EUROTRANSPORTE115
Revista Eurotransporte n.º 115 - tudo sobre o transporte profissional, logística e aftermarket
Revista Eurotransporte n.º 115 - tudo sobre o transporte profissional, logística e aftermarket
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euro<br />
Transporte<br />
R E V I S T A<br />
2020 | N.º 115 | Março/Abril | Bimestral | Director: Eduardo Carvalho | Preço Cont.: 3,50 Euros<br />
Volvo Trucks<br />
Desenhado a pensar<br />
no motorista<br />
parts-specialists.com<br />
Novo Microsite<br />
para mecânicos<br />
O melhor MAN de sempre!<br />
Ford Ranger Raptor<br />
Concebido para conquistar<br />
euro<br />
Transporte<br />
VW Caddy<br />
Preparada<br />
para o futuro<br />
Exclusivo Nacional<br />
Ensaio Actros<br />
Mercedes-Benz de Excelência<br />
E s p e c i a l F u r g õ e s E l é C t r i c o s E M P O R T U G A L
SUMÁRIO<br />
Mercedes-BENZ Actros:<br />
“International Truck<br />
of the Year 2020”.<br />
Não venceu o galardão<br />
apenas porque sim.<br />
Foi mesmo porque o mereceu.<br />
O Actros, da construtora alemã<br />
de veículos, ostenta o título<br />
durante o ano de 2020 de<br />
“International Truck of the Year”.<br />
A Eurotransporte conduziu-o<br />
nas estradas portuguesas<br />
e atesta a qualidade do modelo.<br />
Págs. 30 a 34<br />
TECNOLOGIAS DE INFOrMAÇÃO<br />
A crise da COVID-19 é aguda em muitas vertentes,<br />
incluindo a da logística, mas como todas as crises tem<br />
um princípio, um meio e um fim. Talvez algumas coisas<br />
nunca mais venham a ser como eram anteriormente,<br />
mas aquela realidade estável que conhecemos como<br />
normalidade regressará.<br />
ENTREVISTA<br />
Com um peso significativo no sector dos transportes<br />
em Portugal, a Associação dos Transitários de Portugal,<br />
através do seu presidente executivo, António Martins,<br />
falou à Eurotransporte as preocupações que a<br />
Associação tem quanto ao futuro dos transportes de<br />
mercadorias em Portugal.<br />
ELÉCTRICOS<br />
A Toyota e a Hino estão a desenvolver um novo camião<br />
eléctrico a pilha de combustível (FCEV - Fuel Cell Electric<br />
Vehicle) de hidrogénio. O modelo Profia, da Hino, é a<br />
base daquele que será o novo camião zero emissões das<br />
empresas nipónicas..<br />
euro<br />
Transporte<br />
S U P L E M E N T O M A I S<br />
+<br />
PESADOS<br />
Sempre com a mesma determinação, a Renault Trucks<br />
apresentou as suas mais recentes versões dos camiões<br />
de Distribuição e Longo Curso, os modelos D e D Wide<br />
e T e T High, respectivamente. A Eurotransporte foi<br />
espreitar e mostra-lhe as novidades.<br />
CONSULTÓRIO DE SEGURANÇA<br />
Paradoxo. E se de repente tivéssemos “zero mortes”<br />
na estrada?<br />
Suponha que essa notícia era de 2020, tal como esta<br />
crise pandémica que está a parar o mundo, parece<br />
retirada de um livro de ficção científica.<br />
MT Transporte Transporte<br />
FURGÕES<br />
etros<br />
MAIS EUROTRANSPORTE<br />
Com este “Caderno Especial”, a Eurotransporte pretende<br />
dar a conhecer as ofertas que as marcas dispõem, em<br />
Portugal, para oferecer aos potenciais compradores de<br />
veículos comerciais eléctricos ou electrificados. Também<br />
ouvimos, em entrevista, o presidente da Associação de<br />
Utilizadores de Veículos Eléctricos, Henrique Sánchez.<br />
<br />
euro<br />
Transporte<br />
1
editorial<br />
euro<br />
Transporte<br />
R E V I S T A<br />
Director<br />
Eduardo de Carvalho<br />
Editor<br />
José Costa<br />
text0 josé costa<br />
editor<br />
Rumo ao futuro<br />
A<br />
construção de veículos automóveis comerciais, ligeiros e pesados, está a mudar. E<br />
está a mudar para melhor. Hoje, quando uma empresa ou particular pretende adquirir<br />
um veículo deste sector motorizado, já não procura apenas a marca, mas sobretudo<br />
privilegia tudo o que o construtor tem para oferecer dentro e fora do veículo,<br />
rumo ao futuro.<br />
Assim, desde as simples ajudas à condução até à conectividade, passando pelo apoio ao<br />
cliente, tudo é levado em conta na hora de adquirir um veículo comercial, seja ele ligeiro ou<br />
pesado. Cientes de que cada vez mais os clientes são exigentes e atentos a tudo o que se<br />
faz ou cria no sector, os construtores foram para o terreno e, em vez de colocarem apenas<br />
as ideias dos seus engenheiros em prática, ouviram aqueles que todos os dias conduzem<br />
os veículos, com especial incidência nos motoristas de veículos pesados de mercadorias<br />
de longo curso, afinal aqueles que mais tempo passam dentro das cabinas dos<br />
seus camiões.<br />
Sempre com o propósito de ir ao encontro daquilo que melhor serve os profissionais (verdadeiros<br />
heróis nos tempos de crise que atravessamos, combatendo na linha da frente<br />
o coronavírus), e de ajudá-los no desempenho da sua função, os construtores começam<br />
a colocar em prática soluções que nasceram da constante troca de informação entre engenheiros<br />
e motoristas. O espaço da cabina, a posição dos botões, os ajustes dos manípulos<br />
e volante, os bancos, as camas de descanso, enfim uma panóplia de situações que<br />
foram (e muito, dizemos nós), melhoradas com o contributo de todos aqueles que no seu<br />
dia-a-dia têm como profissão fazer chegar as mercadorias que transportam ao seu destino<br />
usando para tal o camião.<br />
Por isso, não é de estranhar que praticamente todos os construtores deste segmento de<br />
veículos apresentem soluções nos seus novos modelos que cativam todos os que têm o<br />
propósito de os adquirir.<br />
Hoje, no que aos comerciais ligeiros diz respeito, por exemplo, é importante para a empresa<br />
que o veículo a comprar, para além de um transporte seja, também, um “escritório” onde<br />
a conectividade é ponto importante. Veículos não conectados fazem parte do passado<br />
e os construtores sabem isso muito bem. Outra das preocupações de quem compra é o<br />
ambiente, palavra que está na ordem do dia. Aí as respostas dos construtores são maiores<br />
nos ligeiros em detrimento dos pesados. Mas caminhamos a passos largos para que a<br />
energia alternativa combata a combustão e, estamos em crer, que muito em breve todos<br />
os veículos comerciais passarão a usar energias alternativas.<br />
Enfim, é o mundo a mudar e com ele os hábitos e demais situações a que todos temos de<br />
nos adaptar com vista a um futuro mais rentável, sustentável e melhor.<br />
Chefe de Redacção<br />
Cátia Mogo<br />
Redacção<br />
Ana Filipe<br />
Ana Rita Moura<br />
Marta Clemente<br />
Direcção de Comunicação e Marketing<br />
Nuno Francisco<br />
Publicidade<br />
David Pereira da Silva<br />
José Afra Rosa<br />
Assinaturas<br />
Fernanda Teixeira<br />
Colaboradores<br />
António Macedo; Bruno Oliveira ;<br />
Filipe Carvalho e Frederico Gomes<br />
EDITORA INVESPORTE,<br />
EDITORA DE PUBLICAÇÕES<br />
Edição, Redacção e Administração<br />
R. Maria Pimentel Montenegro, 5B<br />
1500-439 Lisboa<br />
Telefone: 215914293<br />
Email: eurotransporte@invesporte.pt<br />
Web: www.eurotransporte.pt<br />
Propriedade<br />
Eduardo de Carvalho<br />
Registo ERC: Nº 123724<br />
Impressão<br />
Monterreina – Área Empresarial Andalucia -<br />
28320 Pinto Madrid – Espanha<br />
Distribuição<br />
VASP – DISTRIBUIDORA<br />
DE PUBLICAÇÕES, SA.<br />
Media Logistics Park – Quinta do Grajal<br />
Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém<br />
Tiragem média: 30.000 Exemplares<br />
Depósito legal: Nº 159585/00<br />
Estatuto Editorial: https://bit.ly/2tvHlw6<br />
2 Transporte<br />
euro
ENTREVISTA<br />
António Martins, realista em entrevista à Eurotransporte<br />
“Temos de acreditar<br />
nas soluções e não<br />
nos problemas”<br />
Cita Richard Branson (“As oportunidades de negócio são como os autocarros. Está sempre<br />
outro a chegar”) e tem uma visão bastante global do sector aliada a um optimismo real de como<br />
tudo será depois de debelada a crise da COVID-19. Reerguer a economia, acreditar nas soluções<br />
e não nos problemas é o que António Martins, Presidente Executivo da APAT, defende para a<br />
recuperação do país, entre outras medidas proferidas à Eurotransporte.<br />
text0 josé costa<br />
Com um peso significativo<br />
no sector dos transportes<br />
em Portugal, a Associação<br />
dos Transitários de Portugal,<br />
vulgarmente conhecida por APAT, é<br />
uma das maiores organizações nacionais<br />
do sector dos transportes,<br />
representando um vasto número<br />
de empresas que se dedicam à<br />
actividade transitária. Nesta altura<br />
de crise devido à propagação<br />
da COVID-19, a Eurotransporte<br />
foi ao encontro do Director Executivo<br />
desta organização, António<br />
Martins, que nos indicou o caminho rumo ao<br />
futuro dos transportes de mercadorias em<br />
Portugal.<br />
EUROTRANSPORTE - Temos vindo a assistir<br />
a várias associações congéneres da<br />
APAT na Europa a participar em resoluções<br />
que visam o aligeirar do funcionamento dos<br />
profissionais do sector. Em Portugal o que é<br />
que a APAT já protagonizou nesta matéria?<br />
ANTÓNIO MARTINS - A APAT tem actuado<br />
em duas frentes. Ou seja, temos participado<br />
activamente com as associações internacionais<br />
onde nos fazemos representar, nomeadamente<br />
a CLECAT e a FIATA, onde temos<br />
feito fazer chegar algumas das nossas preocupações<br />
de forma a podermos ter uma voz<br />
mais activa junto da UE. Já no que diz respeito<br />
ao Governo português fizemos chegar carta<br />
aos quatro ministérios que têm responsabilidades<br />
e mais impacto com a actividade<br />
transitária, nomeadamente Finanças, Economia,<br />
Trabalho e Infraestruturas.<br />
4 Transporte<br />
euro<br />
Que medidas já solicitaram à Tutela?<br />
A APAT reconhece que o Governo já tomou<br />
medidas difíceis, complicadas e mitigadoras<br />
da situação e algumas são muito coincidentes<br />
com as preconizadas pela Associação. Reconhecemos<br />
que outras ainda não tiveram acolhimento<br />
junto do Governo, que em nossa opinião<br />
são igualmente importantes e de ajuda às<br />
empresas e aos empresários.<br />
Essas medidas foram reivindicações?<br />
O objectivo da APAT não foi tanto reivindicar,<br />
mas indicar ou sugerir algumas medidas adicionais<br />
àquelas que o Governo decidiu numa<br />
primeira reacção e que, num primeiro momento,<br />
permitissem fazer chegar os bens e produtos<br />
de primeira necessidade a quem mais precisa<br />
deles.<br />
“Nunca ninguém pensou<br />
numa situação destas”<br />
Na opinião da APAT como é que os transitários<br />
vão sobreviver a esta crise?<br />
Estamos perante circunstâncias completamente<br />
extraordinárias e diria mesmo<br />
excepcionalmente extraordinárias.<br />
Nunca, nem nos nossos piores<br />
sonhos, antevimos uma situação<br />
destas.<br />
Tal como já referi, entendo que depois<br />
desta crise tudo será diferente.<br />
A maneira como vamos passar<br />
a viver, passar a consumir, passar a<br />
vender e acima de tudo como perspectivamos<br />
o futuro que havemos<br />
de ter. Numa altura em que a crise<br />
se instalou e toda a sociedade está<br />
igualmente a adaptar-se a esta nova<br />
realidade, é normal que as empresas transitárias<br />
tenham que fazer mudanças e adaptar<br />
processos. Cada empresa precisa de traçar<br />
um plano de acção para que consiga manter a<br />
sua actividade para quando tudo voltar a ser<br />
normal. É fundamental preparar as suas estruturas<br />
para as mudanças que se avizinham de<br />
modo a minimizar as possibilidades de crise<br />
futura e assim poder voltar ao normal.<br />
Por outro lado, julgamos ser quase impossível<br />
perceber como vai ser o “dia seguinte”, no<br />
entanto para recuperar a economia nacional<br />
perspectivamos que terá de haver uma grande<br />
aposta na internacionalização, logo no transporte<br />
internacional de bens e é nesta matéria<br />
que o transitário é fundamental para a consecução<br />
desses negócios.<br />
As medidas anunciadas pelo Governo de<br />
apoio, servem aos transitários?<br />
Julgamos que as medidas anunciadas servem<br />
todas empresas. Se são ou não suficientes, é<br />
outra questão. Os impactos desta crise serão<br />
dolorosos e agudos e a receita e medicação
não deve ser igual para todas as empresas. Estas<br />
medidas do Governo obviamente que são<br />
um importante paliativo, mas entendemos que<br />
o que será importante será a injecção directa<br />
de capital, porque há empresas que irão ter dificuldades<br />
completamente extraordinárias e<br />
que se situam em toda a cadeia logística e por<br />
isso mesmo impõe-se a adopção de medidas<br />
especificas de mitigação dos tremendos efeitos<br />
negativos a que se vêem sujeitas, sob pena<br />
de estar em causa a sua sobrevivência. Se<br />
esta área de negócio não ficar saudável, Portugal<br />
poderá perder os parceiros certos para<br />
ajudar a reerguer a economia nacional.<br />
Que outras medidas poderiam ser tomadas?<br />
Para além das referidas, já identificámos 3 ou<br />
4 que ainda não foram bem acolhidas pelo Governo.<br />
Note-se igualmente, que ainda aguardamos<br />
em relação ao sector dos Transportes,<br />
a emissão de regulamentação específica, designadamente,<br />
como resulta do Decreto n.º<br />
2-A/2020, que ficou a cargo dos membros do<br />
Governo responsáveis pela área dos transportes,<br />
a determinação das condições em que<br />
o sector poderá operar. Nesta perspectiva temos<br />
ainda a ambição que as mesmas venham<br />
a ser consideradas e contempladas em futuras<br />
decisões governamentais.<br />
Qual a intervenção nesta matéria da APAT?<br />
A intervenção da APAT nestas matérias é fazer<br />
chegar estas preocupações ao Governo,<br />
depois colocar-se à disponibilidade para colaborar<br />
em tudo o que a tutela entender relevante.<br />
Este trabalho é mais silencioso, mas nesta<br />
O objectivo<br />
gda APAT<br />
não foi tanto<br />
reivindicar,<br />
mas indicar<br />
ou sugerir<br />
algumas<br />
medidas<br />
adicionais<br />
àquelas que<br />
o Governo<br />
decidiu numa<br />
primeira<br />
reacção<br />
altura queremos muito ajudar e acreditamos<br />
que o estamos a fazer bem feito e, isso também<br />
nos faz acreditar que conseguiremos ultrapassar<br />
esta situação.<br />
A APAT e os Transitários têm bem a noção que<br />
são agentes económicos essenciais para as<br />
cadeias de abastecimento de bens e produtos<br />
que nunca podem falhar e, por isso mesmo,<br />
nós também não podemos falhar.<br />
Prevê dificuldades sérias no sector ou as empresas<br />
estão a estruturar-se para sobreviver à<br />
crise?<br />
Seria imprudente dizer que não prevemos dificuldades.<br />
Acreditamos que os nossos associados<br />
o estarão a fazer. Sempre foi uma área<br />
de intervenção muito complicada, muito exigente,<br />
flexível e muito dependente das tendências<br />
do mercado mundial.<br />
É muito natural que depois de amanhã os padrões<br />
de consumo se alterem, assim como o<br />
lugar onde tudo se produz. É expectável que<br />
cada vez mais se assista a uma diminuição de<br />
quantidades por encomenda, mas também a<br />
um maior volume, ou seja encomendas menos<br />
consolidadas, mais pulverizadas, com mais<br />
quantidades e para mais clientes. Entendemos<br />
que as encomendas mais pequenas obrigam<br />
a uma maior consolidação e quanto maior<br />
for a consolidação mais competitivo será.<br />
Nesta perspectiva resultará que as empresas<br />
têm de ter mais cuidado e maior racionalização<br />
de forma a reduzir os seus custos, ou seja,<br />
o trabalho vai no sentido de desenharmos soluções<br />
logísticas ainda mais sustentáveis.<br />
euro<br />
Transporte<br />
5
ENTREVISTA<br />
Teme que existam despedimentos e encerramentos<br />
de empresas no sector após a crise<br />
pandémica?<br />
O dinamismo da actividade transitária leva a<br />
que todos anos surjam ou fechem inúmeras<br />
empresas no sector.<br />
Vínhamos de um período de fusões, aquisições,<br />
parcerias e ampliação da área de cobertura,<br />
assim como diversificação, ou seja, de<br />
crescimento. Talvez os primeiros tempos, sejam<br />
mais difíceis e talvez por reacção ou por<br />
receio se verifiquem alguns despedimentos e<br />
encerramentos, mas como dizia Richard Branson,<br />
“As oportunidades de negócio são como<br />
os autocarros. Está sempre outro a chegar”. O<br />
entusiasmo e empreendedorismo que caracteriza<br />
o transitário ajuda a ultrapassar as dificuldades.<br />
A nossa actividade obriga sempre<br />
a correr riscos, sabemos os que não podemos<br />
correr, mas também sabemos aqueles que não<br />
podemos deixar de os correr.<br />
A registarem-se, que medidas de protecção a<br />
APAT exige do elenco governativo?<br />
Honestamente não acreditamos que irão haver<br />
medidas de protecção, até porque do ponto<br />
de vista legal não deverá ser possível.<br />
Por norma o proteccionismo não é bom para<br />
o comércio livre. Entendemos sim e fica clara<br />
a necessidade de apoiar incondicionalmente<br />
quem assegura os bens necessários onde eles<br />
são efectivamente necessários e na medida<br />
certa. Logo é entendimento da APAT que tem<br />
de se olhar para os players da cadeia logística<br />
como fundamentais, pelo que é sempre importante<br />
pensar estrategicamente.<br />
Estamos ou vamos estar num ambiente economicamente<br />
muito agressivo e a haver intervenção<br />
do Estado, talvez seja determinante no<br />
sentido de articular melhor todos os Operadores<br />
de forma a encontrar a melhor “solução Logística”<br />
na transacção e escoamento de bens.<br />
A banca pode ter aqui uma intervenção importante?<br />
Este é um momento crítico para o nosso País<br />
e nenhum de nós se deve demitir da obrigação<br />
