2 – Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (ditado ... - Portal Luz Espírita
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35 <strong>–</strong> VIOLETAS NA JANELA<br />
Vovó me levou ao campo, ou pátio da escola, on<strong>de</strong> instrutores ensinam a<br />
volitar. Fui toda contente.<br />
A escola é muito gran<strong>de</strong>, tem várias áreas e muitos prédios. É muito bonita<br />
e agradável, é ro<strong>de</strong>ada <strong>de</strong> árvores e muitos canteiros floridos. O pátio é gran<strong>de</strong>, parte<br />
gramado, parte la<strong>de</strong>ado com lindos ladrilhos cinzaclaro, em sua volta há bancos e<br />
flores. Na Colônia São Sebastião este campo é repartido em duas áreas. Numa parte<br />
os principiantes apren<strong>de</strong>m a volitar, na outra a alimentarse pela respiração.<br />
Escutamse pela Colônia músicas agradáveis e suaves. Nos pátios o som é mais alto,<br />
porém, não menos agradável. A música suave relaxa e incentiva o trabalho e o<br />
aprendizado.<br />
Fiquei encantada, admirando tudo curiosa. Na parte ou campo <strong>de</strong> volitação,<br />
havia cinco instrutores. Cada um com um pequeno grupo <strong>de</strong> aprendizes. O primeiro<br />
grupo, do qual estávamos perto, tinha uns <strong>de</strong>sencarnados que não davam impulso. O<br />
instrutor carinhosamente tentava ajudálos, mas eles pareciam temer. Indaguei a<br />
vovó:<br />
— Por que eles nem querem dar impulso? Será que não gostam <strong>de</strong> volitar?<br />
— Talvez duvi<strong>de</strong>m que conseguirão. Nem todos, Patrícia, apren<strong>de</strong>m fácil<br />
ou gostam <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r. Sei <strong>de</strong> muitos <strong>de</strong>sencarnados daqui da Colônia que não<br />
sabem porque não querem apren<strong>de</strong>r.<br />
— Será que estes conseguirão?<br />
— O fato <strong>de</strong> eles estarem aqui é porque querem apren<strong>de</strong>r. Muitos <strong>de</strong>les, não<br />
tendo nem i<strong>de</strong>ia quando encarnados <strong>de</strong>sta possibilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sencarnados estranham<br />
muito e, pior, duvidam. Mas quem quer, apren<strong>de</strong>.<br />
Vovó me inscreveu no curso. Tudo bem organizado, tem dia e hora<br />
marcado. Fui apresentada ao primeiro instrutor que me interpelou.<br />
— Patrícia, conhece alguma coisa sobre volitação?<br />
— Conheço.<br />
— Ótimo.<br />
Pegou nas minhas mãos e <strong>de</strong>u impulso, saí tranquila a volitar.<br />
— Oh! Você <strong>de</strong>ve passar para a turma três.<br />
— O curso tem cinco fases, cada fase com um instrutor. Como já tinha<br />
aprendido o básico fui para a terceira fase. Recebi uma apostila para estudar sobre<br />
volitação. É bem organizado. Aprendi rápido, em poucas lições concluí o curso e<br />
estava apta a volitar. A volitação po<strong>de</strong> ser feita <strong>de</strong> vários modos: <strong>de</strong>vagar, rápido,<br />
rapidíssimo, na vertical e na horizontal. Devagar é como se andasse, só que acima<br />
do chão. Na Colônia volitase pouco, é mais comum andar pelas suas ruas, avenidas<br />
e praças. Normalmente, volitamos <strong>de</strong>vagar. Rápido, quando há mais pressa; e<br />
rapidíssimo, o último que apren<strong>de</strong>mos, volitase como se fosse <strong>de</strong>smaterializar para<br />
se materializar em outro lugar. Volitase <strong>de</strong>ste modo a longas distâncias. Vaise, por<br />
exemplo, <strong>de</strong> um ponto a outro da Terra, em segundos. Na vertical, é usada para a<br />
locomoção rápida. Na horizontal, quando se quer apreciar a paisagem.<br />
As crianças e jovens apren<strong>de</strong>m a volitar nos pátios do Educandário. O<br />
corpo perispiritual é mais <strong>de</strong>nso, quanto mais a personalida<strong>de</strong> se confun<strong>de</strong> com o<br />
corpo animal, se <strong>de</strong>sligando da aparência animal, ele está on<strong>de</strong> quer, pois se<br />
cosmifica.