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Dissertacao Rita de Cassia Dramas e Tramas do - Área Restrita ...

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intersubjetivida<strong>de</strong> que ocorre a construção <strong>do</strong> sujeito (relações intersubjetivas na qual o<br />

sujeito constrói sua subjetivida<strong>de</strong>) e, portanto, a produção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>s.<br />

Zanella (1997, p.67), com base na concepção <strong>de</strong> Vygotsky, aponta que a significação é<br />

um “fenômeno das interações”, sen<strong>do</strong>, portanto social e historicamente produzida.<br />

Complementa ainda que, ao utilizar a mediação, o sujeito transforma o contexto, bem como a<br />

si próprio, a partir da apropriação das significações, constituin<strong>do</strong>-se, <strong>de</strong>ssa forma, a si mesmo<br />

como sujeito.<br />

No entanto, Bruner (1997) consi<strong>de</strong>ra que a construção <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s se dá a partir da<br />

apreensão <strong>do</strong>s aspectos culturais <strong>do</strong> contexto. Afirma que as pessoas são o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

processo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s, realiza<strong>do</strong> com o auxílio <strong>do</strong>s sistemas simbólicos da<br />

cultura. Bruner consi<strong>de</strong>ra que os significa<strong>do</strong>s têm suas origens e sua importância na cultura<br />

em que são cria<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma narrativa. Na obra Atos <strong>de</strong> Significação, Bruner (1997), além da<br />

referência à construção <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s, também apresenta reflexões sobre a psicologia<br />

cultural e a narrativa.<br />

Outra concepção a<strong>do</strong>tada é a <strong>de</strong> Bakhtin (1981), ao consi<strong>de</strong>rar que a significação não<br />

está na palavra, mas no efeito da interlocução. Ele aponta que é somente no processo <strong>de</strong><br />

interação que a consciência se impregna <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> semiótico, sen<strong>do</strong> o discurso ou<br />

interlocução um processo <strong>de</strong> produção social <strong>de</strong> significação. A preocupação <strong>do</strong> autor a<br />

respeito da relação eu-outro refere-se basicamente ao aspecto constitutivo, dialógico e<br />

dialético oriun<strong>do</strong> da participação <strong>do</strong> indivíduo em processos <strong>de</strong> comunicação. Desses<br />

aspectos, o dialógico caracteriza-se como principal, por ser através <strong>de</strong>sse movimento que os<br />

indivíduos se tornam sujeitos configura<strong>do</strong>s pelo outro na e pela palavra.<br />

Segun<strong>do</strong> Bakhtin (1981, p.113),<br />

na realida<strong>de</strong>, toda palavra comporta duas faces. Ela é <strong>de</strong>terminada tanto<br />

pelo fato <strong>de</strong> que proce<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguém, como pelo fato <strong>de</strong> que se dirige para<br />

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