III CONGRESO IBEROAMERICANO DE HISTORIA DEL MUEBLE 2020-2021_LIBRO DE RESUMENES
La Asociación para el Estudio del Mueble se enorgullece de organizar el III congreso bianual de Historia del Mueble, del 16 al 19 de septiembre de 2020 (fase virtual) y del 28 al 30 de mayo (fase presencial). Es el único encuentro internacional dedicado al mueble iberoamericano antiguo y actual. Es la cita bianual para todos aquellos interesados en el mueble, tanto expertos como entusiastas del tema. TEMA 2020-2021: CONEXIONES El tema central del Congreso Iberoamericano de Historia del Mueble 2020-2021 es el de las conexiones temporales, espaciales, matéricas y formales entre muebles españoles, portugueses y latinoamericanos, desde la antigüedad hasta la actualidad; así como con muebles de terceros países.
La Asociación para el Estudio del Mueble se enorgullece de organizar el III congreso bianual de Historia del Mueble, del 16 al 19 de septiembre de 2020 (fase virtual) y del 28 al 30 de mayo (fase presencial).
Es el único encuentro internacional dedicado al mueble iberoamericano antiguo y actual. Es la cita bianual para todos aquellos interesados en el mueble, tanto expertos como entusiastas del tema.
TEMA 2020-2021: CONEXIONES
El tema central del Congreso Iberoamericano de Historia del Mueble 2020-2021 es el de las conexiones temporales, espaciales, matéricas y formales entre muebles españoles, portugueses y latinoamericanos, desde la antigüedad hasta la actualidad; así como con muebles de terceros países.
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III CONGRESO IBEROAMERICANO DE HISTORIA DEL MUEBLE 2020-2021
Entrelaces artesanais: a técnica da “palhinha” [rejilla] no mobiliário
Dos Santos Cardoso, Cecília Mónica ceciliamscardoso@gmail.com
Doutoranda em Estudos do Património Investigadora Integrada CITCEM (Faculdade de Letras da
Universidade do Porto). Porto, Portugal.
Link a videoconferencia
Link a Mesa de Debate 1 – Conexiones: Técnicas, materiales y tipologías
In the 19th and 20th centuries, the municipality of Gondomar (bordering the city of Porto - Portugal), concentrated
a high number of wood crafts. This artisanal and family production landscape remained active and prospered
until the end of the eighties in the 20th century. In this municipality, the pressed cane was made especially by
women and young girls at home. With the sharp decline of the furniture industry, at the end of the 20th century,
this practice was mostly lost. Historical furniture and traditional techniques continue to attract a sector of the
public interested in the employment or renovation of handmade pressed cane furniture. Thus, it is urgent to
know and disseminate this technique, in order to maintain and preserve it for future generations.
Nos séculos XIX e XX, o concelho de Gondomar
(limítrofe da cidade do Porto – Portugal) concentrou um
elevado número de ofícios da madeira. Esta realidade
de produção, de caráter artesanal e familiar, mantevese
ativa e próspera até finais da década de oitenta de
novecentos. As oficinas desenvolveram trabalhos de
mobiliário de caráter funcional, mas também de móvel
de estilo, contribuindo para o perpetuar do gosto neo
no mobiliário. Pelo seu caráter familiar, muitas destas
oficinas especializaram-se em determinadas técnicas,
funcionando em rede entre si. Assim, por todo o
concelho, para além do elevado número de marcenarias
existia, também, um número significativo de oficinas
das especialidades de entalhador, torneiro, polidor,
envernizador, etc. Muitas cadeiras, cadeirões, canapés,
entre outras peças, eram revestidos com palha da Índia.
Este ofício era executado pelo empalhador ou oficial
de “palhinha”, que em Gondomar conheceu contornos
muito particulares.
gondomarense. Este levantamento permite estabelecer
a comparação entre os processos utilizados no passado
e no presente e, com isso, demonstrar as permanências
e as alterações ao nível deste ofício, comparando-o com
os métodos francês, inglês e brasileiro.
Embora tradicionalmente fosse utilizada como matériaprima
a palha da Índia, na atualidade começa a ser
empregue o fio sintético, sobretudo no mobiliário
destinado ao exterior das habitações, por este ser
mais resistente às intempéries. O recurso aos materiais
sintéticos tem vindo a impor-se no mercado, por razões
de custo e durabilidade. No entanto, o mobiliário histórico
e as técnicas tradicionais continuam a atrair um setor do
público que, detentor de peças adquiridas ou herdadas,
continua interessado no emprego ou renovação da
“palhinha” artesanal. É urgente, assim, o conhecimento
e divulgação desta técnica, que deverá ser mantida e
preservada.
A comunicação que me proponho apresentar, e que
resulta do projeto de doutoramento em curso na
Faculdade de Letras da Universidade do Porto, destinase
a demonstrar a relação entre o trabalho feminino, em
contexto doméstico, e as oficinas de marcenaria em
Gondomar. Neste município, a técnica da “palhinha”
[rejilla] era concretizada especialmente por mulheres e
raparigas adolescentes no seu próprio domicílio. Com o
decréscimo acentuado da indústria do mobiliário neste
concelho, no final do século XX, esta prática praticamente
se perdeu. Apesar de algumas mulheres serem ainda
detentoras do conhecimento da técnica da “palhinha”,
até ao momento apenas identificámos uma “palheireira”
(empalhadeira ou oficial de palhinha) em atividade.
Pretende-se, com esta comunicação, partilhar alguns
dos resultados do estudo deste ofício, obtidos a partir
da realização de entrevistas às últimas artesãs naturais
do concelho e da recolha de imagens da aplicação da
técnica da “palhinha” no mobiliário pela “palheireira”
ASOCIACIÓN PARA EL ESTUDIO DEL MUEBLE
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