Painéis A reforma educativa da Irlanda e A - Câmara dos Deputados

CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ COM REDAÇÃO FINAL
Nome: Comissão de Educação e Cultura
Número: 1156/07 Data: 13/08/2007
8% a 10% da mão-de-obra mas, desde então, os números revistos mostram que os
não irlandeses são hoje entre 10% e 12% da mão-de-obra. Pela primeira vez temos
crianças que não falam inglês em nossas escolas, o que para nós é um novo
desafio.
Mais uma vez falo sobre nosso quantitativo populacional de 4,2 milhões de
habitantes — a maior população desde a fundação do nosso Estado. Nossas taxas
de natalidade têm sofrido um aumento continuado, sendo uma das mais altas da
Europa. É claro que, sendo um país católico, sempre tivemos uma alta taxa de
natalidade, mas, durante alguns anos, durante os problemas econômicos, essa taxa
decresceu muito. Ao mesmo tempo, isso é uma bênção e um problema. É ótimo, a
longo prazo, porque nossa população não está se tornando crescentemente idosa,
como mencionado pelo Prof. Heyneman, mas o sistema educacional enfrentará um
desafio, porque, em termos proporcionais, a quantidade de jovens é muito alta se
comparada com padrões europeus.
Pela primeira vez, o nosso sistema de educação está tendo de lidar com um
nível de diversidade cultural que não tínhamos antes. Estou consciente de que, em
algumas áreas rurais do oeste da Irlanda, há grupos de brasileiros que estão
contribuindo com grande eficácia para a economia. Portanto, temos toda uma
variedade de questões, como idioma, etnia, religião, que representam um novo
desafio para o nosso sistema educacional.
Com relação à nossa posição dentro da OCDE, nas últimas 2 décadas,
começamos a participar de estudos comparativos de desempenho de educação,
principalmente no sistema PISA. A Irlanda apareceu, em recente estudo, como
mencionou o Prof. Heyneman, como um dos países com melhor desempenho, com
scores muito altos na taxa de alfabetização, na taxa de término do ensino médio e
na transferência para universidade. Entretanto, não apresentamos bom desempenho
na educação pré-escolar, que tem baixa participação, e, em termos relativos, temos
uma baixa proporção de PhDs formados pelas nossas universidades. Por outro lado,
tradicionalmente, muitos dos nossos formados vão para os Estados Unidos e para o
Reino Unido para o que chamamos de quarto nível, a educação em mestrado e
doutorado.
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