902-911 - Universidade de Coimbra
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2 REZISTENCIA — Domingo, 19 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 15ÍOI<br />
São sempre <strong>de</strong> reconhecido interesse<br />
para as localida<strong>de</strong>s que as promovem as expoziçõis<br />
e <strong>Coimbra</strong> como centro <strong>de</strong> uma<br />
granne e rica rejião agrícola, mais interésse<br />
<strong>de</strong>ve ter.<br />
E' <strong>de</strong> esperar que oste certamen seja<br />
muito concorrido e que os srs. agricultores<br />
venhão dar-lhe o brilho e a importancia<br />
que meréce.<br />
0 sr. Sertório Monte Pereira virá<br />
durante a expozição fazer uma conferencia<br />
sebre A agricultura e o Comercio em<br />
Portugal.<br />
Esta conferencia é esperada com interésse<br />
porque o sr. Sertório Monte Pereira<br />
é o dirétor do mercado central, e<br />
! Monárquicos e republicanos<br />
que profundamente impressiónão a ]<br />
aima popular, e para um pequeno 1<br />
gjzo <strong>de</strong> tréguas na lufa-lufa incessante<br />
da vida penózi e amarga.<br />
Eis a pura verda<strong>de</strong>.<br />
Aí fica pois reduzida aos seus<br />
justos limites essa clamoróza comemoração<br />
do dogma da Imaculada<br />
sobre que principia a c;:ír o pczado<br />
silencio do passado. Felismente que<br />
assim succc<strong>de</strong> a tudo aquilo qne não<br />
assenta na solidês in<strong>de</strong>strutível <strong>de</strong><br />
principios e fatos que ténhâo um<br />
fim mais nobre, mais jenerôzo, mais<br />
úmanitario.<br />
Certo que o esquécimento dos<br />
ómens e a justiça da istória serão<br />
implacaveis para tais repugnancias<br />
ignóbeis e irritantes entre as quais<br />
fica avultando essa monstruóza<br />
Farçada.<br />
Votár nos candidátos monárquicos<br />
é cometer uma traição.<br />
Porque é votár por um rejimen<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>spotismo e <strong>de</strong><br />
crápula coiiíra o pais oprimido<br />
e roufeádo.<br />
Industria contestada<br />
0 Conimbricense, num arligo com respeito<br />
ás referencias d cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>,<br />
trás a seguinte trancrição <strong>de</strong> Camilo<br />
Castélo Branco a propózito <strong>de</strong> Carlota<br />
Lady Jackson autora <strong>de</strong> A formóza Luzitania<br />
traduzida por êle do inglês:<br />
« Esta senhora ouve se jenerózamente<br />
Com a princêza do mondègo, Não é esse<br />
o costúme dos óspe<strong>de</strong>s inglèzes. Richard<br />
Twiss, que estève em <strong>Coimbra</strong> em 1773,<br />
ómem <strong>de</strong> lètras, escreveu um enorme<br />
livro ácerca <strong>de</strong> Portugal e Espanha, <strong>de</strong>dicando<br />
a <strong>Coimbra</strong> as seguintes cinco linhas<br />
: « <strong>Coimbra</strong> ê uma <strong>Universida<strong>de</strong></strong> si-<br />
« tuada num monte, pérto do rio Mon-<br />
» dègo, sobre o qual córre uma ponte<br />
« muito comprida e baixa, com muitos<br />
« arcos gran<strong>de</strong>s e pequênos. Rezi<strong>de</strong>m<br />
« aqui cinco familias inglêzas, uma das<br />
€ quais pertence a um médico. Esta ciai<br />
da<strong>de</strong> è celebrada pelos seus curiózos<br />
« cópos e caixas <strong>de</strong> corno polido ». This<br />
