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1. 3. METODOLOGIA 1. 3.1. Pesquisa de avaliação: aspectos conceituais Avaliar significa determinar o valor de algo. O conceito de avaliação é ambíguo, multidimensional e complexo. Em um sentido geral, significa testar, através de dados, em que grau determinadas metas ou normas, previamente estabelecidas, foram alcançadas. O objetivo é mostrar pontos fortes e fracos, fazer propostas e tomar decisões para uma melhoria. Nesse sentido, “avaliar consiste, fundamentalmente, em fazer um julgamento de valor a respeito de uma intervenção ou sobre qualquer um de seus componentes, com o objetivo de ajudar na tomada de decisões”.(FERREIRA, 1996, p.34). Antes de se efetuar uma avaliação, é importante definir de forma muito clara os denominados três “Qs”, porque os resultados da avaliação e sua correta interpretação estatística e pedagógica podem variar consideravelmente dependendo de: • O que é avaliado? • Quem avalia? • Quais são os critérios da avaliação? Existem diferentes tipos de avaliação, quais sejam: (1) a avaliação formativa e a avaliação somativa, e (2) a avaliação quantitativa e a avaliação qualitativa.
A avaliação formativa consiste num processo de avaliação realizado em todo o decurso de um programa institucional, visando aperfeiçoá-lo. Já a avaliação somativa é um processo de avaliação final desses programas, com vistas ao julgamento de seus resultados (FERREIRA, 1998). A distinção entre avaliação quantitativa e qualitativa refere-se aos instrumentos de coleta de dados, ao tipo de dados a serem coletados, bem como aos objetivos do processo científico. Até a década de 1980, a avaliação esteve ligada à idéia de controle, porque sofria ainda grande influência da corrente positivista. A idéia de controle estava associada apenas à perseguição e ao estímulo da desconfiança de qualquer órgão ou programa social que fosse avaliado. Durante muito tempo, a avaliação foi vista como uma prática de controle das ações desenvolvidas por qualquer instituição pública. Pensava-se que a avaliação servira para controlar todas as ações (BARREIRA, 2000). Esse conceito de avaliação, visto como idéia de controle, não traz nenhuma mudança positiva para o órgão que está sendo avaliado. Mas a avaliação como mudança para a transformação social na busca da qualidade dos serviços “julga, valoriza, informa, interpreta, identifica dados a serem alterados na ação ou política de programas sociais públicos”. (BARREIRA, 2000, p.30). A avaliação qualitativa, por sua parte, coloca maior ênfase no processo da ação programada e na relação entre atores envolvidos do que nos resultados. “Na pesquisa qualitativa, o pesquisador estabelece um processo interativo com os atores envolvidos incluindo a população beneficiária, que se tornam co-participantes do trabalho avaliativo”. (BARREIRA, 2000, p.60).
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