de exigir soluções simples sem grandes investimentos<br />
e recusar grandes receitas com grandes<br />
investimentos, porque tendencialmente<br />
ninguém dá nada a ninguém.<br />
Pelo que ouvimos dizer e vamos vendo todo o<br />
dinheiro que a banca colocará à disposição de<br />
todos, vai ter de se pagar. É verdade que pode<br />
ser diluído em mais ou menos tempo, mas nada<br />
será grátis.<br />
Se a banca tiver vontade de ajudar, ser relevante<br />
e realmente importante obviamente que a<br />
sua intervenção será muito importante.<br />
A partir desta luta pela sobrevivência pessoal,<br />
surgirá a de carácter empresarial. O sector<br />
está preparado para mais uma batalha?<br />
Sabe que a vida é como andar de bicicleta. Depois<br />
de se aprender nunca mais se esquece e<br />
para se ter equilíbrio é preciso estar em movimento.<br />
Esta é uma imagem que reflecte bem o<br />
que os transitários já passaram.<br />
O sector não vai acabar, antes pelo contrário<br />
Nunca é demais lembrar que foram<br />
gmomentos de grande crise que<br />
provocaram no homem a ambição<br />
das grandes respostas e das<br />
grandes soluções<br />
até penso que poderá ganhar novas dinâmicas,<br />
pelo que não antevemos “batalhas” pelo<br />
menos por esta razão. Naturalmente iremos<br />
assistir ao desenhar de novas estratégias para<br />
conquistar os mercados que se perderam.<br />
Esta será a altura ideal para saber o que fazer,<br />
perceber que oportunidades surgirão e preparar<br />
as organizações para esse futuro.<br />
A actividade económica é uma prática social<br />
e não uma acção realizada por indivíduos isolados,<br />
acreditamos que teremos tempo para<br />
voltar a encontrar clientes, parceiros, fornecedores<br />
e amigos e não adversários como se de<br />
uma “batalha” se tratasse.<br />
6 Transporte<br />
euro
COMERCIAIS<br />
Chega no presente<br />
Nova Caddy da VW<br />
preparada para o futuro<br />
O interesse e curiosidade sobre a nova Volkswagen Caddy eram grandes, mas esta fez valer<br />
o tempo de espera, já que a nova versão do modelo surpreendeu e superou as expectativas…<br />
por dentro e por fora. O design arrojado, a polivalência, o maior espaço interior, os novos motores,<br />
a maior conexão e a opção pela base de plataforma Modular Transversal (MQB), são apenas<br />
alguns dos seus principais destaques.<br />
text0 marta clemente (dusseldorf, alemanha)<br />
8 Transporte<br />
euro<br />
Depois de três milhões de unidades produzidas<br />
desde o seu lançamento em<br />
1980, eis que chega ao mercado a quinta<br />
geração de um dos furgões mais populares<br />
de sempre. A nova Caddy apresenta-se<br />
com um novo e contemporâneo visual, muito<br />
mais sofisticado e carismático, no interior e<br />
no exterior. O grande salto na diferenciação<br />
relativamente aos seus antecessores dá-se,<br />
nomeadamente, no seu design dinâmico, na<br />
perfeição absoluta dos detalhes, na conquista<br />
de espaço e no mergulho em direcção às novas<br />
tecnologias, com um claro avanço na conexão<br />
e na digitalização.<br />
Não é por isso de estranhar que Thomas Sedran,<br />
CEO da Volkswagen Veículos Comerciais,<br />
tenha afirmado durante a apresentação,<br />
em Dusseldorf, na Alemanha, que a Caddy 5<br />
“vem estabelecer um novo padrão no que diz<br />
respeito aos comerciais urbanos”. Pois, assim<br />
é. A Caddy vem, efectivamente, firmar a sua<br />
presença enquanto veículo de referência no<br />
segmento A de furgões comerciais e dos veículos<br />
monovolume familiares (MPV).<br />
Embora vincadamente mais desportivo, o modelo<br />
permanece fiel aos seus traços e essência<br />
única enquanto veículo utilitário e versátil,<br />
com a capacidade de encarnar muitos papéis.<br />
Em suma, e como afirma a marca mãe, o resultado<br />
é 100% novo, porém 100% Caddy, pois<br />
respeita a receita tradicional da Volkswagen<br />
de “evolução na continuidade”.<br />
Além de mero transporte de cargas e de passageiros,<br />
a Volkswagen Caddy tem agora a capacidade<br />
de atrair clientes interessados em<br />
actividades desportivas ou de lazer e é, pela
primeira vez, baseado na Plataforma Modular<br />
Transversal (MQB) – a mesma do Volkswagen<br />
Golf –, que desbrava o caminho em direcção<br />
ao avanço tecnológico e lhe permite a reformulação<br />
da carroçaria.<br />
Herança MQB<br />
De facto, há mesmo muito a dizer sobre a nova<br />
Caddy, mas comecemos por aquilo que desde<br />
logo salta à vista e de forma peremptória:<br />
os traços exteriores surgem renovados e redesenhados.<br />
Nesse sentido, cumpre destacar<br />
as linhas curvas, leves e desportivas do tejadilho,<br />
as laterais esculpidas de modo vanguardista<br />
e o aperfeiçoamento da área dianteira,<br />
onde se evidencia a grelha mais estreita do radiador.<br />
De notar também os novos faróis, mais<br />
finos na zona frontal, e luzes LED na retaguarda<br />
– nas versões superiores –, onde se apresentam<br />
os farolins verticais.<br />
Brindada com um design carismático, a Caddy<br />
5 beneficia, como já referido, do ‘upgrade’ para<br />
a moderna Plataforma Modular Transversal<br />
(MQB), importada directamente do Volkswagen<br />
Golf. Esta evolução resulta numa maior<br />
distância entre eixos, que lhe confere proporções<br />
mais dinâmicas, e num crescimento<br />
de 93 mm em comprimento e 62 mm em largura.<br />
Pode afirmar-se que esta é uma configuração<br />
surpreendente e fascinante, que permanece<br />
prática, ao permitir acomodar até sete<br />
passageiros.<br />
O tecto panorâmico surge como mais uma<br />
prova de que a Caddy 5 representa um verdadeiro<br />
virar de página: este apresenta-se como<br />
uma superfície vidrada de dimensões particu-<br />
euro<br />
Transporte<br />
9
COMERCIAIS<br />
larmente generosas – 1,4 metros quadrados –<br />
que percorrem a distância desde a primeira à<br />
segunda fila de bancos.<br />
Segurança, conforto<br />
e conectividade permanente<br />
A pensar no conforto do condutor e passageiros,<br />
o espaço interior foi alvo de melhorias<br />
impressionantes, logo ao nível do habitáculo,<br />
mais amplo e moderno, e da digitalização<br />
do posto de condução com a mais recente<br />
tecnologia.<br />
No que concerne à segurança e auxílio à condução,<br />
a Volkswagen Caddy 5<br />
está equipada com nada menos<br />
do que 19 sistemas de<br />
assistência, dos quais seis<br />
representam uma total novidade.<br />
O sistema “Travel Assist”<br />
engloba o Cruise Control,<br />
adaptativo, com função<br />
Stop & Go e assistente de<br />
manutenção na faixa de rodagem,<br />
o “Parking Assistant”,<br />
o “Trailer Assist” – para<br />
manobras com reboque ou<br />
marcha atrás –, e o “Side Assist”,<br />
que inclui o “Rear Traffic<br />
Alert”. Este último, dentro<br />
de algumas limitações<br />
lógicas, trava o automóvel<br />
10 Transporte<br />
euro<br />
para evitar colisão ou minimizar a gravidade<br />
do impacto. De destacar ainda o volante<br />
multifuncional, equipado com sensores capacitativos,<br />
que representa outro reforço de<br />
segurança.<br />
Nestas funções está bem patente o objectivo<br />
de “simplificar a vida profissional e pessoal<br />
de todos os utilizadores, tornando-a mais fácil<br />
e individual”, atuando sob o lema ‘Work – Life<br />
– Unlimited’.<br />
Quanto aos sistemas de manuseamento e infotainment<br />
em rede, que convertem a Caddy 5<br />
num “smartphone sobre rodas”, há várias me-<br />
lhorias a assinalar, entre a arquitectura do painel<br />
de instrumentos e de comando completamente<br />
redesenhada, e as interfaces dianteiras<br />
formadas pelo novo “Digital Cockpit” (ou<br />
painel de instrumentos digital) e pelos sistemas<br />
de rádio e “infotainment”, com grandes<br />
ecrãs de 6,5 e 10 polegadas.<br />
No que concerne a esta temática, a fusão do<br />
“Digital Cockpit” e do sistema de navegação<br />
topo de gama dá lugar a um novo panorama<br />
digital dos elementos de visualização e de<br />
comando, denominado “Innovision Cockpit”<br />
– semelhante com o Golf da oitava geração.<br />
Através da unidade de conectividade<br />
online (OCU) com eSIM<br />
integrado, os sistemas de “infotainment”<br />
têm a capacidade de<br />
aceder aos serviços e funções<br />
online móveis da “Volkswagen<br />
We”, o que significa que a nova<br />
Caddy está “sempre ligada”.<br />
Outras novidades são as superfícies<br />
digitais tácteis para<br />
as funções de luz, visão, áudio<br />
e menu multifunções, e o painel<br />
“Light & Sight”, à esquerda do<br />
volante.<br />
O sistema de ignição e bloqueio<br />
“Keyless Access” inaugura também<br />
a sua integração no modelo<br />
icónico da Volkswagen.
Versatilidade ilimitada<br />
Tendo na polivalência uma das suas palavras<br />
de ordem, a nova Volkswagen Caddy 5 reúne<br />
as condições para se assumir como um furgão<br />
de carga, um monovolume familiar, um shuttle<br />
para turismo ou uma autocaravana. Os novos<br />
modelos anunciam-se nas versões MPV<br />
de passageiros (com a linha básica ‘Caddy’, a<br />
‘Life’, e a premium ‘Style’, que brilha pela elegância<br />
dos seus traços), nas comerciais (Cargo<br />
e Kombi, a primeira com painéis laterais<br />
em chapa e a segunda com janelas laterais<br />
em vidro) e numa versão de trabalho mais<br />
alongada (a Caddy Maxi) que transporta<br />
até duas euro-paletes.<br />
Uma coisa é certa: todas as versões estão<br />
ainda mais bem equipados do que as correspondentes<br />
da geração anterior. Por exemplo,<br />
a nova Caddy Cargo pode ser equipada com<br />
portas traseiras totalmente metálicas (para<br />
melhor protecção contra roubos) e aporta,<br />
enquanto equipamentos de série, o travão de<br />
mão electrónico, com função Auto Hold e os<br />
novos faróis H7, sendo a sua matrícula iluminada<br />
em LED.<br />
Quem opte pela versão de passageiros premium<br />
pode equipar o furgão com faróis e luzes<br />
traseiras em LED, ajuda de estacionamento<br />
“Park Pilot” – na dianteira e retaguarda – e<br />
barras de tejadilho prateadas.<br />
Sem oferta electrificada, a Caddy 5 apresenta-se<br />
no âmbito dos motores a Diesel com os<br />
motores 2.0 TDI de 75 cv, 102 cv e 122 cv. De série,<br />
a versão 102 cv agrega tracção dianteira e<br />
caixa manual de seis velocidades, enquanto a<br />
de 122 cv conta, opcionalmente, com caixa automática<br />
DGS de sete velocidades e sistema<br />
de tracção 4Motion. Quanto a outras versões,<br />
é apresentado o motor a gasolina de 1.5 (TSI<br />
de 116 cv) e a gás natural também 1.5 (TGI de<br />
130 cv). Este último é, na verdade, um bifuel,<br />
solução que vem reduzir os custos e as emissões<br />
nocivas.<br />
Geração amiga do ambiente<br />
Ao nível dos motores TDI, a Caddy 5 está apetrechada<br />
com os equipamentos mais limpos<br />
Ao nível dos motores TDI, a Caddy 5<br />
está apetrechada com os<br />
gequipamentos mais limpos do mundo<br />
do mundo. Pertencentes a uma nova geração<br />
evolutiva, os novos motores de quatro cilindros<br />
– e não só – da Caddy são também inovadores<br />
e cumpridores das normas de emissões<br />
Euro 6 de 2021, além de estarem munidos com<br />
filtros de partículas. Dá-se também a estreia<br />
da utilização de dois conversores catalíticos<br />
(SCR) em motores TDI com potências entre 75<br />
cv (55kW) e 122 cv (90kW), que com o auxílio<br />
do AdBlue contribuem para a redução significativa<br />
das emissões de óxido de azoto (NOx)<br />
e de CO2. De resto, eficiência e sustentabilidade<br />
não faltam também ao motor a gasolina<br />
turbo (84kW).<br />
Tal como confirma a marca, “as novas tecnologias<br />
do sistema de propulsão têm um efeito<br />
visivelmente positivo, ao nível ecológico<br />
e económico, pois dependendo da versão do<br />
motor, o consumo de combustível estimado é<br />
até 12% inferior à versão anterior da Caddy”.<br />
Enquanto a actual Caddy permanece à venda<br />
em algumas localizações até ao início de 2021,<br />
a quinta geração do modelo será lançada primeiramente<br />
na Alemanha, Áustria e Polónia. A<br />
estes países, seguem-se outros importantes<br />
mercados da Volkswagen, como é o caso da<br />
França, Grã-Bretanha, Espanha, Bélgica, Países<br />
Baixos, Turquia, Itália e, inclusive, Portugal,<br />
onde a Caddy estará disponível a partir do<br />
próximo mês de Novembro.<br />
euro<br />
Transporte<br />
11
COMERCIAIS<br />
O Novo Ford Ranger Raptor é, de facto, a primeira<br />
pick-up ao estilo norte-americano que se apresenta no<br />
Velho Continente, como um verdadeiro desempenho<br />
off-road. Aliás, esta é mesmo a mais americanizada<br />
das pick-up europeias, concebida de<br />
uma ponta à outra para dominar<br />
todos os ambientes.<br />
text0 josé costa<br />
12 Transporte<br />
euro
Assim que se sentar nos bancos tipo “baquet”<br />
do novo Ford Ranger Raptor, perceberá<br />
imediatamente que esta não é uma<br />
pick-up normal. Com cinco versões do<br />
modelo (XL, XLT, Limited, Wild Trak e Raptor),<br />
esta pick-up está acessível no mercado nacional<br />
desde os 31.296€ até aos 64.183 (sem IVA).<br />
Quanto a cabines, pode optar-se pela simples<br />
de dois lugares ou dupla de quatro.<br />
Como denominador comum, todas as versões<br />
são servidas de um conjunto de tecnologias<br />
avançadas e sistemas inteligentes que proporcionam<br />
uma experiência de condução incomparável.<br />
Além disso, o Sistema de Gestão do<br />
Terreno (TMS) permite ao utilizador superar-se<br />
na condução sobre a mais vasta variedade de<br />
terrenos. Com um simples botão, os condutores<br />
podem mudar entre seis modos diferentes:<br />
Normal, Sport, Grass/Gravel/Snow, Mud/Sand,<br />
Rock... e para uma experiência todo-o-terreno<br />
intensa, pode selecionar o modo exclusivo<br />
Off-Road Baja. Aí encontrará uma pick-up cuja<br />
condução é muito semelhante às viaturas todo-<br />
-o-terreno que disputam provas desportivas.<br />
Este sistema é importante porque quando conduzir<br />
o veículo fora de estrada, terá que ter em<br />
atenção o terreno em que entra, pois, cada tipo<br />
requer uma abordagem diferente. Para o<br />
euro<br />
Transporte<br />
13
ajudar a aproveitar ao máximo as capacidades<br />
do Ford Ranger, o Sistema de Gestão de<br />
Terreno permite-lhe ajustar a aceleração, o<br />
controlo de tracção, a sensibilidade da direcção,<br />
o comportamento de mudança de velocidades,<br />
entre muitos outros factores que testámos<br />
“in loco” aquando da condução do modelo.<br />
Para tal, basta rodar o botão e escolher a melhor<br />
opção.<br />
14 Transporte<br />
euro<br />
Concebido para o desempenho<br />
O Novo Ford Ranger Raptor combina na perfeição<br />
o ADN de alto desempenho da Divisão<br />
Ford Performance com uma capacidade todoo-terreno<br />
incomparável. Esta versão Bi-turbo,<br />
que testámos, foi especialmente criada e concebida<br />
com a precisão do motor Ford EcoBlue<br />
Diesel de 2,0 litros, funciona com uma nova<br />
caixa de velocidades automática de dez velocidades,<br />
com patilhas no volante. O resultado<br />
é uma experiência de condução incomparável.<br />
Por sua vez, os pneus todo-o-terreno foram fabricados<br />
especificamente para o ajudarem a<br />
dominar qualquer ambiente, desde dunas de<br />
areia imponentes e lama espessa, passando<br />
por travessias fluviais rápidas ou estradas de<br />
montanha íngremes. Também o avançado motor<br />
a diesel Bi-turbo EcoBlue de 2,0 litros do<br />
Novo Ranger Raptor foi criado para proporcionar<br />
mais potência, melhor eficiência e emisem<br />
destaque<br />
Protecção contínua<br />
contra capotamento<br />
O excepcional Sensor Anticapotamento,<br />
exclusivo da Ford, ajuda o sistema de<br />
Controlo de Estabilidade a manter os pneus<br />
na estrada, principalmente em condições de<br />
condução difíceis e em curvas abruptas.<br />
Aviso prévio se um pneu<br />
começar a perder pressão<br />
Se um dos pneus começar a perder<br />
pressão durante a viagem, o Sistema<br />
de monitorização da pressão dos pneus<br />
avisa-o imediatamente. Na eventualidade<br />
de um furo, acende um ícone no painel de<br />
instrumentos.<br />
Airbags para protecção<br />
de todos os ângulos<br />
Além dos airbags para o condutor e<br />
passageiro dianteiros, existem airbags<br />
laterais que protegem o tórax, concebidos<br />
para afastar o ocupante da área de<br />
impacto. Os airbags de cortina oferecem<br />
uma cobertura máxima e os encostos de<br />
cabeça protegem das lesões por chicotada.<br />
Além disso, os cintos de segurança estão<br />
equipados com pré-tensores, limitadores de<br />
esforço e aviso dos cintos de segurança para<br />
todos os bancos.<br />
Dominar o mundo com conforto<br />
No exterior, todos os aspectos do Ford Ranger<br />
Raptor foram concebidos especificamente para<br />
maximizar a capacidade, a durabilidade e o<br />
desempenho todo-o-terreno. O seu aspecto,<br />
bem ao estilo norte-americano, é imponente e<br />
a rolar na estrada não há quem não repare nesta<br />
pick-up.<br />
Já no interior da cabine dupla do modelo testado,<br />
as tecnologias avançadas contribuem para<br />
garantir que, onde quer que vá, estará confortável<br />
e ligado às novas tecnologias. Por exemplo,<br />
o modem FordPass Connect incorporado<br />
permite-lhe trancar e destrancar remotamente<br />
o Ford Ranger. Quando sair de um terreno<br />
acidentado para asfalto bem conservado, pode<br />
evitar atrasos com actualizações de trânsito<br />
em tempo real enviadas diretamente para<br />
o sistema de navegação do veículo. Além<br />
disso, com uma boa recepção de sinais de comunicação,<br />
poderá mesmo ligar até dez dispositivos<br />
ao ponto de acesso Wi-Fi do veículo.<br />
Mesmo nos lugares mais remotos.