city is celebrated for its curious cups and<br />
boxes of turned horn. »<br />
Várias vézes têmos visto estra transcrição<br />
<strong>de</strong> Richard Twiss, sempre aprezentada<br />
em ar <strong>de</strong> duvida.<br />
Não á nada mais verda<strong>de</strong>iro: em<br />
<strong>Coimbra</strong> fazião-se no século XVIII obras<br />
<strong>de</strong> corno polido, que passávão por excelentes,<br />
e os trabalhos nacianais ocupando-se<br />
das industrias <strong>de</strong>sta boa terra não<br />
<strong>de</strong>ixávão passar esta sem o <strong>de</strong>vido encarecimento.<br />
As caixas e cópos <strong>de</strong> pau do ar, como<br />
mais polidamente dizião os autores porluguêzes,<br />
fabricavão-se em gran<strong>de</strong> cópia,<br />
(é ainda a mesma polida linguajem)<br />
na rua do Coruche, ôje Viscon<strong>de</strong> da Luz.<br />
Porque <strong>de</strong>zapareceria a industria ?<br />
Com o alargamento da rua ?<br />
Esse é o problema . . .<br />
Expozi.ção Agrícola<br />
Des<strong>de</strong> já se recebem os produtos <strong>de</strong>stinados<br />
á Exposição agiicola do distrito<br />
<strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, na Escola <strong>de</strong> Agricultara e<br />
no estabelecimeuto dos srs. Nazareth &<br />
Filho na rua Ferreira Borjes n. cs Façamos o confronto. Marquemos a<br />
superiorida<strong>de</strong> dos <strong>de</strong>putados republicanos<br />
e as vantajens incalculáveis que ao pais<br />
advorião das suas eleiçõis.<br />
Façamos o confronto, dissémos, e<br />
não sabemos bem se o confronto é permitido<br />
entre ómens livres que reprezenlão,<br />
em toda a sua ptirêza, um gran<strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> altíssimas reivindicaçõis, e os<br />
subalternos <strong>de</strong> emprêzas exploradoras,<br />
escravos e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes das suas ambiçõis,<br />
dos seus interesses e dos seus chefes.<br />
Na lista républieâna todos os nomes<br />
<strong>de</strong>stàcão com indiscutíveis merecimentos,<br />
Quazi todos se provárão já nas li<strong>de</strong>s parlamentares<br />
lutadores <strong>de</strong> envergadura<br />
superior, ê a sua obra <strong>de</strong> saneamento<br />
eficás e <strong>de</strong> protesto salutar<br />
vinca uma excéção nolavel na vida charra<br />
ê ignóbil da chamada representação nacional,<br />
E tão gran<strong>de</strong> foi o alarme que<br />
a sua ação provocou, tantos os sustos<br />
que as suas vózes in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e sevéros<br />
<strong>de</strong>spertárão, num alvoroço pávido,<br />
que os serventuários da realeza chegarão<br />
ao supremo <strong>de</strong>scáro <strong>de</strong> aventárem e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem<br />
a doutrina <strong>de</strong> que é preeizo<br />
impedir a entrada dos républicànos no<br />
parlamento.<br />
Os <strong>de</strong>putados monárquicos não rereprezentão<br />
os interesses peculiares do<br />
seu circulo nem os interesse jeraís do<br />
pais: répezentão apenas a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu<br />
oartido, os seus interesses e as suas ambiçõi>.<br />
Não têm liberda<strong>de</strong>: proce<strong>de</strong>m<br />
sob ór<strong>de</strong>m dta seus chéfes. Não têm<br />
