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EUROTRANSPORTE115

Revista Eurotransporte n.º 115 - tudo sobre o transporte profissional, logística e aftermarket

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euro<br />

Transporte<br />

R E V I S T A<br />

2020 | N.º 115 | Março/Abril | Bimestral | Director: Eduardo Carvalho | Preço Cont.: 3,50 Euros<br />

Volvo Trucks<br />

Desenhado a pensar<br />

no motorista<br />

parts-specialists.com<br />

Novo Microsite<br />

para mecânicos<br />

O melhor MAN de sempre!<br />

Ford Ranger Raptor<br />

Concebido para conquistar<br />

euro<br />

Transporte<br />

VW Caddy<br />

Preparada<br />

para o futuro<br />

Exclusivo Nacional<br />

Ensaio Actros<br />

Mercedes-Benz de Excelência<br />

E s p e c i a l F u r g õ e s E l é C t r i c o s E M P O R T U G A L


SUMÁRIO<br />

Mercedes-BENZ Actros:<br />

“International Truck<br />

of the Year 2020”.<br />

Não venceu o galardão<br />

apenas porque sim.<br />

Foi mesmo porque o mereceu.<br />

O Actros, da construtora alemã<br />

de veículos, ostenta o título<br />

durante o ano de 2020 de<br />

“International Truck of the Year”.<br />

A Eurotransporte conduziu-o<br />

nas estradas portuguesas<br />

e atesta a qualidade do modelo.<br />

Págs. 30 a 34<br />

TECNOLOGIAS DE INFOrMAÇÃO<br />

A crise da COVID-19 é aguda em muitas vertentes,<br />

incluindo a da logística, mas como todas as crises tem<br />

um princípio, um meio e um fim. Talvez algumas coisas<br />

nunca mais venham a ser como eram anteriormente,<br />

mas aquela realidade estável que conhecemos como<br />

normalidade regressará.<br />

ENTREVISTA<br />

Com um peso significativo no sector dos transportes<br />

em Portugal, a Associação dos Transitários de Portugal,<br />

através do seu presidente executivo, António Martins,<br />

falou à Eurotransporte as preocupações que a<br />

Associação tem quanto ao futuro dos transportes de<br />

mercadorias em Portugal.<br />

ELÉCTRICOS<br />

A Toyota e a Hino estão a desenvolver um novo camião<br />

eléctrico a pilha de combustível (FCEV - Fuel Cell Electric<br />

Vehicle) de hidrogénio. O modelo Profia, da Hino, é a<br />

base daquele que será o novo camião zero emissões das<br />

empresas nipónicas..<br />

euro<br />

Transporte<br />

S U P L E M E N T O M A I S<br />

+<br />

PESADOS<br />

Sempre com a mesma determinação, a Renault Trucks<br />

apresentou as suas mais recentes versões dos camiões<br />

de Distribuição e Longo Curso, os modelos D e D Wide<br />

e T e T High, respectivamente. A Eurotransporte foi<br />

espreitar e mostra-lhe as novidades.<br />

CONSULTÓRIO DE SEGURANÇA<br />

Paradoxo. E se de repente tivéssemos “zero mortes”<br />

na estrada?<br />

Suponha que essa notícia era de 2020, tal como esta<br />

crise pandémica que está a parar o mundo, parece<br />

retirada de um livro de ficção científica.<br />

MT Transporte Transporte<br />

FURGÕES<br />

etros<br />

MAIS EUROTRANSPORTE<br />

Com este “Caderno Especial”, a Eurotransporte pretende<br />

dar a conhecer as ofertas que as marcas dispõem, em<br />

Portugal, para oferecer aos potenciais compradores de<br />

veículos comerciais eléctricos ou electrificados. Também<br />

ouvimos, em entrevista, o presidente da Associação de<br />

Utilizadores de Veículos Eléctricos, Henrique Sánchez.<br />

<br />

euro<br />

Transporte<br />

1


editorial<br />

euro<br />

Transporte<br />

R E V I S T A<br />

Director<br />

Eduardo de Carvalho<br />

Editor<br />

José Costa<br />

text0 josé costa<br />

editor<br />

Rumo ao futuro<br />

A<br />

construção de veículos automóveis comerciais, ligeiros e pesados, está a mudar. E<br />

está a mudar para melhor. Hoje, quando uma empresa ou particular pretende adquirir<br />

um veículo deste sector motorizado, já não procura apenas a marca, mas sobretudo<br />

privilegia tudo o que o construtor tem para oferecer dentro e fora do veículo,<br />

rumo ao futuro.<br />

Assim, desde as simples ajudas à condução até à conectividade, passando pelo apoio ao<br />

cliente, tudo é levado em conta na hora de adquirir um veículo comercial, seja ele ligeiro ou<br />

pesado. Cientes de que cada vez mais os clientes são exigentes e atentos a tudo o que se<br />

faz ou cria no sector, os construtores foram para o terreno e, em vez de colocarem apenas<br />

as ideias dos seus engenheiros em prática, ouviram aqueles que todos os dias conduzem<br />

os veículos, com especial incidência nos motoristas de veículos pesados de mercadorias<br />

de longo curso, afinal aqueles que mais tempo passam dentro das cabinas dos<br />

seus camiões.<br />

Sempre com o propósito de ir ao encontro daquilo que melhor serve os profissionais (verdadeiros<br />

heróis nos tempos de crise que atravessamos, combatendo na linha da frente<br />

o coronavírus), e de ajudá-los no desempenho da sua função, os construtores começam<br />

a colocar em prática soluções que nasceram da constante troca de informação entre engenheiros<br />

e motoristas. O espaço da cabina, a posição dos botões, os ajustes dos manípulos<br />

e volante, os bancos, as camas de descanso, enfim uma panóplia de situações que<br />

foram (e muito, dizemos nós), melhoradas com o contributo de todos aqueles que no seu<br />

dia-a-dia têm como profissão fazer chegar as mercadorias que transportam ao seu destino<br />

usando para tal o camião.<br />

Por isso, não é de estranhar que praticamente todos os construtores deste segmento de<br />

veículos apresentem soluções nos seus novos modelos que cativam todos os que têm o<br />

propósito de os adquirir.<br />

Hoje, no que aos comerciais ligeiros diz respeito, por exemplo, é importante para a empresa<br />

que o veículo a comprar, para além de um transporte seja, também, um “escritório” onde<br />

a conectividade é ponto importante. Veículos não conectados fazem parte do passado<br />

e os construtores sabem isso muito bem. Outra das preocupações de quem compra é o<br />

ambiente, palavra que está na ordem do dia. Aí as respostas dos construtores são maiores<br />

nos ligeiros em detrimento dos pesados. Mas caminhamos a passos largos para que a<br />

energia alternativa combata a combustão e, estamos em crer, que muito em breve todos<br />

os veículos comerciais passarão a usar energias alternativas.<br />

Enfim, é o mundo a mudar e com ele os hábitos e demais situações a que todos temos de<br />

nos adaptar com vista a um futuro mais rentável, sustentável e melhor.<br />

Chefe de Redacção<br />

Cátia Mogo<br />

Redacção<br />

Ana Filipe<br />

Ana Rita Moura<br />

Marta Clemente<br />

Direcção de Comunicação e Marketing<br />

Nuno Francisco<br />

Publicidade<br />

David Pereira da Silva<br />

José Afra Rosa<br />

Assinaturas<br />

Fernanda Teixeira<br />

Colaboradores<br />

António Macedo; Bruno Oliveira ;<br />

Filipe Carvalho e Frederico Gomes<br />

EDITORA INVESPORTE,<br />

EDITORA DE PUBLICAÇÕES<br />

Edição, Redacção e Administração<br />

R. Maria Pimentel Montenegro, 5B<br />

1500-439 Lisboa<br />

Telefone: 215914293<br />

Email: eurotransporte@invesporte.pt<br />

Web: www.eurotransporte.pt<br />

Propriedade<br />

Eduardo de Carvalho<br />

Registo ERC: Nº 123724<br />

Impressão<br />

Monterreina – Área Empresarial Andalucia -<br />

28320 Pinto Madrid – Espanha<br />

Distribuição<br />

VASP – DISTRIBUIDORA<br />

DE PUBLICAÇÕES, SA.<br />

Media Logistics Park – Quinta do Grajal<br />

Venda Seca, 2739-511 Agualva-Cacém<br />

Tiragem média: 30.000 Exemplares<br />

Depósito legal: Nº 159585/00<br />

Estatuto Editorial: https://bit.ly/2tvHlw6<br />

2 Transporte<br />

euro


ENTREVISTA<br />

António Martins, realista em entrevista à Eurotransporte<br />

“Temos de acreditar<br />

nas soluções e não<br />

nos problemas”<br />

Cita Richard Branson (“As oportunidades de negócio são como os autocarros. Está sempre<br />

outro a chegar”) e tem uma visão bastante global do sector aliada a um optimismo real de como<br />

tudo será depois de debelada a crise da COVID-19. Reerguer a economia, acreditar nas soluções<br />

e não nos problemas é o que António Martins, Presidente Executivo da APAT, defende para a<br />

recuperação do país, entre outras medidas proferidas à Eurotransporte.<br />

text0 josé costa<br />

Com um peso significativo<br />

no sector dos transportes<br />

em Portugal, a Associação<br />

dos Transitários de Portugal,<br />

vulgarmente conhecida por APAT, é<br />

uma das maiores organizações nacionais<br />

do sector dos transportes,<br />

representando um vasto número<br />

de empresas que se dedicam à<br />

actividade transitária. Nesta altura<br />

de crise devido à propagação<br />

da COVID-19, a Eurotransporte<br />

foi ao encontro do Director Executivo<br />

desta organização, António<br />

Martins, que nos indicou o caminho rumo ao<br />

futuro dos transportes de mercadorias em<br />

Portugal.<br />

EUROTRANSPORTE - Temos vindo a assistir<br />

a várias associações congéneres da<br />

APAT na Europa a participar em resoluções<br />

que visam o aligeirar do funcionamento dos<br />

profissionais do sector. Em Portugal o que é<br />

que a APAT já protagonizou nesta matéria?<br />

ANTÓNIO MARTINS - A APAT tem actuado<br />

em duas frentes. Ou seja, temos participado<br />

activamente com as associações internacionais<br />

onde nos fazemos representar, nomeadamente<br />

a CLECAT e a FIATA, onde temos<br />

feito fazer chegar algumas das nossas preocupações<br />

de forma a podermos ter uma voz<br />

mais activa junto da UE. Já no que diz respeito<br />

ao Governo português fizemos chegar carta<br />

aos quatro ministérios que têm responsabilidades<br />

e mais impacto com a actividade<br />

transitária, nomeadamente Finanças, Economia,<br />

Trabalho e Infraestruturas.<br />

4 Transporte<br />

euro<br />

Que medidas já solicitaram à Tutela?<br />

A APAT reconhece que o Governo já tomou<br />

medidas difíceis, complicadas e mitigadoras<br />

da situação e algumas são muito coincidentes<br />

com as preconizadas pela Associação. Reconhecemos<br />

que outras ainda não tiveram acolhimento<br />

junto do Governo, que em nossa opinião<br />

são igualmente importantes e de ajuda às<br />

empresas e aos empresários.<br />

Essas medidas foram reivindicações?<br />

O objectivo da APAT não foi tanto reivindicar,<br />

mas indicar ou sugerir algumas medidas adicionais<br />

àquelas que o Governo decidiu numa<br />

primeira reacção e que, num primeiro momento,<br />

permitissem fazer chegar os bens e produtos<br />

de primeira necessidade a quem mais precisa<br />

deles.<br />

“Nunca ninguém pensou<br />

numa situação destas”<br />

Na opinião da APAT como é que os transitários<br />

vão sobreviver a esta crise?<br />

Estamos perante circunstâncias completamente<br />

extraordinárias e diria mesmo<br />

excepcionalmente extraordinárias.<br />

Nunca, nem nos nossos piores<br />

sonhos, antevimos uma situação<br />

destas.<br />

Tal como já referi, entendo que depois<br />

desta crise tudo será diferente.<br />

A maneira como vamos passar<br />

a viver, passar a consumir, passar a<br />

vender e acima de tudo como perspectivamos<br />

o futuro que havemos<br />

de ter. Numa altura em que a crise<br />

se instalou e toda a sociedade está<br />

igualmente a adaptar-se a esta nova<br />

realidade, é normal que as empresas transitárias<br />

tenham que fazer mudanças e adaptar<br />

processos. Cada empresa precisa de traçar<br />

um plano de acção para que consiga manter a<br />

sua actividade para quando tudo voltar a ser<br />

normal. É fundamental preparar as suas estruturas<br />

para as mudanças que se avizinham de<br />

modo a minimizar as possibilidades de crise<br />

futura e assim poder voltar ao normal.<br />

Por outro lado, julgamos ser quase impossível<br />

perceber como vai ser o “dia seguinte”, no<br />

entanto para recuperar a economia nacional<br />

perspectivamos que terá de haver uma grande<br />

aposta na internacionalização, logo no transporte<br />

internacional de bens e é nesta matéria<br />

que o transitário é fundamental para a consecução<br />

desses negócios.<br />

As medidas anunciadas pelo Governo de<br />

apoio, servem aos transitários?<br />

Julgamos que as medidas anunciadas servem<br />

todas empresas. Se são ou não suficientes, é<br />

outra questão. Os impactos desta crise serão<br />

dolorosos e agudos e a receita e medicação


não deve ser igual para todas as empresas. Estas<br />

medidas do Governo obviamente que são<br />

um importante paliativo, mas entendemos que<br />

o que será importante será a injecção directa<br />

de capital, porque há empresas que irão ter dificuldades<br />

completamente extraordinárias e<br />

que se situam em toda a cadeia logística e por<br />

isso mesmo impõe-se a adopção de medidas<br />

especificas de mitigação dos tremendos efeitos<br />

negativos a que se vêem sujeitas, sob pena<br />

de estar em causa a sua sobrevivência. Se<br />

esta área de negócio não ficar saudável, Portugal<br />

poderá perder os parceiros certos para<br />

ajudar a reerguer a economia nacional.<br />

Que outras medidas poderiam ser tomadas?<br />

Para além das referidas, já identificámos 3 ou<br />

4 que ainda não foram bem acolhidas pelo Governo.<br />

Note-se igualmente, que ainda aguardamos<br />

em relação ao sector dos Transportes,<br />

a emissão de regulamentação específica, designadamente,<br />

como resulta do Decreto n.º<br />

2-A/2020, que ficou a cargo dos membros do<br />

Governo responsáveis pela área dos transportes,<br />

a determinação das condições em que<br />

o sector poderá operar. Nesta perspectiva temos<br />

ainda a ambição que as mesmas venham<br />

a ser consideradas e contempladas em futuras<br />

decisões governamentais.<br />

Qual a intervenção nesta matéria da APAT?<br />

A intervenção da APAT nestas matérias é fazer<br />

chegar estas preocupações ao Governo,<br />

depois colocar-se à disponibilidade para colaborar<br />

em tudo o que a tutela entender relevante.<br />

Este trabalho é mais silencioso, mas nesta<br />

O objectivo<br />

gda APAT<br />

não foi tanto<br />

reivindicar,<br />

mas indicar<br />

ou sugerir<br />

algumas<br />

medidas<br />

adicionais<br />

àquelas que<br />

o Governo<br />

decidiu numa<br />

primeira<br />

reacção<br />

altura queremos muito ajudar e acreditamos<br />

que o estamos a fazer bem feito e, isso também<br />

nos faz acreditar que conseguiremos ultrapassar<br />

esta situação.<br />

A APAT e os Transitários têm bem a noção que<br />

são agentes económicos essenciais para as<br />

cadeias de abastecimento de bens e produtos<br />

que nunca podem falhar e, por isso mesmo,<br />

nós também não podemos falhar.<br />

Prevê dificuldades sérias no sector ou as empresas<br />

estão a estruturar-se para sobreviver à<br />

crise?<br />

Seria imprudente dizer que não prevemos dificuldades.<br />

Acreditamos que os nossos associados<br />

o estarão a fazer. Sempre foi uma área<br />

de intervenção muito complicada, muito exigente,<br />

flexível e muito dependente das tendências<br />

do mercado mundial.<br />

É muito natural que depois de amanhã os padrões<br />

de consumo se alterem, assim como o<br />

lugar onde tudo se produz. É expectável que<br />

cada vez mais se assista a uma diminuição de<br />

quantidades por encomenda, mas também a<br />

um maior volume, ou seja encomendas menos<br />

consolidadas, mais pulverizadas, com mais<br />

quantidades e para mais clientes. Entendemos<br />

que as encomendas mais pequenas obrigam<br />

a uma maior consolidação e quanto maior<br />

for a consolidação mais competitivo será.<br />

Nesta perspectiva resultará que as empresas<br />

têm de ter mais cuidado e maior racionalização<br />

de forma a reduzir os seus custos, ou seja,<br />

o trabalho vai no sentido de desenharmos soluções<br />

logísticas ainda mais sustentáveis.<br />

euro<br />

Transporte<br />

5


ENTREVISTA<br />

Teme que existam despedimentos e encerramentos<br />

de empresas no sector após a crise<br />

pandémica?<br />

O dinamismo da actividade transitária leva a<br />

que todos anos surjam ou fechem inúmeras<br />

empresas no sector.<br />

Vínhamos de um período de fusões, aquisições,<br />

parcerias e ampliação da área de cobertura,<br />

assim como diversificação, ou seja, de<br />

crescimento. Talvez os primeiros tempos, sejam<br />

mais difíceis e talvez por reacção ou por<br />

receio se verifiquem alguns despedimentos e<br />

encerramentos, mas como dizia Richard Branson,<br />

“As oportunidades de negócio são como<br />

os autocarros. Está sempre outro a chegar”. O<br />

entusiasmo e empreendedorismo que caracteriza<br />

o transitário ajuda a ultrapassar as dificuldades.<br />

A nossa actividade obriga sempre<br />

a correr riscos, sabemos os que não podemos<br />

correr, mas também sabemos aqueles que não<br />

podemos deixar de os correr.<br />

A registarem-se, que medidas de protecção a<br />

APAT exige do elenco governativo?<br />

Honestamente não acreditamos que irão haver<br />

medidas de protecção, até porque do ponto<br />

de vista legal não deverá ser possível.<br />

Por norma o proteccionismo não é bom para<br />

o comércio livre. Entendemos sim e fica clara<br />

a necessidade de apoiar incondicionalmente<br />

quem assegura os bens necessários onde eles<br />

são efectivamente necessários e na medida<br />

certa. Logo é entendimento da APAT que tem<br />

de se olhar para os players da cadeia logística<br />

como fundamentais, pelo que é sempre importante<br />

pensar estrategicamente.<br />

Estamos ou vamos estar num ambiente economicamente<br />

muito agressivo e a haver intervenção<br />

do Estado, talvez seja determinante no<br />

sentido de articular melhor todos os Operadores<br />

de forma a encontrar a melhor “solução Logística”<br />

na transacção e escoamento de bens.<br />

A banca pode ter aqui uma intervenção importante?<br />

Este é um momento crítico para o nosso País<br />

e nenhum de nós se deve demitir da obrigação<br />

de exigir soluções simples sem grandes investimentos<br />

e recusar grandes receitas com grandes<br />

investimentos, porque tendencialmente<br />

ninguém dá nada a ninguém.<br />

Pelo que ouvimos dizer e vamos vendo todo o<br />

dinheiro que a banca colocará à disposição de<br />

todos, vai ter de se pagar. É verdade que pode<br />

ser diluído em mais ou menos tempo, mas nada<br />

será grátis.<br />

Se a banca tiver vontade de ajudar, ser relevante<br />

e realmente importante obviamente que a<br />

sua intervenção será muito importante.<br />

A partir desta luta pela sobrevivência pessoal,<br />

surgirá a de carácter empresarial. O sector<br />

está preparado para mais uma batalha?<br />

Sabe que a vida é como andar de bicicleta. Depois<br />

de se aprender nunca mais se esquece e<br />

para se ter equilíbrio é preciso estar em movimento.<br />

Esta é uma imagem que reflecte bem o<br />

que os transitários já passaram.<br />

O sector não vai acabar, antes pelo contrário<br />

Nunca é demais lembrar que foram<br />

gmomentos de grande crise que<br />

provocaram no homem a ambição<br />

das grandes respostas e das<br />

grandes soluções<br />

até penso que poderá ganhar novas dinâmicas,<br />

pelo que não antevemos “batalhas” pelo<br />

menos por esta razão. Naturalmente iremos<br />

assistir ao desenhar de novas estratégias para<br />

conquistar os mercados que se perderam.<br />

Esta será a altura ideal para saber o que fazer,<br />

perceber que oportunidades surgirão e preparar<br />

as organizações para esse futuro.<br />

A actividade económica é uma prática social<br />

e não uma acção realizada por indivíduos isolados,<br />

acreditamos que teremos tempo para<br />

voltar a encontrar clientes, parceiros, fornecedores<br />

e amigos e não adversários como se de<br />

uma “batalha” se tratasse.<br />

6 Transporte<br />

euro


COMERCIAIS<br />

Chega no presente<br />

Nova Caddy da VW<br />

preparada para o futuro<br />

O interesse e curiosidade sobre a nova Volkswagen Caddy eram grandes, mas esta fez valer<br />

