ESTADOS LIMITE DE COMPONENTES MECˆANICOS ... - UFRJ
ESTADOS LIMITE DE COMPONENTES MECˆANICOS ... - UFRJ
ESTADOS LIMITE DE COMPONENTES MECˆANICOS ... - UFRJ
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
1.1 Contextualização do problema da acomodação<br />
elástica<br />
Em geral, para o projeto mecânico de componentes tais como vasos de pressão,<br />
tubulações, bocais etc, e mais particularmente para centrais nucleares, utilizam-se nor-<br />
mas de projeto entre as quais se destaca a da ASME. Na seção III da ASME - Nu-<br />
clear Power Plant Components, são indicados dois roteiros para o projeto. O primeiro<br />
conhecido por “Design by Formula”, tem o formato das versões antigas do código,<br />
prescrevendo para condições muito bem definidas, tensões admissíveis. As tensões são<br />
categorizadas por um critério originário da teoria das cascas (tensões de membrana<br />
e flexão). Além do DBF deixar de fora várias situações de interesse, os avanços na<br />
análise estrutural com a difusão do uso de elementos finitos 2D e 3D, paradoxalmente,<br />
tornaram mais problemática a categorização das tensões. Além disso, inspeções em<br />
componentes instalados podem detectar situações que se afastam das condições bem<br />
definidas para as quais as tensões admissíveis são prescritas e nesse caso a garantia da<br />
segurança torna-se problemática.<br />
Reconhecendo a impossibilidade de cobrir todos os casos, a própria ASME, se-<br />
guindo o BS5500 prevê, uma segunda via para o projeto, dita “Design by Analysis”,<br />
pela qual, análises detalhadas devem garantir a estrutura contra oito tipos de falha, a<br />
saber: 1) deformação elástica excessiva (inclusive instabilidade elástica); 2) deformação<br />
plástica excessiva; 3) fratura frágil; 4) colapso instantâneo; 5) colapso incremental (in-<br />
cluindo a instabilidade plástica); 6) fadiga de baixo ciclo (plasticidade alternada); 7)<br />
corrosão sob tensão e 8) fadiga com corrosão; (Mackenzie e Boyle, 1996).<br />
Na realidade, ainda que incorporando correções para levar em conta outros<br />
fenômenos, em geral não é possível projetar componentes, com cargas térmicas im-<br />
portantes e tensões residuais não conhecidas, considerando apenas a solução elástica<br />
e tensões admissíveis. Isto porque, além dos aços dúcteis utilizados terem domínios<br />
elásticos muito pequenos, a magnitude das tensões térmicas e as tensões residuais pré<br />
existentes ou causadas por choques térmicos, soldas e outros efeitos, podem (Heitzer<br />
e Staat, 1999, Gill, 1970), elevar localmente as tensões para além do domínio elástico.<br />
2