consciência ; ob tdécem a motivos pequênos<br />
<strong>de</strong> conveniências. Não têm o culto<br />
dum i<strong>de</strong>al: têm <strong>de</strong>voção das personalida<strong>de</strong>s<br />
que pó<strong>de</strong>m garantir-lhes a vida<br />
fácil e ostentóza da madraçaria burccratica.<br />
A sua obra está patente : inútil, baixa,<br />
criminóza. Raro um lampéjo <strong>de</strong> eloquência,<br />
raríssimo um assomo <strong>de</strong> brio<br />
dão á discussão parlamentar o aspéto interessante,<br />
duma pugna on<strong>de</strong> se bátão<br />
consciências e on<strong>de</strong> brilhem espíritos.<br />
Não são uma falange: são um rebanho.<br />
Não são lejionários duma i<strong>de</strong>ia:<br />
são carneiros.<br />
Não viérão do sufrájio e da vonta<strong>de</strong><br />
consciente e livre do pais : viérão da protéção<br />
e da complacência do Ministério do<br />
Reino,<br />
Uma Associação comercial <strong>de</strong>nominou,<br />
á tempos, o parlamento um synédrio<br />
<strong>de</strong> inconfessáveis interésses. E <strong>de</strong> âno<br />
para âno esse sinédrio tem <strong>de</strong>scido á<br />
condição duma baiúca perigóza, on<strong>de</strong> se<br />
tramem atentados e se ensaiem c<br />
20 e 24.<br />
Devem ser acompanhados <strong>de</strong> uma<br />
guia e po<strong>de</strong>m ser enviados a qualquer dos<br />
pontos indicados, conforme melhor convenha<br />
aos srs. Expositores.<br />
#<br />
j  T í m<br />
Na <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, nos dias<br />
15, 16 e 17 <strong>de</strong> junho, fizéiam átos e<br />
ficaram aprovados os seguintes académicos<br />
:<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Teolojla<br />
1.° ano—2.<br />
nas <strong>de</strong><br />
facádas.<br />
E' um antro.<br />
Por isso os <strong>de</strong>putados républicànos<br />
apavórão. Vózes severas que irião conclamar<br />
a verda<strong>de</strong>, com todo o brilho da<br />
intelijencia e com todo o po<strong>de</strong>r da conciencia,<br />
é preeizo sufocar-los, impedir que<br />
se fáção ouvir ómens in<strong>de</strong>pêndêntes, partidarios<br />
dum i<strong>de</strong>al que não reconhece<br />
outra soberania que não séja a do país,<br />
estávão <strong>de</strong>zembaraçádos para articular<br />
todo o formidável libelo contra as corruçõis<br />
famózas do rejimen.<br />
Para lonje, pois, faça-se o silêncio.<br />
Ouça-se apenas a linguajem pautada dos<br />
serventuários. Minta-se ao pais, e estreite-se<br />
a coligação dos que ão-<strong>de</strong> exploralo<br />
e envergonhá-lo.<br />
Mas o pais pô<strong>de</strong> afirmar bem alto a<br />
sua soberania e o seu protésto. Para os<br />
expoliados abre-se um ensejo <strong>de</strong> vindicta.<br />
Para os onéstos, os sãos, os patriotas<br />
proporciona-se um momento <strong>de</strong><br />
cumprir um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>vêr civico.<br />
A' urna pelos candidatos<br />
republicanos!<br />
Trabálha-se átivamente nos festejos<br />
próximos da Rainha Santa, estando já<br />
organizadas muitas comissõis.<br />
Na Praça do Comércio, alem dasiluminaçõis,<br />
que prométem ser vistózas, averá<br />
um pavilhão <strong>de</strong> dança, e outro com um<br />
bazár a favôr da corporação dos guarda -<br />
