12.04.2013 Views

Avaliação de Gestores Baseada na Gestão por ... - Ppga.com.br

Avaliação de Gestores Baseada na Gestão por ... - Ppga.com.br

Avaliação de Gestores Baseada na Gestão por ... - Ppga.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ<<strong>br</strong> />

Márcia Regi<strong>na</strong> <strong>de</strong> Oliveira<<strong>br</strong> />

AVALIAÇÃO DE GESTORES BASEADA NA<<strong>br</strong> />

GESTÃO POR COMPETÊNCIAS:<<strong>br</strong> />

o caso <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> alta tecnologia<<strong>br</strong> />

Taubaté – SP<<strong>br</strong> />

2007


UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ<<strong>br</strong> />

Márcia Regi<strong>na</strong> <strong>de</strong> Oliveira<<strong>br</strong> />

AVALIAÇÃO DE GESTORES BASEADA NA<<strong>br</strong> />

GESTÃO POR COMPETÊNCIAS:<<strong>br</strong> />

o caso <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> alta tecnologia<<strong>br</strong> />

Dissertação apresentada <strong>com</strong>o parte das<<strong>br</strong> />

exigências para obtenção do Título <strong>de</strong> Mestre<<strong>br</strong> />

pelo Curso <strong>de</strong> Mestrado em <strong>Gestão</strong> e<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento Regio<strong>na</strong>l do Departamento<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Economia, Contabilida<strong>de</strong> e Administração<<strong>br</strong> />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté.<<strong>br</strong> />

Área <strong>de</strong> concentração: <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Recursos<<strong>br</strong> />

Socioprodutivos.<<strong>br</strong> />

Orientadores: Prof. Dr. Paulo Ta<strong>de</strong>u <strong>de</strong> Mello<<strong>br</strong> />

Lourenção e Profa. Dra. Isabel Cristi<strong>na</strong> dos<<strong>br</strong> />

Santos.<<strong>br</strong> />

Taubaté – SP<<strong>br</strong> />

2007


MÁRCIA REGINA DE OLIVEIRA<<strong>br</strong> />

AVALIAÇÃO DE GESTORES BASEADA NA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS:<<strong>br</strong> />

Data: __________________<<strong>br</strong> />

Resultado: ______________<<strong>br</strong> />

BANCA EXAMINADORA<<strong>br</strong> />

o caso <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> alta tecnologia<<strong>br</strong> />

Dissertação apresentada <strong>com</strong>o parte das<<strong>br</strong> />

exigências para obtenção do Título <strong>de</strong> Mestre<<strong>br</strong> />

pelo Curso <strong>de</strong> Mestrado em <strong>Gestão</strong> e<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento Regio<strong>na</strong>l do Departamento<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Economia, Contabilida<strong>de</strong> e Administração<<strong>br</strong> />

da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté.<<strong>br</strong> />

Área <strong>de</strong> concentração: <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Recursos<<strong>br</strong> />

Socioprodutivos.<<strong>br</strong> />

Orientadores: Prof. Dr. Paulo Ta<strong>de</strong>u <strong>de</strong> Mello<<strong>br</strong> />

Lourenção e Profa. Dra. Isabel Cristi<strong>na</strong> dos<<strong>br</strong> />

Santos.<<strong>br</strong> />

Prof. _______________________________________ Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté<<strong>br</strong> />

Assi<strong>na</strong>tura __________________________________<<strong>br</strong> />

Prof. _______________________________________ ____________________<<strong>br</strong> />

Assi<strong>na</strong>tura __________________________________<<strong>br</strong> />

Prof. _______________________________________ ____________________<<strong>br</strong> />

Assi<strong>na</strong>tura __________________________________


A Deus


AGRADECIMENTOS<<strong>br</strong> />

Aos meus orientadores, Prof. Dr. Paulo Ta<strong>de</strong>u <strong>de</strong> Mello Lourenção e Profa. Dra.<<strong>br</strong> />

Isabel Cristi<strong>na</strong> dos Santos, que vislum<strong>br</strong>aram minha idéia e <strong>com</strong> maestria<<strong>br</strong> />

conduziram o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho.<<strong>br</strong> />

Aos meus pais e irmãos pelo apoio e constantes incentivos.<<strong>br</strong> />

À Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté e aos professores, pelos ensi<strong>na</strong>mentos.<<strong>br</strong> />

À Profa. Dra. Ed<strong>na</strong> Maria Querido <strong>de</strong> Oliveira Chamon, <strong>por</strong> conce<strong>de</strong>r inúmeras<<strong>br</strong> />

o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizado, <strong>de</strong>bater idéias e <strong>de</strong>finir caminhos metodológicos que<<strong>br</strong> />

muito enriqueceram este trabalho e o meu <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

Ao Lincoln Shiodiro Ishikawa e Virgilio Calças Filho, engenheiros da empresa<<strong>br</strong> />

pesquisada, pela permissão e apoio à realização <strong>de</strong>ste estudo.<<strong>br</strong> />

Aos gestores da empresa em estudo que, <strong>com</strong>o sujeitos da pesquisa, se dispuseram<<strong>br</strong> />

a colaborar <strong>com</strong> a realização <strong>de</strong>ste trabalho.<<strong>br</strong> />

Aos amigos Alessandra Bombo<strong>na</strong>ti, Alexandra Figueira, Amaro Zapellini e Dario<<strong>br</strong> />

Kajyama pelo apoio nos momentos difíceis, discussões a respeito do tema e<<strong>br</strong> />

sugestões valiosas.<<strong>br</strong> />

À amiga especial, Sandra Aparecida Nogueira <strong>de</strong> Oliveira Boffi, pelo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panheirismo em todos os momentos <strong>de</strong>ste estudo.<<strong>br</strong> />

A todos que, <strong>de</strong> alguma forma, contribuíram <strong>com</strong> este trabalho e não estão<<strong>br</strong> />

nomi<strong>na</strong>lmente citados.


“Se queres colher em três anos;<<strong>br</strong> />

planta trigo;<<strong>br</strong> />

se queres colher em <strong>de</strong>z anos;<<strong>br</strong> />

planta uma árvore;<<strong>br</strong> />

mas, se queres colher para sempre,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolve o homem.”<<strong>br</strong> />

Provérbio chinês


RESUMO<<strong>br</strong> />

Este trabalho visa contribuir ao <strong>de</strong>bate referente ao conceito e instrumentos usados<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong> avaliação <strong>de</strong> gestores <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências. A relevância <strong>de</strong>ste estudo pauta-se <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> particularizar os instrumentos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> gestores das<<strong>br</strong> />

empresas <strong>de</strong> alta tecnologia, <strong>com</strong>o as situadas <strong>na</strong> região do Cone Leste Paulista. O<<strong>br</strong> />

objetivo do trabalho é verificar a percepção dos gestores quanto à aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências <strong>na</strong>quele ambiente. Apresenta-<<strong>br</strong> />

se uma síntese referente à noção e ao conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências a partir da revisão<<strong>br</strong> />

das principais correntes teóricas, o que resultou em um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência e,<<strong>br</strong> />

também, i<strong>de</strong>ntificar <strong>na</strong> literatura pesquisada, um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas,<<strong>br</strong> />

aplicável ao ambiente especificado. Em seguida, apresenta-se a percepção dos<<strong>br</strong> />

gestores quanto à aplicabilida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>ntificado no que se refere à avaliação<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>com</strong>petências. O método proposto tem <strong>por</strong> base entrevistas semi-estruturadas<<strong>br</strong> />

que foram realizadas em uma empresa <strong>de</strong> alta tecnologia, localizada no Vale do<<strong>br</strong> />

Paraíba. A pesquisa consi<strong>de</strong>ra um grupo <strong>de</strong> vinte e seis gestores, do qual é<<strong>br</strong> />

separada uma amostra <strong>de</strong> nove gestores <strong>de</strong> nível um, e seis <strong>de</strong> nível intermediário.<<strong>br</strong> />

O resultado da investigação, associado aos referenciais teóricos, possibilita uma<<strong>br</strong> />

melhor <strong>com</strong>preensão <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> gestores e aponta que o<<strong>br</strong> />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Referência traduz a<strong>de</strong>quadamente os <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> avaliação dos gestores<<strong>br</strong> />

em ambiente <strong>de</strong> alta tecnologia. A partir das entrevistas, i<strong>de</strong>ntificam-se temas<<strong>br</strong> />

im<strong>por</strong>tantes relacio<strong>na</strong>dos à avaliação <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências: facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entendimento<<strong>br</strong> />

do mo<strong>de</strong>lo, apoio ao <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l, redução da subjetivida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

processo <strong>de</strong> avaliação e dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação.<<strong>br</strong> />

Palavras-chave: <strong>Gestão</strong> <strong>por</strong> Competências. <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Competências. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Pessoas.


ABSTRACT<<strong>br</strong> />

This paper intends to contribute for a <strong>de</strong>ep <strong>de</strong>bate about the concept and the tools<<strong>br</strong> />

used for evaluation of ma<strong>na</strong>gers, based on <strong>com</strong>petencies concept. The relevance of<<strong>br</strong> />

this study is justified by the necessity of <strong>de</strong>veloping specific tools for evaluation of<<strong>br</strong> />

ma<strong>na</strong>gers, in high-tech <strong>com</strong>panies, like those placed on Cone Leste Paulista. The<<strong>br</strong> />

purpose of this paper is to verify the perception of ma<strong>na</strong>gers about the applicability of<<strong>br</strong> />

a <strong>com</strong>petency based ma<strong>na</strong>gement mo<strong>de</strong>l in that environment. It is inten<strong>de</strong>d to show<<strong>br</strong> />

a synthesis about the notion and the concept of <strong>com</strong>petencies, thorough the review<<strong>br</strong> />

of the main theoretical aspects, that result in a reference mo<strong>de</strong>l and, also, to i<strong>de</strong>ntify<<strong>br</strong> />

a <strong>com</strong>petency based mo<strong>de</strong>l for people ma<strong>na</strong>gement, in the researched literature,<<strong>br</strong> />

applied to the specified environment. After that, it is presented the perception of<<strong>br</strong> />

ma<strong>na</strong>gers in relation to the applicability of the i<strong>de</strong>ntified <strong>com</strong>petency evaluation<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>l. The proposed method is based on semi structured interviews that were<<strong>br</strong> />

performed in high-tech Company placed at Vale do Paraiba. The research consi<strong>de</strong>rs<<strong>br</strong> />

a reference group <strong>com</strong>posed by twenty-six ma<strong>na</strong>gers, out of which a sample<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>posed by nine ma<strong>na</strong>gers of level one and six of intermediate level is separated.<<strong>br</strong> />

The results of the research, associated to the theoretical references, e<strong>na</strong>ble a better<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prehension of a ma<strong>na</strong>ger evaluation process and point out that the Reference<<strong>br</strong> />

Mo<strong>de</strong>l en<strong>com</strong>passes the challenges of evaluation of ma<strong>na</strong>gers in a high technology<<strong>br</strong> />

environment. From the interviews, relevant themes related to <strong>com</strong>petency based<<strong>br</strong> />

evaluation are i<strong>de</strong>ntified: easy un<strong>de</strong>rstanding of the mo<strong>de</strong>l, sup<strong>por</strong>t to professio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>velopment, reduction on subjectivity of the evaluation process and implementation<<strong>br</strong> />

hurdles.<<strong>br</strong> />

Key words: Competency Ma<strong>na</strong>gement. Competency Evaluation. People<<strong>br</strong> />

Ma<strong>na</strong>gement.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS<<strong>br</strong> />

ARH – Administrador <strong>de</strong> Recursos Humanos<<strong>br</strong> />

CHA – Conhecimento, Habilida<strong>de</strong>s e Atitu<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

GDL – Gerenciamento do Desempenho do Lí<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />

GDP – Gerenciamento <strong>de</strong> Desempenho <strong>de</strong> Pessoal<<strong>br</strong> />

GRH – Gestor <strong>de</strong> Recursos Humanos<<strong>br</strong> />

TI – Tecnologia da Informação<<strong>br</strong> />

SGPIE – Sistema <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas Integrado e Estratégico<<strong>br</strong> />

UCE – Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Contexto Elementar<<strong>br</strong> />

UN – Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Negócio<<strong>br</strong> />

VCS – Vantagem Competitiva Sustentável


LISTA DE FIGURAS<<strong>br</strong> />

Figura 1 - Conhecimentos, Habilida<strong>de</strong>s e Atitu<strong>de</strong>s – CHA .......................................31<<strong>br</strong> />

Figura 2 - Árvore das Competências ........................................................................32<<strong>br</strong> />

Figura 3 - Conceitos <strong>de</strong> Competências Complementares ........................................36<<strong>br</strong> />

Figura 4 - Competência Essencial <strong>com</strong>o Capacida<strong>de</strong> Estratégica ...........................42<<strong>br</strong> />

Figura 5 - Competências Fonte <strong>de</strong> Valor para o Indivíduo e Organização ...............48<<strong>br</strong> />

Figura 6 - Dimensões <strong>de</strong> Complexida<strong>de</strong> ..................................................................52<<strong>br</strong> />

Figura 7 - Estratégias Empresariais e Formação <strong>de</strong> Competências.........................55<<strong>br</strong> />

Figura 8 - Perfil Desejado do Gestor <strong>de</strong> Pessoas.....................................................59<<strong>br</strong> />

Figura 9 - Mo<strong>de</strong>lo Conceitual <strong>de</strong> Referência ............................................................69<<strong>br</strong> />

Figura 10 - Estrutura da Concepção do Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> ....................................70<<strong>br</strong> />

Figura 11 - Atribuições e Responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um Eixo <strong>de</strong> Carreira Gerencial .....71<<strong>br</strong> />

Figura 12 - Requisitos <strong>de</strong> Acesso <strong>de</strong> um Eixo <strong>de</strong> Carreira Gerencial.......................72<<strong>br</strong> />

Figura 13 - Trajetórias Profissio<strong>na</strong>is .........................................................................73<<strong>br</strong> />

Figura 14 - Processo <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Competências ..............................................74<<strong>br</strong> />

Figura 15 - <strong>Avaliação</strong> dos Requisitos Técnicos........................................................75<<strong>br</strong> />

Figura 16 - <strong>Avaliação</strong> das Atribuições e Responsabilida<strong>de</strong>s ....................................76<<strong>br</strong> />

Figura 17 - Saída Gráfica da <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> uma Pessoa ..........................................77<<strong>br</strong> />

Figura 18 - Saída Gráfica da <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Várias Pessoas .....................................78<<strong>br</strong> />

Figura 19 - Matriz <strong>de</strong> Análise da <strong>Avaliação</strong> ..............................................................79<<strong>br</strong> />

Figura 20 - Fluxo das Principais Etapas da Pesquisa ..............................................90<<strong>br</strong> />

Figura 21 - Fluxo do Processo <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Competências dos Lí<strong>de</strong>res..........101<<strong>br</strong> />

Figura 22 - Exemplo <strong>de</strong> uma Análise <strong>de</strong> gap <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong> um Lí<strong>de</strong>r.........102<<strong>br</strong> />

Figura 23 - Classificação Hierárquica Decrescente I..............................................109<<strong>br</strong> />

Figura 24 - Classificação Hierárquica Decrescente II.............................................110


Figura 25 - Classes I<strong>de</strong>ntificadas no Alceste© .......................................................111<<strong>br</strong> />

Figura 26 - Análise Fatorial <strong>de</strong> Correspondência Eixo 1e 2 ...................................112<<strong>br</strong> />

Figura 27 - Análise Fatorial <strong>de</strong> Correspondência Eixo 3 e 4...................................113<<strong>br</strong> />

Figura 28 - Estrutura das Classes e Subclasses....................................................115<<strong>br</strong> />

Figura 29 - Estrutura da Classe 1...........................................................................116<<strong>br</strong> />

Figura 30 - Estrutura da Classe 2...........................................................................118<<strong>br</strong> />

Figura 31 - Estrutura da Classe 3...........................................................................121<<strong>br</strong> />

Figura 32 - Estrutura da Classe 4...........................................................................123<<strong>br</strong> />

Figura 33 - Estrutura da Classe 5...........................................................................125


LISTA DE QUADROS<<strong>br</strong> />

Quadro 1 - Evolução da Administração <strong>de</strong> Recursos Humanos no Brasil (ARH).....23<<strong>br</strong> />

Quadro 2 - Fatores Críticos para Formação e Competências Organizacio<strong>na</strong>is........45<<strong>br</strong> />

Quadro 3 - Competências do Profissio<strong>na</strong>l ................................................................48<<strong>br</strong> />

Quadro 4 - Competências do Gestor........................................................................60<<strong>br</strong> />

Quadro 5 - Pesquisa so<strong>br</strong>e os Objetivos dos Sistemas <strong>de</strong> Competências...............65<<strong>br</strong> />

Quadro 6 - Conceitos <strong>de</strong> Competências Individuais.................................................67<<strong>br</strong> />

Quadro 7 - Situações Relevantes para Diferentes Estratégias <strong>de</strong> Pesquisa............83<<strong>br</strong> />

Quadro 8 - Composição da Amostra ........................................................................87<<strong>br</strong> />

Quadro 9 - Competências Individuais O<strong>br</strong>igatórias e Opcio<strong>na</strong>is ..............................97<<strong>br</strong> />

Quadro 10 - Etapas do Processo <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong>......................................................100<<strong>br</strong> />

Quadro 11 - Caracterização dos Respon<strong>de</strong>ntes – Pesquisa Fi<strong>na</strong>l .........................104<<strong>br</strong> />

Quadro 12 - Resultados Quantitativos – Pesquisa Fi<strong>na</strong>l ........................................106<<strong>br</strong> />

Quadro 13 - Resultados <strong>por</strong> Respon<strong>de</strong>nte – Pesquisa Fi<strong>na</strong>l..................................107<<strong>br</strong> />

Quadro 14 - Palavras Significativas para a I<strong>de</strong>ntificação das Classes ...................114


SUMÁRIO<<strong>br</strong> />

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................16<<strong>br</strong> />

1.1 O PROBLEMA.....................................................................................................19<<strong>br</strong> />

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................19<<strong>br</strong> />

1.2.1 Objetivo Geral .......................................................................19<<strong>br</strong> />

1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................19<<strong>br</strong> />

1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO..............................................................................20<<strong>br</strong> />

1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ...............................................................................21<<strong>br</strong> />

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .......................................................................21<<strong>br</strong> />

2 CONTEXTO DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.......................................23<<strong>br</strong> />

2.1 NOVO DESENHO ORGANIZACIONAL ..............................................................25<<strong>br</strong> />

2.2 ORGANIZAÇÕES DE ALTO DESEMPENHO.....................................................26<<strong>br</strong> />

2.3 HISTÓRICO E CONCEITOS DE COMPETÊNCIA..............................................28<<strong>br</strong> />

2.3.1 Competências Essenciais .......................................................39<<strong>br</strong> />

2.3.2 Competências Organizacio<strong>na</strong>is................................................43<<strong>br</strong> />

2.3.3 Competências Individuais .......................................................47<<strong>br</strong> />

2.4 A COMPLEXIDADE E O ESPAÇO OCUPACIONAL ..........................................50<<strong>br</strong> />

2.5 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DE<<strong>br</strong> />

COMPETÊNCIAS......................................................................................................54<<strong>br</strong> />

2.6 PERFIL DO GESTOR EM EMPRESAS DE BASE TECNÓLOGICA...................55<<strong>br</strong> />

2.7 GESTÃO DE DESEMPENHO .............................................................................61<<strong>br</strong> />

2.8 GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS ...............................................63<<strong>br</strong> />

2.9 A CONTRIBUIÇÃO DA REVISÃO DE LITERATURA PARA A PESQUISA ........66<<strong>br</strong> />

3 MODELO CONCEITUAL DE REFERÊNCIA ADOTADO......................................69<<strong>br</strong> />

4 MÉTODO................................................................................................................81<<strong>br</strong> />

4.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ......................................................................81<<strong>br</strong> />

4.1.1 Quanto ao nível .....................................................................81<<strong>br</strong> />

4.1.2 Quanto à <strong>de</strong>limitação da pesquisa ...........................................82<<strong>br</strong> />

4.1.3 Quanto à abordagem ..............................................................84<<strong>br</strong> />

4.2 AUTORIZAÇÕES ................................................................................................85<<strong>br</strong> />

4.3 INSTRUMENTOS................................................................................................85<<strong>br</strong> />

4.4 UNIVERSO DE PESQUISA E AMOSTRA ..........................................................86<<strong>br</strong> />

4.5 PLANO DE COLETA DE DADOS E FLUXO DAS ETAPAS DA PESQUISA ......88


4.5.1 Tratamento dos dados ............................................................91<<strong>br</strong> />

5 RESULTADOS.......................................................................................................94<<strong>br</strong> />

5.1 MODELO DE GESTÃO DE COMPETÊNCIAS NA EMPRESA PESQUISADA...94<<strong>br</strong> />

5.1.1 Gerenciamento do Desempenho Pessoal..................................98<<strong>br</strong> />

5.2 DESCRIÇÃO DA AMOSTRA – PESQUISA FINAL ...........................................103<<strong>br</strong> />

5.3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS – PESQUISA FINAL .....................................106<<strong>br</strong> />

5.3.1 Classificação Hierárquica Descen<strong>de</strong>nte ................................. 109<<strong>br</strong> />

5.3.2 Formação das Classes ......................................................... 110<<strong>br</strong> />

6 DISCUSSÃO ........................................................................................................128<<strong>br</strong> />

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................133<<strong>br</strong> />

REFERÊNCIAS.......................................................................................................136<<strong>br</strong> />

APÊNDICE I - ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA - A................140<<strong>br</strong> />

APÊNDICE II - ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA - B...............142<<strong>br</strong> />

APÊNDICE III - CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO DA PESQUISA............144<<strong>br</strong> />

APÊNDICE IV - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO..........145<<strong>br</strong> />

GLOSSÁRIO...........................................................................................................146


1 INTRODUÇÃO<<strong>br</strong> />

As transformações econômicas, sociais e políticas, ocorridas <strong>na</strong>s últimas décadas,<<strong>br</strong> />

têm sido creditadas, <strong>por</strong> autores <strong>com</strong>o Prahalad e Hamel (1995) e Dutra (2004),<<strong>br</strong> />

principalmente, às novas tecnologias da informação - TI.<<strong>br</strong> />

Os avanços <strong>na</strong> TI propiciaram a crescente integração dos mercados mundiais, dos<<strong>br</strong> />

meios <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação remota e dos sistemas <strong>de</strong> trans<strong>por</strong>tes que, <strong>por</strong> sua vez,<<strong>br</strong> />

viabilizaram as ações <strong>de</strong> controle do <strong>com</strong>ércio disperso geograficamente e a<<strong>br</strong> />

inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lização dos fluxos fi<strong>na</strong>nceiros. Des<strong>de</strong> então, as empresas <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is e<<strong>br</strong> />

multi<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is ingressaram em um ambiente <strong>de</strong> extrema <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>, marcado<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> redução <strong>na</strong> faixa <strong>de</strong> participação <strong>de</strong> mercado, <strong>de</strong>clínio das margens <strong>de</strong> lucro,<<strong>br</strong> />

diminuição do ciclo <strong>de</strong> vida dos produtos, elevação dos índices <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego, e,<<strong>br</strong> />

ainda, uma mudança <strong>na</strong>s relações <strong>de</strong> trabalho.<<strong>br</strong> />

Essa conjuntura exigiu das empresas, especialmente daquelas mais expostas aos<<strong>br</strong> />

efeitos da <strong>com</strong>petição <strong>por</strong> vantagens tecnológicas, uma profunda reflexão em<<strong>br</strong> />

relação aos seus propósitos, ao mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão vigente e à sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

adaptação aos novos requisitos do ambiente <strong>com</strong>petitivo.<<strong>br</strong> />

Essas reflexões ensejaram a percepção do valor do capital humano <strong>na</strong> mobilização<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ações para a adoção <strong>de</strong> novos parâmetros <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>na</strong> prestação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

serviços e dos produtos, estabelecendo uma nova perspectiva para a relação capital<<strong>br</strong> />

versus trabalho. As relações <strong>de</strong> negócios têm sido flexibilizadas, o que tem<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>slocado a função manufatureira para centros <strong>com</strong> menores custos, visando a<<strong>br</strong> />

empresa central, uma gran<strong>de</strong> especialista em gestão do relacio<strong>na</strong>mento entre<<strong>br</strong> />

16


parceiros industriais e mercado. O ritmo das inovações tecnológicas <strong>de</strong>safia as mais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexas estratégias da <strong>com</strong>petição e tor<strong>na</strong> a socieda<strong>de</strong> mais exigente.<<strong>br</strong> />

Logo, a forma <strong>de</strong> gerir pessoas segundo os princípios do taylorismo-fordismo, que<<strong>br</strong> />

pautaram o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> divisão especializada do trabalho em cargos <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

o tipo <strong>de</strong> operação executada pelos empregados, justificando, assim as diferenças<<strong>br</strong> />

entre os cargos, a estrutura <strong>de</strong> remuneração, e re<strong>com</strong>pensando a produtivida<strong>de</strong> <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

meio <strong>de</strong> prêmios agregados a ela; e do mo<strong>de</strong>lo hierárquico-funcio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>senvolvido<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> Fayol – orientado pela verticalização funcio<strong>na</strong>l - que segue a lógica <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

diferenciar, em níveis, as diversas hierarquias, associada ao po<strong>de</strong>r e à autorida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

cultural, ou funcio<strong>na</strong>l, também <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>da <strong>de</strong>partamental, que se tornou uma visão<<strong>br</strong> />

clássica das organizações em escala mundial <strong>na</strong> primeira meta<strong>de</strong> do Séc. XX, ce<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

lugar a um mo<strong>de</strong>lo organizacio<strong>na</strong>l mais sistêmico, holístico e interativo, à medida<<strong>br</strong> />

que o processo <strong>de</strong>cisório é cada vez mais <strong>de</strong>scentralizado, segundo Dutra (2004).<<strong>br</strong> />

Em conseqüência, novas <strong>com</strong>petências são necessárias para garantir a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> organizacio<strong>na</strong>l, em nível global. Esse fato evi<strong>de</strong>ncia que o maior<<strong>br</strong> />

patrimônio das organizações é um bem intangível, ou seja, o conhecimento atrelado<<strong>br</strong> />

às habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s das pessoas, que serão convertidos em resultados para o<<strong>br</strong> />

negócio e para a socieda<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Amplia-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adotar-se uma nova postura em relação ao mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

tradicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> organizar o trabalho e gerir pessoas, em que o enfoque da gestão está<<strong>br</strong> />

no indivíduo e não mais no cargo ou no nível hierárquico, viabilizando implantar uma<<strong>br</strong> />

gestão baseada <strong>na</strong>s <strong>com</strong>petências essenciais que estimule, <strong>de</strong> modo contínuo, o<<strong>br</strong> />

aumento da <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> organizacio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

17


As pessoas <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas fatores-chave para as organizações, ao<<strong>br</strong> />

contrário da visão ainda predomi<strong>na</strong>nte <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-o<strong>br</strong>a <strong>com</strong>o recurso abundante e<<strong>br</strong> />

barato, mais freqüente em empresas <strong>de</strong> produção seriada. As organizações<<strong>br</strong> />

apoiadas em alta tecnologia, conforme evi<strong>de</strong>nciaram Prahalad e Hamel (1995), têm<<strong>br</strong> />

buscado promover um nível <strong>de</strong> <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> sustentável, a partir das<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências dos indivíduos <strong>na</strong>quilo que possam contribuir para a diferenciação<<strong>br</strong> />

estratégica da organização. Assim, as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is <strong>de</strong>vem<<strong>br</strong> />

contemplar o acervo <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências huma<strong>na</strong>s, <strong>com</strong>o parte dos seus recursos<<strong>br</strong> />

estratégicos.<<strong>br</strong> />

Em sua abordagem Dutra (2001, p. 07) argumenta que “a empresa <strong>com</strong>petitiva<<strong>br</strong> />

precisa, mais do que nunca, <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r o elemento humano e <strong>de</strong>senvolver a<<strong>br</strong> />

educação cor<strong>por</strong>ativa, o que trará implicações mais concretas para a organização.”<<strong>br</strong> />

Portanto, embora se reconheça a im<strong>por</strong>tância da capacitação, esta pesquisa tem<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o objeto a percepção dos gestores so<strong>br</strong>e o processo <strong>de</strong> avaliação baseado no<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências, uma vez que eles são sujeitos e também<<strong>br</strong> />

agentes do processo, cuja filosofia subjacente é contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

das pessoas, além da responsabilida<strong>de</strong> so<strong>br</strong>e os resultados e a gestão <strong>de</strong> recursos.<<strong>br</strong> />

O presente estudo apresenta uma pesquisa realizada em uma empresa localizada<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong> região do Vale do Paraíba, <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São José dos Campos – SP, <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

objetivo <strong>de</strong> verificar a percepção dos gestores quanto à aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências, em ambiente <strong>de</strong> alta tecnologia. A<<strong>br</strong> />

motivação central <strong>de</strong>ste trabalho é obter uma melhor <strong>com</strong>preensão do processo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

avaliação <strong>de</strong> gestores.<<strong>br</strong> />

18


1.1 O PROBLEMA<<strong>br</strong> />

O ambiente <strong>com</strong>plexo, turbulento e inconstante, no qual as organizações estão<<strong>br</strong> />

inseridas, acentua a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> revisarem continuamente a forma <strong>de</strong> gerir<<strong>br</strong> />

pessoas e o seu capital intelectual, uma vez que os gestores estão sendo cada vez<<strong>br</strong> />

mais <strong>de</strong>safiados a encontrarem soluções para melhorar a eficácia organizacio<strong>na</strong>l e<<strong>br</strong> />

garantir a vantagem <strong>com</strong>petitiva sustentável.<<strong>br</strong> />

Desta forma, parece fundamental que as <strong>com</strong>petências dos gestores estejam em<<strong>br</strong> />

conformida<strong>de</strong> <strong>com</strong> as estratégias organizacio<strong>na</strong>is, <strong>com</strong>o um meio <strong>de</strong> garantir<<strong>br</strong> />

congruência entre os <strong>de</strong>safios e a ação gerencial.<<strong>br</strong> />

Em contexto <strong>de</strong> rápidas e contínuas mudanças, tor<strong>na</strong>-se <strong>de</strong> vital im<strong>por</strong>tância para a<<strong>br</strong> />

organização dis<strong>por</strong> <strong>de</strong> instrumentos que permitam avaliar o grau <strong>de</strong> prontidão dos<<strong>br</strong> />

seus gestores em respon<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> e das mudanças, e,<<strong>br</strong> />

adicio<strong>na</strong>lmente permitam i<strong>de</strong>ntificar necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências <strong>de</strong>sses gestores.<<strong>br</strong> />

1.2 OBJETIVOS<<strong>br</strong> />

1.2.1 Objetivo Geral<<strong>br</strong> />

Este estudo preten<strong>de</strong> verificar a percepção dos gestores quanto à aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências em ambiente <strong>de</strong> alta tecnologia.<<strong>br</strong> />

1.2.2 Objetivos Específicos<<strong>br</strong> />

A fim <strong>de</strong> atingir o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho, preten<strong>de</strong>-se:<<strong>br</strong> />

19


• Elaborar uma síntese relativa à noção e ao conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, a partir<<strong>br</strong> />

da revisão das principais correntes teóricas.<<strong>br</strong> />

• I<strong>de</strong>ntificar, <strong>na</strong> literatura pesquisada, um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências aplicável a ambiente <strong>de</strong> alta tecnologia, que resulte em um<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência.<<strong>br</strong> />

• Investigar a percepção dos gestores que atuam <strong>na</strong>quele ambiente quanto à<<strong>br</strong> />

aplicabilida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>ntificado, no que se refere à avaliação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências.<<strong>br</strong> />

1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO<<strong>br</strong> />

O estudo foi <strong>de</strong>senvolvido em uma empresa do setor produtivo <strong>com</strong> aplicação <strong>de</strong> alta<<strong>br</strong> />

tecnologia, orientada pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Competências, localizada no Vale<<strong>br</strong> />

do Paraíba, <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São José dos Campos – São Paulo.<<strong>br</strong> />

A pesquisa tomou <strong>com</strong>o referência um grupo <strong>de</strong> vinte e seis gestores que atuam em<<strong>br</strong> />

dois níveis hierárquicos gerenciais da organização - nível um e intermediário. A<<strong>br</strong> />

amostra é <strong>com</strong>posta <strong>por</strong> nove gestores <strong>de</strong> nível um e seis <strong>de</strong> nível intermediário. A<<strong>br</strong> />

organização escolhida adotou o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências <strong>com</strong>o base<<strong>br</strong> />

conceitual da gestão <strong>de</strong> pessoas.<<strong>br</strong> />

A amostra foi escolhida <strong>de</strong> maneira aleatória, <strong>de</strong>ntro da população <strong>de</strong>finida. Essa<<strong>br</strong> />

opção revelou-se a<strong>de</strong>quada em razão da <strong>de</strong>limitação da área observada,<<strong>br</strong> />

especificamente <strong>de</strong>finida para este trabalho, e em razão da uniformida<strong>de</strong> dos<<strong>br</strong> />

elementos que caracterizam a população, <strong>com</strong>o po<strong>de</strong> ser visto no tópico 5.2 –<<strong>br</strong> />

Descrição da Amostra.<<strong>br</strong> />

20


1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO<<strong>br</strong> />

Dutra (2001) <strong>de</strong>staca a alteração do perfil profissio<strong>na</strong>l exigido pelas empresas,<<strong>br</strong> />

justificando que até anos mais recentes os empregados eram consi<strong>de</strong>rados<<strong>br</strong> />

eficientes quando possuíam uma postura <strong>de</strong> obediência e discipli<strong>na</strong>.<<strong>br</strong> />

Atualmente, a preferência é <strong>por</strong> empregados empreen<strong>de</strong>dores e autônomos. Por<<strong>br</strong> />

isso, é necessário que as organizações invistam e estimulem o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

seus funcionários, visando atingir “resultados superiores à média” (HITT, IRELAND E<<strong>br</strong> />

HOSKISSON, 2002). A média é uma referência genérica ao <strong>de</strong>sempenho mediano,<<strong>br</strong> />

ou seja, resultados <strong>de</strong>ntro do esperado, segundo um plano <strong>de</strong> metas individuais,<<strong>br</strong> />

além do esforço dos próprios indivíduos <strong>na</strong>s ações <strong>de</strong> auto-<strong>de</strong>senvolvimento. Dutra<<strong>br</strong> />

(2004, p. 31) ao citar McClelland.<<strong>br</strong> />

A relevância <strong>de</strong>ste estudo consiste em explorar conceitos e instrumentos utilizados<<strong>br</strong> />

no processo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas, baseado no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências, tendo, <strong>com</strong>o objeto <strong>de</strong> pesquisa, profissio<strong>na</strong>is que atuam <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

gestores.<<strong>br</strong> />

Ao fi<strong>na</strong>l espera-se que este trabalho contribua para o <strong>de</strong>bate so<strong>br</strong>e a questão da<<strong>br</strong> />

relevância do <strong>de</strong>sempenho para a <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> organziacio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO<<strong>br</strong> />

O trabalho foi estruturado em cinco capítulos. O primeiro traz a Introdução, os<<strong>br</strong> />

objetivos, a relevância do estudo, <strong>de</strong>limitações e a estruturação do trabalho.<<strong>br</strong> />

O segundo capítulo apresenta a Revisão <strong>de</strong> Literatura, abordando o contexto da<<strong>br</strong> />

gestão <strong>de</strong> recursos humanos e o novo <strong>de</strong>senho organizacio<strong>na</strong>l, o histórico e as<<strong>br</strong> />

21


principais correntes referentes aos conceitos <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, bem <strong>com</strong>o à gestão<<strong>br</strong> />

do <strong>de</strong>sempenho e à gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências.<<strong>br</strong> />

Com base <strong>na</strong> revisão bibliográfica abordada, no terceiro capítulo é apresentado o<<strong>br</strong> />

Mo<strong>de</strong>lo Conceitual <strong>de</strong> Referência que subsidiou a pesquisa <strong>de</strong> campo.<<strong>br</strong> />

Ao longo do quarto capítulo são apresentadas a <strong>de</strong>scrição e a justificativa da<<strong>br</strong> />

Metodologia utilizada e os instrumentos <strong>de</strong>senvolvidos para a pesquisa <strong>de</strong> campo.<<strong>br</strong> />

No quinto capítulo proce<strong>de</strong>-se à <strong>de</strong>scrição e à análise dos Resultados da Pesquisa.<<strong>br</strong> />

O capítulo sexto apresenta a Discussão dos elementos obtidos <strong>na</strong> pesquisa, vis-a-<<strong>br</strong> />

vis o referencial teórico.<<strong>br</strong> />

No sétimo capítulo são apresentadas as Consi<strong>de</strong>rações Fi<strong>na</strong>is e as re<strong>com</strong>endações<<strong>br</strong> />

e contribuições da pesquisa para trabalhos futuros.<<strong>br</strong> />

22


2 CONTEXTO DA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS<<strong>br</strong> />

As gran<strong>de</strong>s organizações possuem, em geral, uma área específica responsável pela<<strong>br</strong> />

gestão das pessoas. Esse papel inicialmente restringia-se às questões contábeis,<<strong>br</strong> />

ganhando amplitu<strong>de</strong> ao longo dos anos, afirma Marras (2005). O autor resume os<<strong>br</strong> />

principais marcos da história da gestão <strong>de</strong> pessoas remontando-os ao início do<<strong>br</strong> />

Século XX, utilizando o <strong>de</strong>senho e as <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ções apresentadas <strong>por</strong> Albuquerque<<strong>br</strong> />

1988 (apud MARRAS, 2005), que dividiu o universo histórico da gestão <strong>de</strong> pessoas<<strong>br</strong> />

em quatro fases: pré-histórica, jurídico trabalhista, tecnicista e administrativa,<<strong>br</strong> />

apresentadas no Quadro 1, a seguir.<<strong>br</strong> />

Fase pré-histórica<<strong>br</strong> />

(1900-1930)<<strong>br</strong> />

• Ausência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

legislação trabalhista.<<strong>br</strong> />

• Execução <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

funções<<strong>br</strong> />

“protocolares”, <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

registro e controle <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoal e folha <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pagamento.<<strong>br</strong> />

• Surgimento do<<strong>br</strong> />

“guarda livros”.<<strong>br</strong> />

• As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoal são exercidas<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> um <strong>de</strong>partamento<<strong>br</strong> />

que <strong>com</strong><strong>por</strong>ta,<<strong>br</strong> />

também, outras<<strong>br</strong> />

funções <strong>de</strong> apoio,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o material,<<strong>br</strong> />

contabilida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

expediente.<<strong>br</strong> />

• Execução das<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pessoal<<strong>br</strong> />

centralizada <strong>na</strong>s<<strong>br</strong> />

mãos dos<<strong>br</strong> />

proprietários das<<strong>br</strong> />

empresas.<<strong>br</strong> />

Fase jurídicotrabalhista<<strong>br</strong> />

(1930-1950)<<strong>br</strong> />

• Intervenção do estado<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o regulador das<<strong>br</strong> />

relações entre<<strong>br</strong> />

empregados e<<strong>br</strong> />

empregador.<<strong>br</strong> />

• Criação do Ministério<<strong>br</strong> />

do Trabalho e<<strong>br</strong> />

Departamento Nacio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

do Trabalho.<<strong>br</strong> />

• Criação das bases do<<strong>br</strong> />

sindicalismo <strong>br</strong>asileiro,<<strong>br</strong> />

vinculado ao Ministério<<strong>br</strong> />

do Trabalho.<<strong>br</strong> />

• Elaboração da<<strong>br</strong> />

Consolidação das Leis<<strong>br</strong> />

do Trabalho (CLT).<<strong>br</strong> />

• Surgimento da Seção<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Pessoal e do cargo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Chefe <strong>de</strong> Pessoal.<<strong>br</strong> />

Fase tecnicista<<strong>br</strong> />

(1950-1965)<<strong>br</strong> />

• Substituição do<<strong>br</strong> />

Chefe <strong>de</strong> Pessoal<<strong>br</strong> />

pelo Administrador<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Pessoal.<<strong>br</strong> />

• Surgimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

novos métodos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cargos.<<strong>br</strong> />

<strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho,<<strong>br</strong> />

pesquisa salarial.<<strong>br</strong> />

• O Administrador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Pessoal passa a<<strong>br</strong> />

contar <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

assistência <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

advogado <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

execução <strong>de</strong> suas<<strong>br</strong> />

atribuições.<<strong>br</strong> />

• O Administrador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Pessoal <strong>de</strong>ve possuir<<strong>br</strong> />

domínio amplo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conhecimentos<<strong>br</strong> />

psicológicos,<<strong>br</strong> />

sociológicos,<<strong>br</strong> />

estatísticos,<<strong>br</strong> />

pedagógicos e<<strong>br</strong> />

administrativos.<<strong>br</strong> />

• Utilização<<strong>br</strong> />

crescente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

técnicas im<strong>por</strong>tadas<<strong>br</strong> />

dos EUA e da<<strong>br</strong> />

Europa.<<strong>br</strong> />

Quadro 1 - Evolução da Administração <strong>de</strong> Recursos Humanos no Brasil (ARH)<<strong>br</strong> />

Fonte: Marras (2005, p.119)<<strong>br</strong> />

Fase administrativa<<strong>br</strong> />

(1965-...)<<strong>br</strong> />

• Substituição do<<strong>br</strong> />

Administrador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Pessoal pelo “Gerente<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Recursos<<strong>br</strong> />

Humanos”.<<strong>br</strong> />

• Advento da<<strong>br</strong> />

abordagem sistêmica<<strong>br</strong> />

em Recursos<<strong>br</strong> />

Humanos, integrando<<strong>br</strong> />

os enfoques<<strong>br</strong> />

administrativos,<<strong>br</strong> />

estruturalista e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong><strong>por</strong>tamental.<<strong>br</strong> />

• Eclosão <strong>de</strong> novos<<strong>br</strong> />

movimentos sindicais<<strong>br</strong> />

(1978).<<strong>br</strong> />

• Tendência à<<strong>br</strong> />

abordagem<<strong>br</strong> />

participativa em<<strong>br</strong> />

Recursos Humanos.<<strong>br</strong> />

23


Seguindo a linha <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> Albuquerque, 1988 (apud MARRAS, 2005), <strong>na</strong> fase<<strong>br</strong> />

tecnicista o perfil do profissio<strong>na</strong>l <strong>de</strong> recursos humanos iniciou sua gran<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

transformação, surgindo o papel <strong>de</strong> administrador <strong>de</strong> pessoal.<<strong>br</strong> />

No Brasil, a instalação da indústria automobilística, no estado <strong>de</strong> São Paulo, “trouxe<<strong>br</strong> />

em seu bojo um conjunto <strong>de</strong> valores culturais até então <strong>de</strong>sconhecidos e, <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

conseguinte, não praticados pelas nossas organizações.”, afirma Marras (2005).<<strong>br</strong> />

Referia-se ao gerenciamento das relações industriais que tratava do gerenciamento<<strong>br</strong> />

dos trabalhadores. A partir <strong>de</strong> então, as organizações <strong>br</strong>asileiras incor<strong>por</strong>aram à<<strong>br</strong> />

função do Departamento <strong>de</strong> Pessoal várias outras ativida<strong>de</strong>s <strong>com</strong>o subsistemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Recursos Humanos - RH prestadores <strong>de</strong> serviços.<<strong>br</strong> />

Devido essas transformações o status da área <strong>de</strong> RH, que ocupava no máximo o<<strong>br</strong> />

terceiro nível do organograma, foi elevado rapidamente ao nível gerencial,<<strong>br</strong> />

assumindo responsabilida<strong>de</strong>s táticas, além das operacio<strong>na</strong>is.<<strong>br</strong> />

