Revista da Misericórdia #46
MAIORIADADES foi o tema lançado para reflexão nesta última edição da Revista da Misericórdia. Logo a partir da capa, que reflete a Dendrocronologia (método científico pelo qual se define a idade de uma árvore com base no crescimento dos anéis do seu tronco), convidamos à descoberta do seu interior e às reflexões ali presentes. Destacamos a entrevista a Manuel Sobrinho Simões, onde assume que “envelhecer é uma chatice”, passando por outros textos que defendem a valorização de todas as idades como sendo MAIORES. Porque a IDADE não é um simples número, importa considerar as contribuições de cada geração e, como sociedade, mudarmos o pensamento.
MAIORIADADES foi o tema lançado para reflexão nesta última edição da Revista da Misericórdia.
Logo a partir da capa, que reflete a Dendrocronologia (método científico pelo qual se define a idade de uma árvore com base no crescimento dos anéis do seu tronco), convidamos à descoberta do seu interior e às reflexões ali presentes. Destacamos a entrevista a Manuel Sobrinho Simões, onde assume que “envelhecer é uma chatice”, passando por outros textos que defendem a valorização de todas as idades como sendo MAIORES. Porque a IDADE não é um simples número, importa considerar as contribuições de cada geração e, como sociedade, mudarmos o pensamento.
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Ação
Social e
Comunidade
No mesmo domínio cénico, a exposição SinCera trouxe-nos as
máscaras. As máscaras que outrora traziam as mulheres ao
palco quando este espaço lhes era oficialmente interdito. As
máscaras também noutros tempos usadas em bailes e
cerimónias para ocultar a identidade. As máscaras que
carregamos ainda hoje para esconder a verdade.
Diz Machado de Assis que “A dissimulação é um dever quando
a sinceridade é um perigo”. Em contexto protegido,
convidamos as mulheres acolhidas na Casa Abrigo D. Maria
Magalhães, a depor as suas máscaras. A materializar o
momento da denúncia e, por conseguinte, o fim de uma de
normalidade fingida. A verdade despida de medos,
estereótipos e preconceitos. E do debate entre a aparência e a
essência, um novo Ato.
Sob a orientação da artista plástica Filipa Godinho,
SinCera trouxe-nos o testemunho cru, honesto e franco das
mulheres acolhidas na Casa Abrigo. •
POR MARIA JOÃO FERNANDES (COORDENADORA DA CASA ABRIGO D. MARIA
MAGALHÃES)