nocturnos, que tão bons serviços estão<br />
prestando á cida<strong>de</strong>.<br />
De noite, em muitas ruas da baixa<br />
a ca<strong>de</strong>ira—Eduardo Augusto<br />
Fei reira Senrela, Jozé Francisco<br />
Soares, Jozé Marques Dias Júnior, Antonio<br />
Rodrigues d'Oliveira, distinto.<br />
2.° ano — 3.* ca<strong>de</strong>ira — Antonio Augusto<br />
(distinto), Joaquim Correia Salgueiro<br />
(distinto), Jozé d'Almeida Correia,<br />
(distinto), Albertino Augusto da Silva.<br />
3.° ano—Jozé Celestino da Silva.<br />
4.° ano—Alfredo Lopes <strong>de</strong> Sequeira,<br />
Alvaro Ribeiro da Costa Sampaio, Américo<br />
Augusto da Conceição, Antonio Bernardo<br />
da Silva.<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direita<br />
1.° ano — l. a ca<strong>de</strong>ira —Antonio Pedro<br />
Nunes Coelho Sampaio, Antonio Pedro<br />
da Silveira Bagulho, Antonio <strong>de</strong> Amorim<br />
Jirão, Baltazar Enriques dos San'os, Caetano<br />
Tavares Afonso e Cunha, C irlos Alberto<br />
Nunes <strong>de</strong> Velez Juzarte Rolo, Francisco<br />
Cotrim da Silva Garcez, distinto.<br />
Ouve uma reprovação.<br />
2. 4 ca<strong>de</strong>ira—João Canito <strong>de</strong> Oliveira,<br />
João <strong>de</strong> Espregueira da Rocha Paris,<br />
João Maria da Cunha Barboza, João Pe<br />
dro Emauz Leite Ribeiro, Jorje Paes Teles<br />
<strong>de</strong> Utra Machado, Jozé Afonso <strong>de</strong><br />
Lemos Albuquerque, Jozé d'Almeida Euzebio.<br />
Ouve uma reprovação.<br />
3. a ca<strong>de</strong>ira — João Franco, Antonio<br />
Pereira da Silva, Xavier da Sitva Júnior,<br />
Baltazar <strong>de</strong> Almeida Teixeira, Alvaro<br />
Xavier <strong>de</strong> Castro, Erlan<strong>de</strong>r Serze<strong>de</strong>lo<br />
Ferreira Ribeiro, Jozé Fre<strong>de</strong>rico Colaço,<br />
Carlos Olavo Correia d'Azevedo Júnior,<br />
Antonio Pereira <strong>de</strong> Figueiredo, Artur <strong>de</strong><br />
Sant'Anna Leite, Jozé Guilherme Pinto,<br />
Ponce <strong>de</strong> Leão, (distinto), Tomás <strong>de</strong><br />
Gamboa Ran<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Melo.<br />
2.° ano—5. a ca<strong>de</strong>ira — Adolfo <strong>de</strong> Sá<br />
Cardozo, Agostinho Luiz Rodrigues Lima,<br />
Alberto Fernan<strong>de</strong>s Lopes <strong>de</strong> Sepulveda,<br />
Alberto Vicente da Silva, Alfredo Rodrigues<br />
Coelho <strong>de</strong> Magalhães, Alfredo Torla<strong>de</strong>s<br />
0'Neil, Alvaro Cezar Correia Men<strong>de</strong>s,<br />
Alvaro dos Santos Pato.<br />
G. a ca<strong>de</strong>ira —João Machado da Silva,<br />
João Pedro <strong>de</strong> Sousa, Joaquim José d'01iveira,<br />
Joaquim Nunes ú'Oliveira, Jozé<br />
d'Almeida Barreiros Tavares.<br />
Ouve uma reprovação.<br />
7." ca<strong>de</strong>ira—Alfredo Jozé Rodrigues,<br />
Antonio Pereira Gomes, distinto; Artur<br />
Jozé Ferreira, Fernando Ferreira <strong>de</strong> Matos,<br />
Francisco Manuel Pereira Coelho,<br />
Jermano Jozé d'Amorim.<br />
3 ° ano—Antonio <strong>de</strong> Magalhães Rarros<br />
<strong>de</strong> Araujo Queirós, Antonio Policarpo<br />
das Neves, Antonio S. da Cunha, Antonio<br />
Vicente Marçal Martins Portugal, Arnaldo<br />
Ferreira da Silva Guimarães, Artnr Cardozo<br />
da Silva, Artur Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ma<br />
