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A luz que percorre a varanda é emitida de forma sutil por projetores de LED fixos como arandelas na grande viga de transição. Parte deles, de facho fechado, joga a luz para o teto, que, por sua vez, rebate a iluminação de forma difusa e homogênea. A outra parte dos projetores, com fachos abertos e assimétricos (400 lm, 4 W, 2.700 K, IRC 80), valoriza percursos e ilhas de estar da área externa. Em um efeito poético, o desenho dos brises de cumaru é projetado na laje de concreto da cobertura, o que também acontece com a vegetação, cuja silhueta é estampada nas fachadas de madeira ripada e na laje de cobertura. Um dos espaços mais ousados da casa é o home theater, uma caixa envidraçada que parece flutuar, pendurada em vigas invertidas de concreto. Durante o dia, essa sala translúcida é protegida da incidência direta dos raios solares pelos brises de madeira. À noite, o ambiente é iluminado somente por três lumi nárias decorativas de piso que irradiam uma luz cálida agradável. Outro ambiente que ganha vida e profundidade à noite é a grande sala de estar cercada de vidro, cujo mobiliário é valo rizado por embutidos duplos de LED no forro de madeira, em um layout que Castilha define como “caótico”. Em abundância na casa, a madeira confere unidade ao conjunto arquitetônico, além de ritmo, sobretudo com a presença dos brises móveis. O material também proporciona uma atmosfera aconchegante, assim como a iluminação acolhedora. “A luz realça, permeia os espaços de forma sutil e orgânica, sem ser explícita. As soluções são integradas à arquitetura em vez de serem sobrepostas a ela”, explica o lighting designer. 44
CASA CUMARU Barueri, Brasil Projeto de iluminação: Castilha Iluminação Marcos Castilha (arquiteto titular) Larissa Oliveira (arquiteta colaboradora) Projeto de arquitetura: FGMF Projeto de paisagismo: Daniel Nunes Fornecedores: LIS Iluminação e Lumini 45
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