o tempo de espera, já que a nova versão do modelo surpreendeu e superou as expectativas…<br />

por dentro e por fora. O design arrojado, a polivalência, o maior espaço interior, os novos motores,<br />

a maior conexão e a opção pela base de plataforma Modular Transversal (MQB), são apenas<br />

alguns dos seus principais destaques.<br />

text0 marta clemente (dusseldorf, alemanha)<br />

8 Transporte<br />

euro<br />

Depois de três milhões de unidades produzidas<br />

desde o seu lançamento em<br />

1980, eis que chega ao mercado a quinta<br />

geração de um dos furgões mais populares<br />

de sempre. A nova Caddy apresenta-se<br />

com um novo e contemporâneo visual, muito<br />

mais sofisticado e carismático, no interior e<br />

no exterior. O grande salto na diferenciação<br />

relativamente aos seus antecessores dá-se,<br />

nomeadamente, no seu design dinâmico, na<br />

perfeição absoluta dos detalhes, na conquista<br />

de espaço e no mergulho em direcção às novas<br />

tecnologias, com um claro avanço na conexão<br />

e na digitalização.<br />

Não é por isso de estranhar que Thomas Sedran,<br />

CEO da Volkswagen Veículos Comerciais,<br />

tenha afirmado durante a apresentação,<br />

em Dusseldorf, na Alemanha, que a Caddy 5<br />

“vem estabelecer um novo padrão no que diz<br />

respeito aos comerciais urbanos”. Pois, assim<br />

é. A Caddy vem, efectivamente, firmar a sua<br />

presença enquanto veículo de referência no<br />

segmento A de furgões comerciais e dos veículos<br />

monovolume familiares (MPV).<br />

Embora vincadamente mais desportivo, o modelo<br />

permanece fiel aos seus traços e essência<br />

única enquanto veículo utilitário e versátil,<br />

com a capacidade de encarnar muitos papéis.<br />

Em suma, e como afirma a marca mãe, o resultado<br />

é 100% novo, porém 100% Caddy, pois<br />

respeita a receita tradicional da Volkswagen<br />

de “evolução na continuidade”.<br />

Além de mero transporte de cargas e de passageiros,<br />

a Volkswagen Caddy tem agora a capacidade<br />

de atrair clientes interessados em<br />

actividades desportivas ou de lazer e é, pela


primeira vez, baseado na Plataforma Modular<br />

Transversal (MQB) – a mesma do Volkswagen<br />

Golf –, que desbrava o caminho em direcção<br />

ao avanço tecnológico e lhe permite a reformulação<br />

da carroçaria.<br />

Herança MQB<br />

De facto, há mesmo muito a dizer sobre a nova<br />

Caddy, mas comecemos por aquilo que desde<br />

logo salta à vista e de forma peremptória:<br />

os traços exteriores surgem renovados e redesenhados.<br />

Nesse sentido, cumpre destacar<br />

as linhas curvas, leves e desportivas do tejadilho,<br />

as laterais esculpidas de modo vanguardista<br />

e o aperfeiçoamento da área dianteira,<br />

onde se evidencia a grelha mais estreita do radiador.<br />

De notar também os novos faróis, mais<br />

finos na zona frontal, e luzes LED na retaguarda<br />

– nas versões superiores –, onde se apresentam<br />

os farolins verticais.<br />

Brindada com um design carismático, a Caddy<br />

5 beneficia, como já referido, do ‘upgrade’ para<br />

a moderna Plataforma Modular Transversal<br />

(MQB), importada directamente do Volkswagen<br />

Golf. Esta evolução resulta numa maior<br />

distância entre eixos, que lhe confere proporções<br />

mais dinâmicas, e num crescimento<br />

de 93 mm em comprimento e 62 mm em largura.<br />

Pode afirmar-se que esta é uma configuração<br />

surpreendente e fascinante, que permanece<br />

prática, ao permitir acomodar até sete<br />

passageiros.<br />

O tecto panorâmico surge como mais uma<br />

prova de que a Caddy 5 representa um verdadeiro<br />

virar de página: este apresenta-se como<br />

uma superfície vidrada de dimensões particu-<br />

euro<br />

Transporte<br />

9


COMERCIAIS<br />

larmente generosas – 1,4 metros quadrados –<br />

que percorrem a distância desde a primeira à<br />

segunda fila de bancos.<br />

Segurança, conforto<br />

e conectividade permanente<br />

A pensar no conforto do condutor e passageiros,<br />

o espaço interior foi alvo de melhorias<br />

impressionantes, logo ao nível do habitáculo,<br />

mais amplo e moderno, e da digitalização<br />

do posto de condução com a mais recente<br />

tecnologia.<br />

No que concerne à segurança e auxílio à condução,<br />

a Volkswagen Caddy 5<br />

está equipada com nada menos<br />

do que 19 sistemas de<br />

assistência, dos quais seis<br />

representam uma total novidade.<br />

O sistema “Travel Assist”<br />

engloba o Cruise Control,<br />

adaptativo, com função<br />

Stop & Go e assistente de<br />

manutenção na faixa de rodagem,<br />

o “Parking Assistant”,<br />

o “Trailer Assist” – para<br />

manobras com reboque ou<br />

marcha atrás –, e o “Side Assist”,<br />

que inclui o “Rear Traffic<br />

Alert”. Este último, dentro<br />

de algumas limitações<br />

lógicas, trava o automóvel<br />

10 Transporte<br />

euro<br />

para evitar colisão ou minimizar a gravidade<br />

do impacto. De destacar ainda o volante<br />

multifuncional, equipado com sensores capacitativos,<br />

que representa outro reforço de<br />

segurança.<br />

Nestas funções está bem patente o objectivo<br />

de “simplificar a vida profissional e pessoal<br />

de todos os utilizadores, tornando-a mais fácil<br />

e individual”, atuando sob o lema ‘Work – Life<br />

– Unlimited’.<br />

Quanto aos sistemas de manuseamento e infotainment<br />

em rede, que convertem a Caddy 5<br />

num “smartphone sobre rodas”, há várias me-<br />

lhorias a assinalar, entre a arquitectura do painel<br />

de instrumentos e de comando completamente<br />

redesenhada, e as interfaces dianteiras<br />

formadas pelo novo “Digital Cockpit” (ou<br />

painel de instrumentos digital) e pelos sistemas<br />

de rádio e “infotainment”, com grandes<br />

ecrãs de 6,5 e 10 polegadas.<br />

No que concerne a esta temática, a fusão do<br />

“Digital Cockpit” e do sistema de navegação<br />

topo de gama dá lugar a um novo panorama<br />

digital dos elementos de visualização e de<br />

comando, denominado “Innovision Cockpit”<br />

– semelhante com o Golf da oitava geração.<br />

Através da unidade de conectividade<br />

online (OCU) com eSIM<br />

integrado, os sistemas de “infotainment”<br />

têm a capacidade de<br />

aceder aos serviços e funções<br />

online móveis da “Volkswagen<br />

We”, o que significa que a nova<br />

Caddy está “sempre ligada”.<br />

Outras novidades são as superfícies<br />

digitais tácteis para<br />

as funções de luz, visão, áudio<br />

e menu multifunções, e o painel<br />

“Light & Sight”, à esquerda do<br />

volante.<br />

O sistema de ignição e bloqueio<br />

“Keyless Access” inaugura também<br />

a sua integração no modelo<br />

icónico da Volkswagen.


Versatilidade ilimitada<br />

Tendo na polivalência uma das suas palavras<br />

de ordem, a nova Volkswagen Caddy 5 reúne<br />

as condições para se assumir como um furgão<br />

de carga, um monovolume familiar, um shuttle<br />

para turismo ou uma autocaravana. Os novos<br />

modelos anunciam-se nas versões MPV<br />

de passageiros (com a linha básica ‘Caddy’, a<br />

‘Life’, e a premium ‘Style’, que brilha pela elegância<br />

dos seus traços), nas comerciais (Cargo<br />

e Kombi, a primeira com painéis laterais<br />

em chapa e a segunda com janelas laterais<br />

em vidro) e numa versão de trabalho mais<br />

alongada (a Caddy Maxi) que transporta<br />

até duas euro-paletes.<br />

Uma coisa é certa: todas as versões estão<br />

ainda mais bem equipados do que as correspondentes<br />

da geração anterior. Por exemplo,<br />

a nova Caddy Cargo pode ser equipada com<br />

portas traseiras totalmente metálicas (para<br />

melhor protecção contra roubos) e aporta,<br />

enquanto equipamentos de série, o travão de<br />

mão electrónico, com função Auto Hold e os<br />

novos faróis H7, sendo a sua matrícula iluminada<br />

em LED.<br />

Quem opte pela versão de passageiros premium<br />

pode equipar o furgão com faróis e luzes<br />

traseiras em LED, ajuda de estacionamento<br />

“Park Pilot” – na dianteira e retaguarda – e<br />

barras de tejadilho prateadas.<br />

Sem oferta electrificada, a Caddy 5 apresenta-se<br />

no âmbito dos motores a Diesel com os<br />

motores 2.0 TDI de 75 cv, 102 cv e 122 cv. De série,<br />

a versão 102 cv agrega tracção dianteira e<br />

caixa manual de seis velocidades, enquanto a<br />

de 122 cv conta, opcionalmente, com caixa automática<br />

DGS de sete velocidades e sistema<br />

de tracção 4Motion. Quanto a outras versões,<br />

é apresentado o motor a gasolina de 1.5 (TSI<br />

de 116 cv) e a gás natural também 1.5 (TGI de<br />

130 cv). Este último é, na verdade, um bifuel,<br />

solução que vem reduzir os custos e as emissões<br />

nocivas.<br />

Geração amiga do ambiente<br />

Ao nível dos motores TDI, a Caddy 5 está apetrechada<br />

com os equipamentos mais limpos<br />

Ao nível dos motores TDI, a Caddy 5<br />

está apetrechada com os<br />

gequipamentos mais limpos do mundo<br />

do mundo. Pertencentes a uma nova geração<br />

evolutiva, os novos motores de quatro cilindros<br />

– e não só – da Caddy são também inovadores<br />

e cumpridores das normas de emissões<br />

Euro 6 de 2021, além de estarem munidos com<br />

filtros de partículas. Dá-se também a estreia<br />

da utilização de dois conversores catalíticos<br />

(SCR) em motores TDI com potências entre 75<br />

cv (55kW) e 122 cv (90kW), que com o auxílio<br />

do AdBlue contribuem para a redução significativa<br />

das emissões de óxido de azoto (NOx)<br />

e de CO2. De resto, eficiência e sustentabilidade<br />

não faltam também ao motor a gasolina<br />

turbo (84kW).<br />

Tal como confirma a marca, “as novas tecnologias<br />

do sistema de propulsão têm um efeito<br />

visivelmente positivo, ao nível ecológico<br />

e económico, pois dependendo da versão do<br />

motor, o consumo de combustível estimado é<br />

até 12% inferior à versão anterior da Caddy”.<br />

Enquanto a actual Caddy permanece à venda<br />

em algumas localizações até ao início de 2021,<br />

a quinta geração do modelo será lançada primeiramente<br />

na Alemanha, Áustria e Polónia. A<br />

estes países, seguem-se outros importantes<br />

mercados da Volkswagen, como é o caso da<br />

França, Grã-Bretanha, Espanha, Bélgica, Países<br />

Baixos, Turquia, Itália e, inclusive, Portugal,<br />

onde a Caddy estará disponível a partir do<br />

próximo mês de Novembro.<br />

euro<br />

Transporte<br />

11


COMERCIAIS<br />

O Novo Ford Ranger Raptor é, de facto, a primeira<br />

pick-up ao estilo norte-americano que se apresenta no<br />

Velho Continente, como um verdadeiro desempenho<br />

off-road. Aliás, esta é mesmo a mais americanizada<br />

das pick-up europeias, concebida de<br />

uma ponta à outra para dominar<br />

todos os ambientes.<br />

text0 josé costa<br />

12 Transporte<br />

euro


Assim que se sentar nos bancos tipo “baquet”<br />

do novo Ford Ranger Raptor, perceberá<br />

imediatamente que esta não é uma<br />

pick-up normal. Com cinco versões do<br />

modelo (XL, XLT, Limited, Wild Trak e Raptor),<br />

esta pick-up está acessível no mercado nacional<br />

desde os 31.296€ até aos 64.183 (sem IVA).<br />

Quanto a cabines, pode optar-se pela simples<br />

de dois lugares ou dupla de quatro.<br />

Como denominador comum, todas as versões<br />

são servidas de um conjunto de tecnologias<br />

avançadas e sistemas inteligentes que proporcionam<br />

uma experiência de condução incomparável.<br />

Além disso, o Sistema de Gestão do<br />

Terreno (TMS) permite ao utilizador superar-se<br />

na condução sobre a mais vasta variedade de<br />

terrenos. Com um simples botão, os condutores<br />

podem mudar entre seis modos diferentes:<br />

Normal, Sport, Grass/Gravel/Snow, Mud/Sand,<br />

Rock... e para uma experiência todo-o-terreno<br />

intensa, pode selecionar o modo exclusivo<br />

Off-Road Baja. Aí encontrará uma pick-up cuja<br />

condução é muito semelhante às viaturas todo-<br />

-o-terreno que disputam provas desportivas.<br />

Este sistema é importante porque quando conduzir<br />

o veículo fora de estrada, terá que ter em<br />

atenção o terreno em que entra, pois, cada tipo<br />

requer uma abordagem diferente. Para o<br />

euro<br />

Transporte<br />

13


ajudar a aproveitar ao máximo as capacidades<br />

do Ford Ranger, o Sistema de Gestão de<br />

Terreno permite-lhe ajustar a aceleração, o<br />

controlo de tracção, a sensibilidade da direcção,<br />

o comportamento de mudança de velocidades,<br />

entre muitos outros factores que testámos<br />

“in loco” aquando da condução do modelo.<br />

Para tal, basta rodar o botão e escolher a melhor<br />

opção.<br />

14 Transporte<br />

euro<br />

Concebido para o desempenho<br />

O Novo Ford Ranger Raptor combina na perfeição<br />

o ADN de alto desempenho da Divisão<br />

Ford Performance com uma capacidade todoo-terreno<br />

incomparável. Esta versão Bi-turbo,<br />

que testámos, foi especialmente criada e concebida<br />

com a precisão do motor Ford EcoBlue<br />

Diesel de 2,0 litros, funciona com uma nova<br />

caixa de velocidades automática de dez velocidades,<br />

com patilhas no volante. O resultado<br />

é uma experiência de condução incomparável.<br />

Por sua vez, os pneus todo-o-terreno foram fabricados<br />

especificamente para o ajudarem a<br />

dominar qualquer ambiente, desde dunas de<br />

areia imponentes e lama espessa, passando<br />

por travessias fluviais rápidas ou estradas de<br />

montanha íngremes. Também o avançado motor<br />

a diesel Bi-turbo EcoBlue de 2,0 litros do<br />

Novo Ranger Raptor foi criado para proporcionar<br />

mais potência, melhor eficiência e emisem<br />

destaque<br />

Protecção contínua<br />

contra capotamento<br />

O excepcional Sensor Anticapotamento,<br />

exclusivo da Ford, ajuda o sistema de<br />

Controlo de Estabilidade a manter os pneus<br />

na estrada, principalmente em condições de<br />

condução difíceis e em curvas abruptas.<br />

Aviso prévio se um pneu<br />

começar a perder pressão<br />

Se um dos pneus começar a perder<br />

pressão durante a viagem, o Sistema<br />

de monitorização da pressão dos pneus<br />

avisa-o imediatamente. Na eventualidade<br />

de um furo, acende um ícone no painel de<br />

instrumentos.<br />

Airbags para protecção<br />

de todos os ângulos<br />

Além dos airbags para o condutor e<br />

passageiro dianteiros, existem airbags<br />

laterais que protegem o tórax, concebidos<br />

para afastar o ocupante da área de<br />

impacto. Os airbags de cortina oferecem<br />

uma cobertura máxima e os encostos de<br />

cabeça protegem das lesões por chicotada.<br />

Além disso, os cintos de segurança estão<br />

equipados com pré-tensores, limitadores de<br />

esforço e aviso dos cintos de segurança para<br />

todos os bancos.<br />

Dominar o mundo com conforto<br />

No exterior, todos os aspectos do Ford Ranger<br />

Raptor foram concebidos especificamente para<br />

maximizar a capacidade, a durabilidade e o<br />

desempenho todo-o-terreno. O seu aspecto,<br />

bem ao estilo norte-americano, é imponente e<br />

a rolar na estrada não há quem não repare nesta<br />

pick-up.<br />

Já no interior da cabine dupla do modelo testado,<br />

as tecnologias avançadas contribuem para<br />

garantir que, onde quer que vá, estará confortável<br />

e ligado às novas tecnologias. Por exemplo,<br />

o modem FordPass Connect incorporado<br />

permite-lhe trancar e destrancar remotamente<br />

o Ford Ranger. Quando sair de um terreno<br />

acidentado para asfalto bem conservado, pode<br />

evitar atrasos com actualizações de trânsito<br />

em tempo real enviadas diretamente para<br />

o sistema de navegação do veículo. Além<br />

disso, com uma boa recepção de sinais de comunicação,<br />

poderá mesmo ligar até dez dispositivos<br />

ao ponto de acesso Wi-Fi do veículo.<br />

Mesmo nos lugares mais remotos.