tos, Augusto Euqui<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Menezes, Au<br />
gusto Gomes Moreira, Benjamin do Carmo<br />
Braga Júnior, Carlos Alberto Teixeira<br />
Direito.<br />
Ouve uma reprovação.<br />
4.° ano—Antonio Lopes <strong>de</strong> Almeida,<br />
4ntonio Maria Sequeira Queirós, Antonio<br />
Máximo Branco <strong>de</strong> Melo, Antonio Torge<br />
<strong>de</strong> Figueiredo, Antonio Mesquita <strong>de</strong> Figueiredo,<br />
Antonio da Silva Dias, Artur<br />
<strong>de</strong> Moraes Carvalho, Augusto Cezar Pires<br />
<strong>de</strong> Lima.<br />
5.° ano—Aníbal Metelo <strong>de</strong> Nápoles e<br />
Lemos, Antonio Augusto da Silva Pires,<br />
Antonio <strong>de</strong> Azevedo Alai<strong>de</strong>, Antonio<br />
Brito Pereira <strong>de</strong> Rezen<strong>de</strong>, Antonio Correia<br />
da Fonseca, Antonio Francisco Cor<strong>de</strong>iro,<br />
Antonio Ferreira Rebelo da Silva,<br />
Antorno Men<strong>de</strong>s Vaia Silva Carneiro,<br />
Manuel Antonio <strong>de</strong> Quadros.<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina<br />
1.° ano—l. a ca<strong>de</strong>ira—Exames práticos—A<strong>de</strong>lino<br />
Rebelo Pinto Bastos, Alberto<br />
Carneiro Alves da Cruz, Alfredo Gonçalves<br />
Salvador, Alfredo Gue<strong>de</strong>s Coelho,<br />
Alvaro <strong>de</strong> Almeida Amorim, Anibal <strong>de</strong><br />
Melo e Corga, A<strong>de</strong>lino Rebelo Pinto Bastos,<br />
(distinto), Alberto Carneiro Alves da<br />
Cruz, (distinto).<br />
2. a ca<strong>de</strong>ira—Antonio Batista dos Remedios,<br />
Jozé Joaquim <strong>de</strong> Morais Miranda<br />
(médicos por universida<strong>de</strong>s estranjeiras).<br />
2.° ano — 3. a Lemos, Arnaldo Vieira Neves Cruz, Carlos<br />
Balbino Dias.<br />
4.° ano — Cezar Augu to Freire <strong>de</strong><br />
Andra<strong>de</strong> Rego, Francisco Inácio Pereira<br />
<strong>de</strong> Figueiredo, João Marques dos Santos,<br />
João Pessoa Júnior.<br />
5.° ano—Exames teoricos — Augusto<br />
Rodrigues Almis, Filipe Cezar Augusto<br />
Baião, João Antonio Pinto Bagulho, Jozé<br />
<strong>de</strong> Carvalho Omem.<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Matemática<br />
1ano—1 ,<br />
ca<strong>de</strong>ira -Nuno Freire<br />
a ca<strong>de</strong>ira — Luiz Augusto<br />
Cazimiro <strong>de</strong> Freitas, Francisco Pereira<br />
Dias da Fonseca (distinto); João Augusto<br />
Orneias e Vasconcelos, Jozé Maria Gomes<br />
Estima, Manuel Lopes Marçal Júnior, distinto.<br />
Ouve uma reprovação.<br />
2. a ca<strong>de</strong>ira — Exames teoricos — Viriato<br />
Augusto Ta<strong>de</strong>u, Alvaro <strong>de</strong> Freitas<br />
Morna, distinto, Jozé Augusto <strong>de</strong> Beja<br />
Neves, Antonio Jozé Bernar<strong>de</strong>s Miranda.<br />
Exames práticos Eurico Cunha Barbelos<br />
da Silva, Jeronimo Pinto Montenegro<br />
Carneiro, Mário Gomes Saraiva, Miguel<br />
Vaz Pereira Pinto Gue<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Souza Bacelar.<br />
Ca<strong>de</strong>ira subsidiaria <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenho—1.°<br />
ano— Carlos Ponce d'Oliveira Pires, Ernêsto<br />
Jozé Martins, Jozé <strong>de</strong> Sá Paes do<br />
Amaral, Domingos da Cunha Barboza,<br />
