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Qualidade de Dados - Dataprev

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<strong>Qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> dados: muito mais do que um problema técnico<br />

Nicolau Reinhard<br />

Benjamim Bloom diz que o conhecimento é <strong>de</strong>senvolvido ao longo <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong><br />

competência crescente e i<strong>de</strong>ntifica seis <strong>de</strong>les. Conhecimento é a apreensão <strong>de</strong><br />

fatos e conceitos e <strong>de</strong> palavras que compõem certo corpo <strong>de</strong> conhecimento.<br />

Compreensão, por sua vez, significa integrar esses fatos e conceitos, esse vocabulário,<br />

<strong>de</strong> maneira significativa, <strong>de</strong> modo que o aprendiz seja capaz <strong>de</strong> utilizar essa<br />

ferramenta; ele <strong>de</strong>ve não apenas tomar conhecimento, mas ser capaz <strong>de</strong> aplicar<br />

esse conhecimento. A seguir (Aplicação), o usuário é capaz <strong>de</strong> aplicar <strong>de</strong>terminado<br />

conhecimento fora do contexto original, por exemplo, da sala <strong>de</strong> aula em que ele<br />

foi apresentado; é capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar problemas seus, bem como o conhecimento<br />

aplicável a eles; po<strong>de</strong> predizer, enfim, o efeito <strong>de</strong> aplicar ou não <strong>de</strong>terminado<br />

conhecimento. No nível da Análise, o usuário é capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar novas situações<br />

<strong>de</strong> aplicação daqueles conhecimentos, relacionando-o a outros conhecimentos<br />

que ele já <strong>de</strong>tém; isso significa uma incorporação muito mais sofisticada do<br />

conhecimento. Na Síntese, o aprendiz consegue apreen<strong>de</strong>r o novo conhecimento<br />

(do que acabou <strong>de</strong> saber em relação ao que já sabia). Por fim (Avaliação), ele<br />

<strong>de</strong>senvolve a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar as situações nas quais se aplicam ou não<br />

<strong>de</strong>terminado conhecimento.<br />

A Figura 4 apresenta um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> análise na área <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados. Seu<br />

preenchimento nos traz informações sobre os agentes com os quais iremos<br />

trabalhar, se necessitamos <strong>de</strong> novos membros na equipe, quais competências<br />

precisam ser atendidas etc. Encimando a segunda e terceira colunas estão as<br />

quatro características básicas da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dados: acurácia e completeza, que<br />

olha para os dados em si; e tempestivida<strong>de</strong> e consistência, que olha para o uso<br />

<strong>de</strong>sses dados por parte do agente. Na primeira coluna, os seis níveis <strong>de</strong> conhecimento<br />

estão agrupados <strong>de</strong> dois em dois. Desse modo,<br />

po<strong>de</strong>mos avaliar os agentes, verificar o quanto eles<br />

contribuem, que competência trazem para o processo:<br />

se alta, média ou baixa. Enfim, é uma ferramenta<br />

<strong>de</strong> diagnóstico utilizada na fase <strong>de</strong> pré-projeto; seu<br />

uso se mostrou bastante interessante em um trabalho<br />

feito por pesquisadores na área <strong>de</strong> projetos. Eles<br />

avaliaram a equipe prevista para o projeto: qual<br />

conhecimento explícito ela tinha do projeto, tanto no<br />

que se referia à tecnologia como aos processos que<br />

iriam receber o sistema <strong>de</strong> informação; sua competência<br />

técnica e conhecimento sobre a organização,<br />

entre outros. Isso quanto ao conhecimento formal,<br />

mas também pu<strong>de</strong>ram ter i<strong>de</strong>ia da dimensão do<br />

conhecimento tácito das práticas daquela organização,<br />

das práticas da tecnologia, a “malícia” do sistema.<br />

Conforme esses autores, po<strong>de</strong>mos nos encontrar em diferentes situações: (1) uma<br />

em que os membros da equipe têm alto conhecimento explícito, alta competência<br />

técnica, mas têm baixo conhecimento tácito da situação efetiva – nessa situação,<br />

o conhecimento inicialmente irá apenas se transferir, aumentando muito pouco,<br />

porque ele tem ainda que ser adquirido; (2) aquela em que a equipe tem alto<br />

conhecimento explícito e alto conhecimento tácito – a transferência <strong>de</strong> conhecimento<br />

entre os membros será inicialmente bastante maior; (3) outra em que se<br />

tem baixo conhecimento explícito e baixo conhecimento tácito. Neste caso,<br />

inicialmente se produzirá pouco conhecimento, mas que irá aumentando à<br />

medida que os membros obtêm mais conhecimento; o <strong>de</strong>sempenho da equipe,<br />

Figura 4<br />

Mo<strong>de</strong>lo para avaliação<br />

da qualificação da<br />

equipe e disponibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> informações<br />

Fórum <strong>de</strong> TIC <strong>Dataprev</strong> <strong>Qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Dados</strong><br />

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