Dissertacao Rita de Cassia Dramas e Tramas do - Área Restrita ...
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Consi<strong>de</strong>ra ainda que,<br />
forma que há sempre um processo biológico em gestação – evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong><br />
pelas ativida<strong>de</strong>s que as crianças <strong>de</strong>senvolvem ou <strong>de</strong>monstram po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong>senvolver, mas o conteú<strong>do</strong> é a experiência coletiva e histórica<br />
(AMARAL, 2001, p. 154).<br />
é possível afirmar, assim, que as imagens <strong>de</strong> si tecem um fio conduzi<strong>do</strong> pela<br />
consciência <strong>de</strong> si, em um movimento <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> e transformação.<br />
Estabilida<strong>de</strong> que aponta direções para mudanças não arbitrárias, mas que<br />
não <strong>de</strong>terminam <strong>de</strong> maneira <strong>de</strong>finitiva dada a influência <strong>do</strong>s vários meios.<br />
Imagens que são <strong>de</strong>lineadas pelo processo <strong>de</strong> consciência <strong>de</strong> si e que, ao<br />
mesmo tempo, apontam e recortam o olhar <strong>de</strong>ssa consciência (p. 155).<br />
Os textos produzi<strong>do</strong>s por crianças na pesquisa <strong>de</strong> Amaral (2001) indicaram que a<br />
criança tem consciência <strong>do</strong> seu processo <strong>de</strong> exclusão e que neste contexto, a reprovação é um<br />
traço marcante da imagem que a criança constrói <strong>de</strong> si. O trabalho em questão confirma que a<br />
boa experiência escolar é <strong>de</strong>terminante para a formação <strong>de</strong> uma imagem positiva <strong>de</strong> si.<br />
Trevisol e Menezes (2005) verificaram as concepções construídas pelos alunos das<br />
séries iniciais <strong>do</strong> ensino fundamental acerca <strong>do</strong> apren<strong>de</strong>r e <strong>do</strong> não apren<strong>de</strong>r. Nesse caso, as<br />
autoras apresentaram que o (não) apren<strong>de</strong>r, segun<strong>do</strong> os alunos, advém <strong>de</strong> um problema<br />
individual, pertencente a ele, <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> comportamentos ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s que, por<br />
conseqüência, os conduzem a um <strong>de</strong>sempenho escolar insatisfatório.<br />
Estu<strong>do</strong>s volta<strong>do</strong>s para a sociologia da infância, entre os quais citamos Corsaro (2005),<br />
Al<strong>de</strong>rson (2005) e Delga<strong>do</strong> e Müller (2005) apontam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo interativo<br />
<strong>de</strong> pesquisa em que as crianças são compreendidas como atores capazes <strong>de</strong> criar e modificar<br />
culturas mediante a sua interação no mun<strong>do</strong> adulto, ten<strong>do</strong> como foco suas vozes, olhares e<br />
experiências.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ramos que a interpretação da criança sobre o processo <strong>do</strong> não<br />
apren<strong>de</strong>r como resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um sujeito que apresenta dificulda<strong>de</strong>s na aprendizagem, não<br />
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