Na quarta fase, <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>da Administrativa, consolidou-se o entendimento <strong>de</strong> que a<<strong>br</strong> />

formação básica do gestor <strong>de</strong> RH é a <strong>de</strong> administrador <strong>de</strong> empresas, consi<strong>de</strong>rada<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>vido às suas características técnicas, <strong>com</strong>o a visão integrada <strong>na</strong>s áreas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

economia, marketing, produção, fi<strong>na</strong>nças, psicologia e sociologia, entre outras.<<strong>br</strong> />

Com a eclosão <strong>de</strong> novos movimentos sindicais, em 1978, as organizações passaram<<strong>br</strong> />

a exigir dos profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> RH enfoque nos aspectos trabalhistas legais. Nessa<<strong>br</strong> />

época algumas organizações optaram <strong>por</strong> modificar o perfil do administrador <strong>de</strong> RH<<strong>br</strong> />

substituindo-o <strong>por</strong> profissio<strong>na</strong>is <strong>com</strong> formação jurídico-trabalhista, face à im<strong>por</strong>tância<<strong>br</strong> />

das negociações <strong>com</strong> os sindicatos.<<strong>br</strong> />

24


Marras (2005) afirma que esse tipo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas ainda perdura em muitas<<strong>br</strong> />

empresas, especialmente no setor <strong>de</strong> serviços operacio<strong>na</strong>is – <strong>com</strong>o, <strong>por</strong> exemplo,<<strong>br</strong> />

restaurante, <strong>por</strong>taria, limpeza, recrutamento e trei<strong>na</strong>mento, entre outros. Desta<<strong>br</strong> />

forma, <strong>com</strong> pouca possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuação política <strong>de</strong>ntro da organização, em<<strong>br</strong> />

virtu<strong>de</strong> da falta <strong>de</strong> posicio<strong>na</strong>mento a<strong>de</strong>quado <strong>na</strong> estrutura organizacio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

Marras (2005, p. 124) <strong>de</strong>staca que “[...] a única mudança <strong>de</strong> status observada <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

essa área, <strong>na</strong>s organizações, foi a <strong>de</strong> ter sido promovida, em algumas organizações,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> um patamar operacio<strong>na</strong>l (chefia ou supervisão) para um nível tático (gerência).”<<strong>br</strong> />

E, “ape<strong>na</strong>s as organizações tidas <strong>com</strong>o inovadoras elevaram o status da área <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Administração <strong>de</strong> Recursos Humanos - ARH para o nível <strong>de</strong> diretoria, permitindo-lhe<<strong>br</strong> />

participar estrategicamente do sistema <strong>de</strong>cisório e “influenciar” o “board” <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

projetos e idéias tipicamente oriundas do mundo do trabalho.“<<strong>br</strong> />

Observa-se que não ape<strong>na</strong>s o status da função <strong>de</strong> RH foi elevado. O grau <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

sofisticação das ativida<strong>de</strong>s, das técnicas e dos instrumentos aplicados à <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Pessoas também foi ampliado em razão das transformações no contexto<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>l e das relações <strong>de</strong> trabalho. Para <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r esse contexto é<<strong>br</strong> />

indispensável <strong>de</strong>screver alguns dos principais conceitos relacio<strong>na</strong>dos à atual gestão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> pessoas, em particular aqueles que serviram <strong>de</strong> base teórica para o<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho. É o que será apresentado a seguir.<<strong>br</strong> />

2.1 NOVO DESENHO ORGANIZACIONAL<<strong>br</strong> />

É im<strong>por</strong>tante <strong>de</strong>stacar as mudanças que estão surgindo em relação à formulação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

estratégias mais <strong>com</strong>plexas <strong>na</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas e à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diferencial<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitivo baseado no capital humano. E em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssas mudanças, os novos<<strong>br</strong> />

25


mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> pessoas enfatizam as <strong>com</strong>petências necessárias ao<<strong>br</strong> />

sucesso da organização e à satisfação dos stakehol<strong>de</strong>rs, em substituição aos<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>los baseados no rigor hierárquico, afirmam Barbais e Silva (2004),<<strong>br</strong> />

Segundo Albuquerque (1988, apud MARRAS, 2005), foi em meados da década <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

1985 que teve início a fase estratégica <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas que, segundo o autor,<<strong>br</strong> />

encontra-se em pleno <strong>de</strong>senvolvimento até os dias atuais.<<strong>br</strong> />

Nesse mo<strong>de</strong>lo, o Gestor <strong>de</strong> Recursos Humanos - GRH é inserido no organograma<<strong>br</strong> />

da organização <strong>de</strong> forma estratégica, ou seja: “participando ativamente das <strong>de</strong>cisões<<strong>br</strong> />

diretoras e assumindo papéis <strong>de</strong> maior amplitu<strong>de</strong> <strong>com</strong>parativamente ao gestor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

RH operacio<strong>na</strong>l [...]”, esclarece Marras (2005, p.125).<<strong>br</strong> />

2.2 ORGANIZAÇÕES DE ALTO DESEMPENHO<<strong>br</strong> />

Souza (2003) observa que, motivada pela elimi<strong>na</strong>ção das fronteiras <strong>com</strong>erciais, a<<strong>br</strong> />

mundialização tem exigido das organizações os mais elevados níveis <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho para enfrentar concorrentes que possuem vantagens <strong>com</strong>petitivas já<<strong>br</strong> />

instaladas. Essas vantagens estão alicerçadas em pessoas polivalentes, tecnologias<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ponta e estruturas organizacio<strong>na</strong>is inovadoras. A autora <strong>de</strong>staca que<<strong>br</strong> />

diferentemente do que acontecia, atualmente há “[...] queda acentuada no nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

tolerância para <strong>de</strong>sempenhos que fiquem aquém dos padrões estabelecidos e para<<strong>br</strong> />

perfis <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência que não evi<strong>de</strong>nciem capacitação multifuncio<strong>na</strong>l, capaz <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alavancar resultados <strong>com</strong>petitivos.” Souza (2003, p. 23).<<strong>br</strong> />

Lawler III (apud SOUZA, 2003) realizou uma série <strong>de</strong> pesquisas <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

criar subsídios para <strong>de</strong>linear estratégias para promover a construção da high-<<strong>br</strong> />

performance organizations. Segundo o autor:<<strong>br</strong> />

26


Os princípios do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>do “alto envolvimento”<<strong>br</strong> />

requerem o <strong>com</strong>partilhamento – entre todos os mem<strong>br</strong>os <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

organização – do po<strong>de</strong>r, da informação, do conhecimento e das<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>pensas, e estimulam patamares crescentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho,<<strong>br</strong> />

capazes <strong>de</strong> enfrentar os <strong>de</strong>safios da <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> modo efetivo.<<strong>br</strong> />

(SOUZA, 2003, p.23).<<strong>br</strong> />

No entanto, essas pesquisas, realizadas no período <strong>de</strong> 1987 a 1996, <strong>de</strong>monstraram<<strong>br</strong> />

que organizações america<strong>na</strong>s, em somas expressivas, pareciam não acreditar,<<strong>br</strong> />

ainda, que as pessoas são im<strong>por</strong>tantes fontes <strong>de</strong> vantagens <strong>com</strong>petitivas, motivo<<strong>br</strong> />

pelo qual as organizações “não se empenhavam em enfrentar a<strong>de</strong>quadamente os<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>safios da <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>, adotando práticas <strong>de</strong> gestão apoiadas nos princípios da<<strong>br</strong> />

nova lógica <strong>de</strong> gestão, conforme <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ção do autor.” (SOUZA, 2003, p. 24).<<strong>br</strong> />

Nesse contexto, o cenário <strong>br</strong>asileiro não difere do americano, exigindo significativas<<strong>br</strong> />

mudanças no perfil da força <strong>de</strong> trabalho. Visão global, multifuncio<strong>na</strong>l e nível elevado<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> qualificação são exigências requeridas pelo mercado.<<strong>br</strong> />

Além <strong>de</strong> pessoas qualificadas e <strong>de</strong> alta tecnologia, o cenário atual requer estruturas<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>is inovadoras que “fundamentam-se em bases sistêmicas, favorecendo<<strong>br</strong> />

avanços <strong>na</strong> gestão <strong>de</strong> resultados,” postula Souza (2003, p. 26).<<strong>br</strong> />

Lawler III (apud SOUZA, 2003) apresenta seis princípios básicos que promovem<<strong>br</strong> />

organizações <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho. A saber:<<strong>br</strong> />

• mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão horizontais são base para a vantagem <strong>com</strong>petitiva;<<strong>br</strong> />

• envolvimento das pessoas <strong>de</strong>ve prevalecer so<strong>br</strong>e o controle hierárquico;<<strong>br</strong> />

• todas as pessoas <strong>de</strong>vem contribuir para a consecução dos objetivos;<<strong>br</strong> />

• ênfase nos processos laterais e não <strong>na</strong>s funções hierarquizadas;<<strong>br</strong> />

• mo<strong>de</strong>los organizacio<strong>na</strong>is <strong>de</strong>vem focalizar produtos e clientes; e<<strong>br</strong> />

• a li<strong>de</strong>rança <strong>com</strong>partilhada é uma das bases da vantagem <strong>com</strong>petitiva.<<strong>br</strong> />

27


Com esses princípios é possível re<strong>de</strong>senhar a nova estrutura organizacio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

substituindo o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> estrutura hierárquica verticalizada, predomi<strong>na</strong>nte <strong>de</strong>s<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

a abordagem da administração clássica até os dias atuais em organizações<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>radas mecanicistas. E, ainda, <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> estratégias <strong>com</strong> foco no<<strong>br</strong> />

envolvimento dos empregados, as organizações apoiadas nesses princípios<<strong>br</strong> />

criam condições sustentáveis <strong>de</strong> <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>, conclui Souza (2003).<<strong>br</strong> />

2.3 HISTÓRICO E CONCEITOS DE COMPETÊNCIA<<strong>br</strong> />

No fim da Ida<strong>de</strong> Média o vocábulo Competência era associado à linguagem jurídica<<strong>br</strong> />

e referia-se à faculda<strong>de</strong> atribuída a uma pessoa ou instituição para avaliar e julgar<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das questões. Por extensão, o termo passou a <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>r o reconhecimento<<strong>br</strong> />

social em relação à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguém pronunciar-se a respeito <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do<<strong>br</strong> />

assunto, e, posteriormente, passou a ser utilizado para qualificar o indivíduo capaz<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> realizar <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do trabalho, esclarecem Brandão & Guimarães (1999).<<strong>br</strong> />

Ainda que o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência tenha sua origem relacio<strong>na</strong>da ao Direito,<<strong>br</strong> />

atualmente sua aplicação extrapola essa dimensão, sendo utilizada <strong>com</strong> freqüência<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong>s diversas áreas do conhecimento, <strong>de</strong>stacando-se a pedagogia e a psicologia<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>l. (SHIPPMANN et al, 2000).<<strong>br</strong> />

Assim, <strong>com</strong>petência é uma palavra do senso <strong>com</strong>um, utilizada para <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>r pessoa<<strong>br</strong> />

qualificada para realizar algo. Seu antônimo não ape<strong>na</strong>s implica a negação <strong>de</strong>ssa<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong>, mas também é empregada, usualmente, <strong>com</strong> conotações pejorativas,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>preciativas, indicando que a pessoa está ou estará <strong>br</strong>evemente margi<strong>na</strong>lizada dos<<strong>br</strong> />

circuitos <strong>de</strong> trabalho e <strong>de</strong> reconhecimento social, explica Fleury e Fleury (2001).<<strong>br</strong> />

28


No contexto organizacio<strong>na</strong>l, o conceito Competência <strong>com</strong>eçou a ser elaborado sob a<<strong>br</strong> />

perspectiva do indivíduo, A <strong>com</strong>petência, segundo McClelland (1973), é uma<<strong>br</strong> />

característica subjacente a uma pessoa que po<strong>de</strong> ser relacio<strong>na</strong>da ao <strong>de</strong>sempenho<<strong>br</strong> />

superior <strong>na</strong> realização <strong>de</strong> uma tarefa ou em <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da situação. O autor<<strong>br</strong> />

diferenciava as <strong>com</strong>petências das aptidões, ou seja, talentos <strong>na</strong>turais da pessoa,<<strong>br</strong> />

que po<strong>de</strong>m vir a ser aprimorados, e as habilida<strong>de</strong>s, <strong>com</strong>o <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> talentos<<strong>br</strong> />

particulares <strong>na</strong> prática e <strong>de</strong> conhecimentos - o que a pessoa precisa saber para<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenhar uma tarefa.<<strong>br</strong> />

Ainda que o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência estivesse, <strong>na</strong> década <strong>de</strong> 1970, relacio<strong>na</strong>do<<strong>br</strong> />

aos estudos <strong>de</strong>senvolvidos <strong>por</strong> McClelland, é possível verificar que Taylor –<<strong>br</strong> />

precursor da administração científica – adotava, em 1920, a divisão das tarefas e o<<strong>br</strong> />

estudo <strong>de</strong> tempos e movimentos. E essa forma <strong>de</strong> administrar o trabalho permitia<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificar os requisitos necessários para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> cada ativida<strong>de</strong> ou<<strong>br</strong> />

parte <strong>de</strong>sta, explica Lucia e Lepsinger (1999).<<strong>br</strong> />

No entanto, o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência, no contexto <strong>de</strong> Taylor, estava restrito a<<strong>br</strong> />

fatores físicos, assim a pessoa <strong>com</strong>petente era aquela que possuía força física e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>streza para executar <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da tarefa, segundo Cooper (2000).<<strong>br</strong> />

É a partir <strong>de</strong> 1980 que <strong>com</strong>eçam a ser <strong>de</strong>finidas as escalas <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências que<<strong>br</strong> />

passavam a consi<strong>de</strong>rar, além do conhecimento da tarefa, as habilida<strong>de</strong>s necessárias<<strong>br</strong> />

e as atitu<strong>de</strong>s favoráveis. (GRAMIGNA, 2002).<<strong>br</strong> />

Dutra (2004, p. 34) ressalta que nesse período as empresas, ao incor<strong>por</strong>arem os<<strong>br</strong> />

conceitos <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência, foram <strong>na</strong>turalmente criando escalas <strong>de</strong> diferenciação <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

níveis <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>. Surgiram nessa fase alguns <strong>de</strong>sconfortos, <strong>de</strong>ntre os quais a<<strong>br</strong> />

29


“vinculação da <strong>com</strong>petência a trajetórias <strong>de</strong> sucesso em realida<strong>de</strong>s passadas,<<strong>br</strong> />

ausência <strong>de</strong> vinculação das <strong>com</strong>petências em relação aos objetivos estratégicos da<<strong>br</strong> />

empresa e necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r a utilização do conceito para as <strong>de</strong>mais<<strong>br</strong> />

políticas e práticas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas da empresa.”<<strong>br</strong> />

É também nesse período que Boyatzis (1982) reavaliou os estudos referentes às<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências e i<strong>de</strong>ntificou um conjunto <strong>de</strong> características e traços que, <strong>na</strong> sua<<strong>br</strong> />

perspectiva, <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m um <strong>de</strong>sempenho superior.<<strong>br</strong> />

Spencer e Spencer (1993) <strong>de</strong>stacaram a im<strong>por</strong>tância do trabalho <strong>de</strong> Boyatzis para a<<strong>br</strong> />

literatura norte-america<strong>na</strong> referente a <strong>com</strong>petências. Pois, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, o conceito<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>com</strong>petência é pensado <strong>com</strong>o um conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e<<strong>br</strong> />

atitu<strong>de</strong>s - CHA que justificam um alto <strong>de</strong>sempenho, <strong>na</strong> medida em que há, também,<<strong>br</strong> />

o pressuposto <strong>de</strong> que os melhores <strong>de</strong>sempenhos estão fundamentados não<<strong>br</strong> />

somente <strong>na</strong> inteligência, mas, também, <strong>na</strong> perso<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> das pessoas.<<strong>br</strong> />

No mesmo sentido, Durand (1998 apud BRANDÃO e GUIMARÃES 2001) <strong>de</strong>fine<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência <strong>com</strong> base em três dimensões – conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

– CHA – que reúnem não ape<strong>na</strong>s questões técnicas, mas, ainda, a cognição e as<<strong>br</strong> />

atitu<strong>de</strong>s relacio<strong>na</strong>das ao trabalho.<<strong>br</strong> />

Essas dimensões são inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, uma vez que, para exposição <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>, se presume que o indivíduo conheça princípios <strong>de</strong> técnicas específicas.<<strong>br</strong> />

Assim, <strong>com</strong>o a adoção <strong>de</strong> um <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento no trabalho exige da pessoa,<<strong>br</strong> />

normalmente, o domínio não ape<strong>na</strong>s <strong>de</strong> conhecimentos, mas, também, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quadas.<<strong>br</strong> />

30


A Figura 1 mostra as três dimensões do conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências <strong>por</strong> meio <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Conhecimentos, Habilida<strong>de</strong>s e Atitu<strong>de</strong>s – CHA.<<strong>br</strong> />

Figura 1 - Conhecimentos, Habilida<strong>de</strong>s e Atitu<strong>de</strong>s – CHA<<strong>br</strong> />

Durand (apud BRANDÃO e GUIMARÃES, 2001) explica as dimensões do conceito<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>com</strong>petência pautado no CHA:<<strong>br</strong> />

• o conhecimento correspon<strong>de</strong> a uma série <strong>de</strong> informações assimiladas e<<strong>br</strong> />

estruturadas pelo indivíduo, ou seja, o acúmulo <strong>de</strong> saberes adquirido ao longo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

toda a experiência.<<strong>br</strong> />

Conhecimentos<<strong>br</strong> />

Informação<<strong>br</strong> />

Saber o que<<strong>br</strong> />

Saber o <strong>por</strong>quê<<strong>br</strong> />

Habilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

Técnica<<strong>br</strong> />

Capacida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Saber <strong>com</strong>o + Atitu<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

Querer fazer<<strong>br</strong> />

I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Determi<strong>na</strong>ção<<strong>br</strong> />

• a habilida<strong>de</strong> está relacio<strong>na</strong>da ao saber fazer algo ou à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicar e<<strong>br</strong> />

fazer uso produtivo do conhecimento adquirido, instaurar informações e utilizá-las<<strong>br</strong> />

em uma ação, <strong>com</strong> vistas à consecução <strong>de</strong> um propósito específico.<<strong>br</strong> />

+<<strong>br</strong> />

• a atitu<strong>de</strong> refere-se a aspectos sociais e afetivos relacio<strong>na</strong>dos ao trabalho e são<<strong>br</strong> />

estados <strong>com</strong>plexos do ser humano que afetam o <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento em relação a<<strong>br</strong> />

pessoas e eventos, <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ndo a escolha <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> ação pessoal.<<strong>br</strong> />

= =<<strong>br</strong> />

31


Outra abordagem bastante utilizada para representar o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência é a<<strong>br</strong> />

Árvore <strong>de</strong> Competências, representada <strong>na</strong> Figura 2. <strong>Baseada</strong> no conceito do CHA –<<strong>br</strong> />

Conhecimento, habilida<strong>de</strong> e Atitu<strong>de</strong>s – seu principal objetivo consiste em ilustrar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o as <strong>com</strong>petências po<strong>de</strong>m ser estruturadas a partir da <strong>com</strong>bi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

Figura 2 - Árvore das Competências<<strong>br</strong> />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Gramig<strong>na</strong> (2002)<<strong>br</strong> />

A copa correspon<strong>de</strong> às habilida<strong>de</strong>s – agir <strong>com</strong> aptidão, capacida<strong>de</strong> e técnica em<<strong>br</strong> />

relação à realida<strong>de</strong> resolvendo problemas e obtendo resultados positivos; o tronco e<<strong>br</strong> />

galhos correspon<strong>de</strong>m ao conhecimento – referem-se ao conjunto <strong>de</strong> informações<<strong>br</strong> />

que a pessoa armaze<strong>na</strong> e utiliza quando é necessário; e a raiz correspon<strong>de</strong> às<<strong>br</strong> />

atitu<strong>de</strong>s – ao conjunto <strong>de</strong> valores, crenças e princípios que são formados no <strong>de</strong>correr<<strong>br</strong> />

da vida. Estão relacio<strong>na</strong>dos <strong>com</strong> o querer ser e o querer agir e implicam o grau <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>prometimento <strong>com</strong> o trabalho.<<strong>br</strong> />

32


Na literatura francesa, o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência surgiu nos anos 1990 e procurava<<strong>br</strong> />

ir além do conceito <strong>de</strong> qualificação, sendo conceituada <strong>com</strong>o: “é o tomar iniciativa e<<strong>br</strong> />

o assumir responsabilida<strong>de</strong> do indivíduo diante <strong>de</strong> situações profissio<strong>na</strong>is <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

quais se <strong>de</strong>para”, afirma Zarifian (2001, p.68).<<strong>br</strong> />

Esse conceito propõe mudanças <strong>na</strong> organização do trabalho, principalmente no que<<strong>br</strong> />

tange à autonomia e automobilização do indivíduo, inserindo a <strong>com</strong>petência numa<<strong>br</strong> />

condição dinâmica <strong>de</strong> aprendizagem, visto que: “A <strong>com</strong>petência é um entendimento<<strong>br</strong> />

prático <strong>de</strong> situações que se apóia em conhecimentos adquiridos e os transforma <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

medida em que aumenta a diversida<strong>de</strong> das situações”, afirma Zarifian (2001, p.72).<<strong>br</strong> />

Ramos (2001) <strong>de</strong>staca que a noção <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência propõe o saber-fazer<<strong>br</strong> />

proveniente da experiência, ao invés <strong>de</strong> somente os saberes teóricos tradicio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

valorizados <strong>na</strong> lógica da qualificação. Basicamente, <strong>de</strong>sloca a atenção para a<<strong>br</strong> />

atitu<strong>de</strong>, o <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento e os saberes tácitos dos trabalhadores, <strong>de</strong>vido às novas<<strong>br</strong> />

concepções do trabalho, baseadas <strong>na</strong> flexibilida<strong>de</strong>, <strong>na</strong> autonomia, responsabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>unicação e polivalência.<<strong>br</strong> />

Para Terssac (apud CHAMON, 2006, p. 24), <strong>com</strong>petência é “o conjunto <strong>de</strong> tudo o<<strong>br</strong> />

que é engajado <strong>na</strong> ação organizada”, ou seja, refere-se a todas as qualida<strong>de</strong>s –<<strong>br</strong> />

além dos conhecimentos formais – utilizadas <strong>na</strong> ação e <strong>de</strong>monstradas <strong>por</strong> meio da<<strong>br</strong> />

contribuição <strong>de</strong> cada uma, face às necessida<strong>de</strong>s da organização.<<strong>br</strong> />

Um dos aspectos essenciais da noção <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência é que “é inseparável da<<strong>br</strong> />

ação” e no que tange ao contexto organizacio<strong>na</strong>l “é o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos,<<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong>s, capacida<strong>de</strong>s e aptidões que habilitam para a discussão, a consulta, a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> tudo que concerne seu ofício.”, afirmam os autores franceses Ropé e<<strong>br</strong> />

33


Tanguy (1997, p.16). E, para que haja <strong>com</strong>petência total é necessário que os<<strong>br</strong> />

conhecimentos teóricos sejam a<strong>com</strong>panhados das qualida<strong>de</strong>s e da capacida<strong>de</strong> que<<strong>br</strong> />

permitam executar <strong>de</strong>cisões.<<strong>br</strong> />

Nas décadas <strong>de</strong> 1980 e 1990 a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência, associada ao acúmulo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s das pessoas, foi contestada pelos autores Le Boterf e<<strong>br</strong> />

Zarifian que buscavam associar o conceito às realizações e àquilo que elas<<strong>br</strong> />

fornecem, produzem ou entregam. Assim, “<strong>com</strong>petência é colocar em prática o que<<strong>br</strong> />

se sabe em <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do contexto, marcado geralmente pelas relações <strong>de</strong> trabalho,<<strong>br</strong> />

cultura da empresa, imprevistos, limitações <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong> recursos etc.”, apresenta<<strong>br</strong> />

Dutra (2004, p. 30).<<strong>br</strong> />

Le Boterf e Zarifian postulam que “o fato <strong>de</strong> uma pessoa <strong>de</strong>ter as qualificações<<strong>br</strong> />

necessárias para um trabalho não assegura que ela irá entregar o que lhe é<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>mandado.” Enten<strong>de</strong>-se <strong>com</strong>petência, nessa abordagem, somente “quando há<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência em ação, traduzindo-se em saber ser e saber mobilizar o repertório<<strong>br</strong> />

individual em diferentes contextos.” (DUTRA, 2004, p. 30).<<strong>br</strong> />

Nessa abordagem, assim <strong>com</strong>o <strong>na</strong> <strong>de</strong> Terssac (apud CHAMON, 2006), a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência é efetiva quando há <strong>com</strong>petência em ação, evi<strong>de</strong>nciada em saber ser e<<strong>br</strong> />

saber mobilizar o repertório individual em contextos diversos.<<strong>br</strong> />

Para Parry (1996), <strong>com</strong>petência é o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e<<strong>br</strong> />

atitu<strong>de</strong>s que afetam a maior parte do trabalho <strong>de</strong> uma pessoa e que se relacio<strong>na</strong>m<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o <strong>de</strong>sempenho do trabalho; a <strong>com</strong>petência po<strong>de</strong> ser medida, quando<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>parada <strong>com</strong> padrões estabelecidos, e <strong>de</strong>senvolvida <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento. E,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ntre a gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceitos, esta é a <strong>de</strong>finição freqüentemente<<strong>br</strong> />

adotada <strong>por</strong> profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> RH.<<strong>br</strong> />

34


É uma <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> fácil operacio<strong>na</strong>lização, mas que, <strong>de</strong> maneira implícita, tem <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

referência a tarefa e o conjunto <strong>de</strong> tarefas prescritas a um cargo. Desta maneira, a<<strong>br</strong> />

gestão <strong>por</strong> <strong>com</strong>petência é tão somente um novo título para administrar uma<<strong>br</strong> />

realida<strong>de</strong> organizacio<strong>na</strong>l apoiada nos pressupostos do taylorismo-fordismo, ressalta<<strong>br</strong> />

Fleury e Fleury (2001).<<strong>br</strong> />

Para esses autores, o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência só revela seu po<strong>de</strong>r heurístico<<strong>br</strong> />

quando aprendido no contexto <strong>de</strong> transformações do mundo do trabalho, quer seja<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong>s empresas, quer seja <strong>na</strong>s socieda<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

Assim, as pessoas atuam <strong>com</strong>o agentes <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> conhecimento,<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s em <strong>com</strong>petências que entregam para a organização. Nesse<<strong>br</strong> />

sentido, a <strong>com</strong>petência entregue po<strong>de</strong> ser caracterizada <strong>com</strong>o agregação <strong>de</strong> valor<<strong>br</strong> />

ao patrimônio <strong>de</strong> conhecimentos da organização.<<strong>br</strong> />

Dutra (2004, p.31) <strong>de</strong>staca “o entendimento <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> valor <strong>com</strong>o algo que a<<strong>br</strong> />

pessoa entrega para a organização <strong>de</strong> forma efetiva, ou seja, que permanece<<strong>br</strong> />

mesmo quando a pessoa sai da organização.” Ressalta, ainda, que “a agregação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

valor não é atingir metas <strong>de</strong> faturamento ou <strong>de</strong> produção, mas melhorar processos<<strong>br</strong> />

ou introduzir tecnologias.”<<strong>br</strong> />

Os autores consultores i<strong>de</strong>ntificam a <strong>com</strong>petência <strong>com</strong>o o somatório <strong>de</strong> duas linhas<<strong>br</strong> />

teóricas: a primeira <strong>de</strong>fine <strong>com</strong>petência <strong>com</strong>o “a entrega e as características da<<strong>br</strong> />

pessoa que po<strong>de</strong>m ajudá-la a entregar <strong>com</strong> maior facilida<strong>de</strong>”. (PARRY, 1996;<<strong>br</strong> />

MCLAGAN, 1997). Outra linha <strong>de</strong> autores, que inclui Derr (1988) e Schein (1990),<<strong>br</strong> />

discute a questão da <strong>com</strong>petência “associada à atuação da pessoa em áreas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

35


conforto profissio<strong>na</strong>l, usando seus pontos fortes e tendo maiores possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

realização e felicida<strong>de</strong>”, explica Dutra (2004, p. 30).<<strong>br</strong> />

Dutra (2004) conclui que há diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceitos em relação a <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

que po<strong>de</strong>m ser <strong>com</strong>plementares, conforme estruturado <strong>na</strong> Figura 3, a seguir, <strong>na</strong> qual<<strong>br</strong> />

tem-se, <strong>de</strong> um lado, as <strong>com</strong>petências ligadas às variáveis <strong>de</strong> input – CHA. e, do<<strong>br</strong> />

outro lado, às <strong>de</strong> output – ou entrega.<<strong>br</strong> />

Conhecimentos<<strong>br</strong> />

Habilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

Atitu<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

INPUTS<<strong>br</strong> />

Estados Unidos<<strong>br</strong> />

McClelland<<strong>br</strong> />

Boyatzis<<strong>br</strong> />

Brasil<<strong>br</strong> />

Dutra<<strong>br</strong> />

Fleury e Fleury<<strong>br</strong> />

OUTPUTS<<strong>br</strong> />

Figura 3 - Conceitos <strong>de</strong> Competências Complementares<<strong>br</strong> />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Dutra (2004, p.30)<<strong>br</strong> />

França<<strong>br</strong> />

Le Boterf<<strong>br</strong> />

Zarifian<<strong>br</strong> />

Agregação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Valor<<strong>br</strong> />

Contribuição<<strong>br</strong> />

As variáveis <strong>de</strong> input estão relacio<strong>na</strong>das ao conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

e atitu<strong>de</strong>s necessárias para a pessoa exercer seu trabalho; e, também, as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências po<strong>de</strong>m ser entendidas <strong>com</strong>o a entrega da pessoa para a organização.<<strong>br</strong> />

Dutra (2004, p. 31) afirma que ao adotar essa <strong>com</strong>preensão <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências,<<strong>br</strong> />

somando a idéia <strong>de</strong> estoque <strong>de</strong> qualificação à <strong>de</strong> mobilização do repertório<<strong>br</strong> />

individual, é possível discutir a caracterização das <strong>com</strong>petências em um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do<<strong>br</strong> />

contexto organizacio<strong>na</strong>l – dinâmico e caracterizado <strong>por</strong> intentos estratégicos e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is. Partindo <strong>de</strong>sse contexto para estabelecer as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências individuais, o autor i<strong>de</strong>ntificou “três abordagens metodológicas não<<strong>br</strong> />

36


conflitantes entre si, que po<strong>de</strong>m ser utilizadas con<strong>com</strong>itantemente, possibilitando<<strong>br</strong> />

maior segurança no processo.”<<strong>br</strong> />

A primeira é uma adaptação da abordagem re<strong>com</strong>endada <strong>por</strong> McClelland (1973) em<<strong>br</strong> />

que são i<strong>de</strong>ntificadas as pessoas consi<strong>de</strong>radas, pelos <strong>de</strong>mais, <strong>com</strong>o dotadas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

performance acima da média. Logo após, <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> entrevistas, são i<strong>de</strong>ntificadas<<strong>br</strong> />

as <strong>com</strong>petências que diferenciam essas pessoas - <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>das <strong>por</strong> McClelland <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências diferenciadoras, ou que apresentam performance superior. Por fim, as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências encontradas são <strong>com</strong>paradas <strong>com</strong> os intentos estratégicos e as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is.<<strong>br</strong> />

A segunda abordagem pressupõe que há relação <strong>na</strong>tural entre o intento estratégico,<<strong>br</strong> />

as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is e as <strong>com</strong>petências individuais. Ainda que não haja<<strong>br</strong> />

consciência <strong>de</strong>sse processo, ele existe, caso contrário a empresa não se sustenta.<<strong>br</strong> />

No entanto, a consciência <strong>de</strong>sse processo permite à organização obter maior<<strong>br</strong> />

sincronismo entre o intento estratégico e as <strong>com</strong>petências – organizacio<strong>na</strong>is e<<strong>br</strong> />

individuais. Assim, as <strong>com</strong>petências individuais, i<strong>de</strong>ntificadas <strong>na</strong>s entrevistas<<strong>br</strong> />

realizadas <strong>com</strong> pessoas-chave da organização, foram tabuladas e a<strong>na</strong>lisadas para<<strong>br</strong> />

obter a melhor sincronia entre o intento estratégico e as <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>is.<<strong>br</strong> />

A terceira abordagem é uma <strong>de</strong>rivação da segunda. Dutra (2004, p. 32) afirma a<<strong>br</strong> />

existência, <strong>de</strong>ntro das organizações, da trajetória <strong>de</strong> carreira, geralmente vinculada a<<strong>br</strong> />

processos fundamentais. Assim, existem conjuntos específicos <strong>de</strong> entrega, em que<<strong>br</strong> />

algumas <strong>com</strong>petências individuais são exigidas para todas as pessoas da<<strong>br</strong> />

organização, e outras específicas, exigidas para <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do grupo <strong>de</strong> profissio<strong>na</strong>is.<<strong>br</strong> />

E, <strong>de</strong>sta forma, o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição segue o mesmo mo<strong>de</strong>lo da segunda<<strong>br</strong> />

37


abordagem. “Inicialmente, são i<strong>de</strong>ntificadas as trajetórias <strong>de</strong> carreira existentes <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

organização em cada trajetória, e, <strong>por</strong> fim, elas são discutidas <strong>com</strong> o conjunto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoas-chave da organização para se obter a melhor a<strong>de</strong>quação aos intentos<<strong>br</strong> />

estratégicos e as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is.”<<strong>br</strong> />

Dutra (2004) ainda ressalta que a caracterização das entregas esperadas no<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>correr da carreira <strong>de</strong>ve ser observada e a<strong>com</strong>panhada. Para tanto, as <strong>de</strong>scrições<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vem retratar as entregas esperadas das pessoas <strong>de</strong> maneira a permitir que sejam<<strong>br</strong> />

observadas <strong>por</strong> elas próprias e pelos seus responsáveis. É im<strong>por</strong>tante <strong>de</strong>stacar que<<strong>br</strong> />

a interpretação <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>scrição é subjetiva, e para minimizar essa<<strong>br</strong> />

subjetivida<strong>de</strong> é necessário que:<<strong>br</strong> />

• as expectativas da empresa em relação às pessoas sejam expressas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

forma clara;<<strong>br</strong> />

• a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>ve ser construída em um processo coletivo, retratando o<<strong>br</strong> />

vocabulário e a cultura organizacio<strong>na</strong>l; e<<strong>br</strong> />

• as <strong>de</strong>scrições das diversas entregas <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>monstrar o alinhamento<<strong>br</strong> />

entre si, permitindo observar a mesma pessoa <strong>por</strong> diferentes<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências e diferentes perspectivas. Assim, as <strong>com</strong>petências <strong>de</strong>vem<<strong>br</strong> />

ser graduadas em função do nível <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> da entrega, uma vez<<strong>br</strong> />

que a graduação possibilita melhor a<strong>com</strong>panhamento da entrega da<<strong>br</strong> />

evolução das pessoas em relação à entrega para a organização.<<strong>br</strong> />

Para melhor <strong>com</strong>preensão dos níveis <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, <strong>na</strong> próxima etapa são<<strong>br</strong> />

abordados os conceitos <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência essencial, <strong>com</strong>petência organizacio<strong>na</strong>l e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência individual.<<strong>br</strong> />

38


2.3.1 Competências Essenciais<<strong>br</strong> />

Prahalad e Hamel (1995) se <strong>de</strong>stacaram ao <strong>de</strong>senvolverem e difundirem o conceito<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Core Competences, construído <strong>com</strong> base <strong>na</strong> observação das experiências e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho excepcio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> empresas da época: Sony, Fe<strong>de</strong>x, Cannon, Honda e<<strong>br</strong> />

Wal Mart. Conceito traduzido <strong>com</strong>o Competências Essenciais no âmbito dos<<strong>br</strong> />

negócios. Assim, <strong>com</strong>petência seria a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>bi<strong>na</strong>r, misturar e integrar<<strong>br</strong> />

recursos em produtos e serviços.<<strong>br</strong> />

Desta forma, “Uma Competência é o conjunto <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e tecnologias, e não<<strong>br</strong> />

uma única habilida<strong>de</strong> ou tecnologia isolada.” Prahalad e Hamel (1995, p. 231).<<strong>br</strong> />

Esses autores atribuem às Competências Essenciais um elemento-chave da<<strong>br</strong> />

organização que pro<strong>por</strong>cio<strong>na</strong> a <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>, e, ainda, <strong>de</strong>stacam que tais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências são “as <strong>por</strong>tas para o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong>s futuras” (op. cit., p. 225).<<strong>br</strong> />

Adicio<strong>na</strong>lmente, os autores diferenciam <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is das<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências essenciais.<<strong>br</strong> />

As <strong>com</strong>petências para serem essenciais <strong>de</strong>vem aten<strong>de</strong>r a três critérios: é preciso<<strong>br</strong> />

que haja valor percebido pelo cliente, ser <strong>de</strong> difícil imitação e permitir expansão aos<<strong>br</strong> />

diferentes mercados. Ao longo do ciclo estratégico, ao <strong>de</strong>finir sua estratégia<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitiva, uma empresa i<strong>de</strong>ntificará as <strong>com</strong>petências essenciais do negócio e as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências necessárias a cada função, ou seja, as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is.<<strong>br</strong> />

Dessa maneira, po<strong>de</strong>-se afirmar que a organização possui diversas <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>is, distribuídas <strong>na</strong>s diversas áreas; <strong>de</strong>stas ape<strong>na</strong>s algumas são as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências essenciais, aquelas que diferem a empresa e garantem uma<<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva sustentável perante as <strong>de</strong>mais organizações. E, consi<strong>de</strong>rando<<strong>br</strong> />

39


que as <strong>com</strong>petências dos gestores <strong>de</strong>rivam das organizacio<strong>na</strong>is, e estas <strong>de</strong>finem as<<strong>br</strong> />

essenciais, tor<strong>na</strong>-se contributivo a<strong>na</strong>lisar, <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r e conceituar <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

essenciais, que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritas <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

[...] um conjunto peculiar <strong>de</strong> know-how técnico que é o centro do propósito<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>l. Ela está presente <strong>na</strong>s múltiplas divisões da organização e<<strong>br</strong> />

nos diferentes produtos e serviços. As <strong>com</strong>petências essenciais fornecem<<strong>br</strong> />

uma vantagem <strong>com</strong>petitiva peculiar, resultando em valor percebido pelo<<strong>br</strong> />

cliente, e são difíceis <strong>de</strong> ser imitadas. Green (1999, p. 28).<<strong>br</strong> />

No mesmo sentido, os autores Hitt, Ireland e Hoskisson (2002, p. 113) <strong>de</strong>finem<<strong>br</strong> />

Competências Essenciais <strong>com</strong>o “recursos e capacida<strong>de</strong>s que servem <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva para a empresa em relação a seus concorrentes.”<<strong>br</strong> />

Hitt, Ireland e Hoskisson (2002, p. 05) esclarecem que a “vantagem <strong>com</strong>petitiva<<strong>br</strong> />

sustentável é alcançada quando a empresa é bem-sucedida <strong>na</strong> implementação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uma estratégia que gere valor, que outras empresas não conseguem reproduzir ou<<strong>br</strong> />

acreditam que seja muito dispendioso imitá-la.”<<strong>br</strong> />

Prahalad e Hamel (1995) <strong>de</strong>stacam que, <strong>por</strong> vezes, é difícil i<strong>de</strong>ntificar o limiar entre<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong> específica e <strong>com</strong>petência essencial. Se durante o processo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências específicas <strong>de</strong> uma empresa forem i<strong>de</strong>ntificadas<<strong>br</strong> />

inúmeras <strong>com</strong>petências - cinqüentas ou mais - muito possivelmente são tão somente<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>s ou tecnologias, e não, necessariamente, <strong>com</strong>petências essenciais, o que<<strong>br</strong> />

sugere uma focalização da análise para a ativida<strong>de</strong> central do negócio.<<strong>br</strong> />

No entanto, nesse mesmo processo, se o <strong>de</strong>bate concluir <strong>por</strong> duas <strong>com</strong>petências,<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> exemplo, provavelmente o critério <strong>de</strong> agregação utilizado foi <strong>de</strong>masiadamente<<strong>br</strong> />

amplo, o que po<strong>de</strong>rá prejudicar a percepção dos agentes em relação ao negócio<<strong>br</strong> />

central, pois, “normalmente, o nível <strong>de</strong> agregação mais útil resulta em cinco a quinze<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências essenciais.” Prahalad e Hamel (1995, p. 231).<<strong>br</strong> />

40


Hitt, Ireland e Hoskisson (2002) apresentam dois instrumentos para que as<<strong>br</strong> />

empresas possam i<strong>de</strong>ntificar e <strong>de</strong>senvolver <strong>com</strong>petências essenciais. O primeiro é<<strong>br</strong> />

constituído dos quatro critérios necessários para <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r quais recursos e<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong>s são <strong>com</strong>petências essenciais e o segundo instrumento é a análise da<<strong>br</strong> />

ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor.<<strong>br</strong> />

A análise da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor é utilizado para que a empresa selecione as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências capazes <strong>de</strong> gerar valor, e, <strong>de</strong>ssa forma, <strong>de</strong>vem ser aperfeiçoadas e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvidas e/ou aquelas que <strong>de</strong>vem ser terceirizadas.<<strong>br</strong> />

Os quatro critérios necessários para i<strong>de</strong>ntificar as <strong>com</strong>petências essenciais são<<strong>br</strong> />

efetivos em função <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s:<<strong>br</strong> />

• valiosas: contribuem para que a empresa neutralize as ameaças ou explore<<strong>br</strong> />

o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong>s;<<strong>br</strong> />

• raras: inexistem em um número expressivo <strong>de</strong> empresas;<<strong>br</strong> />

• imitação dispendiosa: po<strong>de</strong> consistir <strong>na</strong> cultura organizacio<strong>na</strong>l ou marca<<strong>br</strong> />

singular e valiosa, ou, ainda, <strong>na</strong>s relações interpessoais entre os gestores,<<strong>br</strong> />

fornecedores e clientes, pois as causas e o uso <strong>de</strong> uma aptidão não estão<<strong>br</strong> />

claramente <strong>de</strong>finidos.<<strong>br</strong> />

• insubstituíveis: não haver equivalente.<<strong>br</strong> />

Para uma melhor <strong>com</strong>preensão do processo para i<strong>de</strong>ntificar quais são recursos e as<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mandadas pelas <strong>com</strong>petências essenciais os autores Hitt, Ireland e<<strong>br</strong> />

Hoskisson (2002) sugerem o fluxo apresentado <strong>na</strong> Figura 4, a seguir.<<strong>br</strong> />

41


Recursos<<strong>br</strong> />

• Insumos do processo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> produção <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

empresa<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

fonte<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Capacida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

• Integração <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

Conjunto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

recursos<<strong>br</strong> />

Figura 4 - Competência Essencial <strong>com</strong>o Capacida<strong>de</strong> Estratégica<<strong>br</strong> />