Dados de fábrica fornecidos<br />
pela ForD Lusitana<br />
• Modelo: Ford Ranger Raptor 2.0 TDCi 4X4<br />
• Preço: 64.190€ (s/despesas)<br />
• Cor exterior: Performance Blue<br />
(modelo testado)<br />
• Estofos: Couro<br />
• Motor: 2.0 TDCi<br />
• Cilindrada: 1996<br />
• Potência: 213 cv<br />
• Caixa: Automática (10 vel.)<br />
• Tracção: 4X4<br />
• Consumos (urb./est./comb):<br />
desde 10.6/8.0/8.9 lts/100km<br />
• Emissões de CO2: 281 g/Km (WLTP)<br />
• Velocidade máxima: 170 km/h<br />
• Aceleração 0-100 km: 10.5s<br />
sões mais baixas. Este motor, que debita 213<br />
CV e 500 Nm de binário, define um novo padrão<br />
para o desempenho todo-o-terreno.<br />
O motor foi construído de forma a cumprir as<br />
rigorosas normas de emissões Euro 6.2. Estas<br />
normas foram concebidas para melhorar a qualidade<br />
do ar e reduzir as emissões de escape.<br />
Bem ao estilo<br />
gnorte-americano<br />
a versão Raptor,<br />
vem preparada<br />
para responder<br />
às mais difíceis<br />
condições que<br />
lhe podemos<br />
apresentar<br />
cia Pré-colisão funciona de forma activa para<br />
reduzir a probabilidade de ocorrência de um<br />
acidente.<br />
Também o sistema de Travagem activa é outra<br />
das funcionalidades de segurança inovadora,<br />
que funciona quando se desloca a velocidades<br />
TECNOLOGIA DE SEGURANÇA AVANÇADA<br />
Quer esteja a conduzir numa autoestrada ou<br />
em terrenos mais acidentados,, o Ranger Raptor<br />
está preparado para lhe responder de forma<br />
positiva, pois está equipado com sistemas<br />
de segurança sofisticados concebidos para o<br />
manter a si e aos passageiros em segurança.<br />
Os avançados sistemas de Controlo Electrónico<br />
de Estabilidade e Controlo de Tracção,<br />
contribuem para uma condução segura em<br />
todas as condições. Por sua vez, a Assistênsuperiores<br />
a 50 km/h. Esta tecnologia vigia a<br />
estrada à frente e se detectar a probabilidade<br />
de uma colisão, avisa o condutor. Se o condutor<br />
não reagir, o sistema efectua o preenchimento<br />
dos travões e depois começa automaticamente<br />
a travagem para reduzir a velocidade.<br />
Por seu turno, o Controlo da Tracção, ao detectar<br />
a derrapagem das rodas, distribui automaticamente<br />
mais binário para a roda com mais<br />
tracção e melhor aderência.<br />
Monitoriza e ajusta constantemente, de forma<br />
individual, cada uma das rodas motrizes do veículo,<br />
assegurando máxima aderência e contacto<br />
com a estrada.<br />
Em suma, temos aqui uma pick-up bem equipada<br />
e preparada para todos os tipos de terreno<br />
que possamos encontrar ou ultrapassar, que só<br />
peca pelo consumo elevado, um “handicap” que<br />
pode pesar na carteira dos portugueses.<br />
euro<br />
Transporte<br />
15
PESADOS<br />
Renault Trucks LANÇA versões D e T<br />
Conforto<br />
e consumo<br />
privilegiados<br />
16 Transporte<br />
euro
Apesar da mesma aparência<br />
e robustez, a Renault Trucks<br />
apresentou, este ano, as suas<br />
novas versões dos camiões de<br />
distribuição e longo curso, os<br />
modelos D e D Wide e T e T High,<br />
respectivamente. Como trunfo,<br />
todos os veículos pesados da<br />
marca francesa, apresentam<br />
uma maior economia de<br />
combustível, assim como<br />
privilegiam o conforto,<br />
apresentando um design<br />
de interiores ergonómico e<br />
confortável e recursos de<br />
segurança e equipamento<br />
aerodinâmico. As novas versões<br />
dos veículos de distribuição e<br />
longo curso da Renault Trucks<br />
estão 100% conectadas.<br />
text0 josé costa<br />
ARenault Trucks acaba de lançar as mais<br />
recentes versões da sua gama de camiões<br />
de distribuição e de longo curso,<br />
os modelos D e D Wide e os T e T High<br />
2020. Estas versões são mais eficientes no<br />
consumo e asseguram o compromisso de sempre<br />
ao nível do conforto e segurança de quem<br />
os conduz. Os modelos D e D Wide têm ainda a<br />
possibilidade de serem comercializados com<br />
motor Z.E. 100% eléctrico e GNC (Gás Natural<br />
Comprimido) de 320cv, respectivamente.<br />
Começando pelos veículos pesados dedicados<br />
à distribuição, a marca francesa reformulou por<br />
completo o design interior dos modelos D e D<br />
Wide. As versões 2020 apresentam um painel<br />
reprojectado que inclui um novo volante e um<br />
novo painel de instrumentos em preto e branco.<br />
Para facilitar o trabalho do motorista, foram<br />
adicionados suportes para tablet, smartphone<br />
e duas portas USB-C. Os veículos também são<br />
fornecidos com novos equipamentos de rádio,<br />
compatíveis com a rede de rádio terrestre digital<br />
DAB +.<br />
Para um nível mais alto de conforto, a Renault<br />
Trucks oferece o seu Comfort Pack nestas versões<br />
como uma opção, que inclui um volante de<br />
couro, um assento do motorista com apoio lateral,<br />
compartimentos de armazenamento adicionais<br />
e um tecto solar, este último somente<br />
no D Wide.<br />
Os camiões Renault D e D Wide estão equipados<br />
com cruise control adaptativo (ACC) de<br />
série. O ACC mantém uma distância segura do<br />
veículo na frente, ajustando automaticamente<br />
a aceleração e a travagem para maior segurança<br />
e uma condução mais suave. Para maior<br />
visibilidade, o D e D Wide estão disponíveis<br />
com luzes traseiras LED.<br />
Modelo T para rolar<br />
Já no que aos modelos T e T High diz respeito, o<br />
seu interior também foi alvo de modificações<br />
euro<br />
Transporte<br />
17
mostrando agora uma cabine onde os acabamentos<br />
topo de gama são uma realidade. Para<br />
um conforto perfeito do motorista, foi também<br />
instalada, vindo de série, uma coluna de<br />
direcção ajustável em três sentidos. Os veículos<br />
da série T, concebidos para rolar quilómetros<br />
a fio, possuem ainda um painel de instrumentos<br />
em cor de carbono, pegas em alumínio<br />
e soleiras das portas em metal. Estas versões<br />
da marca francesa que nasceu em Lyon, também<br />
foram contempladas com novos compartimentos<br />
de arrumação de alta capacidade<br />
(221 litros), o que é bastante apreciado pelos<br />
profissionais do volante.<br />
No seu exterior, as versões para o longo curso<br />
mostram uma grelha do radiador e os espelhos<br />
retrovisores completamente novos e<br />
que podem ainda ser personalizados em preto<br />
ou laranja de alto brilho, conforme o gosto<br />
do cliente.<br />
Os modelos T e T High podem também vir<br />
equipados com o Roadpad+, como opção. Este<br />
sistema age como um assistente de bordo,<br />
permitindo aos motoristas ouvir música ou<br />
utilizar os seus telemóveis em modo mãos livres,<br />
enquanto conseguem manobrar o veículo<br />
em segurança graças às câmaras traseiras<br />
e laterais.<br />
18 Transporte<br />
euro<br />
Redução do consumo<br />
de combustível<br />
e das emissões de CO2<br />
Esta nova gama de camiões direccionada para<br />
a distribuição e longo curso da Renault Trucks<br />
vem equipada com motores Euro 6 de combustão,<br />
Ze. 100% eléctrico e GNC. Todos são<br />
eficientes em termos de consumo, ao mesmo<br />
tempo que são amigos do ambiente, pois os de<br />
combustão apresentam uma redução de 3%<br />
no consumo de combustível e nas emissões<br />
de CO2 em comparação com a geração anterior.<br />
Em termos de transmissão, as versões de<br />
2020 dos modelos agora apresentados, estão<br />
equipadas com um novo eixo de alta eficiência<br />
e travões de disco mais leves.<br />
As novas versões dos camiões das gamas D<br />
e T foram testados em ambientes extremos<br />
para responder às exigências de fiabilidade e<br />
de robustez. Mais de 50 veículos foram usados<br />
em condições reais por clientes e parceiros,<br />
que os conduziram em todas as condições<br />
climatéricas.<br />
Em suma, a Renault Trucks quis ter a certeza<br />
de que colocaria as suas novas versões de<br />
camiões na estrada preparados para todas<br />
as eventualidades e condições. E parece que<br />
conseguiu.<br />
Novas motorizações<br />
A Renault Trucks desenvolveu novas motorizações<br />
para os modelos D, D Wide, T e T High apoiando-<br />
-se em tecnologias de eficácia comprovada.<br />
Estes novos motores oferecem uma ampla gama<br />
de potências, a maior amplitude de binário do<br />
mercado, consumo e custos de manutenção<br />
reduzidos, ao mesmo tempo que garantem uma<br />
velocidade comercial elevada.<br />
Versão D<br />
MOTOR: DTI 5 (210/240 cv); DTI 8 (250/280 cv)<br />
e Z.E. 100% eléctrico<br />
PB: 11 → 36 T<br />
PTC: 18 → 26 T<br />
CABINA: Day (Curta); Global (Longa)<br />
e Crew (4 portas)<br />
TRACÇÃO: 4x2 e 4x4<br />
VERSÃO D WIDE<br />
Motores: DTI 8 (250/280/320 cv); DTI 11<br />
(380/430 cv); GNC (320 cv) e Z.E. 100% eléctrico<br />
PB: 21,5 → 50 T<br />
PTC: 18 → 26 T<br />
CABINA: Day (Curta com tejadilho standard ou<br />
plano); Global (Intermédia); Night & Day (Profunda<br />
standard ou Plana) e Sleeper (Profunda com<br />
tejadilho elevado)<br />
TRACÇÃO: 4x2 / 6x2 / 6x2*4 Trator: 4x2<br />
Versão T<br />
MOTOR: DTI 11 (380/430/460 cv)<br />
PB: 18 → 26 T<br />
PTC: 40 → 60 T<br />
CABINA: Day (Curta com tejadilho standard);<br />
Night & Day (Profunda com tejadilho standard)<br />
e Sleeper (Profunda com tejadilho elevado)<br />
TRACÇÃO: 4x2; 6x2; 6x2 Eixo avançado<br />
e 6x2 Eixo rebocado<br />
Versão T High<br />
MOTOR: DTI 13 (440/480/520 cv)<br />
PB: 18 → 26 T<br />
PTC: 40 → 60 T<br />
CABINA: High Sleeper (Profunda com tejadilho<br />
elevado e piso plano)<br />
TRACÇÃO: 4x2; 6x2; 6x2 Eixo avançado<br />
e 6x2 Eixo rebocado
NOVIDADE<br />
Onosso objectivo é ser o melhor parceiro<br />
de negócios dos nossos clientes,<br />
tornando-os ainda mais competitivos<br />
e ajudando-os a atrair os melhores motoristas<br />
num mercado cada vez mais difícil”.<br />
Foi desta forma que Roger Alm, presidente<br />
da Volvo Trucks, apresentou os novos quatro<br />
modelos da marca sueca, os camiões pesados<br />
FH, FH16, FM e FMX que passam a representar<br />
cerca de dois terços das entregas da Volvo<br />
Trucks no Velho Continente.<br />
Na Europa, por exemplo, todas as estatísticas<br />
mostram que existem cerca de 20% de<br />
vagas para motorista. Para ajudar os clientes<br />
a recrutar e manter os melhores, a Volvo<br />
Trucks concentrou-se fortemente no desenvolvimento<br />
dos novos camiões para torná-los<br />
mais seguros e eficientes assim como atraentes<br />
ferramentas de trabalho para motoristas<br />
qualificados.<br />
“Os motoristas que todos os dias conduzem<br />
camiões têm sempre presente a segurança<br />
e eficiência. Eles são um activo valioso para<br />
qualquer empresa de transporte. O comportamento<br />
de uma condução responsável pode<br />
ajudar a reduzir as emissões de CO2 e os custos<br />
de combustível, além de ajudar a reduzir<br />
o risco de acidentes, ferimentos e paragens<br />
desnecessárias não planeadas.<br />
Os nossos novos camiões ajudarão os motoristas<br />
a trabalhar de maneira ainda mais segura<br />
e produtiva e darão aos nossos clientes<br />
argumentos mais fortes para atrair os melhores<br />
motoristas”, continua Roger Alm. Os vários<br />
modelos de camiões da linha Volvo Trucks estão<br />
disponíveis em diversos modelos de cabine<br />
e podem ser optimizados para uma ampla<br />
gama de aplicações. Em camiões de longo curso,<br />
por exemplo, a cabine costuma ser a se-<br />
20 Transporte<br />
euro
Sempre com o motorista no<br />
pensamento, a Volvo Trucks<br />
apresentou os seus novos quatro<br />
camiões, com forte foco no ambiente,<br />
na segurança e na produtividade.<br />
Pelos modelos apresentados,<br />
a marca sueca deve estar muito<br />
orgulhosa no grande investimento<br />
que realizou nos modelos FH, FH16,<br />
FM e FMX.<br />
text0 josé costa<br />
gunda residência do motorista. Por isso tem<br />
de apresentar condições propícias a que o<br />
profissional se sinta bem dentro dela. Nos camiões<br />
de transporte regional, esse problema<br />
já não se coloca, pois, este tipo de camião costuma<br />
servir como escritório móvel, enquanto<br />
na construção e estaleiro, os camiões são<br />
ferramentas de trabalho práticas e robustas.<br />
Portanto, visibilidade, conforto, ergonomia,<br />
nível de ruído, manobrabilidade e segurança<br />
foram os principais pontos focais no desenvolvimento<br />
de todos os novos modelos de camiões<br />
da Volvo. O exterior do camião também<br />
Caixa de velocidade / I-Shift<br />
A caixa de velocidades Split/Range é servida de 12 engrenagens com sistema automático de<br />
mudança de velocidades. A I-Shift pode ser equipada com um retardador compacto, tomada de<br />
força, bomba de direcção assistida de emergência e radiador de óleo.<br />
Especificações<br />
Designação Mudança mais alta Binário do motor (Nm) PBC (t)<br />
AT2412F Direct Drive (1:1) 2400 44<br />
AT2612F Direct Drive (1:1) 2600 100<br />
ATO2612F Overdrive 2600 100<br />
AT2812F Direct Drive (1:1) 2800 60<br />
ATO3112F Overdrive 3150 100<br />
I-Shift Dual Clutch<br />
Designação Mudança mais alta Binário do motor (Nm) PBC (t)<br />
SPO2812 Overdrive 2800 80<br />
euro<br />
Transporte<br />
21
foi actualizado para reflectir as propriedades<br />
das novas “máquinas” suecas e criar um design<br />
geral atraente.<br />
A nova cabine, oferece mais espaço e melhor<br />
visibilidade, nomeadamente nas versões FM e<br />
FMX direccionadas para o Longo Curso.<br />
Os novos Volvo FM e FMX possuem uma cabine<br />
totalmente nova, bem como muitas das mesmas<br />
funções e instrumentos que estão presentes<br />
nas restantes versões. O seu volume<br />
interno foi aumentado em mais um metro cúbico,<br />
proporcionando melhor conforto e mais<br />
espaço de trabalho. A visibilidade agora é ainda<br />
melhor devido às janelas maiores, uma linha de<br />
porta abaixada e novos espelhos.<br />
Motores eficientes<br />
e transmissões alternativas<br />
Tanto o meio ambiente quanto a economia são<br />
factores importantes para as empresas de<br />
transportes. Como não haverá uma única fonte<br />
de energia que atenda a todas as questões relacionadas<br />
às mudanças climáticas, e como diferentes<br />
segmentos e tarefas de transporte exigirão<br />
uma variedade de soluções, vários tipos<br />
de linhas de transmissão continuarão a existir<br />
paralelamente no futuro próximo.<br />
Em muitos mercados, o Volvo FH e o Volvo FM<br />
estão disponíveis com o motor de GNL a gás<br />
compatível com Euro 6, que oferece eficiência<br />
e desempenho de combustível comparáveis<br />
aos dos camiões a diesel equivalentes da Volvo,<br />
mas com um impacto climático muito menor. O<br />
motor a gás pode funcionar com biogás, que reduz<br />
o CO2 em até 100%, ou gás natural, que reduz<br />
as emissões de CO2 em até 20%, quando<br />
comparado aos camiões a diesel equivalentes.<br />
Isso refere-se às emissões do veículo durante o<br />
uso, conhecido como tanque para rodar.<br />
Características técnicas<br />
Motores D13K D13K460TC D13K500TC<br />
Norma emissões Euro 6 Euro 6 Euro 6<br />
N.º de cilindros 6 6 6<br />
Cilindrada 12,8 dm³ 12,8 dm³ 12,8 dm³<br />
Curso 158 mm 158 mm 158 mm<br />
Diâmetro 131 mm 131 mm 131 mm<br />
Reg. económico 950-1400 r/min 900–1300 r/min 1000–1400 r/min<br />
Pot. travão escape<br />
200 kW (2300 r/min)<br />
Efeito VEB+<br />
375 kW (2300 r/min)<br />
VEB+ Opção Opção Opção<br />
Filtros de óleo<br />
2 fluxo total, 1 bypass<br />
Vol. mudança óleo 33 L (Inc.F.) 35 L (Inc.F.) 33 L (Inc. F.)<br />
Sist. refrigeração 38 L(VT) 38 L(VT) 39,5 L (VT)<br />
Intervalo de mudança de óleo até 100.000 km ou uma vez por ano com VDS4<br />
Os novos Volvo FM e FMX<br />
gpossuem uma cabine<br />
totalmente nova, bem como<br />
muitas das mesmas funções<br />
e instrumentos que estão<br />
presentes nas restantes<br />
versões<br />
22 Transporte<br />
euro
TEMA DE CAPA<br />
Com pompa e circunstância em Bilbau<br />
MAN mostra<br />
nova geração<br />
24 Transporte<br />
euro
A nova geração<br />
gde<br />
camiões da MAN<br />
não significa apenas<br />
um novo produto<br />
para a marca<br />
alemã. Também é<br />
acompanhado por<br />
extensas inovações<br />
em produção<br />
e vendas<br />
A nova geração de camiões da MAN é herdeira de séries lendárias, como a TGA,<br />
apresentada em 2000, que marcou um marco na construção das “máquinas” alemãs.<br />
Esta nova geração de camiões não apenas combina com os seus antecessores,<br />
mas também traz conforto, segurança, rentabilidade, confiabilidade e serviço<br />
a um novo nível, tudo aliado à conectividade e digitalização.<br />
text0 josé costa (bilbau, espanha)<br />
euro<br />
Transporte<br />
25
Com um espectáculo de “pompa e circunstância”<br />
bastante interessante e agradável<br />
de se ver, a MAN apresentou em Bilbau,<br />
Espanha, a jornalistas e demais convidados<br />
de todo o Mundo, a sua mais recente geração<br />
de camiões, os TGL, TGM, TGS e TGX.<br />
Assentando em quatro pontos base (excelente<br />
ajuste da unidade; grande eficiência e economia;<br />
tempo de actividade optimizado e parceiro<br />
forte), estas novas máquinas do construtor alemão<br />
de veículos pesados foram dotadas de funcionalidades<br />
que em muito vêm contribuir para<br />
a evolução da condução e bem-estar do motorista.<br />
Aliás, os responsáveis pelos vários departamentos<br />
que estiveram empenhados neste<br />
projecto, ouviram mais de 900 profissionais da<br />
condução com o propósito de aquilatar quais as<br />
suas necessidades e o que gostariam de ver num<br />
camião. Como facilmente se poderá verificar, o<br />
camião apresenta muitas das necessidades relatadas<br />
pelos motoristas, sendo agradável de se<br />
conduzir, como tivemos oportunidade de constatar<br />
“in loco” ao volante do potente 640 TGX<br />
pelas vias rápidas, ruas e artérias da cidade de<br />
Bilbau, durante a nossa estada em Espanha.<br />
Com 12 milhões de horas de trabalho no âmbito<br />
do projecto, a nova geração de camiões da MAN<br />
apresenta soluções simples como botões de comando<br />
nas portas para o motorista operar do lado<br />
de fora do camião, até um design bem concebido<br />
mostrando toda a evolução registada.<br />
o condutor é o ponto central<br />
A fim de optimizar o local de trabalho no camião<br />
e de o ajustar para melhor responder às exigências<br />
diárias do condutor, o seu desempenho e a<br />
sua motivação foram colocados em primeiro<br />
plano. Os elementos fundamentais decisivos<br />
para o sucesso económico de uma empresa de<br />
transportes são o empenho e a satisfação dos<br />
26 Transporte<br />
euro
A nova geração<br />
gde camiões<br />
MAN combina<br />
uma excelente<br />
ergonomia,<br />
funcionalidades<br />
únicas e um<br />
design distinto<br />
Máxima eficiência e economia<br />
A gama de motores Euro 6d, que foi<br />
introduzida em 2019, concretiza todo o seu<br />
potencial de eficiência nesta nova geração<br />
de veículos MAN. A interacção perfeita das<br />
unidades, com componentes adicionais<br />
da transmissão e software de redução do<br />
consumo desenvolvidos recentemente,<br />
proporciona à futura série um nível de<br />
eficiência pioneiro. Desta forma, a nova<br />
geração de camiões MAN economiza até oito<br />
por cento de combustível, em comparação<br />
com a versão antecessora Euro 6c, em<br />
aplicações clássicas de transporte de<br />
longo curso, alcançando, assim, uma clara<br />
redução em termos de CO2. A aerodinâmica<br />
melhorada do design do novo veículo<br />
também desempenha um importante papel<br />
nesta redução. Além disso, a MAN oferece<br />
