 94

ELEIÇÃO NA GIROLANDO 95

FALE CONOSCO 96

40

Sistema de avaliação

linear Girolando

16

Produzir mais com menos

54

MATÉRIA DE CAPA

Sucesso total

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REVISTA O GIROLANDO

GIRO LÁCTEO

por Miriam Borges

Homenagem

dos os itens sugeridos foram aprovados.

Teste de Progênie

O presidente da Associação Brasileira

dos Criadores de Girolando, Odilon de

Rezende Barbosa Filho, foi homenageado

durante a 84ª Exposição Agropecuária e

Industrial de Leopoldina (Expoleo), que

aconteceu de 2 a 10 de julho, no Parque

de Exposições José Ribeiro dos Reis, no

município de Leopoldina/MG. Durante a

abertura oficial do evento, em 3 de julho,

a Cooperativa Agropecuária Região Leste

de Minas Gerais (Coopleste) agraciou

o presidente da Girolando com a “Comenda

do Mérito Rural”. A homenagem

é anualmente entregue a personalidades

do agronegócio brasileiro.

Estatuto

No dia 19 de julho, foi realizada a Assembleia

Geral Extraordinária Virtual para

aprovação de cinco propostas referentes

às mudanças na redação de determinados

artigos do Estatuto Social da entidade. A

assembleia ficou aberta das 7h às 12h e

teve a participação de 103 associados. To-

Inscrições para a Pré-Seleção de Touros

do 25º Grupo de Touros do Teste de Progênie

da Raça Girolando estão abertas até

30 de setembro. Podem participar touros

das categorias PS (Puro Sintético), CCG

(Produto do Cruzamento Sob Controle de

Genealogia), com composição racial 5/8

Hol + 3/8 Gir ou 3/4 Hol + 1/4 Gir. Para

ser considerado apto ao Teste de Progênie,

o reprodutor precisa ter genotipagem pelo

Clarifide® Girolando. Os reprodutores aptos

ao Teste de Progênie serão classificados

pelo Índice Final de Classificação de Touros

(IFCT), obedecendo aos seguintes pesos

para cada uma das características avaliadas

pelo Clarifide® Girolando: 50% gPTA Leite

(Produção de Leite), 30% gPTA IPP (Idade

ao Primeiro Parto) e 20% gPTA IP (Intervalo

de Partos).

Isenção ICMS

Atendendo reivindicação da Diretoria da

Associação Brasileira dos Criadores de

Girolando, o Conselho Nacional de Política

Fazendária (Confaz) aprovou, em sua

reunião de 1° de julho, a atualização da

redação de cláusulas do Convênio ICM

nº 35/77. A atualização da redação ajusta

o Convenio ICM nº 35/77 às alterações

determinadas pelo Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (Mapa)

relativos aos procedimentos de controle

de genealogia de animais, especialmente

de raças bovinas. Assim, passam a ser documentos

de comprovação do controle de

genealogia oficial para fins de isenção do

ICMS, o Certificado de Controle de Genealogia

e o Registro Genealógico. A alteração

aprovada pelo Confaz vinha sendo

pleiteada pela Diretoria da Girolando

desde 2020, com o apoio da Federação da

Agricultura e Pecuária do Estado de Minas

Gerais (Faemg) e da Confederação da

Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

A nova redação foi publicada no Diário

Oficial da União de 5 de julho de 2022 e

passará a valer a partir de janeiro de 2023

em todos os estados brasileiros e no Distrito

Federal.

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REVISTA O GIROLANDO

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES

Goiás é mais leite

A DSM deu início à campanha GO Leite,

um movimento criado para fomentar a força

da produção e qualidade do leite de Goiás,

considerado o quinto maior produtor de leite

do País. Ao todo, o Estado produz 9% do

leite nacional, segundo estimativas do Instituto

para o Fortalecimento da Agropecuária

(Ifag). A ideia dessa campanha é mostrar

que o setor leiteiro é forte e está em constante

evolução. A DSM ainda está divulgando

seu produto recém-lançado Mycofix® Plus

5.0, o primeiro da linha Mycofix para bovinos

de leite. A tecnologia, desenvolvida pela

Biomin, empresa especializada em micotoxinas

que integra o Grupo Erber, adquirida

pela DSM em 2020, é capaz de destruir as

micotoxinas presentes no alimento dos

animais, que podem ser contaminados por

fungos que afetam o seu desempenho e são

prejudiciais à saúde humana.

Parceria entre Scala e Rúmicash

O uso inteligente de crédito e adiantamento

é indispensável para o desenvolvimento da

fazenda e contribui para a construção de

uma pecuária mais competitiva e rentável.

Com esse objetivo, a Rúmicash e a Scala,

uma das maiores fabricantes de queijos do

Brasil, firmaram parceria, com foco no produtor.

A parceria visa oferecer suporte financeiro

aos fornecedores de leite do laticínio

para que seja possível agregar valor, volume

e qualidade na produção do leite, através de

melhorias na gestão da propriedade.

Monitoramento de leite com inovação

A Rúmina, ecossistema de soluções digitais

para pecuária que tem como propósito

torná-la mais produtiva, rentável e sustentá-

vel, está trabalhando em um dispositivo que

irá revolucionar o monitoramento do leite.

A nova solução é baseada em IoT (internet

das coisas - dispositivos físicos conectados à

internet) e permitirá o acompanhamento, à

distância e em tempo real, do volume e da

temperatura do leite nos tanques das fazendas,

24h por dia. O monitoramento automático

de eventos relacionados à ordenha,

à coleta e ao armazenamento, como desvios

na produção diária, mau funcionamento do

tanque, leite congelado, atrasos na coleta,

entre outros, irá auxiliar na boa gestão das

fazendas. Em breve a inovação estará disponível

para produtores e laticínios.

Drench

O período de transição de vacas leiteiras é

a fase mais importante e crítica para os animais.

É comum os produtores adotarem o

uso de soluções minerais/eletrolíticas, como

os chamados drench. Com o objetivo de

contribuir para atender a essa necessidade, a

MCassab Nutrição e Saúde Animal, presente

no mercado de nutrição há 50 anos, lança

o Booster, drench que eleva rapidamente os

níveis de glicose e cálcio no sangue, além de

repor minerais importantes perdidos durante

o parto. O produto é solúvel em água e

altamente palatável para o animal. Por conta

disso, o consumo é voluntário, dispensando

o uso de sondas que geram desconforto e estresse

aos animais, dificultando ainda mais

o manejo.

Vantagens do crédito

A aceitação dos produtores tem sido extremamente

positiva, segundo a Rúmicash. O

uso de crédito na propriedade permite aos

produtores o aperfeiçoamento da sua gestão

financeira. Pensando em facilitar esse processo,

a Rúmicash fornece crédito e adiantamento

ao pecuarista de forma rápida,

prática e segura, usando a tecnologia para

atender as demandas de um setor que não

espera. Ganha o produtor no retorno do

seu investimento, e o laticínio, que adquirirá

matéria-prima de qualidade.

Reforço na Zoetis

A Zoetis anunciou a chegada de dois novos

gerentes para a área de marketing de sua

unidade de ruminantes. Felipe Artioli será

gerente de Produto da linha de genética.

Formado em Administração de Empresas,

com MBA em Agronegócios e Marketing,

ele ficará responsável pela linha de genética,

atuando estrategicamente para garantir os

resultados de curto, médio e longo prazos,

e por promover o crescimento do mercado

por meio de elaboração, implementação e

monitoramento de um plano integrado de

marketing. Já Marcos Paulo Nascimento

atuará como gerente de Trade Marketing.

Com 14 anos de experiência, o publicitário

Marcos Paulo liderará a transformação da

área, identificando e estabelecendo novos

processos junto ao time de vendas e operações

comerciais. Também será responsável

por entender o comportamento e necessidades

do cliente no ponto de venda, visando

ações de trade adequadas para cada marca e

categoria, nos diversos canais onde a Zoetis

opera.

Asbia

O empresário Nelson Eduardo Ziehlsdorff

é o novo diretor presidente da Associação

Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).

Pós-graduado em Logística do Transporte,

Nelson também é membro da Associação

dos Criadores das Raças Jersey e Holandês

no Canadá, diretor internacional da Associação

Brasileira dos Produtores de Leite

(Abraleite), e diretor da Associação Catarinense

de Criadores de Ovinos (ACCO).

Com o início do novo mandato, a Asbia

trabalhará com foco em incorporar de forma

mais profissional as empresas voltadas

para o setor de embriões bovinos. Nelson

também quer dar continuidade ao projeto

de estabelecer a entidade como uma associação

que agregue cada vez mais valor para

seus associados, tanto as empresas de biotecnologia

e inseminação artificial, quanto

as associações de raças bovinas.

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REVISTA O GIROLANDO

LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES

Contra mastite

Os animais que apresentam sintomas

de mastite clínica necessitam de uma

rápida intervenção, com tratamento

local e, às vezes, sistêmico para impedir

a proliferação dos microrganismos

e evolução da doença. O Cefavet®,

da Ceva Saúde Animal, combate

o microrganismo agressor ao mesmo

tempo em que auxilia na redução do

inchaço e da dor no quarto mamário

acometido. Junto a isso, a adoção de

um antibiótico sistêmico de ação rápida,

aplicação única e ótima difusão

na glândula mamária após a aplicação,

como o Marbox®, auxilia e trata a infecção

e impede a progressão sistêmica

da doença, possibilitando que o animal

retorne rapidamente ao seu estado

normal, de conforto e bem-estar.

Interleite Brasil

Pela primeira vez, Goiânia/GO sediou

o Interleite Brasil. A 20ª edição

do evento, que teve formato híbrido,

ocorreu nos dias 3 e 4 de agosto com

o tema “As mudanças no mercado e as

oportunidades para quem quer se preparar”.

A programação teve 24 palestras

ministradas por produtores, técnicos

e especialistas que traçaram um

diagnóstico da cadeia do leite nacional,

bem como estimativas para o futuro do

setor. O diretor da Girolando, Renato

Chiari, ministrou palestra no evento

sobre o tema “Sistemas de produção

para o Centro-Oeste” e contou sobre a

experiência com a pecuária a pasto.

Fórum Nacional do Leite

A Associação Brasileira dos Produtores

de Leite (ABRALEITE) realizou o

1º Fórum Nacional do Leite e a Feira

de Queijos Artesanais, nos dias 12 e 13

de julho, em Brasília/DF. O objetivo foi

conectar produtores de leite e genética,

técnicos, empresas e entidades do

setor para promover o leite como alimento

saudável e estreitar as relações

institucionais e governamentais, incentivando

a produção e a produtividade

leiteira com tecnologia e qualidade. O

evento também colocou em discussão

os temas mais importantes ligados ao

ecossistema do leite, inclusive abrindo

espaço para personalidades e importantes

lideranças. Segundo a Abraleite,

a busca por novos conceitos, tecnologias

e ferramentas de gestão é uma

demanda obrigatória para o avanço do

produtor moderno, no atual mercado

globalizado e competitivo. A cadeia do

leite é uma das mais importantes do

Brasil. Os números falam por si. O país

produz 35 bilhões de litros por ano, é o

3º maior produtor mundial e gera 5,5

milhões de empregos diretos.

Desafio da Pecuária Responsável

Importante para prevenir enfermidades,

a vacinação é um processo estressante

para o gado. Falhas nesse sistema

podem prejudicar o bem-estar e

até mesmo a saúde dos animais, com

o aparecimento de abcessos e reações

vacinais. A proposta de um procedimento

operacional padrão para melhorar

esse trabalho nas fazendas, de

autoria da goiana Rubia Pereira Barra,

foi a ideia vencedora do Desafio da Pecuária

Responsável, promovido pela

Phibro Saúde Animal. A final da disputa

aconteceu em 5 de julho, um ano

após o lançamento da primeira edição

do projeto, que teve como foco o bem-

-estar animal. Pecuarista de Paranaiguara,

cidade goiana, a vencedora tem

65 anos e é formada em odontologia.

O procedimento proposto – e já testado

na prática, desde 2016, em sua fazenda,

contempla o acondicionamento

de vacinas e medicamentos, a troca de

agulhas durante a vacinação, o uso de

cuba ultrassônica com detergente enzimático

para limpeza e autoclave para

esterilização de seringas e agulhas reutilizáveis,

reduzindo abcessos e reações

vacinais. Rubia recebeu um cheque no

valor de R$ 15 mil, além do troféu.

Calendário vacinal

Baixa incidência de chuva e risco de

pneumonia são alguns dos desafios

que o pecuarista enfrenta no período

de inverno. No gado leiteiro, esse é o

período em que ocorrem os partos, por

isso é preciso estar atento às primeiras

semanas dos bezerros, que podem ter

diarreias, mastite e pneumonia. A vacinação

das vacas prenhas com Scouguard

4KC é importante, pois a vacas

transferem a imunidade para a diarreia

neonatal via colostro, assim quando

os bezerros mamarem, passam a ter

a proteção e mais saúde. Outro ponto

que o produtor precisa estar atento, especialmente

nas fases iniciais de vida,

e que é uma das principais causas de

mortalidade das bezerras leiteira são as

pneumonias. Para esses casos, a Zoetis

recomenda Inforce 3, a primeira e

única vacina intranasal que garante a

prevenção contra as doenças respiratórias

causadas por vírus sincicial bovino

(BRSV), a rinotraqueíte infecciosa

bovina (IBR) e a parainfluenza (PI3).

Com apenas uma dose, Inforce 3 reduz

a incidência de pneumonia desde o início

da vida dos bezerros.

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Você não precisa mudar,

o agLyt se adapta ao seu

manejo.

Uma tecnologia

desenvolvida para

você oferecer o agLyt

com leite, sucedâneo

ou água. Do seu jeito.

Sem mudar o manejo.

Eficaz no tratamento da diarreia, rápida recuperação das suas bezerras.

Repositor eletrolítico que pode ser fornecido aos animais com manejo simples e flexível.

Além de ser fonte de energia, hidrata, corrige a acidose e recupera o intestino.

O agLyt é completo e na medida certa para garantir o bem-estar dos seus animais.

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REVISTA O GIROLANDO

ENTREVISTA

por Larissa Vieira

Produzir mais com menos

Diversas pesquisas conduzidas com rebanhos leiteiros têm

contribuído para melhorar a eficiência produtiva das propriedades

brasileiras. É a chamada eficiência bioeconômica, um

conceito mais amplo que envolve o bem-estar animal, a pegada

hídrica, o uso de energia limpa, a eficiência alimentar, a

redução no uso de antibióticos, além da questão econômica e

outros aspectos. Em resumo, o que se busca é produzir mais

com menos recursos e insumos.

Em entrevista à Revista Girolando, a chefe-geral da Embrapa

Gado de Leite, Dra. Elizabeth Nogueira Fernandes, explica

como a ciência tem auxiliado o produtor nesse desafio

e os resultados já alcançados. No cargo desde setembro de

2021, ela é engenheira florestal com pós-doutorado em Economia

do Meio Ambiente e tem experiência na área de gestão

ambiental. Confira o bate-papo:

Girolando

Elizabeth Nogueira

Fernandes

O consumidor tem valorizado,

além da qualidade, dois fatores:

sustentabilidade na pecuária

e o bem-estar animal. Como

a ciência brasileira tem auxiliado

os produtores rurais neste

desafio?

A adoção de práticas voltadas

à sustentabilidade e ao bem-estar

animal está cada vez mais presente

no dia a dia da atividade leiteira.

Nesse contexto, a Embrapa

tem desenvolvido pesquisas que

visam a geração de métricas adaptadas

às nossas condições que

permitem avaliar a adoção dessas

práticas e seus impactos sobre esses

indicadores. Um resultado interessante

já alcançado em nossas

pesquisas é a relação direta entre

a adoção dessas práticas e a lucratividade

da atividade, mostrando

que a busca por sustentabilidade

e o bem-estar dos animais também

refletem positivamente no

Girolando

Elizabeth Nogueira

Fernandes

bolso do produtor.

É possível produzir leite com

baixa pegada de carbono e que

ferramentas o produtor pode

utilizar para isso?

Essa demanda por leite com

baixa pegada de carbono foi fortalecida

no último ano com a realização

da COP26 (Conferência

das Nações Unidas sobre Mudança

do Clima), que estabeleceu

metas globais de redução de

emissões e a atividade pecuária

tem uma importante contribuição

a dar nesse processo. Nossos

trabalhos de avaliação ao longo

dos elos da cadeia do leite mostram

que é possível produzir leite

com baixa pegada de carbono em

condições brasileiras, envolvendo

diferentes rotas para essa descarbonização,

que passam pela

genética animal, nutrição e manejo

de pastagens, interferência

no rúmen, condições de saúde

16 18


Girolando

Elizabeth Nogueira

Fernandes

Girolando

do rebanho e manejo de dejetos.

Um bom exemplo é o programa

de melhoramento do Girolando,

que permitiu que a vaca de hoje

produza 40% menos metano por

quilo de produto (leite) em relação

ao animal padrão de duas décadas

atrás. Além disso, esperamos

que no futuro seja possível a

prestação de serviços ambientais

pelas fazendas leiteiras, devido

a sua capacidade de estocar carbono

ser maior que as emissões

geradas, mas essa questão ainda

depende da regulamentação do

mercado de carbono.

Acredita que a pecuária de

precisão é a solução para tornar

as propriedades mais eficientes,

evitando que, assim, muitos

deixem a atividade, como vem

acontecendo?

A pecuária de precisão não é a

solução, mas sim uma ferramenta

que pode contribuir para o aumento

da eficiência dos sistemas

de produção visando a manutenção

do produtor na atividade leiteira.

As ferramentas de precisão,

que estão cada vez mais disponíveis

e acessíveis aos produtores,

estão aí para ajudar o produtor

sendo catalisadoras do processo

de avanço tecnológico na busca

de maior eficiência dos sistemas.

Aqui é importante entender a

eficiência não apenas pelo lado

econômico ou produtivo, mas o

que chamamos de eficiência bioeconômica.

Esse conceito mais

amplo envolve, além da questão

econômica, o bem-estar animal,

a pegada hídrica, o uso de energia

limpa, a eficiência alimentar,

a redução no uso de antibióticos,

dentre outros aspectos. Em resumo,

o que se busca é produzir

mais com menos recursos e insumos.

Diante da saída de produtores

da atividade, em parte por

conta dos altos custos de produção,

o Brasil caminha para um

intenso processo de concentração,

com o predomínio de pro-

Elizabeth Nogueira

Fernandes

Girolando

Elizabeth Nogueira

Fernandes

priedades maiores e mais tecnológicas?

De fato, estamos vivenciando

um processo de concentração

produtiva semelhante ao que

ocorreu nos principais países

produtores de leite do mundo.

Mas acredito que a palavra-chave

não seja tamanho, mas sim eficiência,

como dito anteriormente.

Assim, não são os maiores quem

irão se manter, mas os mais eficientes.

Temos diversos bons

exemplos pelo Brasil de produtores

em pequenas propriedades e

até com baixo volume diário de

produção que conseguem gerar

renda e se manter de forma sustentável

na atividade. Assim, independentemente

do tamanho do

produtor, boa gestão e assistência

técnica contínua de modo a

orientar um processo sistemático

de adoção de tecnologias adequadas

à realidade de cada produtor

serão cada vez mais importantes

para o sucesso da atividade.

Com um perfil tão diverso

dos produtores de leite, comunicar

com a cadeia leiteira é um

desafio que a Embrapa tem buscado

vencer de que forma?