Fonte: Hitt; Ireland; Hoskisson (2001, p. 115)<<strong>br</strong> />

Portanto, as capacida<strong>de</strong>s que não aten<strong>de</strong>rem aos quatro requisitos não são<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>radas <strong>com</strong>petências essenciais. Porém, “po<strong>de</strong>-se afirmar que toda<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência essencial é uma capacida<strong>de</strong>, mas nem toda capacida<strong>de</strong> é <strong>com</strong>petência<<strong>br</strong> />

essencial.” Hitt, Ireland, Hoskisson (2001, p.115).<<strong>br</strong> />

Competência Essencial<<strong>br</strong> />

• Uma capacida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

estratégica<<strong>br</strong> />

A capacida<strong>de</strong> satisfaz<<strong>br</strong> />

aos critérios <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva<<strong>br</strong> />

sustentável?<<strong>br</strong> />

Capacida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

SIM<<strong>br</strong> />

NÃO<<strong>br</strong> />

Um conjunto nãoestratégico<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> recursos<<strong>br</strong> />

Para Oliveira Jr (2001), as <strong>com</strong>petências essenciais que hoje asseguram a<<strong>br</strong> />

vantagem da empresa po<strong>de</strong>m transformar-se em fonte <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s no futuro.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, as <strong>com</strong>petências essenciais <strong>de</strong>vem ter <strong>na</strong>tureza dinâmica e requerem<<strong>br</strong> />

aprendizagem organizacio<strong>na</strong>l para seu <strong>de</strong>senvolvimento e atualização contínua.<<strong>br</strong> />

Assim, concluí-se que as <strong>com</strong>petências essenciais são uma categoria das<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is e esta será caracterizada no próximo tópico.<<strong>br</strong> />

42


2.3.2 Competências Organizacio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

Os conceitos apresentados pelos autores Prahalad e Hamel (1995) e Fleury e Fleury<<strong>br</strong> />

(2001) são convergentes ao consi<strong>de</strong>rarem <strong>com</strong>petência <strong>com</strong>o a conseqüência do<<strong>br</strong> />

aprendizado coletivo da organização.<<strong>br</strong> />

Segundo Prahalad e Hamel (1995), as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is são<<strong>br</strong> />

constituídas pelo conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s, tecnologias e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong><strong>por</strong>tamentos que uma empresa possui e consegue manifestar <strong>de</strong> forma<<strong>br</strong> />

integrada <strong>na</strong> sua atuação, elevando seu <strong>de</strong>sempenho e maximizando resultados.<<strong>br</strong> />

Zarifian (2001) diferencia vários conteúdos relacio<strong>na</strong>dos às <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>is que configuram as áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências:<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências referentes a processos, <strong>com</strong>petências técnicas, <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

relacio<strong>na</strong>das à organização, <strong>com</strong>petência <strong>de</strong> serviços e <strong>com</strong>petências sociais.<<strong>br</strong> />

Notadamente, todas as áreas <strong>de</strong>stacadas <strong>por</strong> Zarifian (2001) <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

significativamente da ação das pessoas. Desta maneira, o <strong>de</strong>senvolvimento das<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is está diretamente ligado ao <strong>de</strong>senvolvimento das<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências individuais e das condições dada pelo contexto.<<strong>br</strong> />

No mesmo sentido, Oliveira Jr. (2001) <strong>de</strong>staca que o conhecimento da empresa é<<strong>br</strong> />

resultado das interações que ocorrem no ambiente dos negócios que são<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvidos <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> aprendizagem, e que o conhecimento po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ser entendido <strong>com</strong>o informação associada à experiência, intuição e valores.<<strong>br</strong> />

Javidan (1998) e Mills et al. (2002) explicam que os recursos, articulados em si,<<strong>br</strong> />

formam as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is. No entanto, recursos e <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

distinguem-se em <strong>de</strong>corrência do seu impacto, a<strong>br</strong>angência e <strong>na</strong>tureza, uma vez que<<strong>br</strong> />

43


existem recursos e <strong>com</strong>petências im<strong>por</strong>tantes para a organização <strong>por</strong> serem fontes<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> apoio a vantagens <strong>com</strong>petitivas - atuais ou potenciais, e existem recursos e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências pouco significativos no momento presente. Porém, todos são recursos<<strong>br</strong> />

e <strong>com</strong>petências; <strong>por</strong> isso a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer categorias distintivas. As<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritas <strong>na</strong>s seguintes categorias:<<strong>br</strong> />

• <strong>com</strong>petências essenciais: centrais <strong>na</strong>s estratégias da organização;<<strong>br</strong> />

• <strong>com</strong>petências distintivas: reconhecida pelos clientes <strong>com</strong>o diferenciais<<strong>br</strong> />

perante a concorrência, conferem à organização vantagem <strong>com</strong>petitiva;<<strong>br</strong> />

• <strong>com</strong>petências <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio: ativida<strong>de</strong>s-chave – entre três e seis –<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sejadas pela organização das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio;<<strong>br</strong> />

• <strong>com</strong>petências <strong>de</strong> su<strong>por</strong>te: ativida<strong>de</strong>s que servem <strong>de</strong> base para outras<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s da organização; e<<strong>br</strong> />

• capacida<strong>de</strong> dinâmica: condição da organização em adaptar-se continuamente<<strong>br</strong> />

suas <strong>com</strong>petências frente às exigência <strong>com</strong>petitivas.<<strong>br</strong> />

Para Le Boterf (2003, p. 229) a <strong>com</strong>petência <strong>de</strong> uma empresa, <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>da coletiva,<<strong>br</strong> />

não equivale à soma das <strong>com</strong>petências <strong>de</strong> seus mem<strong>br</strong>os. Esse autor sustenta que<<strong>br</strong> />

o valor do capital <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências “<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> não tanto <strong>de</strong> seus elementos<<strong>br</strong> />

constitutivos, mas da qualida<strong>de</strong> da <strong>com</strong>bi<strong>na</strong>ção ou da articulação entre esses<<strong>br</strong> />

elementos. [...] É um valor agregado, e não uma soma.“<<strong>br</strong> />

Gomes et al (2007) <strong>de</strong>stacam que o <strong>de</strong>safio-chave da administração é a renovação<<strong>br</strong> />

das <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is que consiste no resultado <strong>de</strong> um processo<<strong>br</strong> />

contínuo <strong>de</strong> aperfeiçoamento, necessário em função das alterações nos cenários<<strong>br</strong> />

mercadológicos, sócio-político, tecnológicos entre outros. Isto posto, esses autores<<strong>br</strong> />

44


sintetizaram os principais fatores críticos que influenciam no processo <strong>de</strong> formação e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is, <strong>de</strong>scrito no Quadro 2.<<strong>br</strong> />

AUTORES<<strong>br</strong> />

PRAHALAD E HAMEL<<strong>br</strong> />

STALK, EVANS E<<strong>br</strong> />

SHULMAN<<strong>br</strong> />

DOZ<<strong>br</strong> />

WERTHER e KERR<<strong>br</strong> />

MEYER e KIM<<strong>br</strong> />

BARNEY<<strong>br</strong> />

GRANT E CRAIG<<strong>br</strong> />

CHRISTENSEN E<<strong>br</strong> />

DONAVAN<<strong>br</strong> />

FLEURY<<strong>br</strong> />

PRINCIPAIS FATORES CRÍTICOS –<<strong>br</strong> />

ESSÊNCIA DO RACIOCÍNIO DOS AUTORES<<strong>br</strong> />

Integração <strong>de</strong> Competências <strong>na</strong> ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor (verticalização <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s associadas às <strong>com</strong>petências).<<strong>br</strong> />

Criação <strong>de</strong> uma “arquitetura estratégica”, que enfatize a preservação e o<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento das <strong>com</strong>petências existentes, bem <strong>com</strong>o a formação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

novas <strong>com</strong>petências, estimulando o intercâmbio e a flui<strong>de</strong>z <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conhecimentos e recursos entre todas as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios.<<strong>br</strong> />

Acesso a novos recursos e tecnologias, <strong>com</strong> foco <strong>na</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoas.<<strong>br</strong> />

Direcio<strong>na</strong>dores estratégicos, do tipo top-down, pois as <strong>com</strong>petências não<<strong>br</strong> />

se formam somente <strong>por</strong> inércia.<<strong>br</strong> />

As organizações <strong>de</strong>vem estimular e preservar um relativo ambiente para a<<strong>br</strong> />

aprendizagem espontânea, <strong>por</strong>que as <strong>com</strong>petências mais valiosas são as<<strong>br</strong> />

intangíveis, que geralmente são mais facilmente i<strong>de</strong>ntificáveis no âmbito<<strong>br</strong> />

do indivíduo que propriamente no âmbito coletivo.<<strong>br</strong> />

Criação <strong>de</strong> estruturas e esquemas organizacio<strong>na</strong>is propícios ao processo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> aprendizagem.<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento <strong>de</strong> learning organizations.<<strong>br</strong> />

Ênfase <strong>na</strong>s interações entre habilida<strong>de</strong>s individuais, sistemas, processos,<<strong>br</strong> />

recursos tangíveis e intangíveis.<<strong>br</strong> />

Integração e <strong>com</strong>partilhamento dos processos organizacio<strong>na</strong>is, entre as<<strong>br</strong> />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios.<<strong>br</strong> />

Conhecimento não explícito ou ambíguo so<strong>br</strong>e quais são as <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

a serem criadas ou <strong>de</strong>senvolvidas; ou quais são os recursos e habilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

necessários para construí-las.<<strong>br</strong> />

Influência da cultura organizacio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

Cultura organizacio<strong>na</strong>l afetando a maneira <strong>com</strong>o são integrados os<<strong>br</strong> />

recursos cor<strong>por</strong>ativos, notadamente os intangíveis.<<strong>br</strong> />

Cultura Organizacio<strong>na</strong>l afetando o processo <strong>de</strong> mudança.<<strong>br</strong> />

Processo <strong>de</strong> aprendizagem.<<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong> do Conhecimento.<<strong>br</strong> />

Quadro 2 - Fatores Críticos para Formação e Competências Organizacio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

Fonte: Gomes et al (2007, p. 243)<<strong>br</strong> />

45


Prahalad (1999, apud GOMES et al 2007) ao avaliar o atual contexto afirma que a<<strong>br</strong> />

aquisição <strong>de</strong> novas <strong>com</strong>petências é uma tarefa <strong>com</strong>plexa e relacio<strong>na</strong> alguns<<strong>br</strong> />

elementos que favorecem esse processo:<<strong>br</strong> />

• Conquistar acesso e absorver novos conhecimentos: a incor<strong>por</strong>ação <strong>de</strong> novas<<strong>br</strong> />

pessoas <strong>com</strong> conhecimento especializado po<strong>de</strong> ser um meio para inserir<<strong>br</strong> />

novos conhecimentos no acervo da organização.<<strong>br</strong> />

• Associar os fluxos <strong>de</strong> conhecimentos: a formação <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> projeto, isto<<strong>br</strong> />

é um grupo multifuncio<strong>na</strong>l <strong>com</strong> especialida<strong>de</strong>s variada.<<strong>br</strong> />

• Compartilhamento <strong>de</strong> culturas e encurtar distâncias: o intercâmbio <strong>por</strong> meio<<strong>br</strong> />

da mobilização e interação <strong>com</strong> diferentes culturas permite conhecer novas<<strong>br</strong> />

formas <strong>de</strong> pensar e <strong>de</strong>senvolver novas <strong>com</strong>petências.<<strong>br</strong> />

• Apren<strong>de</strong>r a esquecer – abando<strong>na</strong>r padrões rígidos que geram resistências a<<strong>br</strong> />

mudanças.<<strong>br</strong> />

Esse assunto não será aprofundado neste trabalho em razão do objeto da pesquisa<<strong>br</strong> />

ser orientado para a avaliação. Porém, observa-se que, dadas às relações entre<<strong>br</strong> />

uma etapa e outra, o tema <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências po<strong>de</strong>rá ser <strong>de</strong>batido<<strong>br</strong> />

em futuras pesquisas.<<strong>br</strong> />

Enten<strong>de</strong>-se, assim, que as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is são construídas <strong>por</strong> meio<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> interações e articulações das <strong>com</strong>petências individuais, pautadas em um<<strong>br</strong> />

processo sinérgico. O <strong>de</strong>senvolvimento das <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is é<<strong>br</strong> />

marcado pelo resultado do aperfeiçoamento contínuo.<<strong>br</strong> />

No próximo item é apresentada a caracterização das <strong>com</strong>petências individuais.<<strong>br</strong> />

46


2.3.3 Competências Individuais<<strong>br</strong> />

Hamel e Prahalad (1995) afirmam que, <strong>de</strong> modo geral, as <strong>com</strong>petências essenciais<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> uma organização se concentram em torno <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>ze<strong>na</strong> e são, relativamente,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> fácil i<strong>de</strong>ntificação.<<strong>br</strong> />

No entanto, quando se relacio<strong>na</strong> o aperfeiçoamento das <strong>com</strong>petências essenciais<<strong>br</strong> />

aos planos <strong>de</strong> educação, trei<strong>na</strong>mento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pessoas, Resen<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

(2000) afirma que as <strong>com</strong>petências individuais não têm limites e, além disso, não<<strong>br</strong> />

são facilmente i<strong>de</strong>ntificáveis.<<strong>br</strong> />

Le Boterf (2003, p. 50) situa <strong>com</strong>petência individual <strong>na</strong> articulação <strong>de</strong> três domínios:<<strong>br</strong> />

a bibliografia e socialização, as situações <strong>de</strong> formação e o contexto profissio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

Assim, a <strong>com</strong>petência não resi<strong>de</strong> nos recursos a mobilizar – <strong>por</strong> exemplo,<<strong>br</strong> />

conhecimento e capacida<strong>de</strong>s –, mas <strong>na</strong> própria mobilização <strong>de</strong>sses recursos. “Para<<strong>br</strong> />

que haja <strong>com</strong>petência, é preciso que haja colocação em jogo <strong>de</strong> um repertório <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

recursos (conhecimentos, capacida<strong>de</strong>s cognitivas, capacida<strong>de</strong>s relacio<strong>na</strong>is, etc.).”<<strong>br</strong> />

A <strong>com</strong>panhia Air France <strong>de</strong>fine <strong>com</strong>petência <strong>com</strong>o um saber agir em situação, isso<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> que possuir saberes e capacida<strong>de</strong>s não significa ser um profissio<strong>na</strong>l <strong>com</strong>petente.<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong>-se conhecer técnicas e regras e não saber aplicá-las no momento o<strong>por</strong>tuno,<<strong>br</strong> />

explica Le Bortef (2003).<<strong>br</strong> />

Fleury e Fleury (2001, p. 20-21) <strong>com</strong>partilham da visão <strong>de</strong> Le Bortef, ao afirmarem<<strong>br</strong> />

que a “<strong>com</strong>petência do indivíduo não é um estado e não se reduz a um<<strong>br</strong> />

conhecimento específico,” e ao <strong>de</strong>finirem <strong>com</strong>petência <strong>com</strong>o “um saber agir<<strong>br</strong> />

responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos,<<strong>br</strong> />

47


ecursos, habilida<strong>de</strong>s, que agreguem valor econômico à organização e valor social<<strong>br</strong> />

ao indivíduo”. A Figura 5 ilustra o conceito apresentado.<<strong>br</strong> />

Figura 5 - Competências Fonte <strong>de</strong> Valor para o Indivíduo e Organização<<strong>br</strong> />

Fonte: Fleury e Fleury (2001, p. 21)<<strong>br</strong> />

Fleury e Fleury (2001) propõem um glossário específico para os verbos utilizados,<<strong>br</strong> />

atribuindo significado único, conforme <strong>de</strong>screve o Quadro 3.<<strong>br</strong> />

Saber agir<<strong>br</strong> />

Saber mobilizar<<strong>br</strong> />

Saber <strong>com</strong>unicar<<strong>br</strong> />

Saber apren<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />

Saber <strong>com</strong>prometer-se<<strong>br</strong> />

Saber assumir responsabilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

Ter visão estratégica<<strong>br</strong> />

Quadro 3 - Competências do Profissio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Fonte: Fleury e Fleury (2001, p. 22)<<strong>br</strong> />

Saber o que e <strong>por</strong> que faz.<<strong>br</strong> />

Saber julgar, escolher, <strong>de</strong>cidir.<<strong>br</strong> />

Saber mobilizar recursos <strong>de</strong> pessoas,<<strong>br</strong> />

fi<strong>na</strong>nceiros,matérias, criando sinergia entre<<strong>br</strong> />

eles.<<strong>br</strong> />

Compreen<strong>de</strong>r processar, transmitir<<strong>br</strong> />

informações e conhecimentos, assegurando o<<strong>br</strong> />

entendimento da mensagem pelos outros.<<strong>br</strong> />

Trabalhar o conhecimento e a experiência.<<strong>br</strong> />

Rever mo<strong>de</strong>los mentais.<<strong>br</strong> />

Saber <strong>de</strong>senvolver-se e propiciar o <strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

dos outros.<<strong>br</strong> />

Saber engajar-se <strong>com</strong>prometer-se <strong>com</strong> os objetivos da<<strong>br</strong> />

organização.<<strong>br</strong> />

Ser responsável, assumindo os riscos e as<<strong>br</strong> />

conseqüências <strong>de</strong> suas ações, e ser, <strong>por</strong> isso,<<strong>br</strong> />

reconhecido.<<strong>br</strong> />

Conhecer e enten<strong>de</strong>r o negócio da<<strong>br</strong> />

organização, seu ambiente, i<strong>de</strong>ntificando<<strong>br</strong> />

o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong>s, alter<strong>na</strong>tivas.<<strong>br</strong> />

48


Para Resen<strong>de</strong> (2000, p. 28), “<strong>com</strong>petências individuais são atributos pessoais que<<strong>br</strong> />

distinguem pessoas <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> outras, num mesmo trabalho” e, ainda,<<strong>br</strong> />

“pessoas <strong>com</strong>petentes são aquelas que obtêm resultados no trabalho e nos<<strong>br</strong> />

empreendimentos, utilizando conhecimentos e habilida<strong>de</strong>s a<strong>de</strong>quados”.<<strong>br</strong> />

Ainda segundo o autor, o que caracteriza o conceito mo<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência é a<<strong>br</strong> />

idéia subjacente <strong>de</strong> resultado, implícita nos verbos saber fazer, saber aplicar, saber<<strong>br</strong> />

agir, saber resolver, pois “o saber operacio<strong>na</strong>lizado resulta em resultados”. Além<<strong>br</strong> />

disso, o autor propõe que a <strong>com</strong>petência seja <strong>de</strong>scrita <strong>com</strong>o o resultado da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>bi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> conhecimentos (formação, trei<strong>na</strong>mento, experiência e auto-<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento) <strong>com</strong> <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento e habilida<strong>de</strong>s (interesse e vonta<strong>de</strong>).<<strong>br</strong> />

Para Green (1999), <strong>com</strong>petência individual é uma <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> hábitos <strong>de</strong> trabalho<<strong>br</strong> />

mensuráveis e habilida<strong>de</strong>s pessoais utilizadas para alcançar um objetivo <strong>de</strong> trabalho.<<strong>br</strong> />

Segundo ele sugere, o conhecimento técnico e as habilida<strong>de</strong>s no trabalho <strong>de</strong>veriam<<strong>br</strong> />

su<strong>por</strong>tar as <strong>com</strong>petências essenciais e as capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma organização. Green,<<strong>br</strong> />

ainda, associa à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências individuais as habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho e <strong>com</strong>petências que incluem hábitos <strong>de</strong> trabalho, estilos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação, li<strong>de</strong>rança, trabalho em equipe, inteligência e perso<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Inicialmente, as pessoas eram consi<strong>de</strong>radas um tipo <strong>de</strong> recurso <strong>na</strong> construção <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências e Barney (1991, apud DUTRA 2004) classificou os recursos em três<<strong>br</strong> />

categorias: físicos – refere-se à planta, equipamentos e ativos; humanos – gerentes,<<strong>br</strong> />

força <strong>de</strong> trabalho e trei<strong>na</strong>mento; e organizacio<strong>na</strong>is – imagem e cultura.<<strong>br</strong> />

A literatura mais recente <strong>de</strong>fine recursos <strong>com</strong>o os conhecimentos e as habilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

que a organização adquire ao longo do tempo. E, <strong>de</strong>ssa forma, “as pessoas estão<<strong>br</strong> />

49


inseridas em todos os recursos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da forma <strong>com</strong>o são<<strong>br</strong> />

classificadas, e, <strong>por</strong>tanto, <strong>na</strong> geração e sustentação das <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>is [...] e são fundamentais para a contínua transformação da<<strong>br</strong> />

organização”. Dutra (2004, p. 25).<<strong>br</strong> />

O autor afirma “que não po<strong>de</strong>mos pensar as <strong>com</strong>petências individuais <strong>de</strong> forma<<strong>br</strong> />

genérica e sim atreladas às <strong>com</strong>petências essenciais para a organização. As<<strong>br</strong> />

entregas esperadas das pessoas <strong>de</strong>vem estar focadas no que é essencial”, explica<<strong>br</strong> />

Dutra (2004, p. 25-26). E que, <strong>de</strong>ssa forma, as pessoas estarão melhor orientadas<<strong>br</strong> />

no que se refere às ativida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>senvolvimento e carreira.<<strong>br</strong> />

A caracterização das expectativas da organização em relação às pessoas<<strong>br</strong> />

fundamentam o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, assim <strong>com</strong>o os parâmetros e<<strong>br</strong> />

instrumentos <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas estarão também direcio<strong>na</strong>dos <strong>de</strong> forma coerente<<strong>br</strong> />

e consistente <strong>com</strong> o intento estratégico da organização.<<strong>br</strong> />

Fleury e Fleury (2001) <strong>de</strong>monstram o vínculo entre o intento estratégico da<<strong>br</strong> />

organização, as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is e as <strong>com</strong>petências individuais. Ao<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>finir sua estratégia <strong>com</strong>petitiva a empresa <strong>de</strong>ve i<strong>de</strong>ntificar as <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

essenciais do negócio e as <strong>com</strong>petências necessárias a cada função. E, <strong>por</strong> outro<<strong>br</strong> />

lado, a existência <strong>de</strong>ssas <strong>com</strong>petências possibilita as escolhas estratégicas feitas<<strong>br</strong> />

pela empresa, o que po<strong>de</strong> gerar um círculo virtuoso.<<strong>br</strong> />

2.4 A COMPLEXIDADE E O ESPAÇO OCUPACIONAL<<strong>br</strong> />

Dutra (2004) afirma que encontrou limitações ao <strong>de</strong>senvolver trabalhos utilizando o<<strong>br</strong> />

conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências oriundo <strong>de</strong> escolas america<strong>na</strong>s. Esse conceito tinha <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

ponto <strong>de</strong> partida o cargo e posteriormente a a<strong>de</strong>quação da pessoa ao cargo. O autor<<strong>br</strong> />

50


essalta que, mesmo os autores que buscavam ampliar o conceito <strong>de</strong> cargo para um<<strong>br</strong> />

conjunto <strong>de</strong> expectativa em relação à pessoa, no contexto organizacio<strong>na</strong>l, não<<strong>br</strong> />

conseguiram pro<strong>por</strong> um conceito consistente que permitisse substituí-lo <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

referencial para a gestão <strong>de</strong> pessoas.<<strong>br</strong> />

Os autores franceses, ao ressaltarem a avaliação <strong>na</strong>s pessoas e ao reverem a<<strong>br</strong> />

questão dos cargos, não propuseram as alter<strong>na</strong>tivas. Dutra (2004, p. 37) explica<<strong>br</strong> />

que, <strong>com</strong>o o cargo não era mais uma referência, procurava respon<strong>de</strong>r: “Como<<strong>br</strong> />

mensurar a entrega e a agregação <strong>de</strong> valor da pessoa para a empresa, o negócio ou<<strong>br</strong> />

o meio em que se insere? Como estabelecer parâmetros para a valorização da<<strong>br</strong> />

pessoa em função da entrega? Como orientar as pessoas para que ampliem sua<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agregar valor?”, uma vez que o cargo não era mais uma referência.<<strong>br</strong> />

O autor relata uma das ocorrências que contribuiu para encontrar as respostas a<<strong>br</strong> />

essas questões, observada em trabalhos realizados <strong>na</strong> empresa Gessy-Lever do<<strong>br</strong> />

Brasil, subsidiária da Unilever, no momento em que teve contato <strong>com</strong> o mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

adaptado do sistema <strong>de</strong> McBer. Dutra (2004, p. 38) <strong>de</strong>staca que:<<strong>br</strong> />

Essa adaptação é trabalhada <strong>por</strong> Boutler (1992) e mostra a necessida<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />

empresa criar gradações <strong>na</strong>s <strong>com</strong>petências para avaliação mais a<strong>de</strong>quada<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> seus gerentes. [...] Observamos que as gradações, <strong>na</strong>s empresas<<strong>br</strong> />

estudadas, apresentavam formatações diferentes, mas todas tinham em<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>um a tentativa <strong>de</strong> estabelecer padrões <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Ao aten<strong>de</strong>r as <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> empresas para revisar seus sistemas <strong>de</strong> remuneração,<<strong>br</strong> />

o autor observou o uso <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> para explicar as diferenças <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

contribuições das pessoas. No entanto, os padrões para mensurar <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

não era algo inédito, pois existiam <strong>de</strong> forma estruturada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1950.<<strong>br</strong> />

Para facilitar a <strong>com</strong>preensão, Dutra (2004, p. 40) diferencia a dificulda<strong>de</strong> da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>: “se uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> difícil execução pu<strong>de</strong>r ser sistematizada e<<strong>br</strong> />

51


eproduzida <strong>com</strong> facilida<strong>de</strong> <strong>por</strong> outros profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> mesmo nível, ela <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexa, mas continua sendo <strong>de</strong> difícil execução.” O autor cita as diferentes<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências requeridas do cirurgião <strong>na</strong> extração <strong>de</strong> apêndice e um transplante <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

coração. A segunda requer o conhecimento <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong>s diferentes, e a<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrências inesperadas é gran<strong>de</strong>. O transplante <strong>de</strong> coração é uma<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong> mais <strong>com</strong>plexa, se <strong>com</strong>parada à extração <strong>de</strong> apêndice, sendo que esta<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> ser facilmente incor<strong>por</strong>ada ao repertório do cirurgião.<<strong>br</strong> />

O mesmo raciocínio aplica-se às organizações em ambiente <strong>de</strong> constantes<<strong>br</strong> />

mudanças, no qual a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> está “no que ela exige da pessoa. Esse padrão<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> exigência é a base para a construção <strong>de</strong> nossas métricas. Para cada realida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>l e <strong>de</strong> trajetória <strong>de</strong> carreira, temos procurado estabelecer dimensões<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> que retratem esses padrões <strong>de</strong> exigências.” (DUTRA, 2004, p. 40-<<strong>br</strong> />

41). A Figura 6 apresenta <strong>de</strong> forma a<strong>br</strong>angente essas dimensões.<<strong>br</strong> />

Eixo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

VI<<strong>br</strong> />

V<<strong>br</strong> />

IV<<strong>br</strong> />

III<<strong>br</strong> />

II<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

Nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

atuação<<strong>br</strong> />

Estratégica<<strong>br</strong> />

Tática<<strong>br</strong> />

Operacio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

A<strong>br</strong>angência<<strong>br</strong> />

da atuação<<strong>br</strong> />

Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Nacio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Nacio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Regio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Regio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Local<<strong>br</strong> />

Local<<strong>br</strong> />

Figura 6 - Dimensões <strong>de</strong> Complexida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2004, p. 41)<<strong>br</strong> />

Escopo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Organização<<strong>br</strong> />

Organização<<strong>br</strong> />

Várias<<strong>br</strong> />

Várias<<strong>br</strong> />

unida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

unida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> negócio<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> negócio<<strong>br</strong> />

Unida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Unida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> negócio<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> negócio<<strong>br</strong> />

Área<<strong>br</strong> />

Área<<strong>br</strong> />

Ativida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

Ativida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

Nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

estrututação<<strong>br</strong> />

das ativida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

Baixo nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

padronização,<<strong>br</strong> />

estruturação e<<strong>br</strong> />

roti<strong>na</strong><<strong>br</strong> />

Alto nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

padronização,<<strong>br</strong> />

estruturação e<<strong>br</strong> />

roti<strong>na</strong><<strong>br</strong> />

Tratamento<<strong>br</strong> />

da<<strong>br</strong> />

informação<<strong>br</strong> />

Deci<strong>de</strong>/<<strong>br</strong> />

Respon<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Participa da<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>cisão<<strong>br</strong> />

A<strong>na</strong>lisa e<<strong>br</strong> />

Re<strong>com</strong>enda<<strong>br</strong> />

Sistematiza/<<strong>br</strong> />

Organiza<<strong>br</strong> />

Coleta<<strong>br</strong> />

Autonomia<<strong>br</strong> />

e grau <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

supervisão<<strong>br</strong> />

Alto nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

autonomia<<strong>br</strong> />

Baixo nível<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

autonomia<<strong>br</strong> />

52


Dutra (2004) afirma que a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> revelou-se um conceito im<strong>por</strong>tante para<<strong>br</strong> />

enten<strong>de</strong>r a realida<strong>de</strong> da gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>na</strong> empresa contem<strong>por</strong>ânea, ao permitir<<strong>br</strong> />

perceber, <strong>com</strong> maior clareza, o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, contribuindo <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

Dutra ressalta que as pessoas <strong>de</strong>senvolvem-se ao lidarem <strong>com</strong> atribuições e<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> maior <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>, e que a utilização <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> é<<strong>br</strong> />

utilizada <strong>na</strong>turalmente <strong>com</strong>o elemento diferencial, mas não <strong>de</strong> forma estruturada.<<strong>br</strong> />

Quando ocorre a estruturação, o autor <strong>de</strong>clara que tem sido fácil <strong>de</strong>monstrar para<<strong>br</strong> />

gestores o conceito, <strong>por</strong>que ele já faz parte <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacando que “é alta<<strong>br</strong> />

a correlação entre a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> das atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s e o nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

agregação <strong>de</strong> valor da pessoa para o ambiente no qual se insere.” (HIPÓLITO,<<strong>br</strong> />

2001, apud DUTRA, 2004, p. 42).<<strong>br</strong> />

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos, <strong>por</strong> Dalton e Thompson (1993 apud<<strong>br</strong> />

DUTRA, 2004), indicaram a existência <strong>de</strong> quatro estágios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

vinculados ao nível <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> da atuação das pessoas, que migram <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

estágio para outro à medida que adquirem experiência e formação, e <strong>de</strong>senvolvem a<<strong>br</strong> />

disposição <strong>de</strong> assumir um conjunto <strong>de</strong> atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s mais<<strong>br</strong> />

exigentes. Esses quatro estágios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, são: aprendiz, profissio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, mentor ou integrador e diretor ou estrategista.<<strong>br</strong> />

Portanto, as empresas que adotam o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> associam<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência aos diferentes estágios, <strong>de</strong>screvendo cada uma <strong>de</strong>las nos quatro<<strong>br</strong> />

estágios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. As <strong>com</strong>petências são <strong>de</strong>scritas <strong>de</strong> forma genérica e as<<strong>br</strong> />

entregas são caracterizadas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada estágio. Assim, a empresa e a pessoa<<strong>br</strong> />

53


têm condições <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar em que estágio se encontram e o que é necessário para<<strong>br</strong> />

ascen<strong>de</strong>r ao estágio seguinte. Dutra (2004, p. 51) esclarece que esse trabalho<<strong>br</strong> />

permitiu aprofundar o conceito <strong>de</strong> espaço ocupacio<strong>na</strong>l:<<strong>br</strong> />

O espaço ocupacio<strong>na</strong>l surgiu <strong>com</strong>o expressão para <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>r o conjunto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s das pessoas. Gradualmente, tornou-se um<<strong>br</strong> />

conceito que procurava estabelecer a correlação entre <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

entrega. Se uma pessoa agrega valor à medida que assume<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s e atribuições mais <strong>com</strong>plexas, não é necessário<<strong>br</strong> />

promovê-la para que a pessoa agregue mais valor. A pessoa po<strong>de</strong> ampliar o<<strong>br</strong> />

nível <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s sem mudar<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> cargo ou posição <strong>na</strong> empresa.<<strong>br</strong> />

Esse processo é <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>do ampliação do espaço ocupacio<strong>na</strong>l, e ocorre em<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> duas variáveis: <strong>de</strong> um lado as necessida<strong>de</strong>s organizacio<strong>na</strong>is, e, do<<strong>br</strong> />

outro, a <strong>com</strong>petência da pessoa em atendê-las.<<strong>br</strong> />

Na próxima seção é apresentada a correlação <strong>de</strong> estratégias empresariais e a<<strong>br</strong> />

formação <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências.<<strong>br</strong> />

2.5 ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS E SEUS IMPACTOS NA FORMAÇÃO DE<<strong>br</strong> />

COMPETÊNCIAS<<strong>br</strong> />

Empresas e governos negociam posições em um cenário bastante <strong>com</strong>plexo para<<strong>br</strong> />

aten<strong>de</strong>r às pressões <strong>com</strong>petitivas, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do arranjo produtivo em que<<strong>br</strong> />

estão inseridas – re<strong>de</strong>, ca<strong>de</strong>ia, cluster, ou mesmo atuando isoladamente. O que<<strong>br</strong> />

remete à <strong>com</strong>petência da pessoa e da organização para a elaboração das<<strong>br</strong> />

estratégias, formando um “círculo virtuoso, em que as estratégias <strong>de</strong>finem as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências e estas se refletem <strong>na</strong> escolha das estratégias, <strong>por</strong> meio do processo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> aprendizagem”, clarificam Fleury e Fleury (2001, p.17). A Figura 7 ilustra esse<<strong>br</strong> />

pensamento.<<strong>br</strong> />

54


Figura 7 - Estratégias Empresariais e Formação <strong>de</strong> Competências<<strong>br</strong> />

Fonte: Fleury e Fleury (2001, p. 17)<<strong>br</strong> />

Desta forma, a empresa “<strong>de</strong>fine sua estratégia e as <strong>com</strong>petências necessárias para<<strong>br</strong> />

implementá-las, num processo <strong>de</strong> aprendizagem permanente. Não existe uma<<strong>br</strong> />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> precedência nesse processo, mas antes um círculo virtuoso, em que uma<<strong>br</strong> />

alimenta a outra”. Fleury e Fleury (2001, p.11).<<strong>br</strong> />

Sob o mesmo foco, Ruzzarin, Amaral e Simionovisci (2002, p. 54-55) <strong>de</strong>stacam que:<<strong>br</strong> />

Com o advento das cores <strong>com</strong>petences, passou-se a ‘subir um nível’<<strong>br</strong> />

quando da discussão a respeito das <strong>com</strong>petências [...] já não mais bastava<<strong>br</strong> />

interrogar o gestor do cargo so<strong>br</strong>e quais as <strong>com</strong>petências eram requeridas<<strong>br</strong> />

para a atuação <strong>com</strong> sucesso no cargo. Precisávamos ampliar esta<<strong>br</strong> />

discussão em nível estratégico da organização. Precisávamos saber da<<strong>br</strong> />

estratégia e da visão <strong>de</strong> futuro da empresa em questão [...] o <strong>de</strong>safio seria o<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> tentar <strong>de</strong>codificar quais as <strong>com</strong>petências estariam implícitas neste<<strong>br</strong> />

planejamento.<<strong>br</strong> />

Diante <strong>de</strong>sse contexto, o perfil do gestor sofreu mudanças significativas, conforme<<strong>br</strong> />

abordado <strong>na</strong> próxima seção.<<strong>br</strong> />

2.6 PERFIL DO GESTOR EM EMPRESAS DE BASE TECNÓLOGICA<<strong>br</strong> />

Este trabalho toma <strong>por</strong> referência o perfil do gestor em empresas consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alta intensida<strong>de</strong> tecnológica, caracterizada pelo a<strong>por</strong>te <strong>de</strong> tecnologia nova ou<<strong>br</strong> />

55


inovadora nos seus produtos, processos, serviços, e significativa participação no seu<<strong>br</strong> />

segmento <strong>de</strong> atuação. De forma geral, essas organizações são mais expostas às<<strong>br</strong> />

variações do ambiente externo.<<strong>br</strong> />

Historicamente, a função <strong>de</strong> gestor ou gerente tem sua origem <strong>na</strong> função do “chefe”,<<strong>br</strong> />

criada para zelar pela lucrativida<strong>de</strong> do patrão. Mais especificamente, para assegurar<<strong>br</strong> />

os resultados do que propriamente para promovê-los. No início da organização do<<strong>br</strong> />

trabalho, a função da chefia era exercida <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma visão tirânica <strong>de</strong> <strong>com</strong>ando,<<strong>br</strong> />

e <strong>com</strong> o tempo, observou-se que essa forma <strong>de</strong> trabalho não permitia avanços, pois<<strong>br</strong> />

o perfil exigido para inovar e gerar lucros era bastante distinto do perfil do então<<strong>br</strong> />

chefe. Assim, segundo Teixeira e Mink (2000, p. 72),<<strong>br</strong> />

[...] alguém inventou o gerente [...]. A visão que temos hoje da função<<strong>br</strong> />

gerencial aponta para um lí<strong>de</strong>r que promova e persiga o lucro seguindo o<<strong>br</strong> />

que há <strong>de</strong> mais mo<strong>de</strong>rno em termos <strong>de</strong> organização, produção e qualida<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

ou seja, o lucro simplesmente pelo lucro já não satisfaz <strong>por</strong>que é pouco, é<<strong>br</strong> />

efêmero. Assim sendo, o gerente mo<strong>de</strong>rno precisa reunir um conjunto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>s e talentos <strong>com</strong>o não exigido <strong>de</strong> nenhum outro profissio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

A literatura indica uma série <strong>de</strong> requisitos incluindo, principalmente, a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

li<strong>de</strong>rança, <strong>com</strong>o base para o exercício do cargo <strong>de</strong> gestor. Motivo pelo qual a<<strong>br</strong> />

li<strong>de</strong>rança é incor<strong>por</strong>ada nos quesitos <strong>de</strong> seleção e promoção <strong>de</strong> gestores, muitas<<strong>br</strong> />

vezes <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>dos gerentes ou lí<strong>de</strong>res.<<strong>br</strong> />

Kotter (1998) afirma que houve muitas gerações <strong>de</strong> executivos <strong>com</strong> mais<<strong>br</strong> />

conhecimentos <strong>de</strong> gestão do que propriamente <strong>com</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança. Mas<<strong>br</strong> />

esse quadro está mudando em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> novas perspectivas das empresas<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>s, no que tange à gestão <strong>de</strong> pessoas.<<strong>br</strong> />

Heifetz (1999) <strong>de</strong>staca que no passado a li<strong>de</strong>rança tinha um forte <strong>com</strong>ponente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

autoritarismo, e atualmente, em organizações <strong>com</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão consi<strong>de</strong>rados<<strong>br</strong> />

56


inovadores, é possível observar atitu<strong>de</strong>s mais participativas que buscam não ape<strong>na</strong>s<<strong>br</strong> />

a eficácia, mas um processo contínuo <strong>de</strong> renovação organizacio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

Teixeira e Mink (2000, p. 09) postulam que “li<strong>de</strong>rança não po<strong>de</strong> ser confundida <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

chefia, gerência ou direção. Li<strong>de</strong>rança é condição e não função, embora se<<strong>br</strong> />

condicione o exercício <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>stas à presença <strong>na</strong>tural daquela, <strong>com</strong>o é o<<strong>br</strong> />

caso das gerências”.<<strong>br</strong> />

Robbins (2002, p. 29; 304) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma bastante direta que “li<strong>de</strong>rança é a<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influenciar um grupo em direção ao alcance <strong>de</strong> objetivos” e gerentes<<strong>br</strong> />

são “indivíduos que supervisio<strong>na</strong>m as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outros”.<<strong>br</strong> />

Hersey e Blanchard (1986, p. 105) conceituam li<strong>de</strong>rança <strong>com</strong>o “[...] o processo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

influenciar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> indivíduos ou grupos para a consecução <strong>de</strong> um objeto<<strong>br</strong> />

numa dada situação.” Max Weber (1947, apud JESUÍNO, 2004) utilizou a palavra<<strong>br</strong> />

carisma, para explicar essa influência que têm certos lí<strong>de</strong>res so<strong>br</strong>e seus seguidores.<<strong>br</strong> />

Para Rice (1970), a li<strong>de</strong>rança exige sensibilida<strong>de</strong> em face dos sentimentos e atitu<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> outrem, empatia, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r o que se passa <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

grupo, tanto <strong>na</strong> esfera consciente <strong>com</strong>o <strong>na</strong> inconsciente, e, ainda, a habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

agir <strong>de</strong> maneira a contribuir para boa execução das tarefas.<<strong>br</strong> />

Kets <strong>de</strong> Vries (1995) relata que há <strong>de</strong>finições ilimitadas, incontáveis e polêmicas<<strong>br</strong> />

referentes ao conceito <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança. Apesar <strong>de</strong> muitos autores buscaram <strong>de</strong>finir o<<strong>br</strong> />

conceito, não há uma <strong>de</strong>finição única. As várias abordagens po<strong>de</strong>m ser aplicadas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

acordo <strong>com</strong> o contexto. Destaca, ainda, que alguns autores concordam em alguns<<strong>br</strong> />

traços <strong>com</strong>uns, <strong>com</strong>o sendo im<strong>por</strong>tantes para os lí<strong>de</strong>res – inteligência, domínio,<<strong>br</strong> />

autocontrole, sociabilida<strong>de</strong>, energia, abertura a experiências, entre outros.<<strong>br</strong> />

57


Jesuíno (2004) <strong>com</strong>partilha da visão <strong>de</strong> Kets <strong>de</strong> Vries ao afirmar que embora haja<<strong>br</strong> />

inúmeras conceituações <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança há caracterizações <strong>com</strong>uns entre os autores,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>stacando a im<strong>por</strong>tância <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar dois aspectos, o papel do lí<strong>de</strong>r e o que é<<strong>br</strong> />

li<strong>de</strong>rança. O autor ressalta, ainda, a relação entre os conceitos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>r e autorida<strong>de</strong>. Em seus escritos, cita Max Weber, ao partir da premissa <strong>de</strong> que<<strong>br</strong> />

autorida<strong>de</strong> é o po<strong>de</strong>r legítimo, uma vez que é reconhecido <strong>por</strong> aqueles que estão<<strong>br</strong> />

sob esta autorida<strong>de</strong>. Weber (apud JESUÍNO, 2004, p. 14) pontua que:<<strong>br</strong> />

[...] o po<strong>de</strong>r (match) ‘é a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um actor, <strong>de</strong>ntro duma relação<<strong>br</strong> />

social estar em posição <strong>de</strong> realizar a sua própria vonta<strong>de</strong> a <strong>de</strong>speito da<<strong>br</strong> />

resistência’, a li<strong>de</strong>rança (herrschaft) ‘é a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma or<strong>de</strong>m ser<<strong>br</strong> />

pronta e automaticamente obe<strong>de</strong>cida, <strong>por</strong> parte dum <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do grupo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoas.<<strong>br</strong> />

Jesuíno (2004) <strong>de</strong>staca que <strong>na</strong> teoria weberia<strong>na</strong> a li<strong>de</strong>rança estaria mais associada<<strong>br</strong> />

à autorida<strong>de</strong>, não <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando a relação entre po<strong>de</strong>r e li<strong>de</strong>rança.<<strong>br</strong> />

Observa-se uma reflexão quanto aos significados e empregos das palavras gerente<<strong>br</strong> />

ou gestor e o conceito <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, não raramente utilizadas <strong>com</strong>o sinônimos. Para<<strong>br</strong> />

melhor entendimento, neste estudo o gestor é consi<strong>de</strong>rado o representante formal<<strong>br</strong> />

da organização perante os empregados e, so<strong>br</strong>etudo, aquele capaz <strong>de</strong> influenciar o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong><strong>por</strong>tamento dos li<strong>de</strong>rados para alcance dos objetivos da organização. A<<strong>br</strong> />

li<strong>de</strong>rança é, então, um atributo dos gestores.<<strong>br</strong> />