Dados de fábrica fornecidos<br />

pela ForD Lusitana<br />

• Modelo: Ford Ranger Raptor 2.0 TDCi 4X4<br />

• Preço: 64.190€ (s/despesas)<br />

• Cor exterior: Performance Blue<br />

(modelo testado)<br />

• Estofos: Couro<br />

• Motor: 2.0 TDCi<br />

• Cilindrada: 1996<br />

• Potência: 213 cv<br />

• Caixa: Automática (10 vel.)<br />

• Tracção: 4X4<br />

• Consumos (urb./est./comb):<br />

desde 10.6/8.0/8.9 lts/100km<br />

• Emissões de CO2: 281 g/Km (WLTP)<br />

• Velocidade máxima: 170 km/h<br />

• Aceleração 0-100 km: 10.5s<br />

sões mais baixas. Este motor, que debita 213<br />

CV e 500 Nm de binário, define um novo padrão<br />

para o desempenho todo-o-terreno.<br />

O motor foi construído de forma a cumprir as<br />

rigorosas normas de emissões Euro 6.2. Estas<br />

normas foram concebidas para melhorar a qualidade<br />

do ar e reduzir as emissões de escape.<br />

Bem ao estilo<br />

gnorte-americano<br />

a versão Raptor,<br />

vem preparada<br />

para responder<br />

às mais difíceis<br />

condições que<br />

lhe podemos<br />

apresentar<br />

cia Pré-colisão funciona de forma activa para<br />

reduzir a probabilidade de ocorrência de um<br />

acidente.<br />

Também o sistema de Travagem activa é outra<br />

das funcionalidades de segurança inovadora,<br />

que funciona quando se desloca a velocidades<br />

TECNOLOGIA DE SEGURANÇA AVANÇADA<br />

Quer esteja a conduzir numa autoestrada ou<br />

em terrenos mais acidentados,, o Ranger Raptor<br />

está preparado para lhe responder de forma<br />

positiva, pois está equipado com sistemas<br />

de segurança sofisticados concebidos para o<br />

manter a si e aos passageiros em segurança.<br />

Os avançados sistemas de Controlo Electrónico<br />

de Estabilidade e Controlo de Tracção,<br />

contribuem para uma condução segura em<br />

todas as condições. Por sua vez, a Assistênsuperiores<br />

a 50 km/h. Esta tecnologia vigia a<br />

estrada à frente e se detectar a probabilidade<br />

de uma colisão, avisa o condutor. Se o condutor<br />

não reagir, o sistema efectua o preenchimento<br />

dos travões e depois começa automaticamente<br />

a travagem para reduzir a velocidade.<br />

Por seu turno, o Controlo da Tracção, ao detectar<br />

a derrapagem das rodas, distribui automaticamente<br />

mais binário para a roda com mais<br />

tracção e melhor aderência.<br />

Monitoriza e ajusta constantemente, de forma<br />

individual, cada uma das rodas motrizes do veículo,<br />

assegurando máxima aderência e contacto<br />

com a estrada.<br />

Em suma, temos aqui uma pick-up bem equipada<br />

e preparada para todos os tipos de terreno<br />

que possamos encontrar ou ultrapassar, que só<br />

peca pelo consumo elevado, um “handicap” que<br />

pode pesar na carteira dos portugueses.<br />

euro<br />

Transporte<br />

15


PESADOS<br />

Renault Trucks LANÇA versões D e T<br />

Conforto<br />

e consumo<br />

privilegiados<br />

16 Transporte<br />

euro


Apesar da mesma aparência<br />

e robustez, a Renault Trucks<br />

apresentou, este ano, as suas<br />

novas versões dos camiões de<br />

distribuição e longo curso, os<br />

modelos D e D Wide e T e T High,<br />

respectivamente. Como trunfo,<br />

todos os veículos pesados da<br />

marca francesa, apresentam<br />

uma maior economia de<br />

combustível, assim como<br />

privilegiam o conforto,<br />

apresentando um design<br />

de interiores ergonómico e<br />

confortável e recursos de<br />

segurança e equipamento<br />

aerodinâmico. As novas versões<br />

dos veículos de distribuição e<br />

longo curso da Renault Trucks<br />

estão 100% conectadas.<br />

text0 josé costa<br />

ARenault Trucks acaba de lançar as mais<br />

recentes versões da sua gama de camiões<br />

de distribuição e de longo curso,<br />

os modelos D e D Wide e os T e T High<br />

2020. Estas versões são mais eficientes no<br />

consumo e asseguram o compromisso de sempre<br />

ao nível do conforto e segurança de quem<br />

os conduz. Os modelos D e D Wide têm ainda a<br />

possibilidade de serem comercializados com<br />

motor Z.E. 100% eléctrico e GNC (Gás Natural<br />

Comprimido) de 320cv, respectivamente.<br />

Começando pelos veículos pesados dedicados<br />

à distribuição, a marca francesa reformulou por<br />

completo o design interior dos modelos D e D<br />

Wide. As versões 2020 apresentam um painel<br />

reprojectado que inclui um novo volante e um<br />

novo painel de instrumentos em preto e branco.<br />

Para facilitar o trabalho do motorista, foram<br />

adicionados suportes para tablet, smartphone<br />

e duas portas USB-C. Os veículos também são<br />

fornecidos com novos equipamentos de rádio,<br />

compatíveis com a rede de rádio terrestre digital<br />

DAB +.<br />

Para um nível mais alto de conforto, a Renault<br />

Trucks oferece o seu Comfort Pack nestas versões<br />

como uma opção, que inclui um volante de<br />

couro, um assento do motorista com apoio lateral,<br />

compartimentos de armazenamento adicionais<br />

e um tecto solar, este último somente<br />

no D Wide.<br />

Os camiões Renault D e D Wide estão equipados<br />

com cruise control adaptativo (ACC) de<br />

série. O ACC mantém uma distância segura do<br />

veículo na frente, ajustando automaticamente<br />

a aceleração e a travagem para maior segurança<br />

e uma condução mais suave. Para maior<br />

visibilidade, o D e D Wide estão disponíveis<br />

com luzes traseiras LED.<br />

Modelo T para rolar<br />

Já no que aos modelos T e T High diz respeito, o<br />

seu interior também foi alvo de modificações<br />

euro<br />

Transporte<br />

17


mostrando agora uma cabine onde os acabamentos<br />

topo de gama são uma realidade. Para<br />

um conforto perfeito do motorista, foi também<br />

instalada, vindo de série, uma coluna de<br />

direcção ajustável em três sentidos. Os veículos<br />

da série T, concebidos para rolar quilómetros<br />

a fio, possuem ainda um painel de instrumentos<br />

em cor de carbono, pegas em alumínio<br />

e soleiras das portas em metal. Estas versões<br />

da marca francesa que nasceu em Lyon, também<br />

foram contempladas com novos compartimentos<br />

de arrumação de alta capacidade<br />

(221 litros), o que é bastante apreciado pelos<br />

profissionais do volante.<br />

No seu exterior, as versões para o longo curso<br />

mostram uma grelha do radiador e os espelhos<br />

retrovisores completamente novos e<br />

que podem ainda ser personalizados em preto<br />

ou laranja de alto brilho, conforme o gosto<br />

do cliente.<br />

Os modelos T e T High podem também vir<br />

equipados com o Roadpad+, como opção. Este<br />

sistema age como um assistente de bordo,<br />

permitindo aos motoristas ouvir música ou<br />

utilizar os seus telemóveis em modo mãos livres,<br />

enquanto conseguem manobrar o veículo<br />

em segurança graças às câmaras traseiras<br />

e laterais.<br />

18 Transporte<br />

euro<br />

Redução do consumo<br />

de combustível<br />

e das emissões de CO2<br />

Esta nova gama de camiões direccionada para<br />

a distribuição e longo curso da Renault Trucks<br />

vem equipada com motores Euro 6 de combustão,<br />

Ze. 100% eléctrico e GNC. Todos são<br />

eficientes em termos de consumo, ao mesmo<br />

tempo que são amigos do ambiente, pois os de<br />

combustão apresentam uma redução de 3%<br />

no consumo de combustível e nas emissões<br />

de CO2 em comparação com a geração anterior.<br />

Em termos de transmissão, as versões de<br />

2020 dos modelos agora apresentados, estão<br />

equipadas com um novo eixo de alta eficiência<br />

e travões de disco mais leves.<br />

As novas versões dos camiões das gamas D<br />

e T foram testados em ambientes extremos<br />

para responder às exigências de fiabilidade e<br />

de robustez. Mais de 50 veículos foram usados<br />

em condições reais por clientes e parceiros,<br />

que os conduziram em todas as condições<br />

climatéricas.<br />

Em suma, a Renault Trucks quis ter a certeza<br />

de que colocaria as suas novas versões de<br />

camiões na estrada preparados para todas<br />

as eventualidades e condições. E parece que<br />

conseguiu.<br />

Novas motorizações<br />

A Renault Trucks desenvolveu novas motorizações<br />

para os modelos D, D Wide, T e T High apoiando-<br />

-se em tecnologias de eficácia comprovada.<br />

Estes novos motores oferecem uma ampla gama<br />

de potências, a maior amplitude de binário do<br />

mercado, consumo e custos de manutenção<br />

reduzidos, ao mesmo tempo que garantem uma<br />

velocidade comercial elevada.<br />

Versão D<br />

MOTOR: DTI 5 (210/240 cv); DTI 8 (250/280 cv)<br />

e Z.E. 100% eléctrico<br />

PB: 11 → 36 T<br />

PTC: 18 → 26 T<br />

CABINA: Day (Curta); Global (Longa)<br />

e Crew (4 portas)<br />

TRACÇÃO: 4x2 e 4x4<br />

VERSÃO D WIDE<br />

Motores: DTI 8 (250/280/320 cv); DTI 11<br />

(380/430 cv); GNC (320 cv) e Z.E. 100% eléctrico<br />

PB: 21,5 → 50 T<br />

PTC: 18 → 26 T<br />

CABINA: Day (Curta com tejadilho standard ou<br />

plano); Global (Intermédia); Night & Day (Profunda<br />

standard ou Plana) e Sleeper (Profunda com<br />

tejadilho elevado)<br />

TRACÇÃO: 4x2 / 6x2 / 6x2*4 Trator: 4x2<br />

Versão T<br />

MOTOR: DTI 11 (380/430/460 cv)<br />

PB: 18 → 26 T<br />

PTC: 40 → 60 T<br />

CABINA: Day (Curta com tejadilho standard);<br />

Night & Day (Profunda com tejadilho standard)<br />

e Sleeper (Profunda com tejadilho elevado)<br />

TRACÇÃO: 4x2; 6x2; 6x2 Eixo avançado<br />

e 6x2 Eixo rebocado<br />

Versão T High<br />

MOTOR: DTI 13 (440/480/520 cv)<br />

PB: 18 → 26 T<br />

PTC: 40 → 60 T<br />

CABINA: High Sleeper (Profunda com tejadilho<br />

elevado e piso plano)<br />

TRACÇÃO: 4x2; 6x2; 6x2 Eixo avançado<br />

e 6x2 Eixo rebocado


NOVIDADE<br />

Onosso objectivo é ser o melhor parceiro<br />

de negócios dos nossos clientes,<br />

tornando-os ainda mais competitivos<br />

e ajudando-os a atrair os melhores motoristas<br />

num mercado cada vez mais difícil”.<br />

Foi desta forma que Roger Alm, presidente<br />

da Volvo Trucks, apresentou os novos quatro<br />

modelos da marca sueca, os camiões pesados<br />

FH, FH16, FM e FMX que passam a representar<br />

cerca de dois terços das entregas da Volvo<br />

Trucks no Velho Continente.<br />

Na Europa, por exemplo, todas as estatísticas<br />

mostram que existem cerca de 20% de<br />

vagas para motorista. Para ajudar os clientes<br />

a recrutar e manter os melhores, a Volvo<br />

Trucks concentrou-se fortemente no desenvolvimento<br />

dos novos camiões para torná-los<br />

mais seguros e eficientes assim como atraentes<br />

ferramentas de trabalho para motoristas<br />

qualificados.<br />

“Os motoristas que todos os dias conduzem<br />

camiões têm sempre presente a segurança<br />

e eficiência. Eles são um activo valioso para<br />

qualquer empresa de transporte. O comportamento<br />

de uma condução responsável pode<br />

ajudar a reduzir as emissões de CO2 e os custos<br />

de combustível, além de ajudar a reduzir<br />

o risco de acidentes, ferimentos e paragens<br />

desnecessárias não planeadas.<br />

Os nossos novos camiões ajudarão os motoristas<br />

a trabalhar de maneira ainda mais segura<br />

e produtiva e darão aos nossos clientes<br />

argumentos mais fortes para atrair os melhores<br />

motoristas”, continua Roger Alm. Os vários<br />

modelos de camiões da linha Volvo Trucks estão<br />

disponíveis em diversos modelos de cabine<br />

e podem ser optimizados para uma ampla<br />

gama de aplicações. Em camiões de longo curso,<br />

por exemplo, a cabine costuma ser a se-<br />

20 Transporte<br />

euro


Sempre com o motorista no<br />

pensamento, a Volvo Trucks<br />

apresentou os seus novos quatro<br />

camiões, com forte foco no ambiente,<br />

na segurança e na produtividade.<br />

Pelos modelos apresentados,<br />

a marca sueca deve estar muito<br />

orgulhosa no grande investimento<br />

que realizou nos modelos FH, FH16,<br />

FM e FMX.<br />

text0 josé costa<br />

gunda residência do motorista. Por isso tem<br />

de apresentar condições propícias a que o<br />

profissional se sinta bem dentro dela. Nos camiões<br />

de transporte regional, esse problema<br />

já não se coloca, pois, este tipo de camião costuma<br />

servir como escritório móvel, enquanto<br />

na construção e estaleiro, os camiões são<br />

ferramentas de trabalho práticas e robustas.<br />

Portanto, visibilidade, conforto, ergonomia,<br />

nível de ruído, manobrabilidade e segurança<br />

foram os principais pontos focais no desenvolvimento<br />

de todos os novos modelos de camiões<br />

da Volvo. O exterior do camião também<br />

Caixa de velocidade / I-Shift<br />

A caixa de velocidades Split/Range é servida de 12 engrenagens com sistema automático de<br />

mudança de velocidades. A I-Shift pode ser equipada com um retardador compacto, tomada de<br />

força, bomba de direcção assistida de emergência e radiador de óleo.<br />

Especificações<br />

Designação Mudança mais alta Binário do motor (Nm) PBC (t)<br />

AT2412F Direct Drive (1:1) 2400 44<br />

AT2612F Direct Drive (1:1) 2600 100<br />

ATO2612F Overdrive 2600 100<br />

AT2812F Direct Drive (1:1) 2800 60<br />

ATO3112F Overdrive 3150 100<br />

I-Shift Dual Clutch<br />

Designação Mudança mais alta Binário do motor (Nm) PBC (t)<br />

SPO2812 Overdrive 2800 80<br />

euro<br />

Transporte<br />

21


foi actualizado para reflectir as propriedades<br />

das novas “máquinas” suecas e criar um design<br />

geral atraente.<br />

A nova cabine, oferece mais espaço e melhor<br />

visibilidade, nomeadamente nas versões FM e<br />

FMX direccionadas para o Longo Curso.<br />

Os novos Volvo FM e FMX possuem uma cabine<br />

totalmente nova, bem como muitas das mesmas<br />

funções e instrumentos que estão presentes<br />

nas restantes versões. O seu volume<br />

interno foi aumentado em mais um metro cúbico,<br />

proporcionando melhor conforto e mais<br />

espaço de trabalho. A visibilidade agora é ainda<br />

melhor devido às janelas maiores, uma linha de<br />

porta abaixada e novos espelhos.<br />

Motores eficientes<br />

e transmissões alternativas<br />

Tanto o meio ambiente quanto a economia são<br />

factores importantes para as empresas de<br />

transportes. Como não haverá uma única fonte<br />

de energia que atenda a todas as questões relacionadas<br />

às mudanças climáticas, e como diferentes<br />

segmentos e tarefas de transporte exigirão<br />

uma variedade de soluções, vários tipos<br />

de linhas de transmissão continuarão a existir<br />

paralelamente no futuro próximo.<br />

Em muitos mercados, o Volvo FH e o Volvo FM<br />

estão disponíveis com o motor de GNL a gás<br />

compatível com Euro 6, que oferece eficiência<br />

e desempenho de combustível comparáveis<br />

aos dos camiões a diesel equivalentes da Volvo,<br />

mas com um impacto climático muito menor. O<br />

motor a gás pode funcionar com biogás, que reduz<br />

o CO2 em até 100%, ou gás natural, que reduz<br />

as emissões de CO2 em até 20%, quando<br />

comparado aos camiões a diesel equivalentes.<br />

Isso refere-se às emissões do veículo durante o<br />

uso, conhecido como tanque para rodar.<br />

Características técnicas<br />

Motores D13K D13K460TC D13K500TC<br />

Norma emissões Euro 6 Euro 6 Euro 6<br />

N.º de cilindros 6 6 6<br />

Cilindrada 12,8 dm³ 12,8 dm³ 12,8 dm³<br />

Curso 158 mm 158 mm 158 mm<br />

Diâmetro 131 mm 131 mm 131 mm<br />

Reg. económico 950-1400 r/min 900–1300 r/min 1000–1400 r/min<br />

Pot. travão escape<br />

200 kW (2300 r/min)<br />

Efeito VEB+<br />

375 kW (2300 r/min)<br />

VEB+ Opção Opção Opção<br />

Filtros de óleo<br />

2 fluxo total, 1 bypass<br />

Vol. mudança óleo 33 L (Inc.F.) 35 L (Inc.F.) 33 L (Inc. F.)<br />

Sist. refrigeração 38 L(VT) 38 L(VT) 39,5 L (VT)<br />

Intervalo de mudança de óleo até 100.000 km ou uma vez por ano com VDS4<br />

Os novos Volvo FM e FMX<br />

gpossuem uma cabine<br />

totalmente nova, bem como<br />

muitas das mesmas funções<br />

e instrumentos que estão<br />

presentes nas restantes<br />

versões<br />

22 Transporte<br />

euro


TEMA DE CAPA<br />

Com pompa e circunstância em Bilbau<br />

MAN mostra<br />

nova geração<br />

24 Transporte<br />

euro


A nova geração<br />

gde<br />

camiões da MAN<br />

não significa apenas<br />

um novo produto<br />

para a marca<br />

alemã. Também é<br />

acompanhado por<br />

extensas inovações<br />

em produção<br />

e vendas<br />

A nova geração de camiões da MAN é herdeira de séries lendárias, como a TGA,<br />

apresentada em 2000, que marcou um marco na construção das “máquinas” alemãs.<br />

Esta nova geração de camiões não apenas combina com os seus antecessores,<br />

mas também traz conforto, segurança, rentabilidade, confiabilidade e serviço<br />

a um novo nível, tudo aliado à conectividade e digitalização.<br />

text0 josé costa (bilbau, espanha)<br />

euro<br />

Transporte<br />

25


Com um espectáculo de “pompa e circunstância”<br />

bastante interessante e agradável<br />

de se ver, a MAN apresentou em Bilbau,<br />

Espanha, a jornalistas e demais convidados<br />

de todo o Mundo, a sua mais recente geração<br />

de camiões, os TGL, TGM, TGS e TGX.<br />

Assentando em quatro pontos base (excelente<br />

ajuste da unidade; grande eficiência e economia;<br />

tempo de actividade optimizado e parceiro<br />

forte), estas novas máquinas do construtor alemão<br />

de veículos pesados foram dotadas de funcionalidades<br />

que em muito vêm contribuir para<br />

a evolução da condução e bem-estar do motorista.<br />

Aliás, os responsáveis pelos vários departamentos<br />

que estiveram empenhados neste<br />

projecto, ouviram mais de 900 profissionais da<br />

condução com o propósito de aquilatar quais as<br />

suas necessidades e o que gostariam de ver num<br />

camião. Como facilmente se poderá verificar, o<br />

camião apresenta muitas das necessidades relatadas<br />

pelos motoristas, sendo agradável de se<br />

conduzir, como tivemos oportunidade de constatar<br />

“in loco” ao volante do potente 640 TGX<br />

pelas vias rápidas, ruas e artérias da cidade de<br />

Bilbau, durante a nossa estada em Espanha.<br />

Com 12 milhões de horas de trabalho no âmbito<br />

do projecto, a nova geração de camiões da MAN<br />

apresenta soluções simples como botões de comando<br />

nas portas para o motorista operar do lado<br />

de fora do camião, até um design bem concebido<br />

mostrando toda a evolução registada.<br />

o condutor é o ponto central<br />

A fim de optimizar o local de trabalho no camião<br />

e de o ajustar para melhor responder às exigências<br />

diárias do condutor, o seu desempenho e a<br />

sua motivação foram colocados em primeiro<br />

plano. Os elementos fundamentais decisivos<br />

para o sucesso económico de uma empresa de<br />

transportes são o empenho e a satisfação dos<br />

26 Transporte<br />

euro


A nova geração<br />

gde camiões<br />

MAN combina<br />

uma excelente<br />

ergonomia,<br />

funcionalidades<br />

únicas e um<br />

design distinto<br />

Máxima eficiência e economia<br />

A gama de motores Euro 6d, que foi<br />

introduzida em 2019, concretiza todo o seu<br />

potencial de eficiência nesta nova geração<br />

de veículos MAN. A interacção perfeita das<br />

unidades, com componentes adicionais<br />

da transmissão e software de redução do<br />

consumo desenvolvidos recentemente,<br />

proporciona à futura série um nível de<br />

eficiência pioneiro. Desta forma, a nova<br />

geração de camiões MAN economiza até oito<br />

por cento de combustível, em comparação<br />

com a versão antecessora Euro 6c, em<br />

aplicações clássicas de transporte de<br />

longo curso, alcançando, assim, uma clara<br />

redução em termos de CO2. A aerodinâmica<br />

melhorada do design do novo veículo<br />

também desempenha um importante papel<br />

nesta redução. Além disso, a MAN oferece<br />

opções adicionais de formação e instrução<br />

direccionadas e orientadas para a prática<br />

com aplicações digitais, a fim de apoiar os<br />

condutores em métodos de condução ainda<br />

mais eficientes.<br />

condutores. É por isso que a nova geração de camiões<br />

MAN estabelece padrões em termos de<br />

facilidade de utilização, ergonomia ideal, funcionamento<br />

mais intuitivo e fiável, ligação em rede<br />

com dispositivos e aplicações digitais e, por último,<br />

mas não menos importante, o espaço ideal<br />

num conceito de armazenamento bem pensado,<br />

secundado pelo conforto perfeito para dormir.<br />

Tudo isto resulta porque a MAN incluiu de<br />

forma consistente a experiência e o feedback<br />

dos condutores e dos empresários ao longo de<br />

todo o processo de desenvolvimento dos seus<br />

camiões.<br />

desenvolvimentos no processo<br />

A nova geração de camiões da MAN não significa<br />

apenas um novo produto para a marca alemã.<br />

Também é acompanhada por extensas inovações<br />

em produção e vendas. Para ter tudo<br />

a postos para a produção em série da nova ge-<br />

euro<br />

Transporte<br />

27


O projecto em números<br />

A introdução da nova geração de camiões MAN é o projecto mais ambicioso da empresa<br />