A atividade leiteira está espalhada

por quase todos os municípios

brasileiros, englobando

diferentes realidades produtivas

e de mercado. Para conseguir

atingir essa diversidade de perfis

ao longo de todo o País, faz-se

necessária a adoção de diferentes

estratégias de comunicação,

sendo fundamentais as parcerias

com instituições públicas e privadas

para fazer chegar ao produtor,

onde quer que ele esteja, as

soluções tecnológicas adequadas

para a superação dos desafios do

dia a dia de sua atividade. Nesse

sentido, além da utilização dos

nossos próprios meios de comunicação

que envolvem sites, redes

sociais, aplicativos e o envio de

mensagens eletrônicas (e-mails),

também buscamos divulgar nossas

soluções por meio de revis-

17 19


Girolando

Elizabeth Nogueira

Fernandes

tas especializadas, programas de

rádio e TV e por meio de ações

conjuntas com parceiros da assistência

técnica e extensão rural. O

avanço dos recursos de tecnologia

da informação e da internet, apesar

de ainda ter suas limitações

técnicas principalmente nas áreas

rurais do País, tem ajudado nessa

disseminação do conhecimento

gerado, transpondo barreiras

geográficas. Um bom exemplo é

o aplicativo App Girolando, desenvolvido

entre a Embrapa e a

Associação, que disponibiliza de

forma simples e de fácil acesso,

informações sobre os valores genéticos/genômicos

de touros e

vacas da raça Girolando.

Como a senhora vê as mudanças

no perfil do consumidor e a

campanha contrária que o leite

sofre de determinados segmentos

da sociedade e a desinformação

em geral?

O consumidor em geral está

cada vez mais consciente e exigente

em relação aos produtos que

consome. Já estávamos acostumados

a ser cobrados pela qualidade

do leite, mas hoje o consumidor

tem exigido muito mais atributos,

sendo que esse processo foi acelerado

pela pandemia. Entretanto,

apesar de estarmos na chamada

“era da informação”, temos vivenciado

também uma grande quantidade

de desinformação, e o leite

tem sofrido com isso. Com a facilidade

de disseminar informações

que temos atualmente, muitas vezes

informações incorretas (fake

news) são espalhadas e acabam

afetando o consumo de determinados

produtos. Acredito que já

temos informações consolidadas

de pesquisa, mais que suficientes,

para combater essas campanhas

contrárias ao leite, seja em termos

de seus atributos nutricionais e

de qualidade do produto, seja da

forma como ele é produzido e seu

efeito para o meio ambiente. O

importante é o setor atuar de forma

coordenada para fazer chegar

Girolando

Elizabeth Nogueira

Fernandes

essa informação já existente aos

consumidores de modo a evidenciar

seus benefícios nutricionais

e a forma como hoje é produzido,

respeitando os animais, o meio

ambiente e todos os envolvidos

na cadeia.

A parceria entre a Girolando

e a Embrapa permitiu mais um

salto importante para o programa

de melhoramento genético

da raça Girolando em 2022, com

a publicação de novas PTAs.

Isso mostra que, apesar da limitação

de recursos, a pesquisa

pode continuar avançando com

a união entre ciência e cadeia

produtiva?

Essa união de esforços é fundamental,

tanto para geração

de conhecimentos e de soluções

tecnológicas, quanto para fazer

chegar essas soluções ao setor

produtivo. Essa proximidade da

Embrapa com o setor produtivo

também nos permite prospectar

demandas e conhecer os reais desafios

da cadeia de modo a maximizar

os impactos das soluções

geradas para a sociedade. Esse

pensamento é evidenciado na

nossa “visão de futuro” enquanto

instituição de inovação, que

define que a Embrapa quer ser

protagonista e parceira essencial

na geração e uso de conhecimentos

para o desenvolvimento sustentável

da agricultura brasileira

até 2030. E a Girolando é parte

essencial nesse processo, consolidado

no sucesso do programa de

melhoramento da raça que completou

25 anos em 2022. Graças

a essa união de esforços foi possível

desenvolver 15 novas características

e seis índices que foram

disponibilizados aos produtores

na avaliação deste ano, lançada

durante a Megaleite. E tenho certeza

de que essa parceria ainda

continuará trazendo muitas conquistas

para a cadeia produtiva

do leite brasileiro.

20


21


22


23


REVISTA O GIROLANDO

SANIDADE

Luciano Prímola de Melo

Consultor de Serviços Técnicos de Bovinos

de Leite na Agroceres Multimix

Eletrolítico: ferramenta essencial no combate a

diarreias

Fornecimento de eletrolítico pode ser junto ao leite ou água

A criação de bezerras é uma fase de

grande importância na atividade leiteira,

pois o sucesso ou insucesso impactará

diretamente na disponibilidade de

animais de reposição. Também é uma

fase de grandes desafios e, dentre eles,

a sanidade tem grande relevância, com

grande impacto em desempenho e

mortalidade. Apesar de assustadoras,

taxas de mortalidade superiores a 10%

em bezerras ocorrem com frequência,

embora não devam. Com a mortalidade,

além da perda econômica direta do

que já foi investido na bezerra, há uma

perda econômica indireta, de impacto

financeiro muito maior, em razão de no

futuro não haver uma novilha disponível

para comercialização, ou uma vaca

em lactação para ocupar uma estrutura

ociosa.

Ao adentrarmos na questão sanitária

das bezerras em aleitamento e analisarmos

as causas de morbidade e mortalidade,

encontramos como grande

vilã a diarreia. Esse rótulo a ela é dado

por ser a doença de maior incidência,

correspondendo a aproximadamente

40% das doenças que ocorrem nessa

fase, representando mais de 30% das

mortes (Urie et al., 2018).

As diarreias são causadas principalmente

por patógenos, havendo uma

grande variedade de espécies de vírus,

bactérias e protozoários. Independentemente

da causa e do mecanismo de

ação, há dois fatos muito importantes.

A membrana celular das células intestinais

será afetada, comprometendo os

mecanismos de controle da entrada e

saída de eletrólitos, glicose, bicarbonato

e água. Outro fato é que, como ferramenta

de tratamento, o fornecimento

de solução eletrolítica oral, também

conhecida como eletrolítico, propicia

grandes benefícios.

Impactos da diarreia

Os impactos diretos da diarreia no

organismo da bezerra são vários, podendo

ser destacados:

- Menor absorção e maior perda de

eletrólitos, principalmente Na+, K+ e

Cl-;

- Maior perda de bicarbonato;

- Ocorrência de acidose metabólica;

- Menor absorção de glicose;

- Maior perda de água;

- Desidratação;

- Inapetência;

- Balanço energético negativo.

A associação das alterações e suas

consequências resultarão em menor

desempenho e aumento de mortalidade.

Eletrolíticos

Os eletrolíticos surgem justamente

como recurso para corrigir os desequilíbrios

causados pela diarreia. Isso

se dá pois são fonte de eletrólitos, que

repõem o déficit gerado pela maior per-

24


da e menor absorção, fornecem agente

alcalinizante para correção da acidose

metabólica, disponibilizam energia

para suprir o déficit energético causado

pela menor absorção de glicose, menor

consumo e menor digestão, além de

potencialmente possibilitarem maior

ingestão de água.

Apesar da recomendação de utilização

ser quase unânime, a grande

questão é o que avaliar na composição

de um eletrolítico. Vários fatores são

considerados, como: concentração de

Na+, K+ e Cl-, teor de energia, razão

entre Na+ e glicose, osmolaridade, diferença

de íons fortes (SID) e agente

alcalinizante. Independentemente do

que está sendo avaliado, em eletrolítico

não existe “quanto mais melhor”, e sim

o ponto chave é o equilíbrio.

Variáveis de Composição

Como exemplos das variáveis de

composição correlacionadas ao equilíbrio,

temos:

- Concentração de Na+ baixa não

atende ao déficit, por outro lado, se

fornecida excessiva quantidade, grande

volume de água pode ser atraído para o

lúmen intestinal, agravando um quadro

de diarreia;

- Outra situação está correlacionada

à energia. Baixa concentração não

supre o déficit energético, porém se a

concentração for muito alta, a osmolaridade

ultrapassa o limite superior, aumentando

o risco de empanzinamento,

além de impossibilitar o fornecimento

de leite;

- Fornecimento de alta quantidade

de Cl- reduz o SID, comprometendo o

controle da acidose metabólica.

Wenge-Dangschat et al. (2020)

avaliaram o uso de eletrolíticos em

bezerras com diarreia. Foi avaliado o

fornecimento apenas de leite, de leite

com eletrolítico preparado em água

ou de eletrolítico preparado em leite.

O eletrolítico preparado em água resultou

em maior volume plasmático;

já o preparado em leite melhorou a osmolaridade

plasmática e foi efetivo em

corrigir a acidose metabólica. Ambas as

formas de administração foram efetivas

em aumentar a concentração sanguínea

de Na+.

Doré et al. (2019) comparam o uso

de eletrolítico oral e fluidoterapia intravenosa

e subcutânea. O eletrolítico

apresentou maior eficiência na correção

da acidose metabólica e no aumento da

concentração de glicose no sangue. Os

resultados encontrados reforçam os benefícios

do uso de eletrolíticos.

Eletrolítico em Leite

Mesmo sendo claro o quanto a diarreia

tem impacto negativo e o quanto

o eletrolítico tem papel fundamental

na recuperação das bezerras, muitas

vezes o eletrolítico não é utilizado por

dificuldades de adequação ao manejo e

à mão de obra da fazenda. Isso ocorre,

principalmente, quando o eletrolítico

requer a utilização exclusiva com diluição

em água, o que obriga que a oferta

do produto seja realizada de duas a seis

horas após o fornecimento do leite. A

diluição em água traz o benefício da

maior hidratação, porém a utilização de

um eletrolítico que também possa ser

fornecido junto ao leite, ou sucedâneo,

tem como vantagem a maior aplicabilidade

e flexibilidade de uso, garantindo

a reposição de eletrólitos, correção da

acidose metabólica e fornecimento de

energia a um maior número de bezerras.

Além do papel preventivo, o uso de

um eletrolítico que seja flexível para

atender às particularidades de manejo

de cada fazenda, possibilita seu emprego

em ampla escala. Também permite

que seja equilibrado e produzido com

adequados ingredientes e, quando associado

à detecção e ação precoce nos

quadros de diarreia, certamente refletirá

em superação dos desafios com

maior sucesso. Como resultado, obteremos

bezerras com maior desempenho,

menor taxa de mortalidade, contribuindo

para o sucesso econômico da

fazenda.

Referências

DORÉ, V. et al. Comparison of oral,

intravenous, and subcutaneous fluid

therapy for resuscitation of calves with

diarrhea. Journal of dairy science, v.

102, n. 12, p. 11337-11348, 2019.

URIE, N. J. et al. Preweaned heifer

management on US dairy operations:

Part V. Factors associated with morbidity

and mortality in preweaned dairy

heifer calves. Journal of dairy science, v.

101, n. 10, p. 9229-9244, 2018.

WENGE-DANGSCHAT, J. et al.

Changes in fluid and acid-base status

of diarrheic calves on different oral

rehydration regimens. Journal of dairy

science, v. 103, n. 11, p. 10446-10458,

2020.

25


REVISTA O GIROLANDO

SANIDADE

Raquel Maria Cury Rodrigues, Zootecnista pela Unesp de

Botucatu e Especialista em Gestão da Produção pela Ufscar

DIVULGAÇÃO RÚMINA

Mastite subclínica e o seu impacto silencioso nas

fazendas leiteiras

Não somente por meio de livros é

possível constatar que a mastite subclínica

(MSC) impacta negativamente em

vários aspectos nas fazendas leiteiras. A

própria prática prova isso, ainda mais

quando o produtor é adepto e utiliza

os dados, índices zootécnicos e outras

ferramentas como aliados na rotina e na

resolução de conflitos.

Vale lembrar que a MSC é prevalente

entre os quadros de mastite nas

fazendas, em 90 a 95% dos casos, e os

agentes causadores podem ser divididos

em contagiosos e ambientais.

Segundo banco de dados da On-

Farm, uma em cada três vacas com

MSC apresentam um patógeno contagioso

e eles têm grande importância

na ocorrência da doença. Por via de

curiosidade, informações extraídas de

1.178 rebanhos de OnFarmers (produtores

que utilizam o sistema OnFarm

de cultura na fazenda) apontam que

os patógenos contagiosos representam

34% dos casos positivos de MSC. É interessante

destacar que esses produtores

estão distribuídos em 20 estados brasileiros

e o número de amostras de MSC

analisadas totalizou 50 mil.

Em um quadro de MSC, as células

somáticas, que são compostas por leucócitos,

migram do sangue ao úbere

para auxiliar no combate da infecção,

situação que permite que a sua contagem

(CCS) seja ponto-chave no monitoramento

do processo inflamatório da

glândula mamária.

Alta CCS e perdas na produção de

leite

Em um experimento realizado nos

Estados Unidos a redução na produção

de leite na lactação total foi de 155kg

para primíparas e de 455kg para multíparas.

Vale pontuar que uma piora na

saúde do úbere é esperada em multíparas

no decorrer da lactação e isso ocorre

pela exposição prévia aos patógenos

causadores de mastite que podem resultar

em danos permanentes na glândula

mamária das vacas. Isso faz com que as

perdas de produção também sejam sentidas

nas lactações seguintes, comprometendo

a produção total dos animais.

Hand e colaboradores (2012) ao estudarem

2.835 rebanhos observaram

que quanto maior era a contagem de

células somáticas dos animais, maior

era a perda de produção de leite. Vacas

primíparas com CCS individual de 200

mil cél/mL deixaram de produzir 1,8%

de leite/dia e vacas multíparas com a

mesma contagem de células somáticas

deixaram de produzir 2,5% de leite/dia.

Já as vacas primíparas e multíparas com

CCS individual de 2 milhões cél/mL

deixaram de produzir 7,6 e 10,9% de

26


leite/dia, respectivamente.

Além da perda na produção de leite,

os prejuízos advêm do risco da evolução

da mastite subclínica para quadros clínicos;

comprometimento permanente

do tecido mamário; penalidades sofridas

no pagamento do leite; descarte prematuro

de vacas; despesas com médico

veterinário e tratamentos, entre outros.

A forma e a frequência de realização

e a organização dos dados provenientes

da CCS e do California Mastitis Test

(CMT) são fundamentais para gerar

informações úteis aos técnicos e proprietários

no intuito de inferir sobre a

real situação da fazenda. Esses dados,

de acordo com o Índice Ideagri de Leite

Brasileiro (IILB), referência sobre qualidade

e eficiência produtiva da pecuária

leiteira nacional, por consequência,

podem auxiliar na correta tomada de

decisão e na resolução dos problemas

eventualmente enfrentados.

Impacto na reprodução das vacas

leiteiras

Como a infecção estimula o sistema

imunológico da vaca, a doença também

acaba acarretando piora no desempenho

reprodutivo e são inúmeros os

estudos que observaram que, em comparação

com vacas não infectadas, a

probabilidade de concepção das fêmeas

foi reduzida quando elas foram diagnosticadas

com MSC, principalmente

quando os casos são crônicos.

Já foi demonstrado, por exemplo,

que a elevação de CCS antes e depois

da inseminação artificial (IA) está associada

à piora no desempenho reprodutivo

e à probabilidade da IA resultar em

prenhez pode ser reduzida em 18% em

vacas com CCS entre 200.000 e 399.000

células/ml. Essa probabilidade de prenhez

é reduzida mais ainda - em quase

26% - quando a CCS supera 399.000

células/ml. Isso comprova que a intensidade

da inflamação está associada à

maior redução da fertilidade.

Os mecanismos pelos quais a mastite

subclínica pode afetar a fertilidade

de vacas leiteiras ainda não estão bem

elucidados. Entre os possíveis fatores

são descritos: falha na ovulação e menor

produção de estradiol, menor manifestação

de estro, maior produção de

prostaglandina (PGF2α), aumento da

temperatura corporal e liberação de

moléculas que podem afetar o óvulo e

o embrião.

Foi possível concluir em uma outra

pesquisa que os agentes causadores de

mastite e a alta CCS exercem efeito deletério

sobre a fertilidade de vacas leiteiras

receptoras de embrião. Diferente de

outros trabalhos, neste, a MSC foi avaliada

também com base no isolamento

dos patógenos por meio da cultura

microbiológica; assim, a presença das

bactérias causadoras de MSC reduziu

a prenhez por transferência de embrião

(P/TE).

Animais com isolamento positivo de

agentes causadores de mastite tiveram

menor prenhez por transferência de

embrião aos 31 e aos 66 dias em relação

ao controle. O presente estudo mostrou

ainda que a CCS alta também tem impacto

negativo sobre a fertilidade, pois

as vacas que apresentaram CCS maior

que 400.000 céls/ml tiveram a P/TE reduzida

em 25,5%.

Cultura microbiológica na fazenda

A cultura microbiológica na fazenda

pode ser uma grande aliada no combate

e controle da mastite, pois ela é capaz

de identificar as fontes de infecção das

bactérias e selecionar as vacas que real-

27


REVISTA O GIROLANDO

DIVULGAÇÃO RÚMINA

Saúde do úbere deve ser prioridade nas fazendas

mente necessitam de tratamento. Um

dos intuitos da cultura é fazer com que

as bactérias responsáveis pela MSC não

passem despercebidas, não sirvam de

veículo e não comprometam os animais

saudáveis.

Para o melhor entendimento do potencial

problema das bactérias causadoras

de mastite subclínica é recomendado

o exame de cultura microbiológica

do leite em animais que apresentarem

CCS > 200 mil células/ml, e de todos

os novos casos de infecções subclínicas

(CCS <200 mil na análise anterior e >

200 mil na análise atual), dos animais

pós-parto (principalmente novilhas) e

de mastite clínica.

De acordo com informações da On-

Farm, quanto aos benefícios da cultura,

vários projetos sobre a avaliação da

tecnologia apontam para uma relação

custo-benefício de acima de 1:5; ou seja,

a cada R$1,00 investido na tecnologia,

o retorno é de R$5,00. Considerando

que o aumento da CCS acarreta grandes

prejuízos ao produtor de leite e à indústria

láctea, a cultura se torna uma ferramenta

indispensável para a produção

leiteira (ainda mais que hoje há opções

para que o pecuarista adote um sistema

de cultura com zero de investimentos

em estrutura ou equipamentos).

Pelos motivos apresentados neste

texto fica evidente a importância da

adoção de estratégias para o monitoramento

e controle da mastite subclínica

no rebanho. Os prejuízos acarretados

pela doença podem ser substanciais e

irreversíveis, fato que deve direcionar

ainda mais os produtores para o caminho

da prevenção.

Referências bibliográficas:

• BARBOSA, L.F.D.S.P. Impacto da

mastite subclínica na reprodução de vacas

leiteiras. 2013. x , 61 f. Dissertação

(mestrado) - Universidade Estadual

Paulista

Júlio de Mesquita Filho, Faculdade

de Medicina Veterinária e Zootecnia de

Botucatu, 2013. Disponível em:

<http://hdl.handle.net/11449/96668>.

• Hand, K. J.; Godkin, A.; Kelton,

D. F. Milk production and somatic cell

counts: A

cow-level analysis. J. Dairy Sci.

95:1358–1362. 2012.

• Hudson, C. D., A. J. Bradley, J. E.

Breen, and M. J. Green. 2012. Associations

between udder health and reproductive

performance in United Kingdom

dairy

cows. Journal of dairy science

95:3683-3697.

• Lavon, Y., G. Leitner, U. Moallem,

E. Klipper, H. Voet, S. Jacoby, G. Glick,

R. Meidan,

and D. Wolfenson. 2011b. Immediate

and carryover effects of Gram-negative

and

Gram-positive toxin-induced mastitis

on follicular function in dairy cows.

Theriogenology 76:942-953.

• Vasconcelos, J.L.M; Santos, R.M.

Impacto da mastite sobre o desempenho

reprodutivo, MilkPoint, 2015. Disponível

em:

<https://www.milkpoint.com.br/

colunas/jose-luiz-moraes-vasconcelos-

-ricarda-s

antos/impacto-da-mastite-sobre-

-o-desempenho-reprodutivo-95616n.

aspx>.

Acesso em: 06/07/2022.