Quanto ao perfil dos gestores, Silva (2005) <strong>de</strong>staca que as empresas não buscam<<strong>br</strong> />

mais profissio<strong>na</strong>is eminentemente técnicos, mas pessoas que efetivamente agregam<<strong>br</strong> />

valor e geram resultados; em outras palavras, profissio<strong>na</strong>is dotados <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências para <strong>de</strong>sempenhar seus processos organizacio<strong>na</strong>is. As pessoas que<<strong>br</strong> />

possuem capacida<strong>de</strong>s diferenciadas cumprem im<strong>por</strong>tante papel <strong>na</strong> sustentabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

da empresa e economia em geral. Silva (op. cit. p. 30) ressalta “que o papel da<<strong>br</strong> />

58


empresa é o <strong>de</strong> facilitar e auxiliar neste processo, <strong>de</strong>senvolvendo pessoas para<<strong>br</strong> />

várias carreiras, e não ape<strong>na</strong>s para uma.”<<strong>br</strong> />

O perfil do gestor sofreu mudanças significativas nos últimos anos, exige-se que este<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l saiba conviver <strong>com</strong> as constantes mudanças organizacio<strong>na</strong>is, li<strong>de</strong>rar e<<strong>br</strong> />

envolver todas as partes interessadas.<<strong>br</strong> />

A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>sse perfil é uma construção particular <strong>de</strong> cada empresa <strong>de</strong> acordo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> as suas necessida<strong>de</strong>s. No entanto, a Figura 8 apresenta um exemplo do perfil<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> gestor <strong>de</strong>sejado pelas organizações contem<strong>por</strong>âneas.<<strong>br</strong> />

Autogestão<<strong>br</strong> />

Relacio<strong>na</strong>mento<<strong>br</strong> />

Empowerment<<strong>br</strong> />

Negociação<<strong>br</strong> />

Saber ouvir<<strong>br</strong> />

Comunicação<<strong>br</strong> />

Empatia<<strong>br</strong> />

Expressar<<strong>br</strong> />

Visão Integrada<<strong>br</strong> />

dos Processos<<strong>br</strong> />

Perfil Profissio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Realizador<<strong>br</strong> />

Escrever<<strong>br</strong> />

Figura 8 - Perfil Desejado do Gestor <strong>de</strong> Pessoas<<strong>br</strong> />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Silva (2005, p.31)<<strong>br</strong> />

Pensamento<<strong>br</strong> />

Estratégico<<strong>br</strong> />

Foco <strong>na</strong> essência<<strong>br</strong> />

Empreen<strong>de</strong>dorismo<<strong>br</strong> />

Inovação e<<strong>br</strong> />

Criativida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Provedor <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Soluções<<strong>br</strong> />

As referências teóricas dos autores Fleury e Fleury, 2001; Breson, 2005; Kouzes,<<strong>br</strong> />

1987 <strong>com</strong>põem o Quadro 4 <strong>de</strong> referências das <strong>com</strong>petências do gestor, a seguir:<<strong>br</strong> />

59


AUTORES<<strong>br</strong> />

COMPETÊNCIAS REQUERIDAS DO GESTOR<<strong>br</strong> />

NEGÓCIO SOCIAL TÉCNICA<<strong>br</strong> />

Fleury e Fleury - Estratégias - Pessoas<<strong>br</strong> />

Breson - Li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Mercado<<strong>br</strong> />

Kouzes - O<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

Quadro 4 - Competências do Gestor<<strong>br</strong> />

- Li<strong>de</strong>rança<<strong>br</strong> />

- Comunicação<<strong>br</strong> />

- Desenvolvimento<<strong>br</strong> />

Organizacio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

- Visão<<strong>br</strong> />

- Colaboração<<strong>br</strong> />

- Reconhecimento<<strong>br</strong> />

- Operações<<strong>br</strong> />

- Marketing<<strong>br</strong> />

- Operações<<strong>br</strong> />

- Fi<strong>na</strong>nças<<strong>br</strong> />

- Processos<<strong>br</strong> />

Operacio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

A análise da Figura 8 e sua <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> o Quadro 3 permitem inferir acerca das<<strong>br</strong> />

exigências das organizações em relação às expectativas que <strong>de</strong>positam nos seus<<strong>br</strong> />

gestores, manifestas no elenco <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências gerenciais.<<strong>br</strong> />

A origem das <strong>com</strong>petências é fundamental para a caracterização das expectativas<<strong>br</strong> />

da organização em relação às pessoas. Nesse sentido, os trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> Fleury e Fleury (2001) <strong>de</strong>stacam a estreita relação entre o intento estratégico da<<strong>br</strong> />

organização, as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is e as <strong>com</strong>petências individuais.<<strong>br</strong> />

Tomando <strong>por</strong> base as tipologias propostas <strong>por</strong> Treacy e Wiersema (1995), e <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

Porter (1996), os autores estabeleceram três formas <strong>de</strong> <strong>com</strong>petir: excelência<<strong>br</strong> />

operacio<strong>na</strong>l, inovação em produtos e orientada para serviços.<<strong>br</strong> />

Assim, é possível verificar que a forma <strong>de</strong> <strong>com</strong>petir influência o estabelecimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is, e, assim, o estabelecimento <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

individuais. As <strong>com</strong>petências estabelecidas para os gestores estão intimamente<<strong>br</strong> />

relacio<strong>na</strong>das <strong>com</strong> a forma <strong>de</strong> <strong>com</strong>petir da organização. Dutra (2004).<<strong>br</strong> />

60


Até este momento, a revisão <strong>de</strong> literatura pontuou a im<strong>por</strong>tância dos vínculos claros<<strong>br</strong> />

entre <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is e as <strong>com</strong>petências individuais dos gestores.<<strong>br</strong> />

Portanto, uma das formas <strong>de</strong> aproximar as <strong>com</strong>petências organizacio<strong>na</strong>is e<<strong>br</strong> />

individuais ao intento estratégico é exami<strong>na</strong>r a entrega dos gestores à organização,<<strong>br</strong> />

ou seja, a agregação <strong>de</strong> valor numa perspectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong>sempenho,<<strong>br</strong> />

assunto do tópico a seguir.<<strong>br</strong> />

2.7 GESTÃO DE DESEMPENHO<<strong>br</strong> />

A história da Administração nos <strong>de</strong>monstra a visão mecanicista que em tempos<<strong>br</strong> />

remotos respaldavam as práticas organizacio<strong>na</strong>is. Posto que empresas eram<<strong>br</strong> />

percebidas <strong>com</strong>o uma gran<strong>de</strong> máqui<strong>na</strong> e sob esta ótica todo o seu entorno eram<<strong>br</strong> />

peças <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> engre<strong>na</strong>gem, o ambiente <strong>com</strong>petitivo era mais estável, o que<<strong>br</strong> />

podia justificar esse entendimento. No entanto, foi em meados da década <strong>de</strong> 1970<<strong>br</strong> />

que se inicia a re<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> novos parâmetros <strong>de</strong> <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>, surgindo a<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se reestruturar o processo produtivo.<<strong>br</strong> />

A motivação principal foi a inserção no mercado mundial <strong>de</strong> novos ofertantes,<<strong>br</strong> />

especialmente das empresas japonesas, oferecendo produtos <strong>com</strong> preço e<<strong>br</strong> />

qualida<strong>de</strong> bastante atrativos. A lógica técnica <strong>de</strong> gerir as organizações ce<strong>de</strong> lugar à<<strong>br</strong> />

lógica centrada no cliente, conforme observa Rodrigues (2004).<<strong>br</strong> />

Mertens (1996) <strong>de</strong>staca que é nesse contexto que a capacitação dos recursos<<strong>br</strong> />

humanos é valorizada <strong>com</strong>o elemento-chave da <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong>, justificada<<strong>br</strong> />

principalmente pelos novos requisitos exigidos pelos novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> produção.<<strong>br</strong> />

Havia, nessa época, uma gran<strong>de</strong> preocupação das organizações em implantar<<strong>br</strong> />

sistemas e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, esclarece GIL (2001). Esse<<strong>br</strong> />

61


mesmo autor afirma que “As organizações, enquanto sistemas <strong>de</strong> papéis, ten<strong>de</strong>m a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>finir o <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento <strong>de</strong>sejado <strong>de</strong> seus empregados no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

tarefa.” Gil (2001, p.148). Esclarece, ainda, que a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> cargos é originária<<strong>br</strong> />

da expectativa <strong>de</strong> papel, e esta arrola <strong>de</strong>veres e responsabilida<strong>de</strong>s que são exigidos<<strong>br</strong> />

pelo ocupante do cargo.<<strong>br</strong> />

Por vezes, a expectativa do empregador não é correspondida pelo empregado. Gil<<strong>br</strong> />

(2001, p. 148) explica que “entre o <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento real e o <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento esperado<<strong>br</strong> />

costuma ocorrer um hiato, que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>do <strong>com</strong>o discrepância <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho.“ O autor <strong>de</strong>staca que conhecer a extensão <strong>de</strong>ssa discrepância<<strong>br</strong> />

favorece a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>ficiente e o diagnóstico <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

integração dos empregados, supervisão, motivação e subaproveitamento do<<strong>br</strong> />

potencial, entre outros.<<strong>br</strong> />

A avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho é uma sistemática apreciação do <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

indivíduo no cargo que ocupa, e do seu respectivo potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<<strong>br</strong> />

Vergara (2005) <strong>de</strong>staca que assim <strong>com</strong>o qualquer avaliação, a <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho não<<strong>br</strong> />

tem um fim em si mesma, faz parte da gestão <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, sendo um subsídio<<strong>br</strong> />

para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão no que se refere a investir <strong>na</strong>s pessoas, <strong>por</strong> exemplo:<<strong>br</strong> />

contribuir para seu aprendizado, para o crescimento do acervo <strong>de</strong> conhecimento e<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>s, para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas <strong>com</strong>petências, ou, ao contrário, <strong>de</strong>cidir<<strong>br</strong> />

dispensar, caso não visualize a<strong>de</strong>quação.<<strong>br</strong> />

Uma das questões mais difíceis <strong>na</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas é <strong>de</strong>finir e avaliar o<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho, <strong>de</strong>finido <strong>com</strong>o conjunto <strong>de</strong> entregas <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da pessoa para<<strong>br</strong> />

empresa ou negócio. (DUTRA, 2001).<<strong>br</strong> />

62


A avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho possibilita i<strong>de</strong>ntificar três dimensões do indivíduo que<<strong>br</strong> />

interagem entre si, quais sejam: o <strong>de</strong>sempenho, o esforço e o <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento. O<<strong>br</strong> />

autor afirma que:<<strong>br</strong> />

Cada dimensão <strong>de</strong>ve ser tratada <strong>de</strong> forma diferente, tanto no que se refere<<strong>br</strong> />

à maneira <strong>de</strong> avaliar quanto no que diz respeito às ações <strong>de</strong>correntes da<<strong>br</strong> />

avaliação. Em geral as empresas mensuram essas três dimensões e dão<<strong>br</strong> />

mais ênfase ao esforço e ao <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento. No momento atual, o<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento é a dimensão mais im<strong>por</strong>tante do <strong>de</strong>sempenho e merece<<strong>br</strong> />

atenção diferenciada. (DUTRA, 2001, p. 35)<<strong>br</strong> />

Com base <strong>na</strong> gestão estratégica <strong>de</strong> recursos humanos, o a<strong>com</strong>panhamento do<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>staca-se <strong>com</strong>o um recurso im<strong>por</strong>tante para i<strong>de</strong>ntificação e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, tanto as organizacio<strong>na</strong>is quanto as individuais.<<strong>br</strong> />

Surge, então, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerir pessoas <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências, objeto <strong>de</strong> estudo<<strong>br</strong> />

da próxima seção.<<strong>br</strong> />

2.8 GESTÃO DE PESSOAS POR COMPETÊNCIAS<<strong>br</strong> />

O sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>ve primar <strong>por</strong> uma linguagem única so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência, permitindo à organização <strong>com</strong>parar as suas disponibilida<strong>de</strong>s <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

suas necessida<strong>de</strong>s. (GREEN, 1999).<<strong>br</strong> />

Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>screver uma <strong>com</strong>bi<strong>na</strong>ção própria <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e características necessárias para que as pessoas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenhem seu papel <strong>na</strong> organização, constituindo uma ferramenta <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoas, especialmente quanto à seleção, avaliação, <strong>de</strong>senvolvimento e<<strong>br</strong> />

planejamento <strong>de</strong> sucessão. ( LUCIA E LEPSINGER, 1999).<<strong>br</strong> />

Neri (1999, p. 09 e 10) afirma que “quando uma empresa <strong>de</strong>fine seus procedimentos<<strong>br</strong> />

e políticas <strong>de</strong> recursos humanos em torno <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, ela provoca alterações<<strong>br</strong> />

63


<strong>na</strong>s relações <strong>de</strong> trabalho que po<strong>de</strong>m ser associadas a verda<strong>de</strong>iras revoluções”,<<strong>br</strong> />

permitindo que:<<strong>br</strong> />

• os trabalhadores tenham referenciais em relação ao que a empresa valoriza<<strong>br</strong> />

e, <strong>com</strong> isso, direcionem seus esforços <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e <strong>de</strong>sempenho;<<strong>br</strong> />

• as políticas <strong>de</strong> remuneração e re<strong>com</strong>pensa utilizem critérios mais<<strong>br</strong> />

transparentes, influenciando a ambiência <strong>de</strong> forma positiva, assim <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />

motivação e o <strong>com</strong>prometimento das pessoas;<<strong>br</strong> />

• uma avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>com</strong> referenciais e objetivos explícitos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

foco <strong>na</strong> contribuição <strong>de</strong> cada pessoa ou grupo para o resultados da empresa;<<strong>br</strong> />

• os processos <strong>de</strong> seleção e promoção se tornem mais efetivos em <strong>de</strong>corrência<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> características <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitação e objetivação <strong>de</strong> <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento que o<<strong>br</strong> />

trabalho exige; e<<strong>br</strong> />

• as relações entre os grupos fiquem facilitadas quando organizados em torno<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> referenciais claros e explícitos <strong>de</strong> <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento – individual e grupal.<<strong>br</strong> />

Green (1999 p. 14 e 15) i<strong>de</strong>ntificou, em entrevistas realizadas <strong>com</strong> 134 pessoas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

diversas organizações, que a razão primária para se implementar um sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência era “interligar entrevistas, avaliações, trei<strong>na</strong>mento, coaching e<<strong>br</strong> />

remuneração a visão, missão, valores e cultura. Outras razões incluíam o<<strong>br</strong> />

planejamento <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s necessárias para que a organização cresça, <strong>com</strong>unicar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong><strong>por</strong>tamento <strong>de</strong> valor e esclarecer o foco da li<strong>de</strong>rança”. O Quadro 5 <strong>de</strong>screve o<<strong>br</strong> />

conjunto <strong>de</strong> objetivos i<strong>de</strong>ntificados <strong>por</strong> Green, quanto ao sistema <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências.<<strong>br</strong> />

O autor relata que os pesquisados <strong>de</strong>screveram dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

sistemas <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências que não foram amplamente aplicados em sua<<strong>br</strong> />

organização, ou seja, que não retrataram <strong>de</strong> maneira precisa as particularida<strong>de</strong>s e<<strong>br</strong> />

suas organizações ou seus cargos.<<strong>br</strong> />

64


Classificação Objetivos<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

1.<<strong>br</strong> />

Vincular entrevistas, avaliações, trei<strong>na</strong>mento, coaching e remuneração à<<strong>br</strong> />

visão, à missão, aos valores e à cultura.<<strong>br</strong> />

2. Planejar as habilida<strong>de</strong>s necessárias para que a organização cresça.<<strong>br</strong> />

3. Comunicar os <strong>com</strong><strong>por</strong>tamentos valorizados.<<strong>br</strong> />

4. Esclarecer o foco da li<strong>de</strong>rança.<<strong>br</strong> />

5. Focalizar atenção <strong>na</strong> qualida<strong>de</strong>/<strong>com</strong><strong>por</strong>tamento orientando para o cliente.<<strong>br</strong> />

6. Fechar as lacu<strong>na</strong>s (gaps) <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

7. Desenvolver a nossa vantagem <strong>com</strong>petitiva.<<strong>br</strong> />

8. I<strong>de</strong>ntificar critérios <strong>de</strong> seleção para entrevistas.<<strong>br</strong> />

9. Estruturar os tópicos discutidos em uma avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<<strong>br</strong> />

10. Desenvolver um feedback <strong>de</strong> 360 graus.<<strong>br</strong> />

11. Planejar para a sucessão.<<strong>br</strong> />

12. Orientar os gerentes quanto à estratégia e à cultura cor<strong>por</strong>ativas.<<strong>br</strong> />

13. Encorajar a cooperação transfuncio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

14. Guiar as promoções promocio<strong>na</strong>is.<<strong>br</strong> />

15. Facilitar o fluxo <strong>de</strong> pessoas através do negócio e das fronteiras globais.<<strong>br</strong> />

_________________________________________________________________<<strong>br</strong> />

Quadro 5 - Pesquisa so<strong>br</strong>e os Objetivos dos Sistemas <strong>de</strong> Competências<<strong>br</strong> />

Fonte: Green (1999 p. 15)<<strong>br</strong> />

Sob o mesmo foco, Dutra (2004, p 93) <strong>de</strong>staca que um sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoas “<strong>de</strong>ve ter legitimida<strong>de</strong>. Esta é obtida e conservada <strong>na</strong> medida em que ele<<strong>br</strong> />

atenda às necessida<strong>de</strong>s das pessoas e da empresa. Para tanto, é necessário<<strong>br</strong> />

envolvê-las e <strong>com</strong>prometê-las <strong>com</strong> a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s, <strong>com</strong> o mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> papéis e responsabilida<strong>de</strong>s [...]”<<strong>br</strong> />

Brandão e Guimarães (2001) afirmam que a gestão <strong>por</strong> <strong>com</strong>petência faz parte <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

sistema maior <strong>de</strong> gestão da organização, configurando-se em um processo contínuo<<strong>br</strong> />

que toma <strong>por</strong> referência a estratégia da empresa e direcio<strong>na</strong> as ações <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoas visando à captação, <strong>de</strong>senvolvimento e retenção das <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

necessárias à consecução dos objetivos estratégicos.<<strong>br</strong> />

65


2.9 A CONTRIBUIÇÃO DA REVISÃO DE LITERATURA PARA A PESQUISA<<strong>br</strong> />

A revisão teórica até aqui apresentada evi<strong>de</strong>ncia que a capacitação para o trabalho<<strong>br</strong> />

e a busca <strong>por</strong> profissio<strong>na</strong>is <strong>com</strong>petentes para a consecução dos <strong>de</strong>safios e objetivos<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>is é um tema recorrente <strong>na</strong> abordagem <strong>de</strong> Recursos Humanos.<<strong>br</strong> />

Embora existam diferenças <strong>de</strong> enfoque relacio<strong>na</strong>dos ao tema <strong>de</strong>sempenho, em<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>um, as diversas correntes teóricas, especialmente as mais recentes, têm<<strong>br</strong> />

enfatizado a eficiência e o alcance <strong>de</strong> resultados superiores. Porém, essa expressão<<strong>br</strong> />

não <strong>de</strong>fine <strong>com</strong>pletamente a <strong>na</strong>tureza do <strong>de</strong>sempenho organizacio<strong>na</strong>l, posto que<<strong>br</strong> />

outros fatores, <strong>com</strong>o a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> e a mudança contínua, contribuem para a<<strong>br</strong> />

discussão acerca da <strong>na</strong>tureza multifacetada do <strong>de</strong>sempenho e dos resultados<<strong>br</strong> />

alcançados.<<strong>br</strong> />

Os mo<strong>de</strong>los tradicio<strong>na</strong>is, baseados <strong>na</strong> abordagem mecanicista ressaltavam, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<<strong>br</strong> />

início da organização industrial contem<strong>por</strong>ânea, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> selecio<strong>na</strong>r<<strong>br</strong> />

indivíduos preparados e os trei<strong>na</strong>vam, ainda que a preocupação fosse <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> tarefas específicas, ou seja, as habilida<strong>de</strong>s técnicas e operacio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

relativas ao trabalho a ser executado, principalmente no ambiente produtivo.<<strong>br</strong> />

No Brasil, a partir da década <strong>de</strong> 1990, os <strong>de</strong>safios da <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> e o novo<<strong>br</strong> />

cenário sócio-econômico “levou ao alinhamento <strong>de</strong>finitivo das políticas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

recursos humanos às estratégias empresarias, incor<strong>por</strong>ando às práticas<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>is o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência, <strong>com</strong>o base do mo<strong>de</strong>lo para se gerenciar<<strong>br</strong> />

pessoas” (FLEURY & FLEURY, 2001, p. 64).<<strong>br</strong> />

Há uma gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceituações relativas <strong>com</strong>petências. No âmbito<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>l, a discussão em relação a <strong>na</strong>tureza do que viria a ser <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>do<<strong>br</strong> />

66


<strong>com</strong>o <strong>com</strong>petência, foi inicialmente provocada pelo trabalho <strong>de</strong> David McClelland, a<<strong>br</strong> />

partir <strong>de</strong> 1973. Essa discussão enfatiza a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma abordagem mais<<strong>br</strong> />

direcio<strong>na</strong>da à i<strong>de</strong>ntificação mais <strong>com</strong>pleta das características do profissio<strong>na</strong>l em<<strong>br</strong> />

processo <strong>de</strong> seleção, do que aquela que seria possível <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrita <strong>com</strong> base <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

aplicação dos testes <strong>de</strong> inteligência. O <strong>de</strong>bate possibilitou a ampliação do conceito,<<strong>br</strong> />

e esten<strong>de</strong>u a sua a<strong>br</strong>angência aos processos <strong>de</strong> avaliação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoas, conforme mostra o Quadro 6.<<strong>br</strong> />

AUTORES CONCEITOS REFERENTES ÀS COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS<<strong>br</strong> />

McClelland (1973)<<strong>br</strong> />

Ropé e Tanguy (1997, p.<<strong>br</strong> />

16).<<strong>br</strong> />

Green<<strong>br</strong> />

(1999, p. 28)<<strong>br</strong> />

Fleury e Fleury (2001, p. 21)<<strong>br</strong> />

Zarifian (2001, p. 68)<<strong>br</strong> />

Le Boterf (apud DUTRA,<<strong>br</strong> />

2004, p. 30)<<strong>br</strong> />

Terssac (apud CHAMON,<<strong>br</strong> />

2006, p. 24)<<strong>br</strong> />

Quadro 6 - Conceitos <strong>de</strong> Competências Individuais<<strong>br</strong> />

é uma característica subjacente a uma pessoa que po<strong>de</strong> ser relacio<strong>na</strong>da <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho superior <strong>na</strong> realização <strong>de</strong> uma tarefa ou em <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da<<strong>br</strong> />

situação.<<strong>br</strong> />

“é o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, qualida<strong>de</strong>s, capacida<strong>de</strong>s e aptidões que<<strong>br</strong> />

habilitam para a discussão, a consulta, a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> tudo que concerne seu<<strong>br</strong> />

ofício.”<<strong>br</strong> />

“[...] é um conjunto peculiar <strong>de</strong> know-how técnico que é o centro do propósito<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>l. Ela está presente <strong>na</strong>s múltiplas divisões da organização e nos<<strong>br</strong> />

diferentes produtos e serviços. As <strong>com</strong>petências essenciais fornecem uma<<strong>br</strong> />

vantagem <strong>com</strong>petitiva peculiar, resultando em valor percebido pelo cliente, e<<strong>br</strong> />

são difíceis <strong>de</strong> ser imitadas.”<<strong>br</strong> />

“[...] um saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar,<<strong>br</strong> />

transferir conhecimentos, recursos, habilida<strong>de</strong>s, que agreguem valor<<strong>br</strong> />

econômico à organização e valor social ao indivíduo.”<<strong>br</strong> />

“A <strong>com</strong>petência é o tomar iniciativa e o assumir responsabilida<strong>de</strong> do indivíduo<<strong>br</strong> />

diante <strong>de</strong> situações profissio<strong>na</strong>is <strong>com</strong> as quais se <strong>de</strong>para.”<<strong>br</strong> />

“<strong>com</strong>petência é colocar em prática o que se sabe em <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do contexto,<<strong>br</strong> />

marcado geralmente pelas relações <strong>de</strong> trabalho, cultura da empresa,<<strong>br</strong> />

imprevistos, limitações <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong> recursos etc.”<<strong>br</strong> />

“o conjunto <strong>de</strong> tudo o que é engajado <strong>na</strong> ação organizada”<<strong>br</strong> />

Para diversos autores, cuja base <strong>de</strong> referência teórica seja o mo<strong>de</strong>lo americano,<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência é o conjunto <strong>de</strong> qualificações necessárias para o <strong>de</strong>senvolvimento das<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s, ou seja, é o input necessário para garantir um bom <strong>de</strong>sempenho. No<<strong>br</strong> />

Brasil, nos anos 1980 e 1990, foi difundida essa abordagem associada ao perfil <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s – CHA.<<strong>br</strong> />

67


No mesmo período, vários autores contestaram o conceito americano, pois<<strong>br</strong> />

enten<strong>de</strong>ram que o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência tem relação direta <strong>com</strong> a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

realização (ZARIFIAN, 2001; LE BOTERF, 2003). Essa capacida<strong>de</strong> refere-se àquilo<<strong>br</strong> />

que as pessoas produzem, fornecem ou entregam. Ter as qualificações necessárias,<<strong>br</strong> />

ou o CHA para um trabalho, não garante que elas entregarão o que é <strong>de</strong>mandado.<<strong>br</strong> />

Para esses autores, <strong>com</strong>petência não é resultado <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento, não é um estado<<strong>br</strong> />

ou um conhecimento, concluindo que não há <strong>com</strong>petência se não houver ação.<<strong>br</strong> />

Fleury e Fleury (2001) e Dutra (2004) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m o conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />

somatória das duas abordagens apresentadas, sendo o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos,<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>s, atitu<strong>de</strong>s e a entrega da pessoa para a organização. A <strong>com</strong>petência<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ve ser caracterizada <strong>com</strong>o agregação <strong>de</strong> valor ao patrimônio <strong>de</strong> conhecimentos da<<strong>br</strong> />

organização, não po<strong>de</strong>ndo ser confundida, <strong>por</strong> exemplo, <strong>com</strong> atingir metas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

faturamento e produção. Essa agregação consiste em melhorar processos, inserir<<strong>br</strong> />

novas tecnologias. Assim, a <strong>com</strong>petência entregue fica incor<strong>por</strong>ado ao acervo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conhecimentos, <strong>de</strong>calcada <strong>na</strong> cultura organizacio<strong>na</strong>l e no modus operandi.<<strong>br</strong> />

Este estudo adotou o conceito <strong>de</strong> Le Boterf 1994 (apud Dutra, 2004, p. 30) que<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>fine que “<strong>com</strong>petência é colocar em prática o que se sabe em <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do<<strong>br</strong> />

contexto, marcado geralmente pelas relações <strong>de</strong> trabalho, cultura da empresa,<<strong>br</strong> />

imprevistos, limitações <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong> recursos etc”, associado ao fato <strong>de</strong> que o<<strong>br</strong> />

exercício pleno das <strong>com</strong>petências gera a <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> estratégica (HITT,<<strong>br</strong> />

HOSKISSON, IRELAND, 2002). Essa <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> será tanto mais duradoura<<strong>br</strong> />

quanto maior for a capacida<strong>de</strong> da organização em adaptar-se às mudanças, o que<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> ser estimulado <strong>por</strong> meio do <strong>de</strong>senvolvimento contínuo dos seus profissio<strong>na</strong>is.<<strong>br</strong> />

O próximo capítulo <strong>de</strong>screve o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência utilizado nesta pesquisa.<<strong>br</strong> />

68


3 MODELO CONCEITUAL DE REFERÊNCIA ADOTADO<<strong>br</strong> />

Com base nos elementos teóricos <strong>de</strong>scritos no capítulo 2 foi adaptado o mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

conceitual <strong>de</strong> referência, apresentado <strong>na</strong> Figura 9, abaixo.<<strong>br</strong> />

Intento<<strong>br</strong> />

Estratégico<<strong>br</strong> />

Figura 9 - Mo<strong>de</strong>lo Conceitual <strong>de</strong> Referência<<strong>br</strong> />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Dutra (2004)<<strong>br</strong> />

O mo<strong>de</strong>lo tem <strong>por</strong> base o intento estratégico da organização e as <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

organizacio<strong>na</strong>is para que as <strong>com</strong>petências individuais sejam <strong>de</strong>finidas. E, para que<<strong>br</strong> />

haja a gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências i<strong>de</strong>ntificou-se, <strong>na</strong> literatura pesquisada,<<strong>br</strong> />

um Sistema <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas Integrado e Estratégico – SGPIE, apresentado <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

Dutra (2004).<<strong>br</strong> />

Competências<<strong>br</strong> />

Organizacio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> Competências<<strong>br</strong> />

Competências<<strong>br</strong> />

Individuais<<strong>br</strong> />

Recrutamento<<strong>br</strong> />

e Seleção<<strong>br</strong> />

Alocação<<strong>br</strong> />

<strong>Avaliação</strong><<strong>br</strong> />

Sistema<<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas<<strong>br</strong> />

Integrado e Estratégico<<strong>br</strong> />

Carreira<<strong>br</strong> />

Trei<strong>na</strong>mento e<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento<<strong>br</strong> />

Sucessão<<strong>br</strong> />

Remuneração<<strong>br</strong> />

69


O SGPIE contempla recrutamento e seleção, alocação, carreira, avaliação,<<strong>br</strong> />

remuneração, trei<strong>na</strong>mento e <strong>de</strong>senvolvimento. Este trabalho <strong>de</strong>screve, <strong>com</strong> maior<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>talhamento, o processo <strong>de</strong> avaliação, que é o objeto <strong>de</strong>ste estudo.<<strong>br</strong> />

Para a concepção e a implementação do SGPIE re<strong>com</strong>enda-se envolver as pessoas<<strong>br</strong> />

para que este expresse <strong>com</strong> maior fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> o vocabulário e a cultura da<<strong>br</strong> />

organização <strong>na</strong> <strong>de</strong>finição dos parâmetros do sistema.<<strong>br</strong> />

A Figura 10 apresenta <strong>com</strong> <strong>de</strong>talhes a estrutura da concepção do SGPIE.<<strong>br</strong> />

Eixo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

carreira<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Matriz <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Variável Variável<<strong>br</strong> />

diferenciadora diferenciadora 11<<strong>br</strong> />

Variável Variável<<strong>br</strong> />

diferenciadora diferenciadora 22<<strong>br</strong> />

Outras Outras<<strong>br</strong> />

Matriz <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência<<strong>br</strong> />

Trabalho Trabalho <strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

equipe equipe<<strong>br</strong> />

Orientação Orientação<<strong>br</strong> />

resultados resultados<<strong>br</strong> />

Figura 10 - Estrutura da Concepção do Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong><<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2004, p 134)<<strong>br</strong> />

Habilida<strong>de</strong>s e requisitos<<strong>br</strong> />

Requisitos<<strong>br</strong> />

Formação<<strong>br</strong> />

experiência<<strong>br</strong> />

Habilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

gerais<<strong>br</strong> />

Idioma<<strong>br</strong> />

microinformática<<strong>br</strong> />

sistemas<<strong>br</strong> />

cor<strong>por</strong>ativos<<strong>br</strong> />

Habilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

especiais<<strong>br</strong> />

Essa estrutura visa mo<strong>de</strong>lar o sistema <strong>de</strong> gestão consi<strong>de</strong>rando a lógica do<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l <strong>por</strong> níveis <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>, em que são estabelecidos,<<strong>br</strong> />

em conjunto <strong>com</strong> as pessoas-chaves da organização, <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos parâmetros,<<strong>br</strong> />

Outras Outras<<strong>br</strong> />

70


quais sejam: <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> quantos níveis terão o eixo da carreira; <strong>por</strong> meio da<<strong>br</strong> />

matriz <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências - quais as <strong>com</strong>petências para cada eixo da carreira; <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

meio da matriz <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> - a <strong>de</strong>finição da <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> da <strong>com</strong>petência para<<strong>br</strong> />

cada eixo <strong>de</strong> carreira e ainda as habilida<strong>de</strong>s e os requisitos.<<strong>br</strong> />

Assim, para cada eixo <strong>de</strong> carreira são <strong>de</strong>finidos quais são as atribuições e<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s que traduzem os resultados esperados dos profissio<strong>na</strong>is em cada<<strong>br</strong> />

nível <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>, ou seja, a agregação <strong>de</strong> valor. A Figura 11 ilustra, <strong>por</strong> meio<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> um exemplo, a <strong>de</strong>finição das atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um eixo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

carreira gerencial referente à <strong>com</strong>petência orientação para resultados.<<strong>br</strong> />

Eixo Gerencial<<strong>br</strong> />

COMPETÊNCIA: ORIENTAÇÃO PARA RESULTADOS<<strong>br</strong> />

N4<<strong>br</strong> />

N3<<strong>br</strong> />

N2<<strong>br</strong> />

N1<<strong>br</strong> />

Estabelece os resultados <strong>de</strong> longo prazo esperados para o<<strong>br</strong> />

negócio que administra influenciando <strong>na</strong> <strong>de</strong>finição daqueles<<strong>br</strong> />

esperados para a empresa <strong>com</strong>o um todo.<<strong>br</strong> />

Participa da <strong>de</strong>finição e estabelecimento <strong>de</strong> parâmetros e<<strong>br</strong> />

práticas <strong>de</strong> apuração e análise <strong>de</strong> resultados da área que<<strong>br</strong> />

apoiem os processos <strong>de</strong>cisórios da empresa.<<strong>br</strong> />

Estabelece metas e objetivos táticos, para a área sob sua<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>, tomando <strong>por</strong> base os objetivos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

resultados do negócio <strong>de</strong>finidos.<<strong>br</strong> />

Planeja, administra e controla recursos, respon<strong>de</strong>ndo pela<<strong>br</strong> />

sua utilização bem <strong>com</strong>o o cumprimento <strong>de</strong> prazos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

projetos sob sua responsabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Figura 11 - Atribuições e Responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um Eixo <strong>de</strong> Carreira Gerencial<<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2006)<<strong>br</strong> />

71


Dessa forma, para cada <strong>com</strong>petência <strong>de</strong>finem-se as atribuições e as<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s esperadas em cada um dos níveis <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

O mesmo processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição ocorre <strong>com</strong> os requisitos técnicos, também<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>dos requisitos <strong>de</strong> acesso, que é o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, formação e<<strong>br</strong> />

experiência mínimos exigidos para os níveis. De caráter cumulativo, os requisitos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do nível <strong>de</strong>vem ser atendidos pelos profissio<strong>na</strong>is em níveis superiores,<<strong>br</strong> />

conforme ilustra a Figura 12, <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> um exemplo.<<strong>br</strong> />

Eixo Gerencial<<strong>br</strong> />

N4<<strong>br</strong> />

N3<<strong>br</strong> />

N2<<strong>br</strong> />

N1<<strong>br</strong> />

Figura 12 - Requisitos <strong>de</strong> Acesso <strong>de</strong> um Eixo <strong>de</strong> Carreira Gerencial<<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2006)<<strong>br</strong> />

O conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, formação e experiência <strong>de</strong>vem tomar <strong>por</strong> base a<<strong>br</strong> />

lógica do processo produtivo ou <strong>de</strong> apoio à operação, <strong>por</strong> exemplo, manutenção,<<strong>br</strong> />

laboratórios e administrativo.<<strong>br</strong> />

Formação e<<strong>br</strong> />

Experiência<<strong>br</strong> />

Superior Completo<<strong>br</strong> />

MBA<<strong>br</strong> />

07 anos <strong>com</strong>o gestor<<strong>br</strong> />

Superior Completo<<strong>br</strong> />

MBA em curso<<strong>br</strong> />

05 anos <strong>com</strong>o gestor<<strong>br</strong> />

Superior Completo e<<strong>br</strong> />

Especialização<<strong>br</strong> />

03 anos <strong>com</strong>o gestor<<strong>br</strong> />

Superior Completo<<strong>br</strong> />

01 ano <strong>com</strong>o gestor ou<<strong>br</strong> />

último nível do eixo<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Conjunto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Conhecimentos<<strong>br</strong> />

Cenários e Tendências Econômicos e<<strong>br</strong> />

Políticos – Brasil e Mundo<<strong>br</strong> />

Sistema Fi<strong>na</strong>nceiro - Brasil e Mundo<<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong> Estratégica da Informação<<strong>br</strong> />

Processo <strong>de</strong> Planejamento – Business<<strong>br</strong> />

Plan<<strong>br</strong> />

Sistemas <strong>de</strong> Informação Cor<strong>por</strong>ativos<<strong>br</strong> />

Medidas <strong>de</strong> Desempenho do Negócio e<<strong>br</strong> />

Relatórios<<strong>br</strong> />

Conhecimentos e ferramentas <strong>de</strong> Análise<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Problemas<<strong>br</strong> />

Planejamento e <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Projetos<<strong>br</strong> />

Conhecimentos associados a sua Área<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> especialida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Conhecimentos e ferramentas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Projetos<<strong>br</strong> />

Conhecimentos associados a sua<<strong>br</strong> />

área <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

72


O SGPIE <strong>de</strong>ve apresentar diferentes perspectivas e forma <strong>de</strong> articular os conceitos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> e espaço ocupacio<strong>na</strong>l. Assim, para a apresentação<<strong>br</strong> />

do sistema trabalham-se as trajetórias <strong>de</strong> carreira ou trajetórias profissio<strong>na</strong>is, as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências para cada trajetória e os critérios <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>, em seguida, as<<strong>br</strong> />

caracterizações das <strong>com</strong>petências <strong>de</strong>scritas <strong>por</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>, e, <strong>por</strong> fim, as<<strong>br</strong> />

políticas e práticas relativas à remuneração, avaliação e <strong>de</strong>senvolvimento.<<strong>br</strong> />

A mo<strong>de</strong>lagem do sistema resultará em trajetórias profissio<strong>na</strong>is a exemplo da<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificada <strong>por</strong> Dutra (2004) ao realizar um estudo em uma indústria petroquímica<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira, <strong>de</strong>scrita <strong>na</strong> Figura 13.<<strong>br</strong> />

Marketing,<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento<<strong>br</strong> />

e Supply<<strong>br</strong> />

Comercial<<strong>br</strong> />

Chain<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Apoio à<<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Negócio<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Fi<strong>na</strong>nças<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Figura 13 - Trajetórias Profissio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

Fonte: Adaptado <strong>de</strong> Dutra (2004, p. 142)<<strong>br</strong> />

Su<strong>por</strong>te<<strong>br</strong> />

Administrativo<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong><<strong>br</strong> />

Industrial<<strong>br</strong> />

Após a mo<strong>de</strong>lagem do sistema é necessário criar as condições necessárias para a<<strong>br</strong> />

implementação <strong>na</strong>s bases <strong>de</strong> sua concepção. Na preparação para a implementação<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Engenharia,<<strong>br</strong> />

Processo e Laboratório <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Projetos Tecnologia Operações<<strong>br</strong> />

Industriais<<strong>br</strong> />

Industriais Inovação<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

ESTRATÉGICO<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

TÁTICO<<strong>br</strong> />

OPERACIONAL<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

73


do sistema há dois fatores críticos <strong>de</strong> sucesso: a capacitação dos gestores para<<strong>br</strong> />

operar o sistema e a infra-estrutura. Portanto, a capacitação dos gestores <strong>de</strong>ve<<strong>br</strong> />

iniciar-se <strong>na</strong> etapa <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem, quando são discutidos os conceitos e sua<<strong>br</strong> />

concretização em processos <strong>de</strong> gestão.<<strong>br</strong> />

A implementação do sistema dá-se <strong>com</strong> o enquadramento <strong>de</strong> cada pessoa <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

respectiva trajetória <strong>de</strong> carreira e no nível <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> equivalente à sua<<strong>br</strong> />

agregação <strong>de</strong> valor para a empresa. Utiliza-se <strong>com</strong>o referência para o<<strong>br</strong> />

enquadramento o conjunto <strong>de</strong> atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s da pessoa <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

empresa.<<strong>br</strong> />

Efetuado o enquadramento, <strong>com</strong> a ajuda dos gestores responsáveis pelas pessoas,<<strong>br</strong> />

é iniciado o processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> os parâmetros estabelecidos <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

base no sistema mo<strong>de</strong>lado. A Figura 14 ilustra o processo <strong>de</strong> avaliação.<<strong>br</strong> />

REQUISITOS REQUISITOS TÉCNICOS DE TÉCNICOS DE TÉCNICOS ACESSO<<strong>br</strong> />

Conjunto Conjunto <strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimentos, conhecimentos, formação formação e e<<strong>br</strong> />

experiência experiência mínimos mínimos exigidos exigidos para para os os níveis. níveis.<<strong>br</strong> />

Têm Têm caráter caráter cumulativo: cumulativo: os os requisitos requisitos <strong>de</strong> <strong>de</strong> um um<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do nível nível <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>vem ser ser atendidos atendidos pelos pelos<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>is profissio<strong>na</strong>is em em níveis níveis superiores. superiores.<<strong>br</strong> />

PROCESSO PROCESSO DE DE AVALIAÇÃO<<strong>br</strong> />

AVALIAÇÃO<<strong>br</strong> />

INPUT OUTPUT<<strong>br</strong> />

Figura 14 - Processo <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Competências<<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2006)<<strong>br</strong> />

ATRIBUIÇÕES ATRIBUIÇÕES E E RESPONSABILIDADES<<strong>br</strong> />

RESPONSABILIDADES<<strong>br</strong> />

Traduzem Traduzem os os resultados resultados esperadosdos<<strong>br</strong> />

esperadosdos<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>is profissio<strong>na</strong>is em em cada cada nível nível <strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>(agregação <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>(agregação <strong>de</strong> <strong>de</strong> valor)<<strong>br</strong> />

valor)<<strong>br</strong> />

Nesse processo são avaliados os requisitos <strong>de</strong> acesso e as atribuições e<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s, previamente <strong>de</strong>finidos <strong>na</strong> mo<strong>de</strong>lagem do SGPIE.<<strong>br</strong> />

74


Para avaliar os requisitos <strong>de</strong> acesso é necessário verificar o conjunto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conhecimentos, formação e experiências estabelecido para o eixo que se preten<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

avaliar, nesse exemplo o eixo <strong>de</strong> Engenharia e Tecnologia do nível quatro.<<strong>br</strong> />

A avaliação ocorre consi<strong>de</strong>rando quatro critérios, sendo que cada um <strong>de</strong>les<<strong>br</strong> />

representa uma <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da pontuação: NA - Não Aten<strong>de</strong> – 0 ponto; D - Em<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento – 1 ponto; A - Aten<strong>de</strong> – 2 pontos, e S - Supera – 3 pontos.. Após a<<strong>br</strong> />

avaliação calcula-se a média somando-se os pontos obtidos e dividindo-os pelo<<strong>br</strong> />

número <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s avaliadas.<<strong>br</strong> />

A Figura 15 exemplifica a avaliação dos requisitos <strong>de</strong> acesso para um nível quatro<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> um eixo Engenharia e tecnologia.<<strong>br</strong> />

Figura 15 - <strong>Avaliação</strong> dos Requisitos Técnicos<<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2006)<<strong>br</strong> />

