4 REZISTJEMCIA — Domingo, <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1904 Água da Guria (Mogofores—Anadia) §nlfata
Editor MANUEL DOLIVEIRA AMARAL PUBLICA-SE AOS DOMINGOS E QUINTAS-FEIRAS Redacção e Administração = Rua Ferreira Borges Typ. Democratica ARCO DE ALMEDINA, IO N.° 905 COIMBRA—Quinta-feira, 26 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1904 IO." ANO Â luta tremenda... Em informação mo<strong>de</strong>sta e breve o Diário <strong>de</strong> Noticias diz constarlhe que, no continente, está feito o acordo entre progressistas e »ejeneradôres para as próximas eleiçõis. A luta tremenda e feróz que se anunciou, em retumbantes proclamaçõis belicosas, o combate ruidoso e sangrento em que os paladinos das duas façõis rotativas se bateriam com o <strong>de</strong>nodo alucinado <strong>de</strong> beluarios antigos, esse esperado e ululante <strong>de</strong>gladiar <strong>de</strong> terás, umas contra outras lançadas na disputa da presa opima, liquidou assim nesta baixa comedia <strong>de</strong> velhos amigos que se compoem, apóz um assomos <strong>de</strong> represalia, bebendo-lhe <strong>de</strong> rijo em agape <strong>de</strong> festiva reconciliação. A violência tremenda do golpe <strong>de</strong> estado, os <strong>de</strong>satinos, as imoralida<strong>de</strong>s, os atentados que constituem toda a istória <strong>de</strong>ste governo, e <strong>de</strong> que numa ora fugaz <strong>de</strong> irritação se fez tamanho alar<strong>de</strong>, tudo isso se <strong>de</strong>liu da memoria dos adversarios do sr. Intze, que breve reataram o idilio daquelle amor ar<strong>de</strong>nte que por tão largo tempo os juntou. . . Não chegárão a tomar armas. A lembrança <strong>de</strong> tão bela camaradajem, com os proventos da governança repartidos amigavelmente, enterneceu-os e lançou-os, em lagrimas, nos braços uns dos outros. Tudo correrá, pois, calmamente, sem os órridos episodios <strong>de</strong> sangue que o embate dos dois exercitos inimigos <strong>de</strong>ixava advinhar. A nomeação dos senhores <strong>de</strong>putados será novamente confirmada pelo ministério do reino. O parlamento continuará a ser a mesma casa <strong>de</strong> má nota) ignóbil e suja, on<strong>de</strong> uns sujeitos aviam a correspondência particnlar, outros réclamam os seus vinhos, on<strong>de</strong> o sr. Serjio faz as suassonécas reparadoras, o sr. Claro da Rica impinje, em primeira edição, as suas sandices, e vários outros representantes da nação arrotam consoladamente, em todos os tomo, num alivio <strong>de</strong> importunos afrontamentos . . . O paiz continua, também, no seu fautàl <strong>de</strong> espetador comedido, a ver como os seus lejitimos representantes lhe zelam inflamadamente os interesses e lhe <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a pele das unhas maldosas que preten<strong>de</strong>m arrancal-a. ; , * E é assim a politica dos grupos monárquicos. Entendidos, dispõem dos <strong>de</strong>stinos do paiz, sem pensarem sequer na possibilida<strong>de</strong> duma reação salutar que lhes encangalhe as combinatas amistosas. O paiz para eles nada vale, nem direitos lhe reconhecem a intervir para pleitear com amor os seus interesses. E esta segurança, este estupidamente, garanfem-lhes uma compata massa abstencionista. Os protestos, a espaços erguidos por certas classes, não os amedrontam, porque eles sabem, por velha experiencia, que esses <strong>de</strong>clamadores, chegada á óra dos trabalhos eleitoraes, entupem e vão na sua gran<strong>de</strong> maioria auxilial-ós nas urnas. Assim, da abstenção estúpida <strong>de</strong> uns, da