28


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REVISTA O GIROLANDO

PASTAGEM

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Marcell Alonso, Gerente de Pecuária - Mosaic Fertilizantes -

marcell.alonso@mosaicco.com

DIVULGAÇÃO AGROPECUÁRIA CHIARI

Importância do manejo do pastejo nos sistemas de produção leiteira

Controle da altura dos pastos melhora desempenho dos

animais

Dentro dos sistemas de produção

animal a pasto, o baixo consumo de

forragem foi, por muitos anos, indicado

como limitador do desempenho

animal, devido ao seu “baixo valor nutricional”.

Porém, ao longo dos últimos

anos diversos trabalhos demonstraram

que as plantas forrageiras quando bem

manejadas oferecem adequado valor

nutritivo. Esses trabalhos indicam ainda

que o monitoramento da frequência

e da intensidade do pastejo quando

controlados através da altura dos

pastos melhoram o desempenho dos

animais.

Nesse sentido, o manejo do pastejo

tem como principal objetivo identificar

qual é o ponto ótimo entre as necessidades

das plantas forrageiras manterem

sua área foliar e a melhoria e/ou

aumento da produção animal por área.

Para que se possa otimizar a produção

de leite com utilização de pastagens,

é necessário compreender a

fisiologia das plantas forrageiras e suas

características estruturais, tais como:

relação folha:caule, população de perfilhos,

produção e composição morfológica

da massa de forragem. Também

deve-se compreender de que forma

essas características poderão interferir

no consumo de nutrientes pelos animais

em pastejo ao longo do dia e, consequentemente,

influenciar a produção

de leite/animal/dia.

De maneira geral, quando as condições

de temperatura, luz, água, correção

e adubação do solo estão adequadas,

o desenvolvimento das plantas

forrageiras acontece de forma acelerada

e intensa. Nessas condições, temos

um aumento significativo na produção

de folhas verdes, o que permite alto

acúmulo líquido de forragem. Em outras

palavras, o crescimento é maior

que a senescência e morte foliar. Além

disso, é nessa fase de desenvolvimento

da planta que teremos as maiores

concentrações de nutrientes. Com o

passar do tempo, o processo de senescência

inicia-se devido a competição

por luz no interior do dossel forrageiro

e nas porções mais próximas do solo.

Essa competição e baixa incidência de

luz levam a planta ao alongamento de

colmos, com o objetivo de aumentar a

quantidade e qualidade de luz que chega

até à superfície do solo.

Quando esse processo se inicia,

normalmente o produtor percebe que

a massa de forragem por hectare aumenta;

no entanto, como ponto negativo

desse processo temos uma queda

considerável no teor de proteína bruta

e aumento na fração fibrosa da planta,

reduzindo sua digestibilidade. Outro

fator que devemos observar é o efeito

negativo e limitante que os colmos

têm sobre a profundidade do bocado

dos animais em pastejo e, consequentemente,

sobre o volume de forragem

apreendida em cada bocado deferido.

Ou seja, pastagens com alta participação

de colmos nos extratos superiores

reduzem a capacidade do animal explorar

a planta forrageira e aumentar a

massa do bocado. Quando isso acontece,

o animal passa maior tempo em

busca de locais de pastejo que favoreçam

o seu consumo, aumentando o seu

gasto energético nesse processo.

Em contrapartida, quando trabalhamos

com metas de manejo do pastejo

que permitem alta porcentagem

de folhas verdes com baixa proporção

de colmos, os animais aumentam a

profundidade na qual exploram o dossel

forrageiro, reduzem o número de

bocados deferidos, apresentam bocados

mais pesados e reduzem o tempo

30


31


REVISTA O GIROLANDO

Tabela 1: Altura de entrada e saída dos animais em método de pastejo rotativo,

considerando o uso de 95% da interceptação luminosa do dossel forrageiro.

Espécie Forrageira

Altura recomendada para

manejo do pastejo (cm)

Entrada

Saída

Brachiaria brizantha cv. Marandu 25 10 a 15

Brachiaria brizantha cv. Piatã 35 15 a 20

Pennisetum purpureum Schum. Capim elefante cv. Napier 85 35 a 45

Pennisetum purpureum Schum. Capim elefante cv. Cameron 85 a 90 40 a 50

Pennisetum purpureum Schum. Capim elefante cv. Kurumi 75 a 80 35 a 40

Cynodon spp. Tifton – 85 25 10 a 15

Cynodon dactylon (L.) - Coastcross e Florakirk 30 10 a 15

Panicum maximum cv. Mombaça 90 30 a 50

Panicum maximum cv. Tanzânia 70 30 a 50

de busca por ambientes pastoris adequados.

Em outras palavras, quanto frequência da desfolhação.

até agora e também a intensidade e a

A observação e a utilização dessas alturas de manejo das pastagens são

melhor extremamente for a forma importantes que a para forragem assegurar é um A bom frequência desempenho da dos desfolhação animais e nada

oferecida ao animal, maior será o potencial

de consumo e desempenho folhações. Ou seja, o tempo entre o

também garantir que o crescimento e desenvolvimento mais é que o da intervalo pastagem entre não duas seja des-

produtivo prejudicado por ao área. longo do tempo. Para garantir primeiro que a e pastagem o segundo permaneça pastejo com em uma

qualidade O que podemos na área, o manejo observar do pastejo com os leva mesma em consideração área, no as caso características de sistemas da com

diversos trabalhos publicados envolvendo

planta ferramentas conforme discutido de manejo até agora do pas-

e também ro de a vezes intensidade que um e a perfilho frequência é visitado da

método de pastejo ratativo, ou o númetejo,

desfolhação. é que toda planta possui um ponto em um determinado período de tempo,

no caso de sistemas contínuos de

ótimo para colheita, correlacionado a

um direcionador A frequência denominado da desfolhação índice nada mais produção é que animal. o intervalo entre duas

de desfolhações. interceptação Ou luminosa seja, o tempo (IL). entre Esta o primeiro IL e Em o segundo sistemas pastejo de em produção uma mesma leiteira,

tem como premissa 95% de interceptação

área, da no radiação caso de sistemas solar pela com método cobertura de pastejo utilizado ratativo, é ou o o sistema número intermitente, de vezes que ou

o método de manejo do pastejo mais

vegetal formada pelo pasto, sendo esse sistema rotativo, como é popularmente

percentual relacionado a diferentes alturas

das forrageiras. Também é nessa tação de manejo do pastejo desse sis-

conhecido. Por muito tempo, a orien-

condição de interceptação o ponto em tema era que fosse feito com base em

que encontramos o momento ideal dias fixos para a entrada dos animais

para o pastejo dos animais, possibilitando

elevado consumo de folhas ver-

o avanço dos estudos, constatou-se que

no piquete. Ao longo do tempo e com

des, alto valor nutricional e garantindo esse tipo de manejo não explora de forma

eficiente as pastagens ao longo do

a persistência da forrageira no ambiente

pastoril. A tabela abaixo traz a indicação

de altura de entrada e saída de

algumas das cultivares forrageiras mais

utilizadas na pecuária leiteira.

A observação e a utilização dessas

alturas de manejo das pastagens são extremamente

importantes para assegurar

um bom desempenho dos animais

e também garantir que o crescimento e

desenvolvimento da pastagem não seja

prejudicado ao longo do tempo. Para

garantir que a pastagem permaneça

com qualidade na área, o manejo do

pastejo leva em consideração as características

da planta conforme discutido

ano, devido às variações climáticas,

principalmente umidade e temperatura,

podendo ocorrer perdas significativas

em produção e desempenho animal.

Dando início ao uso de critérios

de entrada e saída dos animais nos

piquetes baseados na altura da planta.

A intensidade de desfolhação representa

o quanto essa planta foi desfolhada,

ou seja, é a razão entre a massa

de forragem que foi removida pelos

animais e a massa de forragem original

(massa de forragem disponível no

momento de entrada dos animais no

piquete). Em sistemas intermitentes a

intensidade de desfolhação é definida

pela altura pós pastejo.

Desfolhas mais severas (menor altura

após o pastejo) forçam o animal

a remover maior proporção de folhas

e colmos com menos digestibilidade.

Além disso, a maior remoção da área

foliar por parte dos animais aumenta

o tempo necessário para o rebrote, reduzindo

a frequência de desfolhação,

aumentando a mobilização de reservas

das raízes para repor o seu índice

de área foliar. Por outro lado, desfolhas

mais lenientes permitem que os

animais consumam maior proporção

de folhas jovens e mais nutritivas, potencializando

a produção.

De modo geral, a frequência de

desfolhação irá variar de acordo com a

velocidade de crescimento das plantas

e também em função da intensidade

do pastejo. A adubação das pastagens

é uma alternativa para intensificar ainda

mais a produção animal por área,

uma vez que sob condições adequadas

de umidade e temperatura, aceleram

o ritmo de crescimento e desenvolvimento

foliar e de novos perfilhos,

sendo possível aumentar o número de

animais por área, sem comprometer o

desenvolvimento da planta.

Entrada e saída dos animais dos piquetes deve ser baseada

na altura da planta

DIVULGAÇÃO AGROPECUÁRIA CHIARI

32


33


REVISTA O GIROLANDO

PASTAGEM

Manejo a pasto ganha em produtividade hídrica

Indicadores de eficiência leiteira influenciam na

produtividade hídrica

Se bem manejado, esse sistema supera o semiconfinamento e confinamento em

relação a esse índice

Resultado de pesquisa da Embrapa

Pecuária Sudeste, de São Carlos, mostrou

que sistemas de produção de leite

a pasto com bons índices de eficiência

produtiva e bem manejados, apresentaram

produtividade hídrica superior

a modelos mais intensivos, como semiconfinamento

e confinamento. A

produtividade hídrica é a relação do

produto (leite) pelos litros de água

consumidos para produzi-lo, levando

em consideração consumos diretos e

indiretos.

Segundo o pesquisador Julio Palhares,

que coordenou o estudo, independentemente

do tipo de sistema

utilizado pelo produtor, a produtividade

hídrica é influenciada pelos indicadores

de produção total do leite da

fazenda, a porcentagem de vacas em

lactação e o tipo de alimentação oferecido

aos animais. A pesquisa avaliou

a produtividade hídrica de 67 propriedades

leiteiras no sul do Brasil. Foram

57 fazendas a pasto; sete, semiconfinadas

e três, utilizando o confinamento,

localizadas em uma das principais bacias

leiteiras do Estado do Rio Grande

do Sul, a de Lajeado Tacongava.

As propriedades estão situadas em

quatro municípios: Serafina Corrêa,

União da Serra, Guaporé e Montauri

– que representam 81,7% do total de

fazendas leiteiras da região. Todas as

propriedades em sistemas de produção

semiconfinado e confinado foram

analisadas, e 83,8% daquelas que adotam

sistema a pasto. O trabalho foi publicado

na Revista Internacional Journal

Science of the Total Environment

em parceria com o Leibniz Institute

for Agricultural Engineering and Bio-

34


SESMARIA

35


REVISTA O GIROLANDO

Sistemas a pasto de produção

economy, a Universidade de Caxias do

Sul e a Emater (RS).

No sistema a pasto, a produtividade

hídrica do leite variou de 0,27 a 1,46

kg de leite por metro cúbico de água;

no sistema semiconfinado a variação

foi de 0,59 a 1,1 kg de leite; no confinado,

de 0,89 a 1,09 kg de leite por

metro cúbico de água. “Quanto maior

a produtividade hídrica, melhor o uso

da água dentro da porteira”, explica

Palhares. Das fazendas a pasto analisadas,

20 apresentaram maior produtividade

hídrica do que todas as propriedades

do sistema semiconfinado.

Quando comparado ao confinado, o

modelo baseado em pastagem alcançou

resultados semelhantes - foi observada

maior produtividade hídrica

em 22 fazendas.

“A grande variabilidade da produtividade

hídrica era esperada, pois o

indicador é influenciado por vários

aspectos produtivos, o que reforça a

importância de avaliá-lo em escala

de fazenda. Elevadas produtividades

hídricas podem ser alcançadas, independente

do sistema de produção,

desde que ele seja bem manejado”, explica

o pesquisador.

Sustentabilidade

A água é um dos fatores de produção

mais importantes para a atividade

leiteira. Ela é essencial para a produção

de alimentos aos animais, para o

consumo do gado e para a realização

dos serviços de limpeza. Segundo Palhares,

a gestão adequada do recurso

nos sistemas de produção precisa ser

implementada para garantir a sustentabilidade

da atividade leiteira.

“A avaliação da produtividade hídrica

permite identificar os pontos de

fragilidade no uso da água e, consequentemente,

propor boas práticas do

seu uso. A produtividade hídrica é dependente

do tipo de sistema de produção,

espécies e raça do animal, e o tipo

e a origem dos componentes da dieta

animal. Dessa forma, é fundamental

avaliar a produtividade hídrica em escala

de fazenda para ajudar o produtor

a entender os fluxos de água e otimizar

o uso desse recurso”, conta Palhares.

A adoção de boas práticas com o

objetivo de alcançar uma maior eficiência

no uso da água, além de reduzir

o consumo, melhora a produtividade

hídrica. Para o pesquisador, a maneira

mais rápida de melhorar o valor da

produtividade hídrica se dá pelo correto

manejo nutricional, com impacto

na redução do custo de produção da

atividade leiteira. De acordo com ele,

um sistema menos intenso com alta

produtividade de água pode significar

menor custo de produção, menos

dependência de insumos externos,

menor necessidade absoluta de água

e menor geração de resíduos por área.

“A intensificação do sistema leiteiro

é uma tendência mundial, principalmente

por razões econômicas,

como proporcionar ganhos de escala.

No entanto, sabe-se que a intensificação

tem passivos ambientais e sociais.

Se pudermos ter elevada produtividade

hídrica em sistemas menos intensificados,

é um ponto que contribui para

viabilidade ambiental do sistema de

produção, bem como agrega valor ao

produto”, explica.

Ao analisar a intensificação dos

sistemas de produção, como fazendas

confinadas, sob a perspectiva da produtividade

leiteira, estes sistemas são

mais vantajosos. Mas essa perspectiva

não pode mais ser a única na avaliação

de produtos de origem animal. A

dimensão ambiental também deve ser

considerada em seus múltiplos aspectos,

como água, emissões de gases do

efeito estufa, uso eficiente de nutrientes

e preservação da biodiversidade

destaca.

36


37


REVISTA O GIROLANDO

GESTÃO

Deisiane Soares Murta Nobre, Médica Veterinária, especializada em Clínica de

Bovinos pela USP e Mestre em Clínica Veterinária pela USP; Analista de Dados do SobControle

Fazenda. Carlos Augusto de Assis Lima, MSC pelo Instituto Militar de Engenharia,

Engenheiro de Sistemas e Computação pela UERJ, Criador de Girolando

KEVIN KU

A importância da avaliação fenotípica para a

evolução

Análise de dados ajuda na tomada de decisão

O melhoramento genético do rebanho

é uma importante estratégia para a rentabilidade

da atividade leiteira. Está relacionado

à eficiência da propriedade, por

seguir o caminho da produtividade e longevidade

da vida produtiva dos animais. O

gado Girolando, por ser uma raça híbrida,

precisa ser submetido a cruzamentos cuidadosamente

estudados para que a rusticidade

da raça não se sobreponha a sua

capacidade produtiva. Assim, os cruzamentos

precisam ser analisados para saber

quais matrizes serão inseminadas com o

sêmen de determinado touro de forma a

elevar o potencial produtivo do rebanho e

da raça.

No momento da escolha do touro,

muito destaque é dado para o potencial

de aumento da produção de leite. Porém,

a capacidade de volume produzido depende

não apenas do potencial de produção

do animal, mas de diversas características

genéticas da vaca, que vão desde a conformação

de membros até o comprimento

dos tetos, entre outras características. Tais

características são transmitidas à prole,

e cada uma apresenta diferentes graus de

herdabilidade, isto é, possui determinado

percentual de transmissão às filhas.

Os fatores genéticos dos animais podem

ser aparentes ou não, podem ser visíveis

ou mensuráveis facilmente; ou necessitam

de exames específicos para que seja

possível conhecer as características que

esses animais têm capacidade de passar

para a prole.

Os fatores genéticos aparentes fazem

parte do chamado fenótipo, e a partir deles

é feita a avaliação fenotípica e linear.

Os fatores genéticos não aparentes são o

genótipo, e são observados por exames

moleculares, ou seja, a partir do DNA dos

animais.

As características genotípicas e fenotípicas,

associadas à genealogia do animal,

permitem a realização da chamada avaliação

genômica, uma ferramenta cada

vez mais utilizada que apresenta diversas

vantagens para diminuir o intervalo entre

gerações.

A avaliação linear é um método de

quantificação das características de conformação

dos animais, que são características

fenotípicas das vacas. Os criadores

da raça Girolando seguem as diretrizes

do Sistema de Avaliação Linear Girolando

(Salg).

As características mensuradas

estão ligadas:

- à conformação e capacidade corporal;

- à força leiteira;

- ao sistema locomotor;

- à garupa e

- ao sistema mamário.

As características analisadas na avaliação

linear são consideradas preditoras de

boas performances dos animais em sua

aptidão, isto é, conseguem prever, com

certo grau de acurácia, a performance produtiva

dos animais.

Mais que isso, a predição do valor genético

é também uma forma de obter características

altamente desejáveis da prole,

por meio do cruzamento dos animais de

forma a alcançar fenótipos de interesse

para a propriedade e para a raça.

A avaliação linear, juntamente com o

controle leiteiro, é utilizada para análise no

teste de progênie (prova do touro). O touro

deverá ser avaliado quanto à capacidade

prevista de transmissão para a produção

de leite (PTAL), que deve ser sempre positivo.

Além disso, a escolha do touro mais

benéfico para o cruzamento dependerá,

também, da confiabilidade dos dados.

Para isso, é necessário que sejam coletados

38


Assim, a seleção genômica aumenta a confiabilidade para a predição de

valores genéticos ao incluir os dados de marcadores moleculares.

Informações

genéticas

Informações

fenotípicas

Genealogia

do animal

AVALIAÇÃO

GENÔMICA

os dados de pelo menos três filhas com

medidas de Salg suficientes para a realização

dos cálculos. Esses dados permitirão a

elaboração do gráfico do touro, que auxiliará

na escolha desse para o melhoramento

genético do rebanho.

Isso significa que o comportamento

dos dados já existentes permite a predição

dos valores de futuras filhas de um determinado

touro com uma determinada

vaca. Esses cálculos de predição, utilizados

posteriormente para tomada de decisão,

são o fundamento da ciência de dados

aplicada dos à pecuária dados leiteira. coletados.

A avaliação genômica, por sua vez,

considera a seleção dos animais de acordo

com valores genéticos genômicos. Isso depende

de três tipos de informações:

- o pedigree do animal (história reprodutiva,

fornecida pela Associação);

- o fenótipo do animal (controle leiteiro

e classificação linear);

- o genótipo do animal (obtidos por

meio de marcadores moleculares).

As informações de genótipo permitem,

também, que animais jovens possam

ter os valores preditos de forma mais acurada,

diminuindo o intervalo entre gerações,

pois permitem obter os valores antes

mesmo de o animal expressar o fenótipo.

Assim, a seleção genômica aumenta a

confiabilidade para a predição de valores

genéticos ao incluir os dados de marcadores

moleculares.

A avaliação genômica, portanto, se baseia

em dados coletados, juntamente com

informações genéticas dos animais e cálculos

preditivos. Portanto, a acurácia/confiabilidade

da avaliação genômica depende

da confiabilidade dos dados coletados.

Os dados fenotípicos, genotípicos e de

pedigree de cada animal podem ser inseridos

no sistema de gerenciamento de dados

da fazenda para o controle intra-propriedade.

Além disso, os dados podem ser

integrados, automaticamente, com a Associação.

A automatização desse processo

não apenas facilita o dia a dia do produtor,

mas também viabiliza a criação de um painel

genômico da raça no País.

A integração dessas informações pode

ser utilizada pela Associação para embasar

estratégias para o melhoramento da raça

no País, auxiliando os associados. Quanto

aos próprios associados, a informação facilmente

disponível permite a escolha do

touro que melhor se adeque as suas necessidades

de melhoramento na fazenda.