Ao assi<strong>na</strong>lar o Não Atendimento <strong>de</strong> alguma atribuição ou requisito está implícito que,<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong> opinião do avaliador, o profissio<strong>na</strong>l está enquadrado no fator avaliado em níveis<<strong>br</strong> />

anteriores <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>. Da mesma forma, ao apontar a Superação, o avaliador<<strong>br</strong> />

75


está consi<strong>de</strong>rando o profissio<strong>na</strong>l <strong>com</strong>o ‘entregando’ resultados em níveis mais<<strong>br</strong> />

elevados <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>. (DUTRA, 2006).<<strong>br</strong> />

O mesmo processo ocorre <strong>com</strong> a avaliação das atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s,<<strong>br</strong> />

conforme o exemplo apresentado <strong>na</strong> Figura 16.<<strong>br</strong> />

Figura 16 - <strong>Avaliação</strong> das Atribuições e Responsabilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2006)<<strong>br</strong> />

São <strong>de</strong>scritas as <strong>com</strong>petências e as respectivas atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

estabelecidas para os níveis que se preten<strong>de</strong> avaliar, em seguida verifica-se o<<strong>br</strong> />

atendimento consi<strong>de</strong>rando quatro critérios, cada um <strong>de</strong>les representando uma<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da pontuação: NA - Não Aten<strong>de</strong> – 0 ponto; D - Em <strong>de</strong>senvolvimento – 1<<strong>br</strong> />

ponto; A - Aten<strong>de</strong> – 2 pontos, e S - Supera – 3 pontos. Após a avaliação calcula-se a<<strong>br</strong> />

76


média somando-se os pontos obtidos e dividindo-os pelo número <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

avaliadas.<<strong>br</strong> />

As médias i<strong>de</strong>ntificadas <strong>na</strong> avaliação dos requisitos <strong>de</strong> acesso e <strong>na</strong> avaliação das<<strong>br</strong> />

atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s, correspon<strong>de</strong>m a um ponto no gráfico em que o eixo<<strong>br</strong> />

x representa às <strong>com</strong>petências – atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s, e o eixo y as<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong>s – requisitos <strong>de</strong> acesso, conforme exemplo <strong>de</strong> saída gráfica<<strong>br</strong> />

apresentado <strong>na</strong> Figura 17 que contempla no nível 4 <strong>de</strong> um eixo <strong>de</strong> carreira <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Engenharia / Tecnologia.<<strong>br</strong> />

Figura 17 - Saída Gráfica da <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> uma Pessoa<<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2006)<<strong>br</strong> />

O gráfico apresentado à esquerda da Figura 18 ilustra a avaliação <strong>de</strong> três pessoas<<strong>br</strong> />

em uma divisão, e o localizado à direita ilustra a mesma avaliação <strong>com</strong> várias<<strong>br</strong> />

77


pessoas <strong>de</strong> uma área. Esses gráficos permitem visualizar o nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento das pessoas <strong>de</strong> uma divisão e <strong>de</strong> uma área.<<strong>br</strong> />

Figura 18 - Saída Gráfica da <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Várias Pessoas<<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2006)<<strong>br</strong> />

Dividindo-se o gráfico em vários setores, <strong>de</strong>limitados pelos critérios NA, D, A e S,<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong>-se verificar em qual setor do gráfico o avaliado está inserido. Busca-se o setor<<strong>br</strong> />

correspon<strong>de</strong> em uma matriz, exemplificada <strong>por</strong> meio da Figura 19, que subsidiará a<<strong>br</strong> />

análise da avaliação.<<strong>br</strong> />

A matriz <strong>de</strong> análise permite ao avaliador verificar em que nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento o<<strong>br</strong> />

avaliado se encontra e, assim, observar o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e maturida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l <strong>com</strong>o subsídio à distribuição <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s, à <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> ações<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> capacitação e movimentação <strong>de</strong> carreira.<<strong>br</strong> />

78


Sugere-se, <strong>com</strong>o método, a auto-avaliação e a avaliação do superior, <strong>de</strong>sta forma o<<strong>br</strong> />

processo configura-se em uma avaliação consensual.<<strong>br</strong> />

REQUISITOS DE ACESSO<<strong>br</strong> />

3,0<<strong>br</strong> />

Supera<<strong>br</strong> />

2,25<<strong>br</strong> />

Aten<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

1,5<<strong>br</strong> />

Em<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

0,75<<strong>br</strong> />

Não Aten<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ALERTA PARCIALMENTE<<strong>br</strong> />

ADEQUADO<<strong>br</strong> />

Reavaliar a área<<strong>br</strong> />

ou Programa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

atuação e<<strong>br</strong> />

a<strong>na</strong>lisar<<strong>br</strong> />

dificulda<strong>de</strong>s em<<strong>br</strong> />

relação a sua<<strong>br</strong> />

li<strong>de</strong>rança e<<strong>br</strong> />

relacio<strong>na</strong>mento<<strong>br</strong> />

interpessoal.<<strong>br</strong> />

Requer diálogo<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e expectativas<<strong>br</strong> />

em relação a<<strong>br</strong> />

entrega e priorizar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementação<<strong>br</strong> />

técnica necessária.<<strong>br</strong> />

CRÍTICO<<strong>br</strong> />

Re<strong>com</strong>enda-se<<strong>br</strong> />

tratar o caso <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

urgência<<strong>br</strong> />

Requer<<strong>br</strong> />

orientação do<<strong>br</strong> />

lí<strong>de</strong>r quanto as<<strong>br</strong> />

suas<<strong>br</strong> />

expectativas<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> entrega<<strong>br</strong> />

Requer ação para<<strong>br</strong> />

aten<strong>de</strong>r os<<strong>br</strong> />

requisitos técnicos<<strong>br</strong> />

e diálogo <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

lí<strong>de</strong>r so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

expectativas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

entrega.<<strong>br</strong> />

Requer ação<<strong>br</strong> />

imediata para<<strong>br</strong> />

aprimorar os<<strong>br</strong> />

requisitos técnicos<<strong>br</strong> />

e diálogo <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

lí<strong>de</strong>r so<strong>br</strong>e as<<strong>br</strong> />

expectativas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

entrega.<<strong>br</strong> />

ADEQUADO<<strong>br</strong> />

- Requer<<strong>br</strong> />

orientação do lí<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />

visando avançar<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong> entrega das<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências.<<strong>br</strong> />

- A<strong>na</strong>lisar<<strong>br</strong> />

possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

oferecer<<strong>br</strong> />

atribuições mais<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexas.<<strong>br</strong> />

Preparar o<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l para<<strong>br</strong> />

assumir novos<<strong>br</strong> />

programas e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>safios no futuro<<strong>br</strong> />

próximo.<<strong>br</strong> />

Desenvolver ações<<strong>br</strong> />

para aprimorar<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

técnicas<<strong>br</strong> />

MUDANÇA<<strong>br</strong> />

- Preparar para<<strong>br</strong> />

assumir um<<strong>br</strong> />

programa mais<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>safiador.<<strong>br</strong> />

- Indicação para<<strong>br</strong> />

sucessão.<<strong>br</strong> />

Investir em<<strong>br</strong> />

capacitação<<strong>br</strong> />

técnica para<<strong>br</strong> />

assumir novos<<strong>br</strong> />

programas no<<strong>br</strong> />

futuro próximo.<<strong>br</strong> />

Desenvolver ações<<strong>br</strong> />

imediatas para<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>ir<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

técnicas<<strong>br</strong> />

Requer priorida<strong>de</strong> para<<strong>br</strong> />

equili<strong>br</strong>ar as necessida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

técnicas exigidas para o<<strong>br</strong> />

seu Programa.<<strong>br</strong> />

Não Aten<strong>de</strong> 0,75 Em 1,5 Aten<strong>de</strong> 2,25 Supera 3,0<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

Figura 19 - Matriz <strong>de</strong> Análise da <strong>Avaliação</strong><<strong>br</strong> />

Fonte: Dutra (2006)<<strong>br</strong> />

ATRIBUIÇÕES E REQUISÍTOS<<strong>br</strong> />

A escolha do Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Referência adaptado <strong>de</strong> Dutra (2004) foi pautada pela<<strong>br</strong> />

similarida<strong>de</strong> do conjunto <strong>de</strong> premissas em relação ao objeto <strong>de</strong>ste estudo, vis-a-vis<<strong>br</strong> />

os elementos teóricos que fundamentaram a abordagem <strong>de</strong> campo. Além disso:<<strong>br</strong> />

79


• o mo<strong>de</strong>lo escolhido parte do intento estratégico <strong>com</strong>o elemento <strong>de</strong> mediação<<strong>br</strong> />

entre as <strong>com</strong>petências gerenciais e os resultados entregues, ou agregação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

valor (DUTRA, 2004);<<strong>br</strong> />

• o mo<strong>de</strong>lo consi<strong>de</strong>ra a <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> <strong>com</strong>o um elemento <strong>de</strong>safiador da carreira<<strong>br</strong> />

e do <strong>de</strong>sempenho. Deste modo, ten<strong>de</strong> a ser aplicável ao contexto <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

empresa <strong>de</strong> base tecnológica, posto que o ambiente é marcado <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

constantes mudanças, exigindo profissio<strong>na</strong>is em processo contínuo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento.<<strong>br</strong> />

Os eixos teóricos utilizados nesta pesquisa referem-se aos conceitos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Competência, Complexida<strong>de</strong> e Espaço Ocupacio<strong>na</strong>l os quais, quando associados ao<<strong>br</strong> />

intento estratégico, <strong>de</strong>mandam a revisão e <strong>de</strong>senvolvimento do perfil do gestor. E,<<strong>br</strong> />

ainda, segundo Dutra (2004, p. 35) a articulação entre esses conceitos “permite<<strong>br</strong> />

maior envolvimento dos gestores <strong>na</strong> administração <strong>de</strong> pessoas e melhor avaliação<<strong>br</strong> />

das repercussões <strong>de</strong> suas <strong>de</strong>cisões”.<<strong>br</strong> />

O mo<strong>de</strong>lo teórico <strong>de</strong> referência foi apresentado aos gestores quando das<<strong>br</strong> />

entrevistas, <strong>com</strong> o fito <strong>de</strong> verificar a sua percepção acerca da sua aplicabilida<strong>de</strong> em<<strong>br</strong> />

ambiente <strong>de</strong> alta tecnologia.<<strong>br</strong> />

Este capítulo procurou <strong>de</strong>screver, <strong>com</strong> base nos elementos teóricos, o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Referência utilizado <strong>na</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo. Nos capítulos seguintes apresentam-se,<<strong>br</strong> />

respectivamente, a metodologia utilizada para a elaboração do estudo, os resultados<<strong>br</strong> />

obtidos <strong>com</strong> a pesquisa <strong>de</strong> campo, um paralelo entre a revisão <strong>de</strong> literatura relativa<<strong>br</strong> />

ao tema e a prática organizacio<strong>na</strong>l, e as consi<strong>de</strong>rações fi<strong>na</strong>is referente ao estudo.<<strong>br</strong> />

80


4 MÉTODO<<strong>br</strong> />

O método orienta a seleção dos procedimentos <strong>de</strong> pesquisa que <strong>de</strong>vem ser<<strong>br</strong> />

seguidos pelo pesquisador. Dentro <strong>de</strong>ssa perspectiva, este capítulo tem <strong>por</strong> objetivo<<strong>br</strong> />

estabelecer critérios para a investigação e explicar a escolha da metodologia<<strong>br</strong> />

utilizada para pesquisar a percepção dos gestores quanto à aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas <strong>por</strong> Competências, em uma empresa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alta tecnologia.<<strong>br</strong> />

4.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA<<strong>br</strong> />

Neste item é apresentada a classificação da pesquisa quanto ao nível, à <strong>de</strong>limitação<<strong>br</strong> />

e à abordagem utilizada <strong>na</strong> condução do estudo.<<strong>br</strong> />

4.1.1 Quanto ao nível<<strong>br</strong> />

A estratégia adotada <strong>na</strong> pesquisa baseou-se no enfoque <strong>de</strong>scritivo-a<strong>na</strong>lítico,<<strong>br</strong> />

associada à condução <strong>de</strong> um estudo <strong>de</strong> caso, no qual foi aplicada a técnica <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

coleta <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> entrevista semi-estruturada integrada ao questionário dirigido.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, foi possível verificar a percepção dos gestores quanto à aplicabilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência adotado <strong>na</strong>quele contexto. (GODOY, 1995).<<strong>br</strong> />

Perin et al. (2002, p. 46) esclarecem que:<<strong>br</strong> />

no caso <strong>de</strong> uma pesquisa exploratória, trata-se <strong>de</strong> aprofundar conceitos<<strong>br</strong> />

prelimi<strong>na</strong>res, muitas vezes inéditos, buscando a geração <strong>de</strong> idéias ou<<strong>br</strong> />

insights. Seu objetivo básico é <strong>de</strong>senvolver hipóteses e proposições que<<strong>br</strong> />

irão redundar em pesquisas <strong>com</strong>plementares. Por outro lado, uma pesquisa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scritiva tem <strong>com</strong>o objetivo mapear a distribuição <strong>de</strong> um fenômeno <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

população estudada. Em geral, busca <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r a freqüência <strong>com</strong> que algo<<strong>br</strong> />

ocorre ou a relação entre duas variáveis, sendo tipicamente guiada <strong>por</strong> uma<<strong>br</strong> />

hipótese inicial. A <strong>na</strong>tureza causal, <strong>por</strong> sua vez, objetiva o teste <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

teoria e suas relações <strong>de</strong> causa e efeito.<<strong>br</strong> />

81


Gil (1999) explica que o objetivo principal da pesquisa exploratória é pro<strong>por</strong>cio<strong>na</strong>r<<strong>br</strong> />

uma visão geral em relação a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do fato, ou seja, <strong>de</strong>senvolver, esclarecer e<<strong>br</strong> />

modificar conceitos e idéias, <strong>por</strong> meio da formulação <strong>de</strong> problemas mais precisos ou<<strong>br</strong> />

hipóteses passíveis <strong>de</strong> pesquisas em estudos posteriores; e <strong>de</strong>ntre os diversos tipos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> pesquisa, essa é a que apresenta menor grau <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z no planejamento.<<strong>br</strong> />

Envolve habitualmente, a realização <strong>de</strong> levantamento bibliográfico e documental,<<strong>br</strong> />

associado ao emprego <strong>de</strong> entrevistas não-padronizadas e estudo <strong>de</strong> caso. A<<strong>br</strong> />

pesquisa <strong>de</strong>scritiva tem <strong>por</strong> objetivo a <strong>de</strong>scrição das características <strong>de</strong> <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da<<strong>br</strong> />

população ou fenômeno ou, ainda, o estabelecimento <strong>de</strong> relações entre variáveis<<strong>br</strong> />

que <strong>com</strong>põem o objeto <strong>de</strong> estudo.<<strong>br</strong> />

Lakatos e Marconi (1991) esclarecem que a pesquisa <strong>de</strong>scritiva se caracteriza pela<<strong>br</strong> />

formulação prévia <strong>de</strong> hipóteses específicas. Porém, no caso <strong>de</strong>sta pesquisa, a<<strong>br</strong> />

hipótese foi substituída pela proposição <strong>de</strong> verificar se, em uma empresa <strong>de</strong> alta<<strong>br</strong> />

tecnologia, <strong>com</strong>o o fator <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> é percebido no <strong>de</strong>sempenho dos gestores.<<strong>br</strong> />

Essa proposição é discutida ao fi<strong>na</strong>l da pesquisa.<<strong>br</strong> />

4.1.2 Quanto à <strong>de</strong>limitação da pesquisa<<strong>br</strong> />

O método <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> caso representa a estratégia mais indicada quando se<<strong>br</strong> />

preten<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r:<<strong>br</strong> />

[...] questões do tipo “<strong>com</strong>o” e “<strong>por</strong> que”, quando o pesquisador tem pouco<<strong>br</strong> />

controle so<strong>br</strong>e os acontecimentos e quando o foco se encontra em<<strong>br</strong> />

fenômenos contem<strong>por</strong>âneos inseridos em algum contexto da vida real.<<strong>br</strong> />

Po<strong>de</strong>-se <strong>com</strong>plementar esses estudos <strong>de</strong> casos expla<strong>na</strong>tórios <strong>com</strong> dois<<strong>br</strong> />

outros tipos – estudos exploratórios e <strong>de</strong>scritivos. Yin (2005, p.19).<<strong>br</strong> />

Yin (2005) postula, ainda, que <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada, para a escolha da estratégia, a<<strong>br</strong> />

forma <strong>de</strong> questão <strong>de</strong> pesquisa que será utilizada, a exigência quanto ao controle<<strong>br</strong> />

82


so<strong>br</strong>e os eventos <strong>com</strong><strong>por</strong>tamentais e se a pesquisa é focada ou não em eventos<<strong>br</strong> />

contem<strong>por</strong>âneos.<<strong>br</strong> />

Dessa forma, a análise do Quadro 7 apoiou a escolha da estratégia <strong>de</strong> condução da<<strong>br</strong> />

pesquisa, revelando as situações relevantes para diferentes estratégias <strong>de</strong> pesquisa.<<strong>br</strong> />

Estratégia<<strong>br</strong> />

Forma <strong>de</strong> questão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pesquisa<<strong>br</strong> />

Exige controle so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

eventos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong><strong>por</strong>tamentais<<strong>br</strong> />

Focaliza<<strong>br</strong> />

acontecimentos<<strong>br</strong> />

contem<strong>por</strong>âneos<<strong>br</strong> />

Experimento <strong>com</strong>o, <strong>por</strong> que sim Sim<<strong>br</strong> />

Levantamento<<strong>br</strong> />

Análise <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

arquivos<<strong>br</strong> />

quem, o que, on<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

quantos, quanto<<strong>br</strong> />

quem, o que, on<strong>de</strong>,<<strong>br</strong> />

quantos, quanto<<strong>br</strong> />

não Sim<<strong>br</strong> />

não Sim/não<<strong>br</strong> />

Pesquisa histórica <strong>com</strong>o, <strong>por</strong> que não Não<<strong>br</strong> />

Estudo <strong>de</strong> caso <strong>com</strong>o, <strong>por</strong> que não Sim<<strong>br</strong> />

Quadro 7 - Situações Relevantes para Diferentes Estratégias <strong>de</strong> Pesquisa<<strong>br</strong> />

Fonte: Cosmos Cor<strong>por</strong>ation (apud YIN, 2005, p. 24)<<strong>br</strong> />

O método <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> caso fornece pouca base para generalização científica<<strong>br</strong> />

trazendo, <strong>de</strong>ssa forma, prejuízo a sua representativida<strong>de</strong>. No entanto, Yin (2005)<<strong>br</strong> />

esclarece que “os estudos <strong>de</strong> caso, da mesma forma que os experimentos, são<<strong>br</strong> />

generalizáveis a proposições teóricas, e não a populações ou universos.”<<strong>br</strong> />

Nesse sentido, Santos (2004, p. 14) conclui que “o estudo <strong>de</strong> caso <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>-se à<<strong>br</strong> />

generalização das proposições teóricas e é particularmente re<strong>com</strong>endável, quando o<<strong>br</strong> />

investigador <strong>de</strong>seja expandir ou generalizar teorias, ou seja, aten<strong>de</strong> às condições<<strong>br</strong> />

exigidas pela abordagem qualitativa.”<<strong>br</strong> />

83


Santos (2004, p. 12) também <strong>de</strong>screve que <strong>na</strong> abordagem qualitativa “o valor<<strong>br</strong> />

intrínseco da pesquisa resi<strong>de</strong> <strong>na</strong> análise e <strong>com</strong>preensão dos efeitos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m<<strong>br</strong> />

psicossocial que um <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do objeto <strong>de</strong> estudo tem so<strong>br</strong>e o meio em que ele se<<strong>br</strong> />

localiza e a sua interação <strong>com</strong> a dimensão huma<strong>na</strong> que coexiste nesse dado meio.”<<strong>br</strong> />

Apesar da limitação do método <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> caso, apresentada acima, a escolha<<strong>br</strong> />

justifica-se, <strong>por</strong> ser o mais a<strong>de</strong>quado aos propósitos <strong>de</strong>sta investigação.<<strong>br</strong> />

4.1.3 Quanto à abordagem<<strong>br</strong> />

A pesquisa qualitativa consiste em um método que investiga um fenômeno do local<<strong>br</strong> />

em que ele ocorre, postula (GIL, 1999).<<strong>br</strong> />

Godoy (1995, p. 58) esclarece que diferentemente da pesquisa quantitativa que<<strong>br</strong> />

parte <strong>de</strong> hipóteses previamente <strong>de</strong>finidas e variáveis estabelecidas, a qualitativa:<<strong>br</strong> />

[...] não procura enumerar ou medir os eventos estudados, nem emprega<<strong>br</strong> />

instrumentos estatísticos <strong>na</strong> análise dos dados. Parte <strong>de</strong> questões ou focos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> interesse amplos, que vão se <strong>de</strong>finindo à medida que o estudo se<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolve. Envolve a obtenção <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>scritivos so<strong>br</strong>e pessoas,<<strong>br</strong> />

lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

situação estudada, procurando <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r os fenômenos segundo as<<strong>br</strong> />

perspectivas dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo.<<strong>br</strong> />

A mesma autora afirma que a pesquisa qualitativa po<strong>de</strong> ser referenciada <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos autores <strong>com</strong>o pesquisa <strong>de</strong> campo ou pesquisa <strong>na</strong>turalística,<<strong>br</strong> />

possibilitando o entendimento que o estudo é realizado em ambiente <strong>na</strong>tural, em que<<strong>br</strong> />

se encontra o objeto <strong>de</strong> estudo. E, ainda, que “sob a <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ção pesquisa<<strong>br</strong> />

qualitativa, encontram-se variados tipos <strong>de</strong> investigação, apoiados em diferentes<<strong>br</strong> />

quadros <strong>de</strong> orientação teórica e metodológica” (GODOY, p. 58).<<strong>br</strong> />

Martinelli (1999, p. 23) explica que em pesquisas qualitativas não se procura<<strong>br</strong> />

medidas estatísticas e, sim, a aproximação dos significados e vivências. O interesse<<strong>br</strong> />

84


não recai em um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> sujeitos, mas é preciso aprofundar o<<strong>br</strong> />

conhecimento em relação ao sujeito <strong>com</strong> o qual se está dialogando. “O im<strong>por</strong>tante<<strong>br</strong> />

[...] não é o número <strong>de</strong> pessoas que vai prestar a informação, mas o significado que<<strong>br</strong> />

esses sujeitos têm em função do que estamos buscando <strong>com</strong> a pesquisa”.<<strong>br</strong> />

Portanto, frente à varieda<strong>de</strong> dos tipos <strong>de</strong> pesquisa e para melhor <strong>com</strong>preensão,<<strong>br</strong> />

evi<strong>de</strong>ncia-se no item 4.5 o fluxo das etapas da pesquisa.<<strong>br</strong> />

4.2 AUTORIZAÇÕES<<strong>br</strong> />

A autorização para realizar a pesquisa <strong>de</strong> campo e utilizar seu conteúdo foi fornecida<<strong>br</strong> />

pela Empresa. Entretanto, optou-se <strong>por</strong> suprimir a sua i<strong>de</strong>ntificação, <strong>na</strong> expectativa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> ampliar o grau <strong>de</strong> espontaneida<strong>de</strong> <strong>na</strong> obtenção das informações que subsidiam a<<strong>br</strong> />

análise <strong>de</strong> conteúdo.<<strong>br</strong> />

A realização da pesquisa foi autorizada pelo Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa da<<strong>br</strong> />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté, sob o protocolo CEP/UNITAU Nº. 0117/06.<<strong>br</strong> />

A utilização do conteúdo das entrevistas também foi formalmente autorizada pelos<<strong>br</strong> />

entrevistados, <strong>por</strong> meio do termo <strong>de</strong> consentimento livre e esclarecido assi<strong>na</strong>do no<<strong>br</strong> />

início da entrevista.<<strong>br</strong> />

4.3 INSTRUMENTOS<<strong>br</strong> />

Dada a opção pela abordagem qualitativa, <strong>de</strong>finiu-se um instrumento <strong>de</strong> caráter<<strong>br</strong> />

misto, <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>ndo uma escala baseada em Likert, <strong>por</strong>ém, à notação<<strong>br</strong> />

acrescentou-se espaço para <strong>com</strong>entários. Esses espaços foram oferecidos aos<<strong>br</strong> />

entrevistados para <strong>com</strong>entários, e o seu tratamento foi pautado <strong>na</strong> análise <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conteúdo.<<strong>br</strong> />

85


A entrevista semi-estruturada constitui a principal fonte <strong>de</strong> informação para o<<strong>br</strong> />

presente estudo <strong>de</strong> caso. Yin (2005) esclarece que <strong>na</strong> entrevista semi-estruturada os<<strong>br</strong> />

entrevistados são questio<strong>na</strong>dos em relação a aspectos bem <strong>de</strong>finidos do tema, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

relativa flexibilida<strong>de</strong> para explorar <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da informação que não consta do roteiro<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> pesquisa. Os instrumentos utilizados <strong>na</strong> pesquisa estão <strong>de</strong>scritos nos Apêndices<<strong>br</strong> />

I e II <strong>de</strong>ste estudo.<<strong>br</strong> />

4.4 UNIVERSO DE PESQUISA E AMOSTRA<<strong>br</strong> />

A pesquisa foi realizada em uma organização <strong>de</strong> relevância <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l do setor<<strong>br</strong> />

produtivo <strong>com</strong> aplicação <strong>de</strong> alta tecnologia, orientada pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Competências, localizada no Vale do Paraíba, <strong>na</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São José dos Campos –<<strong>br</strong> />

São Paulo. A empresa ao ser contatada <strong>de</strong>monstrou interesse em contribuir <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

pesquisa, possibilitando o acesso e a realização das entrevistas necessárias.<<strong>br</strong> />

O universo da pesquisa é <strong>com</strong>posto <strong>por</strong> 26 gestores distribuídos em dois níveis<<strong>br</strong> />

hierárquicos da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Negócio da empresa pesquisada.<<strong>br</strong> />

O grupo <strong>de</strong> gestores classificados <strong>com</strong>o nível um é <strong>com</strong>posto <strong>por</strong> 13 gerentes que<<strong>br</strong> />

respon<strong>de</strong>m pelas áreas <strong>de</strong> Produção, Transferência e Estocagem, Otimização,<<strong>br</strong> />

Engenharia, Inspeção <strong>de</strong> Equipamentos, Manutenção Industrial, Recursos Humanos,<<strong>br</strong> />

Planejamento e Controladoria, Comercialização e Marketing, Comunicação, Serviços<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Apoio Operacio<strong>na</strong>is, Empreendimento e Segurança, Meio Ambiente e Saú<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

O grupo <strong>de</strong> gestores classificados <strong>com</strong>o nível intermediário é <strong>com</strong>posto <strong>por</strong> 13<<strong>br</strong> />

gerentes setoriais que atuam <strong>na</strong>s subáreas da Produção, Otimização, Manutenção<<strong>br</strong> />

Industrial, Serviços <strong>de</strong> Apoio Operacio<strong>na</strong>l e Empreendimentos. A seleção <strong>de</strong>u-se<<strong>br</strong> />

conforme <strong>de</strong>scrito no Quadro 8.<<strong>br</strong> />

86


ÁREAS<<strong>br</strong> />

NÍVEIS GESTORES<<strong>br</strong> />

Nível 1 Intermediário<<strong>br</strong> />

Produção 1 3<<strong>br</strong> />

Transferência Estocagem 1 -<<strong>br</strong> />

Otimização 1 1<<strong>br</strong> />

Engenharia 1 -<<strong>br</strong> />

Inspeção Equip. 1 -<<strong>br</strong> />

Manutenção 1 5<<strong>br</strong> />

Recursos Humanos 1 -<<strong>br</strong> />

Planejamento e Controladoria 1 -<<strong>br</strong> />

Comercialização e Marketing 1 -<<strong>br</strong> />

Comunicação 1 -<<strong>br</strong> />

Serviços <strong>de</strong> Apoio Operacio<strong>na</strong>is 1 1<<strong>br</strong> />

Empreendimento 1 3<<strong>br</strong> />

Segurança, Meio Ambiente e Saú<strong>de</strong> 1 -<<strong>br</strong> />

Total 13 13<<strong>br</strong> />

<strong>Gestores</strong> Selecio<strong>na</strong>dos (amostra) 9 6<<strong>br</strong> />

Quadro 8 - Composição da Amostra<<strong>br</strong> />

Do universo acima, foram selecio<strong>na</strong>dos dois níveis hierárquicos, sendo 09 gestores<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> nível um e 06 gestores <strong>de</strong> nível intermediário, correspon<strong>de</strong>ndo, respectivamente,<<strong>br</strong> />

a 69% e 46% do universo <strong>de</strong> cada nível selecio<strong>na</strong>do. Os gestores <strong>de</strong> nível<<strong>br</strong> />

intermediário são subordi<strong>na</strong>dos aos gestores <strong>de</strong> nível 1.<<strong>br</strong> />

Na apresentação dos resultados, quando necessário se re<strong>por</strong>tar às manifestações<<strong>br</strong> />

dos entrevistados, os sujeitos foram i<strong>de</strong>ntificados <strong>por</strong> uma letra escolhida<<strong>br</strong> />

87


aleatoriamente - A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, L, M, N, O e P. Essa i<strong>de</strong>ntificação<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scaracterizada permitiu apresentar as expressões <strong>de</strong> cada entrevistado, sem ferir<<strong>br</strong> />

o contrato <strong>de</strong> sigilo.<<strong>br</strong> />

4.5 PLANO DE COLETA DE DADOS E FLUXO DAS ETAPAS DA PESQUISA<<strong>br</strong> />

A pesquisa <strong>de</strong> campo foi <strong>de</strong>senvolvida em duas etapas, conforme <strong>de</strong>scrito abaixo.<<strong>br</strong> />

Na primeira etapa, <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>da pesquisa prelimi<strong>na</strong>r, foram entrevistados 05<<strong>br</strong> />

gestores, sendo 3 gestores <strong>de</strong> nível um e 2 gestores <strong>de</strong> nível intermediário. Essa<<strong>br</strong> />

etapa foi pautada em entrevistas <strong>com</strong> questões <strong>de</strong>scritas no roteiro <strong>de</strong> entrevistas<<strong>br</strong> />

semi-estruturadas apresentado no Apêndice I.<<strong>br</strong> />

O objetivo da pesquisa prelimi<strong>na</strong>r foi avaliar se o instrumento estava a<strong>de</strong>quado, para<<strong>br</strong> />

posterior aplicação <strong>na</strong>s entrevistas, previstas <strong>na</strong> segunda etapa.<<strong>br</strong> />

A estratégia <strong>na</strong> escolha dos entrevistados da primeira fase foi registrar as<<strong>br</strong> />

percepções quanto à efetivida<strong>de</strong> da aplicação do roteiro, <strong>de</strong> pelo menos dois<<strong>br</strong> />

gestores <strong>de</strong> cada nível hierárquico selecio<strong>na</strong>do.<<strong>br</strong> />

As entrevistas foram gravadas e transcritas, <strong>de</strong> forma a propiciar a análise e<<strong>br</strong> />

a<strong>de</strong>quação do instrumento <strong>de</strong> pesquisa. Observou-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação<<strong>br</strong> />

do roteiro que foi revisado para então avançar para a segunda etapa.<<strong>br</strong> />

Na segunda etapa, <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>da pesquisa fi<strong>na</strong>l, foram entrevistados 9 gestores <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

nível um e 6 gestores <strong>de</strong> nível intermediário.<<strong>br</strong> />

A coleta <strong>de</strong> dados foi realizada, individualmente, <strong>por</strong> intermédio <strong>de</strong> entrevista, em<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plemento aos <strong>com</strong>entários em aberto questões formuladas. O roteiro <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

88


entrevista está <strong>de</strong>scrito no Apêndice II. Todas foram gravadas <strong>com</strong> a permissão dos<<strong>br</strong> />

entrevistados.<<strong>br</strong> />

As entrevistas referentes à pesquisa fi<strong>na</strong>l foram realizadas no mês <strong>de</strong> novem<strong>br</strong>o <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

2006, <strong>com</strong> duração média <strong>de</strong> uma hora.<<strong>br</strong> />

Antes do início das entrevistas foi feita a expla<strong>na</strong>ção quanto aos objetivos da<<strong>br</strong> />

pesquisa, apresentada a carta <strong>de</strong> informação ao sujeito da pesquisa, o termo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

consentimento livre e esclarecido e obtido a permissão para gravar a entrevista.<<strong>br</strong> />

A entrevista foi dividida em três partes iniciou-se <strong>por</strong> questões abertas <strong>com</strong> o<<strong>br</strong> />

objetivo <strong>de</strong> verificar o entendimento do gestor em relação ao conceito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências, para então, explicar o conceito e o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência adotado <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

pesquisa. A segunda parte foi realizada <strong>com</strong> questões fechadas respondidas a partir<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> uma escala tipo Likert, proposta <strong>por</strong> Rensis Likert, em 1932. É uma escala em<<strong>br</strong> />

que os respon<strong>de</strong>ntes são solicitados não só a concordarem ou discordarem das<<strong>br</strong> />

afirmações, mas, também, a informarem qual o seu grau <strong>de</strong> concordância ou<<strong>br</strong> />

discordância. Em seguida, solicitou-se ao entrevistado realizar <strong>com</strong>entários<<strong>br</strong> />

referentes à avaliação, e a terceira parte foi realizada mediante questões abertas<<strong>br</strong> />

respondidas livremente.<<strong>br</strong> />

A intenção dos <strong>com</strong>entários era coletar a percepção crítica dos gestores em relação<<strong>br</strong> />

ao mo<strong>de</strong>lo conceitual <strong>de</strong> referência e à aplicação dos principais elementos <strong>de</strong>batidos<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong> revisão <strong>de</strong> literatura.<<strong>br</strong> />

Procurou-se intervir o mínimo possível, dando liberda<strong>de</strong> aos entrevistados. A<<strong>br</strong> />

interferência da autora somente se fez necessária quando a exposição do<<strong>br</strong> />

entrevistado distanciou-se dos objetivos da pesquisa.<<strong>br</strong> />

89


As transcrições das entrevistas foram realizadas <strong>na</strong> íntegra, <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

garantir a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> necessária para a análise.<<strong>br</strong> />

Nesta etapa utilizou-se o software Alceste© - Análise Lexical Contextual <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

conjunto <strong>de</strong> Segmentos <strong>de</strong> Texto - para análise das entrevistas, seguido <strong>de</strong> análise<<strong>br</strong> />

manual. A Figura 20 apresenta o fluxo das principais etapas da pesquisa.<<strong>br</strong> />

Revisão Bibliográfica<<strong>br</strong> />

Compilação e Análise do<<strong>br</strong> />

Material Bibliográfico<<strong>br</strong> />

Seleção do “Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Referência”<<strong>br</strong> />

Elaboração Roteiro e<<strong>br</strong> />

Pesquisa<<strong>br</strong> />

Seleção dos Respon<strong>de</strong>ntes<<strong>br</strong> />

Aplicação da Pesquisa<<strong>br</strong> />

Prelimi<strong>na</strong>r<<strong>br</strong> />

Análise resultados<<strong>br</strong> />

Prelimi<strong>na</strong>res<<strong>br</strong> />

Ajuste do Roteiro<<strong>br</strong> />

O K ?<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

Aplicação da Pesquisa Fi<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Compilação e Análise dos<<strong>br</strong> />

Dados<<strong>br</strong> />

Redação Fi<strong>na</strong>l do Trabalho<<strong>br</strong> />

N<<strong>br</strong> />

Revisão Roteiro Pesquisa<<strong>br</strong> />

Figura 20 - Fluxo das Principais Etapas da Pesquisa<<strong>br</strong> />

90


4.5.1 Tratamento dos dados<<strong>br</strong> />

A etapa seguinte à pesquisa <strong>de</strong> campo e coleta dos dados <strong>de</strong>u início à organização<<strong>br</strong> />

do material levantado <strong>na</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo para proce<strong>de</strong>r ao tratamento dos<<strong>br</strong> />

dados. As entrevistas foram transcritas e agrupadas <strong>por</strong> questão, para propiciar a<<strong>br</strong> />

análise do conteúdo das respostas.<<strong>br</strong> />

Bardin (1995, p. 38) explica que a técnica <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> conteúdo é um método <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

investigação <strong>com</strong>preendido não ape<strong>na</strong>s <strong>com</strong>o "um conjunto <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> análise<<strong>br</strong> />

das <strong>com</strong>unicações, que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição<<strong>br</strong> />

do conteúdo das mensagens", mas, especialmente <strong>com</strong> a "intenção <strong>de</strong> inferência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conhecimentos relativos às condições <strong>de</strong> produção (ou, eventualmente <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

recepção), inferência esta que recorre a indicadores (quantitativos ou não)."<<strong>br</strong> />

Na pesquisa prelimi<strong>na</strong>r foi realizada a a<strong>na</strong>lise <strong>de</strong> conteúdo manual e <strong>na</strong> pesquisa<<strong>br</strong> />

fi<strong>na</strong>l foi utilizado o software Alceste© (Análise Lexical Contextual <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Segmentos <strong>de</strong> Texto) para análise das entrevistas, seguida <strong>de</strong> análise manual.<<strong>br</strong> />

O Alceste© é um sistema informático <strong>de</strong>senvolvido <strong>por</strong> M. Reinert, <strong>na</strong> França, que<<strong>br</strong> />

tem <strong>com</strong>o objetivo realizar análise <strong>de</strong> textos aplicando uma análise <strong>de</strong> classificação<<strong>br</strong> />

hierárquica <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> palavras, permitindo uma análise lexicográfica dos<<strong>br</strong> />

dados textuais, oferecendo classes lexicais representados <strong>por</strong> vocabulário em<<strong>br</strong> />

função das ocorrências simultâneas <strong>de</strong>sse vocabulário. (CAMARGO, 2005).<<strong>br</strong> />

Após as transcrições, o texto das entrevistas foi formatado <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

seguintes regras:<<strong>br</strong> />

• Todas as entrevistas foram colocadas em um único arquivo formato Word;<<strong>br</strong> />

91


• o arquivo recebeu nome curto e sem espaços em <strong>br</strong>anco entre as letras; e<<strong>br</strong> />

• as entrevistas foram separadas <strong>com</strong> linhas <strong>com</strong> asteriscos e cada entrevista<<strong>br</strong> />

foi <strong>de</strong>finida <strong>com</strong>o uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contexto inicial – UCI.<<strong>br</strong> />

Camargo (2005, p. 514) explica que a <strong>de</strong>finição da UCI é feita pelo pesquisador <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

acordo <strong>com</strong> a <strong>na</strong>tureza da pesquisa e o<strong>br</strong>igatoriamente <strong>de</strong>vem <strong>com</strong>eçar <strong>com</strong> uma<<strong>br</strong> />

linha <strong>de</strong> <strong>com</strong>ando. “Esta linha informa o número <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do entrevistado (do<<strong>br</strong> />

produtor do texto que se segue) e algumas características (variáveis) que são<<strong>br</strong> />

im<strong>por</strong>tantes para o <strong>de</strong>lineamento da pesquisa (<strong>com</strong>o sexo, faixa etária, afiliação a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>dos grupos, nível social e cultural, etc.).”<<strong>br</strong> />

O arquivo formatado foi submetido ao sistema Alceste© que efetuou a análise dos<<strong>br</strong> />

dados. Esta análise é <strong>com</strong>posta <strong>por</strong> quatro etapas, <strong>de</strong>scrita <strong>por</strong> Camargo (2005).<<strong>br</strong> />

• Leitura do texto e cálculo dos dicionários – nesta etapa o sistema i<strong>de</strong>ntifica as<<strong>br</strong> />

UCIs, realiza a primeira divisão do texto e agrupa as palavras a uma forma<<strong>br</strong> />

reduzida em função <strong>de</strong> suas raízes, transformando-as em uma forma base e<<strong>br</strong> />

executa o cálculo da freqüência <strong>de</strong>stas formas reduzidas.<<strong>br</strong> />

• Cálculo das matrizes <strong>de</strong> dados e classificação as UCEs - Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Contexto Elementar – É uma etapa <strong>de</strong> cálculo em que se propõe obter<<strong>br</strong> />

classes <strong>de</strong> UCEs, <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> tabelas codificadas <strong>com</strong> “0” e “1” que calcula<<strong>br</strong> />

as ocorrências simultâneas <strong>de</strong> vocabulário.<<strong>br</strong> />

• Descrição das classes <strong>de</strong> UCEs – Esta etapa fornece os resultados mais<<strong>br</strong> />

im<strong>por</strong>tantes. O sistema, <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> tabela lógica, apresenta o <strong>de</strong>ndograma<<strong>br</strong> />

da classificação hierárquica <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte que mostra as relações entre as<<strong>br</strong> />

92


classes. E, também, fornece uma análise fatorial <strong>de</strong> correspondência feita a<<strong>br</strong> />

partir da classificação hierárquica <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte; e<<strong>br</strong> />

• Cálculos <strong>com</strong>plementares – é uma extensão da etapa anterior. A partir das<<strong>br</strong> />

classes UCEs i<strong>de</strong>ntificadas, o programa calcula e fornece as UCEs mais<<strong>br</strong> />

característica <strong>de</strong> cada uma, permitindo a contextualização do vocabulário<<strong>br</strong> />

típico <strong>de</strong> cada classe. Além <strong>de</strong> fornecer a classificação hierárquica<<strong>br</strong> />

ascen<strong>de</strong>ntes para cada classe, favorece o estudo das relações dos elementos<<strong>br</strong> />

(formas) intraclasse.<<strong>br</strong> />

Com os resultados da análise do Sistema Alceste© proce<strong>de</strong>-se à interpretação e<<strong>br</strong> />

análise manual das entrevistas.<<strong>br</strong> />

O tratamento dos dados, auxiliado <strong>por</strong> uma ferramenta <strong>de</strong> informática, favorece a<<strong>br</strong> />

padronização dos métodos <strong>de</strong> análise o que permite ao pesquisador dis<strong>por</strong> <strong>de</strong> maior<<strong>br</strong> />

tempo para <strong>de</strong>dicar-se à interpretação e conclusões do objeto <strong>de</strong> estudo.<<strong>br</strong> />

Este capítulo procurou apresentar o método que orientou a sistematização do<<strong>br</strong> />

estudo. Descreveu-se a classificação da pesquisa, as autorizações obtidas da<<strong>br</strong> />

empresa, do <strong>com</strong>itê <strong>de</strong> ética e dos respon<strong>de</strong>ntes, os instrumentos, o universo e<<strong>br</strong> />

amostra da pesquisa, o plano <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados e o fluxo da pesquisa, e fi<strong>na</strong>lizou-<<strong>br</strong> />

se <strong>com</strong> a <strong>de</strong>scrição do tratamento dos dados coletados <strong>na</strong> pesquisa <strong>de</strong> campo.<<strong>br</strong> />

Nos próximos capítulos são apresentados os resultados obtidos <strong>na</strong> pesquisa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

campo, a discussão, que consiste em estabelecer um paralelo entre a revisão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

literatura relativa ao tema e a prática organizacio<strong>na</strong>l observada, e as consi<strong>de</strong>rações<<strong>br</strong> />

fi<strong>na</strong>is relativas ao estudo.<<strong>br</strong> />

93


5 RESULTADOS<<strong>br</strong> />

O presente capítulo tem <strong>com</strong>o objetivo <strong>de</strong>screver o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências da empresa pesquisada em vigor, disponível nos documentos internos<<strong>br</strong> />

da empresa, <strong>de</strong> acesso restrito às pessoas autorizadas, a caracterização da amostra<<strong>br</strong> />

e a apresentação dos dados da pesquisa fi<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