incoerencia criminosa <strong>de</strong> outros, resultou esta situação miserável : o paiz é, todo elle, uma viloria on<strong>de</strong> campam vitoriosamente os senhores da governança. Ainda á pouco o paiz, em pezo, protestou contra os <strong>de</strong>svarios dos governos. Que importa? Esse mesmo país vae affirmar agora nas urnas a sua confiança a esses governos con<strong>de</strong>nados. Porque, como dissémos, os senhores que protestão em comícios e baforam ameaças nas laudas graves <strong>de</strong> sonorozas reprezentaçõis, são os primeiros que põem a sua influencia ao dispor <strong>de</strong>ssa jente, aliciando e comprimindo, muito a seu- contento e muita da sua iniciativa. E unem-se todos, cerradamente, como se um inimigo terrível se aproximasse, quando alguém fala em republicanos. Isso não! Para lhes impedir a entrada no parlamento coligam-se todos os bandos monárquicos; e os graves varões que armam em patriotas, e têm cóleras flamantes em assembleias publicas, e queimam tropos, e fazem ameaças, não esitam em apoial-os, <strong>de</strong>cididamente, com um gran<strong>de</strong> ardor fanatico. E não querem que nós, os republicanos, façamos politica! Ilustríssimos. . . Serviço d'el-rei! Consta-nos que o sr. João Franco en<strong>de</strong>reçou circular conspicua aos seus correlijionarios <strong>de</strong> varias localida<strong>de</strong>s, reeomendando-lhes com instancia que não votem nos repub'icanos. Omens dum só rosto e duma só'fé, os austeros rejeneradores liberais não careceriam <strong>de</strong> prevenção. Mas o sr. Fianco cumpre as or<strong>de</strong>ns do seu senhor, acamaradando com todos os políticos monárquicos no tocante a fazerem provas <strong>de</strong> obdiencia servil e a disputa rem-se com <strong>de</strong>nodo os serviços do amo. Que onra, senhores» que onra se ele lhes mandasse fazer os <strong>de</strong>spejos 1 De vários jornais Batalha <strong>de</strong> flores. Realizou-se no ultimo domingo, como prenunciáramos, a batalha <strong>de</strong> flores em beneficio das «Créches», a simpatica instituição que tão carinhózamente vem interessando por si a população <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong>. E, para regozijos será qu« nunca esse interesse <strong>de</strong>zapareça, que mais a mais avulte o concurso prestimôzo <strong>de</strong> todos os espíritos elevádos, para que a meritória instituição se mantenha e prosperamente floresça, espalhando com crescente liberalida<strong>de</strong> os seus benefícios. Pela perseverança e pelo entuziasmo que têm posto no propozito <strong>de</strong> <strong>de</strong>zafogãr a existencia das «Créches», os seus <strong>de</strong>dicados trabalhadores merecem ser com inteira justiça louvados, como merecem que todos lhes prestem a colaboração indispensável á sustentação da sua obra. Festa duplamente atraente, pela novida<strong>de</strong> da diversão e pelo fim alto a que vizava, ao Cais afluiu irnia multidão enorme, que se apo<strong>de</strong>rou do recinto vedado, enchendo as ca<strong>de</strong>iras e acotovelando-se no espaço <strong>de</strong>stinado aos peões, e que se alargou ainda cá fóra, <strong>de</strong>nsamente, exten<strong>de</strong>ndo-se pela ponte, acocorando-se nas iminencias da cida<strong>de</strong>, premindo-se nas janelas. O aspeto era extremamente pitoresco cheio <strong>de</strong> animação e <strong>de</strong> vida, rezaltando na beleza da tar<strong>de</strong> lumirioza e serena. Carros, automóveis,, cavaleiros, apareceram em gran<strong>de</strong> numero, com enfeitos artísticos e jilgmis <strong>de</strong> apreciavel bom-gosto, remessando-se