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Dissertacao Rita de Cassia Dramas e Tramas do - Área Restrita ...

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movimento <strong>de</strong> incorporação <strong>do</strong> outro para construção <strong>de</strong> si através <strong>de</strong> condutas <strong>de</strong> imitação e<br />

um movimento <strong>de</strong> expulsão <strong>do</strong> outro concretiza<strong>do</strong> pelas condutas <strong>de</strong> oposição. A criança<br />

passa a compreen<strong>de</strong>r sua posição nas relações com os outros. Com o estabelecimento da<br />

consciência <strong>de</strong> si há uma diminuição <strong>do</strong> sincretismo da pessoa, uma maior <strong>de</strong>marcação <strong>de</strong> si e<br />

<strong>do</strong> outro que conduz ao estágio categorial, através <strong>de</strong> uma mudança das organizações <strong>do</strong><br />

plano pessoal para o plano mental.<br />

O estágio categorial (6 – 11 anos) apresenta a ativida<strong>de</strong> da criança orientada para o<br />

conhecimento <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> exterior objetivo, configuran<strong>do</strong>-se no <strong>do</strong>mínio cognitivo. O interesse<br />

volta-se principalmente para a compreensão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e para o alargamento <strong>de</strong> seu espaço <strong>de</strong><br />

ação. Esse estágio apresenta uma etapa pré-categorial cujo pensamento ainda é sincrético e<br />

uma categorial propriamente dita com a formação <strong>de</strong> categorias intelectuais para o elemento<br />

<strong>de</strong> classificação, as quais manifestam o favorecimento <strong>de</strong> uma inteligência discursiva. Nesse<br />

estágio, a escola é o meio on<strong>de</strong> a criança convive com diferentes grupos e po<strong>de</strong> utilizar suas<br />

habilida<strong>de</strong>s, transforman<strong>do</strong> ou confirman<strong>do</strong> a imagem que traz <strong>de</strong> si, da vivência com a<br />

família.<br />

Partin<strong>do</strong> da concepção <strong>de</strong> que a individualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> eu só se constituirá na coletivida<strong>de</strong>,<br />

ou seja, nas relações que a pessoa manterá com o outro, à medida que o sujeito participa <strong>de</strong><br />

mais grupos e convive com outras pessoas, há um fortalecimento da formação da pessoa para<br />

Wallon (1975a). A constância na transformação da pessoa, segun<strong>do</strong> Wallon, se dá por meio<br />

das interações que o indivíduo estabelece com o meio. Aliás, to<strong>do</strong> o processo evolutivo da<br />

criança se dá com e pela participação <strong>do</strong>(s) outro(s). Para o autor, o homem é eminentemente<br />

social porque se constitui no social, nas e pelas interações. Na relação que <strong>de</strong>senvolve com o<br />

outro, a pessoa vive numa constante tensão, num jogo <strong>de</strong> forças antagônicas, sen<strong>do</strong> essa<br />

oposição sentida não só entre ele e o outro, bem como se tornan<strong>do</strong> parte <strong>de</strong> sua própria<br />

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