Jozé Joaquim Ramires. Raul Roque, (distinto),<br />
Raul Queimado Sousa, Alvaro <strong>de</strong><br />
Freitas Morna.<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filoxofla<br />
1.° ano—l. a ca<strong>de</strong>ira—Exames práti-<br />
'-cos—Carlos Augusto Lopes <strong>de</strong> Melo, Fernando<br />
Baet;í Biscaia Barreto Roza, Carlos<br />
Elias da Costa Júnior, Acácio Armando<br />
<strong>de</strong> Souza, Anibal da Conceição da Costa<br />
e Silva, Pinto dos Afonso Aires <strong>de</strong> Gouveia<br />
Alcoforado, Francisco Pereira Dias<br />
da Fonseca, Francisco Rodrigues Muigachos,<br />
Bernardino <strong>de</strong> Sena Martins, Mário<br />
<strong>de</strong> Sá Chaves, Luis Emilio Ramires, Jozé<br />
Paulo Teixeira do Amaral.<br />
Faltaram a exame por motivo justificado<br />
cinco alunos.<br />
2.° ano—Periodo tranzitorio—Joaquim<br />
Antonio <strong>de</strong> Melo Castro Ribeiro, Miguel<br />
Pereira da Silva Fonseca, Armindo Afonso<br />
Tavares, Augusto Camossa Nunes Sal<br />
danha, Fortunato Gomes Leiça.<br />
4. a ca<strong>de</strong>ira -Antonio Jozé Bernar<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Miranda, João Lapa Fernan<strong>de</strong>s, Manuel<br />
Jozé Abelho Telo Mexia, Licinio<br />
Cantarino Lima, distinto, Artur Arsênio<br />
d'01iveira Moreira, Jorje Aisenio d'01iveira<br />
Moreira, distinto.<br />
4.° ano—Zoolojia=Fernando Vasques,<br />
da Cunha Braancamp <strong>de</strong> Mancelos, Antonio<br />
Luis Pereira d'Almeida, Jozé Maria<br />
Barboza Tainagnini <strong>de</strong> Matos Encarnação.<br />
Escola <strong>de</strong> farmacia — 2." ca<strong>de</strong>ira—<br />
Arnaldo Pereira <strong>de</strong> Moura.<br />
3. a ACommissão eleitorál républicana<br />
<strong>de</strong> Sacavém espalhou profuzamente<br />
o manifésto seguinte :<br />
Áos eleitores do circulo 15.°<br />
Cidadãos:<br />
É cheg.ádo o momento em que somos<br />
chamados á urna para elejermos os <strong>de</strong>putádos<br />
qne dévem <strong>de</strong> futuro reprezentár<br />
o brio e dignida<strong>de</strong> da Nação Portuguêza.<br />
Por isso, é <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> tôdos os cidadãos<br />
onéstos, escolherem ómens sem eiva nem<br />
macula; um partido <strong>de</strong>.ómens puramente<br />
nóvos, e evilármos por éste meio que<br />
continuem no podêr os vendilhõis que<br />
pelos seus procéssos, nos teem <strong>de</strong>sgraçádo,<br />
tais como: contraindo empréstimos<br />
que para pagármos os juros nos sobrecarrêgão<br />
com pezadissimas contribuíçõis<br />
e termos que pagar por alto preço<br />
os jeneros alimentícios, e lá está o<br />
fisco com as suas garras <strong>de</strong>voradoras que<br />
a toda a óra nos ameaça levar o couro e<br />
•oabêlo.<br />
Devemos pois, repelir todos esses<br />
ómens que só teem ido ao podêr para<br />
explorarem aquêles que tudo produzem<br />
e nada possuem. Substituil-Òs por ómens<br />
que tomem em consi<strong>de</strong>ração as tres<br />
principais forças vitais que fazem a riquéza<br />
<strong>de</strong> uma Nação, tais como: a agricultura,<br />
a industria e o comércio, quando<br />
bem <strong>de</strong>zenvolvidas. Que protéção teem<br />
os governos prestado a estas tres fontes<br />
<strong>de</strong> riquéza? Nenhuma. Teem menosprezado<br />
