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Novembro 2009 - eBooksBrasil

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Um porto seguro e alegre.<br />

A convivência e a amizade com Yara, só nos fizeram crescer.<br />

Beijos da família Iovanovitchi<br />

Nena Inoue – Atriz. Produtora cultural. Diretora teatral. Responsável pelo Ateliê<br />

de Criação Teatral - ACT. Ex-diretora artística do CCTG.<br />

Fácil e difícil escrever sobre Yara Sarmento. Uma responsabilidade, a de reduzir em<br />

palavras uma mulher em constante prática de seu discurso, além de que seu nome<br />

(constato neste exato momento em que escrevo), é possivelmente o mais respeitado no<br />

teatro paranaense. Por aqueles que a amam e pelos que a temem. Eu, me incluo nos<br />

primeiros.<br />

Conheço-a ao cubo: como militante, como profissional, como pessoa. Três vezes ética.<br />

Como militante, uma leoa nos direitos das “cênicas” (como ela gosta de dizer). Já falei<br />

inúmeras vezes pra largar mão que a vida ao redor vale mais a pena. E até já me disse,<br />

algumas vezes, que tenho razão... mas continua firme nessa vida de “assembléias”,<br />

“fóruns” e “gralhas”. Afinal, alguém tem que fazer. E ela tem feito, sempre e tanto que<br />

a trajetória de Yara é a própria história da militância das artes cênicas.<br />

Uma vez ela me disse que a diretoria artística é a alma do Teatro Guaíra. É verdade. E<br />

no período em que diretora ali estive, a alma da “Casa”, atesto aqui sem desmerecer<br />

outros excelentes funcionários, foi a incansável Yara Sarmento.<br />

Como pessoa, inteligente, educada, culta, agradável, simpática, etc, etc, etc... Se é<br />

verdade que a caligrafia traduz mesmo a personalidade, vamos pois aos fatos<br />

incontestáveis: sua letrinha miúda, quase ilegível de tão pequena, denuncia sua<br />

delicadíssima natureza (não uso superlativos, mas neste caso, necessário se faz) pois<br />

quem a conhece, sabe.<br />

Mas essa Yara de superlativos vários, não é perfeita: não se cuida como cuida dos<br />

outros, não se olha como olha por todos, não se movimenta como se movimenta pela<br />

classe. Se ela direcionasse a si própria um pequeno percentual dessa sua dedicação<br />

coletiva, certamente estaria muito, muito mais bem cuidada.<br />

Mas já que sua vocação é a do coletivo, de minha parte, como cidadã, só me resta<br />

reconhecer o que esta mulher tem feito e continua fazendo por esta classe de artistas. E<br />

como amiga, dizer que a amo (e como ela sabe, digo isso a poucos, muito poucos).<br />

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