opções adicionais de formação e instrução<br />
direccionadas e orientadas para a prática<br />
com aplicações digitais, a fim de apoiar os<br />
condutores em métodos de condução ainda<br />
mais eficientes.<br />
condutores. É por isso que a nova geração de camiões<br />
MAN estabelece padrões em termos de<br />
facilidade de utilização, ergonomia ideal, funcionamento<br />
mais intuitivo e fiável, ligação em rede<br />
com dispositivos e aplicações digitais e, por último,<br />
mas não menos importante, o espaço ideal<br />
num conceito de armazenamento bem pensado,<br />
secundado pelo conforto perfeito para dormir.<br />
Tudo isto resulta porque a MAN incluiu de<br />
forma consistente a experiência e o feedback<br />
dos condutores e dos empresários ao longo de<br />
todo o processo de desenvolvimento dos seus<br />
camiões.<br />
desenvolvimentos no processo<br />
A nova geração de camiões da MAN não significa<br />
apenas um novo produto para a marca alemã.<br />
Também é acompanhada por extensas inovações<br />
em produção e vendas. Para ter tudo<br />
a postos para a produção em série da nova ge-<br />
euro<br />
Transporte<br />
27
O projecto em números<br />
A introdução da nova geração de camiões MAN é o projecto mais ambicioso da empresa<br />
em 20 anos. Aqui ficam os números aplicados ao projecto.<br />
12 000 000 Horas de trabalho gastas no projecto<br />
4 000 000 Quilómetros de teste conduzidos até ao lançamento no mercado<br />
2 800 000 Linhas de código de software<br />
167 000 Horas de trabalho dedicadas ao design do novo veículo<br />
1 equipa 36 000 funcionários da MAN Truck & Bus<br />
4 séries MAN TGX, TGS, TGM e TGL<br />
22 000 Novos números de itens integrados em todos os departamentos<br />
Até 8%<br />
Menos de consumo de combustível<br />
3000 Cores de cabine disponíveis de série<br />
2100 Funcionários da MAN directamente envolvidos no projecto<br />
8 Tamanhos de cabine disponíveis na nova geração MAN<br />
tais, que fazem do camião uma solução holística<br />
e integrada de transporte.<br />
Portanto, a nova geração de camiões da MAN<br />
oferece tudo o que os clientes e motoristas valorizam<br />
e esperam destes novos modelos que<br />
combinam virtudes credenciadas com inovações<br />
absolutamente pioneiras, a fim de libertar<br />
carga e facilitar o trabalho diário para o<br />
transporte, apesar da crescente complexidade<br />
das condições da estrutura. Para esse fim, a<br />
MAN focou-se em quatro aspectos centrais: o<br />
motorista no seu local de trabalho; a eficiência<br />
ração e para poder oferecer ao mesmo tempo<br />
os modelos actuais aos seus clientes, durante<br />
a fase de transição até o final do presente ano,<br />
a MAN investiu, por exemplo, apenas em Munique,<br />
qualquer coisa como 100 milhões de euros.<br />
Todos os dias são produzidas até 500 cabines<br />
da ampla gama da nova geração e da actual série<br />
TG. Os requisitos em todas as áreas do sector<br />
de transporte são hoje mais diversificados e<br />
complexos do que nunca e as previsões futuras<br />
sugerem que a transformação fundamental do<br />
sector está a progredir a toda velocidade.<br />
Daí que esta nova geração de camiões apresente<br />
um novo sistema de consulta e oferta,<br />
totalmente orientado para as necessidades do<br />
cliente. Este segue uma lógica de produto que<br />
é orientada consistentemente para o segmento<br />
de aplicação. Isto permite que um novo MAN<br />
TGX, TGS, TGM ou TGL seja configurado para<br />
que se adapte exactamente à tarefa de transporte<br />
ou segmento, utilizando opções de configuração<br />
totalmente ajustáveis e flexíveis. Isto<br />
inclui os serviços coordenados individualmente<br />
de manutenção, financiamento e serviços digido<br />
veículo e sua disponibilidade confiável, além<br />
de uma colaboração estreita e competente com<br />
os clientes.<br />
Estes são os novos MAN que vieram simplificar<br />
não só a condução como todo o trabalho inerente<br />
e para o qual foram concebidos: transportar<br />
carga, usando as estradas do Mundo.<br />
28 Transporte<br />
euro
ENSAIO<br />
Mercedes-Benz Actros<br />
Produto de excelência<br />
traduzido em camião<br />
Não foi por uma razão qualquer que jornalistas especializados em veículos comerciais pesados<br />
de 24 países europeus votaram a favor do Mercedes-Benz Actros, coroando-o com o título<br />
de “International Truck of the Year 2020”. Design arrojado, qualidade superior dos materiais<br />
utilizados e tecnologia QB, o Actros é um produto de excelência traduzido em camião,<br />
que a marca alemã oferece ao Mundo.<br />
text0 josé costa<br />
A<br />
história de sucesso do camião “International<br />
Truck of the Year 2020” da construtora<br />
de veículos alemã, começou em<br />
1997 quando o primeiro Actros foi lançado.<br />
Esta geração de veículos e a subsequente,<br />
começou a trazer para a marca germânica vários<br />
prémios. Com um total de nove vitórias, a<br />
Mercedes-Benz Trucks foi a marca mais bemsucedida<br />
na luta pelo galardão de Camião do<br />
Ano 2020. O júri do “International Truck of the<br />
Year” votou, entre outras matérias, com base<br />
em desenvolvimentos tecnológicos e inovadores.<br />
E foi aqui que o Actros “deu cartas” e<br />
arrebatou o título. O camião germânico somou<br />
pontos acima de todo o seu valor intrínseco. A<br />
Eurotransporte quis aquilatar dessa realidade<br />
e foi para a estrada ao volante de um Actros,<br />
testando o seu comportamento e fiabilidade.<br />
Acompanhados pelo formador da Mercedes-<br />
Benz Trucks, José Aguiar, pessoa que mostrou<br />
ser conhecedor da totalidade das funções do<br />
novo Actros,este acabou por ser uma mais-valia<br />
para o ensaio. Na dúvida recorremos a José<br />
Aguiar que nunca abandonou o apoio quer na<br />
explicação quer mesmo na função prática das<br />
tecnologias que o Actros tem para oferecer.<br />
inovações para motoristas<br />
e empresas<br />
A maioria das inovações que constam neste<br />
camião foram desenvolvidas com o objectivo<br />
preciso de proporcionar um avanço palpável<br />
para os motoristas e empresas. O novo Actros<br />
fornece respostas adequadas para temas como<br />
segurança, eficiência e conforto, como ainda<br />
uma infinidade de novos recursos, incluindo<br />
o Cockpit Multimédia, MirrorCam (em vez de<br />
espelhos exteriores), condução parcialmente<br />
30 Transporte<br />
euro
euro<br />
Transporte<br />
31
ENSAIO<br />
automatizada com Active Drive Assist ou sistemas<br />
de segurança avançados adicionais, como<br />
a quinta geração Active Brake Assist, e o<br />
Sideguard Assist bastante melhorado.<br />
Além disso, esta verdadeira máquina para<br />
percorrer quilómetros, apresenta a funcionalidade<br />
alargada do forward-looking Predictive<br />
Powertrain Control (PPC), que recebeu por<br />
parte da imprensa mundial vários elogios. Este<br />
sistema é verdadeiramente impressionante.<br />
Testado por nós a caminho de Pegões, deixounos<br />
perfeitamente fãs. Contudo, o mesmo depende<br />
da cartografia das estradas, assim como<br />
da marcação do seu piso. Estradas mal<br />
cartografadas ou marcadas, confundem o sistema<br />
contribuindo para que o mesmo deixe<br />
de cumprir com a sua função. Por diversas vezes,<br />
e sempre com o “cruise control” activado,<br />
este sistema conduziu-nos na perfeição<br />
avisando-nos, sistematicamente, através de<br />
informação no painel digital frontal, quando<br />
32 Transporte<br />
euro<br />
deveríamos colocar as mãos no volante. Para<br />
continuar com o sistema operacional, basta<br />
agarrar com as mãos no volante por segundos<br />
e retirá-las de novo para o sistema continuar<br />
a manter o veículo dentro da faixa de rodagem<br />
numa condução autónoma. Também na<br />
abordagem de rotundas, o PPC deu-nos indicações<br />
da distância a que estamos da mesma<br />
e como a deveríamos abordar, nomeadamente<br />
quanto à velocidade de execução. Também<br />
a informação da velocidade e distância dos<br />
veículos que seguem na frente é constante,<br />
sendo que o Actros trava ou acelera conforme<br />
o comportamento do veículo à sua frente.<br />
Chega mesmo a imobilizar-se por completo<br />
se for necessário. Com 17 variantes de cabina<br />
em duas larguras, cinco formatos de tejadilho<br />
(CompactSpace, ClassicSpace, StreamSpace,<br />
BigSpace e GigaSpace) e três variantes de túnel<br />
do motor (320 mm, 170 mm e piso plano), o<br />
Actros apresenta, também aqui, a cabina ideal<br />
para praticamente tudo o que se exija em termos<br />
de espaço, equipamento e conforto.<br />
cockpit MULTIMÉDIA digital<br />
Igualmente por nós verificado aquando do recente<br />
ensaio que a Eurotransporte levou a cabo<br />
ao volante do Actros, foi o cockpit multimédia<br />
completamente digital que substituiu o<br />
cluster de instrumentos convencionais no modelo,<br />
tornando-o num camião altamente moderno<br />
ao mesmo tempo que encurta o caminho<br />
para se chegar à condução automatizada.<br />
Com dois painéis digitais (um frontal e um segundo<br />
lateral, do lado direito do volante), todos<br />
os instrumentos e botões estão ao alcance<br />
do motorista, que apenas tem de verificar<br />
os parâmetros para que a condução que está<br />
a efectuar seja a mais segura possível.<br />
Qualquer alteração à condução seleccionada,<br />
o painel emana a informação para que a mesma<br />
seja corrigida ou mesmo anulada.
mirrorCam no lugar<br />
dos espelhos<br />
Mas a grande novidade deste camião surge no<br />
lugar dos espelhos retrovisores exteriores tradicionais.<br />
O novo Actros trocou-os pelo inovador<br />
sistema MirrorCam de aerodinâmica sofisticada<br />
que oferece uma visibilidade melhorada<br />
para a retaguarda e zona dos pilares.<br />
Este sistema (MirrorCam), proporciona ainda<br />
uma maior segurança nas manobras, tal como<br />
nas mudanças de direcção e de faixa de rodagem,<br />
nomeadamente pela alternância da imagem<br />
da câmara.<br />
Um reparo temos a fazer. Este sistema necessita<br />
de adaptação por parte de quem conduz o<br />
veículo. Se rapidamente nos entrosamos com<br />
o ecrã do lado esquerdo (condutor), já o mesmo<br />
não podemos dizer quanto ao da direita,<br />
pois foi-nos mais difícil controlar o camião<br />
por este ecrã que substitui o tradicional espelho<br />
retrovisor. Mesmo assim, e perante a in-<br />
NOVIDADES<br />
Faróis bi-xénon - Os médios e os máximos beneficiam da eficiência luminosa particularmente<br />
elevada dos faróis bi-xénon que consomem menos energia.<br />
Travão de estacionamento electrónico - A activação deste travão é automática ao desligar o<br />
motor podendo, contudo, também ligar-se e desligar-se no cockpit.<br />
Integração de câmara - A pré-instalação de câmara, disponível de fábrica como opção, permite<br />
a montagem rápida e simples de um total de quatro câmaras analógicas.<br />
Luzes traseiras LED - As novas luzes traseiras em LED, disponíveis como opção, transmitem um<br />
sinal inequívoco. Nomeadamente a função das luzes indicadoras de mudança de direcção.<br />
Assistente de sinais de trânsito - O novo sistema de assistência ao condutor reconhece sinais<br />
de trânsito específicos em tempo real e exibe os dois mais importantes no painel de instrumentos.<br />
Além disso, avisa o condutor óptica e acusticamente, quando este entra em contramão numa via<br />
de sentido único.<br />
Aerodinâmica aperfeiçoada - A Mercedes-Benz voltou a melhorar a aerodinâmica do Actros<br />
para uma resistência ao ar extremamente baixa permitindo um consumo ainda mais baixo.<br />
Luzes diurnas em LED - As luzes diurnas em LED, em combinação com os faróis típicos do<br />
Actros e uma cabina L, contribuem para uma maior segurança.<br />
euro<br />
Transporte<br />
33
ENSAIO<br />
formação que o próprio sistema nos oferecer<br />
através dos dois ecrãs e depois de totalmente<br />
entrosados com o sistema, a condução tornou-se<br />
mais segura.<br />
pronto para redefinir padrões<br />
O Actros é um camião que cumpre melhor que<br />
nunca as exigências sempre crescentes do<br />
transporte de longo curso e de distribuição de<br />
cargas pesadas, ambas com eficiência aumentada.<br />
Com um conforto único e com uma fiabilidade<br />
exemplar, o Actros oferece, também, o<br />
Active Brake Assist.<br />
A quinta geração deste sistema faz agora parte<br />
do equipamento de série e apoia o condutor<br />
na medida em que pode efectuar, em determinadas<br />
circunstâncias, travagens a fundo perante<br />
objectos imóveis ou em movimento. Assim<br />
que nos foi explicada a funcionalidade do<br />
sistema, não havia outra forma senão testálo.<br />
Em circuito fechado (parque de estacionamento<br />
para camiões) efectuámos uma travagem<br />
agressiva à qual o camião respondeu de<br />
forma bastante positiva.<br />
Em certas situações e até uma velocidade de<br />
50 km/h, podem efectuar-se, também, travagens<br />
parciais ou a fundo, podendo assim mitigar<br />
as consequências de um acidente ou evitálo<br />
na totalidade.<br />
Outro dos pormenores que nos chamou à<br />
atenção, foi o Assistente de Mudança de Direcção,<br />
disponível como opção. Esta funcionalidade<br />
avisa o condutor quando este pretende<br />
mudar de direcção ou de faixa de rodagem, se<br />
o pode fazer em segurança. Ou seja, detecta<br />
objectos estáticos ou em movimento na zona<br />
de alerta, à direita, ou na trajectória do veículo,<br />
e avisa o condutor óptica e acusticamente,<br />
para uma possível situação de perigo.<br />
Este novo sistema de assistência à condução,<br />
ajuda ainda o condutor a manter uma distância<br />
segura para o veículo que circula à sua<br />
frente e a permanecer no meio da sua faixa de<br />
rodagem.<br />
Motores Euro VI mais económicos<br />
Quando se pretende adquirir um camião, são vários os pontos a ter em conta. Todavia, um<br />
denominador comum existe: o consumo de combustível. Nesta matéria quanto menor o consumo,<br />
menores serão os custos globais. Por isso, a Mercedes-Benz Trucks tudo fez para que o novo<br />
Actros pudesse apresentar o mais baixo consumo de série.<br />
Para além da nova gama de motores Euro VI, mais económicos e fiáveis, a marca alemã também<br />
optou por alterar o aspecto aerodinâmico do camião por forma a permitir essa redução do<br />
consumo. No que às motorizações diz respeito, os económicos motores Euro VI estão disponíveis<br />
em quatro classes de cilindrada de 7,7L até ao 15,6L e num total de 18 níveis de potência que<br />
vão desde o OM471 de 175 kW de 238 Cv, até ao OM473 de 460 kW e 625 Cv. Estes motores<br />
destacam-se pelo baixo consumo que em conjunto com os programas de condução, reduzem-no<br />
significativamente. O Actros que testamos, um 15,6L, mostrou um “coração” (OM473) de 625 Cv,<br />
para um binário máximo de 3000 Nm. O sistema de injecção é Common Rail X-Pulse que debita<br />
uma pressão nos injectores de 2700 bar (individual), para um ciclo de 6 cilindros em linha,<br />
com 4 válvulas por cilindro (2+2 admissão e escape).<br />
A juntar ao motor, está a caixa de velocidades automática, com 12 mudanças, e sistema PowerShift<br />
3, que garante a selecção precisa da mudança a usar, tempos de troca curtos, alto conforto na<br />
condução e um nível muito alto de eficiência económica. Os tempos de troca de velocidades<br />
são até 20% mais curtos que no PowerShift 2 e até 50% mais curtos que o<br />
automático Telligent®.<br />
Dados Técnicos dos motores<br />
tecnologia QB<br />
Ainda no campo da tecnologia, o novo Active<br />
Drive Assist do Actros representa uma extensão<br />
das funções do Assistente de Controlo<br />
de Proximidade que, para além da regulação<br />
automática da distância com a função stopand-go,<br />
apoia agora o condutor activamente<br />
na orientação na faixa de rodagem. Para esse<br />
efeito utilizam-se as tecnologias de radar e de<br />
câmara aperfeiçoadas do novo Active Brake<br />
Assist em combinação com a direcção electricamente<br />
assistida e o Assistente de Faixa de<br />
Rodagem.<br />
Outra das preocupações dos engenheiros<br />
responsáveis por este projecto da Mercedes-Benz<br />
Trucks, foi o facto de nem sempre<br />
o reboque ou semireboque, vulgarmente conhecido<br />
entre nós como “galera”, responder de<br />
imediato às travagens de forma segura.<br />
Esta preocupação levou os responsáveis a<br />
desenvolver o Assistente de Controlo de Estabilidade<br />
do Reboque, uma funcionalidade que<br />
vem de série no Actros e que veio aumentar a<br />
segurança da condução, travando preventivamente<br />
o veículo e o reboque ou semirreboque<br />
em situações de condução específicas que<br />
possam ocorrer, estabilizando o conjunto por<br />
completo.<br />
A finalizar, dizer que gostámos de conduzir o<br />
novo Mercedes Actros onde tivemos a oportunidade<br />
de confirmar todos os seus atributos.<br />
Neste texto, não nos referimos propositadamente<br />
às motorizações, uma vez que<br />
optámos por fazê-lo em artigo separado.<br />
Os motores Euro VI têm tecnologia orientada para o futuro, até 460 kW (625CV) e 3000 Nm de binário<br />
máximo.<br />
380 kW; 15,6 l 460 kW; 15,6 l<br />
Designação do motor OM 473 OM 473<br />
Número de cilindros 6 6<br />
Cilindrada (l) 15,6 15,6<br />
Potência máxima às (rpm) 1600 1600<br />
Binário máx. (Nm) 2600 3000<br />
Binário máximo às (rpm) 1100 1100<br />
Euro VI De série De série<br />
Curvas de potência OM 473 15,6 l<br />
Curvas de potência OM 936 7,7 l<br />
Curvas de desempenho OM 470 2.ª Geração 10,7 l<br />
Curvas de desempenho OM 471 2.ª Geração 12,8 l<br />
34 Transporte<br />
euro
Consultório de Segurança<br />
veículos, todos movidos a energias limpas e<br />
naturais.<br />
Imagine que num dia desse ano chegava a casa<br />
ao fim do dia e, ao entrar, o seu sistema de media<br />
digital reconhecia a sua presença e dava-lhe<br />
as boas vindas através de ecrãs colocados nas<br />
paredes das divisões por onde ia passando. Enquanto<br />
estava no quarto a calçar as pantufas<br />
era informado das tarefas realizadas pelo equipamento<br />
de limpeza doméstico autónomo, qual<br />
a ementa proposta para o seu jantar e informatext0<br />
antónio macedo<br />
Imagine um filme de ficção científica daqueles<br />
que nos mostram o futuro com cidades<br />
com arranha-céus gigantes ligados<br />
por pontes aéreas, amplos espaços para<br />
circulação de pessoas que passeiam simplesmente,<br />
que andam às compras, alguns em trotinetas<br />
ou bicicletas eléctricas, em largas ruas<br />
por onde passam devagar carruagens de metro<br />
de superfície e táxis automáticos. Em auto-estradas<br />
construídas sobre viadutos entre<br />
os arranha-céus, cabinas com passageiros, de<br />
diversas cores e tamanhos e pequenos comboios<br />
de mercadorias percorrem o espaço aéreo<br />
com velocidade, todos equidistantes em filas<br />
organizadas.<br />
Nesse futuro, não muito longínquo, no ano<br />
2060, porque nestas coisas de ficção científica<br />
normalmente usam-se datas alcançáveis,<br />
ainda no prazo da esperança de vida de muitos<br />
dos espectadores, dizia eu que já circularão<br />
por todo o lado viaturas totalmente autónomas<br />
em estradas que comunicam com os<br />
36 Transporte<br />
euro
va-o das principais notícias do dia: “segundo a<br />
Autoridade Nacional da Mobilidade, cumpriu-<br />
-se hoje o 1º mês sem acidentes rodoviários<br />
mortais em todos os modos de mobilidade do<br />
país!”<br />
Voltemos ao presente e suponha que essa notícia<br />
era de 2020, tal como esta crise pandémica<br />
