Educação Alimentar e Nutricional.
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os desnutridos, com os eutróficos e com os sobrepesos ??? Já nessa época outra<br />
nutricionista veio trabalhar na SME, então fizemos mudanças nos cardápios, adequamos<br />
a alimentação conforme localização das Escolas e prevalências de desnutrição e<br />
sobrepeso. Mas, faltava a EAN, como fazer as crianças melhorarem seus hábitos também<br />
fora da Escola? Foi aí que entrei em contato com o Setor de capacitação da SME e propus<br />
um curso de EAN para os professores da Rede Municipal de Ensino, afinal em duas<br />
nutricionistas jamais conseguiríamos estar em todas as salas de aula. Pois, bem o curso<br />
foi aceito, duas estagiárias de nutrição nos auxiliaram na montagem da apostila<br />
conforme os assuntos que eu havia proposto e lançamos um curso de 20 horas para<br />
professores, e passamos a ministrar os conteúdos e nas discussões propusemos como<br />
eles poderiam trabalhar os assuntos dentro de suas disciplinas e exemplificávamos como<br />
usar na matemática, na história, na geografia, em ciências, etc. Acredito que até hoje<br />
esse curso acontece. Portanto, mesmo sem recurso financeiro, sem grandes estratégias,<br />
na época fiz além do que as condições de trabalho me proporcionavam, fiz porque quis,<br />
fiz porque minha inquietação era grande, foi difícil, foi, mas posso dizer que além de ter<br />
crescido profissionalmente, cresci como pessoa, aprendi a compartilhar conhecimento e<br />
ganhar pessoas que compartilhavam comigo os objetivos de melhorar o estado<br />
nutricional dos alunos. Se perguntarem, como avalio essa experiência posso dizer que na<br />
época durante as supervisões nas Escolas pude observar uma melhora da aceitabilidade e<br />
diminuição dos desperdícios. Não podemos esquecer que o período das crianças em casa<br />
é grande, e se hoje estivesse lá com certeza estaria investindo em ações para as famílias,<br />
pois sabemos que a Escola não pode ser a responsável pela obesidade, mas pode sim<br />
contribuir para minimizar seus efeitos. Já me alonguei, no próximo relato trarei minha<br />
experiência na SMS.<br />
35. Tenho visto vários locais onde a alimentação é pautada em arroz e feijão tendo a carência<br />
da compra e ou do recebimento da doação de verduras.<br />
Falando em experiências bem sucedidas houve em Pontalina - GO um projeto da<br />
Maçonaria e Prefeitura em que implantaram em parceria com os órgãos Federais,<br />
Estaduais, Municipais, ONGS e sociedade civil, uma horta comunitária. Os alimentos eram<br />
divididos entre os participantes e o excedente era vendido na Feira da Cidade para ser<br />
revertido em implementação de benfeitorias na própria horta.<br />
Paralelamente realizávamos no Programa CEIS - a orientação à crianças e adolescentes a<br />
respeito da alimentação e ingestão adequada dos alimentos, dos benefícios de uma vida<br />
saudável do ponto de vista físico e psíquico, os valores éticos, a prevenção de uso de