5.1 MODELO DE GESTÃO DE COMPETÊNCIAS NA EMPRESA PESQUISADA<<strong>br</strong> />

Na empresa pesquisada, a <strong>Gestão</strong> <strong>por</strong> Competência está alinhada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os<<strong>br</strong> />

resultados esperados aos requisitos das funções, <strong>com</strong> as estratégias e processos,<<strong>br</strong> />

tendo em vista o CHA – Conhecimentos, Habilida<strong>de</strong>s e Atitu<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>por</strong> Competências foi <strong>de</strong>senvolvido <strong>com</strong> o objetivo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolver e alocar profissio<strong>na</strong>is, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> as <strong>com</strong>petências <strong>de</strong> cada um e as<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong>s dos processos. Além disso, o mo<strong>de</strong>lo visa à criação <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

gestão do conhecimento <strong>por</strong> <strong>com</strong>petência, <strong>com</strong> a aplicação e utilização <strong>de</strong> feedback<<strong>br</strong> />

estruturado; favorecer o planejamento e administração dos investimentos relativos<<strong>br</strong> />

às ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, assegurando a coerência das ações <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong>s do negócio, privilegiando aquelas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> impacto no resultado e<<strong>br</strong> />

propiciar um melhor clima organizacio<strong>na</strong>l, pela aplicação <strong>de</strong> um processo mais<<strong>br</strong> />

participativo, transparente e <strong>com</strong> foco no <strong>de</strong>senvolvimento.<<strong>br</strong> />

Com base no levantamento das <strong>com</strong>petências requeridas, são i<strong>de</strong>ntificados os gaps<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> capacitação - diferença individual entre o esperado e o i<strong>de</strong>ntificado. Este<<strong>br</strong> />

mapeamento está atrelado ao GDP – Gerenciamento <strong>de</strong> Desempenho <strong>de</strong> Pessoal -<<strong>br</strong> />

que contempla os objetivos estratégicos, <strong>de</strong>sdo<strong>br</strong>ados em metas.<<strong>br</strong> />

94


Na etapa <strong>de</strong> planejamento do GDP, gerente e empregado negociam os resultados<<strong>br</strong> />

esperados, a<strong>na</strong>lisam os gaps i<strong>de</strong>ntificados e priorizam as ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

atreladas às principais metas.<<strong>br</strong> />

Além das <strong>com</strong>petências i<strong>de</strong>ntificadas para a Área <strong>de</strong> Negócio - AN, a Companhia<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong> no mínimo cinco <strong>com</strong>petências básicas para todos os empregados. Para<<strong>br</strong> />

estas <strong>com</strong>petências, existe uma escala <strong>de</strong> pontuação que indica o ponto atual e o<<strong>br</strong> />

ponto pretendido, sendo que, para os gaps, po<strong>de</strong>rão ser também i<strong>de</strong>ntificadas<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação. Se o gerente i<strong>de</strong>ntificar um empregado <strong>com</strong> potencial,<<strong>br</strong> />

inclusive <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, a ser <strong>de</strong>senvolvido, ele po<strong>de</strong> acrescentar outras<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências, também pré-<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das pela Companhia, <strong>de</strong>scritas a seguir.<<strong>br</strong> />

Para a li<strong>de</strong>rança, as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação e <strong>de</strong>senvolvimento das<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências-chave são i<strong>de</strong>ntificadas <strong>por</strong> meio do GDL – Gerenciamento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Desempenho do Lí<strong>de</strong>r.<<strong>br</strong> />

Os lí<strong>de</strong>res atuais são avaliados anualmente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, <strong>com</strong> relação às<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças estabelecidas pela Cor<strong>por</strong>ação, sendo: atuação<<strong>br</strong> />

estratégica, criativida<strong>de</strong>, iniciativa, negociação, foco no cliente, visão sistêmica,<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> pessoas e orientação para resultados.<<strong>br</strong> />

A partir <strong>de</strong> 2005, a metodologia <strong>de</strong> mapeamento <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências foi refi<strong>na</strong>da,<<strong>br</strong> />

passando a contemplar, além das <strong>com</strong>petências indicadas cor<strong>por</strong>ativamente, outras<<strong>br</strong> />

9 <strong>com</strong>petências, inerentes aos processos da Área <strong>de</strong> Negócio e em consonância<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a <strong>Gestão</strong> dos Capitais <strong>de</strong> Conhecimento:<<strong>br</strong> />

• <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> negócios: caracterizado pela intenção <strong>de</strong> inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>lização do estilo<<strong>br</strong> />

da li<strong>de</strong>rança e do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão.<<strong>br</strong> />

95


• <strong>Gestão</strong> da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> valor: integrar a ca<strong>de</strong>ia no perfil estratégico da ação.<<strong>br</strong> />

• <strong>Gestão</strong> da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos: estabelecer parcerias efetivas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

fornecedores, <strong>de</strong>senvolvendo a ca<strong>de</strong>ia local.<<strong>br</strong> />

• <strong>Gestão</strong> econômico-fi<strong>na</strong>nceira: adoção <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> resultado.<<strong>br</strong> />

• <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> processos: manter o enfoque <strong>na</strong> melhoria contínua.<<strong>br</strong> />

• <strong>Gestão</strong> tecnológica: ampliar a <strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> tecnológica.<<strong>br</strong> />

• <strong>Gestão</strong> do conhecimento: inovação contínua <strong>por</strong> meio do conhecimento aplicado<<strong>br</strong> />

• Segurança, meio ambiente, saú<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong> social: agir <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong> ambiental e inserção social, inter<strong>na</strong> e exter<strong>na</strong>mente.<<strong>br</strong> />

Des<strong>de</strong> 1998 existe um processo sistemático <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos colaboradores <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

potencial <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança, <strong>por</strong> meio do GDP, que, atualmente, contempla o Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Competências, no qual são a<strong>na</strong>lisados a evolução obtida em relação às<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências individuais o<strong>br</strong>igatórias e seu <strong>de</strong>sempenho em relação a suas metas<<strong>br</strong> />

físicas negociadas.<<strong>br</strong> />

O superior imediato po<strong>de</strong> acrescentar ao GDP do empregado <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

individuais opcio<strong>na</strong>is a fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar o nível em que ele se encontra em relação<<strong>br</strong> />

às <strong>com</strong>petências específicas da li<strong>de</strong>rança, quais sejam: li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> pessoas,<<strong>br</strong> />

criativida<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<<strong>br</strong> />

O Quadro 9, apresentado a seguir, mostra as <strong>com</strong>petências o<strong>br</strong>igatórias e opcio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

previamente <strong>de</strong>finidas.<<strong>br</strong> />

96


Competências<<strong>br</strong> />

Empregados<<strong>br</strong> />

GDP GDL<<strong>br</strong> />

Gerentes Setoriais<<strong>br</strong> />

e Coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dores<<strong>br</strong> />

Trabalho em equipe Não se aplica<<strong>br</strong> />

Aprendizagem Contínua<<strong>br</strong> />

Flexibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Foco no cliente<<strong>br</strong> />

Iniciativa<<strong>br</strong> />

Li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> pessoas<<strong>br</strong> />

Criativida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Decisão<<strong>br</strong> />

Atuação estratégica<<strong>br</strong> />

Negociação<<strong>br</strong> />

Orientação para resultados<<strong>br</strong> />

Visão sistêmica<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igatória<<strong>br</strong> />

Opcio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igatória<<strong>br</strong> />

Não se aplica Opcio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

Quadro 9 - Competências Individuais O<strong>br</strong>igatórias e Opcio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

Gerentes<<strong>br</strong> />

Executivos,<<strong>br</strong> />

Gerentes Gerais e<<strong>br</strong> />

Gerentes <strong>de</strong> nível 1<<strong>br</strong> />

Não se aplica<<strong>br</strong> />

O<strong>br</strong>igatória<<strong>br</strong> />

O aproveitamento <strong>de</strong>sses lí<strong>de</strong>res é feito <strong>de</strong> modo preferencial so<strong>br</strong>e os <strong>de</strong>mais e,<<strong>br</strong> />

ainda leva em conta a avaliação em relação aos seguintes critérios: habilida<strong>de</strong> para<<strong>br</strong> />

implementar mudanças; grau <strong>de</strong> contribuição para alcance dos objetivos do plano<<strong>br</strong> />

estratégico; <strong>de</strong>sempenho profissio<strong>na</strong>l nos últimos anos; grau <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l para o mercado; potencial para ocupar cargos <strong>de</strong> alta confiança.<<strong>br</strong> />

Cabe <strong>de</strong>stacar que esta prática está alinhada à <strong>de</strong> reconhecimento e re<strong>com</strong>pensa<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> meio do processo <strong>de</strong> Avanço <strong>de</strong> Nível e Promoção. Os Comitês <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> do<<strong>br</strong> />

Desempenho formados em cada unida<strong>de</strong> pelo GG, Gerente <strong>de</strong> RH, 3 gerentes<<strong>br</strong> />

coor<strong>de</strong><strong>na</strong>dores ou supervisores da unida<strong>de</strong>, 3 funcionários a<strong>na</strong>lisam os resultados<<strong>br</strong> />

97


do GDP e do avanço <strong>de</strong> nível e promoção das equipes, alinhando-os <strong>com</strong> os<<strong>br</strong> />

parâmetros e procedimentos cor<strong>por</strong>ativos.<<strong>br</strong> />

5.1.1 Gerenciamento do Desempenho Pessoal<<strong>br</strong> />

O Gerenciamento <strong>de</strong> Desempenho <strong>de</strong> Pessoal é um processo que fortalece o<<strong>br</strong> />

alinhamento dos objetivos e metas da Companhia, ao <strong>de</strong>screver <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

necessárias aos resultados pré-estabelecidos e os <strong>com</strong><strong>por</strong>tamentos funcio<strong>na</strong>is<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sejados para o alcance dos resultados empresariais. É um instrumento gerencial<<strong>br</strong> />

que auxilia <strong>na</strong> organização do trabalho e <strong>na</strong> condução da equipe para a realização<<strong>br</strong> />

dos objetivos e metas da sua área. É um processo aberto e negociado <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> resultados e clarificação do que se espera <strong>de</strong> cada mem<strong>br</strong>o da equipe e dos<<strong>br</strong> />

recursos necessários para a execução das ativida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

O Planejamento Estratégico da Companhia, o Plano <strong>de</strong> Negócios da Unida<strong>de</strong>, as<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong>s dos clientes, os processos <strong>de</strong> trabalho e outros insumos que<<strong>br</strong> />

representem resultados a serem alcançados pela unida<strong>de</strong>, fornecem as bases para<<strong>br</strong> />

o <strong>de</strong>sdo<strong>br</strong>amento das metas.<<strong>br</strong> />

O processo é <strong>com</strong>posto <strong>por</strong> duas vertentes: resultado e <strong>com</strong>petências individuais.<<strong>br</strong> />

• Vertente resultado: consiste <strong>na</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> metas individuais, ou <strong>de</strong> equipes, que<<strong>br</strong> />

são estabelecidas <strong>com</strong> base nos processos <strong>de</strong> trabalhos. A mensuração do<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho alcançado é realizada <strong>por</strong> uma escala <strong>de</strong> apuração <strong>de</strong> resultados,<<strong>br</strong> />

que posicio<strong>na</strong> percentualmente o nível <strong>de</strong> consecução da meta pelo empregado.<<strong>br</strong> />

• Vertente <strong>com</strong>petências individuais: as <strong>com</strong>petências individuais são aquelas que<<strong>br</strong> />

os empregados da Companhia <strong>de</strong>vem possuir para su<strong>por</strong>tar o <strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

98


das <strong>com</strong>petências-chave. São <strong>com</strong><strong>por</strong>tamentos que <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>m o potencial das<<strong>br</strong> />

pessoas para alcançarem um nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho esperado. Empregados que<<strong>br</strong> />

apresentarem potencial para ocupar posição acima da atual po<strong>de</strong>rão ser<<strong>br</strong> />

avaliados <strong>na</strong>s <strong>com</strong>petências opcio<strong>na</strong>is cor<strong>por</strong>ativas.<<strong>br</strong> />

Os objetivos do Gerenciamento <strong>de</strong> Desempenho visa <strong>com</strong>prometer todos os<<strong>br</strong> />

empregados <strong>com</strong> os propósitos da empresa; melhorar a organização e a distribuição<<strong>br</strong> />

do trabalho; negociar metas físicas e <strong>com</strong>petências individuais entre gerentes e<<strong>br</strong> />

gerenciados; <strong>de</strong>senvolver os empregados; dar e receber feedback e melhorar<<strong>br</strong> />

continuamente os resultados empresariais. As metas são <strong>de</strong>finidas em dois tipos:<<strong>br</strong> />

• Individuais: resultado a ser alcançado <strong>por</strong> um único empregado para o qual o<<strong>br</strong> />

trabalho foi <strong>de</strong>mandado e pelo qual ele será avaliado.<<strong>br</strong> />

• Da equipe: <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> trabalho feita para dois ou mais empregados <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

mesma gerência, a ser realizada <strong>de</strong> forma cooperativa. O resultado alcançado<<strong>br</strong> />

será o mesmo para todos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do <strong>de</strong>sempenho individual.<<strong>br</strong> />

O GDP garante que o <strong>de</strong>sdo<strong>br</strong>amento estratégico, <strong>por</strong> meio do sistema <strong>de</strong> medição<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, avalie o <strong>de</strong>sempenho pessoal e coletivo do grupo, <strong>com</strong> base <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

negociação “em cascata”. Primeiro, do Diretor e para o gerente Executivo, pela<<strong>br</strong> />

assi<strong>na</strong>tura do Termo <strong>de</strong> Compromisso, e <strong>de</strong>ste para os Gerentes Gerais; dos<<strong>br</strong> />

Gerentes Gerais para os gerentes e <strong>de</strong>stes para a força <strong>de</strong> trabalho.<<strong>br</strong> />

Em 2006, foi implementado um método estruturado <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdo<strong>br</strong>amento, a partir <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uma Árvore <strong>de</strong> Indicadores e das iniciativas e seus respectivos planos. Às metas<<strong>br</strong> />

estabelecidas são somadas àquelas relativas aos indicadores dos subprocessos.<<strong>br</strong> />

99


Essa <strong>de</strong>finição ocorre pela análise da responsabilida<strong>de</strong> pelos resultados do indicador<<strong>br</strong> />

e execução do plano <strong>de</strong> ação da iniciativa se é exclusiva ao indivíduo ou<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>partilhada <strong>com</strong> outros mem<strong>br</strong>os. Essa lógica garante a medição individual <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho, fortalecendo o espírito <strong>de</strong> equipe e do alcance das metas da gerência.<<strong>br</strong> />

À cada meta atribuí-se um peso (6, 3 ou 1) que <strong>de</strong>fine o seu grau <strong>de</strong> im<strong>por</strong>tância no<<strong>br</strong> />

alcance do objetivo estratégico ou da consecução do processo ou subprocesso.<<strong>br</strong> />

O processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho acontece em três fases distintas:<<strong>br</strong> />

planejamento, a<strong>com</strong>panhamento e avaliação fi<strong>na</strong>l, <strong>de</strong>scrito no Quadro 10, que<<strong>br</strong> />

também mostra os fatores <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho avaliados.<<strong>br</strong> />

Etapa Descrição Competências<<strong>br</strong> />

Avaliadas<<strong>br</strong> />

Planejamento<<strong>br</strong> />

A<strong>com</strong>panhamento<<strong>br</strong> />

<strong>Avaliação</strong> Fi<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Negociação entre o gerente e a equipe responsável pelos<<strong>br</strong> />

resultados pretendidos, das condições e recursos<<strong>br</strong> />

necessários para executar as metas e principalmente da<<strong>br</strong> />

negociação das <strong>com</strong>petências individuais e do plano <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

trei<strong>na</strong>mento e <strong>de</strong>senvolvimento que dá su<strong>por</strong>te técnico e<<strong>br</strong> />

atitudi<strong>na</strong>l para a obtenção dos resultados.<<strong>br</strong> />

Encontro coletivo ou individual, no qual o gerente<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panha os resultados parciais obtidos ou ajusta a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>manda diante <strong>de</strong> um novo cenário, confirma a<<strong>br</strong> />

negociação anterior ou renegocia os ajustes necessários.<<strong>br</strong> />

O GDP permite tanto ao gerente <strong>com</strong>o ao empregado,<<strong>br</strong> />

registrar, para efeito <strong>de</strong> memória, todos os passos do<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panhamento.<<strong>br</strong> />

Verificação do cumprimento do acordo negociado –<<strong>br</strong> />

alcance <strong>de</strong> metas / cumprimento do plano <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento e evolução das <strong>com</strong>petências individuais.<<strong>br</strong> />

Esta fase tem estreita relação <strong>com</strong> a Fase <strong>de</strong> Planejamento<<strong>br</strong> />

do próximo exercício anual. O alcance das metas pelo<<strong>br</strong> />

empregado é quantificado e está registrado também no<<strong>br</strong> />

Registro do Gerenciamento do Desempenho / <strong>Avaliação</strong> do<<strong>br</strong> />

empregado – o que permite ao gerente fazer um resumo<<strong>br</strong> />

qualitativo so<strong>br</strong>e o <strong>de</strong>sempenho do empregado.<<strong>br</strong> />

Quadro 10 - Etapas do Processo <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong><<strong>br</strong> />

100<<strong>br</strong> />

• Trabalho em<<strong>br</strong> />

equipe<<strong>br</strong> />

• Aprendizagem<<strong>br</strong> />

contínua<<strong>br</strong> />

• Flexibilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

• Foco no<<strong>br</strong> />

cliente<<strong>br</strong> />

• Iniciativa.<<strong>br</strong> />

Para a li<strong>de</strong>rança é aplicado o GDL. Os lí<strong>de</strong>res atuais são avaliados anualmente,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, <strong>com</strong> relação às <strong>com</strong>petências <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças <strong>de</strong>finidas pela Cor<strong>por</strong>ação,


somando-se em 2005 as <strong>com</strong>petências <strong>de</strong>finidas para a Área <strong>de</strong> Negócio, pelo<<strong>br</strong> />

processo <strong>de</strong> avaliação 360º. Os resultados são armaze<strong>na</strong>dos no sistema GDL que<<strong>br</strong> />

estrutura e documenta a avaliação <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências gerenciais, <strong>de</strong>finidas a partir<<strong>br</strong> />

das Competências-Chave da Companhia, <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> o <strong>de</strong>sdo<strong>br</strong>amento das<<strong>br</strong> />

estratégias cor<strong>por</strong>ativas e <strong>com</strong> os objetivos estratégicos pertinentes à Área.<<strong>br</strong> />

O gerente imediato do lí<strong>de</strong>r o avalia para verificar se a sua atuação correspon<strong>de</strong> às<<strong>br</strong> />

expectativas da Companhia. Na elaboração <strong>de</strong>ssa avaliação, <strong>com</strong>o forma <strong>de</strong> garantir<<strong>br</strong> />

maior transparência e precisão da informação em relação ao <strong>de</strong>sempenho<<strong>br</strong> />

alcançado são a<strong>na</strong>lisadas as diferentes percepções quanto ao <strong>de</strong>sempenho do lí<strong>de</strong>r,<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> intermédio <strong>de</strong> avaliações que são feitas <strong>por</strong> seus pares, clientes internos,<<strong>br</strong> />

gerenciados e a auto, segundo o formato da <strong>Avaliação</strong> em 360°, <strong>de</strong>scrita <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

Figura 21.<<strong>br</strong> />

Gerente Imediato<<strong>br</strong> />

(GI) recebe<<strong>br</strong> />

Documentação<<strong>br</strong> />

do início do<<strong>br</strong> />

processo<<strong>br</strong> />

Fluxo resumido do processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> Competências<<strong>br</strong> />

Gerente<<strong>br</strong> />

imediato (GI)<<strong>br</strong> />

cadastra os<<strong>br</strong> />

clientes<<strong>br</strong> />

avaliadores no<<strong>br</strong> />

link recebido<<strong>br</strong> />

Cadastro no Link<<strong>br</strong> />

90º<<strong>br</strong> />

Clientes (3 a 5)<<strong>br</strong> />

Avaliados<<strong>br</strong> />

360º<<strong>br</strong> />

(alem <strong>de</strong>sses)<<strong>br</strong> />

Pares (3 a 5)<<strong>br</strong> />

Gerenciados (1 a 10)<<strong>br</strong> />

Questionário<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> avaliação é<<strong>br</strong> />

enviado<<strong>br</strong> />

para ser<<strong>br</strong> />

preenchido<<strong>br</strong> />

pelos clientes<<strong>br</strong> />

e pelo avaliador<<strong>br</strong> />

Sistema consolida<<strong>br</strong> />

as informações<<strong>br</strong> />

dos<<strong>br</strong> />

cliente e envia<<strong>br</strong> />

para o GI junto<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a auto<<strong>br</strong> />

avaliação<<strong>br</strong> />

Figura 21 - Fluxo do Processo <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Competências dos Lí<strong>de</strong>res<<strong>br</strong> />

GI a<strong>na</strong>lisa<<strong>br</strong> />

informações<<strong>br</strong> />

recebidas e<<strong>br</strong> />

preenche seu<<strong>br</strong> />

questionário<<strong>br</strong> />

101<<strong>br</strong> />

O GI<<strong>br</strong> />

mostra então<<strong>br</strong> />

o resultado<<strong>br</strong> />

fi<strong>na</strong>l e fornece<<strong>br</strong> />

feedback ao<<strong>br</strong> />

avaliado


O GDL orienta as <strong>com</strong>petências a serem <strong>de</strong>senvolvidas e avalia sua evolução. A<<strong>br</strong> />

partir dos gaps percebidos são <strong>de</strong>finidas as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. A<<strong>br</strong> />

Figura 22 apresenta a análise <strong>de</strong> gap <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências <strong>de</strong> um lí<strong>de</strong>r.<<strong>br</strong> />

A partir dos resultados da <strong>Avaliação</strong> em 360° e da a nálise dos gaps é gerado o PDL<<strong>br</strong> />

– Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>r - que auxiliará o lí<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>senvolver as<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências necessárias para o alcance e a superação das suas metas<<strong>br</strong> />

negociadas e daquelas relativas à evolução <strong>de</strong> suas <strong>com</strong>petências individuais.<<strong>br</strong> />

A avaliação e o <strong>de</strong>senvolvimento são planejados ao longo do ano, conforme<<strong>br</strong> />

cronograma do PDL.<<strong>br</strong> />

Atuação estratégia<<strong>br</strong> />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Decisão<<strong>br</strong> />

Criativida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Foco no Cliente<<strong>br</strong> />

Iniciativa<<strong>br</strong> />

Li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Pessoas<<strong>br</strong> />

Negociação<<strong>br</strong> />

Orientação para resultados<<strong>br</strong> />

Visão Sistemática<<strong>br</strong> />

Figura 22 - Exemplo <strong>de</strong> uma Análise <strong>de</strong> gap <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong> um Lí<strong>de</strong>r<<strong>br</strong> />

A avaliação dos resultados das metas e das atitu<strong>de</strong>s são balizadores para<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissio<strong>na</strong>l dos lí<strong>de</strong>res.<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

As necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação, para efeito da <strong>de</strong>finição dos programas que<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>põem o PDRH – Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Recursos Humanos e PDRHE –<<strong>br</strong> />

Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Recursos Humanos no Exterior, visam<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

4<<strong>br</strong> />

5<<strong>br</strong> />

6<<strong>br</strong> />

7<<strong>br</strong> />

102


prioritariamente aten<strong>de</strong>r às Competências Críticas ao alcance das metas do Plano<<strong>br</strong> />

Estratégico. A <strong>de</strong>finição do que é consi<strong>de</strong>rado crítico para a consecução dos<<strong>br</strong> />

objetivos das iniciativas estratégicas e dos processos é feita pela gerência da área.<<strong>br</strong> />

A partir dos conhecimentos críticos são construídas as Soluções Educacio<strong>na</strong>is -<<strong>br</strong> />

conteúdo dos programas <strong>de</strong> capacitação e <strong>de</strong>senvolvimento - necessárias à<<strong>br</strong> />

elimi<strong>na</strong>ção dos gaps. Essa informação <strong>com</strong>plementa o Plano <strong>de</strong> Desenvolvimento do<<strong>br</strong> />

Lí<strong>de</strong>r que será negociado <strong>com</strong> o seu superior.<<strong>br</strong> />

Os gestores referenciaram o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>scrito em relação ao proposto <strong>na</strong> pesquisa.<<strong>br</strong> />

As percepções <strong>com</strong>entadas pelos entrevistados estão relatadas no tópico a seguir.<<strong>br</strong> />

5.2 DESCRIÇÃO DA AMOSTRA – PESQUISA FINAL<<strong>br</strong> />

O universo da pesquisa é <strong>com</strong>posto <strong>por</strong> 26 gestores distribuídos em dois níveis<<strong>br</strong> />

hierárquicos, conforme <strong>de</strong>scrito no Quadro 8 do item 4.4. Desta forma, para<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolver as entrevistas da pesquisa fi<strong>na</strong>l foram selecio<strong>na</strong>dos quinze gestores,<<strong>br</strong> />

dos quais nove ocupam, <strong>na</strong> estrutura organizacio<strong>na</strong>l, o cargo <strong>de</strong> gestor <strong>de</strong> nível 1, e<<strong>br</strong> />

seis <strong>de</strong> nível intermediário.<<strong>br</strong> />

A amostra foi escolhida <strong>de</strong> maneira aleatória <strong>de</strong>ntro do universo da pesquisa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>finida. Essa opção revelou-se a<strong>de</strong>quada em razão da <strong>de</strong>limitação da área<<strong>br</strong> />

observada, especificamente <strong>de</strong>finida para este trabalho, e em razão da uniformida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

dos elementos que caracterizam a amostra, <strong>com</strong>o po<strong>de</strong> ser visto no Quadro 11.<<strong>br</strong> />

Os gestores entrevistados pertencem ao quadro <strong>de</strong> funcionários da mesma<<strong>br</strong> />

empresa, cujo ambiente <strong>de</strong> trabalho é marcado pela utilização <strong>de</strong> alta tecnologia no<<strong>br</strong> />

controle dos processos industriais.<<strong>br</strong> />

103


Nível<<strong>br</strong> />

Hierárquico<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

Intermediário<<strong>br</strong> />

Intermediário<<strong>br</strong> />

Intermediário<<strong>br</strong> />

Intermediário<<strong>br</strong> />

Escolarida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Lato Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Strictu Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Lato Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Lato Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Strictu Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Lato Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Strictu Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Strictu Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Lato Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Strictu Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Lato Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Lato Sensu<<strong>br</strong> />

Pós-Graduado<<strong>br</strong> />

Lato Sensu<<strong>br</strong> />

Faixa Etária<<strong>br</strong> />

(anos)<<strong>br</strong> />

Tempo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Vínculo Empresa<<strong>br</strong> />

(anos)<<strong>br</strong> />

Tempo no Cargo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Gestor (anos)<<strong>br</strong> />

50 a 60 35 15<<strong>br</strong> />

30 a 40 19 04<<strong>br</strong> />

50 a 60 27 16<<strong>br</strong> />

40 a 50 20 08<<strong>br</strong> />

40 a 50 20 14<<strong>br</strong> />

40 a 50 18 08<<strong>br</strong> />

50 a 60 31 06<<strong>br</strong> />

40 a 50 19 04<<strong>br</strong> />

40 a 50 28 10<<strong>br</strong> />

40 a 50 19 07<<strong>br</strong> />

50 a 60 30 22<<strong>br</strong> />

40 a 50 24 16<<strong>br</strong> />

40 a 50 12 04<<strong>br</strong> />

Intermediário Graduação 40 a 50 28 05<<strong>br</strong> />

Intermediário Técnico 50 a 60 27 08<<strong>br</strong> />

Quadro 11 - Caracterização dos Respon<strong>de</strong>ntes – Pesquisa Fi<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Com relação à <strong>de</strong>scrição dos respon<strong>de</strong>ntes, observa-se o caráter relativamente<<strong>br</strong> />

uniforme no perfil dos gestores, o que já havia sido apontado no item 1.3 –<<strong>br</strong> />

Delimitação do Estudo.<<strong>br</strong> />

104


Alguns dados que merecem <strong>de</strong>staque referem-se à:<<strong>br</strong> />

• Escolarida<strong>de</strong>: 13 dos 15 respon<strong>de</strong>ntes são pós-graduados, em níveis<<strong>br</strong> />

diferentes <strong>de</strong> titulação – Stricto Sensu e Lato Sensu.<<strong>br</strong> />

• Faixa Etária: ape<strong>na</strong>s 01 respon<strong>de</strong>nte tem menos <strong>de</strong> 40 anos; 09 estão entre<<strong>br</strong> />

40 e 50 anos e 05 respon<strong>de</strong>ntes têm acima <strong>de</strong> 50 anos, o que indica certa<<strong>br</strong> />

homogeneida<strong>de</strong> <strong>na</strong> amostra.<<strong>br</strong> />

• Tempo <strong>de</strong> Vínculo: 01 respon<strong>de</strong>nte tem 12 anos e 14 têm acima <strong>de</strong> 18 anos<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> vínculo <strong>com</strong> a organização. Repete-se, no tempo <strong>de</strong> vínculo, o caráter<<strong>br</strong> />

homogêneo da amostra observado <strong>na</strong> questão etária.<<strong>br</strong> />

• Tempo no Cargo <strong>de</strong> Gestor: 10 respon<strong>de</strong>ntes ocupam o cargo <strong>de</strong> gestor há<<strong>br</strong> />

um período que varia <strong>de</strong> 04 a 10 anos e 05 respon<strong>de</strong>ntes há um período <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

14 a 22 anos. Esse foi o dado <strong>de</strong> maior variabilida<strong>de</strong> entre os respon<strong>de</strong>ntes.<<strong>br</strong> />

Porém, em razão da implantação do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>por</strong> Competências ter<<strong>br</strong> />

ocorrido há cinco anos, consi<strong>de</strong>ra-se imaterial a diferença observada <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

relação entre o tempo <strong>de</strong> permanência no cargo <strong>de</strong> gestor e a eventual maior<<strong>br</strong> />

ou menor propensão à análise crítica dos mo<strong>de</strong>los.<<strong>br</strong> />

Como um dado <strong>com</strong>plementar, e, <strong>por</strong>tanto, não caberá maior <strong>de</strong>talhamento, a<<strong>br</strong> />

população pesquisada é predomi<strong>na</strong>ntemente masculi<strong>na</strong>. Ape<strong>na</strong>s dois gestores são<<strong>br</strong> />

do sexo feminino, embora atuem <strong>na</strong> área-meio e área-fim.<<strong>br</strong> />

No próximo tópico são apresentados os dados da pesquisa.<<strong>br</strong> />

105


5.3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS – PESQUISA FINAL<<strong>br</strong> />

As respostas propiciaram a análise sob dois enfoques. O primeiro é baseado <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

consolidação dos dados das questões respondidas <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a Escala <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Likert, cujos resultados gerais são apresentados no Quadro 12, a seguir.<<strong>br</strong> />

QUESTÕES<<strong>br</strong> />

Classes <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> 1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />

1. O sistema <strong>de</strong> gestão apresentado é simples e <strong>de</strong> fácil <strong>com</strong>preensão. 0 0 3 8 4<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

2. O sistema facilita meu posicio<strong>na</strong>mento no que diz respeito à<<strong>br</strong> />

o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

3. O sistema possibilita aos meus subordi<strong>na</strong>dos enxergarem <strong>com</strong> clareza o<<strong>br</strong> />

que a organização espera <strong>de</strong>les em termos <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong> acesso,<<strong>br</strong> />

atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

4. O sistema minimiza a subjetivida<strong>de</strong> própria do processo <strong>de</strong> avaliar<<strong>br</strong> />

pessoas, estabelecendo os critérios utilizados <strong>por</strong> todos gestores da<<strong>br</strong> />

empresa.<<strong>br</strong> />

Comentários<<strong>br</strong> />

5. Com o sistema consigo priorizar <strong>com</strong> maior facilida<strong>de</strong> as ações <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento da minha equipe.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

6. O sistema estabelece parâmetros para a valorização do gestor e <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

seus subordi<strong>na</strong>dos em função da agregação <strong>de</strong> valor.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

Quadro 12 - Resultados Quantitativos – Pesquisa Fi<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Discordo<<strong>br</strong> />

totalmente<<strong>br</strong> />

Discordo<<strong>br</strong> />

Indiferente<<strong>br</strong> />

Concordo<<strong>br</strong> />

0 0 0 8 7<<strong>br</strong> />

0 0 1 9 5<<strong>br</strong> />

0 1 3 7 4<<strong>br</strong> />

0 1 0 8 6<<strong>br</strong> />

0 1 4 5 5<<strong>br</strong> />

106<<strong>br</strong> />

Concordo<<strong>br</strong> />

totalment<<strong>br</strong> />

e<<strong>br</strong> />

Nota-se que a maioria das respostas está concentrada em “concordo” e “concordo<<strong>br</strong> />

totalmente” <strong>na</strong> escala <strong>de</strong> classificação. Este fato leva a autora inferir que o sistema<<strong>br</strong> />

apresentado seja aplicável a empresas em ambientes <strong>de</strong> alta tecnologia.<<strong>br</strong> />

Para <strong>com</strong>plementar a análise dos resultados quantitativos, a seguir, é apresentada a<<strong>br</strong> />

análise dos resultados <strong>por</strong> respon<strong>de</strong>nte.


Questões<<strong>br</strong> />

Classes <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong><<strong>br</strong> />

1. O sistema <strong>de</strong> gestão<<strong>br</strong> />

apresentado é simples e <strong>de</strong> fácil<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preensão.<<strong>br</strong> />

2. O sistema facilita meu<<strong>br</strong> />

posicio<strong>na</strong>mento no que diz respeito<<strong>br</strong> />

à o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

3. O sistema possibilita aos meus<<strong>br</strong> />

subordi<strong>na</strong>dos enxergarem <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

clareza o que a organização espera<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>les em termos <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

acesso, atribuições e<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

4. O sistema minimiza a<<strong>br</strong> />

subjetivida<strong>de</strong> própria do processo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> avaliar pessoas, estabelecendo<<strong>br</strong> />

os critérios utilizados <strong>por</strong> todos<<strong>br</strong> />

gestores da empresa.<<strong>br</strong> />

5. Com o sistema consigo priorizar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> maior facilida<strong>de</strong> as ações <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento da minha equipe.<<strong>br</strong> />

6. O sistema estabelece<<strong>br</strong> />

parâmetros para a valorização do<<strong>br</strong> />

gestor e <strong>de</strong> seus subordi<strong>na</strong>dos em<<strong>br</strong> />

função da agregação <strong>de</strong> valor.<<strong>br</strong> />

Discordo<<strong>br</strong> />

totalmente<<strong>br</strong> />

Discordo<<strong>br</strong> />

Indiferente<<strong>br</strong> />

E, G, M<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

C F, H<<strong>br</strong> />

O<<strong>br</strong> />

O<<strong>br</strong> />

A, C, H, I,<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

Concordo<<strong>br</strong> />

A, C, F,<<strong>br</strong> />

H, J, L, O,<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

B, C, E,<<strong>br</strong> />

F, G, H,<<strong>br</strong> />

M, O, P<<strong>br</strong> />

B, C, D,<<strong>br</strong> />

E, F, H, I,<<strong>br</strong> />

J, O<<strong>br</strong> />

A, B, E,<<strong>br</strong> />

G, J, O, P<<strong>br</strong> />

A, C, E,<<strong>br</strong> />

F, G, I, M,<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

E, F, I, J,<<strong>br</strong> />

P<<strong>br</strong> />

Concordo<<strong>br</strong> />

totalmente<<strong>br</strong> />

107<<strong>br</strong> />

B, D, I, N<<strong>br</strong> />

A, D, I, J,<<strong>br</strong> />

L, N<<strong>br</strong> />

A, G, L,<<strong>br</strong> />

M, N<<strong>br</strong> />

D, I, L, M,<<strong>br</strong> />

N<<strong>br</strong> />

B, D, H, J,<<strong>br</strong> />

L, N<<strong>br</strong> />

B, D, G,<<strong>br</strong> />

L,N<<strong>br</strong> />

Quadro 13 - Resultados <strong>por</strong> Respon<strong>de</strong>nte – Pesquisa Fi<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

Fonte: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, L, M, N, O e P correspon<strong>de</strong>m a i<strong>de</strong>ntificação dos respon<strong>de</strong>ntes<<strong>br</strong> />

Os resultados do Quadro 13 mostram que as respostas concentram-se <strong>na</strong>s opções<<strong>br</strong> />

“concordo” e “concordo totalmente” <strong>na</strong> escala <strong>de</strong> classificação. No entendimento da<<strong>br</strong> />

autora, o número significativo <strong>de</strong> respostas <strong>na</strong> opção “concordo” foi <strong>de</strong>vido ao fato<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> os gestores adotarem uma postura conservadora ao opi<strong>na</strong>rem a respeito <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>lo conceitual, do qual não tinham total domínio. Expressaram em algumas<<strong>br</strong> />

questões que concordavam, mas para concordar totalmente teriam que aprofundar o<<strong>br</strong> />

conhecimento em relação ao mo<strong>de</strong>lo proposto.