em 20 anos. Aqui ficam os números aplicados ao projecto.<br />

12 000 000 Horas de trabalho gastas no projecto<br />

4 000 000 Quilómetros de teste conduzidos até ao lançamento no mercado<br />

2 800 000 Linhas de código de software<br />

167 000 Horas de trabalho dedicadas ao design do novo veículo<br />

1 equipa 36 000 funcionários da MAN Truck & Bus<br />

4 séries MAN TGX, TGS, TGM e TGL<br />

22 000 Novos números de itens integrados em todos os departamentos<br />

Até 8%<br />

Menos de consumo de combustível<br />

3000 Cores de cabine disponíveis de série<br />

2100 Funcionários da MAN directamente envolvidos no projecto<br />

8 Tamanhos de cabine disponíveis na nova geração MAN<br />

tais, que fazem do camião uma solução holística<br />

e integrada de transporte.<br />

Portanto, a nova geração de camiões da MAN<br />

oferece tudo o que os clientes e motoristas valorizam<br />

e esperam destes novos modelos que<br />

combinam virtudes credenciadas com inovações<br />

absolutamente pioneiras, a fim de libertar<br />

carga e facilitar o trabalho diário para o<br />

transporte, apesar da crescente complexidade<br />

das condições da estrutura. Para esse fim, a<br />

MAN focou-se em quatro aspectos centrais: o<br />

motorista no seu local de trabalho; a eficiência<br />

ração e para poder oferecer ao mesmo tempo<br />

os modelos actuais aos seus clientes, durante<br />

a fase de transição até o final do presente ano,<br />

a MAN investiu, por exemplo, apenas em Munique,<br />

qualquer coisa como 100 milhões de euros.<br />

Todos os dias são produzidas até 500 cabines<br />

da ampla gama da nova geração e da actual série<br />

TG. Os requisitos em todas as áreas do sector<br />

de transporte são hoje mais diversificados e<br />

complexos do que nunca e as previsões futuras<br />

sugerem que a transformação fundamental do<br />

sector está a progredir a toda velocidade.<br />

Daí que esta nova geração de camiões apresente<br />

um novo sistema de consulta e oferta,<br />

totalmente orientado para as necessidades do<br />

cliente. Este segue uma lógica de produto que<br />

é orientada consistentemente para o segmento<br />

de aplicação. Isto permite que um novo MAN<br />

TGX, TGS, TGM ou TGL seja configurado para<br />

que se adapte exactamente à tarefa de transporte<br />

ou segmento, utilizando opções de configuração<br />

totalmente ajustáveis e flexíveis. Isto<br />

inclui os serviços coordenados individualmente<br />

de manutenção, financiamento e serviços digido<br />

veículo e sua disponibilidade confiável, além<br />

de uma colaboração estreita e competente com<br />

os clientes.<br />

Estes são os novos MAN que vieram simplificar<br />

não só a condução como todo o trabalho inerente<br />

e para o qual foram concebidos: transportar<br />

carga, usando as estradas do Mundo.<br />

28 Transporte<br />

euro


ENSAIO<br />

Mercedes-Benz Actros<br />

Produto de excelência<br />

traduzido em camião<br />

Não foi por uma razão qualquer que jornalistas especializados em veículos comerciais pesados<br />

de 24 países europeus votaram a favor do Mercedes-Benz Actros, coroando-o com o título<br />

de “International Truck of the Year 2020”. Design arrojado, qualidade superior dos materiais<br />

utilizados e tecnologia QB, o Actros é um produto de excelência traduzido em camião,<br />

que a marca alemã oferece ao Mundo.<br />

text0 josé costa<br />

A<br />

história de sucesso do camião “International<br />

Truck of the Year 2020” da construtora<br />

de veículos alemã, começou em<br />

1997 quando o primeiro Actros foi lançado.<br />

Esta geração de veículos e a subsequente,<br />

começou a trazer para a marca germânica vários<br />

prémios. Com um total de nove vitórias, a<br />

Mercedes-Benz Trucks foi a marca mais bemsucedida<br />

na luta pelo galardão de Camião do<br />

Ano 2020. O júri do “International Truck of the<br />

Year” votou, entre outras matérias, com base<br />

em desenvolvimentos tecnológicos e inovadores.<br />

E foi aqui que o Actros “deu cartas” e<br />

arrebatou o título. O camião germânico somou<br />

pontos acima de todo o seu valor intrínseco. A<br />

Eurotransporte quis aquilatar dessa realidade<br />

e foi para a estrada ao volante de um Actros,<br />

testando o seu comportamento e fiabilidade.<br />

Acompanhados pelo formador da Mercedes-<br />

Benz Trucks, José Aguiar, pessoa que mostrou<br />

ser conhecedor da totalidade das funções do<br />

novo Actros,este acabou por ser uma mais-valia<br />

para o ensaio. Na dúvida recorremos a José<br />

Aguiar que nunca abandonou o apoio quer na<br />

explicação quer mesmo na função prática das<br />

tecnologias que o Actros tem para oferecer.<br />

inovações para motoristas<br />

e empresas<br />

A maioria das inovações que constam neste<br />

camião foram desenvolvidas com o objectivo<br />

preciso de proporcionar um avanço palpável<br />

para os motoristas e empresas. O novo Actros<br />

fornece respostas adequadas para temas como<br />

segurança, eficiência e conforto, como ainda<br />

uma infinidade de novos recursos, incluindo<br />

o Cockpit Multimédia, MirrorCam (em vez de<br />

espelhos exteriores), condução parcialmente<br />

30 Transporte<br />

euro


euro<br />

Transporte<br />

31


ENSAIO<br />

automatizada com Active Drive Assist ou sistemas<br />

de segurança avançados adicionais, como<br />

a quinta geração Active Brake Assist, e o<br />

Sideguard Assist bastante melhorado.<br />

Além disso, esta verdadeira máquina para<br />

percorrer quilómetros, apresenta a funcionalidade<br />

alargada do forward-looking Predictive<br />

Powertrain Control (PPC), que recebeu por<br />

parte da imprensa mundial vários elogios. Este<br />

sistema é verdadeiramente impressionante.<br />

Testado por nós a caminho de Pegões, deixounos<br />

perfeitamente fãs. Contudo, o mesmo depende<br />

da cartografia das estradas, assim como<br />

da marcação do seu piso. Estradas mal<br />

cartografadas ou marcadas, confundem o sistema<br />

contribuindo para que o mesmo deixe<br />

de cumprir com a sua função. Por diversas vezes,<br />

e sempre com o “cruise control” activado,<br />

este sistema conduziu-nos na perfeição<br />

avisando-nos, sistematicamente, através de<br />

informação no painel digital frontal, quando<br />

32 Transporte<br />

euro<br />

deveríamos colocar as mãos no volante. Para<br />

continuar com o sistema operacional, basta<br />

agarrar com as mãos no volante por segundos<br />

e retirá-las de novo para o sistema continuar<br />

a manter o veículo dentro da faixa de rodagem<br />

numa condução autónoma. Também na<br />

abordagem de rotundas, o PPC deu-nos indicações<br />

da distância a que estamos da mesma<br />

e como a deveríamos abordar, nomeadamente<br />

quanto à velocidade de execução. Também<br />

a informação da velocidade e distância dos<br />

veículos que seguem na frente é constante,<br />

sendo que o Actros trava ou acelera conforme<br />

o comportamento do veículo à sua frente.<br />

Chega mesmo a imobilizar-se por completo<br />

se for necessário. Com 17 variantes de cabina<br />

em duas larguras, cinco formatos de tejadilho<br />

(CompactSpace, ClassicSpace, StreamSpace,<br />

BigSpace e GigaSpace) e três variantes de túnel<br />

do motor (320 mm, 170 mm e piso plano), o<br />

Actros apresenta, também aqui, a cabina ideal<br />

para praticamente tudo o que se exija em termos<br />

de espaço, equipamento e conforto.<br />

cockpit MULTIMÉDIA digital<br />

Igualmente por nós verificado aquando do recente<br />

ensaio que a Eurotransporte levou a cabo<br />

ao volante do Actros, foi o cockpit multimédia<br />

completamente digital que substituiu o<br />

cluster de instrumentos convencionais no modelo,<br />

tornando-o num camião altamente moderno<br />

ao mesmo tempo que encurta o caminho<br />

para se chegar à condução automatizada.<br />

Com dois painéis digitais (um frontal e um segundo<br />

lateral, do lado direito do volante), todos<br />

os instrumentos e botões estão ao alcance<br />

do motorista, que apenas tem de verificar<br />

os parâmetros para que a condução que está<br />

a efectuar seja a mais segura possível.<br />

Qualquer alteração à condução seleccionada,<br />

o painel emana a informação para que a mesma<br />

seja corrigida ou mesmo anulada.


mirrorCam no lugar<br />

dos espelhos<br />

Mas a grande novidade deste camião surge no<br />

lugar dos espelhos retrovisores exteriores tradicionais.<br />

O novo Actros trocou-os pelo inovador<br />

sistema MirrorCam de aerodinâmica sofisticada<br />

que oferece uma visibilidade melhorada<br />

para a retaguarda e zona dos pilares.<br />

Este sistema (MirrorCam), proporciona ainda<br />

uma maior segurança nas manobras, tal como<br />

nas mudanças de direcção e de faixa de rodagem,<br />

nomeadamente pela alternância da imagem<br />

da câmara.<br />

Um reparo temos a fazer. Este sistema necessita<br />

de adaptação por parte de quem conduz o<br />

veículo. Se rapidamente nos entrosamos com<br />

o ecrã do lado esquerdo (condutor), já o mesmo<br />

não podemos dizer quanto ao da direita,<br />

pois foi-nos mais difícil controlar o camião<br />

por este ecrã que substitui o tradicional espelho<br />

retrovisor. Mesmo assim, e perante a in-<br />

NOVIDADES<br />

Faróis bi-xénon - Os médios e os máximos beneficiam da eficiência luminosa particularmente<br />

elevada dos faróis bi-xénon que consomem menos energia.<br />

Travão de estacionamento electrónico - A activação deste travão é automática ao desligar o<br />

motor podendo, contudo, também ligar-se e desligar-se no cockpit.<br />

Integração de câmara - A pré-instalação de câmara, disponível de fábrica como opção, permite<br />

a montagem rápida e simples de um total de quatro câmaras analógicas.<br />

Luzes traseiras LED - As novas luzes traseiras em LED, disponíveis como opção, transmitem um<br />

sinal inequívoco. Nomeadamente a função das luzes indicadoras de mudança de direcção.<br />

Assistente de sinais de trânsito - O novo sistema de assistência ao condutor reconhece sinais<br />

de trânsito específicos em tempo real e exibe os dois mais importantes no painel de instrumentos.<br />

Além disso, avisa o condutor óptica e acusticamente, quando este entra em contramão numa via<br />

de sentido único.<br />

Aerodinâmica aperfeiçoada - A Mercedes-Benz voltou a melhorar a aerodinâmica do Actros<br />

para uma resistência ao ar extremamente baixa permitindo um consumo ainda mais baixo.<br />

Luzes diurnas em LED - As luzes diurnas em LED, em combinação com os faróis típicos do<br />

Actros e uma cabina L, contribuem para uma maior segurança.<br />

euro<br />

Transporte<br />

33


ENSAIO<br />

formação que o próprio sistema nos oferecer<br />

através dos dois ecrãs e depois de totalmente<br />

entrosados com o sistema, a condução tornou-se<br />

mais segura.<br />

pronto para redefinir padrões<br />

O Actros é um camião que cumpre melhor que<br />

nunca as exigências sempre crescentes do<br />

transporte de longo curso e de distribuição de<br />

cargas pesadas, ambas com eficiência aumentada.<br />

Com um conforto único e com uma fiabilidade<br />

exemplar, o Actros oferece, também, o<br />

Active Brake Assist.<br />

A quinta geração deste sistema faz agora parte<br />

do equipamento de série e apoia o condutor<br />

na medida em que pode efectuar, em determinadas<br />

circunstâncias, travagens a fundo perante<br />

objectos imóveis ou em movimento. Assim<br />

que nos foi explicada a funcionalidade do<br />

sistema, não havia outra forma senão testálo.<br />

Em circuito fechado (parque de estacionamento<br />

para camiões) efectuámos uma travagem<br />

agressiva à qual o camião respondeu de<br />

forma bastante positiva.<br />

Em certas situações e até uma velocidade de<br />

50 km/h, podem efectuar-se, também, travagens<br />

parciais ou a fundo, podendo assim mitigar<br />

as consequências de um acidente ou evitálo<br />

na totalidade.<br />

Outro dos pormenores que nos chamou à<br />

atenção, foi o Assistente de Mudança de Direcção,<br />

disponível como opção. Esta funcionalidade<br />

avisa o condutor quando este pretende<br />

mudar de direcção ou de faixa de rodagem, se<br />

o pode fazer em segurança. Ou seja, detecta<br />

objectos estáticos ou em movimento na zona<br />

de alerta, à direita, ou na trajectória do veículo,<br />

e avisa o condutor óptica e acusticamente,<br />

para uma possível situação de perigo.<br />

Este novo sistema de assistência à condução,<br />

ajuda ainda o condutor a manter uma distância<br />

segura para o veículo que circula à sua<br />

frente e a permanecer no meio da sua faixa de<br />

rodagem.<br />

Motores Euro VI mais económicos<br />

Quando se pretende adquirir um camião, são vários os pontos a ter em conta. Todavia, um<br />

denominador comum existe: o consumo de combustível. Nesta matéria quanto menor o consumo,<br />

menores serão os custos globais. Por isso, a Mercedes-Benz Trucks tudo fez para que o novo<br />

Actros pudesse apresentar o mais baixo consumo de série.<br />

Para além da nova gama de motores Euro VI, mais económicos e fiáveis, a marca alemã também<br />

optou por alterar o aspecto aerodinâmico do camião por forma a permitir essa redução do<br />

consumo. No que às motorizações diz respeito, os económicos motores Euro VI estão disponíveis<br />

em quatro classes de cilindrada de 7,7L até ao 15,6L e num total de 18 níveis de potência que<br />

vão desde o OM471 de 175 kW de 238 Cv, até ao OM473 de 460 kW e 625 Cv. Estes motores<br />

destacam-se pelo baixo consumo que em conjunto com os programas de condução, reduzem-no<br />

significativamente. O Actros que testamos, um 15,6L, mostrou um “coração” (OM473) de 625 Cv,<br />

para um binário máximo de 3000 Nm. O sistema de injecção é Common Rail X-Pulse que debita<br />

uma pressão nos injectores de 2700 bar (individual), para um ciclo de 6 cilindros em linha,<br />

com 4 válvulas por cilindro (2+2 admissão e escape).<br />

A juntar ao motor, está a caixa de velocidades automática, com 12 mudanças, e sistema PowerShift<br />

3, que garante a selecção precisa da mudança a usar, tempos de troca curtos, alto conforto na<br />

condução e um nível muito alto de eficiência económica. Os tempos de troca de velocidades<br />

são até 20% mais curtos que no PowerShift 2 e até 50% mais curtos que o<br />

automático Telligent®.<br />

Dados Técnicos dos motores<br />

tecnologia QB<br />

Ainda no campo da tecnologia, o novo Active<br />

Drive Assist do Actros representa uma extensão<br />

das funções do Assistente de Controlo<br />

de Proximidade que, para além da regulação<br />

automática da distância com a função stopand-go,<br />

apoia agora o condutor activamente<br />

na orientação na faixa de rodagem. Para esse<br />

efeito utilizam-se as tecnologias de radar e de<br />

câmara aperfeiçoadas do novo Active Brake<br />

Assist em combinação com a direcção electricamente<br />

assistida e o Assistente de Faixa de<br />

Rodagem.<br />

Outra das preocupações dos engenheiros<br />

responsáveis por este projecto da Mercedes-Benz<br />

Trucks, foi o facto de nem sempre<br />

o reboque ou semireboque, vulgarmente conhecido<br />

entre nós como “galera”, responder de<br />

imediato às travagens de forma segura.<br />

Esta preocupação levou os responsáveis a<br />

desenvolver o Assistente de Controlo de Estabilidade<br />

do Reboque, uma funcionalidade que<br />

vem de série no Actros e que veio aumentar a<br />

segurança da condução, travando preventivamente<br />

o veículo e o reboque ou semirreboque<br />

em situações de condução específicas que<br />

possam ocorrer, estabilizando o conjunto por<br />

completo.<br />

A finalizar, dizer que gostámos de conduzir o<br />

novo Mercedes Actros onde tivemos a oportunidade<br />

de confirmar todos os seus atributos.<br />

Neste texto, não nos referimos propositadamente<br />

às motorizações, uma vez que<br />

optámos por fazê-lo em artigo separado.<br />

Os motores Euro VI têm tecnologia orientada para o futuro, até 460 kW (625CV) e 3000 Nm de binário<br />

