15.02.2013 Views

iii FEBRE REUMÁTICA

iii FEBRE REUMÁTICA

iii FEBRE REUMÁTICA

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

PAZIN-FILHO A e cols.<br />

Papel da Doppler<br />

ecocardiografia no<br />

diagnóstico e no<br />

prognóstico da febre<br />

reumática aguda<br />

complicador no diagnóstico<br />

diferencial com regurgitações<br />

fisiológicas.<br />

O uso de estudos Doppler<br />

ecocardiográficos seriados<br />

tem sido proposto<br />

como alternativa para facilitar<br />

a diferenciação entre<br />

alterações fisiológicas<br />

e alterações patológicas<br />

incipientes. Embora a detecção<br />

de anormalidades<br />

persistentes, envolvimento de múltiplas valvas e progressão<br />

da doença possa ampliar a especificidade dos<br />

achados ecocardiográficos, os estudos seriados podem<br />

retardar o diagnóstico.<br />

IMPACTO DA DETECÇÃO DE<br />

CARDITE SUBCLÍNICA<br />

A presença de manifestações clínicas de cardite reumática<br />

tem impacto sobre a conduta terapêutica, implicando<br />

a indicação de corticosteróides, bem como so-<br />

Tabela 2. Prevalência de cardite clínica e subclínica, tempo de seguimento e persistência das lesões documentadas<br />

pela Doppler ecocardiografia em estudos clínicos que avaliaram a evolução de pacientes com cardite<br />

reumática subclínica no primeiro episódio.<br />

Cardite Cardite Persistência<br />

Estudo n clínica (%) subclínica (%) Seguimento das lesões<br />

Figueroa 35 15 (43%) 10 (29%) 1 (32) e 5 (17) anos 3 em 6 avaliados<br />

e cols. (16) com 5 anos de<br />

evolução (50%)<br />

Hilário 22 8 (36,4%) 2 (14,3%) 3, 6 e 24 meses 3 (60%)<br />

e cols. (17) Fase inicial<br />

5 (35%)<br />

3 meses<br />

Ozkutlu 26 — 14 (53,8%) 1 a 10 meses 10 (71,4%)<br />

e cols. (9) (média 4,52 meses);<br />

seguimento<br />

ecocardiográfico a<br />

cada 2 semanas nos<br />

pacientes com cardite<br />

Lanna 40 70% 2 (16,7%) 8,1 anos ± 0,6 ano 2 (100%)<br />

e cols. (18) Fase inicial (7,7-9,7 anos);<br />

seguimento com<br />

1, 3 e 6 meses<br />

inicialmente e<br />

anualmente após<br />

Ozkutlu 40 — 40 (100%) 18,1 + 13,9 meses 17 (42,5%)<br />

e cols.(19)<br />

n = número de pacientes<br />

bre o prognóstico a longo prazo, uma vez que uma proporção<br />

desses pacientes irá desenvolver lesões valvares<br />

residuais. Já a presença de cardite subclínica tem<br />

implicações terapêuticas e prognósticas menos estabelecidas<br />

e ainda debatidas na literatura.<br />

A análise do impacto prognóstico fica bastante prejudicada,<br />

por um lado, porque múltiplos estudos realizados<br />

na literatura, quando não se dispunha do estudo<br />

Doppler ecocardiográfico, não foram capazes de estabelecer<br />

o diagnóstico de cardite reumática subclínica.<br />

Isso fez com que esses pacientes fossem incluídos no<br />

grupo sem evidências de cardite, mostrando bom prognóstico<br />

durante a evolução. Esse bom prognóstico poderia,<br />

assim, ser, em parte, atribuído à possível resolução<br />

espontânea dessas alterações ecocardiográficas<br />

durante a evolução do quadro, o que tem determinado<br />

o questionamento desses dados (Tab. 2).<br />

Figueroa e colaboradores (16) estudaram 35 pacientes<br />

com diagnóstico de surto agudo de febre reumática<br />

utilizando os critérios modificados de Jones, submetendo-os<br />

a avaliação clínica e Doppler ecocardiográfica.<br />

Esses pacientes foram acompanhados, repetindo<br />

a avaliação com um ano (32 pacientes) e cinco<br />

Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo — Vol 15 — N o 1 — Janeiro/Fevereiro de 2005 43

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!