A avaliação genômica é feita a partir

de dados genéticos e predição matemática.

Para que a avaliação genômica seja viável,

é necessário garantir a veracidade das informações

fornecidas na genealogia e nas

avaliações fenotípica e linear. Por isso, é tão

importante a realização sistemática de coleta

de dados. Quando o registro de informações

é realizado de forma organizada e

regular, pode-se garantir o cálculo preditivo

em seu maior potencial de acurácia.

O criador precisa manter um controle

zootécnico para consulta do serviço de

controle leiteiro. Enfatiza-se, mais uma

vez, que esse arquivo pode estar registrado

em um sistema digital com informação

individual dos animais, o qual pode ser

integrado ao sistema digital da própria Associação.

A avaliação genômica é baseada em

algoritmos, isto é, equações que incluem

os fatores e o peso de cada um deles para

cada critério avaliado do touro ou da vaca.

Como já mencionado, esses cálculos dependem

do pedigree, fenótipo e genótipo

do animal. Porém, pode haver a necessidade

de auditoria desse algoritmo, isto é,

saber se os cálculos estão sendo realizados

de forma justa para todos os lados envolvidos.

Por isso, é importante o registro do

banco de dados, que pode ser realizado

em um sistema digital de gerenciamento;

bem como a forma de coleta desses dados.

A Associação da raça em questão é um

importante ator nesse cenário, visto que a

coleta de dados fenotípicos é monitorada

por ela. Em um sistema de gerenciamento

integrado ao sistema da associação, esse

processo é facilitado.

Um outro ponto a ser auditado é a

forma de testar o código do algoritmo,

A avaliação genômica, portanto, se baseia em dados coletados, juntamente

com informações genéticas dos animais e cálculos preditivos. Portanto, a

acurácia/confiabilidade da avaliação genômica ou depende seja, saber como da foi confiabilidade

testada a acurácia

desse código para a obtenção de resultados

não enviesados. Esse processo é mais facilmente

garantido quando a equipe envolvida

no desenvolvimento do código possui

experiência consolidada tanto na ciência

Os dados fenotípicos, genotípicos e de pedigree de cada animal podem ser

de dados quanto na produção leiteira. Isso

garante que os códigos levarão em conta

os fatores realmente relevantes para o cenário

desejado pelo produtor.

A veracidade da informação do algoritmo

pode permitir ao produtor informar

o controle leiteiro de seus animais registrados.

No sistema digital de gerenciamento

de dados da fazenda, o produtor insere a

produção de leite individual, e na integração

dos dados com a Associação, o controle

leiteiro é realizado de forma automática.

Conclui-se, portanto, que a utilização

da avaliação genômica é a estratégia do futuro

iminente para o melhoramento genético

da raça Girolando, mas a garantia de

seus resultados depende da qualidade de

inseridos no sistema de gerenciamento de dados da fazenda para o controle

intra-propriedade. Além disso, os dados podem ser integrados,

automaticamente, com a Associação. A automatização desse processo não

apenas facilita o dia a dia do produtor, mas também viabiliza a criação de um

painel genômico da raça no País.

A integração dessas informações pode ser utilizada pela Associação para

coleta dos dados, bem como da precisão

dos cálculos realizados pelo algoritmo.

embasar estratégias para o melhoramento da raça no País, auxiliando os

associados. Quanto aos próprios associados, a informação facilmente

disponível permite a escolha do touro que melhor se adeque as suas

necessidades de melhoramento na fazenda.

A avaliação genômica é feita a partir de dados genéticos e predição

matemática. Para que a avaliação genômica seja viável, é necessário garantir

Coleta de dados na fazenda auxilia na gestão

a veracidade das informações fornecidas na genealogia e nas avaliações

fenotípica e linear. Por isso, é tão importante a realização sistemática de

DIVULGAÇÃO

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40


41


REVISTA O GIROLANDO

GENÉTICA

Sabrina Kluska, Pamela Itajara Otto, Darlene Daltro, Renata

Negri, Delvan Alves, Jaime Cobucci e Marcos Vinicius

Gualberto Barbosa da Silva. Equipe Embrapa Gado

de Leite

Sistema de Avaliação Linear Girolando

Como utilizar os resultados na prática?

42


O sistema de avaliação linear

do Girolando (SALG) engloba 22

características distribuídas nos

grupos de conformação e capacidade

corporal, força leiteira, sistema

locomotor, garupa e sistema

mamário. Em 2022, os resultados

para as características dos sistemas

locomotor e mamário, totalizando

11 características, foram

publicadas no Sumário de Touros

da raça Girolando. No ano que

vem, as demais características

devem ser publicadas.

Problemas relacionados aos

sistemas locomotor e mamário

levam ao descarte precoce dos

animais, reduzindo assim sua

vida produtiva. Neste sentido, a

seleção para estas características

tem alto impacto econômico

na atividade leiteira. A avaliação

linear auxilia o produtor na seleção

de animais para compor o rebanho,

pois entendendo os pontos

fracos, é possível identificar

as características que devem ser

trabalhadas para se obter animais

mais produtivos, funcionais, saudáveis,

longevos e, sobretudo,

apropriados ao sistema de produção.

Os resultados do SALG são

publicados no Sumário de Touros

na forma de STAs. A STA é

a habilidade prevista de transmissão

padronizada, ou seja, a

PTA padronizada. A utilização

de STAs permite comparar características

que são mensuradas

em diferentes unidades, uma vez

que na padronização a unidade

das características passa a ser em

desvios-padrão.

É importante entender como

a seleção para o SALG funciona

na prática, ou seja, lá na fazenda.

Para melhor elucidar, vamos

abordar um exemplo. Na fazenda

“X” um grande de número de

animais apresenta problemas relacionados

a largura de úbere, ou

seja, animais com úberes estreitos.

É importante salientar que o

acasalamento destes animais com

um touro com STA extremamente

positiva para largura de úbere

não necessariamente resultará

em uma progênie com largura de

úbere próximo do desejado. Vamos

entender porque isto acontece.

O melhoramento é populacional,

portanto, o que altera é a média

das progênies daquele touro.

No caso abordado acima, assim

como em outros casos em que se

deseja corrigir problemas relacionados

as características do SALG,

o ideal é que se agrupe os indivíduos

de acordo com o defeito

e, ou, problema a ser melhorado,

e acasale este grupo com um determinado

touro ou um grupo de

touros com STA interessante para

a situação. Não é correto afirmar

que o acasalamento resultante de

uma única vaca com úbere estrei-

43


REVISTA O GIROLANDO

LUCAS GUERRERO

to, com um touro com STA muito

positiva para largura de úbere,

irá produzir uma a progênie

com úberes mais largos do que a

mãe. Entretanto, quando um grupo

de vacas com úberes estreitos

for acasalado com um touro que

tenha STA alta e positiva para

largura de úbere, a média da progênie

destes acasalamentos deve

ser melhor do que a das mães.

Sistema mamário deve ser alvo da seleção

Evidenciando a necessidade da

utilização de grupos de touros

que possuam STA’s próximas ao

ideal, aumentando a frequência

dos genes responsáveis pela característica

eleita como ideal na

população.

Entendendo como a ferramenta

funciona é possível se obter

ganhos por meio da seleção para

as características alvo de melhoramento

e assim produzir animais

mais eficientes, com menor

número de problemas e que permanecerão

por mais tempo no

rebanho, reduzindo o custo com

reposição de fêmeas.

Além das STAs para as características

lineares de sistema

locomotor e mamário os resultados

da PTA leite, acurácia da

PTA leite, o número de filhas

com medidas para o linear, e dois

compostos: composto de sistema

mamário Girolando (CSMG) e o

composto de sistema locomotor

Girolando (CSLG) também estão

presentes no sumário. É importante

ressaltar que a seleção

dos reprodutores ainda deve ser

feita pela PTA leite e a acurácia

da PTA leite deve ser entendida

como uma medida da intensidade

de uso do reprodutor. Animais

mais jovens tendem a ter PTAs

superiores e acurácias menores,

entretanto, apesar da acurácia

ser menor, estes animais devem

ser utilizados como reprodutores,

mas em menor intensidade,

pois acurácia baixa não implica

em animais ruins e sim animais

com pouca informação para gerar

PTAs com acurácia superior.

As características de linear devem

ser entendidas como características

auxiliares à produção

de leite. Os compostos de sistemas

mamário e locomotor englobam

as características de sistema

mamário e locomotor, respectivamente.

Cada uma das características

tem um peso dentro do

composto, dependendo da sua

importância para a raça. Maiores

informações a respeito dos

pesos de cada um dos compostos

podem ser consultadas no sumário

da raça Girolando publicado

neste ano. Na prática preconiza-

-se selecionar animais com valores

moderadamente positivos

para o CSLG e para o CSMG. O

uso dos compostos permite selecionar

animais para mais de uma

característica simultaneamente,

que seja, todas as características

que o compõe.

44


45


REVISTA O GIROLANDO

GENÉTICA

Renata Negri, Darlene Daltro, Sabrina Kluska, Pamela Itajara

Otto, Edivaldo Ferreira Junior, João Cláudio do Carmo Panetto

e Marcos Vinicius Gualberto Barbosa da Silva. Equipe Embrapa

Gado de Leite/Girolando

Tolerância ao estresse térmico e eficiência tropical

A pecuária leiteira brasileira pode

ser estratificada em diferentes níveis

organizacionais e tecnológicos, que

vão desde as pequenas propriedades

rurais até grandes cooperativas,

gerando empregos e produzindo

alimentos com qualidade. Genuinamente

brasileira, a raça Girolando

está presente na maioria das propriedades

rurais e tem papel fundamental

na cadeia dos lácteos no País,

sendo responsável por 80% do leite

produzido.

No entanto, para a viabilidade

e sustentabilidade da propriedade

rural, é essencial que os animais recebam

boa alimentação (em quantidade

e em qualidade), tenham boa

sanidade e sejam mantidos dentro

da zona de termoneutralidade para

que, assim, possam expressar o máximo

do seu potencial genético para a

produção de leite. A zona de termoneutralidade

consiste na faixa ideal

de temperatura e de umidade para o

conforto térmico do animal.

Uma característica marcante dos

sistemas de produção de leite nacional

é o predomínio do regime alimentar

a pasto. Para contornar os desafios

climáticos impostos nesse tipo

de sistema em regiões tropicais, duas

estratégias podem ser utilizadas: as

modificações estruturais do ambiente

de produção e a identificação de

animais tolerantes ao estresse térmico

e seu uso em sistemas de acasalamento.

As modificações estruturais

do ambiente, apesar de promoverem

condições de conforto térmico no local

onde são instaladas, geralmente

requerem alto investimento, constante

manutenção e não são herdáveis

geneticamente pelos animais. Por sua

vez, a seleção genética para termotolerância

provavelmente é a estratégia

mais viável e efetiva, pois representa

uma ferramenta que pode melhorar

de forma permanente a tolerância do

estresse térmico dos animais.

Uma importante fonte de informação

para avaliar o conforto ou o

desconforto (estresse térmico) do

animal em relação ao ambiente e/ou

ao clima, é o índice de temperatura

e umidade (ITU), o qual combina

em uma única variável os valores de

temperatura e de umidade relativa do

ar. O ITU desempenha papel expressivo

na caracterização de diferentes

ambientes produtivos e serve como

um descritor ambiental para avaliar

o desempenho animal nas diferentes

combinações de temperatura e umidade.

No Sumário de Touros Girolando

2022 foi apresentada a avaliação dos

touros para Tolerância ao Estresse

Térmico. Para a realização desse trabalho

foram considerados dados coletados

pelo Controle Leiteiro Oficial

do Girolando entre os anos de 2000

46


relativa do ar. Na mesma imagem, consta para comparação, o limite de

conforto térmico identificado na raça Holandesa (ITU 74), utilizando a

mesma metodologia (NEGRI, 2021).

FIGURA 1 – Limites de conforto térmico para diferentes composições raciais

a 2020. Cada controle leiteiro foi umidade aferidas no dia do controle

considerado Ainda como na Figura uma 1 observação é possível observar são as a superioridade principais causas dos animais de variação

e a Girolando ele foi associada para tolerância a informação ao estresse do térmico. da produção A diferença de leite. pode A chegar partir a dessa

ITU no dia do controle, constituindo constatação científica, também foi

uma 10ºC base quando de dados comparamos mais os limites de 650 extremos possível de identificar tolerância ao o calor. limiar Essa de conforto

quando térmico se trata para de sistemas composições de

mil diferença controles é leiteiros, extremamente de mais significativa de 69

mil vacas e com aproximadamente 21 raciais e quantificar as perdas de produção

toleram de temperaturas leite. mais altas e

mil produção animais a genotipados.

pasto, pois animais Girolando

umidades A informação mais baixas, do ITU quando foi comparados obtida à O raça limite Holandesa. A conforto composição térmico

por meio de estações meteorológicas

racial públicas 5/8H próximas merece destaque aos rebanhos. especial, pois ITU lidera, 77, juntamente para animais com 3/4H animais o limite

identificado para animais 7/8H foi

Análises 1/2H e 1/4H, preliminares a tolerância identificaram ao estresse térmico. foi ITU 78, enquanto que para animais

1/4H, 1/2H e 5/8H o limite que as informações de temperatura e

de

conforto térmico foi ITU 80.

A Figura 1 ilustra os limites de

conforto térmico de cada uma das

composições raciais e traduz os valores

de ITU para temperatura e

umidade relativa do ar. Na mesma

imagem, consta para comparação, o

limite de conforto térmico identificado

na raça Holandesa (ITU 74), utilizando

a mesma metodologia (NE-

GRI, 2021).

Ainda na Figura 1 é possível observar

a superioridade dos animais

Girolando para tolerância ao estresse

térmico. A diferença pode chegar a

10ºC quando comparamos os limites

extremos de tolerância ao calor. Essa

diferença é extremamente significativa

quando se trata de sistemas de

produção a pasto, pois animais Girolando

toleram temperaturas mais

altas e umidades mais baixas, quando

comparados à raça Holandesa.

A composição racial 5/8H merece

destaque especial, pois lidera, juntamente

com animais 1/2H e 1/4H, a

47


REVISTA O GIROLANDO

Conforto térmico influencia na produtividade do rebanho

tolerância ao estresse térmico.

Quando comparamos as curvas

médias de produção de leite de animais

Girolando em conforto, em

relação aos animais em estresse térmico,

foi possível quantificar perdas

médias de produção de leite superiores

a 1.000kg de leite, considerando

uma lactação de 305 dias. Em casos

extremos, as perdas produtivas superaram

os 2.000kg de leite por lactação.

Valores muito expressivos e

que demonstram que uma vaca, em

uma única lactação, pode deixar de

produzir até 34%. Animais mais produtivos

tendem a sofrer mais com as

variações de temperatura e umidade.

Por meio da avaliação genômica

foi possível obter a GPTA (PTA genômica)

dos touros para cada combinação

de ITU. Após analisar a trajetória

das GPTAs de cada touro, os animais

foram classificados conforme categorais

de sensibilidade ambiental: sensível

+ (touros cujas filhas reduzem a

produção em ambientes mais quentes

ou mais úmidos); sensível – (touros

cujas filhas aumentam a produção

em ambientes mais quentes ou mais

úmidos); robusto (touros cujas filhas

mantêm produções estáveis, independente

da combinação de temperatura

e umidade).

Na prática, essa informação servirá

como ferramenta auxiliar na seleção

dos animais e possibilitará o uso

de um genótipo mais adequado para

as diferentes regiões do Brasil. Isso

significa que a escolha dos touros

deve continuar sendo feita com base

na produção de leite e demais características

de interesse, utilizando a

informação de tolerância ao estresse

térmico como critério suplementar

para a tomada de decisão de seleção.

Em propriedades cujo estresse

térmico não é um problema, os produtores

podem utilizar o sêmen de

qualquer touro que consta no sumário

(robusto, sensível + ou sensível –).

Em situações onde o estresse térmico

é decorrente das altas temperaturas

e/ou umidade, é recomendado o uso

de touros classificados como robusto

e sensível -. Nos sistemas de produção

em que as baixas temperaturas e/

ou umidade são prejudiciais, deve ser

priorizado o uso de animais robusto

e sensível +. Em locais cuja oscilação

de temperatura e/ou umidade alcança

os extremos ao longo do ano, é

aconselhado o uso de animais classificados

como robusto.

Outro lançamento apresentado

no Sumário de Touros Girolando

2022 foi o Índice de Eficiência Tropical

do Girolando (IETG), o qual

combina as STAs de cada touro para

tolerância ao estresse térmico e longevidade.

Esse índice permite avaliar

e classificar os animais de acordo

com sua eficiência produtiva em clima

tropical, identificando os animais

mais termotolerantes, produtivos e

longevos.

Maiores valores do IETG indicam

os melhores animais para eficiência

na produção de leite em clima tropical.

Desse modo, este índice permite

ao produtor identificar animais mais

(ou menos) produtivos sob condições

de estresse térmico, contribuindo

para a seleção ou descarte dos

mesmos, gerando impactos positivos

e diretos na lucratividade da atividade

leiteira.

Os resultados obtidos reafirmam

que o estresse térmico é um problema

real e pode ser considerado um

dos principais vetores de grandes

prejuízos na cadeia do leite. No entanto,

a raça Girolando mostra grande

potencial para seleção de animais

tolerantes ao estresse térmico e eficientes

em produção de leite. Todas

essas pesquisas constituem um conjunto

de recursos que permitirão

desvendar cada vez mais o potencial

e a versatilidade do Girolando, fornecendo

argumentos comprovados

cientificamente para fomentar o uso

de touros Girolando em todas as regiões

do País e no exterior.

Referência

NEGRI, R. Inclusão de variáveis

bioclimatológicas na avaliação genética

de bovinos leiteiros: Abordagem

no estresse térmico na seleção animal.

Tese (Doutorado) - Universidade

Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade

de Agronomia, Programa de

Pós-Graduação em Zootecnia, Porto

Alegre, 166 f., 2021.

48


G E N É T I C A A D I T I V A

PRESSÃO DE

SELEÇÃO QUE GERA

UMA DAS MELHORES

GENÉTICAS DO PAÍS

5º LUGAR

Categoria Maior Média

de PTA e GPTA para

Produção de Leite

201-400 animais

GenéticaAditiva

www.geneticaaditiva.com.br

49


REVISTA O GIROLANDO

GENÉTICA

Darlene Daltro, Renata Negri, Sabrina Kluska, Pamela Otto,

Edivaldo Ferreira Junior, Jaime Araujo Cobuci, João Cláudio

Panetto e Marcos Vinicius Gualberto Barbosa da Silva.

Equipe Embrapa Gado de Leite/Girolando

Curva de lactação em vacas Girolando

Uma das principais ferramentas

para predizer o desempenho

produtivo de vacas leiteiras é a

curva de lactação, a qual pode ser

definida pela representação gráfica

da produção de leite de uma

vaca ao longo da lactação. O conhecimento

da curva de lactação

de cada animal pode ser útil para

estimar a produção de leite em

qualquer período da lactação. Isso

pode se tornar de grande impor-

tância, dado que o comportamento

da curva média de lactação de vacas

de um rebanho nos auxilia na

seleção dos animais mais produtivos

e no descarte dos animais de

baixa produtividade. Além disso,

podemos utilizar o conhecimento

do formato da curva de lactação

para auxiliar na adequação de técnicas

de alimentação e manejo do

rebanho.

