Dissertacao Rita de Cassia Dramas e Tramas do - Área Restrita ...
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significações implica em abordarmos o processo <strong>de</strong> constituição <strong>do</strong> sujeito, configuran<strong>do</strong>,<br />
assim, o próprio sujeito e a significação, pois ambos estão inter-relaciona<strong>do</strong>s. Na seqüência,<br />
utilizamos como pilares fundamentais os teóricos Vygotsky e Wallon, autores que dão<br />
relevância à dimensão social e histórica <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, pois ambos consi<strong>de</strong>ram que o<br />
conhecimento e a subjetivida<strong>de</strong> “são, continuamente, construí<strong>do</strong>s no processo <strong>de</strong> individuação<br />
<strong>do</strong> sujeito e nas interações sociais” (VASCONCELLOS e VALSINER, 1995, p.15).<br />
E, num terceiro momento, faremos um recorte para o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> construção<br />
das significações a partir <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s e pesquisas que estão sen<strong>do</strong> realizadas com esta temática.<br />
1. A Construção <strong>do</strong> (não) apren<strong>de</strong>r: breve histórico.<br />
Sabemos que o apren<strong>de</strong>r engloba uma transformação <strong>do</strong> sujeito a partir da construção<br />
<strong>do</strong> conhecimento e, é essa relação <strong>do</strong> sujeito com o conhecimento que dá significa<strong>do</strong> ao<br />
apren<strong>de</strong>r (CHARLOT, 2000). Segun<strong>do</strong> este autor, o aluno que apresenta dificulda<strong>de</strong>s na<br />
aprendizagem é antes <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> um sujeito em confronto com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r<br />
conhecimentos diversos. Partimos <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que ele é um sujeito, portanto, “um ser<br />
humano” que apresenta <strong>de</strong>sejos que o movimentam na relação com outros sujeitos; “um ser<br />
social” inseri<strong>do</strong> num contexto familiar, ocupan<strong>do</strong> posição num espaço social, vivencian<strong>do</strong><br />
relações sociais e, finalmente; “um ser singular”, pois possui uma história, interpreta o<br />
mun<strong>do</strong>, dan<strong>do</strong> senti<strong>do</strong> a ele e ao papel que ocupa, às relações com os outros, à sua própria<br />
história e à sua singularida<strong>de</strong> (CHARLOT, 2000, p. 33).<br />
Um drama constante no cenário educacional atual é o <strong>de</strong> como lidar com o aluno que<br />
não segue o percurso da maioria, e que acaba sen<strong>do</strong> rotula<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma negativa no processo<br />
escolar. Quan<strong>do</strong> uma criança não apren<strong>de</strong>, professores e profissionais buscam diferentes<br />
teorias para explicar essa condição <strong>do</strong> aluno. Algumas impõem causas <strong>do</strong> insucesso no<br />
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