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Relatório de Impactos do Programa Aventura Segura 2011

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naturais ou artificiais (pare<strong>de</strong>s e muros especialmente equipa<strong>do</strong>s para tal) e po<strong>de</strong> durar horas como<br />

também dias (escalada em big wall).<br />

A escalada em ambientes fecha<strong>do</strong>s (in<strong>do</strong>or) é realizada em estruturas artificiais que apresentam vias<br />

(rotas <strong>de</strong> ascensão) geralmente abaixo <strong>de</strong> 50 metros <strong>de</strong> altura, equipadas com sistema <strong>de</strong> segurança<br />

que reduz riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte. A escalada em ambientes naturais é praticada ao ar livre com interação<br />

direta com a natureza. Na sua maioria, os ofertantes são ginásios que dispõem <strong>de</strong> paredões <strong>de</strong><br />

escalada urbanos, oferecem cursos em diversos níveis e <strong>de</strong>pois po<strong>de</strong>m realizar práticas em ambiente<br />

natural ou são empresas especializadas que levam grupos a locais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s, disponibilizan<strong>do</strong><br />

equipamentos, alimentação, transporte e hospedagem, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da distância.<br />

No Brasil, a escalada, enquanto ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Turismo <strong>de</strong> <strong>Aventura</strong>, começou a ser oferecida por<br />

volta <strong>de</strong> 1998, no Rio <strong>de</strong> Janeiro. Aliás, recentemente a ativida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>clarada como patrimônio<br />

cultural carioca <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à forte tradição da prática no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, on<strong>de</strong> a ativida<strong>de</strong> po<strong>de</strong><br />

ser praticada em locais como o Pão <strong>de</strong> Açúcar e Pedra da Gávea. No Parque Nacional da Serra <strong>do</strong>s<br />

Órgãos está localiza<strong>do</strong> o Pico De<strong>do</strong> <strong>de</strong> Deus, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o marco inicial da escalada no País.<br />

No Brasil, a escalada tem a seguinte Norma Técnica:<br />

ABNT NBR 15397 – Turismo <strong>de</strong> aventura – Condutores <strong>de</strong> montanhismo e escalada –<br />

Competências <strong>de</strong> pessoal.<br />

Um <strong>do</strong>s fatos marcantes para a ativida<strong>de</strong> foi o surgimento, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, da Lei <strong>de</strong> Incentivo à<br />

Prática <strong>de</strong> Montanhismo nas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação. A lei foi <strong>de</strong>cretada em fevereiro <strong>de</strong> 2010 e<br />

um <strong>do</strong>s seus objetivos é mapear os locais <strong>de</strong> prática.<br />

No que tange à oferta, no ano <strong>de</strong> 2010, foram encontradas 259 empresas envolvidas com a oferta da<br />

escalada turística. Em 2006, existiam 140 empresas que prestavam serviços relativos à escalada turística.<br />

3.16 Espeleoturismo/Espeleoturismo Vertical<br />

A ABNT <strong>de</strong>fine Espeleoturismo como “[...] ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas em cavernas, oferecidas<br />

comercialmente, em caráter recreativo e <strong>de</strong> finalida<strong>de</strong> turística”. São passeios em cavida<strong>de</strong>s subterrâneas<br />

(cavernas), que po<strong>de</strong>m ser ofereci<strong>do</strong>s em diferentes ambientes, como, por exemplo, cavernas<br />

secas (sem cursos d’água), cavernas com rios e cachoeiras, cavernas que precisam ser acessadas com<br />

o uso <strong>de</strong> técnicas verticais, no caso, chama<strong>do</strong> <strong>de</strong> Espeleoturismo Vertical, que, segun<strong>do</strong> a ABNT<br />

significa “[...] espeleoturismo <strong>de</strong> aventura que utiliza técnicas verticais” e até mesmo cavernas com<br />

lagos que permitem a realização da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> flutuação ou mergulho. Também <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong><br />

caving ou cavernismo, é feito para atingir lugares <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>s ou <strong>de</strong> difícil acesso. São necessários<br />

equipamentos específicos para acessar esses ambientes.<br />

Apenas no início <strong>do</strong> século XX o homem começou a explorar cavernas como ciência (chamada<br />

espeleologia). O primeiro a encarar uma caverna, a fim <strong>de</strong> conhecê-la cientificamente, foi o francês<br />

É<strong>do</strong>uard-Alfred Martel.<br />

No Brasil, a exploração científica das cavernas começou com o dinamarquês Peter Lund, entre 1835<br />

e 1844, em Lagoa Santa, Minas Gerais. Em 1969, foi criada a Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Espeleologia<br />

(SBE). A partir da década <strong>de</strong> 70, diversos grupos, sobretu<strong>do</strong> <strong>de</strong> estudantes universitários, passaram<br />

a realizar mais incursões em cavernas. Em 1981, o Destino Vale <strong>do</strong> Ribeira, on<strong>de</strong> está localiza<strong>do</strong> o<br />

famoso Parque Estadual Turístico <strong>do</strong> Alto Ribeira, o PETAR, foi visita<strong>do</strong> por profissionais que levaram<br />

grupos <strong>de</strong> alunos recém-forma<strong>do</strong>s em técnicas verticais e espeleologia para praticarem na região. A<br />

ativida<strong>de</strong> começa a crescer, mas <strong>de</strong> forma tímida. Nos anos 90, o tema foi divulga<strong>do</strong> pela revista Terra,<br />

Capítulo 3 - Ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ecoturismo e Turismo <strong>de</strong> <strong>Aventura</strong> no Brasil 65

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