15.04.2013 Views

2 – Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (ditado ... - Portal Luz Espírita

2 – Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (ditado ... - Portal Luz Espírita

2 – Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (ditado ... - Portal Luz Espírita

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

91 <strong>–</strong> VIOLETAS NA JANELA<br />

XXV<br />

Sentindo as dificulda<strong>de</strong>s<br />

Visitei, com Maurício, meus pais. Ao chegar em casa, assustei­me. Al lado<br />

<strong>de</strong> minha mãe estava um espírito perturbado na malda<strong>de</strong>. Feio, sujo, com cabelos e<br />

barba crescidos, olhos ver<strong>de</strong>s gran<strong>de</strong>s e olhar cínico. Tentava incutir na minha mãe a<br />

i<strong>de</strong>ia que eu sofria. Falava rindo, olhando­a fixamente.<br />

— Patrícia sofre no Umbral. Está infeliz sua filha. Chora chamando por<br />

você. Que lhe valeu ser boa, ser espírita? Isto não impediu que ela morresse. Ela<br />

sofre!<br />

— Ora, — falei indignada — que maldoso!<br />

Achei que Maurício fosse retirá­lo, porém meu amigo não fez nada. Olhei<br />

suplicando sem nada pedir.<br />

— Patrícia, nós <strong>de</strong>sencarnados não po<strong>de</strong>mos fazer o que compete aos<br />

encarnados, mesmo amando­os <strong>de</strong>mais. Sua mãe sabe lidar com estes irmãos<br />

infelizes. Ele lhe fala, mas escuta também. Ela po<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r e orientá­lo ou<br />

simplesmente não lhe dar atenção.<br />

— Não posso ajudá­la?<br />

— Você sabe?<br />

Senti­me impotente e <strong>de</strong>sejei mais que nunca apren<strong>de</strong>r. Pensei por<br />

segundos, só sabia neutralizar forças nocivas com orações. Era o bastante.<br />

Concentrei­me e orei com fé para este irmão. Ele inquietou­se e saiu rápido da nossa<br />

casa. Aproximei­me <strong>de</strong> mamãe, falei a ela:<br />

— Mamãe, sou feliz! Não dê atenção a aqueles que a querem perturbar.<br />

Amo­a! Mamãe sentiu­se bem e foi com alívio que escutei seu pensamento.<br />

“Patrícia está feliz! Não vou mais pensar o contrário”.<br />

— Ele voltará? — indaguei a Maurício.<br />

— Acho que sim. Se voltar, sua mãe é livre para escutá­lo ou não.<br />

Confiemos no seu bom senso.<br />

Fomos ver meu sobrinho. Ele estava adoentado, não dormira à noite, sentia<br />

os fluidos nocivos <strong>de</strong> encarnados e <strong>de</strong>sencarnados. Como criança é sensível, sentia<br />

muito. Por momentos, fiquei triste.<br />

— Patrícia, tristeza não ajuda — Maurício me orientou. — Ore por ele, e<br />

lhe dê um passe, disperse estar energias negativas.<br />

— Coitado, tão pequeno e sofre! Sinto­me impotente para ajudá­lo.<br />

— Não po<strong>de</strong> sofrer no lugar <strong>de</strong>les. Cada um tem a lição para fazer que<br />

compete ao seu aprendizado. É por isso que nem todos <strong>de</strong>sencarnados conseguem<br />

autorização para visitar encarnados queridos. Necessitam para estas visitas estar

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!