flores, num torneio jentil omje era grato "ser ferido ... Todos os "números do programa fo- ram rigorozamente cumpridos, <strong>de</strong>spertando alguns verda<strong>de</strong>iro entuziasmo E a festa <strong>de</strong>correu sempre sem o minimo inci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>zagradavel, calmamente, talvez sem essa nota estridula <strong>de</strong> alegria popular, tão <strong>de</strong> encarecer em todas as diversois. Pelo êxito da sua festa, cor<strong>de</strong>almente felicitamos a direção das «Creches» sempre tão ativa e solicita em buscar para a sua obra novos recursos <strong>de</strong> vida. O sr. Serjio <strong>de</strong> Castro, estatelado na «Tar<strong>de</strong>», a babar-se, com tremuras na voz espaçada, diz coizas líricas á Rainha e mostra gran<strong>de</strong> pasmo bajulador pela famóza peça oratoria com que el-rei abriu Q Congresso .Marítimo. Nunca o sr. Serjio esquece o seu papel <strong>de</strong> esfregão. Ainda mesmo nos momentos mais críticos... Começou no domingo a tradiccional romagem do Espirito Santo. Todos ;os dias o caminho <strong>de</strong> Santo Antonio dos Olivaes se coalha <strong>de</strong> carripanas atochadas <strong>de</strong> povoléu, e <strong>de</strong> ranchadas alegres, em <strong>de</strong>scantes, tangendo violas e tilintando campainhas. O local da romaria offerece um aspecto soberbo, com a sua multidão borborinhante, espraiando-se e repartindo-se terrenos fóra, as suas tendas pitforescas, as suas danças alacres. O sr. comissário <strong>de</strong> policia oficiou ao « A Coroação da Virjem do digno prezi<strong>de</strong>nte da camara, notificandolhe o facto, que reprezenta um abuzo da Sameiro será feita em nome do Companhia do Gás, <strong>de</strong> se encontrarem Santo Padre pelo seu represen- frequentemente apagados muitos candieitante em Portugal, o sr. Núncio ros da iluminação publica e outros com Apostólico. lús muito frouxa. Suas majesta<strong>de</strong>s as rainhas <strong>de</strong>s<strong>de</strong>m supremo com que os par- D. Amélia e D. Maria Pia enviam tidos do rejimen o maltratam, vem jóias para a corôa que vae ser ofe- A<strong>de</strong>lina Abranches /\ da lição antiga que <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> atos recida á Virjem. »" \ Com este titulo fica <strong>de</strong> rezerva para sempre repetidos. Vejam agora se vão fazer pas- o proximo numero um bélo assunto, que O <strong>de</strong>sprezo que uns tantos afirsar a Virjem por receptadora das não inserimos ôje por absoluta falta <strong>de</strong> mam pela politica, impru<strong>de</strong>ntemente jóias <strong>de</strong> D. Miguel. . . espaço. No EXTREMO ORIENTE A GUERRA . . Dum magnifico artigo <strong>de</strong> Bruno inserto na Vós Publica, -com a rubrica — A vitoria dos russos está na <strong>de</strong>rrota dos russos — <strong>de</strong>stacamõs o seguinte trecho: «Se a Rússia vencer finalmente, esta vitoria é uma abdicação da umana intelijencia por isso que ela mostrará que pouco importam o, estudo e a ciência, visto como a ultima palavra ficará sempre rezervada para a força brutal do numero. Porem as nações europeas que aplaudam essa estúpida vitoria ao analfabetismo russo sobre a ilustração japonêza <strong>de</strong>veriam reparar em que elas próprias, por isso que menos numerozas em sua população do que o colosso cego do moscovitismo, se colocam á mercê da infindável orda dos mujisck-s 'iriuofantes, que voltarão contra elas as armas a um aceno <strong>de</strong> seu pai temporal e espiritual, como o é o tzar, imperador e pontífice. De nada vale, pois, a ciência que tem <strong>de</strong> sucumbir