que está a parar o mundo, parece retirada<br />
de um livro de ficção científica. Será de esperar<br />
que, quando daqui a uns meses analisarmos<br />
os resultados dos relatórios da PSP e da GNR<br />
relativos às últimas semanas, provavelmente<br />
possamos ter atingido esse objetivo de “zero<br />
mortes” nas estradas portuguesas, o que seria<br />
um feito na sinistralidade rodoviária em toda a<br />
história moderna dos últimos 60 anos.<br />
Se tal ocorrer, e assim esperamos, as causas<br />
desta vez serão por mais evidentes, pois quase<br />
não circulam veículos na maioria das nossas<br />
cidades nas últimas semanas, o tráfego diário<br />
nas estradas e auto-estradas é claramente o<br />
equivalente ao de uma vulgar manhã de domingo<br />
de inverno. Não há horas de ponta. Não há na<br />
rua crianças ou idosos que possam tornar-se vítimas<br />
de atropelamento. Os carros, na sua generalidade,<br />
circulam devagar, sem pressa. Não<br />
há filas nem atrasos, não há crianças para levar<br />
à escola, não há reuniões marcadas, não se sai<br />
de casa atrasado para nada. Não se sai de casa,<br />
ponto!<br />
Mas esta aparente calma no trânsito não se<br />
traduz, infelizmente, em “zero” acidentes. Algumas<br />
pessoas com quem tenho falado têm-me<br />
dito que continua a haver diariamente acidentes<br />
no IC19, na A2, na A1, etc., isto para mencionar<br />
apenas a zona de Lisboa. Menos trânsito,<br />
menor controlo policial, significa mais velocidade,<br />
maior risco de acidente, mesmo que apenas<br />
com danos materiais.<br />
Claro que não conhecemos ainda as consequências<br />
desses acidentes, mas poderemos provavelmente<br />
atingir agora as “zero mortes” nas estradas<br />
portuguesas. É o paradoxo desta guerra<br />
da humanidade contra a natureza em que a Covid19<br />
também pode indirectamente salvar.<br />
Março 2020<br />
euro<br />
Transporte<br />
37
SERVIÇOS<br />
www.parts-specialists.com<br />
A Diesel Technic, líder mundial em peças de reposição<br />
alternativas para veículos comerciais, com as suas duas<br />
marcas DT Spare Parts e SIEGEL Automotive, valorizou os seus<br />
especialistas em peças com o lançamento de um novo site onde<br />
esses mestres da mecânica estão presentes e oferecem todos<br />
os seus serviços voltados para os profissionais de oficinas e<br />
frotas de veículos comerciais.<br />
text0 josé costa<br />
a<br />
Diesel Technic, através do seu novo site,<br />
permite que os clientes possam aceder à<br />
compilação dos vídeos clássicos, onde os<br />
especialistas em peças explicam como<br />
reparar falhas e substituir peças usando a ampla<br />
gama de produtos da marca alemã DT Spare<br />
Parts. Com o humor alemão que os caracteriza,<br />
os especialistas dão dicas e conselhos para facilitar<br />
as tarefas habitualmente apresentadas em<br />
workshops.<br />
Os vídeos também mostram como obter as muitas<br />
instruções de montagem, assim como aceder<br />
e usar o maior portal de pesquisa gratuito<br />
de peças de reposição para camiões, semi-reboques<br />
e vans: o Diesel Technic Partner Portal.<br />
38 Transporte<br />
euro
A Diesel Technic está ciente de que<br />
uma boa formação profissional<br />
gé essencial para o êxito<br />
No endereço da internet - https://partnerportal.<br />
dieseltechnic.com/ - os profissionais podem encontrar<br />
mais de 10 milhões de referências cruzadas<br />
para poder identificar rapidamente as peças<br />
necessárias entre as mais de 41.000 que são comercializadas<br />
através dos vários distribuidores.<br />
A grande novidade da web é que ela possui um<br />
painel de ajuda - HelpDesk - onde os mecânicos<br />
podem obter suporte imediato se tiverem dúvidas<br />
ou problemas. Para agilizar e personalizar a<br />
resposta, os especialistas em peças têm agora<br />
o suporte internacional dos vários escritórios<br />
do Grupo Diesel Technic, em todo o mundo.<br />
Jesús Pintado, especialista em qualidade da subsidiária<br />
ibérica, é o responsável por responder<br />
às solicitações dos profissionais das oficinas e<br />
frotas de transportes de Espanha e Portugal.<br />
“O Helpdesk serve principalmente para trocar<br />
experiências técnicas sobre os nossos produtos<br />
e em casos muito particulares. A maioria das<br />
dúvidas que existiam já foram respondidas pela<br />
secção de Perguntas Frequentes (FAQ), com a<br />
maioria dos incidentes resolvidos até o momento<br />
pelos nossos distribuidores. Esta ferramenta<br />
será um acréscimo ao excelente serviço que já<br />
oferecemos”, referiu este técnico. A Diesel Technic<br />
está ciente de que uma boa formação profissional<br />
é essencial para o êxito.<br />
Com isso, evitam-se falhas, economiza-se tempo<br />
e custos e aumenta-se a oferta de serviços<br />
das oficinas ao cliente final. Por esse motivo, o<br />
fornecedor alemão de peças auto oferece sessões<br />
específicas de formação a mecânicos de<br />
frota, que permitem expandir os conhecimentos<br />
e aproveitar ao máximo a ampla gama das<br />
marcas de peças de reposição DT e SIEGEL Au-<br />
tomotive. No conteúdo destas formações é dado<br />
grande ênfase ao conhecimento de todas as<br />
possibilidades oferecidas pela linha completa<br />
disponível, como por exemplo, a divisão de produtos<br />
para “vans”, uma vez que representa uma<br />
excelente oportunidade para expandir os negócios<br />
das oficinas. Os interessados podem conhecer<br />
os cursos disponíveis e enviar as suas inscrições<br />
através do novo site. Estas sessões são<br />
coordenadas com os revendedores locais de<br />
peças de reposição.<br />
Por fim, o microsite também convida os profissionais<br />
do sector a participar nos eventos e feiras<br />
do grupo alemão, especialmente na comunidade<br />
internacional de especialistas de peças.<br />
Graças ao seu programa de fidelidade para oficinas,<br />
a Premium Shop - para a qual milhares<br />
de mecânicos de todo o mundo se inscreveram<br />
em apenas um ano -, proporciona<br />
prémios e viagens de todos os tipos aos<br />
participantes. Para ganhar um dos prémios,<br />
o profissional apenas precisa de<br />
se registar e assinar a newsletter em<br />
www.premiumshop.dt-spareparts.<br />
com e escolher o prémio.<br />
euro<br />
Transporte<br />
39
Tecnologias de Informação<br />
“Never waste a good crisis” é uma frase habitualmente atribuída<br />
a Winston Churchill (apesar de não haver confirmação de ele<br />
alguma vez a ter dito) e que se adequa tanto aos tempos de<br />
guerra como aos que estamos a atravessar agora.<br />
text0 filipe carvalho<br />
Acrise da COVID-19 é aguda em muitas<br />
vertentes, incluindo a da logística, mas<br />
como todas as crises tem um princípio,<br />
um meio e um fim. Talvez algumas coisas<br />
nunca mais venham a ser como eram anteriormente,<br />
mas aquela realidade estável que<br />
conhecemos como normalidade regressará.<br />
Entre o caos e a desordem que abalam agora<br />
a sociedade e as organizações, entre despedimentos<br />
e encerramentos, algumas empresas<br />
desaparecerão e outras demonstrarão a sua<br />
resiliência. Irão adaptar-se a novas realidades<br />
e mesmo prosperar.<br />
Os tempos de crise e perturbação abalam o<br />
mercado mas também geram oportunidades,<br />
pelo que há que procurar as pepitas de ouro no<br />
meio dos escombros. As acções das equipas<br />
de gestão agora, no meio desta crise, determinarão<br />
significativamente o seu destino.<br />
ESTÁ A LIDERAR OU A GERIR<br />
NESTA CRISE?<br />
A complexidade e a mudança inerentes à crise<br />
exigem que os executivos liderem e sejam<br />
gestores efectivos.<br />
Gerir em tempo de crise implica resolver as<br />
necessidades urgentes do presente, tomar<br />
decisões no imediato e gerir recursos num ritmo<br />
rápido com acções decisivas. Liderar, por<br />
outro lado, envolve orientar as pessoas para o<br />
melhor resultado possível ao longo do período<br />
de tempo que dura a crise e mais além. Implica<br />
40 Transporte<br />
euro<br />
olhar para o que vem a seguir e estar pronto<br />
para o enfrentar. Isto requer ver além do imediato<br />
para antecipar os próximos três ou quatro<br />
obstáculos e não somente o actual.<br />
Este período de isolamento social em que a<br />
actividade económica foi forçada a travar a<br />
fundo é um momento para delegar na equipa<br />
as actividades de gestão do imediato, sempre<br />
sob orientação, e de assumir o pensamento<br />
estratégico de repensar a logística e as novas<br />
formas de negócio que aí vêm. É o momento<br />
de assumir a liderança.<br />
A DISRUPÇÃO DAS CADEIAS<br />
DE ABASTECIMENTO DE UNS...<br />
As cadeias de abastecimento que ligam produtores<br />
e consumidores estão em ruptura<br />
e daí podem surgir várias oportunidades:<br />
1) As limitações de viagem estão a impedir os<br />
fluxos de trabalhadores migrantes entre países.<br />
Espanha esperava em Março 16 mil trabalhadores<br />
provenientes de Marrocos, ao<br />
abrigo de um programa de cooperação entre<br />
os dois países, para trabalhar o campo na área<br />
da fruta e vegetais. Apenas metade conseguiu<br />
passar a fronteira e as limitações impostas.<br />
Outros países, como a Alemanha que depende<br />
de uma força de trabalho sazonal de 286 mil<br />
pessoas, estão a fretar aviões para transportar<br />
trabalhadores.<br />
2) As dificuldades de transporte acrescidas,<br />
a redução de motoristas disponíveis, as restrições<br />
de envio e o transporte aéreo estacio-
nado no chão têm aumentado o custo de expedição<br />
em mais de 300%, como por exemplo<br />
têm reportado os exportadores de sumos e<br />
frutas da África do Sul.<br />
Estes exportadores ajudam a preencher as<br />
prateleiras dos supermercados na Europa, em<br />
Portugal, e no mundo. Por agora os supermercados<br />
têm referido que não há falta de produtos,<br />
mas brevemente devemos assistir a cada<br />
vez mais referências faltarem por longos períodos<br />
de tempo ou mesmo desaparecerem.<br />
Alguns pontos fronteiriços na Europa têm registado<br />
filas de 18 horas para que um veículo<br />
de carga consiga passar, o que não é de estranhar<br />
dada a reposição de controlos fronteiriços,<br />
e por isso no seio da União Europeia<br />
já se pedem corredores verdes para o transporte<br />
de cargas.<br />
3) A declaração generalizada de estados de<br />
emergência tem introduzido ainda mais dificuldades<br />
em sectores onde o trabalho humano<br />
é relevante e fundamental como o sector<br />
primário. Em alguns países os trabalhadores<br />
estão impedidos de sequer aproximarem-se<br />
das quintas e das fábricas de empacotamento<br />
e distribuição. E mesmo que consigam aceder,<br />
9566<br />
Reboques e serviços a partir de um só fornecedor<br />
A missão: Soluções inteligentes para tarefas de transporte complexas. O caminho: Ligar, de<br />
forma inteligente, as informações e oferecer serviços abrangentes – praticamente tão extensos<br />
como o próprio reboque. Com o nosso sistema de telemática TrailerConnect ® e os nossos serviços<br />
Premium personalizados, passará a usufruir exclusivamente de soluções inovadoras para<br />
reboques. www.cargobull.com<br />
euro<br />
Transporte<br />
41
a sua jornada de trabalho é extremamente dificultada<br />
com o distanciamento social imposto.<br />
Os sindicatos em Espanha reportam valores<br />
de absentismo superiores a 50% neste<br />
sector.<br />
4) O tempo de recrutamento de pessoas que<br />
possam trabalhar no sector primário é muito<br />
elevado e isso é crítico quando a fruta apodrece<br />
nas árvores se não for recolhida a tempo,<br />
por exemplo. Muitos milhares de postos<br />
de trabalho sazonais vão ficar sem ser<br />
preenchidos.<br />
A tendência para colmatar a crescente procura<br />
destes produtos face à disrupção da sua<br />
cadeia de abastecimento tem sido cada mercado<br />
olhar para si internamente e tentar ser<br />
auto-suficiente. Por isso, em tempos de escassez,<br />
vários produtores (Suiços, Alemães)<br />
têm referido que os seus produtos serão consumidos<br />
no seu mercado de origem, ou seja,<br />
não consideram mais exportar.<br />
...PODE SER A OPORTUNIDADE<br />
DE OUTROS<br />
Portugal é um dos principais produtores de<br />
fruta na União Europeia de acordo com dados<br />
do Eurostat.<br />
Espanha tem cerca de 40% da área de produção<br />
dos Estados-membros, Itália 17,5%, depois<br />
segue-se a Polónia e finalmente Portugal<br />
com cerca de 7%. Os países que dependem de<br />
mão-de-obra migrante para atingir os níveis<br />
de produção habituais irão revelar dificuldades<br />
em atingir as metas habituais. Por esse<br />
motivo já temos assistido a várias medidas de<br />
mitigação como a referida fretagem de aviões<br />
para transporte de trabalhadores (até quando<br />
isto será viável e a que custos?), mas também<br />
o relaxamento das regras de descanso e condução<br />
nos motoristas de longo curso (em Espanha),<br />
entre outras que vão sendo anunciadas<br />
como alívios circunstanciais de um mal<br />
mais profundo.<br />
Uma proposta mais radical, avançada tanto<br />
em França como na Alemanha, consiste em<br />
mobilizar os trabalhadores de outros sectores<br />
colocados em lay-off para ajudar nos campos<br />
na época das colheitas, colmatando assim<br />
a enorme falta de mão-de-obra que se antevê.<br />
Ficamos a assistir ao que farão o governo e os<br />
produtores exportadores portugueses, igualmente<br />
sujeitos às restrições de isolamento<br />
social mas menos dependentes de mão-deobra<br />
externa.<br />
nOVAS OPORTUNIDADES<br />
NA LOGÍSTICA<br />
Com o lockdown do país os consumidores confinaram-se<br />
ao seu domicílio e encerrou todo o<br />
comércio e serviços. Os pequenos comerciantes<br />
obrigados a fechar portas sentiram a necessidade<br />
de continuar a servir os seus clientes<br />
fazendo-lhes chegar os seus produtos<br />
directamente.<br />
Isto catapultou muitas empresas para uma<br />
realidade de comércio online e entregas ao<br />
domicílio. Mesmo sem preparação prévia de<br />
websites adequados nem logística pensada<br />
para o efeito.<br />
Por outro lado, os consumidores vêem no comércio<br />
online uma boa forma de receberem<br />
em casa os produtos mais necessários sem<br />
terem de se expor aos riscos da pandemia.<br />
Com isto, o e-commerce de distribuição alimentar<br />
tem esgotado a sua capacidade e projectado<br />
qualquer prazo de entrega para mais<br />
de três semanas, abrindo espaço aos comerciantes<br />
recém-chegados para absorver alguns<br />
desses consumidores.<br />
O modelo de compra em lojas individuais, por<br />
42 Transporte<br />
euro
exemplo da panificadora, do bacalhau, do talho,<br />
implica uma entrega ao domicílio somente<br />
nas imediações da loja, eventualmente abrangendo<br />
uma região metropolitana, mas dificilmente<br />
cobrindo todo o território nacional.<br />
Estes novos comerciantes online também<br />
apresentam modelos difusos de entregas e<br />
custos associados. Tanto podem ir da entrega<br />
grátis porque a área da abrangência está confinada<br />
à vizinhança e são entregues pelo próprio,<br />
como podem ir mais longe também com<br />
entrega grátis mas com o seu custo dissimulado<br />
num incremento dos preços dos produtos,<br />
ou ainda apresentarem uma taxa de entrega<br />
fixa para uma distribuição mais abrangente.<br />
Da perspectiva do consumidor há duas inconveniências<br />
em recorrer mais sistematicamente<br />
a estes comerciantes online isolados:<br />
1) Enquanto consumidor é desagradável encomendar<br />
o pão aqui, o bacalhau acolá, o<br />
papel-higiénico ainda noutra loja online e<br />
mais dois ou três produtos e no final receber<br />
5 entregas durante o dia. Era bem preferível<br />
receber apenas uma visita com tudo.<br />
2) Enquanto consumidor é caro fazer várias<br />
encomendas online porque em média a taxa<br />
O modelo de compra em lojas<br />
gindividuais, por exemplo<br />
da panificadora, do bacalhau,<br />
do talho, implica uma<br />
entrega ao domicílio somente<br />
nas imediações da loja,<br />
eventualmente abrangendo<br />
uma região metropolitana<br />
de entrega são 5 Euros e se multiplicarmos<br />
esse valor pelas cinco encomendas realizadas<br />
saltamos para 25 Euros de custo num<br />
dia de compras online, o que é manifestamente<br />
excessivo.<br />
Estes obstáculos à massificação do comércio<br />
online dos pequenos lojistas constituem na<br />
realidade uma oportunidade para a criação de<br />
novos modelos de negócio.<br />
Os obstáculos podem ser ambos ultrapassados<br />
se forem combinadas numa só entrega todas<br />
as encomendas colocadas aos vários comerciantes<br />
por um mesmo consumidor.<br />
Este paradigma implica um modelo de negócio<br />
que agregue os canais de expedição dos<br />
comerciantes num planeamento de rotas unificado<br />
entre todos, o que por si só pode implicar<br />
a criação de novos modelos de negócio ou<br />
cooperação entre concorrentes.<br />
Todas as crises geram dificuldades e oportunidades.<br />
Baralham e voltam a dar.<br />
Compete agora aos líderes empreendedores<br />
conceber modelos de negócio que dêem resposta<br />
às novas necessidades do mercado e<br />
dos consumidores.<br />
euro<br />
Transporte<br />
43
EMPILHADORES<br />
Optimizado,<br />
mais limpo e Lean<br />
O novo e optimizado Tonero foi projectado para<br />
produtividade e eficiência com foco no meio ambiente,<br />
superando os mais recentes regulamentos europeus<br />
do Stage V. O Tonero Stage V inclui os motores<br />
industriais mais Lean da Toyota.<br />
text0 josé costa<br />
Com novos motores industriais, o Tonero<br />
Stage V, da Toyota apresenta-se mais optimizado,<br />
com melhor desempenho e facilidade<br />
de condução. O novo modelo de<br />
empilhador nipónico permite ainda, um menor<br />
consumo de combustível, menos manutenção e<br />
operações mais limpas, seja na sua versão a diesel<br />
ou GLP.<br />
A Toyota continua a esforçar-se para desenvolver<br />
empilhadores contrabalançados de combustão<br />
interna cada vez mais eficientes, com níveis<br />
de emissão mais baixos, para além de minimizar<br />
o custo total de propriedade. Os novos modelos<br />
Tonero incluem muitos inovadores recursos e<br />
melhorias que atendem aos requisitos dos clientes<br />
em termos de qualidade, manobrabilidade e<br />
segurança.<br />
Também no que ao design diz respeito, o novo<br />
empilhador de contrapeso foi aprimorado para<br />
facilitar o acesso para manutenção, aumentando<br />
a produtividade e resultando em economia de<br />
tempo inteligente.<br />
Também alvo de alterações, o novo painel de comandos<br />
ficou mais intuitivo e fácil de usar, graças<br />
a todos os controlos serem integrados num só lugar,<br />
garantindo maior produtividade e eficiência.<br />
As novas luzes LED Toyota melhoram a visibilidade<br />
dos operadores, para um manuseamento mais<br />
seguro, além de serem extremamente eficientes<br />
em termos energéticos, reduzirem custos de manutenção<br />
e aumentarem a disponibilidade operacional<br />
e a produtividade.<br />
Relativamente ao motor 1ZS da Toyota, ultra limpo<br />
e de baixo consumo de combustível, construído<br />
internamente, agora inclui um filtro de partículas<br />
de diesel (DPF) para operações mais limpas de<br />
manuseamento de materiais.<br />
44 Transporte<br />
euro
PRODUTO<br />
A empresa alemã com 111 anos disponibiliza a esteira têxtil<br />
ultra-absorvente com sistema de reutilização. A MEWA entrega<br />
as esteiras, recolhe-as para lavagem e manutenção<br />