tudo e todos, <strong>de</strong>sequilibrando totodas<br />
as finanças pelo <strong>de</strong>vorismo no meio<br />
da orjia em que teem vivido.<br />
Os dirijentes da atualida<strong>de</strong> não teem<br />
senão programas <strong>de</strong> exploração e não <strong>de</strong><br />
protéção, como se <strong>de</strong>via prestar ao trabalhador<br />
rural, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> tenra ida<strong>de</strong><br />
não fás senão trabalhar e produzir em<br />
beneficio <strong>de</strong> todos. Qual a sua reçompensa<br />
quando já não tem forças? Atirar<br />
com ele para a rua como a uru cão vadio<br />
e lrzarerito. Eis aqui rezumido em poucas<br />
palavras as recompensas que temos tido<br />
e continuaremos a ter <strong>de</strong> tais govêrnos,<br />
se continuarem no podêr. Por isso, é<br />
necessário que todos os cidadãos se compenetrem<br />
da urjente necessida<strong>de</strong> que temos<br />
<strong>de</strong> levar ao parlamento <strong>de</strong>putados<br />
republicanos! Para isso, todo o cidadão<br />
português <strong>de</strong>ve cumprir o seu <strong>de</strong>vér.<br />
A urna pois, em 20 <strong>de</strong> Junho!<br />
A Comissão Paroquial Republicana<br />
Democratica, <strong>de</strong> Sacavém.<br />
ca<strong>de</strong>ira—Joaquim Vieira <strong>de</strong> Souza. Circo Portuense<br />
Continua funcionando na Portajem<br />
Votar pelos candidatos ré sempre com regular concorrência.<br />
pubSieanos é votar pela patria, No passado dia 10 veio juntar-se a<br />
vilipendiada e cuspida pelo esta companhia, o sr. Enrique Lustre,<br />
rejimen.<br />
diretor <strong>de</strong> circos no Brazil, trazendo<br />
também seus dois filhos. Chiquinho e Zézinho,<br />
trabalhando ainda neste dia o Zézinho,<br />
que é o mais pequeno jinásta que<br />
O maior do mundo !<br />
temos visto: os seus trabalhos foram difíceis,<br />
mas saiu-se d'eles admiravelmente<br />
Escreve o Diário <strong>de</strong> Noticias: colhendo colorozas palmas.<br />
No di? 13 trabalharão os dois, em<br />
mt. S^ouis, 29 <strong>de</strong> maio. —São Luis<br />
duplo-trapezio, saindo-se bem dos seus<br />
é consi<strong>de</strong>rada pelos americános como a<br />
trabalhos.<br />
mais orgulbéza e a mais ambicióza cida<strong>de</strong><br />
dos Estados Unidos da jAmerica.<br />
A direção, para mostrar o seu reco-<br />
Até agora, ufanava-se éla das suas 5:000<br />
nhecimento ao publico d esta cida<strong>de</strong>, tem<br />
fabricas; da sua gare <strong>de</strong> mercadorias que<br />
aprezentado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quinta feira passada<br />
é a maior do mundo, da sua produção <strong>de</strong><br />
um bravo touro e a pantomima a feira<br />
carris <strong>de</strong> ferro e <strong>de</strong> tramways (muitos<br />
<strong>de</strong> Sevilha, repetindo-se oje novamente.<br />
dos quaie ancião no jiro das ruas <strong>de</strong> Lis-<br />
A companhia tencionava retirar-se<br />
boa) e queé a maior do mundo; das suas<br />
no dia 13, mas em atenção ao publico<br />
duas enormes manufátúras <strong>de</strong> tabáco,<br />
conimbricense que tem sido muito ama-<br />
que são as maiores do mundo; da sua<br />
vel para com eles, rezolveu conservar-se<br />
fabricação <strong>de</strong> produtos quimicos, que é a<br />
