Educação Alimentar e Nutricional.
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específico para Nutrição, nos introduz no mundo cotidiano da população brasileira, onde<br />
as campanhas de saúde só interferem pontualmente e ocasionalmente; mostra que os<br />
profissionais em geral esforçam-se para utilizar seus conhecimentos na abordagem desta<br />
situação mas o enfrentamento dos problemas em particular, desvinculado de ações<br />
globais e integradas, tornam sua ação pouco eficaz diante da grandiosidade das questões<br />
que lhe são propostas.<br />
Mostra também que aprender a educar parece ter eficiência surpreendente, desde que<br />
os espaços abertos para os enfrentamentos dos problemas de saúde das populações se<br />
insiram na dinâmica social de cada localidade.<br />
Creio que é isto que o governo atual esta tentando fazer e quem desejar mudanças tem<br />
que aproveitar a vontade política atual. Que dessas discussões saiam - a partir dos relatos<br />
das experiências plurais que vemos aqui - propostas que o governo central possa abraçar<br />
e, juntamente com os profissionais, contribuir na sensibilização dos gestores locais para<br />
melhorar a nutrição e alimentação da nossa população, não esquecendo de ouvi-la, já<br />
que é a principal interessada.<br />
11. O processo de educação alimentar e nutricional (EAN) exige, entre outros aspectos, uma<br />
reflexão contínua sobre como a educação aparece compondo a EAN. Do ponto de vista<br />
do educador existe um grande leque de opções metodológicas e de possibilidades de<br />
organizar sua comunicação. Cada educador pode encontrar uma forma mais adequada<br />
de integrar os vários procedimentos metodológicos e tecnologias. Não há receitas e nem<br />
nunca haverá receitas prontas, pois as situações são muito diversificadas. Acho que o<br />
importante é que cada educador encontre o que lhe ajude a sentir-se bem, a comunicar-<br />
se bem, ensinar bem e ajudar que se aprenda melhor. A meu ver há duas coisas<br />
fundamentais, e essa visão eu compartilho com o professor José Manuel Moran (USP) 8 . A<br />
primeira é o necessário estabelecimento de uma relação empática entre o educador e os<br />
estudantes, buscando mapear interesses, perspectivas, expectativas, quem são. A forma<br />
de se relacionar é fundamental para o sucesso pedagógico.<br />
A segunda é estar aberto para descobrir as competências dos estudantes e as<br />
contribuições que cada um pode dar no processo de aprendizagem. Se é certo que não<br />
se trata de impor um projeto fechado, é também certo que é necessário que as grandes<br />
diretrizes estejam delineadas e claras para o educador, e assim os caminhos de<br />
aprendizagem vão sendo construídos em cada etapa do modo mais rico possível.<br />
8 Para conhecê-lo melhor consulte o CV Lattes em<br />
http://lattes.cnpq.br/4035390540170184