sob a esmagadora pressão do numero boçal, inerte mas eficás, <strong>de</strong>cisivo e <strong>de</strong>finitivo. Este espetaculo seria <strong>de</strong>smoralizador, como <strong>de</strong>s<strong>de</strong> agora é <strong>de</strong>testável que a «víle iumiêre» faça votos pelo triunfo das trevas. Mas a vitoria da Rússia, sobretudo pana quem será <strong>de</strong>zastrozissima é para os... russos. O que Convém sobretudo aos russos é, na verda<strong>de</strong>, a <strong>de</strong>rrota da Rússia. Porquanto a .vitoria da Rússia importaria a confirmação e.o robustecimento, pelo. prestijio da glorja militar, do rejime politico e administrativo na Rússia vijente, isto é a perpetuação in<strong>de</strong>fenida do arbítrio e da tirania, a terminação <strong>de</strong>spiedoza da opressão tradicional, o renqvamento <strong>de</strong>,vitalida<strong>de</strong> da autocracia. Pelo contrario, a <strong>de</strong>rrota da Rússia pô<strong>de</strong> sér que promova na jente militar ali uma exasperação <strong>de</strong> dôr patriótica que a leve a insurjir-sê contra o atual estado <strong>de</strong> coisas, iuaugurando no seu <strong>de</strong>sgraçado paiz instituiçõis liberais e emancipando enfim o conjunte nacional, na sua parte europeia, extraindo da vitoria do Japão a Russiá o constitucionalismo, como da vitoria da Prússia a França tirou a republica. » Xlauuel Teixeira da Cunha De uma Mielita Crónica faleeeu ontem este bemquisto industrial e onrado cidadão. Foi um <strong>de</strong>votado apostolo do movimento associativo sendo por varias vezes prezi<strong>de</strong>nte da Associação dos Altistas, do Montepio Conimbricense e <strong>de</strong> outras Associaçõis <strong>de</strong> que fazia parte. No seu funeral que se realizou ontem pelas 5 óras da tar<strong>de</strong> emcorporárão-se as Associaçõis dos Artistas, e Montepio e numerozos cavalheiros <strong>de</strong> todas as classes que tinhão pelo carater onrado do extinto a maior consi<strong>de</strong>ração. A' enlutada íamilia os nossos, sentidos pezames. No dia 9 do proximo mês <strong>de</strong> junho, <strong>de</strong>ve proce<strong>de</strong>r-se, nos paços do concelho, á arrematação, em ásta publica, da reparação do povimentò da estrada que dó bairro <strong>de</strong> Santa Ana condus á Crus <strong>de</strong> Celas, bem como a coustrução dum aqueduto na mesma estrada. Egualmente se dará <strong>de</strong> empreitada a construção <strong>de</strong> latrinas e uma caza para guarda no Parque <strong>de</strong> Santa Crús, sendo a baze <strong>de</strong> licitação <strong>de</strong> 44:f$000 réis. E' provável que. por cauza do serviço <strong>de</strong> exames, as aulas do liceu centrai <strong>de</strong>sta cida<strong>de</strong> tenhão <strong>de</strong> encerrar-se no dia 18 do proximo mês <strong>de</strong> junho. . CARTA ABERTA !l W! Ill: mo Ex. 1M Sr. J. Dantas Sabendo que V. Ex. a galantemente nos blindara pela soberba patèSda, da noite <strong>de</strong> áO <strong>de</strong> maio, quando se <strong>de</strong>zenrolava emscena a pornogrnphica Severa, venho agra<strong>de</strong>cer-lhe, como um dos pateantes. as suas amaveis referencias e a situação nobremente altiva creada pôr Y. F.xii'este ligeiro torneio <strong>de</strong> dissidências artísticas. Assim com o seu brin<strong>de</strong>, agra<strong>de</strong>cendo a nota ostil por mim Ian-, çada á sua festa, cõlocou-me n'um campo' alto <strong>de</strong> combate que só encontra similar, em galhardia, nas paginas da istória, no recontro <strong>de</strong> gentilezas e rancôres chamado Fontenói. Evi<strong>de</strong>ntemente, esse