e devolve-as atempadamente. Isto é eficiente e sustentável.<br />
Já encontrou a aliada certa para realizar<br />
trabalhos de reparação e de manutenção<br />
na sua fábrica? Já tem uma solução que<br />
proteja as máquinas, o local de trabalho<br />
e o chão de forma eficaz contra sujidade<br />
e líquidos perigosos? Uma opção que se arrume<br />
em pouco espaço, possa ser utilizada inúmeras<br />
vezes e, na hora de substituir, não lhe dê<br />
quaisquer preocupações. Ela existe e chamase<br />
Multitex, uma esteira de retenção de óleo<br />
da MEWA. Esta esteira permite realizar os trabalhos<br />
de reparação e de manutenção de forma<br />
mais rápida, mais limpa, mais segura e mais<br />
confortável.<br />
A esteira de retenção de óleo Multitex de tecido<br />
tem formato de toalha, arruma-se em<br />
pouco espaço, é fácil de transportar, flexível na<br />
utilização e a sua lavagem é feita pela MEWA.<br />
A repetida reutilização da esteira de 60x90cm<br />
está garantida, já que é extremamente absorvente.<br />
A superfície transporta o líquido imediatamente<br />
para o interior, onde um não-tecido<br />
especial o distribui uniformemente e o armazena<br />
durante muito tempo. Assim, a superfície<br />
da esteira fica praticamente seca. As esteiras<br />
usadas são depois colocadas no SaCon - o contentor<br />
de segurança sobre rodas -, com fecho<br />
hermético que guarda as esteiras utilizadas<br />
de forma segura e em pouco espaço. A MEWA<br />
trata do transporte, da lavagem e manutenção<br />
ecológicas, bem como da sua devolução.<br />
Quanto às vantagens das esteiras de absorção<br />
Multitex, elas são:<br />
• Ultra-absorventes e flexíveis na utilização;<br />
• Proporcionam maior segurança no local<br />
de trabalho;<br />
• Arrumam-se em pouco espaço;<br />
• Incluem um serviço completo de fornecimento,<br />
recolha, lavagem e devolução;<br />
São amigas do ambiente.<br />
euro<br />
Transporte 45
Crónica<br />
E agora? Ambiente<br />
ou empregos?<br />
text0 bruno oliveira<br />
ceo ford truck<br />
Como ficam as multas definidas aos<br />
construtores de automóveis na<br />
União Europeia (UE) em relação à<br />
emissão de CO2?<br />
De acordo com um estudo da PA Consulting,<br />
publicado em Janeiro deste ano, devido<br />
às emissões de CO2 provocadas pelos<br />
novos veículos, todas os fabricantes têm<br />
multas elevadíssimas aos seus encargos.<br />
Na globalidade, estão previstas penalizações<br />
na ordem dos 14,655 milhões de<br />
euros.<br />
Por outro lado, o impacto social, provocado<br />
pela chegada inesperada do coronavírus/COVID-19,<br />
devido à paralisação<br />
de fábricas estima afectar directamente<br />
1.110.107 europeus que trabalham no fabrico<br />
de automóveis, colocando em causa 2,6<br />
milhões de empregos directos e indirectos<br />
na globalidade da indústria automóvel.<br />
De acordo com a ACEA (Associação Europeia<br />
de Fabricantes Automóveis), o impacto nos empregos<br />
de todos os países no conjunto da União<br />
Europeia e do Reino Unido vai ser brutal e terá a<br />
seguinte distribuição (figura 1).<br />
E agora?<br />
Será que a EU vai continuar de forma “cega” e incongruente<br />
na política de controlo de emissões<br />
de CO2?<br />
Será que o principal inimigo a abater vai continuar<br />
a ser a indústria automóvel? Ou será que a<br />
“crise do coronavírus/COVID-19” vai colocar todos<br />
os “poluidores” no mesmo patamar, e o esforço<br />
passará a ser distribuído pela indústria<br />
dos vários meios de mobilidade, onde estão incluídos<br />
o marítimo e o aéreo?<br />
Diariamente, os fabricantes começam a divulgar<br />
os prejuízos provocados pelo encerramento das<br />
fábricas e pela queda a pique das vendas, e são<br />
inimagináveis. O maior fabricante do mundo, a<br />
VW, lançou recentemente “cá para fora” um número<br />
assustador. Afirma estar a perder 2.000<br />
milhões de euros por semana.<br />
A China já começou a desenhar estratégias na<br />
adopção de medidas a implementar para dar espaço<br />
aos fabricantes de forma a conseguirem<br />
iniciar a sua recuperação no pós coronavírus/<br />
COVID-19. Entre as quais se insere o “alívio” tem-<br />
46 Transporte<br />
euro<br />
porário das quotas referentes aos veículos eléctricos<br />
ou electrificados. Na minha óptica, com ou<br />
sem a crise do coronavírus/COVID-19, devemos<br />
caminhar e preparar o caminho para a descarbonização.<br />
Mas, esse caminho, deve ser preparado<br />
de forma justa, consistente e abrangente. Ou seja,<br />
todo o processo deve ser envolvido da mesma<br />
forma desde a “fonte à roda”.<br />
Não faz sentido apostarmos tudo, a qualquer<br />
preço, nos “carrinhos a pilhas” enquanto, paralelamente,<br />
alguns países reactivam centrais eléctricas<br />
a carvão.<br />
Por exemplo, um estudo recente, da Emission<br />
Analytics, apresentou uma nova conclusão,<br />
contrária à maioria de todos os outros estudos<br />
existentes. Concluiu que não são os motores de<br />
combustão as maiores fontes de poluição no<br />
processo da mobilidade, mas sim a utilização<br />
dos pneus. Estes podem poluir 1000 vezes mais<br />
que os motores a gasóleo.<br />
Espero que esta crise desafie algumas “convenções”,<br />
que conduzam os organismos decisores<br />
a espevitar no que à área da indústria diz<br />
respeito, acabando com as incongruências da<br />
informação que é fornecida aos consumidores.<br />
É importante que as leis sejam actualizadas, de<br />
forma a que a única componente de controlo sobre<br />
emissões não sejam os gases emitidos pelos<br />
motores de combustão. Para além da<br />
contínua evolução na eficiência dos veículos,<br />
a regulamentação deve deixar de estar<br />
desactualizada e evoluir conjuntamente<br />
para que o processo global da mobilidade<br />
(well-to-wheel) possa acontecer de forma<br />
justa e realista. A partilha de responsabilidades,<br />
por exemplo, deve ser legislada para<br />
que se encontrem caminhos de combate às<br />
emissões. Pegando na conclusão do estudo<br />
que referi, deve ser regulamentada a libertação<br />
de partículas dos pneus. Por outro lado,<br />
a indústria automóvel tem de encontrar<br />
outras maneiras de combater as emissões,<br />
que poderão passar pela redução do peso<br />
dos veículos. Devem ser criadas medidas de<br />
curto prazo, para o imediato! As novas tecnologias,<br />
tanto de electrificação como dos<br />
combustíveis neutros em carbono, têm um<br />
custo elevado e permanecerão assim no<br />
futuro próximo. Para garantir que o ritmo de renovação<br />
das frotas não diminui e, de forma a ajudar<br />
a retoma da indústria, tentando minimizar o<br />
impacto económico e social, devem ser criados<br />
mecanismos de incentivos consistentes para os<br />
novos veículos automóveis com motorizações a<br />
combustão, quer sejam comerciais, pesados de<br />
mercadorias ou de passageiros e, em simultâneo<br />
reactivarem os programas de abate aos veículos<br />
antigos, esses sim poluidores!<br />
Estas medidas de curto prazo iriam:<br />
• Provocar a renovação mais rápida da frota em<br />
todos os segmentos de veículos, acelerando<br />
a adopção de novas tecnologias ambientais<br />
(>=Euro 6d);<br />
• Garantir que o transporte de baixas emissões<br />
seja viável para as empresas, tornando-se a melhor<br />
opção, apesar do custo total de aquisição<br />
ser mais alto;<br />
• Acelerar a retoma da indústria automóvel;<br />
• Diminuir de forma drástica e imediata as emissões<br />
de CO2 provadas pela circulação de veículos<br />
com tecnologias desactualizadas.<br />
Vamos aguardar pelas próximas medidas ambientais<br />
e sociais, na esfera da indústria automóvel.<br />
Protejam-se!
LIGEIROS<br />
O eleito<br />
NOVO<br />
RENAULT ZOE<br />
dos portugueses<br />
Apenas algumas semanas depois de chegar ao mercado, o novo<br />
ZOE já é o “eléctrico” preferido dos portugueses. Em Janeiro o<br />
modelo da Renault foi o automóvel zero emissões mais vendido<br />
no País, num segmento que registou um crescimento na ordem<br />
dos 35 por cento em relação ao período homólogo de 2019.<br />
text0 josé costa<br />
os argumentos do novo Renault ZOE parecem<br />
ter conquistado os portugueses<br />
tornando inquestionável a sua referência<br />
entre os automóveis eléctricos<br />
acessíveis. Competitivo no preço (a partir de<br />
23.690€), uma das maiores autonomias do<br />
mercado (quase 400 quilómetros WLTP), design<br />
moderno, bem como uma extensa lista de<br />
equipamentos tecnológicos e de segurança,<br />
são factores que fizeram com que os portugueses<br />
o tornassem o veículo eléctrico mais<br />
vendido entre nós. Uma carreira de sucesso<br />
que promete continuar, até por força dos incentivos<br />
preconizados pelo inovador e ambicioso<br />
programa ECO-Plan apresentado recentemente<br />
pela Renault que visa uma mobilidade<br />
mais sustentável para Portugal.<br />
O novo ZOE, comercializado em Portugal desde<br />
finais de Novembro do ano transacto, continua<br />
a prometer consolidar o estatuto de referência<br />
no mercado, uma vez que, só nas<br />
primeiras semanas de comercialização no presente<br />
ano, registou um volume de encomendas<br />
que alcança já metade das vendas totais do<br />
modelo em 2019.<br />
motor R135 (100 kW)<br />
O ZOE que testámos, com o seu motor eléctrico<br />
de 135 cavalos, proporcionou-nos uma experiência<br />
de condução que alia o dinamismo à serenidade<br />
sem ruído nem vibrações, excepção<br />
até aos 30 km onde o veículo emite um sinal de<br />
aviso à circulação de peões.<br />
Para facilitar a condução na cidade ou aquando<br />
de um abrandamento, o ZOE dispõe do modo B<br />
(no selector de engrenagem automático) que,<br />
quando accionado, acentua a desaceleração<br />
do veículo, permitindo-lhe um menor recurso<br />
ao pedal de travão e uma condução descontraída.<br />
Também para garantir a segurança em<br />
Ficha Técnica<br />
MODELO R110 R135<br />
Tipo de Bateria Z.E. 50<br />
Média real<br />
Verão/Inverno 375 (km) /240 (km)<br />
Protocolo de homologação WLTP(1)<br />
Faixa em ciclo<br />
combinado 395(km) 386 (km)<br />
MOTOR<br />
Tecnologia do motor eléctrico<br />
Sincronizado com bobine de rotor<br />
Potência 80 (108) 100 (135)<br />
Binário 225/500 245/1,500<br />
BATERIA<br />
Capacidade útil (kWh) 52<br />
Tecnologia<br />
Lithium-ion<br />
Tensão total<br />
400 (volts)<br />
CAIXA DE VELOCIDADE<br />
Tipo de caixa Engrenagem com<br />
barra de redução de 1 velocidade<br />
qualquer situação, o modelo por nós testado<br />
vem equipado com diversos sistemas de ajuda<br />
à condução que garantem a segurança e facilitam<br />
as manobras.<br />
Tudo isto faz com que o ZOE, em Janeiro último,<br />
tenha registado 230 unidades vendidas,<br />
liderando a tabela de vendas de automóveis<br />
eléctricos em Portugal, num segmento que<br />
registou um crescimento na ordem dos 35%<br />
em relação ao período homólogo de 2019.<br />
Relativamente a custos, o novo ZOE vai desde<br />
os 23.690€ (aluguer de bateria) até aos<br />
31.990€ (compra), para o modelo Z.E 40 R110,<br />
que ainda não está disponível em Portugal.<br />
Para o Z.E. 50 R110 os valores vão desde<br />
25.690€ (aluguer) até 33.990€ (compra). O<br />
mesmo modelo, mas em R135, com duas versões<br />
(Intens e Exclusive), os preços variam<br />
entre os 26.160€ (aluguer) até 34.490€ (compra)<br />
para o Intens, enquanto o Exclusive tem<br />
um preço entre 27.490€ (aluguer de bateria) e<br />
os 35.790€ na compra.<br />
47 Transporte<br />
euro<br />
euro<br />
Transporte 47
ELÉCTRICOS<br />
A Toyota e a Hino estão a desenvolver um novo camião eléctrico<br />
a pilha de combustível (FCEV - Fuel Cell Electric Vehicle)<br />
de hidrogénio. No sentido de revelar um produto final, vão<br />
decorrer ensaios e testes de verificação no Japão.<br />
O modelo Profia, da Hino, é a base daquele que será o novo<br />
camião zero emissões das empresas nipónicas.<br />
text0 josé costa<br />
tors, Ltd. (Hino) anunciaram recentemente<br />
(23 de Março último), que estão a desenvolver<br />
em conjunto este camião eléctrico a pilha<br />
de combustível de hidrogénio, no sentido<br />
de revelar um produto final, após ensaios e<br />
testes de verificação que iniciarão em breve<br />
no Japão.<br />
Ambas as empresas do Oriente, ligadas à<br />
construção de veículos automóveis, estão determinadas<br />
a tomar medidas proactivas para<br />
encontrar soluções para os problemas ambientais<br />
globais. As duas empresas declararam<br />
metas ambiciosas para reduzir as emissões<br />
de Co2 até 2050 e estão a desenvolver<br />
tecnologias de electrificação para uso generalizado<br />
na sociedade. Para obter reduções<br />
adicionais nas emissões de Co2, serão necessárias<br />
grandes melhorias no desempenho<br />
ambiental de veículos pesados, que representam<br />
cerca de 49% do total de emissões dos<br />
veículos comerciais.<br />
Veículos pesados de mercadorias necessitam<br />
de autonomia e capacidade de carga<br />
significativas, bem como um reabastecimento<br />
rápido. Este será o segredo para<br />
se conseguir atingir o modelo ideal de camião<br />
100% eléctrico.<br />
É precisamente aqui que ambas as empresas<br />
nipónicas estão empenhadas para que o seu futuro<br />
camião zero emissões será uma realidade.<br />
Por esse motivo, o veículo seja movido a pilha de<br />
combustível a hidrogénio, uma vez ser considerada<br />
a mais eficaz por possuir uma maior densidade<br />
energética. Em veículos comerciais deve<br />
ser adoptada uma solução que garanta um desempenho<br />
ambiental excepcional e versatilidade<br />
em termos de autonomia, capacidade de carga<br />
e tempo de abastecimento. Daí que o chassis do<br />
camião foi especialmente projectado para uma<br />
autonomia zero emissões, prevista para percorrer,<br />
aproximadamente, 600 quilómetros. A Toyota<br />
Motor Corporation (Toyota) e a Hino Mosolução<br />
ideal<br />
Entretanto, na electrificação de veículos comerciais<br />
pesados, deve ser adoptada uma solução<br />
ideal que garanta desempenho ambiental<br />
excepcional e versatilidade, não só em termos<br />
de autonomia para longas distâncias, mas também<br />
com capacidade de carga e tempo de<br />
abastecimento. Os veículos pesados de mercadorias<br />
são normalmente usados no transporte<br />
rodoviário e, portanto, precisam de autonomia<br />
e capacidade de carga significativas.<br />
Por esse motivo, veículos a pilha de combustível<br />
a hidrogénio são considerados os mais eficazes,<br />
uma vez que possuem uma maior densidade<br />
energética.<br />
hino Profia é a base<br />
O camião a pilha de combustível que serve de<br />
base a este projecto de desenvolvimento conjunto<br />
é o Hino Profia, onde são exploradas ao<br />
máximo as tecnologias desenvolvidas pela Toyota<br />
e pela Hino ao longo dos anos. O chassis<br />
foi especialmente projectado para um veículo<br />
a pilha de combustível com medidas que visam<br />
uma redução de peso do veículo, para garantir<br />
o máximo de capacidade de carga. O novo camião<br />
está equipado com duas pilhas de combustível<br />
Toyota, que foram recentemente desenvolvidas<br />
para a segunda geração do Toyota<br />
Mirai, e inclui tecnologias desenvolvidas pela<br />
Hino para veículos pesados electrificados com<br />
a tecnologia híbrida. Adicionalmente, a autonomia<br />
zero emissões prevista é de aproximadamente<br />
de 600 quilómetros.<br />
A Toyota e a Hino consideram o hidrogénio como<br />
uma importante fonte de energia para o futuro<br />
e trabalharam juntas no desenvolvimento<br />
desta tecnologia. Inovam no sentido de disseminar<br />
veículos a pilha de combustível. Um<br />
exemplo é o autocarro a pilha de combustível<br />
apresentado em 2003 e que tem sido testado<br />
durante mais de quinze anos. Ambas as empresas<br />
irão fortalecer a sua parceria e juntas reafirmam<br />
o seu empenho em acelerar o desenvolvimento<br />
de uma sociedade de hidrogénio.<br />
48 Transporte<br />
euro
euro<br />
+<br />
Transporte<br />
S U P L E M E N T O M A I S<br />
FURGÕES<br />
EléctricosTransporte<br />
49<br />
euro
SUPLEMENTO MAIS<br />
Furgões 100% eléct<br />
50 Transporte<br />
euro
icos em Portugal<br />
trabalho coordenado e elaborado por eduardo carvalho e josé costa<br />
em breve vamos dizer adeus ao barulho<br />
do motor e passar a apreciar a<br />
satisfação de conduzir silenciosamente.<br />
Tudo isto graças aos inovadores<br />
projectos dos departamentos das<br />
marcas fabricantes de automóveis que,<br />
a cada dia que passa, possibilitam-nos um<br />
manuseamento cómodo e prático, durante<br />
a experiência de condução. Conduzir<br />
um veículo eléctrico não é tão diferente<br />
de conduzir um carro de combustão automático,<br />
excepto se ficarmos totalmente<br />
impressionados com o silêncio que é<br />
percebido no interior e pela ausência de<br />
vibrações.<br />
Inicialmente apenas direccionado para<br />
os automóveis ligeiros de passageiros,<br />
as marcas cedo se aperceberam de que o<br />
mercado pedia outras soluções que passam<br />
pelos veículos de transporte de mercadorias.<br />
Inicialmente com pequenos ligeiros<br />
direccionados para este sector de<br />
distribuição, rapidamente se chegou aos<br />
furgões de maior dimensão, estando já a<br />
indústria automóvel a colocar no mercado<br />
mundial veículos eléctricos pesados,<br />
também eles importantes para o contributo<br />
de zero emissões poluentes.<br />
Mas o nosso foco está na classe dos furgões<br />
100% eléctricos e ou electrificados.<br />
Neste segmento, este tipo de veículos ligeiros<br />
comerciais, apesar de representarem<br />
uma pequena fracção da venda<br />
total de veículos em Portugal, viram as<br />
suas vendas duplicarem no último ano.<br />
Para 2022, segundo um relatório recente<br />
da Deloitte, chegarão a um ponto crítico,<br />
onde ter um veículo eléctrico será tão<br />
barato como ter um a combustível, e aí as<br />
vendas aumentarão consideravelmente e<br />
depressa.<br />
Cientes disso mesmo, praticamente todas<br />
as marcas construtoras de veículos<br />
comerciais ligeiros têm lançado no mercado<br />
modelos zero emissões, até porque<br />
vivemos dias conturbados onde poupar e<br />
preservar a natureza são dois dos pontos<br />
importantes para a vida.<br />
No que a custos se refere, particulares<br />
e empresas não levam apenas em conta<br />
o custo total de um veículo. Ou seja, não<br />
apenas o seu preço, mas também equacionam<br />
a diferença entre carregar um automóvel<br />
eléctrico todos os anos e encher<br />
o depósito de gasolina ou gasóleo.<br />
Nessa medida e com o propósito de dar a<br />
conhecer o que existe no mercado nacional<br />
quanto a esta matéria, a Revista Eurotransporte<br />
foi ao encontro das marcas e<br />
apresenta neste “Especial Eléctricos”, o<br />
que de melhor aquelas têm para oferecer<br />
aos seus potenciais clientes.<br />
euro<br />
Transporte<br />
51
SUPLEMENTO MAIS<br />
Citroën avança<br />
com ofensiva eléctrica<br />
A Citröen Jumpy, ainda este ano, e a Berlingo Van, em 2021,<br />
ambos 100% eléctricos, são a aposta da marca francesa,<br />
que avança com a ofensiva eléctrica na gama de veículos<br />
comerciais ligeiros.<br />
Actor principal na história dos veículos comerciais<br />
ligeiros (VCL), a Citroën é, actualmente,<br />
a 6. ª marca mais vendida na Europa.<br />
Para reforçar essa posição, a marca<br />
francesa implementou a estratégia “Inspired by<br />
Pro” através dos produtos (novas gamas Berlingo<br />
Van, Jumpy, Jumper) ou na rede de concessionários<br />
