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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ André Luiz Torquato ...

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dentro de uma relação de interdependência visivelmente desfavorável economicamente para<br />

um dos lados.<br />

A segunda etapa constituiu-se da pesquisa de campo, concomitantemente com a<br />

elaboração de relatórios e a interrelação entre o conhecimento teórico e os dados buscados por<br />

intermédio de entrevistas. O que permitiu o desenvolvimento da terceira parte da pesquisa que<br />

consistiu na tabulação, sistematização e interpretação dos dados obtidos, configurando-se na<br />

elaboração final da dissertação.<br />

2.2.2 – O Distanciamento.<br />

O envolvimento com o objeto estudado e a aproximação com os sujeitos entrevistados<br />

no principal campo, foi um “facilitador” para o contato, que desde o início se deu na condição<br />

de pesquisador; observando o distanciamento necessário à pesquisa social.<br />

Tavares (1993) considera o distanciamento fundamental. Com ele, o pesquisador não<br />

desenvolve sentimentos de pertencimento ao objeto que impossibilite a percepção e a<br />

compreensão da realidade estudada. Neste sentido, Durhan (1986) chama atenção para as<br />

armadilhas encontradas no processo de identificação subjetiva que podem se estabelecer nesse<br />

tipo de investigação, especialmente quando, entrevistador e entrevistado, compartilham um<br />

mesmo universo cultural. Para a autora, nesses casos corre-se sempre o risco de começar a<br />

interpretar e explicar a realidade pela ótica do informante. Para Velho (1986), esse risco existe<br />

quando o pesquisador trabalha com indivíduos próximos, conhecidos, com os quais<br />

compartilha preocupações, valores, gostos e concepções. Segundo o autor, quando se decide<br />

tomar sua própria sociedade como objeto de pesquisa, é preciso sempre ter em mente que sua<br />

subjetividade precise ser incorporada ao processo de conhecimento desencadeado, sem que<br />

isso signifique abrir mão do compromisso com a obtenção de um conhecimento mais ou<br />

menos objetivo, mas sim buscar as formas mais adequadas de lidar com o objeto de pesquisa.<br />

O autor assinala ainda, que o uso de depoimentos colhidos nesse tipo de investigação implica<br />

a produção de um texto no qual os recortes das falas, os indivíduos privilegiados, os temas<br />

destacados e tantas outras formas de intervenção expressam menos as dúvidas e opiniões dos<br />

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