No geral, a curva de lactação

50


ÁDAMO

O pico de produção nada mais é do que a altura da curva de lactação

(Figura 1), ou seja, é o volume de leite produzido nos dias de maior produção

para uma dada lactação. É um dos principais fatores que determinam a

produção total de leite, a duração e o declínio da lactação das vacas. Nas

raças europeias, normalmente este pico de produção ocorre entre 45 e 60 dias

após o parto. Já nas raças zebuínas ou sintéticas, esse pico de produção ocorre

típica de vacas leiteiras apresenta próximo pico de produção 30 dias após ocorre o entre parto. 45 Todavia, pode ser nossos visualizado estudos na com representação

gráfica abaixo (Figura 1).

a raça

inicialmente uma fase ascendente, e 60 dias após o parto. Já nas raças

ou seja, período da lactação em Girolando, zebuínas demostraram ou sintéticas, que esse o pico ocorreu Esse comportamento entre 50 e 55 dias de curva após o

que as produções diárias de leite de produção ocorre próximo de 30 de lactação observado na raça Girolando

demonstram maior proxi-

estão aumentando. Em seguida, parto, como pode ser visualizado na representação gráfica abaixo (Figura

dias após o parto. Todavia, nossos

cerca de 30 a 60 dias após o início

1). estudos com a raça Girolando, demostraram

que o pico ocorreu en-

lactação dos animais de raças eumidade

com o formato típico da

da lactação, a produção alcança

pontos máximos, chamado pico e, tre 50 e 55 dias após o parto, como ropeias.

então, ocorre uma longa fase descendente,

que é determinada de 24 Pico de Lactação

persistência na lactação. Assim a

curva de lactação pode ser dividida

22

em três fases: produção inicial,

taxa de acréscimo da produção até

o pico e uma fase de declínio continuada

até o fim da lactação.

O pico de produção nada mais

é do que a altura da curva de lactação

(Figura 1), ou seja, é o volume

de leite produzido nos dias

20

18

16

14

de maior produção para uma dada 12

lactação. É um dos principais fatores

que determinam a produção

5 55 105 155 205

total de leite, a duração e o declínio

da lactação das vacas. Nas ra-

Dias em lactação

255 305

ças europeias, normalmente este Figura 1 – Curva de lactação de animais da raça Girolando.

Produção de leite (kg)

Esse comportamento de curva de lactação observado na raça

Girolando demonstram maior proximidade com o formato típico da lactação

51


Para que a raça se torne cada

vez mais competitiva no mercado

é essencial que ocorra a seleção de

animais com maior persistência na

lactação, o qual é considerado o

componente de maior importância

da curva de lactação. Ressalta-se

que a curva de lactação apresenta

variações entre raças, composições

raciais e entre os animais individualmente

comparados. Essas

variações na curva dentro de diferentes

composições raciais, por

exemplo, podem ser visualizadas

na Figura 2, onde são apresentadas

as curvas de lactação de duas

composições raciais para a formação

da raça Girolando (5/8H bimestiço).

É importante ressaltar ainda

que a seleção para persistência na

lactação modificará a curva de lactação

para que ela atinja cada vez

mais o padrão ideal de formato,

tornando os animais cada vez mais

produtivos e eficientes (capazes de

gerar maior retorno econômico).

Como a persistência na

lactação é a capacidade da vaca em

manter sua produção de leite após

atingir sua produção máxima (ou

o pico de lactação), ao obtermos

vacas de mesmo nível de produção

de leite que apresentarem curva

com menor inclinação no período

de lactação, serão consideradas

possuidoras de maior persistência,

pois terão uma distribuição mais

equilibrada da produção de leite

ao longo da lactação.

A persistência é considerada o

componente mais importante da

curva de lactação, pois o custo

da produção de leite depende em

grande parte dessa medida. Portanto,

vacas com maior persistência

na lactação apresentam várias

vantagens, principalmente em relação

aos aspectos econômicos,

dado que maior retorno é obtido

pela produção adicional de leite

na lactação. Também há redução

dos custos com alimentação, pois

elas têm necessidade energética

mais constante ao longo de toda a

lactação, permitindo a utilização

de alimentos mais baratos. Outras

vantagens da seleção para maior

persistência na lactação é que elas

estão sujeitas ao menor estresse

fisiológico, devido à ausência de

produções elevadas no pico de

lactação, o que minimiza a incidência

de problemas reprodutivos

e de doenças de origem metabólica.

Vale ressaltar também que curvas

de lactação com maiores persistências

podem influenciar, de respectivos pesos (ou ponderadores):

forma positiva, a longevidade dos

animais e adiar o período médio Com o IPPL é possível classificar

os animais de acordo com

para o descarte voluntário.

Devido a importância da persistência

na lactação para ativida-

balanço da persistência na lacta-

sua habilidade para transmitir um

de leiteira e objetivando aumentar

ção e da produção de leite em até

a produtividade do rebanho Girolando,

trazendo maior retorno

305 dias, possibilitando alterar

o desempenho médio da população.

De outra maneira, podemos

econômico para os criadores inserimos

essa característica no Sumário

de Touros da raça Girolando, concluir que o uso deste índice

publicado em julho de 2022. pelos criadores tornará possível

A característica persistência na selecionar touros que transmitam

lactação foi incluída em um índice às suas filhas incremento de produção

total e acréscimo de pro-

chamado de Índice de Produção e

Persistência composições na raciais Lactação e entre os (IPPL), animais individualmente dução nos estágios comparados. posteriores Essas ao

o qual possibilita o uso de touros pico de lactação, além de uma boa

variações na curva dentro de diferentes composições raciais, por exemplo,

cujas filhas tenham maior nível de produção de leite ao decorrer de

persistência podem ser visualizadas e de produção na Figura de leite 2, onde múltiplas são apresentadas lactações, as curvas em razão de da

simultaneamente.

lactação de duas composições

No IPPL, as

raciais

características

persistência na lacta-

de lactação das vacas.

para modificação a formação do da raça formato Girolando da curva

(5/8H bimestiço).

Figura 2 – Curva de lactação de duas composições raciais que

compõem a raça Girolando. A) Vacas 3/4 HOL + 1/4 GIR; B) Vacas 3/8

HOL + 5/8 GIR.

ção e a produção de leite em até

305 dias foram calculadas como

habilidade prevista de transmissão

padronizada (STA), para que nenhuma

dessas características não

apresentasse maior influência no

valor do índice em razão da sua

unidade.

Abaixo, pode ser encontrado

um exemplo do IPPL, com seus

Abaixo, pode ser encontrado um exemplo do IPPL, com

respectivos pesos (ou ponderadores):

IIIIIIII = (SSSSSS PPPP ∗ (00. 6666) + SSSSSS LL305 ∗ (00. 4444))

Com o IPPL é possível classificar os animais de acordo com

habilidade para transmitir um balanço da persistência na lactação

produção de leite em até 305 dias, possibilitando alterar o desempenho m

da população. De outra maneira, podemos concluir que o uso deste ín

pelos criadores tornará possível selecionar touros que transmitam às

filhas incremento de produção total e acréscimo de produção nos está

posteriores ao pico de lactação, além de uma boa produção de leit

decorrer de múltiplas lactações, em razão da modificação do format

curva de lactação das vacas.

52

É importante ressaltar ainda que a seleção para persistência na lactação

modificará a curva de lactação para que ela atinja cada vez mais o padrão


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54


55


REVISTA O GIROLANDO

MATÉRIA DE CAPA

Larissa Vieira

MARCELO CORDEIRO

Sucesso total

Cerca de 1300 animais participaram

da Megaleite

Com faturamento de R$200 milhões, a Megaleite 2022 confirmou ser a maior

exposição de pecuária leiteira da América Latina

A espera valeu a pena. Após dois

anos sem ocorrer, por conta da pandemia,

a Megaleite (Exposição Brasileira

do Agronegócio do Leite) reuniu

criadores de oito países no Parque da

Gameleira, transformando Belo Horizonte/MG,

entre os dias 15 e 18 de

junho, na capital nacional do leite.

A 17ª edição do evento foi sucesso

de negócios, público e tecnologias

apresentadas, além de confirmar que

as raças leiteiras seguem em constante

evolução genética.

A abertura oficial contou com

a presença de diversas autoridades,

lideranças rurais e pecuaristas.

Entre os presentes estavam o vice-

-governador de Minas Gerais, Paulo

Brant, o prefeito de Belo Horizonte,

Fuad Noman, o vice-presidente da

Assembleia Legislativa de Minas Gerais,

deputado estadual Antônio Carlos

Arantes, e o presidente da Faemg

(Federação da Agricultura e Pecuária

do Estado de Minas Gerais), Antônio

Pitangui de Salvo.

Durante a solenidade de inauguração,

o vice-governador Paulo Brant

destacou a importância econômica

da Megaleite para a cidade, tanto na

geração de empregos quanto no turismo,

além do impacto tecnológico.

“O leite é um dos símbolos de Minas

Gerais e temos o desafio de manter

o produtor rural no campo. E, para

isso, precisamos levar mais tecnologia

para as fazendas”, destacou Brant,

que visitou vários estandes da feira e

os pavilhões onde estavam expostas

as oito raças bovinas participantes.

O presidente da Faemg, Antônio

Pitangui de Salvo, também ressaltou

56


CARLOS LOPES

a necessidade de ampliar a assistência

técnica aos pequenos produtores.

“Com a melhoria da qualidade do leite,

poderemos aumentar nossa participação

no mercado internacional.

Isso faremos com boas práticas de

produção e melhoramento genético”,

assegurou.

Para o presidente da Girolando,

Odilon de Rezende Barbosa Filho, a

união das raças leiteiras e do setor

produtivo em um único evento só

reforça a importância da Megaleite

como a principal vitrine dos avanços

do segmento. “Tivemos quatro dias

de muitas inovações, com os pavilhões

do Parque da Gameleira repletos

dos melhores exemplares das oito

raças presentes. Fizemos uma Megaleite

histórica, integrando campo e

Presidente da Girolando Odilon de Rezende Barbosa

Filho durante discurso de abertura da Megaleite

cidade em um único espaço e mostramos

que é possível produzir com

sustentabilidade e com qualidade”,

destacou o presidente da Girolando.

E o faturamento final da Megaleite

confirma isso. Os negócios realizados

pelas mais de 80 empresas expositoras

e pelos promotores de leilões

e shopping de animais atingiram

faturamento estimado de R$200 mi-

LUCAS GUERRERO

Leilões da Megaleite tiveram grande liquidez

57


REVISTA O GIROLANDO

lhões, contra R$30 milhões de 2019

(ano da última edição presencial).

Desse montante, mais de R$8

milhões vieram da comercialização

de bovinos nos oito leilões e em

dois shoppings, contra cerca de R$4

milhões da edição anterior. A Caixa

Econômica Federal, que realizou

289 atendimentos ao longo da feira,

prospecta R$103 milhões em propostas

ligadas às linhas de crédito rural,

como Pronaf e Pronamp.

A Megaleite 2022 contou com

o apoio do Governo de Minas, por

meio da Codemge (Companhia de

Desenvolvimento de Minas Gerais)

e da Seapa (Secretaria de Estado da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

O evento teve como Parceiro

Premium a Embaré, Parceiros Master

Allflex, Tortuga, uma marca DSM,

Agener União, Ucbvet, Sobcontrole

Fazenda, Rúmina, Berrante, Agroceres

Multimix, Zoetis, Mosaic Fertilizantes,

Canal Master Terraviva e

Apoio Master Bebamaisleite.

Alcance internacional

Com a presença de estrangeiros

de oito países, a Megaleite foi palco

do anúncio do Projeto Internacional

de Certificação da raça, que será conduzido

pela Associação de Girolando,

permitindo que exemplares nascidos

em outros países sejam certificados.

A primeira ação deve ocorrer nos Estados

Unidos, ainda neste ano.

No total, a Megaleite recebeu um

público de cerca de 70 mil pessoas,

inclusive de países como Bolívia, Colômbia,

Equador, Itália, México, Nicarágua

e Venezuela.

Dia Nacional da Raça Girolando

Criadores presentes na Megaleite

participaram da Audiência Pública

Extraordinária para discussão do

Projeto de Lei 1.229/2022, de autoria

do deputado federal Emidinho Madeira,

que tem por objetivo instituir

no Brasil o “Dia Nacional da Raça

Girolando”. Todos manifestaram

apoio à iniciativa por acreditarem ser

de grande relevância para a promoção

e fomento da raça pelo País. A

ata da audiência será incluída na tramitação

do projeto. Caso seja aprovado

pela Câmara dos Deputados, o

Dia Nacional da Raça Girolando será

comemorado em 1º de fevereiro, data

em que o Girolando foi reconhecido

oficialmente como raça pelo Ministério

da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Homenagens

A Megaleite abriu espaço para

o reconhecimento do trabalho de

quem atua em prol do avanço da pecuária

leiteira. O Mérito Girolando

2022 homenageou: ex-ministro Alysson

Paolinelli (Mérito Liderança Nacional),

deputado Estadual Antônio

Carlos Arantes (Mérito Personalidade

do Ano), Maria Inez Cruvinel Rezende

(Mérito Mulher), Rubio Fernal

Ferreira e Sousa (Mérito Criador),

Paulo Emílio R. do Amaral (Mérito

Produtor de Leite) e Paulo Victor

Sousa Machado (Mérito Jovem Criador).

CARLOS LOPES

Homenageados do Mérito Girolando e

autoridades na Megaleite

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61


REVISTA O GIROLANDO

MATÉRIA DE CAPA

Larissa Vieira

CARLOS LOPES

Evolução genética premiada

Os julgamentos foram uma das grandes atrações da Megaleite

Os pavilhões do Parque da Gameleira

abrigaram cerca de 1.300 bovinos

de oito raças: Girolando, Gir Leiteiro,

Guzerá, Guzolando, Jersey, Jersolando,

Simental e Simbrasil. Boa parte

desses animais competiu na pista de

julgamento. Na raça Girolando, os jurados

responsáveis pela escolha dos

campeões foram: Euclides Prata, Fábio

Nogueira Fogaça e Thiago Nascimento

Brito de Castro. Concorrem 397 animais

de diversos criatórios.

De acordo com Euclides Prata, os

animais participantes apresentaram

uma evolução muito grande, confirmando

que os criadores continuaram

investindo na seleção dos seus rebanhos

mesmo durante os dois anos sem

eventos presenciais, em decorrência da

pandemia. “O melhoramento genético

não parou. Houve um grande avanço,

principalmente dos animais jovens,

que estão chegando a um patamar

muito próximo do ideal. Uma evolu-

Julgamentos atraíram atenção dos criadores

ção, principalmente, de tipo leiteiro e

força leiteira, aliados a equilíbrio e proporcionalidade.

Isso só confirma que

o criador tem feito um trabalho sério

e criterioso em seu rebanho”, ressaltou

Euclides Prata.

Os resultados completos dos Grandes

Campeões da pista de julgamento

e do Torneio Leiteiro estão disponíveis

no site do evento (www.megaleite.com.

br). Os vencedores dos Grandes Campeonatos

foram:

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63


REVISTA O GIROLANDO

CCG 1/2HOL + 1/2GIR

Melhor Fêmea Jovem: KALINA FIV

KING ROYAL COC

Expositor: Cristiano Oliveira Canha

Vaca Jovem: CARVONA FIV DA

PAVANA

Expositor: Leonardo Jamel Saliba

de Souza

Grande Campeã: FAZENDA SOLO-

MON CAFARNAUM

Expositor: José Roberto M. Meirelles /

Juliano G. Meirelles

CCG 3/4HOL + 1/4GIR

Melhor Fêmea Jovem: RACHAPAU

AFIADA 6878 MASTER FIV

Expositor: Geraldo Magela dos Santos

Neves

Vaca Jovem: Ana da Pez

Expositora: Maria Beatriz do Prado

Zago

Grande Campeã: ICH S3805 GRAÇA

PETY

Expositor: José Renato Chiari

Grande Campeão: HOLLYWOOD

SILVER SERRA DO LUAR

Expositor: Jean Vic Mesabarba e

Aguiar Arrabal de Macedo Vicente

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CCG 1/4 HOL + 3/4 GIR

Melhor Fêmea Jovem: RACHAPAU

UBACAIA 6701 HADIS FIV

Expositor: Geraldo Magela dos Santos

Neves

Vaca Jovem: PASS OCITOCINA FIV

Expositor: Túlio Gomes Araújo

Grande Campeã: RACHAPAU EDI-

TE 1889 FIV

Expositor: Geraldo Magela dos Santos

Neves

Girolando

Melhor Fêmea Jovem: RACHAPAU

BREJEIRA 6645 UNSTOPABULL FIV

Expositor: Geraldo Magela dos Santos

Neves

Vaca Jovem: ICH T4594 IMPECA-

VEL HUMBLENKIND

Expositor: José Renato Chiari

Grande Campeã: FOFA FIV PEOTI

SANTA LUZIA

Expositor: José Renato Chiari

Grande Campeão: ADÔNIS RE-

GANCREST FR RECREIO

Expositora: Mila de Carvalho Laurindo

e Campos

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REVISTA O GIROLANDO

MATÉRIA DE CAPA

Larissa Vieira

CARLOS LOPES

Ranking Nacional de Girolando - 2021/2022

Premiação dos Melhores do Ranking

Durante a Megaleite foram premiados os vencedores do Ranking Nacional da raça.

Confira os cinco melhores de cada categoria, incluindo do Ranking Estadual. O resultado

completo está disponível no site da Girolando.

Expositor Girolando

1- José Renato Chiari

2 – Luiz Carlos Bandoli Gomes

3 - Geraldo Magela dos Santos Neves

4 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

5 - Eugênio Deliberato Filho

Criador Girolando

1- José Renato Chiari

2 – Luiz Carlos Bandoli Gomes

3 - Eugênio Deliberato Filho

4 - Geraldo Magela dos Santos Neves

5 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

Expositor CCG 3/4HOL+ 1/4GIR

1- Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

2 – Mírian Moreira Santana

3 – Marcos José de Paiva

4 – Maria Beatriz do Prado Zago

5 - José Renato Chiari

Criador CCG 3/4HOL+ 1/4GIR

1 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

2 - Marcos José de Paiva

3 - José Renato Chiari

4 – José Geraldo de Souza Almeida

5 – Márcio Eugênio Leite de Castro

68


69


Expositor CCG 1/2HOL + 1/2GIR

1 – José Luiz Vivas

2 – Fabrício Lima de Costa

3 – Leonardo Jamel Saliba de Souza

4 – José Elci Marques Araújo

5 - Zirlene Soares Pereira

Criador CCG 1/2HOL + 1/2GIR

1 - José Luiz Vivas

2 - José Geraldo de Souza Almeida

3 – José Roberto M. Meirelles/Juliano G. Meirelles

4 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

5 - Zirlene Soares Pereira

Expositor CCG 1/4HOL + 3/4GIR

1 – Luiz Carlos Bandoli Gomes

2 – Geraldo Magela dos Santos Neves

3 – Túlio Gomes Araújo

4 – Mírian Moreira Santana

5 – Jean Vic M. e Aguiar Arrabal de Macedo Vicente

Criador CCG 1/4HOL + 3/4GIR

1 - Luiz Carlos Bandoli Gomes

2 - Túlio Gomes Araújo

3 – Geraldo Magela dos Santos Neves

4 - Mírian Moreira Santana

5 – Afonso Celso de Resende

Ranking Estadual Minas Gerais 2021/2022

Expositor Girolando

1 - José Renato Chiari

2 - Luiz Carlos Bandoli Gomes

3 - Eugênio Deliberato Filho

4 - Geraldo Magela dos Santos Neves

5 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

Criador Girolando

1 - José Renato Chiari

2 - Luiz Carlos Bandoli Gomes

3 - Eugênio Deliberato Filho

4 - Geraldo Magela dos Santos Neves

5 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

Expositor CCG 3/4HOL+ 1/4GIR

1 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

2 - Mírian Moreira Santana

3 – Marcos José de Paiva

4 – Maria Beatriz do Prado Zago

5 - José Renato Chiari

Criador CCG 3/4HOL+ 1/4GIR

1 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

2 - Marcos José de Paiva

3 - José Renato Chiari

4 – Márcio Eugênio Leite de Castro

5 – Geraldo Magela dos Santos Reis

Expositor CCG 1/2HOL + 1/2GIR

1 – José Luiz Vivas

2 – Leonardo Jamel Saliba de Souza

3 – Wander Campos Marcos

4- Fabrício Lima Costa

5- Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

Criador CCG 1/2HOL + 1/2GIR

1 - José Luiz Vivas

2 - José Roberto M. Meirelles/Juliano G. Meirelles

3 - Luiz Cláudio Bastos de Moura/Karla Salgado

Reis de Moura

4 – Luiz Carlos Bandoli Gomes

5 – José Renato Chiari

Expositor CCG 1/4HOL + 3/4GIR

1 – Luiz Carlos Bandoli Gomes

2 – Geraldo Magela dos Santos Neves

3 – Túlio Gomes Araújo

4 – Mírian Moreira Santana

5 – Jean Vic M. e Aguiar Arrabal de Macedo Vicente

Criador CCG 1/4HOL + 3/4GIR

1 - Luiz Carlos Bandoli Gomes

2 - Túlio Gomes Araújo

3 – Geraldo Magela dos Santos Neves

4 - Mírian Moreira Santana

5 – Afonso Celso de Resende

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REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

MATÉRIA DE CAPA

Larissa Vieira

CARLOS LOPES

Grandes campeãs do 31º Torneio Leiteiro

Premiação da Grande Campeã de

Composição do Leite

Outra competição que evidenciou a

evolução da raça foi o 31º Torneio Leiteiro

de Girolando. Concorreram 15 animais

de criatórios de Minas Gerais, Rio

de Janeiro e Goiás.

