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2 – Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (ditado ... - Portal Luz Espírita

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15 <strong>–</strong> VIOLETAS NA JANELA<br />

minha família, pedi consolo a eles. Eu os amava e era amada. Se eles queriam que<br />

estivesse bem e feliz, eu <strong>de</strong>sejava alegria a eles. Orei pensando em todos, um <strong>de</strong><br />

cada vez. Senti mamãe triste. Ao pensar em papai, senti­o como se estivesse na<br />

minha frente a dizer com sua voz forte: “Patrícia, minha filha, não tenha dó <strong>de</strong> você,<br />

não <strong>de</strong>ixe a autopieda<strong>de</strong> lhe esmorecer. Seja forte, quero­a alegre. Sorria! A vida é<br />

bela, estando cá ou aí não importa, o que precisamos é estar com Deus. Amigos<br />

cuidam <strong>de</strong> você, receba seus carinhos. Fortaleça­se, não tema. Você está bem,<br />

esforce­se por ser feliz. Estaremos sempre juntos. Você não <strong>de</strong>ve se importar com a<br />

perda do seu corpo carnal, <strong>de</strong>ve enten<strong>de</strong>r que a vida lhe é grata. Ore. Sinta nosso<br />

carinho e sorria”.<br />

Fiquei animada, levantei, abri a outra porta e <strong>de</strong>parei­me com um banheiro<br />

bem bonito, limpo e simples. Abri a torneira da pia, a água com a temperatura<br />

ambiente era agradável e límpida. Lavei minhas mãos e rosto. Olhei no espelho.<br />

Estava com ótima aparência. Ajeitei meus cabelos. Voltei ao quarto, abri o armário e<br />

<strong>de</strong>parei­me com algumas <strong>de</strong> minhas roupas. Não gostava <strong>de</strong> ficar com roupa <strong>de</strong><br />

dormir, escolhi uma calça jeans e uma camiseta amarela e me troquei. Senti­me<br />

muito bem. Desencarnei no inverno, a temperatura estava bem fria, mas ali não<br />

sentia frio.<br />

Ouvi batidas na porta, logo em seguida Maurício entrou, <strong>de</strong>sta vez fui eu<br />

quem sorriu. Trouxe uma ban<strong>de</strong>ja que colocou em cima da mesa.<br />

— Que alegria vê­la tão bem!<br />

— Maurício, não estamos no inverno? Aqui não faz frio?<br />

— Nem frio, nem calor. Nas Colônias a temperatura é sempre suave e<br />

agradável. No Umbral, a temperatura varia como para os encarnados.<br />

Descobriu a ban<strong>de</strong>ja, continha alimentos.<br />

— Patrícia, venha comer.<br />

— Pensei que não ia mas necessitar <strong>de</strong> alimentos.<br />

— A impressão <strong>de</strong> encarnado não se per<strong>de</strong> da noite para o dia.<br />

— Você se alimenta?<br />

— Não, — sorriu — não <strong>de</strong>sta forma. Lembro­a que o perispírito <strong>de</strong> que<br />

agora está revestida é ainda matéria. Somente aos poucos <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> se alimentar e,<br />

para isto, é necessário apren<strong>de</strong>r a se prover <strong>de</strong> outras fontes <strong>de</strong> energia. Se quiser se<br />

banhar, fique à vonta<strong>de</strong>, a sala <strong>de</strong> banhos ou banheiro está logo ali. Você, como<br />

tinha bons hábitos <strong>de</strong> higiene, é natural, só <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> fazer o que estava acostumada<br />

quando apren<strong>de</strong>r a se higienizar pela força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong>.<br />

— E estas roupas? São minhas. Como vieram parar aqui?<br />

— Certamente não são as mesmas. Encarnada vestia roupas da matéria.<br />

Aqui são diferentes, são roupas próprias para <strong>de</strong>sencarnados. Estas são cópias das<br />

que tinha. Plasmei para agradá­la. Troque­as à vonta<strong>de</strong>.<br />

— Obrigada. Acontece assim com todos que <strong>de</strong>sencarnam?<br />

— Não. Você, Patrícia, veio ter na Colônia por mérito e afinida<strong>de</strong>s. Fez,<br />

encarnada, muitos amigos aqui, é querida. Amigos são para ajudar. No seu caso,<br />

tentamos agradá­la. Infelizmente não é para todos que po<strong>de</strong>mos fazer estes agrados.<br />

A maioria veste roupas confeccionadas com fluidos mentais, fabricadas na Colônia.<br />

Como esta minha. Patrícia, somos companheiros <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> seu pai. Ele nos<br />

pediu, confiou­nos você e espero cuidar bem da menina.

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