máximo.<br />

380 kW; 15,6 l 460 kW; 15,6 l<br />

Designação do motor OM 473 OM 473<br />

Número de cilindros 6 6<br />

Cilindrada (l) 15,6 15,6<br />

Potência máxima às (rpm) 1600 1600<br />

Binário máx. (Nm) 2600 3000<br />

Binário máximo às (rpm) 1100 1100<br />

Euro VI De série De série<br />

Curvas de potência OM 473 15,6 l<br />

Curvas de potência OM 936 7,7 l<br />

Curvas de desempenho OM 470 2.ª Geração 10,7 l<br />

Curvas de desempenho OM 471 2.ª Geração 12,8 l<br />

34 Transporte<br />

euro


Consultório de Segurança<br />

veículos, todos movidos a energias limpas e<br />

naturais.<br />

Imagine que num dia desse ano chegava a casa<br />

ao fim do dia e, ao entrar, o seu sistema de media<br />

digital reconhecia a sua presença e dava-lhe<br />

as boas vindas através de ecrãs colocados nas<br />

paredes das divisões por onde ia passando. Enquanto<br />

estava no quarto a calçar as pantufas<br />

era informado das tarefas realizadas pelo equipamento<br />

de limpeza doméstico autónomo, qual<br />

a ementa proposta para o seu jantar e informatext0<br />

antónio macedo<br />

Imagine um filme de ficção científica daqueles<br />

que nos mostram o futuro com cidades<br />

com arranha-céus gigantes ligados<br />

por pontes aéreas, amplos espaços para<br />

circulação de pessoas que passeiam simplesmente,<br />

que andam às compras, alguns em trotinetas<br />

ou bicicletas eléctricas, em largas ruas<br />

por onde passam devagar carruagens de metro<br />

de superfície e táxis automáticos. Em auto-estradas<br />

construídas sobre viadutos entre<br />

os arranha-céus, cabinas com passageiros, de<br />

diversas cores e tamanhos e pequenos comboios<br />

de mercadorias percorrem o espaço aéreo<br />

com velocidade, todos equidistantes em filas<br />

organizadas.<br />

Nesse futuro, não muito longínquo, no ano<br />

2060, porque nestas coisas de ficção científica<br />

normalmente usam-se datas alcançáveis,<br />

ainda no prazo da esperança de vida de muitos<br />

dos espectadores, dizia eu que já circularão<br />

por todo o lado viaturas totalmente autónomas<br />

em estradas que comunicam com os<br />

36 Transporte<br />

euro


va-o das principais notícias do dia: “segundo a<br />

Autoridade Nacional da Mobilidade, cumpriu-<br />

-se hoje o 1º mês sem acidentes rodoviários<br />

mortais em todos os modos de mobilidade do<br />

país!”<br />

Voltemos ao presente e suponha que essa notícia<br />

era de 2020, tal como esta crise pandémica<br />

que está a parar o mundo, parece retirada<br />

de um livro de ficção científica. Será de esperar<br />

que, quando daqui a uns meses analisarmos<br />

os resultados dos relatórios da PSP e da GNR<br />

relativos às últimas semanas, provavelmente<br />

possamos ter atingido esse objetivo de “zero<br />

mortes” nas estradas portuguesas, o que seria<br />

um feito na sinistralidade rodoviária em toda a<br />

história moderna dos últimos 60 anos.<br />

Se tal ocorrer, e assim esperamos, as causas<br />

desta vez serão por mais evidentes, pois quase<br />

não circulam veículos na maioria das nossas<br />

cidades nas últimas semanas, o tráfego diário<br />

nas estradas e auto-estradas é claramente o<br />

equivalente ao de uma vulgar manhã de domingo<br />

de inverno. Não há horas de ponta. Não há na<br />

rua crianças ou idosos que possam tornar-se vítimas<br />

de atropelamento. Os carros, na sua generalidade,<br />

circulam devagar, sem pressa. Não<br />

há filas nem atrasos, não há crianças para levar<br />

à escola, não há reuniões marcadas, não se sai<br />

de casa atrasado para nada. Não se sai de casa,<br />

ponto!<br />

Mas esta aparente calma no trânsito não se<br />

traduz, infelizmente, em “zero” acidentes. Algumas<br />

pessoas com quem tenho falado têm-me<br />

dito que continua a haver diariamente acidentes<br />

no IC19, na A2, na A1, etc., isto para mencionar<br />

apenas a zona de Lisboa. Menos trânsito,<br />

menor controlo policial, significa mais velocidade,<br />

maior risco de acidente, mesmo que apenas<br />

com danos materiais.<br />

Claro que não conhecemos ainda as consequências<br />

desses acidentes, mas poderemos provavelmente<br />

atingir agora as “zero mortes” nas estradas<br />

portuguesas. É o paradoxo desta guerra<br />

da humanidade contra a natureza em que a Covid19<br />

também pode indirectamente salvar.<br />

Março 2020<br />

euro<br />

Transporte<br />

37


SERVIÇOS<br />

www.parts-specialists.com<br />

A Diesel Technic, líder mundial em peças de reposição<br />

alternativas para veículos comerciais, com as suas duas<br />

marcas DT Spare Parts e SIEGEL Automotive, valorizou os seus<br />

especialistas em peças com o lançamento de um novo site onde<br />

esses mestres da mecânica estão presentes e oferecem todos<br />

os seus serviços voltados para os profissionais de oficinas e<br />

frotas de veículos comerciais.<br />

text0 josé costa<br />

a<br />

Diesel Technic, através do seu novo site,<br />

permite que os clientes possam aceder à<br />

compilação dos vídeos clássicos, onde os<br />

especialistas em peças explicam como<br />

reparar falhas e substituir peças usando a ampla<br />

gama de produtos da marca alemã DT Spare<br />

Parts. Com o humor alemão que os caracteriza,<br />

os especialistas dão dicas e conselhos para facilitar<br />

as tarefas habitualmente apresentadas em<br />

workshops.<br />

Os vídeos também mostram como obter as muitas<br />

instruções de montagem, assim como aceder<br />

e usar o maior portal de pesquisa gratuito<br />

de peças de reposição para camiões, semi-reboques<br />

e vans: o Diesel Technic Partner Portal.<br />

38 Transporte<br />

euro


A Diesel Technic está ciente de que<br />

uma boa formação profissional<br />

gé essencial para o êxito<br />

No endereço da internet - https://partnerportal.<br />

dieseltechnic.com/ - os profissionais podem encontrar<br />

mais de 10 milhões de referências cruzadas<br />

para poder identificar rapidamente as peças<br />

necessárias entre as mais de 41.000 que são comercializadas<br />

através dos vários distribuidores.<br />

A grande novidade da web é que ela possui um<br />

painel de ajuda - HelpDesk - onde os mecânicos<br />

podem obter suporte imediato se tiverem dúvidas<br />

ou problemas. Para agilizar e personalizar a<br />

resposta, os especialistas em peças têm agora<br />

o suporte internacional dos vários escritórios<br />

do Grupo Diesel Technic, em todo o mundo.<br />

Jesús Pintado, especialista em qualidade da subsidiária<br />

ibérica, é o responsável por responder<br />

às solicitações dos profissionais das oficinas e<br />

frotas de transportes de Espanha e Portugal.<br />

“O Helpdesk serve principalmente para trocar<br />

experiências técnicas sobre os nossos produtos<br />

e em casos muito particulares. A maioria das<br />

dúvidas que existiam já foram respondidas pela<br />

secção de Perguntas Frequentes (FAQ), com a<br />

maioria dos incidentes resolvidos até o momento<br />

pelos nossos distribuidores. Esta ferramenta<br />

será um acréscimo ao excelente serviço que já<br />

oferecemos”, referiu este técnico. A Diesel Technic<br />

está ciente de que uma boa formação profissional<br />

é essencial para o êxito.<br />

Com isso, evitam-se falhas, economiza-se tempo<br />

e custos e aumenta-se a oferta de serviços<br />

das oficinas ao cliente final. Por esse motivo, o<br />

fornecedor alemão de peças auto oferece sessões<br />

específicas de formação a mecânicos de<br />

frota, que permitem expandir os conhecimentos<br />

e aproveitar ao máximo a ampla gama das<br />

marcas de peças de reposição DT e SIEGEL Au-<br />

tomotive. No conteúdo destas formações é dado<br />

grande ênfase ao conhecimento de todas as<br />

possibilidades oferecidas pela linha completa<br />

disponível, como por exemplo, a divisão de produtos<br />

para “vans”, uma vez que representa uma<br />

excelente oportunidade para expandir os negócios<br />

das oficinas. Os interessados podem conhecer<br />

os cursos disponíveis e enviar as suas inscrições<br />

através do novo site. Estas sessões são<br />

coordenadas com os revendedores locais de<br />

peças de reposição.<br />

Por fim, o microsite também convida os profissionais<br />

do sector a participar nos eventos e feiras<br />

do grupo alemão, especialmente na comunidade<br />

internacional de especialistas de peças.<br />

Graças ao seu programa de fidelidade para oficinas,<br />

a Premium Shop - para a qual milhares<br />

de mecânicos de todo o mundo se inscreveram<br />

em apenas um ano -, proporciona<br />

prémios e viagens de todos os tipos aos<br />

participantes. Para ganhar um dos prémios,<br />

o profissional apenas precisa de<br />

se registar e assinar a newsletter em<br />

www.premiumshop.dt-spareparts.<br />

com e escolher o prémio.<br />

euro<br />

Transporte<br />

39


Tecnologias de Informação<br />

“Never waste a good crisis” é uma frase habitualmente atribuída<br />

a Winston Churchill (apesar de não haver confirmação de ele<br />

alguma vez a ter dito) e que se adequa tanto aos tempos de<br />

guerra como aos que estamos a atravessar agora.<br />

text0 filipe carvalho<br />

Acrise da COVID-19 é aguda em muitas<br />

vertentes, incluindo a da logística, mas<br />

como todas as crises tem um princípio,<br />

um meio e um fim. Talvez algumas coisas<br />

nunca mais venham a ser como eram anteriormente,<br />

mas aquela realidade estável que<br />

conhecemos como normalidade regressará.<br />

Entre o caos e a desordem que abalam agora<br />

a sociedade e as organizações, entre despedimentos<br />

e encerramentos, algumas empresas<br />

desaparecerão e outras demonstrarão a sua<br />

resiliência. Irão adaptar-se a novas realidades<br />

e mesmo prosperar.<br />

Os tempos de crise e perturbação abalam o<br />

mercado mas também geram oportunidades,<br />

pelo que há que procurar as pepitas de ouro no<br />

meio dos escombros. As acções das equipas<br />

de gestão agora, no meio desta crise, determinarão<br />

significativamente o seu destino.<br />

ESTÁ A LIDERAR OU A GERIR<br />

NESTA CRISE?<br />

A complexidade e a mudança inerentes à crise<br />

exigem que os executivos liderem e sejam<br />

gestores efectivos.<br />

Gerir em tempo de crise implica resolver as<br />

necessidades urgentes do presente, tomar<br />

decisões no imediato e gerir recursos num ritmo<br />

rápido com acções decisivas. Liderar, por<br />

outro lado, envolve orientar as pessoas para o<br />

melhor resultado possível ao longo do período<br />

de tempo que dura a crise e mais além. Implica<br />

40 Transporte<br />

euro<br />

olhar para o que vem a seguir e estar pronto<br />

para o enfrentar. Isto requer ver além do imediato<br />

para antecipar os próximos três ou quatro<br />

obstáculos e não somente o actual.<br />

Este período de isolamento social em que a<br />

actividade económica foi forçada a travar a<br />

fundo é um momento para delegar na equipa<br />

as actividades de gestão do imediato, sempre<br />

sob orientação, e de assumir o pensamento<br />

estratégico de repensar a logística e as novas<br />

formas de negócio que aí vêm. É o momento<br />

de assumir a liderança.<br />

A DISRUPÇÃO DAS CADEIAS<br />

DE ABASTECIMENTO DE UNS...<br />

As cadeias de abastecimento que ligam produtores<br />

e consumidores estão em ruptura<br />

e daí podem surgir várias oportunidades:<br />

1) As limitações de viagem estão a impedir os<br />

fluxos de trabalhadores migrantes entre países.<br />

Espanha esperava em Março 16 mil trabalhadores<br />

provenientes de Marrocos, ao<br />

abrigo de um programa de cooperação entre<br />

os dois países, para trabalhar o campo na área<br />

da fruta e vegetais. Apenas metade conseguiu<br />

passar a fronteira e as limitações impostas.<br />

Outros países, como a Alemanha que depende<br />

de uma força de trabalho sazonal de 286 mil<br />

pessoas, estão a fretar aviões para transportar<br />

trabalhadores.<br />

2) As dificuldades de transporte acrescidas,<br />

a redução de motoristas disponíveis, as restrições<br />

de envio e o transporte aéreo estacio-


nado no chão têm aumentado o custo de expedição<br />

em mais de 300%, como por exemplo<br />

têm reportado os exportadores de sumos e<br />

frutas da África do Sul.<br />

Estes exportadores ajudam a preencher as<br />

prateleiras dos supermercados na Europa, em<br />

Portugal, e no mundo. Por agora os supermercados<br />

têm referido que não há falta de produtos,<br />

mas brevemente devemos assistir a cada<br />

vez mais referências faltarem por longos períodos<br />

de tempo ou mesmo desaparecerem.<br />

Alguns pontos fronteiriços na Europa têm registado<br />

filas de 18 horas para que um veículo<br />

de carga consiga passar, o que não é de estranhar<br />

dada a reposição de controlos fronteiriços,<br />

e por isso no seio da União Europeia<br />

já se pedem corredores verdes para o transporte<br />

de cargas.<br />

3) A declaração generalizada de estados de<br />

emergência tem introduzido ainda mais dificuldades<br />

em sectores onde o trabalho humano<br />

é relevante e fundamental como o sector<br />

primário. Em alguns países os trabalhadores<br />

estão impedidos de sequer aproximarem-se<br />

das quintas e das fábricas de empacotamento<br />

e distribuição. E mesmo que consigam aceder,<br />

9566<br />

Reboques e serviços a partir de um só fornecedor<br />

A missão: Soluções inteligentes para tarefas de transporte complexas. O caminho: Ligar, de<br />

forma inteligente, as informações e oferecer serviços abrangentes – praticamente tão extensos<br />

como o próprio reboque. Com o nosso sistema de telemática TrailerConnect ® e os nossos serviços<br />

Premium personalizados, passará a usufruir exclusivamente de soluções inovadoras para<br />