A vaca com maior produção absoluta

de leite, em nove ordenhas válidas, foi

Francisca FIV da PEZ, de propriedade da

criadora Maria Beatriz do Prado Zago,

de Perdizes/MG. Da composição racial

CCG 3/4 Hol + 1/4 Gir, Francisca FIV da

PEZ teve produção total de 255,680kg/

leite e média de 85,227kg/leite.

Já a vaca Solar do Engenho Garoa foi

a Grande Campeã de Composição do

Leite. Da composição racial CCG 1/2 Hol

+ 1/2 Gir, ela é de propriedade de Thiago

Viana Nogueira, de Sete Lagoas/MG.

Solar conquistou o campeonato com

produção de 201,485kg/leite e média de

67,162 kg/leite.

Premiação da Grande Campeã de

Produção Absoluta

CARLOS LOPES

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REVISTA O GIROLANDO

MATÉRIA DE CAPA

Larissa Vieira

CARLOS LOPES

Sumário de Touros turbinado

Pesquisador Marcos Vinícius Barbosa durante

lançamento do Sumário de Touros

Atual edição traz 15 novas características com avaliações genéticas e genômicas.

Também foram lançados o Sumário de Fêmeas e o Ranking Rebanho

“Este é um grande divisor de águas

para o Programa de Melhoramento Genético

da Raça Girolando”. Assim, o presidente

da Girolando, Odilon de Rezende

Barbosa Filho, definiu a nova edição do

Sumário de Touros 2022, divulgado durante

a Megaleite.

A publicação traz 15 novas características,

chegando a 19 PTAs genéticas e

genômicas. “Podemos afirmar que, com

todas essas ferramentas, teremos um novo

Girolando a partir de 2022, muito mais

eficiente para o nosso criador. E estamos

preparados para lançar diversas outras características

de saúde, reprodução, qualidade

do leite e morfológicas nos próximos

anos”, afirmou o presidente da Girolando.

Agora, o Sumário de Touros traz PTAs

genéticas e genômicas para produção de

leite em até 305 dias (PTAL), intervalo de

partos (PTA IP), idade ao primeiro parto

(PTA IPP), tolerância ao estresse térmico

(TE), peso do bezerro ao nascimento

(PTA PN), período gestacional da vaca

(PTA PG), Índice de Produção e Persistência

na Lactação do Girolando (IPPLG),

Índice de Eficiência Tropical do Girolando

(IETG), Índice de Facilidade de Parto do

Girolando (IFPG), Índice de Reprodução

do Girolando (IRG), Composto do Sistema

Locomotor do Girolando (CSLG),

Composto do Sistema Mamário do Girolando

(CSMG).

Sumário de Fêmeas – Outro lançamento

foi o Sumário de Fêmeas 2022, que

traz a relação das vacas TOP 1000 da raça

Girolando, conforme cada composição

racial, para produção de leite, com os respectivos

PTAs para produção de leite em

até 305 dias (PTAL), intervalo de partos

(PTA IP), PTA genômica para idade ao

primeiro parto (GPTA IPP) e acurácia

(AC).

As informações disponibilizadas no

Sumário de Fêmeas permitem que os criadores

tenham conhecimento das vacas

Girolando com maior potencial genético.

O uso dessa informação possibilita selecionar,

de modo mais eficiente, as vacas

que poderão ser mães de touros e aquelas

com potencial para serem submetidas à

aplicação de biotecnologias reprodutivas.

Ranking Rebanho - Pelo sexto ano

consecutivo, a Girolando evidenciou os

criadores que melhor desempenham o

trabalho de seleção, produção, reprodução

e sanidade dentro do seu rebanho. A

entidade divulgou o Ranking Nacional

Girolando Modalidade Rebanho 2021.

O documento traz os cinco rebanhos

de melhor classificação dentro de cada

classe. Para gerar o resultado foram utilizadas

informações dos 357 rebanhos

ativos no Serviço de Controle Leiteiro

Oficial. Foram utilizadas 19.249 lactações

encerradas entre o período de 1° de janeiro

e 31 de dezembro de 2021. O Ranking

Modalidade Rebanho é dividido em dez

categorias, que são divididas em seis

classes, conforme o número de animais

participantes. “O Ranking Modalidade

Rebanho é hoje uma referência para os

criadores de Girolando que buscam melhorar

seus indicadores e, como consequência,

elevar a rentabilidade do seu negócio”,

destacou o coordenador Operacional

do PMGG, Edivaldo Júnior.

Todos os sumários estão disponíveis

no site da Girolando (www.girolando.

com.br).

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75


REVISTA O GIROLANDO

MATÉRIA DE CAPA

Larissa Vieira

CARLOS LOPES

Queijo premiado

Visitantes da Megaleite puderam votar no produto mais saboroso

Entrega de premiação do Concurso do Queijo

na Megaleite

Queijos produzidos por criadores

de Girolando de várias regiões foram

apreciados por visitantes da Megaleite

2022. O Concurso de Queijo dos Núcleos

reuniu sete produtos de Minas

Gerais e do Rio Grande do Norte.

O público da feira pôde degustar e

votar no queijo preferido. Foram computados

205 votos e o vencedor foi o

queijo artesanal Barões da Mantiqueira,

produzido na Fazenda Barões da

Mantiqueira, Itanhandu/MG, na Serra

da Mantiqueira. A propriedade pertence

à família do criador Bruno Scarpa.

Segundo ele, a produção de queijo

começou por conta de um gargalo do

mercado, em 2018. “Por causa da greve

dos caminhoneiros, o leite produzido

na fazenda não pôde ser entregue ao

laticínio. Para não perder o produto, tivemos

a ideia de fazer queijo”, lembrou

Scarpa.

De acordo com ele, o queijo é maturado

120 dias, em prateleiras de

madeira. “De acordo com o clima da

nossa região e as formas de prensagem,

conseguimos garantir a identidade do

nosso produto”, esclareceu.

O Concurso de Queijo na Megalei-

te foi organizado pela Associação Brasileira

dos Criadores de Girolando, em

parceria com os Núcleos de Criadores

de Girolando de várias regiões do País.

Queijos de vários estados

participaram do concurso

CARLOS LOPES

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77


REVISTA O GIROLANDO

GESTÃO

Sua propriedade leiteira

tem sido um bom negócio?

Uma das grandes dores dos produtores

de leite é saber com clareza se a sua fazenda

está sendo eficiente ou não, dúvida que

é bastante pertinente. Afinal, o negócio leite

não se move apenas na base da paixão, ele

também possui uma dependência primordial

dos seus bons resultados.

Da mesma forma que em outras atividades,

na pecuária leiteira também há casos

de negócios bem-sucedidos e há aqueles que

não alcançam grandes êxitos. Onde sua propriedade

se encaixa nesse cenário? Saber o

que avaliar e como avaliar é o primeiro passo.

A próxima etapa consiste em entender

como otimizar e potencializar os números e

resultados da propriedade.

Veja através dos números do Benchmarking

elaborado pela Equipe Leite do Grupo

Rehagro como foi o cenário da pecuária

leiteira nacional para o produtor no último

ano. Os dados apresentados são referentes à

produção total de 413.000 litros de leite por

dia, produzidos em 2021, pelas fazendas

atendidas que tiveram seu ano fechado com

Bruno Guimarães , Médico-veterinário

e técnico da Equipe Rehagro Leite

conciliação bancária feita e auditoria de estoque

em dia.

Será que o leite foi um bom negócio?

Eficiência e lucratividade na pecuária

leiteira

Qual a melhor maneira para medir os

resultados da atividade leiteira? Seria a produtividade

por vaca no rebanho? Talvez a

produção total de leite por dia? Ou, quem

sabe, o lucro obtido por litro?

Para responder a essa pergunta devemos

ter em mente que o método utilizado

para medir a eficiência na pecuária leiteira

deve ser confiável, assertivo e permitir a

comparação com outras atividades, como a

agricultura, por exemplo. Tendo esse pensamento

como referência, a medida de lucro

operacional é bastante interessante.

Por definição, entende-se que o lucro

operacional é o resultado gerado pela operação

do negócio. Como princípio, na atividade

leiteira analisamos o indicador do lucro

operacional na unidade de medida de R$/

hectare/ano, pois, além de ser uma forma

segura, ainda permite comparar com outras

áreas.

Mas como calcular o lucro operacional

em R$/hectare/ano da atividade leiteira?

Quais números devemos considerar? Para

cálculo do lucro operacional/hectare/ano,

pegamos o valor da receita obtida com o

leite comercializado, somada à receita com

animais de descarte, e subtraímos o custo

com as vacas e o custo da recria. Mas atenção!

Não é o custo de toda a recria, somente

a parte necessária para repor as vacas que

foram descartadas ou que morreram. Esse

resultado de receita menos os custos, vamos

dividir pela área útil da fazenda destinada à

produção de leite, que é a área de instalação

dos animais mais a área de produção de forragem.

Resultados obtidos pelas fazendas

Respondendo à pergunta feita no início,

para as fazendas produtoras de leite atendidas

pelo Grupo Rehagro, o leite foi, sim,

um ótimo negócio no último ano! Veja no

gráfico a seguir os resultados de lucro operacional

em R$/hectare/ano em diferentes

sistemas de produção.

Observe que, na média, as fazendas tiveram

um lucro anual de R$12.587,00 por

hectare, sendo que a fazenda com melhor

lucro operacional apresentou resultado de

R$25.486,00. A discussão em cima desses

números é bastante interessante. Quais fatores

são decisivos para que seja possível alcançar

belos resultados de lucro operacional

78

Observe que, na média, as fazendas tiveram um lucro anual de

R$12.587,00 por hectare, sendo que a fazenda com melhor lucro operacional


79


macro das fazendas, que compila diversos

indicadores zootécnicos, como: taxa de sobrevivência

de fêmeas até um ano, idade ao

primeiro serviço, taxa de concepção de novilhas,

idade ao primeiro parto, taxa de prenhez

de vacas, taxa de mortalidade de vacas,

percentual de vacas em lactação em relação

ao total de vacas, produção nas lactações,

produção média, dias em lactação média,

dentre outros.

Quanto maior a nota da fazenda no

IILB, maior o lucro operacional! Em outras

palavras, quanto maior a eficiência técnica

Fonte: Equipe Leite Grupo Rehagro (413.000 litros/dia)

da fazenda, maior o lucro operacional. Tudo

em uma fazenda de leite?

com produção diária mais elevada, entre 17 passa pela eficiência técnica do negócio. De

Há aqueles que pensam que o tamanho e 18 mil litros por dia, obtendo 16% de lucro nada adianta a fazenda ter volume de terra

Observe o comportamento do lucro operacional conforme o tamanho

da fazenda interfere diretamente, principalmente

da fazenda em fazendas e veja que grandes, não há com um maior padrão. Isso em que salta há aos fazendas olhos! com Não produção há relação menor, dução de leite. A ineficiência do sistema é

operacional sobre receita ao mesmo tempo e em produção e não ser eficiente na pro-

REVISTA O GIROLANDO

extensão de área. Já outros podem acreditar

com 28% de lucro operacional.

capaz de “desgastar” e desviar os lucros do

entre

que o

motivo

tamanho

está

da

na

fazenda

produção

e o

de

lucro

leite.

operacional do negócio leite. Ou seja,

Ou tanto seja, fazendas quanto maior com a maior produção área quanto de leite, fazendas com menor área são capazes

maior o lucro operacional R$/ha/ano.

te: Equipe Leite de O obter que Grupo te bons chama Rehagro resultados atenção (413.000 de nos lucro dados litros/dia) operacional. do

gráfico a seguir? Mas e Ele a produção representa de o leite lucro da operacional

de fazendas leiteiras conforme o

fazenda? Será que fazendas com maior

brigatosultados

em lactação média, dentre outros. para o lucro operacional da proprie-

nas

tamanho produção lactações,

da área, de leite produção

em hectares. por dia obrigatoriamente média, dias eficiência

Desde fazendas

terão melhores técnica resultados é o fator quando decisivo

ho ndas da de fazenda comparadas

de no máximo 50 hectares de área até

Quanto e maior a às produção fazendas a nota da de de fazenda produção leite dade. diária Podemos mostraram-se

inferior? separar Assim essa como eficiência

técnica em duas grandes eficiên-

Assim aquelas com mais de 300 hectares.

no IILB, maior o lucro operacional!

apresentado Observe o comportamento anteriormente para do lucro o tamanho da fazenda, também não há

cisivos ormente

operacional

para Em outras o resultado palavras, quanto

conforme o tamanho

de lucro maior

da fazenda

operacional a cias, que são do a eficiência negócio zootécnica

a, tamvolume

eficiência relação

e veja que

entre técnica

não

volume da fazenda,

há um padrão.

de leite maior

Isso

produzido e a

salta

por eficiência dia e lucro agrícola. operacional. Ou seja, No é necessário

tivo podemos o lucro

aos gráfico olhos! Não há pensar? operacional.

fazendas há relação A com entre resposta Tudo passa

produção o tamanho diária pode mais ser que

elevada, resumida o rebanho

entre 17 em tenha bons

e lucro pela eficiência técnica do negócio. indicadores zootécnicos e 18 (produtivos,

reprodutivos, sobre receita sanitários ao mesmo etc)

mil

fazendas da fazenda e o lucro operacional do negócio

litros nada De

leite. Ou por adianta

seja, dia, tanto obtendo a fazenda

fazendas 16% de ter

maior lucro volume

operacional CNICA! elevada, Constate

de terra e em

isso

produção

com

e

os

não

dados

e que a fazenda

seguir.

seja

Eles

eficiente na

dia, obonal

operacional so-

capazes de obter bons resultados de lucro

área quanto fazendas com menor área são

ser tempo eficiente em que na produção há fazendas de leite. com A produção produção menor, de comida Fonte: 28% para

Equipe de atender

Leite lucro Grupo

a

Rehagro (413.000 litros/dia)

o ineficiência das operacional.

do fazendas sistema é capaz conforme de demanda as notas dos animais. no Índice Além da eficiência

terão técnica, melhores é resultados fundamental Premissas básicas para alcançar maior

negócio!

produção Se o de tamanho leite por dia da obrigatoriamentem

que

fazenda e nas a produção lactações, produção média, dias

“desgastar” e desviar os lucros do

Mas e a produção de leite da fazenda? de leite diária mostraram-se não em ser lactação

que

fatores média, dentre outros.

menor, rasileiro negócio!

quando comparadas às fazendas de

lucratividade no leite

Será que

(IILB).

fazendas

O

com

IILB

maior produção

é um

de

indicador a propriedade Se

produção decisivos diária para

de o tamanho

o inferior? resultado tenha eficiência da fazenda Quanto nos e maior a produção a nota de fazenda leite diária mostraram-se

nal.

Assim

Premissas básicas para alcançar

maior lucratividade diversos indicadores no leite bem zootécnicos, e usar bem os insumos como: e recur-

custos. Isso consiste

de

em

lucro

comprar

no operacional

não do apresentado ser negócio fatores leite, anteriormente

IILB, maior o lucro Quando operacional! falamos em eficiência nas fazendas

leite por dia obrigatoriamente terão melhores

resultados quando comparadas às

como

e a pro-

decisivos em qual motivo para Em outras o podemos

resultado palavras, quanto

para o tamanho da fazenda, também

de lucro maior

leiteiras

operacional a

é necessário entendermos

do negócio

as, o

não

pensar?

há relação

A resposta

entre volume

pode ser

eficiência

resumida

técnica fazenda, maior

straram-

s para o nas fazendas leiteiras é necessário para alcançar maior lucratividade

pela eficiência técnica dados do de negócio. Benchmarking da Equipe Leite do

que compila

Quando falamos em eficiência sos. que está por trás e faz parte desse termo. Os

fazendas de produção diária inferior? Assim de em leite, Essas

leite EFICIÊNCIA em são qual as

produzido por TÉCNICA! motivo premissas podemos o básicas lucro

dia e lucro Constate pensar? operacional.

isso A resposta Tudo passa pode ser resumida em

como apresentado anteriormente para o tamanho

da fazenda, também não há relação

operacional. com os dados No gráfico a seguir. há fazendas

onal cia de do fêmeas Eles relacionam De nada adianta o a fazenda ter volume

de sis-

terra

entendermos

até um

o que

ano,

está

idade

por trás

ao

e

primeiro

com no EFICIÊNCIA produção leite. Seguindo-as

serviço,

diária mais TÉCNICA! taxa

elevada, de forma Constate isso Grupo com Rehagro os dados mostram a seguir. que a eficiência Eles

entre

lucro

17

operacional

e 18 mil litros

das

por

fazendas

dia, obtendo

notas relacionam 16% no de Índice lucro o operacional Ideagri lucro operacional do so-

conforme as

e em produção e não

tivo popode

ovilhas, ser entre volume de leite produzido por dia e

faz parte desse termo. Os dados temática e rigorosa os resultados

ser eficiente na produção técnica de é leite. o fator A decisivo para o lucro operacional

é capaz conforme da propriedade. de as notas Podemos no Índice separar

de idade Benchmarking ao primeiro da Equipe parto, Leite taxa aparecem de prenhez e o leite vacas, se mostra

Leite ineficiência Brasileiro

como das do fazendas sistema

lucro operacional. No gráfico há fazendas bre (IILB). receita O ao IILB mesmo é um tempo indicador em que

A TÉC-

“desgastar” eficiência e desviar os lucros do

do Grupo Rehagro mostram que a há um Ideagri fazendas EXCELENTE com do produção Leite negócio! Brasileiro menor, negócio! (IILB). O essa IILB eficiência é um indicador técnica em duas de eficiência grandes eficiências,

para que alcan-

são a eficiência zootécnica e a

e s dados de vacas, percentual de vacas em lactação

com 28% de lucro

em

operacional.

relação ao Premissas básicas

o lucro

Se o tamanho da e a produção

eficiência agrícola. Ou seja, é necessário que

macro

de leite

das

diária

fazendas,

mostraramque

compila çar maior lucratividade diversos indicadores no leite zootécnicos, como:

onforme

Quando falamos em eficiência

-se não ser fatores decisivos para o nas fazendas leiteiras

o rebanho

é necessário

tenha bons indicadores zootécnicos

ano,

do

dução

Leinas

lactações, produção média,

resultado taxa dias de sobrevivência em lactação

lucro operacional de do fêmeas

entendermos

até um

o que está

idade (produtivos, por trás

ao

e

primeiro reprodutivos, serviço, sanitários taxa

B é um

negócio leite, em qual motivo podemos

concepção pensar? A resposta de novilhas, pode ser

faz parte desse termo. etc) e que Os a dados fazenda seja eficiente na produção

de

os.

de idade Benchmarking ao primeiro da Equipe

resumida em EFICIÊNCIA TÉCparto,

Leite

cro das

comida

taxa

para

de

atender

prenhez

a demanda

de vacas,

dos

do Grupo Rehagro mostram que a um EXCELENTE negócio!

rsos ino:

taxa

a seguir. Eles relacionam o lucro

damental que a propriedade tenha eficiência

NICA! taxa Constate de mortalidade isso com os dados de vacas, percentual animais. de vacas Além em da lactação eficiência em técnica, relação é ao fun-

operacional das fazendas conforme

até um

as notas

total

no

de

Índice

vacas,

Ideagri

produção

do Leite

Brasileiro (IILB). O IILB é um

usar bem os insumos e recursos. Essas são as

nas lactações, nos produção custos. Isso média, consiste dias em em comprar lactação bem e

iço, taxa

idade ao

indicador média, de dentre eficiência outros. macro das

premissas básicas para alcançar maior lucratividade

no leite. Seguindo-as de forma sis-

fazendas, que compila diversos indicadores

zootécnicos, como: taxa

nhez de

e vacas,

de sobrevivência de fêmeas até um

temática e rigorosa os resultados aparecem

ação em

ano, idade ao primeiro serviço, taxa

e o leite se mostra como um EXCELENTE

de concepção de novilhas, idade ao

rodução

negócio!