Não houve manifestação <strong>de</strong> discordância total em nenhuma das respostas, ape<strong>na</strong>s<<strong>br</strong> />

os respon<strong>de</strong>ntes C e O manifestaram discordância <strong>na</strong>s questões 4, 5 e 6.<<strong>br</strong> />

Os respon<strong>de</strong>ntes D, L e N concordaram ou concordaram totalmente em todas as<<strong>br</strong> />

afirmações. A autora não i<strong>de</strong>ntificou nenhuma correlação <strong>com</strong> perfil, área atuação ou<<strong>br</strong> />

formação para justificar esse resultado.<<strong>br</strong> />

Os respon<strong>de</strong>ntes C e O não concordaram totalmente <strong>com</strong> nenhuma das afirmações.<<strong>br</strong> />

O respon<strong>de</strong>nte C manifestou indiferença <strong>na</strong> questão 6 e discordância <strong>na</strong> questão 4 e<<strong>br</strong> />

o respon<strong>de</strong>nte O manifestou discordância <strong>na</strong>s questões 5 e 6. A autora observou<<strong>br</strong> />

que durante as entrevistas estes gestores fizeram mais questio<strong>na</strong>mentos que os<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>mais entrevistados em relação ao mo<strong>de</strong>lo proposto, o que aumentou <strong>de</strong> 20 a 30<<strong>br</strong> />

minutos o tempo <strong>de</strong> suas entrevistas. Os gestores somente se posicio<strong>na</strong>vam <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

forma <strong>de</strong>finitiva após sa<strong>na</strong>rem suas dúvidas.<<strong>br</strong> />

A questão 6 apresentou maior número <strong>de</strong> indiferença ou discordância. Observou-se<<strong>br</strong> />

não haver consenso entre os participantes acerca do conceito <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

valor, o qual foi bastante questio<strong>na</strong>do pelos entrevistados, principalmente no que<<strong>br</strong> />

tange a essa mensuração. Imagi<strong>na</strong>-se que a mensuração <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> valor<<strong>br</strong> />

seja mais <strong>com</strong>plexa em empresas <strong>de</strong> alta intensida<strong>de</strong> tecnológica, consi<strong>de</strong>rando que<<strong>br</strong> />

o <strong>de</strong>senvolvimento dos projetos, ou mesmos as ativida<strong>de</strong>s são realizadas em<<strong>br</strong> />

equipes.<<strong>br</strong> />

Uma das questões <strong>de</strong> maior dissenso foi o estabelecimento <strong>de</strong> indicadores objetivos<<strong>br</strong> />

que permitissem uma clareza em relação à intensida<strong>de</strong> da contribuição individual, ou<<strong>br</strong> />

agregação <strong>de</strong> valor. Mesmo assim, ao a<strong>na</strong>lisar os Quadros 15 e 16, é possível<<strong>br</strong> />

108


inferir, a partir da percepção dos gestores, que o Mo<strong>de</strong>lo Referencial Teórico<<strong>br</strong> />

apresentado é aplicável ao contexto <strong>de</strong> empresas <strong>com</strong> aplicação <strong>de</strong> alta tecnologia.<<strong>br</strong> />

No próximo tópico é apresentado o segundo enfoque, a análise <strong>de</strong> conteúdo que<<strong>br</strong> />

teve início <strong>com</strong> a classificação hierárquica <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte das classes i<strong>de</strong>ntificadas <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

intermédio do Sistema Alceste©.<<strong>br</strong> />

5.3.1 Classificação Hierárquica Descen<strong>de</strong>nte<<strong>br</strong> />

O segundo enfoque – Análise <strong>de</strong> Conteúdo – apropriou os elementos <strong>de</strong>scritos ao<<strong>br</strong> />

longo das 15 entrevistas, que foram gravadas, transcritas e submetidas ao Sistema<<strong>br</strong> />

Alceste©, que pro<strong>por</strong>cionou os seguintes resultados.<<strong>br</strong> />

Foram i<strong>de</strong>ntificadas <strong>por</strong> meio do cálculo do dicionário 24.859 ocorrências, sendo<<strong>br</strong> />

2.687 <strong>de</strong> formas distintas e freqüência média <strong>por</strong> forma igual a 9. O tratamento<<strong>br</strong> />

informático i<strong>de</strong>ntificou 605 Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Contexto Elementares – UCEs. Após a<<strong>br</strong> />

análise foram classificadas 482 UCEs, que correspon<strong>de</strong> a 73%, distribuídas em 05<<strong>br</strong> />

classes <strong>de</strong> discurso. As <strong>de</strong>mais foram <strong>de</strong>scartadas – não receberam classificação.<<strong>br</strong> />

A Figura 23 apresenta o <strong>de</strong>ndograma (?) que representa as relações interclasses.<<strong>br</strong> />

Classe 5<<strong>br</strong> />

Classe 4<<strong>br</strong> />

Classe 3<<strong>br</strong> />

Classe 2<<strong>br</strong> />

Classe 1<<strong>br</strong> />

Figura 23 - Classificação Hierárquica Decrescente I<<strong>br</strong> />

Fonte: Alceste©<<strong>br</strong> />

109


No primeiro momento o corpus a<strong>na</strong>lisado foi dividido em três subcorpus, o primeiro<<strong>br</strong> />

formam as classes 5 e 4, o segundo as classes 3 e 2 e o terceiro forma a classe 1.<<strong>br</strong> />

Classe 5<<strong>br</strong> />

Classe 4<<strong>br</strong> />

Classe 3<<strong>br</strong> />

Classe 2<<strong>br</strong> />

Classe 1<<strong>br</strong> />

Figura 24 - Classificação Hierárquica Decrescente II<<strong>br</strong> />

Fonte: Alceste©<<strong>br</strong> />

Na Figura 24 é apresentada à formação das classes, também a partir <strong>de</strong> 3<<strong>br</strong> />

subcorpus: o primeiro forma as classes 5 e 4, o segundo as classes 2 e 1 e o<<strong>br</strong> />

terceiro forma a classe 3. Como as classes formadas mostraram-se estáveis, a<<strong>br</strong> />

classificação foi concluída, <strong>de</strong>sta forma, então, o corpus a<strong>na</strong>lisado é <strong>com</strong>posto <strong>de</strong> 5<<strong>br</strong> />

classes estáveis <strong>com</strong>postas <strong>de</strong> UCEs - Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Contexto Elementar.<<strong>br</strong> />

5.3.2 Formação das Classes<<strong>br</strong> />

Baseado <strong>na</strong>s UCEs <strong>de</strong> referência o sistema Alceste© i<strong>de</strong>ntificou cinco classes:<<strong>br</strong> />

• Classe 1 – Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong>;<<strong>br</strong> />

• Classe 2 – Organização x Competências;<<strong>br</strong> />

• Classe 3 – <strong>Avaliação</strong>;<<strong>br</strong> />

• Classe 4 – Li<strong>de</strong>rança;<<strong>br</strong> />

• Classe 5 – Competência.<<strong>br</strong> />

110


Estas classes receberam títulos baseados nos conteúdos das UCEs para<<strong>br</strong> />

caracterizá-las, e cada classe possui um percentual <strong>de</strong> representação, conforme<<strong>br</strong> />

apresenta a Figura 25.<<strong>br</strong> />

Figura 25 - Classes I<strong>de</strong>ntificadas no Alceste©<<strong>br</strong> />

A classe 1 foi <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>da Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong>, <strong>por</strong> apresentar a percepção dos<<strong>br</strong> />

gestores quanto ao Mo<strong>de</strong>lo Conceitual <strong>de</strong> Referência. A classe 2 recebeu a<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> Organização versus <strong>com</strong>petências, pelo conteúdo relacio<strong>na</strong>do à<<strong>br</strong> />

caracterização da <strong>com</strong>petência em virtu<strong>de</strong> do ambiente em que a organização está<<strong>br</strong> />

inserida. A classe 3 foi <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>da Avaliações, pelo conteúdo relacio<strong>na</strong>do ao<<strong>br</strong> />

processo <strong>de</strong> avaliar pessoas apoiado em uma ferramenta estruturada. A classe 4<<strong>br</strong> />

traz elementos relacio<strong>na</strong>dos ao papel da li<strong>de</strong>rança no processo <strong>de</strong> avaliação. A<<strong>br</strong> />

classe 5 refere-se ao entendimento dos gestores quanto ao conceito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências.<<strong>br</strong> />

Competências<<strong>br</strong> />

26,82%<<strong>br</strong> />

Li<strong>de</strong>rança<<strong>br</strong> />

23,64%<<strong>br</strong> />

Classe 5 Classe 1<<strong>br</strong> />

Classe 4 Classe 3<<strong>br</strong> />

A análise fatorial <strong>de</strong> correspondência indica a influência das classes a<strong>na</strong>lisadas, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

forma que quanto mais distante do centro maior é a sua influência, conforme<<strong>br</strong> />

apresentada <strong>na</strong>s Figuras 26 e 27, a seguir.<<strong>br</strong> />

Avaliações<<strong>br</strong> />

11,82%<<strong>br</strong> />

Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong><<strong>br</strong> />

20,00%<<strong>br</strong> />

Classe 2<<strong>br</strong> />

Organização x<<strong>br</strong> />

Competências<<strong>br</strong> />

17,73%<<strong>br</strong> />

111


Figura 26 - Análise Fatorial <strong>de</strong> Correspondência Eixo 1e 2<<strong>br</strong> />

Fonte: Alceste©<<strong>br</strong> />

No eixo 1, que representa 33% da variância dos eixos a<strong>na</strong>lisados, tem-se a<<strong>br</strong> />

influência da classe 1 - Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> e 3 – <strong>Avaliação</strong> que mostra a correlação<<strong>br</strong> />

do processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> pessoas apoiado em uma ferramenta estruturada. No<<strong>br</strong> />

eixo 2, que correspon<strong>de</strong> a 25% da variância total, é predomi<strong>na</strong>nte a influência da<<strong>br</strong> />

classe 5 – Competência, que refere-se ao entendimento dos gestores quanto a este<<strong>br</strong> />

conceito. A influência <strong>de</strong>ssas classes, nesse eixo, está relacio<strong>na</strong>da a sua<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plementarida<strong>de</strong>, conforme apresentada <strong>na</strong> Figura 27 a seguir.<<strong>br</strong> />

112


Figura 27 - Análise Fatorial <strong>de</strong> Correspondência Eixo 3 e 4<<strong>br</strong> />

Fonte: Alceste©<<strong>br</strong> />

No eixo 3, que representa 24% da variância dos eixos a<strong>na</strong>lisados, é predomi<strong>na</strong>nte a<<strong>br</strong> />

influência da classe 5 – Competência, que está relacio<strong>na</strong>da ao entendimento dos<<strong>br</strong> />

gestores em relação ao conceito central <strong>de</strong>ste estudo. No eixo 4, que correspon<strong>de</strong> a<<strong>br</strong> />

18% da variância total, têm-se a influência das classes 4 - Li<strong>de</strong>rança e 2 –<<strong>br</strong> />

Organização x <strong>com</strong>petência. Estas duas classes estão relacio<strong>na</strong>das ao papel da<<strong>br</strong> />

li<strong>de</strong>rança <strong>na</strong> motivação <strong>de</strong> empregados novos e antigos.<<strong>br</strong> />

113


O Quadro 14 apresenta a seleção das palavras mais significativas i<strong>de</strong>ntificadas pelo<<strong>br</strong> />

software Alceste©. Estas palavras, transcritas das entrevistas, subsidiaram a<<strong>br</strong> />

elaboração das classes e subclasses representadas nos organogramas ao longo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sse capítulo. A fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> dos organogramas é mapear o conteúdo das classes<<strong>br</strong> />

para favorecer a análise <strong>de</strong> conteúdo das entrevistas.<<strong>br</strong> />

Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 Classe 5<<strong>br</strong> />

Sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong><<strong>br</strong> />

concord+<<strong>br</strong> />

enxerg+<<strong>br</strong> />

minimiz+<<strong>br</strong> />

profission+<<strong>br</strong> />

orient+<<strong>br</strong> />

clar+<<strong>br</strong> />

segu+<<strong>br</strong> />

posicion+<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvi+<<strong>br</strong> />

prioriz+<<strong>br</strong> />

matriz+<<strong>br</strong> />

mostr+<<strong>br</strong> />

necessida<strong>de</strong>+<<strong>br</strong> />

torn+<<strong>br</strong> />

estabelec+<<strong>br</strong> />

gap+<<strong>br</strong> />

val+<<strong>br</strong> />

Organização x<<strong>br</strong> />

Competências<<strong>br</strong> />

exist+<<strong>br</strong> />

tecnolog+<<strong>br</strong> />

fundamental<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>+<<strong>br</strong> />

critério+<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>+<<strong>br</strong> />

alta+<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>lo+<<strong>br</strong> />

im<strong>por</strong>tância<<strong>br</strong> />

interess+<<strong>br</strong> />

organiz+<<strong>br</strong> />

área<<strong>br</strong> />

pontu+<<strong>br</strong> />

quest+<<strong>br</strong> />

entend+<<strong>br</strong> />

empresa+<<strong>br</strong> />

<strong>Avaliação</strong> Li<strong>de</strong>rança Competência<<strong>br</strong> />

dificulda<strong>de</strong>+<<strong>br</strong> />

aceit+<<strong>br</strong> />

avaliações<<strong>br</strong> />

trat+<<strong>br</strong> />

a<strong>de</strong>qu+<<strong>br</strong> />

subjetivida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>par+<<strong>br</strong> />

implement+<<strong>br</strong> />

implant+<<strong>br</strong> />

benefício+<<strong>br</strong> />

motiv+<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>+<<strong>br</strong> />

equipamento+<<strong>br</strong> />

problema+<<strong>br</strong> />

falt+<<strong>br</strong> />

fac+<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>+<<strong>br</strong> />

gente+<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência+<<strong>br</strong> />

tecn+<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>+<<strong>br</strong> />

técnica+<<strong>br</strong> />

conheci+<<strong>br</strong> />

atitu+<<strong>br</strong> />

capacida<strong>de</strong>+<<strong>br</strong> />

medir<<strong>br</strong> />

supervisor+<<strong>br</strong> />

atitu<strong>de</strong>+<<strong>br</strong> />

gestores<<strong>br</strong> />

gerenci+<<strong>br</strong> />

resultado<<strong>br</strong> />

avali+<<strong>br</strong> />

adquir+<<strong>br</strong> />

li<strong>de</strong>rança+<<strong>br</strong> />

human+<<strong>br</strong> />

20,00% 17,73% 11,82% 23,64% 26,82%<<strong>br</strong> />

Quadro 14 - Palavras Significativas para a I<strong>de</strong>ntificação das Classes<<strong>br</strong> />

Após a i<strong>de</strong>ntificação das classes orientadas pelas palavras mais significativas, foi<<strong>br</strong> />

possível elaborar subclasses, isto <strong>por</strong>que estas apresentam fatores relevantes para<<strong>br</strong> />

a discussão e análise dos conteúdos das entrevistas.<<strong>br</strong> />

A Figura 28 apresenta a estrutura das classes e subclasses <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> um<<strong>br</strong> />

organograma que permite obter uma visão macro dos conteúdos das entrevistas. Em<<strong>br</strong> />

seguida é apresentada a análise <strong>de</strong> cada classe indicada pelo tratamento<<strong>br</strong> />

informático.<<strong>br</strong> />

114


Figura 28 - Estrutura das Classes e Subclasses<<strong>br</strong> />

Classe 1 – Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong><<strong>br</strong> />

Esta classe é <strong>com</strong>posta <strong>por</strong> 94 UCEs ou 20% do total das UCEs i<strong>de</strong>ntificadas, e traz<<strong>br</strong> />

elementos referentes à percepção dos gestores quanto ao Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Pessoas <strong>por</strong> Competências, i<strong>de</strong>ntificado <strong>na</strong> literatura, apresentado no momento da<<strong>br</strong> />

pesquisa <strong>de</strong> campo. Aparece nesta classe a manifestação dos gestores quanto à<<strong>br</strong> />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>preensão e aplicação do Sistema em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua clareza, e,<<strong>br</strong> />

também, que este se configura em uma ferramenta <strong>de</strong> apoio para o gestor no<<strong>br</strong> />

115


processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sua equipe. Desta forma, a Classe 1 é <strong>com</strong>posta<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> duas subclasses <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>das Clareza e Desenvolvimento Profissio<strong>na</strong>l,<<strong>br</strong> />

conforme mostra a Figura 29.<<strong>br</strong> />

Figura 29 - Estrutura da Classe 1<<strong>br</strong> />

A subclasse Clareza <strong>de</strong>staca a forma conceitual em que o sistema foi estruturado, o<<strong>br</strong> />

que pro<strong>por</strong>cio<strong>na</strong> uma fácil <strong>com</strong>preensão e aplicação, e <strong>de</strong>sta assim, as pessoas<<strong>br</strong> />

conseguem se enxergar <strong>na</strong> trajetória da carreira e saber, <strong>com</strong> clareza, o que a<<strong>br</strong> />

empresa espera <strong>de</strong>las em termos <strong>de</strong> requisito <strong>de</strong> acesso, atribuições e<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s. A subclasse Desenvolvimento Profissio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>staca a facilida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> que o Sistema propicia ao gestor no processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação das<<strong>br</strong> />

116


necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l. A seguir são apresentados<<strong>br</strong> />

alguns exemplos extraídos das entrevistas.<<strong>br</strong> />

“[...] da mesma forma que eu posso enxergar a minha carreira, a minha vida<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l, qualquer pessoa, subordi<strong>na</strong>da a mim ou não, tendo um sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

gestão <strong>com</strong>o esse, consegue enxergar sua carreira profissio<strong>na</strong>l <strong>com</strong>o um todo.” (A)<<strong>br</strong> />

“Esse sistema possibilita enxergar o que se espera <strong>de</strong>les (profissio<strong>na</strong>is). [...] ele<<strong>br</strong> />

enxerga também quais são as necessida<strong>de</strong>s em termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, e o<<strong>br</strong> />

que se espera em termos <strong>de</strong> respostas <strong>na</strong>s atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s. “ (O)<<strong>br</strong> />

“Você consegue, fazendo a avaliação, <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>r se o empregado precisa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento, e em que área ele precisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e investir nisto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

maneira mais clara. Hoje, numa empresa <strong>com</strong>o a nossa, os trei<strong>na</strong>mentos são <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong>s.“ (E)<<strong>br</strong> />

“Esse sistema facilita muito a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das<<strong>br</strong> />

pessoas. O sistema mostra sim as diferenças, se partirmos da premissa que quanto<<strong>br</strong> />

mais <strong>com</strong>plexa (<strong>de</strong>senvolvidas) maior é a agregação <strong>de</strong> valor das pessoas.” (M)<<strong>br</strong> />

Nota-se, <strong>na</strong> Classe 1, que <strong>com</strong> uma peque<strong>na</strong> expla<strong>na</strong>ção <strong>por</strong> parte da autora <strong>de</strong>sta<<strong>br</strong> />

pesquisa os gestores enten<strong>de</strong>ram a conceituação do Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas<<strong>br</strong> />

apresentado. Destacaram que o sistema é simples, <strong>por</strong>que a pessoa se enxerga<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong>quele contexto, consegue i<strong>de</strong>ntificar em que nível da trajetória profissio<strong>na</strong>l se<<strong>br</strong> />

encontra e o que fazer para ascen<strong>de</strong>r. A matriz <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>spertou interesse <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

permitir a visualização da avaliação <strong>de</strong> maneira objetiva e clara. Dado o fato <strong>de</strong> que<<strong>br</strong> />

a maioria dos entrevistados é <strong>de</strong> formação <strong>na</strong> área <strong>de</strong> exatas, é possível inferir que a<<strong>br</strong> />

representação gráfica facilita seu entendimento, daí a “aprovação” da metodologia.<<strong>br</strong> />

117


Alguns gestores <strong>de</strong>stacaram que as bases conceituais do sistema são interessantes,<<strong>br</strong> />

mas a sua mo<strong>de</strong>lagem, principalmente a elaboração da matriz <strong>de</strong> análise, foi<<strong>br</strong> />

apontada <strong>com</strong>o algo <strong>com</strong>plexo. No entanto, o envolvimento das pessoas <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>finição dos parâmetros do sistema foi bastante valorizado.<<strong>br</strong> />

Classe 2 – Organização x Competências<<strong>br</strong> />

Esta classe é <strong>com</strong>posta <strong>por</strong> 71 UCEs ou 17,73% do total das UCEs i<strong>de</strong>ntificadas, e é<<strong>br</strong> />

formada pelas subclasses Ambiente e Complexida<strong>de</strong>. A primeira refere-se ao<<strong>br</strong> />

contexto da organização pesquisada e a segunda refere-se ao nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> dos processos ou ativida<strong>de</strong>s que as pessoas executam. A Figura 30<<strong>br</strong> />

mostra a estrutura <strong>de</strong>sta classe.<<strong>br</strong> />

Figura 30 - Estrutura da Classe 2<<strong>br</strong> />

118


A subclasse Ambiente traz elementos relacio<strong>na</strong>dos à empresa pesquisada que está<<strong>br</strong> />

inserida em um ambiente <strong>com</strong> aplicação <strong>de</strong> alta tecnologia, possui empregados<<strong>br</strong> />

altamente qualificados e procedimentos para a execução das ativida<strong>de</strong>s. Na<<strong>br</strong> />

percepção dos gestores, empregados qualificados e a existência <strong>na</strong> organização <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

procedimentos são fatores que facilitam o processo <strong>de</strong> avaliação. No entanto, foi<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>stacada a preocupação <strong>de</strong> não se per<strong>de</strong>r a interação entre o avaliador e o<<strong>br</strong> />

avaliado, uma vez que os requisitos técnicos po<strong>de</strong>m ser <strong>com</strong>provados facilmente <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

meio <strong>de</strong> documentos e testes, <strong>por</strong>ém, as atribuições e responsabilida<strong>de</strong> exigem<<strong>br</strong> />

explicações claras <strong>por</strong> parte do avaliador para que o sistema não perca a<<strong>br</strong> />

credibilida<strong>de</strong>. A seguir são apresentados alguns exemplos extraídos das entrevistas.<<strong>br</strong> />

119<<strong>br</strong> />

Como facilitador <strong>na</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Competência, numa empresa <strong>com</strong>o a<<strong>br</strong> />

nossa, é a própria qualida<strong>de</strong> dos empregados. São empregados, <strong>na</strong> sua<<strong>br</strong> />

gran<strong>de</strong> maioria, <strong>de</strong> alto nível intelectual, <strong>com</strong> uma boa formação, então fica<<strong>br</strong> />

um pouco mais fácil <strong>de</strong> você fazer a avaliação. Outra questão é que uma<<strong>br</strong> />

empresa <strong>com</strong>o a nossa tem todo um procedimento, então ter procedimentos<<strong>br</strong> />

escritos, facilita a avaliação. (E)<<strong>br</strong> />

Conhecimento escolar, currículo, você consegue fazer e provar <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

documentação, mas tem um outro lado que são as atribuições e<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s, ali tem que ter algum jeito das pessoas quanto for<<strong>br</strong> />

pontuar, pontuar <strong>com</strong> exemplos claros que realmente <strong>de</strong>limite aquela<<strong>br</strong> />

posição da pessoa. Se a pessoa avaliar e não conseguir ter muito<<strong>br</strong> />

argumento, não conseguir ter muita transparência <strong>na</strong>quele processo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

avaliação a pessoa já vai se sentir prejudicada e ela enten<strong>de</strong> que não esta<<strong>br</strong> />

tendo uma clareza no processo. E ai elas tentam bloquear esta questão. (D)<<strong>br</strong> />

A subclasse Complexida<strong>de</strong> refere-se ao fato <strong>de</strong> existir, <strong>na</strong> mesma organização,<<strong>br</strong> />

diferentes níveis <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> entre as áreas e os diferentes níveis <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento dos profissio<strong>na</strong>is que atuam <strong>na</strong> mesma função. Um sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências estruturado, <strong>com</strong>o o Mo<strong>de</strong>lo Conceitual <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Referência, permite a empresa avaliar <strong>de</strong> forma mais justa seus profissio<strong>na</strong>is, em<<strong>br</strong> />

função da <strong>de</strong>finição dos requisitos <strong>de</strong> acesso, atribuições e responsabilida<strong>de</strong>.


“O operador que está no painel <strong>de</strong> <strong>com</strong>ando tem um nível <strong>de</strong> exigência muito maior<<strong>br</strong> />

que o operador que está <strong>na</strong> área executando ativida<strong>de</strong>s <strong>com</strong>plementares a do<<strong>br</strong> />

painel. Ambos são operadores, então entendo que para se ter uma avaliação justa,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>verão ser avaliados <strong>por</strong> parâmetros diferentes.” (D)<<strong>br</strong> />

Classe 3 – Avaliações<<strong>br</strong> />

A classe 3 é <strong>com</strong>posta <strong>por</strong> 60 UCEs ou 11,82 total das UCEs i<strong>de</strong>ntificadas, refere-se<<strong>br</strong> />

à percepção dos gestores quanto aos pontos fortes e pontos fracos da utilização do<<strong>br</strong> />

Mo<strong>de</strong>lo Conceitual <strong>de</strong> Referência no processo <strong>de</strong> avaliação <strong>com</strong>petências. A classe<<strong>br</strong> />

Avaliações possui 03 subclasses <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>das Sistema, Subjetivida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

Implementação. A subclasse Sistema está associada a conseqüências <strong>de</strong>correntes<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> realizar as avaliações apoiando-se <strong>na</strong> metodologia proposta neste estudo. A<<strong>br</strong> />

segunda subclasse indica a diminuição da subjetivida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> avaliar<<strong>br</strong> />

pessoas em <strong>de</strong>corrência da <strong>de</strong>finição prévia <strong>de</strong> critérios - <strong>de</strong> forma clara - e a<<strong>br</strong> />

Implementação refere-se às facilida<strong>de</strong>s e dificulda<strong>de</strong>s para implementar o Sistema<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas Integrado e Estratégico.<<strong>br</strong> />

Os resultados obtidos <strong>na</strong> subclasse Sistema apontam para o entendimento dos<<strong>br</strong> />

gestores <strong>de</strong> que realizar a avaliação <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, <strong>com</strong> o apoio <strong>de</strong> ferramenta<<strong>br</strong> />

estruturada, <strong>com</strong>o a apresentada pela autora <strong>de</strong>ste estudo, traz mais justiça ao<<strong>br</strong> />

processo e, ainda, dá subsídios para o avaliador argumentar <strong>com</strong> o avaliado os<<strong>br</strong> />

resultados da avaliação, bem <strong>com</strong>o realizar feedback.<<strong>br</strong> />

A próxima subclasse refere-se à minimização da subjetivida<strong>de</strong> ao realizar a<<strong>br</strong> />

avaliação tomando <strong>com</strong>o referência as bases conceituais propostas. Foi <strong>de</strong>stacada a<<strong>br</strong> />

preocupação <strong>com</strong> os exageros <strong>na</strong> diminuição da subjetivida<strong>de</strong> <strong>por</strong> se tratar <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

120


avaliação <strong>de</strong> pessoas. Posto <strong>de</strong> outra forma, a ferramenta não <strong>de</strong>ve substituir a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>unicação interpessoal. A Figura 31 apresenta a estrutura <strong>de</strong>sta classe.<<strong>br</strong> />

Figura 31 - Estrutura da Classe 3<<strong>br</strong> />

Os relatos das entrevistas apontam que a utilização do sistema permite ter<<strong>br</strong> />

avaliações claras e transparentes para todos os empregados. A terceira subclasse<<strong>br</strong> />

apresenta os aspectos que facilitam ou dificultam a Implementação do Sistema<<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas proposto. Um dos aspectos apontado, que dificulta a<<strong>br</strong> />

implementação do sistema, é a fase da mo<strong>de</strong>lagem, pois exige <strong>de</strong>dicação e<<strong>br</strong> />

participação <strong>de</strong> pessoas. Os gestores pesquisados reconhecem a necessida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

envolvimento dos empregados, <strong>por</strong>ém questio<strong>na</strong>m a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes para se<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>dicarem à fase <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem, <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>manda diária <strong>de</strong> trabalho. No entanto,<<strong>br</strong> />

apontam a necessida<strong>de</strong> do sistema ter a base conceitual bem estruturada para ter<<strong>br</strong> />

um funcio<strong>na</strong>mento efetivo. Portanto, mo<strong>de</strong>lagem não se configura um ponto fraco do<<strong>br</strong> />

121


sistema, mas um ponto que requer atenção. Outro aspecto apontado no processo da<<strong>br</strong> />

implantação é a resistência das pessoas em aceitar uma nova forma <strong>de</strong> avaliação. A<<strong>br</strong> />

seguir são apresentados trechos extraídos das entrevistas.<<strong>br</strong> />

122<<strong>br</strong> />

[...] sistema minimiza a subjetivida<strong>de</strong> da avaliação, eu acho que ele traz<<strong>br</strong> />

mais justiça, até o fato <strong>de</strong> minimizar a subjetivida<strong>de</strong> traz mais justiça <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

avaliação. Você não <strong>com</strong>para empregados <strong>com</strong> um ano <strong>de</strong> casa <strong>com</strong> o <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

vinte anos. O processo que nós tínhamos, <strong>com</strong>parava a pessoa <strong>de</strong> um ano<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> a <strong>de</strong> vinte anos e esse apresentado não, você vai <strong>com</strong>parar<<strong>br</strong> />

empregado <strong>de</strong> um ano <strong>com</strong> empregado <strong>de</strong> um ano e empregado <strong>de</strong> vinte<<strong>br</strong> />

anos <strong>com</strong> empregados <strong>de</strong> vinte anos. (M)<<strong>br</strong> />

[...] acho que talvez o mais im<strong>por</strong>tante é a dificulda<strong>de</strong> que a gente tem para<<strong>br</strong> />

dar feedbacks que não são <strong>de</strong> reforço, que não são positivos. Dar aqueles<<strong>br</strong> />

feedbacks que são chamados <strong>de</strong> reorientação. Com esse sistema fica mais<<strong>br</strong> />

fácil, você consegue ancorar a argumentação, consegue mostrar <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

clareza os pontos sejam fracos ou fortes. (L)<<strong>br</strong> />

Tirar a subjetivida<strong>de</strong> das avaliações, ter isso <strong>de</strong> maneira clara, transparente<<strong>br</strong> />

para todos os empregados é um ponto forte. Para fazer a mo<strong>de</strong>lagem tem<<strong>br</strong> />

um trabalho muito gran<strong>de</strong> ali, é algo que tem que ser feito envolvendo as<<strong>br</strong> />

pessoas. Não vou dizer que é um ponto fraco, mas é uma seqüência <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

trabalho a ser feito, necessita <strong>de</strong>dicação. (E)<<strong>br</strong> />

Agora, uma dificulda<strong>de</strong> que nós teríamos <strong>na</strong> implantação <strong>de</strong> um sistema<<strong>br</strong> />

diferente daquilo que a gente já tem, mesmo sendo melhor, é a resistência<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong>tural das pessoas àquilo que é novo. Um novo sistema é mais difícil <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ser aceito pelo simples fato <strong>de</strong> ser novo, tem todo um período <strong>de</strong> maturação<<strong>br</strong> />

para a gente absorver as coisas novas, principalmente se for um sistema<<strong>br</strong> />

que não ratifique, que não confirme as avaliações anteriores que foram<<strong>br</strong> />

feitas. (C)<<strong>br</strong> />

O sucesso da implementação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> se a base do sistema estiver bem<<strong>br</strong> />

mapeada, bem sólida, bem sustentada. Tem que estar bem consolidada<<strong>br</strong> />

para você po<strong>de</strong>r trabalhar todo o sistema. Outra coisa é a questão cultural<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ntro da empresa, <strong>por</strong>que acho que é bastante trabalhoso você mudar a<<strong>br</strong> />

cultura organizacio<strong>na</strong>l, você fazer que as pessoas realmente aceitem essa<<strong>br</strong> />

nova forma <strong>de</strong> trabalhar o <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l. Não que seja<<strong>br</strong> />

impedimento, mas e uma dificulda<strong>de</strong>, <strong>por</strong>que se você não mudar o conceito<<strong>br</strong> />

das pessoas, você não consegue implantar o sistema. (I)<<strong>br</strong> />

Ao a<strong>na</strong>lisar a Classe 3 nota-se que os gestores entrevistados apontam o Sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas apresentado <strong>com</strong>o uma boa ferramenta <strong>de</strong> apoio à avaliação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências. Contudo, ressaltam que a fase crítica para se obter eficácia da<<strong>br</strong> />

ferramenta é a mo<strong>de</strong>lagem. Para implementá-lo po<strong>de</strong>m-se antever dificulda<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

relacio<strong>na</strong>das à <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> tempo necessária à mo<strong>de</strong>lagem do Sistema e ao<<strong>br</strong> />

conflito <strong>com</strong> as ativida<strong>de</strong>s do dia-a-dia.


Classe 4 – Li<strong>de</strong>rança<<strong>br</strong> />

A classe 4 é <strong>com</strong>posta <strong>por</strong> 89 UCEs, ou 23,64 total das UCEs i<strong>de</strong>ntificadas, traz<<strong>br</strong> />

elementos relacio<strong>na</strong>dos ao papel da li<strong>de</strong>rança <strong>na</strong>s avaliações <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências e <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

condução das equipes para obter melhores resultados. Esta classe possui duas<<strong>br</strong> />

subclasses: Motivação e Tempo <strong>de</strong> Experiência. A subclasse Motivação refere-se ao<<strong>br</strong> />

papel da li<strong>de</strong>rança em criar condições para que a equipe se motive a se <strong>de</strong>senvolva.<<strong>br</strong> />

A primeira subclasse re<strong>por</strong>ta-se às diferenças <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong> entre empregados novos e<<strong>br</strong> />

antigos <strong>na</strong> organização e a segunda subclasse refere-se à forma <strong>de</strong> os gestores<<strong>br</strong> />

buscarem sinergia entre as pessoas <strong>com</strong> tempo e experiências distintas. A Figura 32<<strong>br</strong> />

mostra a estrutura da classe Li<strong>de</strong>rança.<<strong>br</strong> />

Figura 32 - Estrutura da Classe 4<<strong>br</strong> />

Durante as entrevistas os gestores <strong>de</strong>stacaram que em ambientes <strong>com</strong> aplicação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alta tecnologia, em que os empregados possuem padrões elevados <strong>de</strong> qualificação<<strong>br</strong> />

123


e conhecimento técnico, a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>ve buscar a motivação da equipe, visto que<<strong>br</strong> />

um clima <strong>de</strong> pressão não favorece a consecução <strong>de</strong> bons resultados. A aplicação do<<strong>br</strong> />

conhecimento é fundamental neste tipo <strong>de</strong> ambiente. Assim, a li<strong>de</strong>rança necessita<<strong>br</strong> />

equacio<strong>na</strong>r a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empregados novos e antigos.<<strong>br</strong> />

Os empregados novos chegam <strong>com</strong> excelente formação, mas sem experiência, o<<strong>br</strong> />

que exige da li<strong>de</strong>rança incentivá-los a buscar conhecimento e habilida<strong>de</strong> específicos<<strong>br</strong> />

da organização. Os empregados antigos, <strong>de</strong>vido ao tempo <strong>de</strong> experiência,<<strong>br</strong> />

conhecem e vivenciaram muitos dos eventos que <strong>com</strong>põem o histórico dos<<strong>br</strong> />

equipamentos e da Unida<strong>de</strong>. A li<strong>de</strong>rança busca neles a atitu<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada.<<strong>br</strong> />

Desta forma, os entrevistados apontaram o Sistema <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> Pessoas proposto<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o a<strong>de</strong>quado, uma vez que avaliam empregados <strong>com</strong> tempo <strong>de</strong> experiências<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>patíveis. Também, foi <strong>de</strong>stacado que esta metodologia é mais eficaz do que<<strong>br</strong> />

vincular o <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l ape<strong>na</strong>s <strong>com</strong> aspectos salariais, pois<<strong>br</strong> />

favorece a busca pelo aprimoramento contínuo, imprescindível em ambientes <strong>de</strong> alta<<strong>br</strong> />

tecnologia. A seguir são apresentados trechos que foram extraídos das entrevistas.<<strong>br</strong> />

124<<strong>br</strong> />

O que fazem as pessoas para motivarem o <strong>de</strong>senvolvimento? Na realida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

ela sempre atrela o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>com</strong> um bônus no fi<strong>na</strong>l, este bônus<<strong>br</strong> />

po<strong>de</strong> ser uma promoção ou um aumento <strong>por</strong> mérito. Porque <strong>na</strong> realida<strong>de</strong>, o<<strong>br</strong> />

que as pessoas esperam sempre, é um bônus lá no fi<strong>na</strong>l. Mas acho<<strong>br</strong> />

interessante o mo<strong>de</strong>lo que você propõe, é mais constante e acho que é<<strong>br</strong> />

mais efetivo a longo prazo. (A)<<strong>br</strong> />

Quando um evento não acontece no prazo previsto, <strong>por</strong> exemplo, a maioria<<strong>br</strong> />

das vezes, a causa está relacio<strong>na</strong>da <strong>com</strong> questões <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>, em se<<strong>br</strong> />

tratando <strong>de</strong> antigos empregados, não é falta <strong>de</strong> conhecimento, não é<<strong>br</strong> />

questão <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>. Agora para os novos falta experiência, as pessoas<<strong>br</strong> />

que tem o contato <strong>com</strong> uma tecnologia, <strong>por</strong> exemplo, um alinhador a laser,<<strong>br</strong> />

que não é uma tecnologia muito sofisticada, mas precisa <strong>de</strong> refi<strong>na</strong>mento<<strong>br</strong> />

que é a experiência <strong>de</strong> lidar <strong>com</strong> os equipamentos, falta um pouco mais <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>, necessitam um pouco <strong>de</strong> vivência. Ao a<strong>na</strong>lisar <strong>por</strong>que não<<strong>br</strong> />

aconteceu um evento que estava <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do, remontamos à causa e<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificamos que o problema foi exatamente ou <strong>com</strong><strong>por</strong>tamental, dos<<strong>br</strong> />

antigos, ou conhecimento para os novos. (N)<<strong>br</strong> />

Nota-se, nessa classe, a preocupação <strong>por</strong> parte da li<strong>de</strong>rança em utilizar uma<<strong>br</strong> />

ferramenta a<strong>de</strong>quada no processo <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> pessoas, visto que o seu<<strong>br</strong> />

resultado impacta diretamente <strong>na</strong> motivação e no <strong>de</strong>sempenho das pessoas, e,


conseqüentemente, no clima organizacio<strong>na</strong>l. Este aspecto é particularmente<<strong>br</strong> />

im<strong>por</strong>tante em empresas <strong>de</strong> alto conteúdo tecnológico que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m so<strong>br</strong>emaneira<<strong>br</strong> />

das <strong>com</strong>petências <strong>de</strong> seus empregados.<<strong>br</strong> />

Classe 5 – Competência<<strong>br</strong> />

Composta <strong>por</strong> 71 UCEs, ou 26,82 total das UCEs i<strong>de</strong>ntificadas, a Classe 5 apresenta<<strong>br</strong> />

elementos referentes ao entendimento dos gestores quanto ao conceito <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências. Esta classe foi dividida em 3 subclasses: Técnicas, Gerenciais e<<strong>br</strong> />

Resultados, conforme apresenta a Figura 33.<<strong>br</strong> />

COMPETÊNCIA<<strong>br</strong> />

Técnicas Gerenciais Resultados<<strong>br</strong> />

Conhecimento para<<strong>br</strong> />

realizar tarefa;<<strong>br</strong> />

Capacida<strong>de</strong> e<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong> em<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolver<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da ativida<strong>de</strong>;<<strong>br</strong> />

Atuação individual;<<strong>br</strong> />

Fácil avaliar.<<strong>br</strong> />

Figura 33 - Estrutura da Classe 5<<strong>br</strong> />

Somatório <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong><strong>por</strong>tamentos, atos<<strong>br</strong> />

e ações;<<strong>br</strong> />

Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aliar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

técnicas e habilida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

huma<strong>na</strong>s;<<strong>br</strong> />

Difícil avaliar.<<strong>br</strong> />

Metas negociadas;<<strong>br</strong> />

Qualida<strong>de</strong> obtida<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o trabalho.<<strong>br</strong> />

A primeira subclasse refere-se às <strong>com</strong>petências técnicas, que correspon<strong>de</strong>m aos<<strong>br</strong> />

conhecimentos necessários para realizar <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da tarefa ou habilida<strong>de</strong>s para<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s específicas. O conhecimento refere-se à informação, à<<strong>br</strong> />

formação acadêmica, cursos, seminários, congressos e também ao conhecimento<<strong>br</strong> />

adquirido pela prática profissio<strong>na</strong>l. As habilida<strong>de</strong>s referem-se às características<<strong>br</strong> />

pessoais inter<strong>na</strong>s que facilitam a cada um exercer <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>da ativida<strong>de</strong>. Os<<strong>br</strong> />

125


gestores enten<strong>de</strong>m que as Competências Técnicas têm caráter individual e são<<strong>br</strong> />

fáceis <strong>de</strong> avaliar, <strong>por</strong> envolver menor nível <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

A segunda subclasse refere-se à Competência Gerencial que está diretamente<<strong>br</strong> />

relacio<strong>na</strong>da à atitu<strong>de</strong>, que é a postura, modo <strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r ou agir, o <strong>com</strong><strong>por</strong>tamento<<strong>br</strong> />

e também à reação ou maneira <strong>de</strong> ser em relação a <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das pessoas, objetos<<strong>br</strong> />

ou situações. A <strong>com</strong>petência gerencial aumenta quando o gestor concilia sua<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência técnica <strong>com</strong> suas habilida<strong>de</strong>s interpessoais. As <strong>com</strong>petências<<strong>br</strong> />

gerenciais são difíceis <strong>de</strong> avaliar <strong>por</strong> envolverem elevado nível <strong>de</strong> subjetivida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

A terceira classe refere-se aos Resultados produzidos pelos empregados ao<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenhar suas ativida<strong>de</strong>s. Esses são medidos <strong>por</strong> meio da consecução <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

metas, previamente negociadas e alinhadas <strong>com</strong> o planejamento estratégico da<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>panhia, e da qualida<strong>de</strong> dos trabalhos <strong>de</strong>senvolvidos. A seguir são apresentados<<strong>br</strong> />

trechos das entrevistas que remetem ao tema.<<strong>br</strong> />

126<<strong>br</strong> />

Competência é a capacida<strong>de</strong> das pessoas <strong>de</strong> produzirem resultados <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

utilização do menor volume <strong>de</strong> recursos, a partir da utilização dos<<strong>br</strong> />

conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s – CHA.. (G)<<strong>br</strong> />

Competência Gerencial é a capacida<strong>de</strong> que um gestor <strong>de</strong>ve ter em aliar<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência técnica e habilida<strong>de</strong> huma<strong>na</strong> <strong>de</strong> modo a obter o resultado<<strong>br</strong> />

empresarial. [...] A avaliação <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências gerenciais tem mais<<strong>br</strong> />

subjetivida<strong>de</strong>, embora você tenha alguma subjetivida<strong>de</strong> também <strong>na</strong>s<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências técnica, poucas, mas tem. (B)<<strong>br</strong> />

Quando eu vou avaliar uma <strong>com</strong>petência técnica, o conhecimento técnico, a<<strong>br</strong> />

produção técnica <strong>de</strong> uma pessoa é mais fácil, <strong>por</strong>que é mais objetiva [...].<<strong>br</strong> />

Competências técnicas são fatos concretos, <strong>por</strong> exemplo, fazer um projeto<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um prazo, que entre em operação e funcione<<strong>br</strong> />

corretamente. [...] é muito mais fácil ou muito menos difícil avaliar<<strong>br</strong> />

conhecimento técnico do que habilida<strong>de</strong> huma<strong>na</strong> e gerencial. (M).<<strong>br</strong> />

[...] entendo que avaliar a <strong>com</strong>petência <strong>de</strong> um executante [...] alguém que<<strong>br</strong> />

trabalhe mais voltado a questões técnicas, é mais simples do que avaliar a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência <strong>de</strong> gestores. A <strong>com</strong>petência técnica é possível avaliar numa<<strong>br</strong> />

mesa, aplicando uma prova ou um pequeno questionário. Agora, a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência <strong>de</strong> um gestor, não é possível avaliar numa conversa. Tem que<<strong>br</strong> />

ser bem mais <strong>com</strong>plexa e ao longo do tempo. (L).