brin<strong>de</strong> pronunciado n'um jantar on<strong>de</strong> cabotinos e littérafos, corujinhas sem ninho e sem talento, proôuravam incensa-lo, tinha só por fim <strong>de</strong>monstrar que, n'esté mtrndo mais vale o rir dos cynicos e a doblez dos frágeis., que a integrida<strong>de</strong> doã fortes e a virilida<strong>de</strong> dos sãos. E como a rir encara esta situação, em que o ridículo põe já guizalheiras, vae Saber as razões que'me levaram a patea-ló, na noite <strong>de</strong> 20 <strong>de</strong> maio, quando a sua figura <strong>de</strong> atidor mendicante surgio em scena. Raixe Y. Ex. a da pia dos seus i<strong>de</strong>aes artísticos, on<strong>de</strong> chafurda, para que eu mais mão a mão lhe possa explicar o motivo <strong>de</strong> tão irreverente, quão insolito facto. Precisarei, talvez, dizer-lhe primeiramente, ê para o collocar mais á vonta<strong>de</strong>, <strong>de</strong> que não tenho peça absolutamente nenhuma para levar á cena, nem mnti vos <strong>de</strong> pretendidos amores clan<strong>de</strong>stinos me tolhem <strong>de</strong> bem alto dizer <strong>de</strong> minha justiça. Assim, estará Y. Ex. a perfeitamente <strong>de</strong>scançado" ao ler estas minhas linhas,- não pensando no perigo iminente d'umá leitura <strong>de</strong> peça cjue eu, em óras <strong>de</strong> fornicoques <strong>de</strong> escriptor, tenha composto ou extratado <strong>de</strong> romances em voga. Para não o massar em extremo entrarei no assumpto. No meio d'estes caracteres frustres, quasi alforrecas, sem a convicção do que vale o trabalho, na luta por um logar, capazes <strong>de</strong> se fazerem capachos, era ne^ cessario que alguém, selvagem e ru<strong>de</strong>mente, lhe viésse dizer da plateia, na melor peia <strong>de</strong>sagradavel do assobio e da pateada, que alguém ha não dando os seus aplausos a esse grupo <strong>de</strong> rameiragem que vae ao asalto da gloria, como se a arte fose tavolajem ou mêza <strong>de</strong> monte. Foi um momento terrível esse da pateada, um momento <strong>de</strong> execução Capital: era uma justiça gran<strong>de</strong> e alta a ex,er cutar. Doloroso, <strong>de</strong> certo. Ninguém é algoz <strong>de</strong> coração leve e muito menos sem magua. A palida serenida<strong>de</strong> da justiça é também um pouco a pali<strong>de</strong>z do horror. Comprehen<strong>de</strong>rà todo o dó que <strong>de</strong> mim se apo<strong>de</strong>rou ao ter <strong>de</strong> fazer» esta execução." * ' imagine agora quando uma mulherse mette <strong>de</strong> premeio a pedir mesericordia... a pieda<strong>de</strong> agarra-nos péla nuçà ; ôscila-se entre a,bonda<strong>de</strong> e a justiça! Sér bom è fácil, justo é dificílimo. E' doloroso, imensamente doloroso. Não calcula, não calcula que eu bem sei, a magua enorme que me inspirou quando a A<strong>de</strong>lina Abranches, meigamente, o trazia adiante, súplice-, <strong>de</strong> braços estendidos, pedindo' para si as palmas que sobre ella vinham como incitamento á Sua corajem <strong>de</strong> artista sincera, batida pela malva<strong>de</strong>z e pela inveja. Que- cobar<strong>de</strong> situação em que eu vi V. Ex. a ! Faz-me dó, creia. Tive até a i<strong>de</strong>ia re<strong>de</strong>mptora <strong>de</strong>, conjunctamente com um grupo <strong>de</strong> amigos <strong>de</strong>cididos, o raptar para o livrar a tão terrível vergonha. Não pou<strong>de</strong> ser... o peor foi para V. Ex. a que tão miserável figura reprezentou n'este entremez. Outros motivos ouve para a pateada e esses dizem-se em tão poucas