80

Fonte: Equipe Leite Grupo Rehagro primeiro (413.000 parto, litros/dia) taxa de prenhez de

vacas, taxa de mortalidade de vacas,

percentual de vacas em lactação em

relação ao total de vacas, produção

Quanto maior a nota da fazenda no IILB, maior o lucro operacional!

Em outras palavras, quanto maior a eficiência técnica da fazenda, maior o

32

lucro operacional. Tudo passa pela eficiência técnica do negócio. De nada

DIVULGAÇÃO DSM

Fonte: Equipe Leite Grupo Rehagro (413.000 litros/dia)

eficiência técnica é o fator decisivo

para o lucro operacional da propriedade.

Podemos separar essa eficiência

técnica em duas grandes eficiências,

que são a eficiência zootécnica

e a eficiência agrícola. Ou seja, é necessário

que o rebanho tenha bons

indicadores zootécnicos (produtivos,

reprodutivos, sanitários etc)

e que a fazenda seja eficiente na

produção de comida para atender a

demanda dos animais. Além da eficiência

técnica, é fundamental que

a propriedade tenha eficiência nos

custos. Isso consiste em comprar

bem e usar bem os insumos e recursos.

Essas são as premissas básicas

para alcançar maior lucratividade

no leite. Seguindo-as de forma sistemática

e rigorosa os resultados

aparecem e o leite se mostra como

Quanto maior a nota da fazenda no IILB, maior o lucro operacional!

Em outras palavras, quanto maior a eficiência técnica da fazenda, maior o

DIVULGAÇÃO DSM


81


REVISTA O GIROLANDO

NUTRIÇÃO

Equipe DSM

Formulação de dietas: a chave para ganhos de

produtividade

Dieta balanceada melhora resultado

da produção

É o que mostram os resultados do Levantamento Top 100 - uma iniciativa do MilkPoint

com objetivo de conhecer o perfil de produção dos maiores produtores de leite do

Brasil. A DSM apoia a iniciativa desde 2015, acompanhando seus clientes e oferecendo

soluções nutricionais que auxiliam na busca de resultados cada vez melhores.

O estudo realizado em 2021

questionou como os produtores

de leite desse grupo seleto veem a

relação com a assistência técnica.

Quais seriam as categorias em que

acreditam que o investimento trará

resultados melhores neste ano

de 2022. Mais do que a maioria

dos entrevistados (68 respostas),

disse que a formulação e o balanceamento

de dietas são a chave

para ganhos de produtividade e,

por consequência, aumentos de

produção, priorizando, dessa forma,

a nutrição de qualidade para

seus animais (gráfico 1).

Neste contexto, a Tortuga®,

marca para bovinos de leite da

DSM, se orgulha de ter 39 produtores

dentro do TOP 100, sendo a

líder isolada no setor dentro desse

ranking.

A pesquisa apontou que a produção

total dos Top 100 somou

931 milhões de litros de leite no

ano passado, com média de 25.508

litros por propriedade, o que significa

um crescimento de 10.63%

na comparação a 2020. Este resultado

é muito superior ao encontrado,

quando analisamos o total

da produção brasileira de leite.

Vale ressaltar que durante todos

os anos da pesquisa o crescimento

dessa parcela de produtores

foi constante, mostrando o comprometimento

dos produtores e a

maior profissionalização da atividade.

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de ter 39 produtores dentro do TOP 100, sendo a líder isolada no setor dentro

desse ranking.

Gráfico 1.

Os pecuaristas sentiram os

efeitos do cenário mais complexo

delineado em 2021, os custos de

produção da atividade estiveram

acima de R$2,00 para maioria das

fazendas analisadas (44% das respostas).

Para estimar esse custo a

pesquisa perguntou aos entrevistados

quanto desembolsavam em

média para produzir 1 litro de leite.

Ao contrário do ano anterior,

em que, mesmo com o aumento

do custo da ração, 77% das propriedades

avaliaram que obtiveram

melhor resultado financeiro,

neste ano apenas 35% responderam

ter melhor rentabilidade, enquanto

23% responderam “igual”

e 42% tiveram menor rentabilidade.

Isso reflete, mais uma vez,

a dificuldade vivida pelo setor em

2021, em função principalmente

dos altos custos no campo e da

baixa demanda dos consumidores,

atingindo inclusive a rentabilidade

dos grandes produtores.

Nesse cenário, o planejamento

de longo prazo, a utilização de

tecnologias para melhorar a produtividade

dos animais, o plano

para a compra de insumos e a gestão

da fazenda foram indispensáveis

para essa fatia de produtores,

evidenciando que a maior profissionalização

é um posicionamento

que proporciona resultado superiores.

Questionados sobre o futuro,

sobre investimentos na produção

para os próximos três anos, apenas

13% responderam que não

pretendem investir. Os demais

responderam que sim, pretendem

investir, sendo que desses, 44%

pretendem produzir até 20% a

mais de leite no período; 32% - de

20 a 50% a mais -, e 11% aspiram

obter 50% de aumento de produção

nos próximos anos.

Um dado interessante é que

77% das propriedades analisadas

mantêm seus animais confinados,

com quase nenhum acesso a pastagens,

número que aumentou em

10% em relação ao ano anterior.

Apenas 14% das propriedades atuam

em sistema baseado em pastagem.

Em relação ao tipo de alojamento,

48% das fazendas utilizam

o free stall seguido pelo compost

barn com 29%. A principal raça

predominante na produção é a

Holandesa.

A pesquisa ainda quis captar

as principais práticas aplicadas

pelos maiores produtores do País

no que diz respeito à sustentabilidade.

Foi observado que todas as

fazendas que compõem o Top 100

aplicam pelo menos uma prática

sustentável, tendo como principal

motivo para a adoção de medidas

sustentáveis a preocupação

ambiental e com a manutenção de

recursos naturais. Um segundo

ponto relevante destacado pelos

produtores é a importância de estar

em conformidade com a legislação

ambiental vigente no País,

seguido pelo retorno financeiro

que as ações de sustentabilidade

trazem às fazendas que as adotam.

Além disso, os produtores descrevem

em quarto lugar que estão

atentos às tendências de consumo

voltadas para a pauta sustentável

que cada vez mais tem se tornado

relevante para os consumidores

brasileiros. (gráfico 2.)

Para finalizar, a atividade sustentável

mais comum entre os

maiores produtores foi o armazenamento

de dejetos em esterqueiras

e utilização para adubação

com 88%. Em segundo lugar, o

controle do consumo de água na

produção (53%), seguido pela utilização

de fontes de energia alternativas

(52%).

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REVISTA O GIROLANDO

MERCADO

Gabriela Brack

MATHEUS GARCIA/BERRANTE

Um novo modelo, com o cliente no centro do negócio

Até o final de 2022 o time Agro Reserva deve realizar até

1.500 comercializações de gado

Em quase um ano com novas perspectivas na comercialização de gado, a

Agro Reserva destaca suas projeções e o sucesso na Megaleite

Um longo período de perdas, instabilidade

e incertezas, mas que também

trouxe a chance de se reinventar, de trazer

novas possibilidades e, especialmente

para o agro, adequar-se ainda mais as

suas necessidades, inclusive por meio

das tecnologias digitais.

À primeira vista, podemos analisar

o novo modelo de negócio trazido

pela Agro Reserva na comercialização

de animais, idealizado pelo jornalista e

empresário Gustavo Ribeiro.

“Damos a possibilidade a produtores

de todos os tamanhos de terem acesso

a uma genética melhorada, porque as

condições de pagamento são facilitadas,

o comprador não paga comissão, os animais

são vendidos a preço fixo”, explica

Gustavo, garantindo que o preço divulgado

por cada animal é o mesmo pago

pelo comprador. “E ainda facilitamos

nas logísticas de frete, para que esse animal

chegue com muita qualidade à casa

dos investidores”, acrescenta.

Criada em meio à pandemia, quando

não era possível realizar eventos presenciais

e acelerando essa transformação

digital das empresas e das pessoas,

a Agro Reserva segue se destacando na

comercialização de gado, mesmo ainda

prestes a completar seu primeiro ano,

em 6 de agosto.

Agro Reserva em números

Até junho de 2022, mais de 500 animais

foram comercializados pela Agro

Reserva, e os resultados vêm de outros

indicadores:

• + de 7 mil pessoas cadastradas;

• + de 350 clientes ativos;

• 8 pessoas na equipe comercial,

além de análise de crédito e administrativo;

• 35 pessoas do time Berrante Agro

Experience, dando todo o suporte nas

estratégias digitais, captação de imagens,

edição de peças, produção de catálogos

e campanhas como um todo e

nas transmissões ao vivo;

• Milhares de pessoas impactadas a

cada lançamento de reserva.

Para o idealizador da Agro Reserva,

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um dos grandes segredos está em trabalhar

sempre com marcas que respeitam

seus clientes, animais registrados, de

alto valor genético comprovado, “animais

que de fato vão contribuir para a

melhoria do rebanho leiteiro no Brasil”,

destaca Gustavo. “Ainda mais agora, em

um momento especial da cadeia produtiva

do leite, com remuneração mais

justa pelo litro de leite ao produtor. Isso

nos deixa muito animados para o que

está por vir”.

E por falar no que está por vir, os números

são tão expressivos quanto a dedicação

ao negócio, unidos à projeção,

que é triplicar o cenário atual: chegar a

1.500 animais comercializados até o final

de 2022.

O cliente no centro do negócio

Esta é a grande ideia que conecta a

Agro Reserva ao seu propósito de levar

informação, conteúdo e oportunidades

de negócios para toda a cadeia produtiva

do leite.

Começando pelo momento que

ganha todos os holofotes: na reserva,

as transmissões são feitas ao vivo, por

vezes com a presença do cliente, sendo

a maior parte transmitida da sede

da Agro Reserva, em Uberlândia/MG,

onde se concentra toda a sua equipe

junto ao time Berrante.

Também já foram realizadas diversas

edições no estande da Agro Reserva

em Uberaba/MG, dentro do Parque de

Exposições, na ABCZ. E, ainda, várias

reservas itinerantes: “Vamos até a casa

do cliente, para que ele possa estar no

ambiente dele, na casa dele, e possa

mostrar seu trabalho, além de apresentar

seus animais”, explica Gustavo, afirmando

que essa modalidade deve ser

expandida, de acordo com o interesse

do cliente.

Portanto, o idealizador da Agro Reserva

enfatiza: “Conosco o cliente está

sempre no centro da operação, no centro

do negócio. Somos parceiros das fazendas

e só recebemos em cima do que

vendemos. Além de criarmos e gerarmos

visibilidade para as marcas, geramos

uma carteira de recebíveis para as

fazendas, e com baixíssimo risco”.

Agro Reserva estreia na grande retomada

da Megaleite

Após três anos de espera, a pecuária

pôde prestigiar o retorno do maior

evento do leite na América Latina. A

Megaleite voltou com força total, e abriu

espaço para a estreia da participação da

Agro Reserva, sendo a primeira oportunidade

de apresentar um novo modelo

de comercialização de animais dentro

da feira.

“Tivemos como convidada para este

evento importante a Fazenda Santa Luzia

(Grupo Cabo Verde), que é a maior

produtora de leite da raça Girolando do

Brasil”, afirma Gustavo Ribeiro. Nessa

grande reserva foram disponibilizadas

60 novilhas prenhas da raça Girolando.

Com seu estande na feira e uma estrutura

completa, a reserva teve sucesso de

vendas, com 100% de liquidez e animais

vendidos para diversas regiões do País.

Para a Agro Reserva, de acordo com

Gustavo, foi um marco muito importante

estar na Megaleite 2022, promover

uma reserva com uma das maiores

fazendas do Brasil e ter completo êxito

nas vendas são motivos para acreditar

“que o que estamos fazendo faz sentido

para o pecuarista, ainda mais em tempos

modernos, em que todo mundo

está habituado a comprar pela internet,

o pecuarista está cada vez mais conectado.

Então, ajudamos a levar um pouco

dessa transformação digital para dentro

das fazendas”.

Gustavo encerra parabenizando a

cada um dos envolvidos no grande sucesso

da Megaleite 2022, que após um

ano de retomada com força total, tem

todo o potencial para ter ainda mais

êxito nas próximas edições!

MATHEUS GARCIA/BERRANTE

Mauricio Cabo Verde, proprietário da Fazenda Santa Luzia,

em sua grande reserva de 60 novilhas prenhas

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REVISTA O GIROLANDO

MERCADO

Alexandre Cardoso, Coordenador do Programa de

Assistência Técnica Alvoar Lácteos

DIVULGAÇÃO EMBARÉ

Qualidade e rentabilidade no campo

A atuação da Alvoar Lácteos na melhoria contínua dos produtores

A qualidade do leite é um quesito de

preocupação nacional e tema prioritário

na Alvoar Lácteos, atualmente detentora

das marcas Betânia, Camponesa e Embaré.

A Alvoar conta com mais de 4.000

colaboradores diretos, cerca de 6.500

famílias de produtores e 12 cooperativas,

abastecendo 9 fábricas e 13 centros

de distribuição, com atuação em todo o

Brasil e em mais 45 países.

A empresa tem focado em sua política

de melhoramento contínuo da qualidade

do leite, valorizando o trabalho no

campo e seus produtores rurais por meio

de treinamento, qualificação, incentivos

e facilidades de compra de insumos nos

estados nos quais está presente.

Entre outras iniciativas, a Alvoar

Lácteos conta com os projetos Embaré

Assist, um programa de consultoria

técnica e gerencial que busca a máxima

eficiência econômica para o produtor de

leite; Educampo, desenvolvido em parceria

com o Sebrae/MG, com o objetivo

de levar capacitação técnica e gerencial

para os produtores da Embaré; Fazenda

Modelo, que tem como objetivo disponibilizar

ferramentas e treinamentos para

garantir segurança alimentar, bem estar

e saúde para os animais, e responsabilidade

socioambiental, que conduzem a

bons resultados econômicos; Compra de

Insumos, que apoia seus produtores rurais

buscando no mercado as melhores

oportunidades para compra de alimentos

para a produção; Mais Genética, que

busca incentivar o melhoramento genético

do rebanho por meio da técnica de

Transferência de Embriões de FIV em

Tempo Fixo; e o Aplicativo Embaré Fomento,

um sistema inteligente de gestão

da produção leiteira disponibilizado gratuitamente

pela Alvoar Lácteos para seus

produtores parceiros.

Esses programas, garantiram que a

Alvoar Lácteos conseguisse um aumento

global na qualidade do leite, atingindo

os parâmetros exigidos por lei, conforme

o artigo 7 da Instrução Normativa n°

76/2018, do Ministério da Agricultura

e Pecuária (Mapa) que determina que “o

leite cru refrigerado de tanque individual

ou de uso comunitário deve apresentar

médias geométricas trimestrais de

Contagem Padrão em Placas (CPP) de,

no máximo, 300.000 UFC/ml (trezentas

mil unidades formadoras de colônia por

mililitro) e de Contagem de Células Somáticas

(CCS) de, no máximo, 500.000

CS/ml (quinhentas mil células por mililitro)”.

Por exemplo: uma das fazendas parceiras

trabalha com um leite que possui

uma Contagem Bacteriana Total (CBT)

muito baixa. Enquanto a CBT da legislação

brasileira é de 300, essa fazenda tem

cerca de dois. A Contagem de Células

Somáticas (CCS) também é muito baixa

- a legislação do País indica uma CCS de

no máximo 500 e a fazenda trabalha com

90. Ou seja, é um leite muito acima da

média na questão de qualidade.

É nessa melhoria que a Alvoar Lácteos

vem investindo. Só nos últimos dois

anos, foram aplicados mais de R$5,5 milhões

em mais de 12 mil visitas técnicas

e execução dos programas. O foco da

implementação desses projetos é estimular

o desenvolvimento e crescimento dos

parceiros da Alvoar Lácteos, para que

eles possam crescer junto com a empresa

e cumprir os desafios impostos pela

lei que trata sobre a qualidade do leite.

Desta forma, a Alvoar Lácteos ajuda no

crescimento sustentável dos parceiros,

aumentando sua produtividade e lucratividade

na produção leiteira.

A Alvoar Lácteos acredita que todo

o trabalho de qualidade tem que partir

do princípio de que estão sendo produzidos

alimentos de acordo com segurança,

assepsia, além do bem-estar e saúde dos

animais. A correlação é direta: o produtor

que tem qualidade tem mais rentabilidade.

90


91


REVISTA O GIROLANDO

MERCADO

Larissa Vieira

DIVULGAÇÃO

Girolando eternizado em joias

Diretora da Girolando Auroral Real e o casal Lisiane e Jairo

durante a Megaleite 2022

A produção de “agrojoias” foi a aposta certeira do criador gaúcho Jairo Andre Gorczevski

para impulsionar os negócios

Duas paixões dividem o dia a dia de

trabalho do gaúcho Jairo André Gorczevski:

pecuária e joias. De família de

pequenos produtores rurais, cria Gir

Leiteiro há mais de 20 anos e Girolando

há 12 anos, na Fazenda Lobo Guará,

localizada no município de Muitos

Capões, na região de Vacaria, nordeste

do Rio Grande do Sul. Apesar das

baixas temperaturas, os animais vêm

mostrando grande adaptabilidade e

boa produção de leite. “Já registramos

nove graus negativos e neve, sem que

isso interferisse no desempenho do

Girolando, o que nos fez apostar na seleção

da raça”, contou Gorczevski.

Com um rebanho composto de 80

animais, a produção de leite chega a

500 litros/dia, entregues a um laticínio

local. Como a seleção prioriza o uso

de touros A2A2 nos acasalamentos, a

Lobo Guará pretende em breve utilizar

o leite para a produção de queijo,

atendendo, assim, o nicho de mercado

dos leites A2A2, que está em expansão

no País. “Minas Gerais é famosa no

País por seu queijo artesanal. Já no Sul

temos o queijo serrano, com algumas

particularidades interessantes e que

garantem um sabor único. Ele é produzido

a partir de leite de vacas manejadas

em pastagens de campos nativos.

Na Serra Gaúcha foram identificadas

quase 40 ervas diferentes nas áreas de

campo nativo e que dão sabor especial

aos queijos”, explicou o criador.

A Fazenda Lobo Guará também é

produtora de genética, com rebanho

focado em animais CCG 1/2 e 5/8.

Segundo Gorczevski, há uma grande

demanda pela raça em sua região por

conta da grande adaptabilidade ao clima

mais frio e ao sistema de criação

a pasto. “O Girolando caiu como uma

luva para nós da região de Vacaria”, en-

92


LUCAS COSTA

fatizou Jairo André Gorczevski, que foi

um dos pioneiros no fomento da raça

no Rio Grande do Sul. Foi em sua gestão

como presidente do Núcleo Gaúcho

de Criadores de Gir Leiteiro que

a entidade incorporou a seu nome a

palavra Girolando.