n'esla cida<strong>de</strong> até oje, retirando ámanhã<br />
maior do mundo; do seu mercado <strong>de</strong> gado<br />
para a feira d'Évora.<br />
muar e cavalar, que é o maior do mundo;<br />
e, finalmente, da sua exportação <strong>de</strong> caixões<br />
<strong>de</strong> enterro, que é também a maior Publicações<br />
do mundo. Um belo dia. São Luiz teve<br />
a idéa <strong>de</strong> celebrar o centenário da com- Poéticos Lamentos — por Luciano<br />
pra da Louiziana, organizando uma ex d'Araujo, Versos feitos entre os quinze e<br />
pozição seria, pozitivamente, a maior ex- vinte anos.<br />
pozição do mundo.<br />
Recebemos este livro do seu autor,<br />
versos da mocida<strong>de</strong>, em que á referencia<br />
é sua vida <strong>de</strong> estudante e é melancólica<br />
paizájem <strong>de</strong> <strong>Coimbra</strong>, é editado<br />
editados pela tipografia Castro & Irmão.<br />
Agra<strong>de</strong>cemos a oferta.<br />
ouvem-se as vózes dos ranchos a ensaia<br />
r-se até altas óras.<br />
Tudo prométe que os festejos serão<br />
animadíssimos.<br />
Os candidátos républicanos<br />
são representantes dum i<strong>de</strong>al<br />
<strong>de</strong> verda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> justiça, os can<br />
didátos monárquicos ajentes<br />
das quadrilhas que, segundo<br />
o sr. líias Ferreira tem explotem<br />
trabalhos especiais no sentido da co- | rado o país.<br />
locação dos nossos produtos agrícolas, I iSscolhão.<br />
Temudo, Serjio Ferreira da Rocha Calisto,<br />
Viriato Borjes dos Santos Monteiro,<br />
Abel Pais Cabral.<br />
5. a ca<strong>de</strong>ira —Exames práticos—Alvaro<br />
<strong>de</strong> Gamboa Fonseca e Costa, Ama<strong>de</strong>u<br />
Marques <strong>de</strong> Moraes, Antonio Anibal <strong>de</strong><br />
Araujo Esmeris, Antonio Trinda<strong>de</strong>, Augusto<br />
Cezar da Silva Ferreira, Custodio<br />
<strong>de</strong> Almeida Henriques, Alvaro <strong>de</strong> Gamboa<br />
Fonseca e Costa, Ama<strong>de</strong>u Marques<br />
<strong>de</strong> Moraes.<br />
3.° ano — Antonio da Cunha Saraiva<br />
<strong>de</strong> Oliveira Batista, Arnaldo Nogueira<br />
So el-rei D. Carlos tem ido, lá vinha<br />
St. Louis gabar-se dc ter o monarca<br />
mais gordo-do mundo.<br />
O mais gordo?! O mais gordo, o<br />
mais intelijente e o mais formôzo.<br />
Formózo e inconstante, que sempre<br />
em monárcas portuguêzes a formozura<br />
andou a par com a inconstância...<br />
O' Carlos!<br />
Só os <strong>de</strong>putados républicanos<br />
po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o país.<br />
Porque so êles não têm a embaraça-los<br />
a preocupação subserviente<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>fendêrem o país.<br />
Gazeta das Al<strong>de</strong>ias —- Recebemos o<br />
n.° 441 <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong>ste bem redijido<br />
jornal <strong>de</strong> propaganda agricola, <strong>de</strong><br />
que é diretor e proprietário o sr. Julio<br />
Gama.<br />
E' o jornal que mais serviços tem<br />
prestado aos lavradores com a publicação<br />
<strong>de</strong> conhecimêntos úteis ao alcance <strong>de</strong><br />
todos. Recomendamo-la aos nossos assinantes.<br />
Para as creanças — Recehcmos Q