Dissertacao Rita de Cassia Dramas e Tramas do - Área Restrita ...
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A abordagem qualitativa, segun<strong>do</strong> González Rey (2002, p.33), compreen<strong>de</strong> “o lugar<br />
ativo <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r e <strong>do</strong> sujeito pesquisa<strong>do</strong> como produtores <strong>de</strong> pensamento”. Isso<br />
possibilita a constituição <strong>de</strong> um olhar investigativo e interlocutor <strong>de</strong>sses sujeitos sobre fatos e<br />
conhecimentos que estão sen<strong>do</strong> construí<strong>do</strong>s no processo <strong>de</strong> pesquisa. Assim, o conhecimento<br />
passa a ser compreendi<strong>do</strong> como uma construção dialógica e relacional, constituí<strong>do</strong><br />
socialmente nas mediações estabelecidas entre pesquisa<strong>do</strong>r e pesquisa<strong>do</strong>s.<br />
Gonzalez Rey (2002) aponta ainda, que a pesquisa qualitativa<br />
Ainda, para o autor,<br />
<strong>de</strong>bruça sobre o conhecimento <strong>de</strong> um objeto complexo: a subjetivida<strong>de</strong>,<br />
cujos elementos estão implica<strong>do</strong>s simultaneamente em diferentes processos<br />
constitutivos <strong>do</strong> to<strong>do</strong>, os quais mudam em face <strong>do</strong> contexto em que se<br />
expressa o sujeito concreto. A história e o contexto que caracterizam o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> sujeito marcam sua singularida<strong>de</strong>, que é expressão da<br />
riqueza e plasticida<strong>de</strong> <strong>do</strong> fenômeno subjetivo (p.51).<br />
A subjetivida<strong>de</strong> não é algo da<strong>do</strong>, que a priori <strong>de</strong>termina o curso das ações<br />
humanas, como por um longo tempo foi compreendi<strong>do</strong> o psíquico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua<br />
<strong>de</strong>finição intrapsíquica: a subjetivida<strong>de</strong> implica <strong>de</strong> forma simultânea o<br />
interno e o externo, o intrapsíquico e o interativo, pois em ambos os<br />
momentos se estão produzin<strong>do</strong> significações e senti<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<br />
mesmo espaço subjetivo, no que se integram o sujeito e a subjetivida<strong>de</strong><br />
social em múltiplas formas (p.22).<br />
A presente pesquisa preten<strong>de</strong>, portanto, além <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às perguntas formuladas<br />
neste estu<strong>do</strong>, promover uma reflexão teórico-meto<strong>do</strong>lógica acerca das significações que são<br />
construídas em um contexto on<strong>de</strong> estão inseri<strong>do</strong>s, numa trama, os alunos que apresentam<br />
dificulda<strong>de</strong>s na aprendizagem. Essas significações construídas por meio <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
relações constituem, <strong>de</strong>ssa forma, a condição dramática <strong>de</strong> não apren<strong>de</strong>nte.<br />
Essa compreensão ocorre por meio <strong>de</strong> uma imersão da pesquisa<strong>do</strong>ra na situação<br />
investigada, juntamente com os sujeitos envolvi<strong>do</strong>s na trama <strong>do</strong> (não) apren<strong>de</strong>r. Isso<br />
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