Ao a<strong>na</strong>lisar a classe 05 observa-se que os gestores entrevistados enten<strong>de</strong>m o<<strong>br</strong> />

conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências <strong>com</strong> enfoque no mo<strong>de</strong>lo americano (MCCLELLAND,<<strong>br</strong> />

1973), em que <strong>com</strong>petência é entendida <strong>com</strong>o um conjunto <strong>de</strong> conhecimentos,<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s – CHA.<<strong>br</strong> />

Os gestores, em seu discurso, separam espontaneamente as <strong>com</strong>petências em<<strong>br</strong> />

duas modalida<strong>de</strong>s: técnicas e gerenciais. A segunda modalida<strong>de</strong> implica conjugar<<strong>br</strong> />

conhecimentos técnicos <strong>com</strong> as habilida<strong>de</strong>s interpessoais. Po<strong>de</strong>-se inferir que a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência técnica, necessária ao cargo <strong>de</strong> gestores, é <strong>de</strong>corrência do ambiente<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> alta tecnologia, no qual a <strong>com</strong>petência técnica é fundamental. Outro dado que<<strong>br</strong> />

chama a atenção, e que corrobora <strong>com</strong> essa inferência, é o fato <strong>de</strong> que 12 dos 15<<strong>br</strong> />

gestores entrevistados têm formação <strong>na</strong> área <strong>de</strong> exatas.<<strong>br</strong> />

Neste capítulo foram apresentados os resultados da pesquisa <strong>de</strong> campos <strong>com</strong> as<<strong>br</strong> />

respectivas análises. Iniciou-se <strong>com</strong> a <strong>de</strong>scrição do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências praticado <strong>na</strong> empresa pesquisada, e, em seguida, os dados foram<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scritos e a<strong>na</strong>lisados sob os enfoques quantitativo e qualitativo. No primeiro<<strong>br</strong> />

momento, a análise foi pautada <strong>na</strong> consolidação dos dados das questões<<strong>br</strong> />

respondidas <strong>de</strong> acordo <strong>com</strong> a escala Likert. Na seqüência, foi realizada a análise <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

conteúdo, que teve início <strong>com</strong> a classificação hierárquica <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte das classes<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificadas <strong>por</strong> intermédio do Software Alceste©.<<strong>br</strong> />

A análise dos dados permitiu verificar o entendimento dos gestores quanto ao<<strong>br</strong> />

conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, bem <strong>com</strong>o investigar a sua percepção quanto à<<strong>br</strong> />

aplicabilida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência adotado em ambiente <strong>de</strong> alta tecnologia.<<strong>br</strong> />

No próximo capítulo é apresentada a discussão <strong>de</strong>ste estudo.<<strong>br</strong> />

127


6 DISCUSSÃO<<strong>br</strong> />

Este capítulo estabelece um paralelo entre a revisão <strong>de</strong> literatura relativa ao tema e<<strong>br</strong> />

a prática organizacio<strong>na</strong>l observada, a fim <strong>de</strong> constituir uma síntese contributiva ao<<strong>br</strong> />

meio acadêmico e empresarial.<<strong>br</strong> />

Buscou-se primeiramente i<strong>de</strong>ntificar <strong>com</strong>o os gestores entrevistados interpretam o<<strong>br</strong> />

conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência, consi<strong>de</strong>rando que há inúmeras <strong>de</strong>finições e correntes<<strong>br</strong> />

teóricas <strong>na</strong> literatura. Para eles, as <strong>com</strong>petências se divi<strong>de</strong>m em três categorias:<<strong>br</strong> />

técnicas, gerenciais e nos resultados alcançados. Dessa forma, é um agrupamento<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s que afeta o <strong>de</strong>sempenho no trabalho. O<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho po<strong>de</strong> ser medido <strong>com</strong> base em metas, previamente negociadas,<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sdo<strong>br</strong>adas do plano estratégico da organização, e, po<strong>de</strong> ser aprimorado <strong>por</strong> meio<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento e <strong>de</strong>senvolvimento. Assim, o conceito traduzido expressa a <strong>de</strong>finição<<strong>br</strong> />

da corrente norte america<strong>na</strong> <strong>de</strong>fendida <strong>por</strong> David McClelland (1973), Boyatzis (1982)<<strong>br</strong> />

e Spencer (1993), Parry (1996), sendo o enfoque o repertório <strong>de</strong> qualificações<<strong>br</strong> />

necessário para que as pessoas possam <strong>de</strong>sempenhar uma função.<<strong>br</strong> />

Para Dutra (2004) <strong>de</strong>finir <strong>com</strong>petência <strong>com</strong>o um conjunto <strong>de</strong> conhecimentos,<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s é pouco instrumental, uma vez que somente ter esse conjunto<<strong>br</strong> />

não assegura que a pessoa irá “entregar” para a organização o que lhe é<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>mandado.<<strong>br</strong> />

Apesar <strong>de</strong> haver o elemento meta para mensurar a contribuição das pessoas, <strong>na</strong>s<<strong>br</strong> />

entrevistas não se observou correlação <strong>com</strong> o conceito <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> valor,<<strong>br</strong> />

apresentado <strong>por</strong> Dutra (2004). Agregação <strong>de</strong> valor po<strong>de</strong> ser traduzida <strong>por</strong> algo que a<<strong>br</strong> />

pessoa entrega <strong>de</strong> forma efetiva, ou seja, que fica incor<strong>por</strong>ado ao acervo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

128


conhecimentos da organização mesmo quando a pessoas se <strong>de</strong>sligar. Isso significa,<<strong>br</strong> />

<strong>por</strong> exemplo, melhorar processos e inserir novas tecnologias. O cumprimento <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

meta <strong>de</strong> faturamento ou produção não traduz a agregação <strong>de</strong> valor, neste sentido.<<strong>br</strong> />

Os autores Le Bortef e Zarifian <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que a <strong>com</strong>petência é efetiva quando há<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petência em ação, posto que “o fato <strong>de</strong> uma pessoa <strong>de</strong>ter as qualificações<<strong>br</strong> />

necessárias para um trabalho não assegura que ela irá entregar o que lhe é<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>mandado.” (DUTRA, 2004, p. 30).<<strong>br</strong> />

A formação das <strong>com</strong>petências está associada, segundo a síntese <strong>de</strong> informações<<strong>br</strong> />

colhidas, <strong>de</strong> um lado ao <strong>de</strong>senvolvimento das habilida<strong>de</strong>s e conhecimentos<<strong>br</strong> />

requeridos, e, <strong>por</strong> outro lado, às características intrínsecas dos indivíduos<<strong>br</strong> />

responsáveis pela <strong>com</strong>preensão e ajustamento do conteúdo aprendido ao<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong><strong>por</strong>tamento e ao exercício do cargo. Tais características estão vinculadas aos<<strong>br</strong> />

processos formais <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento, vivências e percurso <strong>de</strong> carreira, e o pulso para<<strong>br</strong> />

exercício do po<strong>de</strong>r.<<strong>br</strong> />

O mapeamento das <strong>com</strong>petências individuais no sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas da<<strong>br</strong> />

empresa pesquisada tem <strong>por</strong> base as estratégias organizacio<strong>na</strong>is, conforme<<strong>br</strong> />

informações coletadas. No entanto, é im<strong>por</strong>tante <strong>de</strong>stacar que a empresa “<strong>de</strong>fine<<strong>br</strong> />

sua estratégia e as <strong>com</strong>petências necessárias para implementá-las, num processo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> aprendizagem permanente. Não existe uma or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> precedência nesse<<strong>br</strong> />

processo, mas antes um círculo virtuoso, em que uma alimenta a outra”. (FLEURY E<<strong>br</strong> />

FLEURY, 2001, p. 11).<<strong>br</strong> />

O Mo<strong>de</strong>lo Conceitual <strong>de</strong> Referência foi apontado pelos gestores <strong>com</strong>o <strong>de</strong> fácil<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>preensão e aplicação <strong>de</strong>vido à <strong>de</strong>finição da <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> da <strong>com</strong>petência para<<strong>br</strong> />

129


cada eixo <strong>de</strong> carreira, e, ainda, ao envolvimento das pessoas <strong>na</strong> mo<strong>de</strong>lagem do<<strong>br</strong> />

sistema. Dutra (2004) ressalta que envolver as pessoas <strong>na</strong> mo<strong>de</strong>lagem do sistema<<strong>br</strong> />

gera sinergia, responsabilida<strong>de</strong> mútua, além <strong>de</strong> assegurar que o sistema expresse<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> maior fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> o vocabulário e a cultura da organização <strong>na</strong> <strong>de</strong>finição dos<<strong>br</strong> />

parâmetros do sistema.<<strong>br</strong> />

Os gestores <strong>de</strong>stacaram que, em uma empresa <strong>de</strong> alta intensida<strong>de</strong> tecnológica, o<<strong>br</strong> />

ambiente é <strong>com</strong>posto <strong>por</strong> profissio<strong>na</strong>is altamente qualificados, no entanto, existem<<strong>br</strong> />

diferentes níveis <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> entre as áreas e os diferentes níveis <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento dos profissio<strong>na</strong>is que atuam <strong>na</strong> mesma função. Desta forma, os<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong>vem ser avaliados <strong>por</strong> parâmetros <strong>com</strong>patíveis <strong>com</strong> o seu nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento.<<strong>br</strong> />

O conceito <strong>de</strong> espaço ocupacio<strong>na</strong>l procura estabelecer correlação entre<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> e entrega, assim “se uma pessoa agrega valor à medida que assume<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s e atribuições mais <strong>com</strong>plexas, não é necessário promovê-la para<<strong>br</strong> />

que a pessoa possa agregar valor.” Dutra (2004, p. 51). Amplia-se o nível <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas atribuições e responsabilida<strong>de</strong>s sem mudar <strong>de</strong> cargo, o que<<strong>br</strong> />

permitirá um processo <strong>de</strong> avaliação mais a<strong>de</strong>quado.<<strong>br</strong> />

Foi <strong>de</strong>stacado pelos respon<strong>de</strong>ntes que a empresa pesquisada possui procedimentos<<strong>br</strong> />

para execução das ativida<strong>de</strong>s, o que se traduz em um fator facilitador no processo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> avaliação. Isto parece contraditório, ao consi<strong>de</strong>rar as dimensões da <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>scritas <strong>por</strong> Dutra (2004, p. 41), no que tange ao nível <strong>de</strong> estruturação das<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s. Posto que, quanto maior for o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do profissio<strong>na</strong>l,<<strong>br</strong> />

menor é o nível <strong>de</strong> padronização e estruturação das ativida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

130


No entanto, foi esclarecido que, <strong>de</strong>vido à <strong>na</strong>tureza da organização envolver<<strong>br</strong> />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alto risco operacio<strong>na</strong>l, até mesmo os profissio<strong>na</strong>is <strong>com</strong> níveis elevados<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tomam <strong>de</strong>cisões e orientam suas equipes ancorados em<<strong>br</strong> />

procedimentos <strong>de</strong>scritos no acervo da <strong>com</strong>panhia. Mas, que nem todas as ativida<strong>de</strong>s<<strong>br</strong> />

são padronizadas.<<strong>br</strong> />

O <strong>de</strong>safio apontado para a li<strong>de</strong>rança no ambiente pesquisado, em que a aplicação<<strong>br</strong> />

do conhecimento e o <strong>de</strong>senvolvimento contínuo são fundamentais, consiste em<<strong>br</strong> />

equacio<strong>na</strong>r a realida<strong>de</strong> dos empregados novos e antigos <strong>por</strong> apresentarem níveis<<strong>br</strong> />

diferenciados <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e motivação, explicitando, <strong>de</strong>ssa forma, o papel<<strong>br</strong> />

do gestor em influenciar a equipe <strong>na</strong> busca do <strong>de</strong>senvolvimento.<<strong>br</strong> />

Observa-se que o entendimento dos entrevistados quanto ao conceito <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança<<strong>br</strong> />

está em consonância <strong>com</strong> a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Robbins (2002, p. 304) ao conceituar, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

forma bastante direta, que “li<strong>de</strong>rança é a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influenciar um grupo em<<strong>br</strong> />

direção ao alcance <strong>de</strong> objetivos.”<<strong>br</strong> />

Ao <strong>com</strong>parar o sistema praticado pela organização pesquisada <strong>com</strong> o mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

conceitual <strong>de</strong> referência apresentado neste estudo, nota-se similarida<strong>de</strong>s entre os<<strong>br</strong> />

mesmos, embora ambos tomem <strong>por</strong> base o intento estratégico da organização, têm<<strong>br</strong> />

correlação <strong>com</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l e <strong>de</strong> carreira.<<strong>br</strong> />

No entanto, a diferença marcante consiste no mo<strong>de</strong>lo praticado pela organização<<strong>br</strong> />

ancorar-se no conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência <strong>de</strong>fendida pela corrente dos autores norte<<strong>br</strong> />

americanos, nos quais <strong>de</strong>stacam McClelland (1973), Boyatzis (1982) e Spencer<<strong>br</strong> />

(1993) e Parry (1996), que conceituam <strong>com</strong>petência <strong>com</strong>o os inputs das pessoas,<<strong>br</strong> />

que são características que o indivíduo possui, <strong>com</strong>o conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e<<strong>br</strong> />

131


atitu<strong>de</strong>s necessárias para que as pessoas <strong>de</strong>senvolvam suas ativida<strong>de</strong>s. Desta<<strong>br</strong> />

forma, a premissa básica é a qualificação. O mo<strong>de</strong>lo referencial teórico é pautado <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

união dos conceitos norte americanos e franceses em que <strong>com</strong>petência é colocar<<strong>br</strong> />

em prática o que se sabe em <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>do contexto, marcado geralmente pelas<<strong>br</strong> />

relações <strong>de</strong> trabalho, cultura da empresa, imprevistos, limitações <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

recursos etc. associado ao fato <strong>de</strong> que o exercício pleno das <strong>com</strong>petências gera a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> estratégica (HITT, HOSKISSON, IRELAND, 2002). Assim, o enfoque<<strong>br</strong> />

está no <strong>de</strong>senvolvimento das pessoas e das organizações.<<strong>br</strong> />

Fleury e Fleury (2001) relatam que a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência <strong>com</strong>umente<<strong>br</strong> />

escolhida <strong>por</strong> profissio<strong>na</strong>is <strong>de</strong> recursos humanos é aquela ancorada <strong>na</strong>s dimensões<<strong>br</strong> />

dos conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s, em que o <strong>de</strong>sempenho é medido <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

padrões previamente estabelecidos e <strong>de</strong>senvolvidos <strong>por</strong> meio <strong>de</strong> trei<strong>na</strong>mento. Esses<<strong>br</strong> />

autores ressaltam que essa <strong>de</strong>finição é <strong>de</strong> fácil operacio<strong>na</strong>lização, mas que, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

maneira implícita, tem <strong>com</strong>o referência o conjunto <strong>de</strong> tarefas prescritas a um cargo.<<strong>br</strong> />

Desta maneira, a gestão <strong>por</strong> <strong>com</strong>petência continua apoiada nos pressupostos do<<strong>br</strong> />

taylorismo-fordismo.<<strong>br</strong> />

Neste capítulo buscou-se a discussão dos elementos obtidos <strong>na</strong> pesquisa, vis-a-vis<<strong>br</strong> />

o referencial teórico.<<strong>br</strong> />

O próximo e último capitulo <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>do Consi<strong>de</strong>rações Fi<strong>na</strong>is estabelece<<strong>br</strong> />

consi<strong>de</strong>rações adicio<strong>na</strong>is à discussão acima apresentada. São apresentadas,<<strong>br</strong> />

também, sugestões, contribuições e limitações do estudo.<<strong>br</strong> />

132


7 CONSIDERAÇÕES FINAIS<<strong>br</strong> />

O principal objetivo <strong>de</strong>sta pesquisa foi verificar a percepção dos gestores quanto à<<strong>br</strong> />

aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas, <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências, em ambiente<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> alta tecnologia. Para isso, iniciou-se <strong>com</strong> uma síntese relativa à noção e ao<<strong>br</strong> />

conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, a partir da revisão das principais correntes teóricas.<<strong>br</strong> />

Como síntese dos principais resultados, apresentados no capítulo 5, <strong>de</strong>staca-se a<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> 05 classes <strong>de</strong> discursos, <strong>por</strong> meio do Sistema Informático Alceste©,<<strong>br</strong> />

que foram <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>das: sistema <strong>de</strong> gestão, organização versus <strong>com</strong>petências,<<strong>br</strong> />

avaliações, li<strong>de</strong>rança e <strong>com</strong>petência. Estas classes foram <strong>de</strong>sdo<strong>br</strong>adas em<<strong>br</strong> />

subclasses que contemplaram elementos referentes à percepção dos gestores<<strong>br</strong> />

quanto à clareza e subjetivida<strong>de</strong> do sistema proposto; o papel da li<strong>de</strong>rança em<<strong>br</strong> />

incentivar a equipe a buscar conhecimento e habilida<strong>de</strong> específicos da organização,<<strong>br</strong> />

e o entendimento dos gestores entrevistados quanto ao conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências.<<strong>br</strong> />

Com base <strong>na</strong> análise das entrevistas foi possível verificar que a empresa pesquisada<<strong>br</strong> />

pauta seu mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências, fundamentado <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

abordagem norte america<strong>na</strong>, em que <strong>com</strong>petência é o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos,<<strong>br</strong> />

habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s necessárias para o <strong>de</strong>senvolvimento das ativida<strong>de</strong>s. E, assim,<<strong>br</strong> />

o entendimento <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência dos gestores traduzem essa abordagem.<<strong>br</strong> />

Ao apresentar o mo<strong>de</strong>lo conceitual <strong>de</strong> referência aos gestores, estes <strong>de</strong>stacaram<<strong>br</strong> />

que o sistema é <strong>de</strong> fácil <strong>com</strong>preensão e aplicação. A forma <strong>com</strong>o o sistema é<<strong>br</strong> />

estruturado permite às pessoas se enxergarem <strong>na</strong> trajetória da carreira, favorece a<<strong>br</strong> />

avaliação, permite a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> Gap <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências, facilita i<strong>de</strong>ntificar e<<strong>br</strong> />

133


priorizar as ações <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, além <strong>de</strong> permitir enxergar <strong>com</strong> clareza o que<<strong>br</strong> />

empresa espera dos empregados.<<strong>br</strong> />

Os gestores apontaram que a utilização do sistema permite ter avaliações claras e<<strong>br</strong> />

transparentes, traz justiça ao processo e fornece subsídios para realizar feedback,<<strong>br</strong> />

além <strong>de</strong> minimizar a subjetivida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> avaliação.<<strong>br</strong> />

O sistema foi classificado <strong>com</strong>o uma ferramenta <strong>de</strong> apoio à avaliação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências. Contudo, foi ressaltada que a fase crítica para se obter a eficácia da<<strong>br</strong> />

ferramenta é a mo<strong>de</strong>lagem. Observou-se preocupação dos gestores <strong>com</strong> essa fase<<strong>br</strong> />

em virtu<strong>de</strong> do investimento <strong>de</strong> tempo e o conflito <strong>com</strong> as ativida<strong>de</strong>s diárias.<<strong>br</strong> />

É possível inferir, a partir da percepção dos gestores, que o sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

pessoas apresentado neste estudo é aplicável ao contexto <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> alta<<strong>br</strong> />

tecnologia. Imagi<strong>na</strong>-se que o fato do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas adotado pela<<strong>br</strong> />

empresa estar ancorado no conceito <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência, embora restrito (CHA), facilita<<strong>br</strong> />

o entendimento do conceito expandido presente no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência adotado<<strong>br</strong> />

neste trabalho. Com isso parece que os gestores se apropriam mais facilmente das<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ais centrais e avaliam favoravelmente a utilização do mo<strong>de</strong>lo proposto.<<strong>br</strong> />

Sugere-se, no entanto, que a empresa pesquisada incor<strong>por</strong>e ao seu sistema <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

gestão <strong>de</strong> pessoas a abordagem <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência associada à agregação <strong>de</strong> valor,<<strong>br</strong> />

uma vez que este conceito mostra-se bastante a<strong>de</strong>quado a ambientes marcados <strong>por</strong><<strong>br</strong> />

constantes mudanças, que exigem profissio<strong>na</strong>is que busquem <strong>de</strong> forma continuada<<strong>br</strong> />

o <strong>de</strong>senvolvimento. E, ainda, a incor<strong>por</strong>ação dos eixos teóricos abordados neste<<strong>br</strong> />

estudo – Competência, Complexida<strong>de</strong> e Espaço Ocupacio<strong>na</strong>l associados ao intento<<strong>br</strong> />

estratégico, pois a articulação entre esses conceitos promove a integração do<<strong>br</strong> />

134


processo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong>senvolvimento organizacio<strong>na</strong>l e gera<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> estratégica.<<strong>br</strong> />

Como principais contribuições da autora para a consecução dos objetivos <strong>de</strong>ste<<strong>br</strong> />

trabalho <strong>de</strong>stacam-se o planejamento, a execução e a análise das entrevistas <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

enfoque quantitativo e qualitativo.<<strong>br</strong> />

O trabalho apresenta algumas limitações que po<strong>de</strong>m influenciar os resultados<<strong>br</strong> />

obtidos e sua conseqüente análise, <strong>com</strong>o, <strong>por</strong> exemplo, basear-se em entrevistas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> gestores <strong>de</strong> ape<strong>na</strong>s uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negócio. Outra limitação a ser registrada<<strong>br</strong> />

refere-se ao fato <strong>de</strong> utilizar o método estudo <strong>de</strong> caso único, o que pela sua <strong>na</strong>tureza,<<strong>br</strong> />

fornece pouca base para generalizações científicas dos resultados para o universo<<strong>br</strong> />

pesquisado, conforme esclareceu Yin (2005).<<strong>br</strong> />

É im<strong>por</strong>tante registrar a o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar a pesquisa <strong>de</strong> campo em uma<<strong>br</strong> />

empresa <strong>br</strong>asileira, reconhecida mundialmente, <strong>com</strong> empregados altamente<<strong>br</strong> />

qualificados. E, também tendo utilizado um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> referência a<strong>de</strong>quado à cultura<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l elaborado <strong>por</strong> um autor <strong>br</strong>asileiro.<<strong>br</strong> />

Espera-se que esta análise possa propiciar melhor <strong>com</strong>preensão do processo <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

avaliação <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências <strong>de</strong> gestores em contexto <strong>de</strong> empresas que atuam <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

aplicação <strong>de</strong> alta tecnologia.<<strong>br</strong> />

Para fi<strong>na</strong>lizar, a autora sugere a extensão <strong>de</strong>ste estudo para outras empresas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

intensida<strong>de</strong> tecnológica expandindo-o, inclusive, para outros níveis hierárquicos, <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

modo a aprofundar a análise e verificar a ocorrência <strong>de</strong> exceções e distorções. Além<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> uma eventual pesquisa construída para o levantamento da percepção dos<<strong>br</strong> />

autores <strong>de</strong> <strong>com</strong>o medir a agregação <strong>de</strong> valor.<<strong>br</strong> />

135


REFERÊNCIAS<<strong>br</strong> />

BARBAIS, J. R. ; SILVA, R. P. Análise da viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

gestão baseada <strong>na</strong>s <strong>com</strong>petências: um estudo <strong>de</strong> caso so<strong>br</strong>e este novo mo<strong>de</strong>lo<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> pessoas. Ca<strong>de</strong>rnos da FACECA, Campi<strong>na</strong>s: v. 13, n. 1,<<strong>br</strong> />

p. 5-12. jan/jun. 2004.<<strong>br</strong> />

BOYATZIS, R. E. The <strong>com</strong>petent ma<strong>na</strong>ger: a mo<strong>de</strong>l for effective performance.<<strong>br</strong> />

New York: John Wiley, 1982.<<strong>br</strong> />

BARDIN, L., Definição e relação <strong>com</strong> as outras ciências. In.: ______. Análise<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> Conteúdo. Lisboa: Edições 70. Lisboa, cap. 2, p. 27-45.<<strong>br</strong> />

BRANDÃO, H.P. ; GUIMARÃES, T. A. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências e gestão <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>sempenho: tecnologias distintas ou instrumentos <strong>de</strong> um mesmo construto? RAE –<<strong>br</strong> />

Revista <strong>de</strong> administração <strong>de</strong> empresas, São Paulo: v. 41, n. 1, p. 8-15. 2001.<<strong>br</strong> />

BRESON, J. Development of major project lea<strong>de</strong>rs in BP. In: ANNUAL<<strong>br</strong> />

INNOVATIONS IN MANAGEMENT CONFERENCE, 4., 2005, Cam<strong>br</strong>idge. MIT's<<strong>br</strong> />

Industrial Liaison Program. Cam<strong>br</strong>idge, Mass.: MIT, 2005.<<strong>br</strong> />

CAMARGO, B. V. ALCESTE: um programa informático <strong>de</strong> análise quantitativa <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

dados textuais. In: MOREIRA, Antonia Silva Pare<strong>de</strong>s (ORG.). Perspectivas<<strong>br</strong> />

teórico-metodológicas em representações sociais. João Pessoa: UFPB Ed.<<strong>br</strong> />

Universitária, 2005. p. 511-539.<<strong>br</strong> />

CARBONE, P. P., BRANDÃO, H.P., LEITE, J. B. D. <strong>Gestão</strong> do conhecimento e<<strong>br</strong> />

gestão <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências. Rio <strong>de</strong> Janeiro: FGV, 2005.<<strong>br</strong> />

CHAMON, E. M. Q. O. Competência e qualificação <strong>na</strong> ativida<strong>de</strong> científica.<<strong>br</strong> />

In: ______. ; SOUSA, C. M. <strong>de</strong> (org.) Estudos Interdiscipli<strong>na</strong>res em Ciências<<strong>br</strong> />

Sociais. Taubaté: Ca<strong>br</strong>al Editora e Livraria Universitária, 2006. p.13-36.<<strong>br</strong> />

COOPER, K. C. Effective <strong>com</strong>petency mo<strong>de</strong>ling & re<strong>por</strong>ting. New York: Amacon,<<strong>br</strong> />

2000.<<strong>br</strong> />

DUTRA, J. S. <strong>Gestão</strong> <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências: um mo<strong>de</strong>lo avançado para o<<strong>br</strong> />

gerenciamento <strong>de</strong> pessoas. São Paulo: Ed. Gente, 2001.<<strong>br</strong> />

______. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> pessoas: mo<strong>de</strong>lo, processos, tendências e perspectivas. São<<strong>br</strong> />

Paulo: Atlas, 2002.<<strong>br</strong> />

______. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>na</strong><<strong>br</strong> />

empresa mo<strong>de</strong>r<strong>na</strong>. São Paulo: Atlas, 2004.<<strong>br</strong> />

136


______. <strong>Gestão</strong> <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências. São José dos Campos: INPE, 18 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

2006. Disponível em:<<strong>br</strong> />

. Acesso em: 14 set. 2006.<<strong>br</strong> />

FLEURY, A., FLEURY, M. T. Estratégias empresariais e formação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petências: um que<strong>br</strong>a-cabeça caleidoscópio da indústria <strong>br</strong>asileira. São Paulo:<<strong>br</strong> />

Atlas, 2001.<<strong>br</strong> />

GIL, A. C. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> pessoas: enfoque nos papéis profissio<strong>na</strong>is. São Paulo: Atlas,<<strong>br</strong> />

2001.<<strong>br</strong> />

______. Métodos e técnicas <strong>de</strong> pesquisa social. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1999.<<strong>br</strong> />

GODOY, A. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Empresas. São Paulo, v.35, n.3, p. 20-29, 1995.<<strong>br</strong> />

GRAMIGNA, M. R. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências e gestão <strong>de</strong> talentos. São Paulo:<<strong>br</strong> />

Makron Books, 2002.<<strong>br</strong> />

GREEN, P.C. Desenvolvendo <strong>com</strong>petências consistentes: <strong>com</strong>o vincular<<strong>br</strong> />

sistemas <strong>de</strong> recursos humanos a estratégias organizacio<strong>na</strong>is. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<<strong>br</strong> />

Qualitymark, 1999.<<strong>br</strong> />

GOMES, C. E., BORIN, P. C., BARELLA, F. A., SOARES, M. T. R. C.Competências<<strong>br</strong> />

Organizacio<strong>na</strong>is e Individuais: o que são e <strong>com</strong>o se <strong>de</strong>senvolvem. In: ______.;<<strong>br</strong> />

HANASHIRO, D. M. M., TEIXEIRA, M. L. M., ZACCARELLI, L. M. (org) <strong>Gestão</strong> do<<strong>br</strong> />

Fator Humano: uma visão baseada em stakehol<strong>de</strong>rs. São Paulo: Saraiva, 2007.<<strong>br</strong> />

HEIFETZ, R. Revista Ma<strong>na</strong>gement, HSM. São Paulo. nº 14. maio-junho/1999.<<strong>br</strong> />

HERSEY, P.; BLANCHARD, K. H. Li<strong>de</strong>rança situacio<strong>na</strong>l. In: _______. Psicologia<<strong>br</strong> />

para administradores. São Paulo: EPU, 1986.<<strong>br</strong> />

HITT, M. A., IRELAND, R. D., HOSKISSON, R. E. Administração estratégica:<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitivida<strong>de</strong> e globalização. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.<<strong>br</strong> />

KETS DE VRIES, Manfred F.R. Life and Death in the Executive Fast Lane. San<<strong>br</strong> />

Francisco/USA: Jossey-Bass Publishers, 1995.<<strong>br</strong> />

KOTTER, J. The lea<strong>de</strong>rship Factor. USA: The Free Press, 1988.<<strong>br</strong> />

KOUZES, J.M. The lea<strong>de</strong>ship challenge: how to get extraordi<strong>na</strong>ry things done in<<strong>br</strong> />

organizations. San Francisco, Ca, Jossey-Bass, 1987.<<strong>br</strong> />

137


JESUÍNO, J.C. Processos <strong>de</strong> li<strong>de</strong>rança. Ed. Horizontes <strong>de</strong> psicologia, livros<<strong>br</strong> />

horizontes. 2ª. Ed. Lisboa, 2004.<<strong>br</strong> />

LAKATOS, E. M., MARCONI, M. A. Metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Atlas,<<strong>br</strong> />

1991.<<strong>br</strong> />

LE BOTERF, G., Desenvolvendo a <strong>com</strong>petência dos profissio<strong>na</strong>is. 3. ed. Porto<<strong>br</strong> />

Alegre: Artmed, 2003.<<strong>br</strong> />

LUCIA, A. D. LEPSINGER, R. The art and science of <strong>com</strong>petency mo<strong>de</strong>ls. San<<strong>br</strong> />

Francisco: Jossey-Bass, 1999.<<strong>br</strong> />

MARRAS, J. P. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> pessoas: em empresa inovadoras. São Paulo: Futura,<<strong>br</strong> />

2005.<<strong>br</strong> />

MARTINELLI, M. L. Pesquisa qualitativa: um instigante <strong>de</strong>safio. São Paulo: Veras,<<strong>br</strong> />

1999.<<strong>br</strong> />

MCCLELLAND, D. C. Testing for <strong>com</strong>petence rather than intelligence. American<<strong>br</strong> />

Psychologist. Washington: v. 28, n.1, p. 1-4, 1973.<<strong>br</strong> />

MERTENS, L. Sistemas <strong>de</strong> <strong>com</strong>petência laboral: surgimento y mo<strong>de</strong>los. Resumen<<strong>br</strong> />

Executivo. México, 1996.<<strong>br</strong> />

NERI, Agui<strong>na</strong>ldo A. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> RH <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências e empregabilida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Campi<strong>na</strong>s: Papirus, 1999.<<strong>br</strong> />

OLIVEIRA JR., M. M. Competências essenciais e conhecimento <strong>na</strong> empresa. In:<<strong>br</strong> />

FLEURY, M.T.L.; OLIVEIRA JR., M. M. (Org) <strong>Gestão</strong> estratégica do<<strong>br</strong> />

conhecimento: integrando aprendizagem, conhecimento e <strong>com</strong>petências. São<<strong>br</strong> />

Paulo: Atlas, 2001. p. 121-156<<strong>br</strong> />

PARRY, S. B. The quest for <strong>com</strong>petencies. Training, p. 48-54, July 1996.<<strong>br</strong> />

PERIN, M.G.; SAMPAIO, C.H. et al. A Pesquisa Survey em Artigos <strong>de</strong> Marketing nos<<strong>br</strong> />

ENANPADs da Década <strong>de</strong> 90. RIMAR - Revista Interdiscipli<strong>na</strong>r <strong>de</strong> Marketing.<<strong>br</strong> />

v.1, n.1, p. 44-59, Jan./A<strong>br</strong>. 2002. Disponível em: < http://www.rimaronline.org/artigos/v1n1a1.pdf>.<<strong>br</strong> />

Acesso em: 22 Janeiro 2006.<<strong>br</strong> />

PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. Competindo pelo futuro. São Paulo: Campus,<<strong>br</strong> />

1995.<<strong>br</strong> />

RAMOS, M. N. A pedagogia das <strong>com</strong>petências: autonomia ou adaptação? São<<strong>br</strong> />

Paulo: Cortez, 2001.<<strong>br</strong> />

RESENDE, E. O livro das <strong>com</strong>petências. São Paulo: Qualitymark, 2000.<<strong>br</strong> />

138


RICE, A.K. Formação <strong>de</strong> Lí<strong>de</strong>res. São Paulo: I<strong>br</strong>asa, 1970.<<strong>br</strong> />

ROBBINS, S. P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva,<<strong>br</strong> />

2002.<<strong>br</strong> />

RODRIGUES, M. A. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências em organizações: diferencial<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitivo ou retórica gerencial? um estudo <strong>de</strong> caso em empresa <strong>de</strong> manufatura<<strong>br</strong> />

contratada. 2004. 92 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção)-<<strong>br</strong> />

Escola <strong>de</strong> Engenharia, Departamento <strong>de</strong> Produção, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Mi<strong>na</strong>s<<strong>br</strong> />

Gerais, Belo Horizonte, 2006.<<strong>br</strong> />

ROPÉ, F.; TANGUY, L. Saberes e <strong>com</strong>petências: o uso <strong>de</strong> tais noções <strong>na</strong> escola e<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong> empresa. Campi<strong>na</strong>s: Ed. Papirus, 1997.<<strong>br</strong> />

RUZZARIN, R. AMARAL, A. SIMIONOVSCHI, M. <strong>Gestão</strong> <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências: indo<<strong>br</strong> />

além da teoria. Porto Alegre: Se<strong>br</strong>ae/RS, 2002.<<strong>br</strong> />

SANTOS, I. C. Um mo<strong>de</strong>lo estruturado <strong>de</strong> gestão do conhecimento em<<strong>br</strong> />

indústrias <strong>de</strong> base tecnológica: estudo <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> uma empresa do setor<<strong>br</strong> />

aeronáutico. 2004. 184 p. Tese (Doutorado em Engenharia <strong>de</strong> Produção)- Escola<<strong>br</strong> />

Politécnica da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, Departamento <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

Produção, São Paulo, 2004.<<strong>br</strong> />

SHIPPMANN, J.S.; ASH, R.A.; CARR, L. et al. The practice of <strong>com</strong>petency<<strong>br</strong> />

mo<strong>de</strong>ling. Personnel Psychology. Durham: Autumn 2000. v. 53, n. 3, p. 703-740.<<strong>br</strong> />

SILVA, M. O. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> pessoas através do sistema <strong>de</strong> <strong>com</strong>petências:<<strong>br</strong> />

fundamentos e aplicações. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Qualitymark, 2005.<<strong>br</strong> />

SOUZA, V. L. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho: julgamento ou diálogo? Rio <strong>de</strong> Janeiro,<<strong>br</strong> />

Editora FGV, 2003.<<strong>br</strong> />

SPENCER, L. M.; SPENCER, S. M. Competence at work mo<strong>de</strong>ls for superior<<strong>br</strong> />

performance. New Work: John Willey, 1993.<<strong>br</strong> />

TEIXEIRA, E.; MINK, C. Competências Múltiplas Gerenciais. São Paulo: Makron<<strong>br</strong> />

Books, 2000.<<strong>br</strong> />

VERGARA, S. C. <strong>Gestão</strong> <strong>de</strong> pessoas. São Paulo: Atlas, 2005.<<strong>br</strong> />

YIN, R. K. Estudo <strong>de</strong> caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman,<<strong>br</strong> />

2005.<<strong>br</strong> />

ZARIFIAN, P. Objetivo <strong>com</strong>petência: <strong>por</strong> uma lógica. São Paulo: Atlas, 2001.<<strong>br</strong> />

139


APÊNDICE I - ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA - A<<strong>br</strong> />

ROTEIRO PARA ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA<<strong>br</strong> />

PESQUISA: <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestores</strong> <strong>Baseada</strong> <strong>na</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>por</strong> Competências: o caso <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uma empresa <strong>de</strong> alta tecnologia<<strong>br</strong> />

Dados do Respon<strong>de</strong>nte (lem<strong>br</strong>amos que o anonimato é garantido)<<strong>br</strong> />

Gênero:<<strong>br</strong> />

Faixa Etária:<<strong>br</strong> />

Escolarida<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Masculino<<strong>br</strong> />

Feminino<<strong>br</strong> />

20 a 30 anos<<strong>br</strong> />

30 a 40 anos<<strong>br</strong> />

40 a 50 anos<<strong>br</strong> />

50 a 60 anos<<strong>br</strong> />

Tempo <strong>de</strong> vínculo (em anos <strong>com</strong>pletos):<<strong>br</strong> />

Nível hierárquico:<<strong>br</strong> />

Ensino Médio<<strong>br</strong> />

Ensino Superior<<strong>br</strong> />

Pós-graduação (<strong>com</strong>pleta ou não)<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong> Empresa ______<<strong>br</strong> />

no Cargo ______<<strong>br</strong> />

Gestor Nível 1<<strong>br</strong> />

Gestor Intermediário<<strong>br</strong> />

140


Competência, Complexida<strong>de</strong> e Espaço Ocupacio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

QUESTÕES<<strong>br</strong> />

1. O sistema <strong>de</strong> gestão apresentado permite conhecer toda trajetória<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l e os critérios <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

2. O sistema <strong>de</strong> gestão apresentado fornece condições para o gestor<<strong>br</strong> />

i<strong>de</strong>ntificar em que nível <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong> se encontra <strong>na</strong> trajetória<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l (posição <strong>na</strong> carreira).<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

3. O sistema <strong>de</strong> gestão apresentado direcio<strong>na</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento<<strong>br</strong> />

profissio<strong>na</strong>l do gestor pela potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir atribuições e<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s em níveis crescentes <strong>de</strong> <strong>com</strong>plexida<strong>de</strong>.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

4. O sistema <strong>de</strong> gestão apresentado permite estabelecer parâmetro<<strong>br</strong> />

para a valorização do gestor em função da entrega.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

5. O sistema <strong>de</strong> gestão apresentado é aplicável ao contexto <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

empresas <strong>de</strong> alta tecnologia.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

141<<strong>br</strong> />

Classes <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> 1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />

6. Comparando o sistema utilizado pela sua empresa e o apresentado, qual sistema expressa melhor a<<strong>br</strong> />

entrega?<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

7. Indique pontos fortes e fracos do sistema apresentado <strong>com</strong>parando-o <strong>com</strong> o sistema atualmente<<strong>br</strong> />

utilizado pela sua empresa.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

Discordo<<strong>br</strong> />

totalmente<<strong>br</strong> />

Discordo<<strong>br</strong> />

Indiferente<<strong>br</strong> />

Concordo<<strong>br</strong> />

Concordo<<strong>br</strong> />

totalmente


APÊNDICE II - ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA - B<<strong>br</strong> />

ROTEIRO PARA ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA<<strong>br</strong> />

PESQUISA: <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> <strong>Gestores</strong> <strong>Baseada</strong> <strong>na</strong> <strong>Gestão</strong> <strong>por</strong> Competências: o caso <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

uma empresa <strong>de</strong> alta tecnologia<<strong>br</strong> />

Dados do Respon<strong>de</strong>nte (lem<strong>br</strong>amos que o anonimato é garantido)<<strong>br</strong> />

Gênero:<<strong>br</strong> />

Faixa Etária:<<strong>br</strong> />

Escolarida<strong>de</strong>:<<strong>br</strong> />

Masculino<<strong>br</strong> />

Feminino<<strong>br</strong> />

20 a 30 anos<<strong>br</strong> />

30 a 40 anos<<strong>br</strong> />

40 a 50 anos<<strong>br</strong> />

50 a 60 anos<<strong>br</strong> />

Tempo <strong>de</strong> vínculo (em anos <strong>com</strong>pletos):<<strong>br</strong> />

Nível hierárquico:<<strong>br</strong> />

Ensino Médio<<strong>br</strong> />

Ensino Superior<<strong>br</strong> />

Pós-graduação (<strong>com</strong>pleta ou não)<<strong>br</strong> />

Lato Sensu<<strong>br</strong> />

Strictu Sensu<<strong>br</strong> />

<strong>na</strong> Empresa ______<<strong>br</strong> />

no Cargo ______<<strong>br</strong> />

Gestor Nível 1<<strong>br</strong> />

Gestor Intermediário<<strong>br</strong> />

142


Parte I<<strong>br</strong> />

1- O que você enten<strong>de</strong> <strong>por</strong> Competências?<<strong>br</strong> />

2- O que você enten<strong>de</strong> <strong>por</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Competências?<<strong>br</strong> />

3- O que você enten<strong>de</strong> <strong>por</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong> <strong>Gestores</strong>?<<strong>br</strong> />

4- Quando você faz a <strong>Avaliação</strong> <strong>de</strong> Competências <strong>de</strong> seus subordi<strong>na</strong>dos, quais são os pontos facilitadores e<<strong>br</strong> />

dificultadores <strong>de</strong>sse processo?<<strong>br</strong> />

Parte II<<strong>br</strong> />

QUESTÕES<<strong>br</strong> />

1. O sistema <strong>de</strong> gestão apresentado é simples e <strong>de</strong> fácil <strong>com</strong>preensão.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

2. O sistema facilita meu posicio<strong>na</strong>mento no que diz respeito à o<strong>por</strong>tunida<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento profissio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

3. O sistema possibilita aos meus subordi<strong>na</strong>dos enxergarem <strong>com</strong> clareza o que<<strong>br</strong> />

a organização espera <strong>de</strong>les em termos <strong>de</strong> requisitos <strong>de</strong> acesso, atribuições e<<strong>br</strong> />

responsabilida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

4. O sistema minimiza a subjetivida<strong>de</strong> própria do processo <strong>de</strong> avaliar pessoas,<<strong>br</strong> />

estabelecendo os critérios utilizados <strong>por</strong> todos gestores da empresa.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

5. Com o sistema consigo priorizar <strong>com</strong> maior facilida<strong>de</strong> as ações <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento da minha equipe.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

6. O sistema estabelece parâmetros para a valorização do gestor e <strong>de</strong> seus<<strong>br</strong> />

subordi<strong>na</strong>dos em função da agregação <strong>de</strong> valor.<<strong>br</strong> />

Comentários:<<strong>br</strong> />

Parte III<<strong>br</strong> />

143<<strong>br</strong> />

Classes <strong>de</strong> <strong>Avaliação</strong> 1 2 3 4 5<<strong>br</strong> />

1. Com base em sua experiência, você julga que o sistema apresentado é aplicável ao contexto <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

alta tecnologia?<<strong>br</strong> />

2. Quais os principais benefícios e dificulda<strong>de</strong>s que você visualiza <strong>com</strong> a implementação <strong>de</strong>sse sistema?<<strong>br</strong> />

3. Indique pontos fortes e fracos do sistema apresentado, <strong>com</strong>parando-o <strong>com</strong> os mo<strong>de</strong>los que você conhece.<<strong>br</strong> />

Discordo<<strong>br</strong> />

totalmente<<strong>br</strong> />

Discordo<<strong>br</strong> />

Indiferente<<strong>br</strong> />

Concordo<<strong>br</strong> />

Concordo<<strong>br</strong> />

totalmente


APÊNDICE III - CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO DA PESQUISA<<strong>br</strong> />

CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO DA PESQUISA<<strong>br</strong> />

Esta pesquisa está sendo realizada <strong>por</strong> Márcia Regi<strong>na</strong> <strong>de</strong> Oliveira, alu<strong>na</strong> do<<strong>br</strong> />

Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação no Mestrado <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> e Desenvolvimento Regio<strong>na</strong>l<<strong>br</strong> />

da UNITAU – Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté. O tema da pesquisa é AVALIAÇÃO DE<<strong>br</strong> />

GESTORES BASEADA NA GESTÃO POR COMPETÊNCIAS: o caso <strong>de</strong> uma<<strong>br</strong> />

empresa <strong>de</strong> alta tecnologia. Seu objetivo é verificar a percepção dos gestores<<strong>br</strong> />

quanto à aplicabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> pessoas <strong>por</strong> <strong>com</strong>petências em<<strong>br</strong> />

ambiente <strong>de</strong> alta tecnologia. Os resultados <strong>de</strong>ssa pesquisa serão utilizados ape<strong>na</strong>s<<strong>br</strong> />

para fins acadêmicos.<<strong>br</strong> />

Seguindo os preceitos éticos, informamos que sua participação será<<strong>br</strong> />

absolutamente sigilosa, não constando seu nome ou qualquer outro dado referente a<<strong>br</strong> />

sua pessoa que possa i<strong>de</strong>ntificá-lo no relatório fi<strong>na</strong>l ou em qualquer publicação<<strong>br</strong> />

posterior relacio<strong>na</strong>das a esta pesquisa. Pela <strong>na</strong>tureza da pesquisa, sua participação<<strong>br</strong> />

não acarretará em qualquer dano a sua pessoa.<<strong>br</strong> />

Você tem a total liberda<strong>de</strong> para recusar sua participação, assim <strong>com</strong>o solicitar<<strong>br</strong> />

a exclusão <strong>de</strong> seus dados, retirando seu consentimento sem qualquer pe<strong>na</strong>lida<strong>de</strong> ou<<strong>br</strong> />

prejuízo, quando assim o <strong>de</strong>sejar.<<strong>br</strong> />

Agra<strong>de</strong>ço sua permissão, enfatizando que a mesma em muito contribui para a<<strong>br</strong> />

formação e para a construção <strong>de</strong> um conhecimento atual nesta área.<<strong>br</strong> />

144<<strong>br</strong> />

São José dos Campos, 30 Outu<strong>br</strong>o <strong>de</strong> 2006<<strong>br</strong> />

______________________________________<<strong>br</strong> />

Márcia Regi<strong>na</strong> <strong>de</strong> Oliveira


APÊNDICE IV - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<<strong>br</strong> />

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<<strong>br</strong> />

Pelo presente instrumento, que aten<strong>de</strong> às exigências legais, o(a) senhor(a)<<strong>br</strong> />

_____________________________________________,RG: _________________<<strong>br</strong> />

sujeito <strong>de</strong> pesquisa, após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO SUJEITO DE<<strong>br</strong> />

PESQUISA, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será submetido, não<<strong>br</strong> />

restando quaisquer dúvidas a respeito do lido e do explicado, firma seu<<strong>br</strong> />

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO <strong>de</strong> concordância em participar da<<strong>br</strong> />

pesquisa proposta.<<strong>br</strong> />

Fica claro que o sujeito <strong>de</strong> pesquisa ou seu representante legal po<strong>de</strong>m, a<<strong>br</strong> />

qualquer momento, retirar seu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> participar do estudo alvo da pesquisa e fica ciente que todo trabalho<<strong>br</strong> />

realizado tor<strong>na</strong>-se informação confi<strong>de</strong>ncial, guardada <strong>por</strong> força <strong>de</strong> sigilo profissio<strong>na</strong>l.<<strong>br</strong> />

145<<strong>br</strong> />

______________________________<<strong>br</strong> />

Assi<strong>na</strong>tura


GLOSSÁRIO<<strong>br</strong> />

Board – Nível <strong>de</strong>cisório da empresa, geralmente <strong>com</strong>posto pelo presi<strong>de</strong>nte e seus<<strong>br</strong> />

diretores. (MARRAS, 2005, p.124).<<strong>br</strong> />

Empresa <strong>de</strong> Alta Tecnologia – Organização que opera <strong>com</strong> processos, produtos ou<<strong>br</strong> />

serviços em que a tecnologia é consi<strong>de</strong>rada nova ou inovadora.<<strong>br</strong> />

(ANPROTEC/SEBRAE, 2002, p. 47)<<strong>br</strong> />

Processo <strong>de</strong> <strong>Gestão</strong> – são interações entre as partes, <strong>com</strong> um objetivo e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><<strong>br</strong> />

parâmetros previamente <strong>de</strong>finidos. (DUTRA 2002, p. 49).<<strong>br</strong> />

Stakehol<strong>de</strong>rs – são os indivíduos e grupos capazes <strong>de</strong> afetar e <strong>de</strong> serem afetados<<strong>br</strong> />

pelos resultados estratégicos alcançados e que possuem reivindicações aplicáveis e<<strong>br</strong> />

vigentes a respeito do <strong>de</strong>sempenho da empresa. (HITT, IRELAND e HOSKISSON,<<strong>br</strong> />

2002, p. 28).<<strong>br</strong> />

146

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!