reboques. www.cargobull.com<br />

euro<br />

Transporte<br />

41


a sua jornada de trabalho é extremamente dificultada<br />

com o distanciamento social imposto.<br />

Os sindicatos em Espanha reportam valores<br />

de absentismo superiores a 50% neste<br />

sector.<br />

4) O tempo de recrutamento de pessoas que<br />

possam trabalhar no sector primário é muito<br />

elevado e isso é crítico quando a fruta apodrece<br />

nas árvores se não for recolhida a tempo,<br />

por exemplo. Muitos milhares de postos<br />

de trabalho sazonais vão ficar sem ser<br />

preenchidos.<br />

A tendência para colmatar a crescente procura<br />

destes produtos face à disrupção da sua<br />

cadeia de abastecimento tem sido cada mercado<br />

olhar para si internamente e tentar ser<br />

auto-suficiente. Por isso, em tempos de escassez,<br />

vários produtores (Suiços, Alemães)<br />

têm referido que os seus produtos serão consumidos<br />

no seu mercado de origem, ou seja,<br />

não consideram mais exportar.<br />

...PODE SER A OPORTUNIDADE<br />

DE OUTROS<br />

Portugal é um dos principais produtores de<br />

fruta na União Europeia de acordo com dados<br />

do Eurostat.<br />

Espanha tem cerca de 40% da área de produção<br />

dos Estados-membros, Itália 17,5%, depois<br />

segue-se a Polónia e finalmente Portugal<br />

com cerca de 7%. Os países que dependem de<br />

mão-de-obra migrante para atingir os níveis<br />

de produção habituais irão revelar dificuldades<br />

em atingir as metas habituais. Por esse<br />

motivo já temos assistido a várias medidas de<br />

mitigação como a referida fretagem de aviões<br />

para transporte de trabalhadores (até quando<br />

isto será viável e a que custos?), mas também<br />

o relaxamento das regras de descanso e condução<br />

nos motoristas de longo curso (em Espanha),<br />

entre outras que vão sendo anunciadas<br />

como alívios circunstanciais de um mal<br />

mais profundo.<br />

Uma proposta mais radical, avançada tanto<br />

em França como na Alemanha, consiste em<br />

mobilizar os trabalhadores de outros sectores<br />

colocados em lay-off para ajudar nos campos<br />

na época das colheitas, colmatando assim<br />

a enorme falta de mão-de-obra que se antevê.<br />

Ficamos a assistir ao que farão o governo e os<br />

produtores exportadores portugueses, igualmente<br />

sujeitos às restrições de isolamento<br />

social mas menos dependentes de mão-deobra<br />

externa.<br />

nOVAS OPORTUNIDADES<br />

NA LOGÍSTICA<br />

Com o lockdown do país os consumidores confinaram-se<br />

ao seu domicílio e encerrou todo o<br />

comércio e serviços. Os pequenos comerciantes<br />

obrigados a fechar portas sentiram a necessidade<br />

de continuar a servir os seus clientes<br />

fazendo-lhes chegar os seus produtos<br />

directamente.<br />

Isto catapultou muitas empresas para uma<br />

realidade de comércio online e entregas ao<br />

domicílio. Mesmo sem preparação prévia de<br />

websites adequados nem logística pensada<br />

para o efeito.<br />

Por outro lado, os consumidores vêem no comércio<br />

online uma boa forma de receberem<br />

em casa os produtos mais necessários sem<br />

terem de se expor aos riscos da pandemia.<br />

Com isto, o e-commerce de distribuição alimentar<br />

tem esgotado a sua capacidade e projectado<br />

qualquer prazo de entrega para mais<br />

de três semanas, abrindo espaço aos comerciantes<br />

recém-chegados para absorver alguns<br />

desses consumidores.<br />

O modelo de compra em lojas individuais, por<br />

42 Transporte<br />

euro


exemplo da panificadora, do bacalhau, do talho,<br />

implica uma entrega ao domicílio somente<br />

nas imediações da loja, eventualmente abrangendo<br />

uma região metropolitana, mas dificilmente<br />

cobrindo todo o território nacional.<br />

Estes novos comerciantes online também<br />

apresentam modelos difusos de entregas e<br />

custos associados. Tanto podem ir da entrega<br />

grátis porque a área da abrangência está confinada<br />

à vizinhança e são entregues pelo próprio,<br />

como podem ir mais longe também com<br />

entrega grátis mas com o seu custo dissimulado<br />

num incremento dos preços dos produtos,<br />

ou ainda apresentarem uma taxa de entrega<br />

fixa para uma distribuição mais abrangente.<br />

Da perspectiva do consumidor há duas inconveniências<br />

em recorrer mais sistematicamente<br />

a estes comerciantes online isolados:<br />

1) Enquanto consumidor é desagradável encomendar<br />

o pão aqui, o bacalhau acolá, o<br />

papel-higiénico ainda noutra loja online e<br />

mais dois ou três produtos e no final receber<br />

5 entregas durante o dia. Era bem preferível<br />

receber apenas uma visita com tudo.<br />

2) Enquanto consumidor é caro fazer várias<br />

encomendas online porque em média a taxa<br />

O modelo de compra em lojas<br />

gindividuais, por exemplo<br />

da panificadora, do bacalhau,<br />

do talho, implica uma<br />

entrega ao domicílio somente<br />

nas imediações da loja,<br />

eventualmente abrangendo<br />

uma região metropolitana<br />

de entrega são 5 Euros e se multiplicarmos<br />

esse valor pelas cinco encomendas realizadas<br />

saltamos para 25 Euros de custo num<br />

dia de compras online, o que é manifestamente<br />

excessivo.<br />

Estes obstáculos à massificação do comércio<br />

online dos pequenos lojistas constituem na<br />

realidade uma oportunidade para a criação de<br />

novos modelos de negócio.<br />

Os obstáculos podem ser ambos ultrapassados<br />

se forem combinadas numa só entrega todas<br />

as encomendas colocadas aos vários comerciantes<br />

por um mesmo consumidor.<br />

Este paradigma implica um modelo de negócio<br />

que agregue os canais de expedição dos<br />

comerciantes num planeamento de rotas unificado<br />

entre todos, o que por si só pode implicar<br />

a criação de novos modelos de negócio ou<br />

cooperação entre concorrentes.<br />

Todas as crises geram dificuldades e oportunidades.<br />

Baralham e voltam a dar.<br />

Compete agora aos líderes empreendedores<br />

conceber modelos de negócio que dêem resposta<br />

às novas necessidades do mercado e<br />

dos consumidores.<br />

euro<br />

Transporte<br />

43


EMPILHADORES<br />

Optimizado,<br />

mais limpo e Lean<br />

O novo e optimizado Tonero foi projectado para<br />

produtividade e eficiência com foco no meio ambiente,<br />

superando os mais recentes regulamentos europeus<br />

do Stage V. O Tonero Stage V inclui os motores<br />

industriais mais Lean da Toyota.<br />

text0 josé costa<br />

Com novos motores industriais, o Tonero<br />

Stage V, da Toyota apresenta-se mais optimizado,<br />

com melhor desempenho e facilidade<br />

de condução. O novo modelo de<br />

empilhador nipónico permite ainda, um menor<br />

consumo de combustível, menos manutenção e<br />

operações mais limpas, seja na sua versão a diesel<br />

ou GLP.<br />

A Toyota continua a esforçar-se para desenvolver<br />

empilhadores contrabalançados de combustão<br />

interna cada vez mais eficientes, com níveis<br />

de emissão mais baixos, para além de minimizar<br />

o custo total de propriedade. Os novos modelos<br />

Tonero incluem muitos inovadores recursos e<br />

melhorias que atendem aos requisitos dos clientes<br />

em termos de qualidade, manobrabilidade e<br />

segurança.<br />

Também no que ao design diz respeito, o novo<br />

empilhador de contrapeso foi aprimorado para<br />

facilitar o acesso para manutenção, aumentando<br />

a produtividade e resultando em economia de<br />

tempo inteligente.<br />

Também alvo de alterações, o novo painel de comandos<br />

ficou mais intuitivo e fácil de usar, graças<br />

a todos os controlos serem integrados num só lugar,<br />

garantindo maior produtividade e eficiência.<br />

As novas luzes LED Toyota melhoram a visibilidade<br />

dos operadores, para um manuseamento mais<br />

seguro, além de serem extremamente eficientes<br />

em termos energéticos, reduzirem custos de manutenção<br />

e aumentarem a disponibilidade operacional<br />

e a produtividade.<br />

Relativamente ao motor 1ZS da Toyota, ultra limpo<br />

e de baixo consumo de combustível, construído<br />

internamente, agora inclui um filtro de partículas<br />

de diesel (DPF) para operações mais limpas de<br />

manuseamento de materiais.<br />

44 Transporte<br />

euro


PRODUTO<br />

A empresa alemã com 111 anos disponibiliza a esteira têxtil<br />

ultra-absorvente com sistema de reutilização. A MEWA entrega<br />

as esteiras, recolhe-as para lavagem e manutenção<br />

e devolve-as atempadamente. Isto é eficiente e sustentável.<br />

Já encontrou a aliada certa para realizar<br />

trabalhos de reparação e de manutenção<br />

na sua fábrica? Já tem uma solução que<br />

proteja as máquinas, o local de trabalho<br />

e o chão de forma eficaz contra sujidade<br />

e líquidos perigosos? Uma opção que se arrume<br />

em pouco espaço, possa ser utilizada inúmeras<br />

vezes e, na hora de substituir, não lhe dê<br />

quaisquer preocupações. Ela existe e chamase<br />

Multitex, uma esteira de retenção de óleo<br />

da MEWA. Esta esteira permite realizar os trabalhos<br />

de reparação e de manutenção de forma<br />

mais rápida, mais limpa, mais segura e mais<br />

confortável.<br />

A esteira de retenção de óleo Multitex de tecido<br />

tem formato de toalha, arruma-se em<br />

pouco espaço, é fácil de transportar, flexível na<br />

utilização e a sua lavagem é feita pela MEWA.<br />

A repetida reutilização da esteira de 60x90cm<br />

está garantida, já que é extremamente absorvente.<br />

A superfície transporta o líquido imediatamente<br />

para o interior, onde um não-tecido<br />

especial o distribui uniformemente e o armazena<br />

durante muito tempo. Assim, a superfície<br />

da esteira fica praticamente seca. As esteiras<br />

usadas são depois colocadas no SaCon - o contentor<br />

de segurança sobre rodas -, com fecho<br />

hermético que guarda as esteiras utilizadas<br />

de forma segura e em pouco espaço. A MEWA<br />

trata do transporte, da lavagem e manutenção<br />

ecológicas, bem como da sua devolução.<br />

Quanto às vantagens das esteiras de absorção<br />

Multitex, elas são:<br />

• Ultra-absorventes e flexíveis na utilização;<br />

• Proporcionam maior segurança no local<br />

de trabalho;<br />

• Arrumam-se em pouco espaço;<br />

• Incluem um serviço completo de fornecimento,<br />

recolha, lavagem e devolução;<br />

São amigas do ambiente.<br />

euro<br />

Transporte 45


Crónica<br />

E agora? Ambiente<br />

ou empregos?<br />

text0 bruno oliveira<br />

ceo ford truck<br />

Como ficam as multas definidas aos<br />

construtores de automóveis na<br />

União Europeia (UE) em relação à<br />

emissão de CO2?<br />

De acordo com um estudo da PA Consulting,<br />

publicado em Janeiro deste ano, devido<br />

às emissões de CO2 provocadas pelos<br />

novos veículos, todas os fabricantes têm<br />

multas elevadíssimas aos seus encargos.<br />

Na globalidade, estão previstas penalizações<br />

na ordem dos 14,655 milhões de<br />

euros.<br />

Por outro lado, o impacto social, provocado<br />

pela chegada inesperada do coronavírus/COVID-19,<br />

devido à paralisação<br />

de fábricas estima afectar directamente<br />

1.110.107 europeus que trabalham no fabrico<br />

de automóveis, colocando em causa 2,6<br />

milhões de empregos directos e indirectos<br />

na globalidade da indústria automóvel.<br />

De acordo com a ACEA (Associação Europeia<br />

de Fabricantes Automóveis), o impacto nos empregos<br />

de todos os países no conjunto da União<br />

Europeia e do Reino Unido vai ser brutal e terá a<br />

seguinte distribuição (figura 1).<br />

E agora?<br />

Será que a EU vai continuar de forma “cega” e incongruente<br />

na política de controlo de emissões<br />

de CO2?<br />

Será que o principal inimigo a abater vai continuar<br />

a ser a indústria automóvel? Ou será que a<br />

“crise do coronavírus/COVID-19” vai colocar todos<br />

os “poluidores” no mesmo patamar, e o esforço<br />

passará a ser distribuído pela indústria<br />

dos vários meios de mobilidade, onde estão incluídos<br />

o marítimo e o aéreo?<br />

Diariamente, os fabricantes começam a divulgar<br />

os prejuízos provocados pelo encerramento das<br />

fábricas e pela queda a pique das vendas, e são<br />

inimagináveis. O maior fabricante do mundo, a<br />

VW, lançou recentemente “cá para fora” um número<br />

assustador. Afirma estar a perder 2.000<br />

milhões de euros por semana.<br />

A China já começou a desenhar estratégias na<br />

adopção de medidas a implementar para dar espaço<br />

aos fabricantes de forma a conseguirem<br />

iniciar a sua recuperação no pós coronavírus/<br />

COVID-19. Entre as quais se insere o “alívio” tem-<br />

46 Transporte<br />

euro<br />

porário das quotas referentes aos veículos eléctricos<br />

ou electrificados. Na minha óptica, com ou<br />

sem a crise do coronavírus/COVID-19, devemos<br />

caminhar e preparar o caminho para a descarbonização.<br />

Mas, esse caminho, deve ser preparado<br />

de forma justa, consistente e abrangente. Ou seja,<br />

todo o processo deve ser envolvido da mesma<br />

forma desde a “fonte à roda”.<br />

Não faz sentido apostarmos tudo, a qualquer<br />

preço, nos “carrinhos a pilhas” enquanto, paralelamente,<br />

alguns países reactivam centrais eléctricas<br />

a carvão.<br />

Por exemplo, um estudo recente, da Emission<br />

Analytics, apresentou uma nova conclusão,<br />

contrária à maioria de todos os outros estudos<br />

existentes. Concluiu que não são os motores de<br />

combustão as maiores fontes de poluição no<br />

processo da mobilidade, mas sim a utilização<br />

dos pneus. Estes podem poluir 1000 vezes mais<br />

que os motores a gasóleo.<br />

Espero que esta crise desafie algumas “convenções”,<br />

que conduzam os organismos decisores<br />

a espevitar no que à área da indústria diz<br />

respeito, acabando com as incongruências da<br />

informação que é fornecida aos consumidores.<br />

É importante que as leis sejam actualizadas, de<br />

forma a que a única componente de controlo sobre<br />

emissões não sejam os gases emitidos pelos<br />

motores de combustão. Para além da<br />

contínua evolução na eficiência dos veículos,<br />

a regulamentação deve deixar de estar<br />

desactualizada e evoluir conjuntamente<br />

para que o processo global da mobilidade<br />

(well-to-wheel) possa acontecer de forma<br />

justa e realista. A partilha de responsabilidades,<br />

por exemplo, deve ser legislada para<br />

que se encontrem caminhos de combate às<br />

emissões. Pegando na conclusão do estudo<br />

que referi, deve ser regulamentada a libertação<br />

de partículas dos pneus. Por outro lado,<br />

a indústria automóvel tem de encontrar<br />

outras maneiras de combater as emissões,<br />

que poderão passar pela redução do peso<br />

dos veículos. Devem ser criadas medidas de<br />

curto prazo, para o imediato! As novas tecnologias,<br />

tanto de electrificação como dos<br />

combustíveis neutros em carbono, têm um<br />

custo elevado e permanecerão assim no<br />

futuro próximo. Para garantir que o ritmo de renovação<br />

das frotas não diminui e, de forma a ajudar<br />

a retoma da indústria, tentando minimizar o<br />

impacto económico e social, devem ser criados<br />

mecanismos de incentivos consistentes para os<br />

novos veículos automóveis com motorizações a<br />

combustão, quer sejam comerciais, pesados de<br />

mercadorias ou de passageiros e, em simultâneo<br />

reactivarem os programas de abate aos veículos<br />

antigos, esses sim poluidores!<br />

Estas medidas de curto prazo iriam:<br />

• Provocar a renovação mais rápida da frota em<br />

todos os segmentos de veículos, acelerando<br />

a adopção de novas tecnologias ambientais<br />

(>=Euro 6d);<br />

• Garantir que o transporte de baixas emissões<br />

seja viável para as empresas, tornando-se a melhor<br />

opção, apesar do custo total de aquisição<br />

ser mais alto;<br />

• Acelerar a retoma da indústria automóvel;<br />

• Diminuir de forma drástica e imediata as emissões<br />

de CO2 provadas pela circulação de veículos<br />

com tecnologias desactualizadas.<br />

Vamos aguardar pelas próximas medidas ambientais<br />

e sociais, na esfera da indústria automóvel.<br />

Protejam-se!