(conceito “La Manufacture”). Até 2025, a<br />
marca lança uma grande ofensiva em electrificação,<br />
tendo por objectivo contar com 100% da<br />
sua gama electrificada. O primeiro passo acontece<br />
este ano com o lançamento do furgão Jumpy,<br />
modelo que beneficiará da inovação do Groupe<br />
PSA em matéria de electrificação, a que se juntará,<br />
em 2021, uma versão Berlingo Van, ambos<br />
100% eléctricos.<br />
Protagonista da transição energética, já presente<br />
em mercados com o Berlingo Electric, com o<br />
próximo lançamento do Jumper Electric, agendado<br />
para breve, a Citroën pretende fortalecer a sua<br />
oferta eléctrica com uma gama completa de furgões<br />
compactos 100% electrificados, até 2021.<br />
Uma oferta que beneficiará os utilizadores profissionais<br />
através de um nível de conforto, custos,<br />
liberdade de acesso aos centros urbanos, capacidade<br />
para garantir entregas “último quilómetro” e<br />
responder ao desenvolvimento das actividades<br />
relacionadas com o e-commerce.<br />
Citroën Jumpy<br />
inicia ofensiva eléctrica<br />
Fiel à assinatura de Marca “Inspired by Pro”, o Citroën<br />
Jumpy, lançado em 2016, vendeu mais de<br />
135.000 unidades. Agora e para proporcionar soluções<br />
concretas para a mobilidade urbana, bem<br />
como em zonas rurais graças a uma autonomia<br />
Citroën Jumpy,<br />
glançado<br />
em<br />
2016, vendeu<br />
mais de 135.000<br />
unidades<br />
que cobre a maior das deslocações, a Citroën irá<br />
completar a sua gama, ainda este ano, com uma<br />
proposta 100% eléctrica do seu furgão compacto.<br />
Sem comprometer as prestações, esta versão<br />
100% eléctrica do Jumpy dirige-se aos clientes<br />
que procuram prazer e serenidade ao volante,<br />
permitindo que cada empresário desenvolva a<br />
sua actividade de forma diferente e positiva, preservando<br />
o meio ambiente.<br />
Com base na plataforma multi-energias EMP2 do<br />
Groupe PSA, esta versão eléctrica do Jumpy será<br />
proposta com 2 níveis de autonomia, permitindo<br />
assegurar as missões diárias da maioria dos profissionais:<br />
o 200 km no ciclo WLTP, com uma bateria<br />
de 50 kWh e o de 300 km, com uma bateria<br />
de 75 kWh. Conforto, ausência de vibrações e<br />
ruídos e grande fluidez de movimentos, é o que o<br />
Jumpy oferece. O binário disponível instantaneamente<br />
e a ausência de passagens de caixa de velocidades<br />
são outros atributos do modelo. Livre<br />
de emissões de CO2, o Jumpy permite a todos<br />
os profissionais estarem mais perto dos clientes,<br />
com o mesmo volume de carga útil das versões<br />
térmicas.<br />
A partir do seu lançamento, que acontecerá ainda<br />
este ano, o Jumpy pretende tornar-se na nova referência<br />
em furgões compactos no mercado dos<br />
veículos eléctricos.<br />
52 Transporte<br />
euro
Mais tecnologia,<br />
eficiência e valor<br />
A aposta da Fiat Profissional é no eDucato, um furgão<br />
totalmente eléctrico que deveria ter sido apresentado no mês<br />
de Abril. A estreia ficou adiada devido à crise mundial<br />
que a Covid-19 impôs.<br />
onovo Ducato, atinge o sucesso na tentativa<br />
de se melhorar, durante um percurso de<br />
evolução que, ao longo de quase quarenta<br />
anos, nunca parou. O excelente desempenho,<br />
preocupação ambiental e grande atenção ao<br />
custo total de propriedade, são factores para melhor<br />
responder às diferentes exigências de cada<br />
missão profissional.<br />
Mas isso não é suficiente para a marca italiana<br />
que já tem disponível para pré-encomenda a versão<br />
totalmente eléctrica do modelo. Esta versão<br />
está a ser antecipada através de projectos-piloto<br />
dedicados a grandes clientes, com os quais será<br />
estabelecida, em parceria, uma experiência para<br />
melhor compreender as necessidades específicas.<br />
O eDucato será o primeiro modelo da Fiat Professional<br />
completamente eléctrico, desenhado e desenvolvido<br />
segundo os mais avançados padrões de<br />
qualidade do Grupo FCA. A Fiat Professional está a<br />
partilhar a sua experiência tecnológica para criar a<br />
versão eléctrica do seu modelo recordista de vendas,<br />
exactamente como em relação ao resto da gama,<br />
tal como “um fato feito por medida” que respeita<br />
as exigências do utilizador profissional, sob<br />
o lema da inovação, da ecologia e do desempenho,<br />
fiel ao conceito do Ducato “mais tecnologia, mais<br />
eficiência, mais valor”, oferecendo aos clientes o<br />
melhor Ducato de sempre.<br />
Ficha Técnica<br />
Potência do Motor: 90kw<br />
Binário máximo: 280Nm<br />
Bateria: 2 tipos de 47Kw e 79Kw<br />
Autonomia: 150km a 250km<br />
Carregador: 2 tipos de 11Kw e 22Kw<br />
Peso bruto: 3500 e 4250 kg<br />
Disponível de: 10 a 17m 3<br />
Capacidade carga: 1.100 a 1.950kg<br />
Versões: Cargo, Chassis Cabina<br />
e em 2021 com 9 lugares<br />
euro<br />
Transporte 53
SUPLEMENTO MAIS<br />
Um ícone<br />
electrificado<br />
A Ford não tem propriamente um veículo comercial ligeiro,<br />
vulgo furgão, totalmente eléctrico. Todavia, a marca<br />
norte-americana entrou na electrificação com o Ford Transit<br />
Plug-in Hybrid (pHEV) que oferece 56 km de autonomia<br />
de condução com zero emissões.<br />
Com a nova e inovadora Transit Custom<br />
Plug-In Hybrid, a Ford torna-se no primeiro<br />
construtor a oferecer tecnologia híbrida<br />
plug-in no segmento de furgões de<br />
uma tonelada, proporcionando uma utilização<br />
zero emissões.<br />
Combinando a capacidade de condução zero<br />
emissões e uma autonomia sem preocupações,<br />
o furgão Transit Custom Plug-In Hybrid, o primeiro<br />
da sua classe, pode ser carregado com<br />
electricidade de rede para uma autonomia de<br />
condução 100% eléctrica de até 56 quilómetros<br />
NEDC, contribuindo para reduzir as emissões<br />
locais e permitindo o acesso ao crescente número<br />
de zonas exclusivas para veículos de emissões<br />
ultra reduzidas, em vigor um pouco por toda<br />
a Europa. Apresentando uma arquitectura<br />
híbrida tecnologicamente avançada, as rodas<br />
dianteiras da Transit Custom Plug-In Hybrid são<br />
animadas exclusivamente por um motor eléctrico<br />
de 92,9 kW alimentado por um bloco de baterias<br />
de iões de lítio de 13,6 kWh. O multipremiado<br />
motor a gasolina Ford EcoBoost 1.0 funciona<br />
como um extensor de autonomia, permitindo<br />
uma autonomia total superior a 500 quilómetros,<br />
com um consumo de 2,7 l/100 km e emissões<br />
de CO2 de 60 g/km no ciclo NEDC.<br />
A generosa carga útil de 1.130 kg e o mesmo volume<br />
de carga de 6,0m3 da Transit convencional,<br />
são possíveis graças ao cuidadoso acondicionamento<br />
do compacto pack de baterias sob o piso.<br />
Para proporcionar maior confiança às empresas,<br />
o pack de baterias está coberto por uma<br />
garantia de fábrica de oito anos ou 160.000km.<br />
Zero emissões<br />
e zero preocupações<br />
Uma tomada de carregamento localizada no<br />
interior do pára-choques dianteiro permite<br />
carregar o novo Transit Custom Plug-In Hybrid<br />
em 4,3 horas, utilizando uma tomada<br />
eléctrica doméstica de 240V de 10 amperes,<br />
ou em 2,7 horas, utilizando um carregador<br />
comercial tipo 2 AC para veículos. A energia<br />
eléctrica adicional é captada através do carregamento<br />
regenerativo quando o veículo<br />
desacelera ou trava.<br />
Os condutores podem também escolher o<br />
grau de recuperação de energia e assistência<br />
de travagem possibilitadas pelo sistema<br />
de carregamento regenerativo selecionando<br />
Drive ou Low no selector de velocidades.<br />
A Transit Custom Plug-In Hybrid é proposta<br />
numa única variante L1 H1 com carroçarias<br />
Van ou Kombi. O modelo Van está disponível<br />
nas versões base, Trend e Limited.<br />
A Ford fez percorrer uma frota de 20 protótipos<br />
de furgões Transit Custom Plug-In Hybrid<br />
por mais de 240.000 km.<br />
Grande parte dos quilómetros do teste foram<br />
cumpridos utilizando energia 100%<br />
eléctrica. Os resultados destacam que, mesmo<br />
sem uma rede de carregamento de veículos<br />
eléctricos totalmente estabelecida, os<br />
furgões híbridos conseguiram reduzir drasticamente<br />
as emissões de escape no interior<br />
da cidade.<br />
Os dados estão lançados e a partir de agora<br />
a Ford vai chegar ao mercado europeu com<br />
a nova e emocionante família de veículos comerciais<br />
Transit que nasceram para estar<br />
conectados.<br />
54 Transporte<br />
euro
“Eléctrico” para<br />
todo o serviço<br />
A Maschinenfabrik Augsburg-Nürnberg, vulgarmente conhecida<br />
no mundo pela sigla MAN pensou, apostou e prepara-se para<br />
vencer com a sua versão do furgão eléctrico urbano, a eTGE,<br />
um eléctrico para todo o serviço<br />
do pela sua vasta experiência no sector que se<br />
estende por mais de um século. Por tal facto, a<br />
marca alemã não poderia correr o risco de apresentar<br />
“um veículo eléctrico”, mas sim “o veículo<br />
eléctrico”.<br />
A eTGE está equipada com um motor trifásico<br />
(carregador e inversor) de tamanho semelhante<br />
ao bloco do motor de combustão, montado<br />
no eixo dianteiro e combinado com uma caixa de<br />
velocidades de uma só marcha e tracção ao eixo<br />
Ficha Técnica<br />
Motor: Eléctrico síncrono<br />
Potência máxima:136 CV / 100KW<br />
Torque máximo: 290 Nm<br />
Número de rotações: 3.300 rpm<br />
Relação da caixa: 1 velocidade<br />
Tracção: Dianteira<br />
Bateria: Iões de lítio<br />
Capacidade da bateria: 35,8 kWh<br />
Número de células: 264<br />
Carga: 7,2 KW Carregador de bordo (CA)<br />
Igual a qualquer outro furgão da MAN, a eTGE<br />
só se mostra verdadeiramente quando abrimos<br />
o capot do veículo e encontramos um<br />
sistema de Alta Tensão (perfeitamente identificado<br />
pela cablagem cor de laranja), que nos<br />
deixa bem claro que este furgão não é uma carrinha<br />
vulgar com a qual a centenária marca alemã<br />
pretendeu dar um passo significativo para<br />
alcançar aquilo que o mundo continua a procurar<br />
para as áreas metropolitanas: zero emissões.<br />
Com uma capacidade de resposta francamente<br />
positiva para distribuição e transporte ligeiro<br />
de carga em áreas urbanas, a eTGE, mercê<br />
do seu motor eléctrico com autonomia para 173<br />
km e com uma caixa de velocidades automática<br />
de uma só marcha, aliado à capacidade de carga<br />
na ordem dos 950 Kg, poderá muito bem ser<br />
a escolha certa para as empresas “amigas” do<br />
ambiente.<br />
Associada à força do “rei da selva”, ou não fosse<br />
o leão o seu símbolo, a MAN é uma marca que<br />
impõe respeito no segmento de veículos comerciais,<br />
sejam eles ligeiros ou pesados, suportadianteiro.<br />
Este motor síncrono de campo magnético<br />
oferece uma potência máxima de 100 quilowatts<br />
(160 hp), para uma potência operacional<br />
contínua de cerca de 50 quilowatts, com um binário<br />
de 290 Nm.<br />
A alimentação de tudo isto é suportada por uma<br />
bateria de iões de lítio, composta por 264 células<br />
de alta tensão com capacidade de 35,8 kWh.<br />
Este conjunto de baterias é colocado sob o piso<br />
de carga, um pouco mais alto, como o usado<br />
nas versões de carroceria com tracção traseira<br />
e motor diesel.<br />
Com autonomia para efectuar mais de 170 km<br />
(ciclo NEDC) a eTGE apresenta-se como líder<br />
de autonomia, tendo em conta a diferença que<br />
oferece nesta matéria relativamente a modelos<br />
de outras marcas, que rondam a média<br />
de 100 km.<br />
euro<br />
Transporte 55
SUPLEMENTO MAIS<br />
Isenção de emissões<br />
poluentes, sem ruído<br />
e de acesso livre ao<br />
centro das cidades<br />
é o que os alemães<br />
da Mercedes-Benz<br />
propõem para aquilo<br />
que é o seu projecto do<br />
furgão de mercadorias<br />
eléctrico do futuro.<br />
Propulsão eléctrica<br />
a pensar no futuro<br />
o<br />
protótipo do furgão da Mercedes-Benz<br />
Vans totalmente conectado, automatizado<br />
e movido a electricidade é a grande<br />
aposta da marca alemã para o futuro<br />
do sector dos furgões de mercadorias<br />
electrificados.<br />
Com o protótipo a quem chamaram de Vision<br />
Van, a Mercedes-Benz apresenta o seu estudo<br />
de furgão revolucionário para o espaço urbano.<br />
Enquanto sistema completo, o veículo integra<br />
uma grande variedade de tecnologias inovadoras<br />
para o último quilómetro da entrega de encomendas<br />
e define assim requisitos de performance<br />
e soluções para as futuras gerações de<br />
veículos ligeiros de mercadorias.<br />
A Vision Van surgiu no âmbito da iniciativa estratégica<br />
para o futuro adVANce. Com esta ideia, a<br />
Mercedes-Benz Vans está a evoluir de simples<br />
fabricante de veículos de mercadorias para um<br />
fornecedor de soluções completas de sistema. A<br />
Vision Van dá resposta a esta estratégia, constituindo<br />
uma prova tangível da capacidade de inovação<br />
da empresa. O protótipo destaca-se por<br />
um grau de interconectividade de informações<br />
e tecnologias sem precedentes. Será o primeiro<br />
furgão do mundo a apresentar um conceito<br />
completo para uma cadeia de processos totalmente<br />
interconectada por meio digital, desde o<br />
centro de triagem até ao destinatário, passando<br />
pela condução autónoma.<br />
A Vision Van dispõe de um compartimento de<br />
carga totalmente automatizado, drones integrados<br />
para entrega pelo ar e um moderno comando<br />
por joystick. Graças a uma potente propulsão<br />
eléctrica de 75 kW com autonomia de até 270 km,<br />
a entrega de encomendas com a Vision Van é feita<br />
sem emissão de poluentes. Além disso, a propulsão<br />
eléctrica garante que a Vision Van possa<br />
ser operada também em centros urbanos onde<br />
exista uma proibição de circulação para veículos<br />
a combustível. Uma vez que a propulsão eléctrica<br />
funciona praticamente sem ruído, ela facilita<br />
as entregas a horas tardias em áreas residenciais<br />
na opção Same Day Delivery.<br />
Software e hardware<br />
para carga ideal<br />
A Vision Van interliga numerosas tecnologias<br />
inovadoras, tornando-se um elemento central inteligente<br />
numa cadeia de distribuição totalmente<br />
conectada. Os novos algoritmos controlam<br />
a gestão e expedição das embalagens, conferindo<br />
uma organização totalmente automatizada<br />
do compartimento de carga e o planeamento<br />
de rotas para o veículo e respectivos drones de<br />
entrega.<br />
Com um design futurista, a Mercedes Benz Vans<br />
dá uma perspectiva das gerações de furgões do<br />
“depois de amanhã”. Nelas se fundem a inteligência,<br />
a eficiência e a conectividade do veículo de<br />
uma forma nunca antes vista.<br />
Devido à sua extrema redução à funcionalidade,<br />
o design do interior aponta bem para o futuro.<br />
Os designers prescindiram do volante da<br />
direcção, dos pedais e da consola central em<br />
prol de um comando Drive by Wire por meio de<br />
joystick, criando assim novas possibilidades de<br />
configuração.<br />
Esta é a aposta do fabricante alemão para os<br />
furgões do futuro.<br />
56 Transporte<br />
euro
A aposta nipónica<br />
para o mercado europeu<br />
O novo Nissan e-NV200 lidera as vendas de veículos comerciais<br />
ligeiros com emissões zero em 10 mercados europeus.<br />
As credenciais ambientais e a versatilidade do e-NV200 atraem<br />
clientes de frota além das empresas de aluguer de automóveis.<br />
Anova geração do furgão eléctrico da Nissan,<br />
o e-NV200, atingiu um importante<br />
marco de vendas, após várias actualizações<br />
de frotas comerciais por toda<br />
a Europa continuarem a focar-se na sustentabilidade.<br />
Com a procura particularmente elevada por<br />
parte de empresas de entregas ao consumidor<br />
(distribuição de último quilómetro), a ajudar<br />
a fomentar o sucesso de vendas contínuo<br />
do modelo, a nova geração do Nissan e-NV200,<br />
com bateria de 40kWh, tem seguido de êxito<br />
em êxito, desde a sua introdução em 2018, assegurando<br />
agora mais um recorde com 10.000<br />
encomendas no continente europeu em cerca<br />
de ano e meio.<br />
O furgão Nissan e-NV200 e as variantes de passageiros<br />
Combi continuam a assegurar-lhe uma<br />
posição de relevo junto de grandes empresas<br />
de entregas e de transporte. Graças ao design<br />
inteligente e eficiente em termos de espaço da<br />
bateria optimizada de 40kWh, o mais recente<br />
modelo eléctrico da marca nipónica mantém<br />
a sua impressionante capacidade de carga e<br />
carga útil, capaz de transportar 4,2m 3 de carga<br />
ou um peso combinado de 705kg na variante<br />
de furgão. O eficiente grupo motopropulsor<br />
e a bateria inovadora combinam-se para proporcionar<br />
ao Nissan e-NV200 uma autonomia<br />
de condução altamente eficaz para clientes comerciais<br />
e particulares. De acordo com o rigoroso<br />
processo de homologação WLTP, um único<br />
carregamento completo do modelo de 40kWh<br />
proporciona uma autonomia até 301 km no ciclo<br />
urbano, um aumento de 60% em comparação<br />
com a geração anterior.<br />
Quando for necessário carregar, o Nissan e-<br />
NV200 disponibiliza também várias soluções.<br />
Ficha Técnica<br />
Motor: Trifásico<br />
Potência: 109 cv<br />
Binário: 100%<br />
Capacidade da Bateria: 40 kWh<br />
Autonomia: 200km ciclo combinado<br />
e 301km ciclo urbano<br />
Carregamento: 40 a 60m (rápido)<br />
4 a 7h30 (c/quadro) e 21h30 (doméstico)<br />
Além da tomada doméstica padrão, pode-se<br />
utilizar uma wallbox e o carregador rápido de<br />
7kW incorporado para carregar totalmente o<br />
veículo a partir do estado descarregado em 7,5<br />
horas, enquanto um carregador rápido permite<br />
que o e-NV200 passe de 20% a 80% de carga<br />
em cerca de 60 minutos.<br />
Desde que foi lançado pela primeira vez em<br />
2014, o Nissan e-NV200 tem desfrutado de<br />
um enorme sucesso de vendas na Europa, com<br />
mais de 25.000 unidades entregues a clientes<br />
europeus.<br />
O novo Nissan e-NV200 está disponível em<br />
Portugal com preços recomendados a partir de<br />
29.880 euros + IVA.<br />
57 Transporte<br />
euro<br />
euro<br />
Transporte 57
FIGURA MAIS<br />
Henrique Sánchez não tem dúvidas<br />
Desde a sua fundação (6 de Dezembro de 2015), a UVE -<br />
Associação de Utilizadores de Veículos Eléctricos, tornou-se<br />
uma entidade de referência para os utilizadores de veículos<br />
electrificados e para os entusiastas da Mobilidade Eléctrica em<br />
Portugal. Henrique Sánchez, natural de Lisboa, é presidente da<br />
direcção e fundador desta associação que tem como missão<br />
promover a mobilidade eléctrica e dar voz a uma já significativa<br />
comunidade de proprietários, utilizadores e simpatizantes de<br />
veículos eléctricos (VE) e híbridos plug-in.<br />
text0 josé costa<br />
EUROTRANSPORTE - A UVE referiu recentemente<br />
que já se venderam mais de sete mil automóveis<br />
eléctricos. Ou seja, mais de 70% acima<br />
das unidades vendidas, por exemplo em<br />
2018. Os veículos eléctricos vieram mesmo para<br />
ficar?<br />
HENRIQUE SÁNCHEZ - Sim, já não temos dúvidas<br />
de que os veículos eléctricos não são uma<br />
simples moda passageira. Vieram para ficar porque<br />
são mais económicos e eficientes, com prestações<br />
superiores aos veículos com motores de<br />
combustão interna equivalentes, mais desenvolvidos<br />
tecnologicamente, sendo apenas ainda ligeiramente<br />
mais caros que os equivalentes com<br />
motores térmicos.<br />
Em 2009, o projecto-piloto da rede MOBI.E – Rede<br />
