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BIBLIOLOGIA 1 - Faculdade de Teologia Filadelfia

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Com freqüência, ao tratamos <strong>de</strong> tais problemas, não po<strong>de</strong>mos fornecer informações<br />

mais precisas,o que se dá sobretudo com certos livros do Antigo Testamento, que<br />

quase certamente incorpora blocos <strong>de</strong> material reunidos por compiladores, uma<br />

ativida<strong>de</strong> perfeitamente normal em todas as produções literárias.<br />

E, continuando somente a fornecer exemplos <strong>de</strong> alguns tipos <strong>de</strong> problemas textuais,<br />

finalmente po<strong>de</strong>mos discernir níveis <strong>de</strong> diferenças <strong>de</strong> doutrina, <strong>de</strong>ntro do próprio<br />

Novo Testamento,e não meramente quando são contrastados o Antigo e o Novo<br />

Testamentos.Todos admitem que o Novo Testamento é doutrinariamente mais<br />

avançado que o Antigo.<br />

Nesse caso, por qual motivo certas porções do Novo Testamento não seriam<br />

doutrinariamente mais evoluídas do que outras porções do mesmo Novo Testamento?<br />

Os evangelhos refletem a doutrina cristã segundo o nível a que ela chegará até o fim<br />

do ministério <strong>de</strong> Jesus.<br />

Mas ele afirmou: “Tenho ainda muito o que vos dizer, mas vós não o po<strong>de</strong>is suportar<br />

agora; quando vier porém, o Espírito da verda<strong>de</strong>, ele vos guiará a toda verda<strong>de</strong>...”<br />

(João 16:12, 13). Já citei o exemplo <strong>de</strong> Tiago, cujos conceitos foram vistos <strong>de</strong> forma<br />

diferente pela revelação paulina.<br />

Um mistério é uma verda<strong>de</strong> recém-revelada, que não fora revelada antes. Se já<br />

fosse conhecida, não seria um mistério. Portanto, <strong>de</strong> cada vez em que Paulo diz: “Eis<br />

que vos digo um mistério”, era como ele estivesse dizendo: “Eis uma nove verda<strong>de</strong>,<br />

que só agora está sendo revelada”.<br />

E então Paulo nos leva a verda<strong>de</strong>s acima <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>s ensinadas em outras porções<br />

do Novo Testamento, que outros autores sagrados <strong>de</strong>sconheciam até então.<br />

Assim, no primeiro capítulo <strong>de</strong> Efésios, quando Paulo fala sobre o “mistério da vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Deus”, ele nos dá um vislumbre do que Deus realmente tenciona fazer em prol da<br />

humanida<strong>de</strong>, que ultrapassa a antiga doutrina do juízo, refletida em várias porções do<br />

Novo Testamento.<br />

Por outra parte, se mantivermos a atitu<strong>de</strong> que o Novo Testamento é perfeitamente<br />

homogêneo em sua exposição <strong>de</strong> doutrinas, então essa verda<strong>de</strong> ficará oculta, para<br />

nosso próprio <strong>de</strong>trimento.<br />

Por igual modo, quando Pedro afiança que o evangelho foi pregado a mortos(I Ped.<br />

4:6), quando Cristo <strong>de</strong>sceu ao ha<strong>de</strong>s, entre sua morte e ressurreição(I Ped. 3:18<br />

), ele aumenta a nossa esperança, <strong>de</strong>monstrando que Cristo po<strong>de</strong> atingir os homens<br />

em todos os lugares, incluindo no lugar mesmo no juízo.<br />

Mas, se eu vier a supor que Pedro não podia ter conhecimento <strong>de</strong> algo sobre o que os<br />

<strong>de</strong>mais autores sagrados nada comentaram, então per<strong>de</strong>rei uma preciosa verda<strong>de</strong><br />

ensinada na Bíblia. No entanto, Paulo revela-nos que a <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> Cristo ao ha<strong>de</strong>s<br />

teve o mesmo propósito que sua subida dali, ou seja, tornar-se tudo para todos (Efé.<br />

4:8 ).<br />

O Senhor chegará a “preencher a tudo”, tornando-se assim tudo para todos, a própria<br />

essência da própria existência, bem como sua origem, propósito e alvo.<br />

Mas se eu aterrar-me exclusivamente a Hebreus 9:27, que proclama que a<br />

oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> salvação termina por ocasião da morte biológica, terei <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong><br />

enten<strong>de</strong>r que algumas porções do Novo Testamento ultrapassam a outras em<br />

profundida<strong>de</strong>, oferecendo-nos novas verda<strong>de</strong>s, e das mais preciosas.Sabendo que<br />

esse informes bíblicos mais profundos são complementares, e não contraditórios com<br />

o que o resto da Bíblia nos ensina, isso não enfraquece a nossa fé nos ensinamentos<br />

bíblicos, antes, enriquece o nosso entendimento sobre o plano <strong>de</strong> Deus.<br />

Paulo não cessava <strong>de</strong> orar por seus convertidos, no sentido <strong>de</strong> que recebessem<br />

“...espírito <strong>de</strong> sabedoria e revelação no pleno conhecimento <strong>de</strong>le, iluminados os olhos<br />

do vosso coração, para saber<strong>de</strong>s qual é a esperança do seu chamamento, qual a<br />

riqueza da glória da sua herança nos santos” (Efé. 1:17, 18).<br />

Mesmo que não saibamos colocar todos os ensinamentos em sua exata seqüência ou<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> importância, isso é melhor do que eliminar <strong>de</strong> nosso sistema <strong>de</strong> doutrinas<br />

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