LIGEIROS<br />

O eleito<br />

NOVO<br />

RENAULT ZOE<br />

dos portugueses<br />

Apenas algumas semanas depois de chegar ao mercado, o novo<br />

ZOE já é o “eléctrico” preferido dos portugueses. Em Janeiro o<br />

modelo da Renault foi o automóvel zero emissões mais vendido<br />

no País, num segmento que registou um crescimento na ordem<br />

dos 35 por cento em relação ao período homólogo de 2019.<br />

text0 josé costa<br />

os argumentos do novo Renault ZOE parecem<br />

ter conquistado os portugueses<br />

tornando inquestionável a sua referência<br />

entre os automóveis eléctricos<br />

acessíveis. Competitivo no preço (a partir de<br />

23.690€), uma das maiores autonomias do<br />

mercado (quase 400 quilómetros WLTP), design<br />

moderno, bem como uma extensa lista de<br />

equipamentos tecnológicos e de segurança,<br />

são factores que fizeram com que os portugueses<br />

o tornassem o veículo eléctrico mais<br />

vendido entre nós. Uma carreira de sucesso<br />

que promete continuar, até por força dos incentivos<br />

preconizados pelo inovador e ambicioso<br />

programa ECO-Plan apresentado recentemente<br />

pela Renault que visa uma mobilidade<br />

mais sustentável para Portugal.<br />

O novo ZOE, comercializado em Portugal desde<br />

finais de Novembro do ano transacto, continua<br />

a prometer consolidar o estatuto de referência<br />

no mercado, uma vez que, só nas<br />

primeiras semanas de comercialização no presente<br />

ano, registou um volume de encomendas<br />

que alcança já metade das vendas totais do<br />

modelo em 2019.<br />

motor R135 (100 kW)<br />

O ZOE que testámos, com o seu motor eléctrico<br />

de 135 cavalos, proporcionou-nos uma experiência<br />

de condução que alia o dinamismo à serenidade<br />

sem ruído nem vibrações, excepção<br />

até aos 30 km onde o veículo emite um sinal de<br />

aviso à circulação de peões.<br />

Para facilitar a condução na cidade ou aquando<br />

de um abrandamento, o ZOE dispõe do modo B<br />

(no selector de engrenagem automático) que,<br />

quando accionado, acentua a desaceleração<br />

do veículo, permitindo-lhe um menor recurso<br />

ao pedal de travão e uma condução descontraída.<br />

Também para garantir a segurança em<br />

Ficha Técnica<br />

MODELO R110 R135<br />

Tipo de Bateria Z.E. 50<br />

Média real<br />

Verão/Inverno 375 (km) /240 (km)<br />

Protocolo de homologação WLTP(1)<br />

Faixa em ciclo<br />

combinado 395(km) 386 (km)<br />

MOTOR<br />

Tecnologia do motor eléctrico<br />

Sincronizado com bobine de rotor<br />

Potência 80 (108) 100 (135)<br />

Binário 225/500 245/1,500<br />

BATERIA<br />

Capacidade útil (kWh) 52<br />

Tecnologia<br />

Lithium-ion<br />

Tensão total<br />

400 (volts)<br />

CAIXA DE VELOCIDADE<br />

Tipo de caixa Engrenagem com<br />

barra de redução de 1 velocidade<br />

qualquer situação, o modelo por nós testado<br />

vem equipado com diversos sistemas de ajuda<br />

à condução que garantem a segurança e facilitam<br />

as manobras.<br />

Tudo isto faz com que o ZOE, em Janeiro último,<br />

tenha registado 230 unidades vendidas,<br />

liderando a tabela de vendas de automóveis<br />

eléctricos em Portugal, num segmento que<br />

registou um crescimento na ordem dos 35%<br />

em relação ao período homólogo de 2019.<br />

Relativamente a custos, o novo ZOE vai desde<br />

os 23.690€ (aluguer de bateria) até aos<br />

31.990€ (compra), para o modelo Z.E 40 R110,<br />

que ainda não está disponível em Portugal.<br />

Para o Z.E. 50 R110 os valores vão desde<br />

25.690€ (aluguer) até 33.990€ (compra). O<br />

mesmo modelo, mas em R135, com duas versões<br />

(Intens e Exclusive), os preços variam<br />

entre os 26.160€ (aluguer) até 34.490€ (compra)<br />

para o Intens, enquanto o Exclusive tem<br />

um preço entre 27.490€ (aluguer de bateria) e<br />

os 35.790€ na compra.<br />

47 Transporte<br />

euro<br />

euro<br />

Transporte 47


ELÉCTRICOS<br />

A Toyota e a Hino estão a desenvolver um novo camião eléctrico<br />

a pilha de combustível (FCEV - Fuel Cell Electric Vehicle)<br />

de hidrogénio. No sentido de revelar um produto final, vão<br />

decorrer ensaios e testes de verificação no Japão.<br />

O modelo Profia, da Hino, é a base daquele que será o novo<br />

camião zero emissões das empresas nipónicas.<br />

text0 josé costa<br />

tors, Ltd. (Hino) anunciaram recentemente<br />

(23 de Março último), que estão a desenvolver<br />

em conjunto este camião eléctrico a pilha<br />

de combustível de hidrogénio, no sentido<br />

de revelar um produto final, após ensaios e<br />

testes de verificação que iniciarão em breve<br />

no Japão.<br />

Ambas as empresas do Oriente, ligadas à<br />

construção de veículos automóveis, estão determinadas<br />

a tomar medidas proactivas para<br />

encontrar soluções para os problemas ambientais<br />

globais. As duas empresas declararam<br />

metas ambiciosas para reduzir as emissões<br />

de Co2 até 2050 e estão a desenvolver<br />

tecnologias de electrificação para uso generalizado<br />

na sociedade. Para obter reduções<br />

adicionais nas emissões de Co2, serão necessárias<br />

grandes melhorias no desempenho<br />

ambiental de veículos pesados, que representam<br />

cerca de 49% do total de emissões dos<br />

veículos comerciais.<br />

Veículos pesados de mercadorias necessitam<br />

de autonomia e capacidade de carga<br />

significativas, bem como um reabastecimento<br />

rápido. Este será o segredo para<br />

se conseguir atingir o modelo ideal de camião<br />

100% eléctrico.<br />

É precisamente aqui que ambas as empresas<br />

nipónicas estão empenhadas para que o seu futuro<br />

camião zero emissões será uma realidade.<br />

Por esse motivo, o veículo seja movido a pilha de<br />

combustível a hidrogénio, uma vez ser considerada<br />

a mais eficaz por possuir uma maior densidade<br />

energética. Em veículos comerciais deve<br />

ser adoptada uma solução que garanta um desempenho<br />

ambiental excepcional e versatilidade<br />

em termos de autonomia, capacidade de carga<br />

e tempo de abastecimento. Daí que o chassis do<br />

camião foi especialmente projectado para uma<br />

autonomia zero emissões, prevista para percorrer,<br />

aproximadamente, 600 quilómetros. A Toyota<br />

Motor Corporation (Toyota) e a Hino Mosolução<br />

ideal<br />

Entretanto, na electrificação de veículos comerciais<br />

pesados, deve ser adoptada uma solução<br />

ideal que garanta desempenho ambiental<br />

excepcional e versatilidade, não só em termos<br />

de autonomia para longas distâncias, mas também<br />

com capacidade de carga e tempo de<br />

abastecimento. Os veículos pesados de mercadorias<br />

são normalmente usados no transporte<br />

rodoviário e, portanto, precisam de autonomia<br />

e capacidade de carga significativas.<br />

Por esse motivo, veículos a pilha de combustível<br />

a hidrogénio são considerados os mais eficazes,<br />

uma vez que possuem uma maior densidade<br />

energética.<br />

hino Profia é a base<br />

O camião a pilha de combustível que serve de<br />

base a este projecto de desenvolvimento conjunto<br />

é o Hino Profia, onde são exploradas ao<br />

máximo as tecnologias desenvolvidas pela Toyota<br />

e pela Hino ao longo dos anos. O chassis<br />

foi especialmente projectado para um veículo<br />

a pilha de combustível com medidas que visam<br />

uma redução de peso do veículo, para garantir<br />

o máximo de capacidade de carga. O novo camião<br />

está equipado com duas pilhas de combustível<br />

Toyota, que foram recentemente desenvolvidas<br />

para a segunda geração do Toyota<br />

Mirai, e inclui tecnologias desenvolvidas pela<br />

Hino para veículos pesados electrificados com<br />

a tecnologia híbrida. Adicionalmente, a autonomia<br />

zero emissões prevista é de aproximadamente<br />

de 600 quilómetros.<br />

A Toyota e a Hino consideram o hidrogénio como<br />

uma importante fonte de energia para o futuro<br />

e trabalharam juntas no desenvolvimento<br />

desta tecnologia. Inovam no sentido de disseminar<br />

veículos a pilha de combustível. Um<br />

exemplo é o autocarro a pilha de combustível<br />

apresentado em 2003 e que tem sido testado<br />

durante mais de quinze anos. Ambas as empresas<br />

irão fortalecer a sua parceria e juntas reafirmam<br />

o seu empenho em acelerar o desenvolvimento<br />

de uma sociedade de hidrogénio.<br />

48 Transporte<br />

euro


euro<br />

+<br />

Transporte<br />

S U P L E M E N T O M A I S<br />

FURGÕES<br />

EléctricosTransporte<br />

49<br />

euro


SUPLEMENTO MAIS<br />

Furgões 100% eléct<br />

50 Transporte<br />

euro


icos em Portugal<br />

trabalho coordenado e elaborado por eduardo carvalho e josé costa<br />

em breve vamos dizer adeus ao barulho<br />

do motor e passar a apreciar a<br />

satisfação de conduzir silenciosamente.<br />

Tudo isto graças aos inovadores<br />

projectos dos departamentos das<br />

marcas fabricantes de automóveis que,<br />

a cada dia que passa, possibilitam-nos um<br />

manuseamento cómodo e prático, durante<br />

a experiência de condução. Conduzir<br />

um veículo eléctrico não é tão diferente<br />

de conduzir um carro de combustão automático,<br />

excepto se ficarmos totalmente<br />

impressionados com o silêncio que é<br />

percebido no interior e pela ausência de<br />

vibrações.<br />

Inicialmente apenas direccionado para<br />

os automóveis ligeiros de passageiros,<br />

as marcas cedo se aperceberam de que o<br />

mercado pedia outras soluções que passam<br />

pelos veículos de transporte de mercadorias.<br />

Inicialmente com pequenos ligeiros<br />

direccionados para este sector de<br />

distribuição, rapidamente se chegou aos<br />

furgões de maior dimensão, estando já a<br />

indústria automóvel a colocar no mercado<br />

mundial veículos eléctricos pesados,<br />

também eles importantes para o contributo<br />

de zero emissões poluentes.<br />

Mas o nosso foco está na classe dos furgões<br />

100% eléctricos e ou electrificados.<br />

Neste segmento, este tipo de veículos ligeiros<br />

comerciais, apesar de representarem<br />

uma pequena fracção da venda<br />

total de veículos em Portugal, viram as<br />

suas vendas duplicarem no último ano.<br />

Para 2022, segundo um relatório recente<br />

da Deloitte, chegarão a um ponto crítico,<br />

onde ter um veículo eléctrico será tão<br />

barato como ter um a combustível, e aí as<br />

vendas aumentarão consideravelmente e<br />

depressa.<br />

Cientes disso mesmo, praticamente todas<br />

as marcas construtoras de veículos<br />

comerciais ligeiros têm lançado no mercado<br />

modelos zero emissões, até porque<br />

vivemos dias conturbados onde poupar e<br />

preservar a natureza são dois dos pontos<br />

importantes para a vida.<br />

No que a custos se refere, particulares<br />

e empresas não levam apenas em conta<br />

o custo total de um veículo. Ou seja, não<br />

apenas o seu preço, mas também equacionam<br />

a diferença entre carregar um automóvel<br />

eléctrico todos os anos e encher<br />

o depósito de gasolina ou gasóleo.<br />

Nessa medida e com o propósito de dar a<br />

conhecer o que existe no mercado nacional<br />

quanto a esta matéria, a Revista Eurotransporte<br />

foi ao encontro das marcas e<br />

apresenta neste “Especial Eléctricos”, o<br />

que de melhor aquelas têm para oferecer<br />

aos seus potenciais clientes.<br />

euro<br />

Transporte<br />

51


SUPLEMENTO MAIS<br />

Citroën avança<br />

com ofensiva eléctrica<br />

A Citröen Jumpy, ainda este ano, e a Berlingo Van, em 2021,<br />

ambos 100% eléctricos, são a aposta da marca francesa,<br />

que avança com a ofensiva eléctrica na gama de veículos<br />

comerciais ligeiros.<br />

Actor principal na história dos veículos comerciais<br />

ligeiros (VCL), a Citroën é, actualmente,<br />

a 6. ª marca mais vendida na Europa.<br />

Para reforçar essa posição, a marca<br />

francesa implementou a estratégia “Inspired by<br />

Pro” através dos produtos (novas gamas Berlingo<br />

Van, Jumpy, Jumper) ou na rede de concessionários<br />

(conceito “La Manufacture”). Até 2025, a<br />

marca lança uma grande ofensiva em electrificação,<br />

tendo por objectivo contar com 100% da<br />

sua gama electrificada. O primeiro passo acontece<br />

este ano com o lançamento do furgão Jumpy,<br />

modelo que beneficiará da inovação do Groupe<br />

PSA em matéria de electrificação, a que se juntará,<br />

em 2021, uma versão Berlingo Van, ambos<br />

100% eléctricos.<br />

Protagonista da transição energética, já presente<br />

em mercados com o Berlingo Electric, com o<br />

próximo lançamento do Jumper Electric, agendado<br />

para breve, a Citroën pretende fortalecer a sua<br />

oferta eléctrica com uma gama completa de furgões<br />

compactos 100% electrificados, até 2021.<br />

Uma oferta que beneficiará os utilizadores profissionais<br />

através de um nível de conforto, custos,<br />

liberdade de acesso aos centros urbanos, capacidade<br />

para garantir entregas “último quilómetro” e<br />

responder ao desenvolvimento das actividades<br />

relacionadas com o e-commerce.<br />

Citroën Jumpy<br />

inicia ofensiva eléctrica<br />

Fiel à assinatura de Marca “Inspired by Pro”, o Citroën<br />

Jumpy, lançado em 2016, vendeu mais de<br />

135.000 unidades. Agora e para proporcionar soluções<br />

concretas para a mobilidade urbana, bem<br />

como em zonas rurais graças a uma autonomia<br />

Citroën Jumpy,<br />

glançado<br />

em<br />

2016, vendeu<br />

mais de 135.000<br />

unidades<br />

que cobre a maior das deslocações, a Citroën irá<br />

completar a sua gama, ainda este ano, com uma<br />

proposta 100% eléctrica do seu furgão compacto.<br />

Sem comprometer as prestações, esta versão<br />

100% eléctrica do Jumpy dirige-se aos clientes<br />

que procuram prazer e serenidade ao volante,<br />

permitindo que cada empresário desenvolva a<br />

sua actividade de forma diferente e positiva, preservando<br />

o meio ambiente.<br />

Com base na plataforma multi-energias EMP2 do<br />

Groupe PSA, esta versão eléctrica do Jumpy será<br />

proposta com 2 níveis de autonomia, permitindo<br />

assegurar as missões diárias da maioria dos profissionais:<br />

o 200 km no ciclo WLTP, com uma bateria<br />

de 50 kWh e o de 300 km, com uma bateria<br />

de 75 kWh. Conforto, ausência de vibrações e<br />

ruídos e grande fluidez de movimentos, é o que o<br />

Jumpy oferece. O binário disponível instantaneamente<br />

e a ausência de passagens de caixa de velocidades<br />

são outros atributos do modelo. Livre<br />

de emissões de CO2, o Jumpy permite a todos<br />

os profissionais estarem mais perto dos clientes,<br />

com o mesmo volume de carga útil das versões<br />

térmicas.<br />

A partir do seu lançamento, que acontecerá ainda<br />

este ano, o Jumpy pretende tornar-se na nova referência<br />

em furgões compactos no mercado dos<br />

veículos eléctricos.<br />

52 Transporte<br />

euro


Mais tecnologia,<br />

eficiência e valor<br />

A aposta da Fiat Profissional é no eDucato, um furgão<br />

totalmente eléctrico que deveria ter sido apresentado no mês<br />

de Abril. A estreia ficou adiada devido à crise mundial<br />

que a Covid-19 impôs.<br />

onovo Ducato, atinge o sucesso na tentativa<br />

de se melhorar, durante um percurso de<br />

evolução que, ao longo de quase quarenta<br />

anos, nunca parou. O excelente desempenho,<br />

preocupação ambiental e grande atenção ao<br />

custo total de propriedade, são factores para melhor<br />

responder às diferentes exigências de cada<br />

missão profissional.<br />

Mas isso não é suficiente para a marca italiana<br />

que já tem disponível para pré-encomenda a versão<br />

totalmente eléctrica do modelo. Esta versão<br />

está a ser antecipada através de projectos-piloto<br />

dedicados a grandes clientes, com os quais será<br />

estabelecida, em parceria, uma experiência para<br />

melhor compreender as necessidades específicas.<br />

O eDucato será o primeiro modelo da Fiat Professional<br />

completamente eléctrico, desenhado e desenvolvido<br />

segundo os mais avançados padrões de<br />

qualidade do Grupo FCA. A Fiat Professional está a<br />

partilhar a sua experiência tecnológica para criar a<br />

versão eléctrica do seu modelo recordista de vendas,<br />

exactamente como em relação ao resto da gama,<br />

tal como “um fato feito por medida” que respeita<br />

as exigências do utilizador profissional, sob<br />

o lema da inovação, da ecologia e do desempenho,<br />

fiel ao conceito do Ducato “mais tecnologia, mais<br />

eficiência, mais valor”, oferecendo aos clientes o<br />

melhor Ducato de sempre.<br />

Ficha Técnica<br />

Potência do Motor: 90kw<br />

Binário máximo: 280Nm<br />

Bateria: 2 tipos de 47Kw e 79Kw<br />

Autonomia: 150km a 250km<br />

Carregador: 2 tipos de 11Kw e 22Kw<br />

Peso bruto: 3500 e 4250 kg<br />

Disponível de: 10 a 17m 3<br />

Capacidade carga: 1.100 a 1.950kg<br />

Versões: Cargo, Chassis Cabina<br />

e em 2021 com 9 lugares<br />

euro<br />

Transporte 53


SUPLEMENTO MAIS<br />

Um ícone<br />

electrificado<br />

A Ford não tem propriamente um veículo comercial ligeiro,<br />

vulgo furgão, totalmente eléctrico. Todavia, a marca<br />

norte-americana entrou na electrificação com o Ford Transit<br />

Plug-in Hybrid (pHEV) que oferece 56 km de autonomia<br />

de condução com zero emissões.<br />

Com a nova e inovadora Transit Custom<br />

Plug-In Hybrid, a Ford torna-se no primeiro<br />

construtor a oferecer tecnologia híbrida<br />

plug-in no segmento de furgões de<br />

uma tonelada, proporcionando uma utilização<br />

zero emissões.<br />

Combinando a capacidade de condução zero<br />

emissões e uma autonomia sem preocupações,<br />

o furgão Transit Custom Plug-In Hybrid, o primeiro<br />

da sua classe, pode ser carregado com<br />

electricidade de rede para uma autonomia de<br />

condução 100% eléctrica de até 56 quilómetros<br />

NEDC, contribuindo para reduzir as emissões<br />

locais e permitindo o acesso ao crescente número<br />

de zonas exclusivas para veículos de emissões<br />

ultra reduzidas, em vigor um pouco por toda<br />

a Europa. Apresentando uma arquitectura<br />

híbrida tecnologicamente avançada, as rodas<br />

dianteiras da Transit Custom Plug-In Hybrid são<br />

animadas exclusivamente por um motor eléctrico<br />

de 92,9 kW alimentado por um bloco de baterias<br />

de iões de lítio de 13,6 kWh. O multipremiado<br />

motor a gasolina Ford EcoBoost 1.0 funciona<br />

como um extensor de autonomia, permitindo<br />

uma autonomia total superior a 500 quilómetros,<br />

com um consumo de 2,7 l/100 km e emissões<br />

de CO2 de 60 g/km no ciclo NEDC.<br />

A generosa carga útil de 1.130 kg e o mesmo volume<br />

de carga de 6,0m3 da Transit convencional,<br />

são possíveis graças ao cuidadoso acondicionamento<br />

do compacto pack de baterias sob o piso.<br />

Para proporcionar maior confiança às empresas,<br />

o pack de baterias está coberto por uma<br />

garantia de fábrica de oito anos ou 160.000km.<br />

Zero emissões<br />

e zero preocupações<br />

Uma tomada de carregamento localizada no<br />

interior do pára-choques dianteiro permite<br />

carregar o novo Transit Custom Plug-In Hybrid<br />

em 4,3 horas, utilizando uma tomada<br />

eléctrica doméstica de 240V de 10 amperes,<br />

ou em 2,7 horas, utilizando um carregador<br />

comercial tipo 2 AC para veículos. A energia<br />

eléctrica adicional é captada através do carregamento<br />

regenerativo quando o veículo<br />

desacelera ou trava.<br />

Os condutores podem também escolher o<br />

grau de recuperação de energia e assistência<br />

de travagem possibilitadas pelo sistema<br />

de carregamento regenerativo selecionando<br />

Drive ou Low no selector de velocidades.<br />

A Transit Custom Plug-In Hybrid é proposta<br />

numa única variante L1 H1 com carroçarias<br />

Van ou Kombi. O modelo Van está disponível<br />

nas versões base, Trend e Limited.<br />

A Ford fez percorrer uma frota de 20 protótipos<br />

de furgões Transit Custom Plug-In Hybrid<br />

por mais de 240.000 km.<br />

Grande parte dos quilómetros do teste foram<br />

cumpridos utilizando energia 100%<br />

eléctrica. Os resultados destacam que, mesmo<br />

sem uma rede de carregamento de veículos<br />

eléctricos totalmente estabelecida, os<br />

furgões híbridos conseguiram reduzir drasticamente<br />

as emissões de escape no interior<br />

da cidade.<br />

Os dados estão lançados e a partir de agora<br />

a Ford vai chegar ao mercado europeu com<br />

a nova e emocionante família de veículos comerciais<br />

Transit que nasceram para estar<br />

conectados.<br />

54 Transporte<br />

euro


“Eléctrico” para<br />

todo o serviço<br />

A Maschinenfabrik Augsburg-Nürnberg, vulgarmente conhecida<br />

no mundo pela sigla MAN pensou, apostou e prepara-se para<br />

vencer com a sua versão do furgão eléctrico urbano, a eTGE,<br />

um eléctrico para todo o serviço<br />

do pela sua vasta experiência no sector que se<br />

estende por mais de um século. Por tal facto, a<br />

marca alemã não poderia correr o risco de apresentar<br />

“um veículo eléctrico”, mas sim “o veículo<br />

eléctrico”.<br />

A eTGE está equipada com um motor trifásico<br />

(carregador e inversor) de tamanho semelhante<br />

ao bloco do motor de combustão, montado<br />

no eixo dianteiro e combinado com uma caixa de<br />

velocidades de uma só marcha e tracção ao eixo<br />

Ficha Técnica<br />

Motor: Eléctrico síncrono<br />

Potência máxima:136 CV / 100KW<br />

Torque máximo: 290 Nm<br />

Número de rotações: 3.300 rpm<br />

Relação da caixa: 1 velocidade<br />

Tracção: Dianteira<br />

Bateria: Iões de lítio<br />

Capacidade da bateria: 35,8 kWh<br />

Número de células: 264<br />

Carga: 7,2 KW Carregador de bordo (CA)<br />

Igual a qualquer outro furgão da MAN, a eTGE<br />

só se mostra verdadeiramente quando abrimos<br />

o capot do veículo e encontramos um<br />

sistema de Alta Tensão (perfeitamente identificado<br />

pela cablagem cor de laranja), que nos<br />

deixa bem claro que este furgão não é uma carrinha<br />

vulgar com a qual a centenária marca alemã<br />

pretendeu dar um passo significativo para<br />

alcançar aquilo que o mundo continua a procurar<br />

para as áreas metropolitanas: zero emissões.<br />

Com uma capacidade de resposta francamente<br />

positiva para distribuição e transporte ligeiro<br />

de carga em áreas urbanas, a eTGE, mercê<br />

do seu motor eléctrico com autonomia para 173<br />

km e com uma caixa de velocidades automática<br />

de uma só marcha, aliado à capacidade de carga<br />

na ordem dos 950 Kg, poderá muito bem ser<br />

a escolha certa para as empresas “amigas” do<br />

ambiente.<br />

Associada à força do “rei da selva”, ou não fosse<br />

o leão o seu símbolo, a MAN é uma marca que<br />

impõe respeito no segmento de veículos comerciais,<br />

sejam eles ligeiros ou pesados, suportadianteiro.<br />

Este motor síncrono de campo magnético<br />

oferece uma potência máxima de 100 quilowatts<br />

(160 hp), para uma potência operacional<br />

contínua de cerca de 50 quilowatts, com um binário<br />

de 290 Nm.<br />

A alimentação de tudo isto é suportada por uma<br />

bateria de iões de lítio, composta por 264 células<br />

de alta tensão com capacidade de 35,8 kWh.<br />

Este conjunto de baterias é colocado sob o piso<br />

de carga, um pouco mais alto, como o usado<br />

nas versões de carroceria com tracção traseira<br />

e motor diesel.<br />

Com autonomia para efectuar mais de 170 km<br />

(ciclo NEDC) a eTGE apresenta-se como líder<br />

de autonomia, tendo em conta a diferença que<br />

oferece nesta matéria relativamente a modelos<br />

de outras marcas, que rondam a média<br />

de 100 km.<br />

euro<br />

Transporte 55


SUPLEMENTO MAIS<br />

Isenção de emissões<br />

poluentes, sem ruído<br />

e de acesso livre ao<br />

centro das cidades<br />

é o que os alemães<br />

da Mercedes-Benz<br />

propõem para aquilo<br />

que é o seu projecto do<br />

furgão de mercadorias<br />

eléctrico do futuro.<br />

Propulsão eléctrica<br />

a pensar no futuro<br />

o<br />

protótipo do furgão da Mercedes-Benz<br />

Vans totalmente conectado, automatizado<br />

e movido a electricidade é a grande<br />

aposta da marca alemã para o futuro<br />

do sector dos furgões de mercadorias<br />

electrificados.<br />

Com o protótipo a quem chamaram de Vision<br />

Van, a Mercedes-Benz apresenta o seu estudo<br />

de furgão revolucionário para o espaço urbano.<br />

Enquanto sistema completo, o veículo integra<br />

uma grande variedade de tecnologias inovadoras<br />

para o último quilómetro da entrega de encomendas<br />

e define assim requisitos de performance<br />

e soluções para as futuras gerações de<br />

veículos ligeiros de mercadorias.<br />

A Vision Van surgiu no âmbito da iniciativa estratégica<br />

para o futuro adVANce. Com esta ideia, a<br />

Mercedes-Benz Vans está a evoluir de simples<br />

fabricante de veículos de mercadorias para um<br />

fornecedor de soluções completas de sistema. A<br />

Vision Van dá resposta a esta estratégia, constituindo<br />

uma prova tangível da capacidade de inovação<br />

da empresa. O protótipo destaca-se por<br />

um grau de interconectividade de informações<br />

e tecnologias sem precedentes. Será o primeiro<br />

furgão do mundo a apresentar um conceito<br />

completo para uma cadeia de processos totalmente<br />

interconectada por meio digital, desde o<br />

centro de triagem até ao destinatário, passando<br />

pela condução autónoma.<br />

A Vision Van dispõe de um compartimento de<br />

carga totalmente automatizado, drones integrados<br />

para entrega pelo ar e um moderno comando<br />

por joystick. Graças a uma potente propulsão<br />

eléctrica de 75 kW com autonomia de até 270 km,<br />

a entrega de encomendas com a Vision Van é feita<br />

