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2 – Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho (ditado ... - Portal Luz Espírita

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66 <strong>–</strong> <strong>Vera</strong> <strong>Lúcia</strong> <strong>Marinzeck</strong> <strong>de</strong> <strong>Carvalho</strong> (<strong>ditado</strong> pelo Espírito: Patrícia)<br />

Ramiro, aproveitando a presença <strong>de</strong> Maurício, indagou­o ávido por<br />

apren<strong>de</strong>r.<br />

— Maurício, o que acontece com as pessoas com doenças como o câncer,<br />

que tomam remédios fortes para conter as dores e que muitas vezes estes<br />

medicamentos abreviam a existência encarnada. Elas também sentem falta <strong>de</strong>ssas<br />

drogas quando <strong>de</strong>sencarnadas? Está errado tomá­las já que abreviam a existência<br />

corporal?<br />

— Cuidar do corpo físico é obrigação <strong>de</strong> todos nós que por um período<br />

temo­lo para viver encarnado. Temos que dispor do que a Medicina terrena nos<br />

oferece para curar as doenças. Se o que dispomos para amenizar nossas dores po<strong>de</strong><br />

abreviar a existência, não é culpa nem dos médicos nem dos doentes. Acredito que a<br />

ciência logo encontrará novas formas <strong>de</strong> alívio e curas. Mas, meu jovem Ramiro, ao<br />

tomar uma droga como medicamento indispensável, ela não nos fará falta quando<br />

<strong>de</strong>sencarnados. Porém, como médico socorrista, há anos vejo muitos agirem <strong>de</strong><br />

várias formas diante da dor. Os que sofrem doenças dolorosas no corpo, com<br />

resignação, são socorridos, logo estão bem. Os que se revoltam diante da mesma dor<br />

<strong>de</strong>sencarnam, nem sempre po<strong>de</strong>m ser socorridos e sentem os reflexos da doença e as<br />

dores. Querem, às vezes, os remédios para se curar, suavizar as dores. Mas não são<br />

viciados, não sentem falta da droga, pois as tomaram como medicamento. Tenho<br />

visto, aqui, pessoas que ficaram <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> soníferos. Quando socorridas, têm<br />

que apren<strong>de</strong>r a dormir sem eles, têm <strong>de</strong> se livrar <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>pendência. Remédios<br />

<strong>de</strong>vem ser tomados quando necessário. E nos casos <strong>de</strong> câncer, doença que<br />

normalmente provoca dores terríveis, mesmo se acontecer <strong>de</strong> abreviar a existência é<br />

certo tomá­los. É o que a Medicina dispõe como tratamento. O uso é permitido, o<br />

mau uso é que é con<strong>de</strong>nado.<br />

Aquietamo­nos por momentos. Achando que podia nos elucidar mais,<br />

bondosamente Maurício completou:<br />

— Po<strong>de</strong>mos dizer que os habitantes da Terra sejam encarnados ou<br />

<strong>de</strong>sencarnados são <strong>de</strong> dois modos. Há os que por esforço se tornam auto­suficientes<br />

ou servos úteis e há os necessitados, embora entre os dois haja aspirantes, os que<br />

querem apren<strong>de</strong>r a ser úteis. A faixa dos primeiros infelizmente é pequena. Basta<br />

observar nos Centros <strong>Espírita</strong>s: os que vão para ajudar são poucos e gran<strong>de</strong> parte são<br />

necessitados porque querem. Tendo oportunida<strong>de</strong> não querem passar <strong>de</strong> necessitados<br />

a auto­suficientes; estas necessida<strong>de</strong>s acarretam sofrimentos como ocorreu com<br />

Oscar e Ramiro, e ocorre com tantos outros. Ser ou não ser. Encarnado ainda po<strong>de</strong><br />

enganar e iludir­se. Desencarnados não há como enganar. Os fluidos, vibrações <strong>de</strong><br />

um espírito bom, são agradáveis e os fluídos dos espíritos ignorantes são maus. O<br />

espírito tem sempre muitas oportunida<strong>de</strong>s e po<strong>de</strong> pelo seu livre­arbítrio refletir o<br />

belo e o bem, ou o feio e o mal. O belo e o bem se apresentam na harmonia, no<br />

equilíbrio. E <strong>de</strong>sta harmoniosa união surge o amor que leva a progredir<br />

espiritualmente. O feio apresenta­se na turbulência da ignorância, gerando o ódio, a<br />

inveja, os <strong>de</strong>sejos insaciáveis, o egoísmo que é a maior chaga perturbadora, o luxo e<br />

a luxúria, tornando o homem um verda<strong>de</strong>iro vulcão <strong>de</strong> conflitos interiores, tornando<br />

a vida humana um inferno seja encarnada ou <strong>de</strong>sencarnada. Devemos compreen<strong>de</strong>r<br />

sem ilusão o que realmente somos e não o que pensamos ser e com coragem realizar<br />

nossa transformação. Ser agora no presente. O futuro é uma consequência vivida do

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