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COIvl - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro

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TERCEIRA MINI-SÉRIE VISTA POR 21 MILHÕES<br />

Quem Ama Não Mata, terceira mini-série da Tv Globo, consegiu pren<strong>de</strong>r a atenção<br />

21 milhões <strong>de</strong> espectadores em todo o Brasil. 0 trabalho <strong>de</strong> Eucly<strong>de</strong>s Marinho nffo foi<br />

tSo assistido como Lampião e Maria Bonita, que inaugurou a experiência das estórias<br />

em quatro semanas, mas superou largamente Avenida Paulista, que veio antes <strong>de</strong>la.<br />

Quem Ama Não Mata fez muito mais sucesso no Rio (44%) que em Safo Paulo (25%).<br />

Mas foi em Florianópolis e Belo Horizonte que o IBOPE registrou os maiores índices<br />

<strong>de</strong> audifincia para a mini-série. A crítica, no entanto, nâb foi tSo benevolente quanto o<br />

público. Embora reconhecendo a qualida<strong>de</strong> técnica do produto, con<strong>de</strong>nou o texto <strong>de</strong><br />

Eucly<strong>de</strong>s Marinho e o <strong>de</strong>sempenho estereotipado <strong>de</strong> Cláudio Marzo e Marília Fera, os<br />

principais atores.<br />

NOVO TELEJORNAL DEIXA A DESEJAR<br />

A Re<strong>de</strong> Globo bem que tenta, mgs não consegue resolver seu problema <strong>de</strong> telejor-<br />

nal das onze da noite. A excessiva timi<strong>de</strong>z (para nSo dizer tibieza) política da emissora,<br />

que insiste cm seu Irlejornalismo ser mais realista que o rei e em nSo aproveitar as bre-<br />

chas da abertura ner.i mssmo no horário em que a audiência é mais reduzida, impe<strong>de</strong><br />

que seus competentes profissionais façam o trabalho a que se propõem. 0 Jornal da<br />

Globo, que estreou na primeira semana <strong>de</strong> agosto em substituição â segunda edição do<br />

Jornal Nacional, apesôr das boas intenções e da interferência pessoa! <strong>de</strong> José Bonifácio<br />

<strong>de</strong> Oliveira Sobrinho (o Bôni) <strong>de</strong>ixa muita a <strong>de</strong>sejar e está muito longo <strong>de</strong> Globo Revis-<br />

ta, a mais bem sucedida das diversas experiências que a Globo tem feito com o horário.<br />

0 Jornal da Globo diz que preten<strong>de</strong> ser mais analítico, mas está espremido pelo pouco<br />

tempo que tem. Le'a para o estúdio gran<strong>de</strong>s personalida<strong>de</strong>s para entrevistas que são<br />

abruptamente encerradas após duas ou três perguntas rápidas respondidos às pressas<br />

pelo convidado. Renato Machado, Belisa Ribeiro, Luciana Villas Boas tentam ser in-<br />

formais (<strong>de</strong>ntro do IOVO estilo norte-americano), mas acabam sendo apenas forçada-<br />

mente engraçados. De bom mesmo, só a presença <strong>de</strong> Henfil, cada vez mais seguro na<br />

linguagem televisiva, e <strong>de</strong> Paulo Francis, que consegue oferecer a visão analítica que o<br />

jornal como um todo preten<strong>de</strong> atingir.<br />

DANIEL FILHO ATACA TV-S<br />

Em entrevista à repórter Paula Dip, da revista Veja (14/7/82), Daniel Filho, dire-<br />

tor <strong>de</strong> novelas da Re<strong>de</strong> Globo fez seríssimos ataques à sua concorrente, a TV-S. Revol-<br />

tado com os cortes que a censura fez em seu último trabalho (a mini-série Quem Ama<br />

Não Mata), Daniel Filho afirmou que "pornografia é a TV-S", <strong>de</strong>nunciando que a<br />

Censura discrimina as emissoras, favorecendo à <strong>de</strong> Silvio Santos e prejudicando à <strong>de</strong><br />

Roberto Marinho. Menos por esses ataques, mais pela interessante discussão sobre a<br />

linguagem televisiva (especialmente a comparação entre as novelas e a mini-série), a<br />

entrevista <strong>de</strong> Daniel Filho é uma importante fonte para quem pretenda estudar o papel<br />

da televisão na cultura brasileira contemporânea.<br />

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