Nacional de Mobilidade Eléctrica, que consistia<br />
na instalação de 1300 pontos de carregamento,<br />
dos quais 50 de carga rápida, em 25<br />
58 Transporte<br />
euro
municípios, colocava o país na linha da frente da<br />
mobilidade eléctrica na Europa. Este projecto foi<br />
cumprido?<br />
Ainda não. Como sabemos o Projecto Piloto da<br />
rede MOBI.E foi interrompido em 2012, com a<br />
suspensão da instalação da rede MOBI.E e o cancelamento<br />
dos incentivos à aquisição de veículos<br />
eléctricos por parte do Estado. Ficaram por instalar<br />
49 dos 50 Postos de Carregamento Rápido<br />
(PCR) que estavam previstos, tendo todos os<br />
outros Postos de Carregamento Normal (PCN)<br />
sido abandonados na sua manutenção. A rede<br />
pública da MOBI.E recomeçou a ser instalada no<br />
terreno a partir de agosto de 2016, com a abertura<br />
do corredor de carregamento rápido na A2, para<br />
o Algarve.<br />
Mas continuamos nessa linha da frente?<br />
Sim e não. Esta interrupção do projecto, entre<br />
2012 e 2016, penalizou muito a rede pública da<br />
MOBI.E e criou desconfiança nos utilizadores e<br />
também na aquisição por parte dos particulares e<br />
das empresas de veículos eléctricos. Ou seja, quer<br />
pela suspensão dos incentivos à aquisição, quer<br />
pela mensagem de incerteza e desconfiança, que<br />
representa esta flutuação nas políticas de incentivo,<br />
nomeadamente fiscais, gerou-se alguma incerteza.<br />
Portugal, com uma quota de mercado de<br />
5.7%, é hoje o quarto país na União Europeia em<br />
vendas de veículos eléctricos, incluindo os 100%<br />
eléctricos (BEV - Battery Electric Vehicle) e os<br />
híbridos plug-in (PHEV - Plug in Hybrid Electric<br />
Vehicle), estando à frente da Holanda (16.3%),<br />
Suécia (11.3%) e Finlândia (6.9%). Ora isto quer<br />
dizer que já merecíamos ter uma rede pública de<br />
mobilidade eléctrica melhor servida.<br />
Qual a sua opinião quanto aos veículos eléctricos<br />
ligeiros de transporte de mercadorias, habitualmente<br />
chamados de furgões?<br />
Os veículos eléctricos de transporte de mercadorias,<br />
vulgarmente chamados de furgões, normalmente<br />
utilizados para distribuição nas grandes<br />
áreas metropolitanas, são fundamentais<br />
para a electrificação dos transportes em meio<br />
urbano e para o combate aos níveis de poluição<br />
nas grandes cidades e áreas metropolitanas.<br />
Em Portugal temos o exemplo da Fuso e-Canter<br />
100% eléctrica, produzida no Tramagal, e que<br />
tem diversos exemplares em teste em cidades<br />
por todo o mundo, desde Londres, Berlim, Tóquio,<br />
Nova Iorque ou Lisboa, entre outras.<br />
Até que ponto deveria ser apenas permitido a<br />
circulação desta categoria de veículos na distribuição<br />
nas cidades?<br />
Será o futuro, e cada vez um futuro mais perto,<br />
assim que as marcas disponibilizem modelos<br />
que se adaptem às necessidades das empresas.<br />
Para este tipo de actuação, a autonomia<br />
não é relevante pois os percursos são perfeitamente<br />
compatíveis com o actual grau de desenvolvimento<br />
destes veículos. Várias frotas de<br />
empresas de distribuição já estão a ser electrificadas<br />
um pouco por todo o mundo e também<br />
em Portugal.<br />
Acha que Portugal está no caminho certo,<br />
quanto à utilização de veículos electrificados<br />
na distribuição, ou ainda há muito trabalho a<br />
fazer, nomeadamente junto das empresas de<br />
distribuição?<br />
Existe ainda muito trabalho a fazer no campo da<br />
informação da oferta actualmente disponível,<br />
da sua fiabilidade, eficiência e economia, mas<br />
também no aumento da oferta por parte dos<br />
diferentes fabricantes que ainda não disponibilizaram<br />
uma gama variada: veículos de limpeza<br />
urbana, veículos com câmara frigorífica, de<br />
caixa aberta, etc.<br />
A estratégia adoptada pelos fabricantes na<br />
concepção de veículos ligeiros de mercadorias<br />
é uma aposta ganha?<br />
Sim, temos visto que a procura é crescente, quer<br />
por parte das autarquias, Câmaras Municipais e<br />
Juntas de Freguesia, mas também por frotas de<br />
distribuição de encomendas e abastecimento<br />
de lojas, mercados, pequenos supermercados<br />
e mercearias de bairro. Digamos que no caso da<br />
região de Lisboa fariam a distribuição desde o<br />
MARL para todos os pequenos retalhistas.<br />
Na perspectiva da UVE o mercado tem resposta<br />
relativamente a modelos de veículos eléctricos<br />
para este sector?<br />
euro<br />
Transporte<br />
59
Tem alguma resposta, mas ainda com preços elevados.<br />
No entanto ainda é uma resposta insuficiente,<br />
apesar de ser uma oferta em constante<br />
crescimento, urge mais modelos e a preços mais<br />
reduzidos.<br />
E quanto a veículos pesados de mercadorias,<br />
vulgo camiões, qual a opinião da UVE sobre<br />
estes?<br />
Os grandes veículos pesados de mercadorias<br />
exigem uma autonomia muito maior, não existindo<br />
ainda no mercado oferta para este segmento<br />
de mercado. Existe bastante expectativa face ao<br />
lançamento do Semi, o camião que a Tesla promete<br />
vir a revolucionar o transporte rodoviário pesado<br />
eléctrico.<br />
A autonomia deste tipo de veículos, sejam particulares<br />
ou comerciais, é um factor importante<br />
aquando da sua compra. No seu entender os fabricantes<br />
estão a evoluir no sentido de dotar cada<br />
vez mais os modelos de autonomia?<br />
No que diz respeito aos veículos ligeiros de passageiros<br />
e comerciais a oferta actual já contempla<br />
veículos com uma autonomia suficiente, no caso<br />
dos ligeiros de passageiros temos autonomias à<br />
volta dos 300 km existindo modelos com autonomias<br />
de 500 km a 600 km. No caso dos ligeiros comerciais<br />
as autonomias actuais situam-se entre<br />
os 200 km e 300 km. No que se refere aos veículos<br />
pesados de passageiros para frotas em meio<br />
urbano já existe oferta com autonomias entre os<br />
200 km e os 250 km, e vários exemplares a operarem<br />
em frotas de transportes urbanos de passageiros<br />
em algumas localidades de Portugal.<br />
Os veículos pesados de mercadorias são o<br />
sector onde existe uma clara falta de oferta,<br />
por força da ainda incipiente autonomia para<br />
viagens longas.<br />
9 Questões sobre mobilidade<br />
1 – Qual o tempo de duração normal de<br />
uma bateria?<br />
Uma bateria de um veículo eléctrico pode<br />
durar até mais de 30 anos, antes de ser<br />
reciclada. Esta longevidade é dividida em<br />
duas fases: inicialmente serve para alimentar<br />
o motor de um veículo eléctrico, onde sofre<br />
o seu maior desgaste e pode durar entre<br />
10 a 15 anos, (mantendo a rentabilidade<br />
necessária para o veículo).<br />
Após servir o seu propósito principal, as<br />
baterias podem ser reaproveitadas como<br />
unidades estacionárias de armazenamento<br />
de energia. Depois de passar por estas duas<br />
fases, as baterias de iões de lítio podem ser<br />
recicladas, sendo reaproveitada até 95%<br />
da matéria-prima.<br />
2 – Portugal está já bem servido de<br />
postos de carregamento fora de casa?<br />
Sim, faltando ainda alguma capilaridade.<br />
Desde o início de 2020 que verificamos,<br />
diariamente, a instalação de novos postos<br />
de carregamento públicos e privados.<br />
Actualmente, são 142 PCR (Postos de<br />
Carregamento Rápido) a funcionar e mais de<br />
800 PCN (Postos de Carregamento Normal) a<br />
funcionar em todo o território. Adicionalmente,<br />
verificámos que frotas de veículos eléctricos<br />
começaram a criar as suas próprias<br />
estruturas para carregamento dos veículos,<br />
libertando assim a rede de carregamento<br />
pública para os restantes utilizadores.<br />
3 – Os preços dos veículos eléctricos são<br />
um entrave à sua aquisição?<br />
Não necessariamente. Actualmente existem<br />
veículos 100% eléctricos desde os 21.000<br />
euros. Contudo, o preço de aquisição deixa de<br />
ser um entrave, quando a ele juntarmos todas<br />
as vantagens e poupanças futuras ao ter um<br />
veículo eléctrico.<br />
4 – Os incentivos à compra de veículo<br />
eléctricos são suficientes e atractivos<br />
para o consumidor?<br />
Sim, no entanto, no que se refere<br />
aos particulares são manifestamente<br />
insuficientes, se comparados com o nível<br />
médio dos incentivos praticados na União<br />
Europeia. Adicionalmente aos incentivos do<br />
Estado à aquisição de um veículo eléctrico,<br />
algumas marcas apresentam descontos para<br />
os modelos 100% eléctricos.<br />
5 – É da opinião de que ainda falta<br />
muito caminho a percorrer rumo à<br />
electrificação massiva do mercado?<br />
Desde meados de 2019 que foram várias as<br />
marcas automóveis (que não tinham modelos<br />
electrificados para venda) a optarem por<br />
electrificar modelos já existentes, ou criar<br />
modelos novos, 100% eléctricos. Desde<br />
o início de 2020, a grande maioria dos<br />
fabricantes de automóveis ligeiros dispõe de<br />
vários modelos electrificados.<br />
6 – Quando adquiriu o seu primeiro<br />
veículo eléctrico?<br />
Em 2011.<br />
7 – Os veículos eléctricos são o futuro?<br />
Sem dúvida que sim, eu diria que para muitos<br />
condutores são já o presente.<br />
8 – Que conselhos daria às empresas<br />
que pretendem adquirir veículos<br />
eléctricos para a sua actividade de<br />
distribuição de mercadorias?<br />
É a opção mais lógica, principalmente dentro<br />
das grandes cidades. Umas das novidades<br />
no Programa de Incentivos à Aquisição de<br />
Veículos de Emissões Reduzidas do Fundo<br />
Ambiental em 2020, são os veículos ligeiros<br />
de mercadorias 100% eléctricos, que passam<br />
a estar incluídos na concessão dos incentivos.<br />
9 – Que palavras gostaria de transmitir<br />
ao consumidor particular que vai<br />
comprar um automóvel?<br />
Não espere mais. Experimente conduzir<br />
um veículo eléctrico. Os benefícios, sejam<br />
financeiros ou ambientais, estão mais do que<br />
comprovados e documentados. Opte ou mude<br />
para um veículo eléctrico, o seu bolso e o<br />
ambiente agradecerão.<br />
Existe ainda muito<br />
trabalho a fazer no campo<br />
da informação da oferta<br />
gactualmente 60 Transporte<br />
disponível<br />
euro
SUPLEMENTO MAIS<br />
Modelo entra no<br />
mercado ainda este ano<br />
Com duas opções de bateria, para 200 e 300 quilómetros de<br />
autonomia (WLTP), os veículos comerciais electrificados da Opel<br />
vão ser apresentados ainda este ano. O primeiro é o Vivaro-e<br />
que será logo seguido pelo Combo-e, em 2021. Versões eléctricas<br />
não impõem limitações em versatilidade ou conforto, sendo<br />
estratégia da Opel electrificar todos os modelos até 2024.<br />
ma EMP2 do grupo, que permite recorrer tanto<br />
a motorizações convencionais como a sistemas<br />
de propulsão eléctrica. O Vivaro-e alarga a<br />
oferta de veículos comerciais particularmente<br />
eficientes da Opel. O próximo comercial eléctrico<br />
da marca alemã será o Opel Combo-e, cujo<br />
lançamento está agendado para 2021, tendo a<br />
Opel todos os seus modelos electrificados até<br />
2024.<br />
Três gerações de sucesso<br />
na Europa<br />
Com o novo Vivaro-e, a marca alemã dá continuidade<br />
a um percurso de sucesso iniciado em<br />
2001 com a primeira geração do modelo. O Vivaro<br />
A esteve à venda até 2014, principalmente nas<br />
Oprocesso de ‘electrificação’ da gama de<br />
produtos da Opel continua a bom ritmo.<br />
No decorrer do presente ano, o Vivaro<br />
receberá uma nova variante com motorização<br />
eléctrica, com duas versões de baterias<br />
com capacidades diferentes no sentido de melhor<br />
se ajustar às necessidades de diversas utilizações<br />
empresariais.<br />
O novo Opel Vivaro-e oferecerá à escolha uma<br />
bateria de 50 kWh de capacidade, capaz de garantir<br />
autonomia até 200 quilómetros, ou uma<br />
de 75 kWh, para autonomia até 300 km. Com o<br />
novo modelo, a marca alemã dá resposta às necessidades<br />
crescentes de entregas sem emissões<br />
nas áreas urbanas.<br />
O Opel Vivaro-e assenta na versátil plataforvariantes<br />
de passageiros, de furgão comercial<br />
e de chassis-cabina. A Opel vendeu mais de<br />
650.000 unidades neste período. A marca alemã<br />
lançou a segunda geração em 2014, tendo<br />
vindo a comercializar cerca de 310.000 unidades<br />
até meados de 2019.<br />
O Opel Vivaro número três chegou aos concessionários<br />
em 2019. O comercial ligeiro multifuncional<br />
está disponível em carroçarias com<br />
três comprimentos diferentes: 4,60 m, 4,95<br />
m e 5,30 m. Por comparação com o modelo<br />
anterior, a nova geração Vivaro oferece mais<br />
200 kg de capacidade de carga (até um total<br />
de 1400 kg) e consegue rebocar mais 500 kg<br />
(capacidade de reboque de 2500 kg). A maior<br />
parte das versões mede 1,90 m, podendo, assim,<br />
aceder a parques de estacionamento interiores.<br />
O conforto do condutor e passageiros<br />
aumentou. O Vivaro dispõe de numerosos<br />
sistemas de assistência à condução, desde o<br />
controlo de tracção IntelliGrip e câmara traseira<br />
180º, até à opção de vários dispositivos<br />
de infoentretenimento multimédia. Outros<br />
equipamentos como portas de correr controladas<br />
por sensores são particularmente úteis<br />
na utilização diária.<br />
62 Transporte<br />
euro
Ideal para chegar<br />
aos centros das<br />
cidades, sem<br />
emissões poluentes<br />
e perfeitamente<br />
concebido e adaptado<br />
para a distribuição<br />
porta-a-porta, a<br />
Renault consegue com<br />
o Master Z.E. cativar<br />
todos aqueles para<br />
quem as questões<br />
ambientais são<br />
fundamentais.<br />
Um grande furgão<br />
eléctrico<br />
trolar a autonomia do veículo assim como a<br />
sua recarga, o modelo vem equipado de série<br />
com o sistema My Z.E. Connect que permite saber<br />
qual a autonomia do Master Z.E., a partir de<br />
um smartphone ou de um computador ligado à<br />
Internet. Também, o Z.E. Trip, dá a conhecer ao<br />
motorista a localização do conjunto dos terminais<br />
de carregamento perto de si, bem como<br />
dos principais países da Europa, a partir do sistema<br />
de navegação R-LINK.<br />
O Renault Master é um furgão de grandes di-<br />
Toda a excelência da técnica da Renault, líder<br />
europeu de veículos eléctricos, reflecte-se<br />
no seu modelo Master Z.E. Este furgão<br />
oferece uma autonomia real de 120<br />
km, adaptada à actividade quotidiana de distribuição<br />
porta-a-porta ou outros tipos de utilização<br />
profissional em meio urbano.<br />
Com uma autonomia superior a 80 km, no caso<br />
das utilizações mais intensivas (totalmente<br />
carregado, condução no centro da cidade com<br />
paragens frequentes e condições invernais), o<br />
Master Z.E. desempenha a função garantindo<br />
ao transportador alta eficiência a baixo custo.<br />
A bateria de nova geração, equipada com um<br />
acumulador de energia de ião-lítio de 33 kWh, é<br />
dotada de gestão electrónica optimizada através<br />
do desenvolvimento da química das células.<br />
Quanto à motorização, o Renault Master Z.E.<br />
vem equipado com o motor eléctrico R75, que<br />
desenvolve uma potência de 57 kW para 76 cv.<br />
Este motor, com provas dadas no ZOE e no Kangoo<br />
Z.E., permite ao furgão francês circular com<br />
a máxima agilidade em meio urbano e periurbano.<br />
O Master Z.E. pode atingir uma velocidade<br />
máxima de 100 km/h. Contudo, com o modo<br />
Eco activado, a velocidade máxima fica limitada<br />
a 80 km/h.<br />
Entretanto, para que o motorista possa conmensões<br />
referência no segmento, preferido<br />
por mais de 475 000 clientes na Europa, desde<br />
o lançamento no final de 2010. A versão eléctrica<br />
Master Z.E. vem completar a gama, com uma<br />
versão particularmente adaptada à utilização<br />
na cidade.<br />
A cabina do Master Z.E. continua a oferecer o<br />
máximo conforto, tanto ao condutor como aos<br />
passageiros dianteiros e é um verdadeiro espaço<br />
de trabalho, com o escritório móvel (dotado<br />
de mesa rotativa e porta-documentos integrado<br />
no painel de bordo) e os numerosos e<br />
ergonómicos locais de arrumação.<br />
As 4 versões do furgão oferecem um volume útil<br />
de 8 a 13 m3 e uma carga útil de 1 a 1,1 toneladas.<br />
O espaço de carga é rigorosamente idêntico ao<br />
da versão equipada com motor térmico, graças<br />
à instalação da bateria sob a carroçaria.<br />
Em suma, o Renault Master Z.E é mesmo o furgão<br />
ideal para fazer chegar até si a mercadoria<br />
que encomendou.<br />
euro<br />
Transporte 63
SUPLEMENTO MAIS<br />
O futuro dos veículos<br />
comerciais<br />
A e-Crafter representa o futuro dos veículos comerciais.<br />
Oferece um generoso volume de carga e combina uma elevada<br />
carga útil com uma longa autonomia. Tal como seria de esperar<br />
de uma Crafter do futuro.<br />
Pensada ao detalhe, a e-Crafter da Volkswagen<br />
é apoiada num sistema de<br />
potência electrónico, motor eléctrico<br />
e carga rápida CCS. Servida de tecnologia<br />
inovadora que a torna eficiente, o modelo<br />
de furgão eléctrico da marca alemã é um<br />
conceito bem pensado para uma circulação livre<br />
de emissões no centro das cidades.<br />
Elevada potência, peso reduzido<br />
Com o veículo parado, o motor eléctrico de<br />
100 kW da e-Crafter disponibiliza um binário<br />
máximo de 290 Nm. O que é suficiente para<br />
acelerar rapidamente e seguir o trajecto desejado,<br />
servida de uma caixa de velocidade de<br />
uma só força motriz (velocidade).<br />
Com a e-Crafter, as empresas não estão apenas<br />
na vanguarda da tecnologia, como também<br />
têm ao seu dispor um veículo que satisfaz<br />
as as suas necessidades e as do planeta.<br />
A sua bateria de iões de lítio possui uma autonomia<br />
de até 173 quilómetros quando totalmente<br />
carregada. Deste modo conclui sem<br />
problemas uma jornada diária dentro e na pe-<br />
riferia das grandes cidades europeias. E ao fazer<br />
uma pausa à hora do almoço, sempre pode<br />
recarregar até 80% a bateria, em apenas 45<br />
minutos.<br />
Condução avançada<br />
com os melhores equipamentos<br />
Robusta, económica e potente a VW e-Crafter<br />
oferece todas as vantagens de um funcionamento<br />
eléctrico, combinadas com todas as de<br />
um veículo comercial convencional, o que parece<br />
ser tentador quando nos preparamos para<br />
adquirir um furgão destinado à distribuição<br />
de porta-a-porta.<br />
Cargas mais eficientes<br />
Com outras valências, o modelo eléctrico do<br />
construtor alemão mostra-se, também, preparado<br />
para os serviços de entrega expresso,<br />
correio ou de encomendas de maior volume<br />
onde cada centímetro do compartimento<br />
de carga conta.<br />
A e-Crafter não tem de prescindir de nenhum<br />
desses centímetros uma vez que a sua bateria<br />
está montada na parte inferior da carroçaria<br />
para economizar o espaço. Como resultado,<br />
destaca-se por manter o seu compartimento<br />
de carga igual à Crafter original de até 10,7<br />
m³ para uma altura do compartimento de carga<br />
de 1861 mm. Para a e-Crafter quase nenhuma<br />
tarefa é demasiado difícil. Desenvolvido<br />
especialmente para os serviços de entrega e<br />
logística, este furgão eléctrico dispõe de uma<br />
carga útil de até 1,7 t.<br />
Estamos, pois, perante o melhor da tecnologia<br />
alemã no que à electrificação de furgões diz<br />
respeito, sendo a e-Crafter um bom exemplo<br />
disso mesmo.<br />
64 Transporte<br />
euro