sem emissão de poluentes. Além disso, a propulsão<br />

eléctrica garante que a Vision Van possa<br />

ser operada também em centros urbanos onde<br />

exista uma proibição de circulação para veículos<br />

a combustível. Uma vez que a propulsão eléctrica<br />

funciona praticamente sem ruído, ela facilita<br />

as entregas a horas tardias em áreas residenciais<br />

na opção Same Day Delivery.<br />

Software e hardware<br />

para carga ideal<br />

A Vision Van interliga numerosas tecnologias<br />

inovadoras, tornando-se um elemento central inteligente<br />

numa cadeia de distribuição totalmente<br />

conectada. Os novos algoritmos controlam<br />

a gestão e expedição das embalagens, conferindo<br />

uma organização totalmente automatizada<br />

do compartimento de carga e o planeamento<br />

de rotas para o veículo e respectivos drones de<br />

entrega.<br />

Com um design futurista, a Mercedes Benz Vans<br />

dá uma perspectiva das gerações de furgões do<br />

“depois de amanhã”. Nelas se fundem a inteligência,<br />

a eficiência e a conectividade do veículo de<br />

uma forma nunca antes vista.<br />

Devido à sua extrema redução à funcionalidade,<br />

o design do interior aponta bem para o futuro.<br />

Os designers prescindiram do volante da<br />

direcção, dos pedais e da consola central em<br />

prol de um comando Drive by Wire por meio de<br />

joystick, criando assim novas possibilidades de<br />

configuração.<br />

Esta é a aposta do fabricante alemão para os<br />

furgões do futuro.<br />

56 Transporte<br />

euro


A aposta nipónica<br />

para o mercado europeu<br />

O novo Nissan e-NV200 lidera as vendas de veículos comerciais<br />

ligeiros com emissões zero em 10 mercados europeus.<br />

As credenciais ambientais e a versatilidade do e-NV200 atraem<br />

clientes de frota além das empresas de aluguer de automóveis.<br />

Anova geração do furgão eléctrico da Nissan,<br />

o e-NV200, atingiu um importante<br />

marco de vendas, após várias actualizações<br />

de frotas comerciais por toda<br />

a Europa continuarem a focar-se na sustentabilidade.<br />

Com a procura particularmente elevada por<br />

parte de empresas de entregas ao consumidor<br />

(distribuição de último quilómetro), a ajudar<br />

a fomentar o sucesso de vendas contínuo<br />

do modelo, a nova geração do Nissan e-NV200,<br />

com bateria de 40kWh, tem seguido de êxito<br />

em êxito, desde a sua introdução em 2018, assegurando<br />

agora mais um recorde com 10.000<br />

encomendas no continente europeu em cerca<br />

de ano e meio.<br />

O furgão Nissan e-NV200 e as variantes de passageiros<br />

Combi continuam a assegurar-lhe uma<br />

posição de relevo junto de grandes empresas<br />

de entregas e de transporte. Graças ao design<br />

inteligente e eficiente em termos de espaço da<br />

bateria optimizada de 40kWh, o mais recente<br />

modelo eléctrico da marca nipónica mantém<br />

a sua impressionante capacidade de carga e<br />

carga útil, capaz de transportar 4,2m 3 de carga<br />

ou um peso combinado de 705kg na variante<br />

de furgão. O eficiente grupo motopropulsor<br />

e a bateria inovadora combinam-se para proporcionar<br />

ao Nissan e-NV200 uma autonomia<br />

de condução altamente eficaz para clientes comerciais<br />

e particulares. De acordo com o rigoroso<br />

processo de homologação WLTP, um único<br />

carregamento completo do modelo de 40kWh<br />

proporciona uma autonomia até 301 km no ciclo<br />

urbano, um aumento de 60% em comparação<br />

com a geração anterior.<br />

Quando for necessário carregar, o Nissan e-<br />

NV200 disponibiliza também várias soluções.<br />

Ficha Técnica<br />

Motor: Trifásico<br />

Potência: 109 cv<br />

Binário: 100%<br />

Capacidade da Bateria: 40 kWh<br />

Autonomia: 200km ciclo combinado<br />

e 301km ciclo urbano<br />

Carregamento: 40 a 60m (rápido)<br />

4 a 7h30 (c/quadro) e 21h30 (doméstico)<br />

Além da tomada doméstica padrão, pode-se<br />

utilizar uma wallbox e o carregador rápido de<br />

7kW incorporado para carregar totalmente o<br />

veículo a partir do estado descarregado em 7,5<br />

horas, enquanto um carregador rápido permite<br />

que o e-NV200 passe de 20% a 80% de carga<br />

em cerca de 60 minutos.<br />

Desde que foi lançado pela primeira vez em<br />

2014, o Nissan e-NV200 tem desfrutado de<br />

um enorme sucesso de vendas na Europa, com<br />

mais de 25.000 unidades entregues a clientes<br />

europeus.<br />

O novo Nissan e-NV200 está disponível em<br />

Portugal com preços recomendados a partir de<br />

29.880 euros + IVA.<br />

57 Transporte<br />

euro<br />

euro<br />

Transporte 57


FIGURA MAIS<br />

Henrique Sánchez não tem dúvidas<br />

Desde a sua fundação (6 de Dezembro de 2015), a UVE -<br />

Associação de Utilizadores de Veículos Eléctricos, tornou-se<br />

uma entidade de referência para os utilizadores de veículos<br />

electrificados e para os entusiastas da Mobilidade Eléctrica em<br />

Portugal. Henrique Sánchez, natural de Lisboa, é presidente da<br />

direcção e fundador desta associação que tem como missão<br />

promover a mobilidade eléctrica e dar voz a uma já significativa<br />

comunidade de proprietários, utilizadores e simpatizantes de<br />

veículos eléctricos (VE) e híbridos plug-in.<br />

text0 josé costa<br />

EUROTRANSPORTE - A UVE referiu recentemente<br />

que já se venderam mais de sete mil automóveis<br />

eléctricos. Ou seja, mais de 70% acima<br />

das unidades vendidas, por exemplo em<br />

2018. Os veículos eléctricos vieram mesmo para<br />

ficar?<br />

HENRIQUE SÁNCHEZ - Sim, já não temos dúvidas<br />

de que os veículos eléctricos não são uma<br />

simples moda passageira. Vieram para ficar porque<br />

são mais económicos e eficientes, com prestações<br />

superiores aos veículos com motores de<br />

combustão interna equivalentes, mais desenvolvidos<br />

tecnologicamente, sendo apenas ainda ligeiramente<br />

mais caros que os equivalentes com<br />

motores térmicos.<br />

Em 2009, o projecto-piloto da rede MOBI.E – Rede<br />

Nacional de Mobilidade Eléctrica, que consistia<br />

na instalação de 1300 pontos de carregamento,<br />

dos quais 50 de carga rápida, em 25<br />

58 Transporte<br />

euro


municípios, colocava o país na linha da frente da<br />

mobilidade eléctrica na Europa. Este projecto foi<br />

cumprido?<br />

Ainda não. Como sabemos o Projecto Piloto da<br />

rede MOBI.E foi interrompido em 2012, com a<br />

suspensão da instalação da rede MOBI.E e o cancelamento<br />

dos incentivos à aquisição de veículos<br />

eléctricos por parte do Estado. Ficaram por instalar<br />

49 dos 50 Postos de Carregamento Rápido<br />

(PCR) que estavam previstos, tendo todos os<br />

outros Postos de Carregamento Normal (PCN)<br />

sido abandonados na sua manutenção. A rede<br />

pública da MOBI.E recomeçou a ser instalada no<br />

terreno a partir de agosto de 2016, com a abertura<br />

do corredor de carregamento rápido na A2, para<br />

o Algarve.<br />

Mas continuamos nessa linha da frente?<br />

Sim e não. Esta interrupção do projecto, entre<br />

2012 e 2016, penalizou muito a rede pública da<br />

MOBI.E e criou desconfiança nos utilizadores e<br />

também na aquisição por parte dos particulares e<br />

das empresas de veículos eléctricos. Ou seja, quer<br />

pela suspensão dos incentivos à aquisição, quer<br />

pela mensagem de incerteza e desconfiança, que<br />

representa esta flutuação nas políticas de incentivo,<br />

nomeadamente fiscais, gerou-se alguma incerteza.<br />

Portugal, com uma quota de mercado de<br />

5.7%, é hoje o quarto país na União Europeia em<br />

vendas de veículos eléctricos, incluindo os 100%<br />

eléctricos (BEV - Battery Electric Vehicle) e os<br />

híbridos plug-in (PHEV - Plug in Hybrid Electric<br />

Vehicle), estando à frente da Holanda (16.3%),<br />

Suécia (11.3%) e Finlândia (6.9%). Ora isto quer<br />

dizer que já merecíamos ter uma rede pública de<br />

mobilidade eléctrica melhor servida.<br />

Qual a sua opinião quanto aos veículos eléctricos<br />

ligeiros de transporte de mercadorias, habitualmente<br />

chamados de furgões?<br />

Os veículos eléctricos de transporte de mercadorias,<br />

vulgarmente chamados de furgões, normalmente<br />

utilizados para distribuição nas grandes<br />

áreas metropolitanas, são fundamentais<br />

para a electrificação dos transportes em meio<br />

urbano e para o combate aos níveis de poluição<br />

nas grandes cidades e áreas metropolitanas.<br />

Em Portugal temos o exemplo da Fuso e-Canter<br />

100% eléctrica, produzida no Tramagal, e que<br />

tem diversos exemplares em teste em cidades<br />

por todo o mundo, desde Londres, Berlim, Tóquio,<br />

Nova Iorque ou Lisboa, entre outras.<br />

Até que ponto deveria ser apenas permitido a<br />

circulação desta categoria de veículos na distribuição<br />

nas cidades?<br />

Será o futuro, e cada vez um futuro mais perto,<br />

assim que as marcas disponibilizem modelos<br />

que se adaptem às necessidades das empresas.<br />

Para este tipo de actuação, a autonomia<br />

não é relevante pois os percursos são perfeitamente<br />

compatíveis com o actual grau de desenvolvimento<br />

destes veículos. Várias frotas de<br />

empresas de distribuição já estão a ser electrificadas<br />

um pouco por todo o mundo e também<br />

em Portugal.<br />

Acha que Portugal está no caminho certo,<br />

quanto à utilização de veículos electrificados<br />

na distribuição, ou ainda há muito trabalho a<br />

fazer, nomeadamente junto das empresas de<br />

distribuição?<br />

Existe ainda muito trabalho a fazer no campo da<br />

informação da oferta actualmente disponível,<br />

da sua fiabilidade, eficiência e economia, mas<br />

também no aumento da oferta por parte dos<br />

diferentes fabricantes que ainda não disponibilizaram<br />

uma gama variada: veículos de limpeza<br />

urbana, veículos com câmara frigorífica, de<br />

caixa aberta, etc.<br />

A estratégia adoptada pelos fabricantes na<br />

concepção de veículos ligeiros de mercadorias<br />

é uma aposta ganha?<br />

Sim, temos visto que a procura é crescente, quer<br />

por parte das autarquias, Câmaras Municipais e<br />

Juntas de Freguesia, mas também por frotas de<br />

distribuição de encomendas e abastecimento<br />

de lojas, mercados, pequenos supermercados<br />

e mercearias de bairro. Digamos que no caso da<br />

região de Lisboa fariam a distribuição desde o<br />

MARL para todos os pequenos retalhistas.<br />

Na perspectiva da UVE o mercado tem resposta<br />

relativamente a modelos de veículos eléctricos<br />

para este sector?<br />

euro<br />

Transporte<br />

59


Tem alguma resposta, mas ainda com preços elevados.<br />

No entanto ainda é uma resposta insuficiente,<br />

apesar de ser uma oferta em constante<br />

crescimento, urge mais modelos e a preços mais<br />

reduzidos.<br />

E quanto a veículos pesados de mercadorias,<br />

vulgo camiões, qual a opinião da UVE sobre<br />

estes?<br />

Os grandes veículos pesados de mercadorias<br />

exigem uma autonomia muito maior, não existindo<br />

ainda no mercado oferta para este segmento<br />

de mercado. Existe bastante expectativa face ao<br />

lançamento do Semi, o camião que a Tesla promete<br />

vir a revolucionar o transporte rodoviário pesado<br />

eléctrico.<br />

A autonomia deste tipo de veículos, sejam particulares<br />

ou comerciais, é um factor importante<br />

aquando da sua compra. No seu entender os fabricantes<br />

estão a evoluir no sentido de dotar cada<br />

vez mais os modelos de autonomia?<br />

No que diz respeito aos veículos ligeiros de passageiros<br />

e comerciais a oferta actual já contempla<br />

veículos com uma autonomia suficiente, no caso<br />

dos ligeiros de passageiros temos autonomias à<br />

volta dos 300 km existindo modelos com autonomias<br />

de 500 km a 600 km. No caso dos ligeiros comerciais<br />

as autonomias actuais situam-se entre<br />

os 200 km e 300 km. No que se refere aos veículos<br />

pesados de passageiros para frotas em meio<br />

urbano já existe oferta com autonomias entre os<br />

200 km e os 250 km, e vários exemplares a operarem<br />

em frotas de transportes urbanos de passageiros<br />

em algumas localidades de Portugal.<br />

Os veículos pesados de mercadorias são o<br />

sector onde existe uma clara falta de oferta,<br />

por força da ainda incipiente autonomia para<br />

viagens longas.<br />

9 Questões sobre mobilidade<br />

1 – Qual o tempo de duração normal de<br />

uma bateria?<br />

Uma bateria de um veículo eléctrico pode<br />

durar até mais de 30 anos, antes de ser<br />

reciclada. Esta longevidade é dividida em<br />

duas fases: inicialmente serve para alimentar<br />

o motor de um veículo eléctrico, onde sofre<br />

o seu maior desgaste e pode durar entre<br />

10 a 15 anos, (mantendo a rentabilidade<br />

necessária para o veículo).<br />

Após servir o seu propósito principal, as<br />

baterias podem ser reaproveitadas como<br />

unidades estacionárias de armazenamento<br />

de energia. Depois de passar por estas duas<br />

fases, as baterias de iões de lítio podem ser<br />

recicladas, sendo reaproveitada até 95%<br />

da matéria-prima.<br />

2 – Portugal está já bem servido de<br />

postos de carregamento fora de casa?<br />

Sim, faltando ainda alguma capilaridade.<br />

Desde o início de 2020 que verificamos,<br />

diariamente, a instalação de novos postos<br />

de carregamento públicos e privados.<br />

Actualmente, são 142 PCR (Postos de<br />

Carregamento Rápido) a funcionar e mais de<br />

800 PCN (Postos de Carregamento Normal) a<br />

funcionar em todo o território. Adicionalmente,<br />

verificámos que frotas de veículos eléctricos<br />

começaram a criar as suas próprias<br />

estruturas para carregamento dos veículos,<br />

libertando assim a rede de carregamento<br />

pública para os restantes utilizadores.<br />

3 – Os preços dos veículos eléctricos são<br />

um entrave à sua aquisição?<br />

Não necessariamente. Actualmente existem<br />

veículos 100% eléctricos desde os 21.000<br />

euros. Contudo, o preço de aquisição deixa de<br />

ser um entrave, quando a ele juntarmos todas<br />

as vantagens e poupanças futuras ao ter um<br />

veículo eléctrico.<br />

4 – Os incentivos à compra de veículo<br />

eléctricos são suficientes e atractivos<br />

para o consumidor?<br />

Sim, no entanto, no que se refere<br />

aos particulares são manifestamente<br />

insuficientes, se comparados com o nível<br />

médio dos incentivos praticados na União<br />

Europeia. Adicionalmente aos incentivos do<br />

Estado à aquisição de um veículo eléctrico,<br />

algumas marcas apresentam descontos para<br />

os modelos 100% eléctricos.<br />

5 – É da opinião de que ainda falta<br />

muito caminho a percorrer rumo à<br />

electrificação massiva do mercado?<br />

Desde meados de 2019 que foram várias as<br />

marcas automóveis (que não tinham modelos<br />

electrificados para venda) a optarem por<br />

electrificar modelos já existentes, ou criar<br />

modelos novos, 100% eléctricos. Desde<br />

o início de 2020, a grande maioria dos<br />

fabricantes de automóveis ligeiros dispõe de<br />

vários modelos electrificados.<br />

6 – Quando adquiriu o seu primeiro<br />

veículo eléctrico?<br />

Em 2011.<br />

7 – Os veículos eléctricos são o futuro?<br />

Sem dúvida que sim, eu diria que para muitos<br />

condutores são já o presente.<br />

8 – Que conselhos daria às empresas<br />

que pretendem adquirir veículos<br />

eléctricos para a sua actividade de<br />

distribuição de mercadorias?<br />

É a opção mais lógica, principalmente dentro<br />

das grandes cidades. Umas das novidades<br />

no Programa de Incentivos à Aquisição de<br />

Veículos de Emissões Reduzidas do Fundo<br />

Ambiental em 2020, são os veículos ligeiros<br />

de mercadorias 100% eléctricos, que passam<br />

a estar incluídos na concessão dos incentivos.<br />

9 – Que palavras gostaria de transmitir<br />

ao consumidor particular que vai<br />

comprar um automóvel?<br />

Não espere mais. Experimente conduzir<br />

um veículo eléctrico. Os benefícios, sejam<br />

financeiros ou ambientais, estão mais do que<br />

comprovados e documentados. Opte ou mude<br />

para um veículo eléctrico, o seu bolso e o<br />

ambiente agradecerão.<br />

Existe ainda muito<br />

trabalho a fazer no campo<br />

da informação da oferta<br />

gactualmente 60 Transporte<br />

disponível<br />

euro


SUPLEMENTO MAIS<br />

Modelo entra no<br />

mercado ainda este ano<br />

Com duas opções de bateria, para 200 e 300 quilómetros de<br />

autonomia (WLTP), os veículos comerciais electrificados da Opel<br />

vão ser apresentados ainda este ano. O primeiro é o Vivaro-e<br />

que será logo seguido pelo Combo-e, em 2021. Versões eléctricas<br />

não impõem limitações em versatilidade ou conforto, sendo<br />

estratégia da Opel electrificar todos os modelos até 2024.<br />

ma EMP2 do grupo, que permite recorrer tanto<br />

a motorizações convencionais como a sistemas<br />

de propulsão eléctrica. O Vivaro-e alarga a<br />

oferta de veículos comerciais particularmente<br />

eficientes da Opel. O próximo comercial eléctrico<br />

da marca alemã será o Opel Combo-e, cujo<br />

lançamento está agendado para 2021, tendo a<br />

Opel todos os seus modelos electrificados até<br />

2024.<br />

Três gerações de sucesso<br />

na Europa<br />

Com o novo Vivaro-e, a marca alemã dá continuidade<br />

a um percurso de sucesso iniciado em<br />

2001 com a primeira geração do modelo. O Vivaro<br />

A esteve à venda até 2014, principalmente nas<br />

Oprocesso de ‘electrificação’ da gama de<br />

produtos da Opel continua a bom ritmo.<br />

No decorrer do presente ano, o Vivaro<br />

receberá uma nova variante com motorização<br />

eléctrica, com duas versões de baterias<br />

com capacidades diferentes no sentido de melhor<br />

se ajustar às necessidades de diversas utilizações<br />

empresariais.<br />

O novo Opel Vivaro-e oferecerá à escolha uma<br />

bateria de 50 kWh de capacidade, capaz de garantir<br />

autonomia até 200 quilómetros, ou uma<br />

de 75 kWh, para autonomia até 300 km. Com o<br />

novo modelo, a marca alemã dá resposta às necessidades<br />

crescentes de entregas sem emissões<br />

nas áreas urbanas.<br />

O Opel Vivaro-e assenta na versátil plataforvariantes<br />

de passageiros, de furgão comercial<br />

e de chassis-cabina. A Opel vendeu mais de<br />

650.000 unidades neste período. A marca alemã<br />

lançou a segunda geração em 2014, tendo<br />

vindo a comercializar cerca de 310.000 unidades<br />

até meados de 2019.<br />

O Opel Vivaro número três chegou aos concessionários<br />

em 2019. O comercial ligeiro multifuncional<br />

está disponível em carroçarias com<br />

três comprimentos diferentes: 4,60 m, 4,95<br />

m e 5,30 m. Por comparação com o modelo<br />

anterior, a nova geração Vivaro oferece mais<br />

200 kg de capacidade de carga (até um total<br />

de 1400 kg) e consegue rebocar mais 500 kg<br />

(capacidade de reboque de 2500 kg). A maior<br />

parte das versões mede 1,90 m, podendo, assim,<br />

aceder a parques de estacionamento interiores.<br />

O conforto do condutor e passageiros<br />

aumentou. O Vivaro dispõe de numerosos<br />

sistemas de assistência à condução, desde o<br />

controlo de tracção IntelliGrip e câmara traseira<br />

180º, até à opção de vários dispositivos<br />

de infoentretenimento multimédia. Outros<br />

equipamentos como portas de correr controladas<br />

por sensores são particularmente úteis<br />

na utilização diária.<br />

62 Transporte<br />

euro


Ideal para chegar<br />

aos centros das<br />

cidades, sem<br />

emissões poluentes<br />

e perfeitamente<br />

concebido e adaptado<br />

para a distribuição<br />

porta-a-porta, a<br />

Renault consegue com<br />

o Master Z.E. cativar<br />

todos aqueles para<br />

quem as questões<br />

ambientais são<br />

fundamentais.<br />

Um grande furgão<br />

eléctrico<br />

trolar a autonomia do veículo assim como a<br />

sua recarga, o modelo vem equipado de série<br />

com o sistema My Z.E. Connect que permite saber<br />

qual a autonomia do Master Z.E., a partir de<br />

um smartphone ou de um computador ligado à<br />

Internet. Também, o Z.E. Trip, dá a conhecer ao<br />

motorista a localização do conjunto dos terminais<br />

de carregamento perto de si, bem como<br />

dos principais países da Europa, a partir do sistema<br />

de navegação R-LINK.<br />

O Renault Master é um furgão de grandes di-<br />

Toda a excelência da técnica da Renault, líder<br />

europeu de veículos eléctricos, reflecte-se<br />

no seu modelo Master Z.E. Este furgão<br />

oferece uma autonomia real de 120<br />

km, adaptada à actividade quotidiana de distribuição<br />

porta-a-porta ou outros tipos de utilização<br />

profissional em meio urbano.<br />

Com uma autonomia superior a 80 km, no caso<br />

das utilizações mais intensivas (totalmente<br />

carregado, condução no centro da cidade com<br />

paragens frequentes e condições invernais), o<br />

Master Z.E. desempenha a função garantindo<br />

ao transportador alta eficiência a baixo custo.<br />

A bateria de nova geração, equipada com um<br />

acumulador de energia de ião-lítio de 33 kWh, é<br />

dotada de gestão electrónica optimizada através<br />

do desenvolvimento da química das células.<br />

Quanto à motorização, o Renault Master Z.E.<br />

vem equipado com o motor eléctrico R75, que<br />

desenvolve uma potência de 57 kW para 76 cv.<br />

Este motor, com provas dadas no ZOE e no Kangoo<br />

Z.E., permite ao furgão francês circular com<br />

a máxima agilidade em meio urbano e periurbano.<br />

O Master Z.E. pode atingir uma velocidade<br />

máxima de 100 km/h. Contudo, com o modo<br />

Eco activado, a velocidade máxima fica limitada<br />

a 80 km/h.<br />

Entretanto, para que o motorista possa conmensões<br />

referência no segmento, preferido<br />

por mais de 475 000 clientes na Europa, desde<br />

o lançamento no final de 2010. A versão eléctrica<br />

Master Z.E. vem completar a gama, com uma<br />

versão particularmente adaptada à utilização<br />

na cidade.<br />

A cabina do Master Z.E. continua a oferecer o<br />

máximo conforto, tanto ao condutor como aos<br />

passageiros dianteiros e é um verdadeiro espaço<br />

de trabalho, com o escritório móvel (dotado<br />

de mesa rotativa e porta-documentos integrado<br />

no painel de bordo) e os numerosos e<br />

ergonómicos locais de arrumação.<br />

As 4 versões do furgão oferecem um volume útil<br />

de 8 a 13 m3 e uma carga útil de 1 a 1,1 toneladas.<br />

O espaço de carga é rigorosamente idêntico ao<br />

da versão equipada com motor térmico, graças<br />

à instalação da bateria sob a carroçaria.<br />

Em suma, o Renault Master Z.E é mesmo o furgão<br />

ideal para fazer chegar até si a mercadoria<br />

que encomendou.<br />

euro<br />

Transporte 63


SUPLEMENTO MAIS<br />

O futuro dos veículos<br />

comerciais<br />

A e-Crafter representa o futuro dos veículos comerciais.<br />

Oferece um generoso volume de carga e combina uma elevada<br />

carga útil com uma longa autonomia. Tal como seria de esperar<br />

de uma Crafter do futuro.<br />

Pensada ao detalhe, a e-Crafter da Volkswagen<br />

é apoiada num sistema de<br />

potência electrónico, motor eléctrico<br />

e carga rápida CCS. Servida de tecnologia<br />

inovadora que a torna eficiente, o modelo<br />

de furgão eléctrico da marca alemã é um<br />

conceito bem pensado para uma circulação livre<br />

de emissões no centro das cidades.<br />

Elevada potência, peso reduzido<br />

Com o veículo parado, o motor eléctrico de<br />

100 kW da e-Crafter disponibiliza um binário<br />

máximo de 290 Nm. O que é suficiente para<br />

acelerar rapidamente e seguir o trajecto desejado,<br />

servida de uma caixa de velocidade de<br />

uma só força motriz (velocidade).<br />

Com a e-Crafter, as empresas não estão apenas<br />

na vanguarda da tecnologia, como também<br />

têm ao seu dispor um veículo que satisfaz<br />

as as suas necessidades e as do planeta.<br />

A sua bateria de iões de lítio possui uma autonomia<br />

de até 173 quilómetros quando totalmente<br />

carregada. Deste modo conclui sem<br />

problemas uma jornada diária dentro e na pe-<br />

riferia das grandes cidades europeias. E ao fazer<br />

uma pausa à hora do almoço, sempre pode<br />

recarregar até 80% a bateria, em apenas 45<br />

minutos.<br />

Condução avançada<br />

com os melhores equipamentos<br />

Robusta, económica e potente a VW e-Crafter<br />

oferece todas as vantagens de um funcionamento<br />

eléctrico, combinadas com todas as de<br />

um veículo comercial convencional, o que parece<br />

ser tentador quando nos preparamos para<br />

adquirir um furgão destinado à distribuição<br />

de porta-a-porta.<br />

Cargas mais eficientes<br />

Com outras valências, o modelo eléctrico do<br />

construtor alemão mostra-se, também, preparado<br />

para os serviços de entrega expresso,<br />

correio ou de encomendas de maior volume<br />

onde cada centímetro do compartimento<br />

de carga conta.<br />

A e-Crafter não tem de prescindir de nenhum<br />

desses centímetros uma vez que a sua bateria<br />

está montada na parte inferior da carroçaria<br />

para economizar o espaço. Como resultado,<br />

destaca-se por manter o seu compartimento<br />

de carga igual à Crafter original de até 10,7<br />

m³ para uma altura do compartimento de carga<br />

de 1861 mm. Para a e-Crafter quase nenhuma<br />

tarefa é demasiado difícil. Desenvolvido<br />

especialmente para os serviços de entrega e<br />

logística, este furgão eléctrico dispõe de uma<br />

carga útil de até 1,7 t.<br />

Estamos, pois, perante o melhor da tecnologia<br />

alemã no que à electrificação de furgões diz<br />

respeito, sendo a e-Crafter um bom exemplo<br />

disso mesmo.<br />

64 Transporte<br />

euro

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