Durante a Expointer 2018, Jairo

Gorczevski assinou convênio com a

Associação Brasileira dos Criadores de

Girolando para a inclusão do Núcleo

Gaúcho de Criadores de Gir Leiteiro e

Girolando no Programa de Fomento

da Raça Girolando. “Felizmente, com

a evolução dos programas de melhoramento,

que têm contribuído para a

produção de animais altamente produtivos,

e o trabalho de fomento do

Núcleo, a raça vem conquistando, aos

poucos, seu espaço”, assegurou. Atualmente

Gorczevski ocupa o cargo de

Tesoureiro do Núcleo Gaúcho.

Raças em joias – Como também

atua como empresário do setor de

joias, o pecuarista gaúcho viu no agro

uma oportunidade de inovar seu negócio.

“Trabalhávamos com pedras

naturais, porém, após algumas crises

Colar e botton da raça Girolando criados pela Salamanca

vividas pelo setor, tivemos de encontrar

alternativas para continuarmos

na atividade. Foi quando decidimos

colocar em prática nosso sonho antigo

de ter uma marca de semijoias, com a

temática de cavalos e rodeio. Criamos

a Salamanca Agrojoias, mas daí veio

a pandemia e novamente tivemos de

encontrar uma alternativa”, lembrou o

criador.

O nome e o símbolo da marca foram

inspirados na lenda gaúcha Salamanca

do Jarau, em que uma princesa

se transforma em uma Teniaguá, uma

espécie de lagartixa, com uma pedra

preciosa cintilante no lugar da cabeça,

cor de rubi.

A saída encontrada para viabilizar a

Salamanca Agrojoias foi criar uma ampla

linha de semijoias do agronegócio.

Jairo Gorczevski aproveitou seu conhecimento

na pecuária para criar várias

peças de raças bovinas, dentre elas o

Girolando. O trabalho personalizado

conta com a assessoria de zootecnistas

e jurados para que as peças retratem

fielmente as características raciais dos

animais. “Dentro da joalheria, os profissionais

que atuam na linha de produção

estão preparados para fazer um

coração, uma estrela, mas um animal

não. Já chegamos a refazer a matriz

das joias quase 20 vezes para que tudo

ficasse perfeito”, explicou. Tanto na fabricação

das joias quanto na pecuária,

ele atua em conjunto com a esposa, Lisiane

Telles Dias Gorczevski.

Hoje, a Salamanca conta com peças

que retrataram várias espécies de

animais, culturas agrícolas, além de

outras temáticas da vida rural. “Temos

em nossas coleções várias opções,

desde pingentes, botons, brincos, colares,

pulseiras etc. Todas têm grande

aceitação do público. Recentemente,

começamos a produzir peças da raça

Girolando e nossa proposta é continuar

inovando nossas joias”, concluiu o

criador.

Jairo e o ex-presidente da Girolando, Luiz Carlos Rodrigues,

durante assinatura de convênio na Expointer 2018

93


REVISTA O GIROLANDO

REVISTA O GIROLANDO

GIROLANDO KIDS

Davi Borges Magalhães - Fazenda Pau de Oleo -

Perdizes - MG

Helena Lages de Freitas - Fazenda Catulé -

Poté - MG

Maria Fernanda - Agropecuária Campos Lima -

Delfim Moreira - MG

Mateus Balderramas Borges - Parque de exposicao Bela Vista - Goias -

GO

Quer ver a foto do seu filho na revista Girolando? Envie a foto junto com o nome da criança e da

propriedade para o e-mail imprensa@girolando.com.br

94 92


95


REVISTA O GIROLANDO

NOVOS ASSOCIADOS

ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO

SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE MAIO, JUNHO E JULHO DE 2022.

Nº CRIADOR MUNÍCIPIO

10628 Agronegócios BH Ltda

Belo Horizonte – MG

10600 Agropecuária Córrego Fundo

Belo Horizonte – MG

10585 Agropecuária Monte Cristo

Vilhena – RO

10652 Alessandro Andrade de Oliveira

Irupi – ES

10630 Altamir Alves Pereira

Mineiros – GO

10623 Alvimar Alves Cardoso Filho

Montes Claros – MG

10590 Antônio Aureliano Peixoto

Campo Alegre de Goiás – GO

10622 Augusto Fernandes Parreira

Taguatinga – DF

10642 Bruno Gomes Meirelles

Barra Mansa – RJ

10599 Bruno Lima Vieira

Mantena – MG

10649 Carlos Alberto Damasceno

Taquaritinga – SP

10589 Célio Silva

Lagoa da Prata – MG

10647 Celso Luiz Rocha

Potirendaba – SP

10597 Cleyson Cortes de Carvalho

Vazante – MG

10620 Darci José do Couto

Arcos – MG

10621 Deiber Santana Queiroz

Iturama – MG

10615 Epamfe Participações S.A.

Mococa – SP

10579 Eraldo Missagia Serrão

Vila Velha – ES

10594 Evandro de Lacerda e Barros

Contagem – MG

10624 Fábio Barra Soares

Capinópolis – MG

10605 Fausto Carvalho Pereira

Belo Horizonte – MG

10569 Fernando Antônio Amorim Vilela

Doverlândia – GO

10573 Fernando Simões Azevedo

Belo Horizonte – MG

10635 Fertilife Desenvolvimento Produção Pecuária Ltda

Goiânia – GO

10604 Flávio Costa Lana e Souza

Belo Horizonte – MG

10572 Gilberto Nunes Guimarães

Uberlândia – MG

10588 Gilson Aparecido de Souza

Passos – MG

10643 Gustavo Coimbra Pereira

Patos de Minas – MG

10637 Heli Ferreira da Costa

Fortaleza – CE

10614 Henrique Andrade Bernardes/Heber Luiz V. Bernardes Belo Horizonte – MG

10629 Jeam Carlos Félix

Corrente – PI

10580 João Marcos Pereira

Ipanema – MG

10611 João Newton Pereira Lopes

Montes Claros – MG

10617 João Paulo Guimarães Vieira

Uberlândia – MG

10603 João Paulo Machado Simeão e outros Condomínio

Coromandel – MG

10601 João Vitor Menezes Lopes

Afonso Cláudio – ES

10646 Joaquim Alfredo Alves Noroes

Milagres – CE

10616 José Augusto Barbosa de Souza

São Francisco de Itabapoana – RJ

10613 José do Nascimento Ribeiro

Araxá – MG

10576 José dos Santos Sobrinho

Guaira – SP

PRESIDENTE:

Odilon de Rezende Barbosa Filho

VICE-PRESIDENTE:

Eugênio Deliberato Filho

1º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:

Marcos Amaral Teixeira

2º. DIRETOR-ADMINISTRATIVO:

Márcio Luís Mendonça Alvim

1º. DIRETOR-FINANCEIRO:

José Antônio da Silva Clemente

2º. DIRETOR-FINANCEIRO:

Luiz Fernando Reis

DIRETOR RELAÇÕES INST. E COMERCIAIS:

Domício José Gregório A. Silva

AL Alexandre Gondim da R. Oiticica

AL André Gama Ramalho

AL Marcos Ramos Costa

AM Ildo Lúcio Gardingo

AM Muni Lourenço Silva Júnior

BA Cláudio Micucci Vaz Almeida

BA Fernando Luiz Andrade Rocha

BA Francisco Peltier Queiroz Filho

BA Valdemir Acácio Osório

CE Diego Teixeira Brito

DF Léo Machado Ferreira

ES Rodrigo José Gonçalves Monteiro

ES Marcos Corteletti

GO Ildo Ferreira (in memoriam)

GO Adauto Luís Caumo

GO Rogério Omar Correa

MG Bernardo Sousa Lima Mattos

de Paiva

MG Wander Campos Marcos

MG Rodrigo Bernardo Silva

MG Alex Lima Alves

Nº CRIADOR MUNÍCIPIO

10607

10608

10587

10654

10596

10634

10636

10627

10595

10690

10570

10625

10651

10568

10650

10598

10618

10591

10619

10638

10633

10578

10640

10653

10592

10639

10602

10612

10581

10644

10575

10641

8113

10648

10586

10593

10574

10645

10626

10610

José Marcos dos Santos

José Orlando Vieira

Jose Ribeiro Trindade

Júlio César Fonseca de Calazans

Júlio Cézar de Melo Campelo

Júnior Ferreira Sales

Karine Gabrielli Lima de Souza

LD Agropecuária Ltda

Leandro Meirelles Veiga

Leonardo Gouveia Olhê Blanck

Lucas Amaral de Paula

Lucas da Costa Dutra

Lucas Ferreira Queiroz

Luciano de Castro Pereira

Luis Fernando Vieira

Manuela Pires Monteiro da Gama

Marcelo Gontijo Magalhães

Marciana Cristina Ferreira

Maria Alzira de Oliveira Aguiar

Maria Rita Monteiro Santos

Mateus Ayupe Resende de Lima

Maurina Linhares de Moura Vieira

Michel Sequeto Giela

N.S. Ribeiro Serviços de Laboratórios Eireli

Orleans Cley Vieira Nascimento

Otaviano de Souza Pires Neto

Pedro Paulo Gomes de Castro

Roberto Sanches Russano

Robson Meleipe Machado

Ronivaldo da Silva Souza

Samuel Custódio de Souza Filho

Sebastião Ramos Rosa

Sembra Técnicas e Produtos de Reprodução Ltda

Thiago Antônio dos Santos

Thiago Augusto Campos de Moura Sousa

Thiago Vilela Tristão

Valdeci Antônio Coimbra

Welington Gabriel Marques Andrade

Wellington Andraus

Wilson Vaini Filho

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2020-2022

Conselho de Representantes Estaduais:

MG Luiz Cláudio Bastos de Moura

MG José Eduardo Coelho Branco

Junqueira Ferraz

MG Paulo Roberto Andrade Cunha

MG Evandro do Carmo Guimaraes

MG João Machado Prata Junior

MG Rodrigo Lauar Lignani

MG Arildo Benetti Ferreira

MG Rubens Balieiro de Souza

MG Maria Cristina Alves Garcia

MG Maria Helena Freitas dos Santos

MG Marcelo Pinto Pelegrini Cancela

MG José Coelho da Rocha

MG Roberto de Azevedo Rezende

MG Sérgio Reis Peixoto

MG João Dario Ribeiro

MS Fábio Taveira Sandim

MS Gustavo Henrique Panucci da Silva

MS Thiago Barros Xavier

MS Thiago Nogueira Lemos

MT Aylon David Neves

DIRETOR TÉCNICO CIENTÍFICO:

José Renato Chiari

DIRETOR DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS:

Tatiane Almeida Drummond Tetzner

DIRETOR DE FOMENTO E EVENTOS:

Aurora Trefzger Cinato Real

CONSELHO FISCAL:

Afonso Celso de Resende

Alexandre Honorato

José Luiz Zago

CONSELHO CONSULTIVO:

Everardo Leonel Hostalácio

Alexandre Lopes Lacerda

Paulo Cruz Martins Junqueira

PA Adelino Junqueira Franco Neto

PB Antônio Dimas Cabral

PE Cristiano Nobrega Malta

PI José Gomes do Amaral Neto

PR Ronald Rabbers

PR Bernardo Garcia de Araújo Jorge

RJ Cipriano Bairral

RJ Jean Vic Mesabarba e Aguiar Arrabal

de M. Vicente

RJ André Luís Gonçalves de Souza

RJ José Gabriel Souza Machado

RN Ricardo José Roriz da Rocha

RN Alexandre Carlos Mendes

RN Manoel Montenegro Neto

RO Darcy Afonso da Silva Neto

RO Gilberto Assis Miranda

RO Otayr Costa Filho

RS Álvaro José Bombonatto

RS José Adalmir Ribeiro do Amaral

RS Roberta Quinteiro de Medeiros Rigol

SE Lafayette Franco Sobral

Poço Redondo – SE

Poço Redondo – SE

Tobias Barreto – SE

Curvelo - MG

Rio de Janeiro – RJ

Governador Valadares – MG

Bom Despacho – MG

Mossoró – RN

Leopoldina – MG

Araguaina – TO

Cruzeiro da Fortaleza – MG

Caiacó - RN

Nova Lima – MG

Rio Verde – GO

Limeira – SP

Ribeirão Preto – SP

São Paulo – SP

Raul Soares – MG

Cumari – GO

Itabuna – BA

Descoberto – MG

Araputanga – MT

Descoberto – MG

Parauapebas – PA

Porto da Folha – SE

Montes Claros – MG

Lagoa da Prata – MG

Angatuba – SP

Medina – MG

Bom Jardim – RJ

Galiléia – MG

Goiatuba – GO

Barretos – SP

Frei Paulo – SE

Santana do Garambéu – MG

São Paulo SP

Anápolis – GO

Miracema – RJ

Iturama – MG

Monte Carmelo – MG

Marcelo Renck Real

Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro

SUPLENTES CONSELHO FISCAL:

Marcos José de Paiva

Gustavo Frederico Burger Aguiar

João Eduardo Benini Reis

SUPLENTES DO CONSELHO CONSULTIVO:

Adaulto Augusto Nascimento Feitosa

Paulo Victor Sousa Machado

Leonardo Xavier Gonçalves

Nelson Ariza

Olavo de Resende Barros Junior

SE João Bosco Machado

SP Rubens Aparecido Câmara Júnior

SP Raul de Oliveira Andrade Neto

SP Paulo Gabriel Reis Nader

SP Eduardo Lopes de Freitas

SP Pedro Luiz Dias

SP Fructuoso Roberto de Lima Filho

SP Roberta Bertin Barros

SP Alexandre Pereira da Costa

SP Paulo Massanori Yamamoto

SP Fernando Antônio de Macedo

TO Napoleão Machado Prata

CDT

Membros Natos

Fernando Augusto, Leandro Paiva

Membros Efetivos

Edivaldo Júnior, Fábio Fogaça, Gustavo Gonçalves,

José Renato Chiari, Maurício Coelho, Marcello Mamedes,

Olavo Barros Júnior, Samuel Bastos, Tiago Ferreira

96


REVISTA O GIROLANDO

GIROLANDO E VOCÊ

Eleição na Girolando

O calendário das ações referentes ao pleito foi divulgado pela entidade

Agendada para o dia 18 de

outubro de 2022, a eleição para

a escolha da Diretoria Executiva

da Associação Brasileira

dos Criadores de Girolando

– Gestão 2023/2025 terá duas

modalidades de voto. Serão

permitidos o voto eletrônico e

o voto por correspondência. O

programa de votação eletrônica

será o mesmo utilizado na

eleição passada, elaborado pela

área de Tecnologia da Informação

da Girolando, por meio de

cadastro eletrônico de usuário

e senha em uso para acesso ao

Portal Webgirolando.

Será instalado na sede da

Girolando, em Uberaba/MG,

um equipamento para a coleta

de votos eletrônicos dos associados

que participem da Assembleia

Geral Ordinária de

Eleição. Já o voto por correspondência

será válido se rece-

bido até as 18 horas do dia da

realização do pleito. No envelope

branco e opaco, o associado

colocará a cédula com o

voto, que indicará um “X” no

quadro ao lado da chapa completa

escolhida e o fechará.

Todas as regras para a votação

por correspondência e online

estão disponíveis no documento

“REGULAMENTO DAS MO-

DALIDADES DE VOTAÇÃO”,

publicado no site da Girolando

(www.girolando.com.br), bem

como todos os editais, documentos

e orientações sobre o

pleito.

Comissão Eleitoral

A Comissão Eleitoral já foi

definida e será presidida pela

advogada da entidade, Juliana

Maria Prata Borges Silva, e

ainda terá como membros o assessor

Executivo da Diretoria,

José Mauad Filho, e o coordenador

Operacional do PMGG,

Edivaldo Ferreira Júnior. Caberá

à Comissão Eleitoral decidir

sobre todas as questões relativas

ao registro de chapas ou

quaisquer outras que se refiram

ao processo eleitoral.

Calendário Eleitoral

29 de julho de 2022 – Último

dia para a publicação do Edital

de Convocação da AGO;

18 de agosto de 2022 – Último

dia para apresentação e registro

de chapas completas;

21 de agosto de 2022 – Publicação

das Chapas completas

recebidas;

16 de setembro de 2022 – último

dia para que o Associado

solicite à Comissão Eleitoral o

material para votação por correspondência.

18 de outubro de 2022 – Dia

de votação.

97


FALE CONOSCO

Nome Cargo/Profi ssão Telefone Email Cidade/UF

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

Depto. Financeiro / ADM / MKT

Dúvidas / Reclamações: faleconosco@girolando.com.br

EQUIPE DE CONSULTORES TÉCNICOS DO SRGRG

TÉCNICOS PMGG SUP. TÉCNICA

ADT

Assessoria de Imprensa

Assessoria Executiva da Diretoria

Bottons

Cobrança

Compras

Contabilidade

Contas a pagar

Controle Leiteiro

Departamento do Colégio de Jurados

DNA

Faturamento

Genealogia

Gerência de Projetos

Grife

Marketing

PMGG / Teste de Progênie

Protocolo

Recursos Humanos

Reprodutivo

Secretaria Executiva da Diretoria

Secretaria Executiva do Departamento Técnico

Superintendência Administrativa e Financeira

Superintendência de Tecnologia da Informação

Web Girolando

Edivaldo Ferreira Júnior Sup. Téc. Suplente - Coord. PMGG - Zootecnista

Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico - Zootecnista

Mariana D Angelo Moreno Trainee

Yasmine Micaella Lopes Loubach e Silva Trainee

Frederico Eduardo Martins de Paiva

José Wagner Borges Júnior

André Nogueira Junqueira

Antônio Carlos Alves Brum

Ariana de Miranda Barros

Breno de Morais Cavalcanti

Cléssio José Gomes Moreira

Dagmar Aparecido Rezende Ferreira

Diogo Balderramas Hulpan Pereira

Érico Maisano Ribeiro

Euclides Prata dos Santos Neto

Fernando Boaventura Oliveira

Gabriel Khoury da Costa

George Abreu

Geraldo Victor Rodrigues

Gilmar Sartori Júnior

José Renes da Silva

Juscelino Alves Ferreira

Katilene Lima de Morais

Limírio Cézar Bizinotto

Marcello de Aguiar R. Cembranell

Maurício Bueno Venâncio Silva

Nilton Cézar Barcelos Júnior

Pétros Camara Medeiros

Raphael Henrique Machado Stacanelli

Samuel Silva Bastos

Thiago Cavalcanti de Almeida

Wewerton Bibiano Resende Rodrigues

Consultor Técnico - Zootecnista

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Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: girolando@girolando.com.br

(34) 99113-2315 / 99686-3813

(34) 99108-1925 / 99998-2928

(34) 3331-6000

(34) 3331-6000

(34) 99159-3213

(34) 98823-8267 / 99971-4367

(37)99964-8872]/(31)99413-3808

(33) 99905-6480

(94) 99154-0569

(79) 99988-3326 / 99125-1393

(88) 99608-4982 / 99272-5788

(67) 99679-3440

(61) 99853-1020

(28) 99939-1501

(34) 99972-3965

(34) 99248-0302

(75) 99981-0581/(34)99284-0581

(89) 999046484

(38) 99168-7566

(43) 9972-7576

(34) 99972-7882 / 99113-9613

(34) 99978-2237

(64) 99600-1814

(34) 99972-2820

(34)98851-2831/(51) 98047-7565

(65) 9920-2004

(34)98403-7452/(17) 99656-3380

(31) 97512-3456

(37)99919-7808 /(34)99969-1517

(12) 99606-5779 / 98120-0879

(81) 99945-6439

(32) 99979-6419 / 99105-8015

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Uberaba/MG

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Uberaba/MG

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Uberaba/MG

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