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Relatório de Impactos do Programa Aventura Segura 2011

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As informações produzidas por este relatório permitem traçar um quadro geral <strong>do</strong> Ecoturismo e <strong>do</strong><br />

Turismo <strong>de</strong> <strong>Aventura</strong> no Brasil e, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le, <strong>do</strong> papel <strong>do</strong> <strong>Programa</strong> <strong>Aventura</strong> <strong>Segura</strong>. Os temas<br />

foram dividi<strong>do</strong>s em blocos.<br />

6.1 Configuração e dimensões da oferta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Ecoturismo e Turismo <strong>de</strong> <strong>Aventura</strong> no Brasil<br />

A oferta <strong>de</strong> Ecoturismo e Turismo <strong>de</strong> <strong>Aventura</strong> no Brasil é realizada, tipicamente, por micro e<br />

pequenas empresas, que têm à frente <strong>do</strong> negócio os próprios sócios. Tais empreen<strong>de</strong><strong>do</strong>res estão<br />

nessa posição não apenas por questões <strong>de</strong> sobrevivência da empresa, mas porque, via <strong>de</strong> regra, são<br />

amantes da vida ao ar livre e amam o que fazem. É o que se <strong>de</strong>nomina na literatura como empresas<br />

<strong>de</strong> estilo <strong>de</strong> vida.<br />

Comparan<strong>do</strong>-se as informações sobre os ofertantes <strong>do</strong> segmento em 2006 e 2010, percebe-se que são<br />

mantidas características essenciais como número <strong>de</strong> sócios, <strong>de</strong> funcionários, ticket médio e<br />

faturamento, com pequeno crescimento nesses <strong>do</strong>is últimos. O total <strong>de</strong> ofertantes também se<br />

mantém próximo ao total observa<strong>do</strong> em 2006.<br />

Já a receita gerada po<strong>de</strong> crescer, não apenas com a oferta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, mas com a agregação <strong>de</strong><br />

serviços. A pesquisa <strong>do</strong> Perfil <strong>do</strong> Ecoturista e <strong>do</strong> Turista <strong>de</strong> <strong>Aventura</strong> (ABETA, 2009) apresenta<br />

um eleva<strong>do</strong> contingente <strong>de</strong> clientes potenciais para o segmento (representa 68% <strong>do</strong> total <strong>de</strong><br />

entrevista<strong>do</strong>s) que po<strong>de</strong>m ser estimula<strong>do</strong>s à prática, mas que apreciam também outras ativida<strong>de</strong>s<br />

complementares, incluin<strong>do</strong>-se aí o ócio (não fazer nada mesmo), o que se configura como gran<strong>de</strong><br />

oportunida<strong>de</strong>, já que impacta pouco a capacida<strong>de</strong> instalada para operar ativida<strong>de</strong>s (embora tenha<br />

influência no ambiente natural, ou seja, na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visitação <strong>do</strong>s atrativos e, por isso, <strong>de</strong>ve ser<br />

planejada a agregação <strong>de</strong> serviços consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a complexida<strong>de</strong> aqui apresentada).<br />

Tu<strong>do</strong> isso posto, recomenda-se que as análises relativas ao Ecoturismo e ao Turismo <strong>de</strong> <strong>Aventura</strong> no<br />

Brasil estejam mais focalizadas nos impactos que tais segmentos po<strong>de</strong>m gerar na ca<strong>de</strong>ia produtiva<br />

como um to<strong>do</strong> e em como as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aventura po<strong>de</strong>m funcionar como cataliza<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> outras<br />

(culturais, rurais, por exemplo), aumentan<strong>do</strong> efetivamente emprego e renda nas comunida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong><br />

são praticadas. Não há que se esperar crescimento vertiginoso <strong>do</strong>s ofertantes em si, mas ter em<br />

mente que as contribuições da proposta <strong>do</strong>s segmentos, orientadas para a sustentabilida<strong>de</strong> ambiental,<br />

econômica e social po<strong>de</strong>m ser incompatíveis (e os da<strong>do</strong>s confirmam que são) com gran<strong>de</strong>s operações.<br />

Percepções <strong>do</strong> empresaria<strong>do</strong> <strong>do</strong>s segmentos<br />

As percepções <strong>do</strong> empresaria<strong>do</strong> <strong>de</strong> Ecoturismo e <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong> <strong>Aventura</strong> continuam, assim como<br />

constata<strong>do</strong> em 2006, muito restritas ao seu Destino ou à ativida<strong>de</strong> explorada. Falta a eles uma visão<br />

mais estratégica acerca <strong>do</strong>s fatores influencia<strong>do</strong>res na <strong>de</strong>manda, por exemplo. De maneira geral, tais<br />

empresários associam as oscilações positivas e negativas na <strong>de</strong>manda a fatores externos,<br />

principalmente ao câmbio e às mudanças no po<strong>de</strong>r aquisitivo <strong>do</strong>s consumi<strong>do</strong>res. Não há menções<br />

aos outros segmentos turísticos como concorrentes e existem poucas menções a outras ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong> segmento. Ou seja, não há percepção <strong>de</strong> disputa <strong>de</strong> clientes com outros segmentos e nem<br />

<strong>de</strong> canibalização <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> próprio segmento. Outro fator é a perda <strong>de</strong> atrativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas<br />

ativida<strong>de</strong>s. São raros os que se enxergam como agentes propulsores <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> agir<br />

proativamente, geran<strong>do</strong> fluxo <strong>de</strong> clientes. A postura é ainda muito passiva, <strong>de</strong> sofrer as<br />

consequências <strong>de</strong> fatores externos e menos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar novas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócios.<br />

Para muitos empresários, a melhoria na qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s serviços e das condições <strong>de</strong> segurança não são<br />

apontadas como indutores <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda. O cliente já está mais confiante – e também muito mais<br />

Consi<strong>de</strong>rações Finais 145

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